O USO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM Viviani do NASCIMENTO1 RESUMO: Esse trabalho constitui-se num recorte de uma pesquisa2 sobre o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação(TIC) e as políticas públicas. Temos como objetivo apresentar a relação existente entre a sociedade tecnológica em que vivemos em contradição a deficiência e baixo rendimento/desempenho dos estudantes na educação escolar. Trilhar e obter através do uso das Tecnologias da Informação e Comunicação voltada ao ensino novos conhecimentos que proporcionem renovação, e mudança de significados que possam ampliar o modo de pensar da sociedade sobre a Ciência, em especial a Física, por ser a área com a qual trabalho. No atual contexto escolar, o professor deve ser articulador, e não apenas um transmissor de conteúdos previamente programados e sequenciados, proporcionando assim uma aprendizagem para a vida. E o aluno através de suas estruturas cognitivas deve construir o seu conhecimento de forma responsável, comprometida e significativa. PALAVRAS-CHAVE: Ensino; Ciências; Tecnologias; Metodologia; Estratégias. Introdução A educação é o caminho que possibilita o ser humano conhecer a realidade na qual ele vive, compreender e intervir nas situações do seu cotidiano. Em nossa sociedade a Ciência e a Tecnologia estão nitidamente presentes no dia-a-dia de cada cidadão, conhecer e dominar esses recursos é indispensável para se inserir em um mundo de trabalho tão exigente e competitivo. Atualmente, é retratado nos meios de comunicação, principalmente no rádio, na televisão e nos jornais que a sociedade passa por uma mudança de princípios e valores que acabam influenciando no processo de ensino e aprendizagem de nossas escolas. Mas, ainda acreditamos que a educação é o principal instrumento capaz de formar um cidadão crítico, comprometido e participante no desenvolvimento humano da sociedade, de forma democrática, justa e solidária. 1. A educação básica brasileira A série “Destino: Educação – Diferentes países, diferentes respostas”, projeto desenvolvido pela Fundação Roberto Marinho e o Canal Futura, em parceria com o Serviço Social da Indústria - SESI retrata no episódio "Brasil", que a população brasileira ultrapassa os 190 milhões de habitantes, média de 22 habitantes por km2. Desses, 52 milhões são estudantes, 2 milhões são professores, sendo que 92% das crianças de 4 a 17 anos estão na escola, 50% dos estudantes de até 18 anos completam o Ensino Médio, 87% dos estudantes estudam em escola pública. O Brasil é o 530 colocado do mundo no Programa Internacional 1 Mestranda do PPGE da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), Tubarão, SC – Brasil. mail:[email protected] 2 Pesquisa em andamento no PPGE da UNISUL. 1 E- de Avaliação de Alunos (PISA), prova internacional que avalia os conhecimentos de matemática, ciências e linguagem. De acordo com as "Diretrizes Curriculares Estaduais de Ciências" (2008, p. 17), proposta pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná, a escola pública brasileira incorporou nas últimas décadas sujeitos dos mais diversos segmentos sociais em um único ambiente. Diante disso é seu dever atender igualmente a todos, seja qual for sua condição social e econômica, sua origem étnico e cultural e às possíveis necessidades especiais para aprendizagem. Ainda segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de Ciências do Estado do Paraná (2008, p. 16), quando a escola define qual a formação que se quer dar aos sujeitos, sejam crianças, jovens e adultos, também se determina qual o tipo de participação que lhes caberá na sociedade. Nota-se que as reflexões sobre currículo têm forte caráter político, mas deve-se buscar através delas a construção de uma sociedade justa, onde as oportunidades sejam iguais para todos, com acesso a uma educação de qualidade. Portanto, a instituição escolar deve incentivar a prática pedagógica fundamentada em diferentes metodologias, valorizando concepções de ensino, de aprendizagem (internalização) e de avaliação que permitam aos professores e estudantes conscientizarem-se da necessidade de “...uma transformação emancipadora. É desse modo que uma contraconsciência, estrategicamente concebida como alternativa necessária à internalização dominada colonialmente, poderia realizar sua grandiosa missão educativa” (MÈSZÁROS, 2007, p. 212 apud PARANÁ 2008). 1.1 Ensino de Ciências no século XXI Desde o século XIX a lousa, o giz e o livro didático eram as principais ferramentas usadas pelo professor em sala de aula, e continuam sendo. O século XX, mais exatamente a partir da década de 70, com a constante evolução tecnológica pela qual nossa sociedade vivencia, o uso das tecnologias da informação e comunicação (TICs) está proporcionando novas formas e oportunidades de aprender e ensinar Ciências, em especial a Física, por ser a área com a qual trabalho. No decorrer das últimas décadas a Ciência e a Tecnologia foram sendo reconhecidas como essenciais para o desenvolvimento econômico, cultural e social, mas, mesmo assim na nossa sociedade a educação científica ainda não tem a prioridade que deveria ter. O “processo de ensino deve transmitir aos alunos a lógica do conhecimento de referência. [...] é do saber especializado e acumulado pela humanidade que devem ser extraídos os conceitos e os princípios a serem ensinados aos alunos” (LOPES, 2002, p. 151152 apud PARANÁ 2008). E o ensino de Ciências não deve ser um mero transmissor de conceitos científicos, mas um processo formador de conceitos científicos, fazendo o estudante superar suas concepções alternativas e construir significados entre os conceitos científicos e o seu cotidiano. De acordo as Diretrizes Curriculares para o ensino de Ciências na Rede Pública do Estado do Paraná (2008, p. 62), investigações realizadas sobre o ensino de Ciências, mostram uma tendência de superação de estratégias de ensino que privilegiam atividades de estímulo, resposta, reforço positivo, objetivos operacionais e instrução programada (MOREIRA, 1999). Tais estratégias não enfocam a aprendizagem no processo de construção de significados. Uma vez que, "O estudante constrói significados cada vez que estabelece relações “substantivas e não-arbitrárias” entre o que conhece de aprendizagens anteriores (nível de desenvolvimento real - conhecimentos alternativos) e o que aprende de novo." (AUSUBEL, NOVAK e HANESIAN, 1980, apud PARANÁ 2008). 2 De acordo com Pinho Alves (2000), os livros didáticos são essenciais no cotidiano escolar, por cumprirem o seu papel no processo de ensino e neste sentido eles são o indicativo do padrão de ensino da instituição escolar. No Brasil na década de 50, os livros didáticos de Física incentivavam o professor a centrar o ensino da Física na memorização e verbalismo, e muitos livros por seguintes ainda seguiam estruturas herdadas dos compêndios, primeiros livros que eram volumosos devido aos conceitos, definições e desenhos serem bem detalhados. Sendo que esse modo conservador de ensinar ciências e organizar os conteúdos, hábitos passados foram modificados pela valorização do conhecimento científico, o progresso tecnológico. De acordo com Pinho Alves em 1955, começou um movimento de renovação do ensino de ciências experimentais nos Estados Unidos, mas que se estendeu, à Europa e aos demais continentes (África, Ásia e América Latina), compreendendo mais de cinquenta países. Propondo-se uma nova sequência para os conteúdos; novos objetivos educacionais, agora mais explícitos; a adoção de novas metodologias e técnicas de ensino; um laboratório didático muito ligado aos conteúdos e um comportamento mais ativo do aluno. O projeto era um curso de Física planejado detalhadamente, envolvendo um número considerável de pessoas e que, em curto espaço de tempo, tomava sua forma “final”. Eram feitos testes nos materiais, textos para depois se fazer correções ou alterações necessárias. A elaboração desses tais projetos incentivou as investigações no ensino, estimulando a entrada e participação de novos profissionais, estimulando a área da Educação Cientifica. Diante do relato acima pode-se observar que o objetivo geral desde a elaboração dos compêndios até o livro didático era proporcionar ao sujeito conhecimento, mas a ênfase na teoria foi diminuindo devido aos movimentos que modificam a sociedade a cada período histórico, como por exemplo a ruptura que ocorre com a introdução da informática ou na satisfação das necessidades imediatas dos homens. Nesses novos tempos percebeu-se a influência na educação do pragmatismo, movimento que nasceu nos Estados Unidos entre os anos 1895 e 1900 e que apresenta uma critica acerca da valorização concedida ao método cientifico, descartando a necessidade humana de investigar sobre questões referentes a natureza do objeto e do próprio conhecimento. O pragmatismo de John Dewey (1859-1952) e o neopragmatismo de Richard Richard Rorty (1931-2007) instituem a experiência e a linguagem como centro de suas filosofias, segundo Rorty o conhecimento é campo do "vocabulário da prática, e não da teoria". Para Robson Loureiro (2007, p. 537-538) A denúncia do recuo da teoria nas pesquisas educacionais e da vigência de uma utopia pedagógica praticista (Moraes, 2001), a crítica à desintelectualização do professor (Shiroma, 2003), à ideologia das competências, ao modelo de professor reflexivo (Arce, 2001) e à desvalorização do conhecimento escolar (Duarte, 2000) compõem esforços analíticos de constituição de uma agenda de luta e resistência, no campo educacional, aos ditames pragmáticos do capitalismo contemporâneo. No contexto escolar, a forma pragmática de pensar e agir tornou-se garantida, nos atuais livros didáticos pode-se observar muitas imagens, textos que trabalham a física com o cotidiano do aluno, mas houve uma grande redução das teorias científicas, não se aborda mais o detalhamento dos conceitos, é priorizado a superficialidade do que deve ser aprendido, a desvalorização do conhecimento escolar devido ao contexto atual, pois o que hoje se aprende na escola parece não ser importante para o cotidiano do aluno, deixando de lado a concepção emancipadora para se voltar ao capitalismo e os desejos de que esta no poder, pois 3 (...) é melhor ser tudo isso sem que as pessoas se preocupem com essas coisas. Paz, Montag. Dê às pessoas concursos que elas ganham lembrando-se das letras de canções mais populares, dos nomes das capitais ou do Estado que produz mais petróleo. É melhor entulhá-las de dados não combustíveis, entupi-las com tantas “informações” que elas se sintam enfastiadas, mas muitíssimo “brilhantes”. Aí elas acham que estão pensando, ficam com uma impressão de estar em movimento sem se mexer. E ficarão felizes porque os fatos dessa espécie não se modificam. Não lhes dê coisas escorregadias como filosofia ou sociologia para embrulhar as coisas. Esse é o caminho da melancolia. (BRADBURY, apud ROBSON LOUREIRO, 2007, p.523-524). Ainda segundo Pinho Alves, em 1955, começou um movimento de renovação do ensino de ciências experimentais nos Estados Unidos, mas que se estendeu, à Europa e aos demais continentes (África, Ásia e América Latina), compreendendo mais de cinquenta países. Propondo-se uma nova sequência para os conteúdos; novos objetivos educacionais, agora mais explícitos; a adoção de novas metodologias e técnicas de ensino; um laboratório didático muito ligado aos conteúdos e um comportamento mais ativo do aluno, procurando se estabelecer um diálogo construtivista professor-aluno. A concepção construtivista nos oferece um ser humano como um organismo que, ao agir sobre o meio e modificá-lo, também modifica a si mesmo, uma idéia de Marx. Para Jean Piaget (1896-1980) o conhecimento tem origem na ação transformadora da realidade, seja material ou mentalmente, e esse conhecimento não é uma cópia da realidade, como defendia o empirismo, nem o produto de um desdobramento de capacidades que o organismo já possui, como sustentava o inatismo. A posição do construtivismo, resultado da interação entre a condição de que os seres humanos dispõem ao nascer e sua atividade transformadora do meio. A teoria de Piaget, vem proporcionar esse fundamento teórico das ideias se originam na prática, ao explicar como se formam os conhecimentos e o significado psicológico de muitas praticas que a escola ativa propunha . Esse projeto de Ciência experimental iniciado em 1955, tratava-se de um curso de Física planejado detalhadamente, envolvendo um número considerável de pessoas e que, em curto espaço de tempo, tomava sua forma “final”. Eram feitos testes nos materiais, textos para depois se fazer correções ou alterações necessárias. A elaboração desses tais projetos incentivou as investigações no ensino, estimulando a entrada e participação de novos profissionais, estimulando a área da Educação Científica. Em 1957, nos EUA entra em cena o pioneirismo do projeto de Física do Physical Science Study Committee (Comitê de Estudos de Ciência Física). Mas embrião do PSSC nasceu durante o ano de 1956, com alguns professores do MIT (Massachustts Institute of Technology/ e estimulou novos adesores, como o National Science Foundation (Fundação Nacional de Ciência). Com o orçamento pioneiro da ordem de cinco milhões de dólares o PSSC se organizou, sua equipe chegou a ser composta por cientistas físicos, psicólogos, educadores, fotógrafos, historiadores, técnicos em filmagem, cerca de 280 pessoas. O resultado do PSSC foi à produção de quatro livros para os alunos, quatro livros como Guias do Professor e um conjunto de kits experimentais que permitiam a realização de 50 experimentos. Além de incorporar toda uma gama de metodologias de ensino nunca utilizadas de maneira simultânea. Esse projeto foi sucesso mundial, pois foi traduzido para diversos idiomas, sendo que no Brasil entre 1961 e 1964, na Universidade de São Paulo. Mas no Brasil em grande parte o PSSC ficou restrito aos cursos de formação de professores, devido à falta de condições básicas como, por exemplo, salas para o laboratório, os kits experimentais, os filmes e o equipamento necessário para projeção, etc. Mas nas escolas, de certa forma observou-se um aumento frequente do laboratório didático e a introdução de técnicas de discussão e uma significativa mudança de comportamento do 4 professor, que procurou colocar em uso algumas das metodologias introduzidas no programa do PSSC. Em 1963, Gerald Holton, físico, James Rutherford, professor de Física na escola secundária, e Fletcher Watson, educador, começaram um novo projeto nacional de Física nos Estados Unidos. A concepção humanística da física, como a participação do aluno vivenciando suas dificuldades e aptidões, pois nada melhor que fazer para aprender. O Projeto Harvard não teve repercussão significativa no Brasil e por motivos ou problemas editoriais não foi editado, ficando restrito a um público de professores e instituições do eixo Rio – São Paulo, sendo que, foi traduzido em Portugal. Em São Paulo, no IBECC/USP, entre julho de 1963 e julho de 1964, foi elaborado um projeto de Física, conhecido por Projeto Piloto engajada pela UNESCO, tendo como objetivo a melhoria no ensino de física o tema proposto foi Física da Luz, escolhido pelo diretor da Divisão de Ensino da UNESCO, Dr. Baez pela multiplicidade questões que poderia ser absorvida. 1.2 Articulação entre o passado e o presente: Tecnologia Educacional A introdução da Instrução Programada como determinante de todo o processo de ensino-aprendizagem pressupõe que a todo estímulo corresponde uma resposta associada que, se devidamente reforçada, poderá se transformar em resposta condicionada (reforço positivo). A Instrução Programada era fundamentada no comportamentalismo, também conhecido como Behaviorismo (do termo inglês behavior significa, comportamento), surgiu no inicio do século XX, e é uma escola psicológica considerada essencialmente positivista. De acordo com o Behaviorismo o conhecimento se dá de forma empírica, ou seja, através da experiência ou da experimentação planejada. Para os comportamentalistas, a ciência consiste numa tentativa de descobrir a ordem na natureza e nos eventos. O Behaviorismo estuda o comportamento observável, e não se preocupa em estudar o que ocorre dentro da mente, ou seja, os processos cognitivos. O objetivo principal é descrever e moldar o comportamento do homem, por meio do controle e estímulos ambientais. O comportamentalismo foi inaugurado pelo psicólogo americano, John B. Watson (1878-1958), em um artigo publicado em 1913, que apresentava o titulo "Psicologia: como os behavioristas a veem. Watson, em suas pesquisas, teve forte influencia das descobertas feitas por Ivan Pavlov (1849-1936). As pesquisas realizadas por Pavlov (experimento chamado Condicionamento Clássico ou Condicionamento Respondente) contribuíram tanto para a psicologia e educação. Através delas, foi possível provar que existe aprendizagem por associação e que essa aprendizagem pode ser observada. Para B. F. Skinner o comportamento humano pode ser observado, modelado e reforçado e, desta forma despreza-se os elementos não observáveis ou subjacentes a este mesmo comportamento. Ele esta entre os psicólogos behavioristas que tiveram seus estudos amplamente divulgados, inclusive no Brasil, havendo um grau de aplicabilidade muito forte na educação. Skinner, em seu livro intitulado "Tecnologia do Ensino'', cita três variáveis que compõem as chamadas contingências de reforço, pelas quais a aprendizagem acontece: 1- a ocasião em que o comportamento ocorre; 2- o próprio comportamento e 3- as conseqüências do comportamento. Segundo, Skinner existem teorias que não descrevem essas contingências de reforço pelas quais o comportamento muda. Mas, "trazem partes essenciais de qualquer conjunto de contingências de reforço: pois aprender fazendo acentua a resposta, aprender da experiência, a ocasião na qual a resposta ocorre, aprender por ensaio e erro dá ênfase as conseqüências. 5 (SKINNER, 1972, p. 7). Mas segundo o autor em referencia estas partes não podem ser estudadas separando-as das outras. Em relação ao ensino em sala de aula, Skinner (1972), há cinquenta anos atrás os principais reforços usados em sala de aula eram baseados no controle francamente aversivo. "Quando a criança lia os números, copiava os números, memorizava as tabuadas e executava as operações com os números para escapar à ameaça da palmatória e da vara de marmelo. Mas "hoje", segundo Skinner (1972) nota-se o surgimento de outra forma de estimulação aversiva, "Enquanto vai preenchendo, na carteira as lições do caderno, a criança está se comportando para escapar da ameaça de uma série de pequenos eventos aversivos: da zanga da professora, o deboche ou gozação dos colegas, nota baixa, ter de ir "conversar" com a diretora". Isso atualmente ainda é usado, mas não faz mas tanto efeito quanto antes, a indisciplina é hoje um dos grandes problemas a serem enfrentados no campo da educação. Para Skinner (1972) as crianças de hoje simplesmente não aprendem aritmética, nem logo, nem bem. Os alunos tentam fugir dessa aprendizagem alegando que não estão "preparados" para aquele nível de ensino ou ainda que não tem "cabeça"para matemática. E agora a professora privada da possibilidade do controle da vara de marmelo passa a usar menos tempo nas matérias que exigem exercício para destacar matérias de maior interesse inerente. De acordo com Skinner (1972, p.17), "habilidades, como escrever certo ou calcular rápido, são minimizadas em favor de proposições vagas: educar para a democracia, educar a criança como um todo, educar para a vida, e assim por diante. Lendo o texto acima parece que estamos falando do presente, mas não, só assim para notarmos que estamos arrastando uma procura por mudanças que nunca acontece, mas porque? Segundo Skinner (1972), no ensino de uma operação matemática geralmente a professora propõe resolução de problemas, e enquanto a classe trabalha ela circula entre as carteiras e cadeiras, parando aqui ou ali para dizer se uma resposta está certa ou errada, quando li isso texto me vi nessa situação, fazendo exatamente o que o autor relatava que ocorria no passado. Para Skinner raramente ao utilizar essa metodologia o professor não é capaz de reforçar cada passo, pois as salas de aula são compostas por muitos estudantes e assim não é possível dar o reforço e as repostas dos alunos uma de cada vez. Assim, o comum é corrigir os exercícios por blocos e todos de uma vez. Para solucionar esse tipo de situação Skinner (1972), propõe a máquina de ensinar um recurso pelo qual as contingências necessárias poderiam ser arranjadas. Sidney L. Pressey, por volta de 1920, desenhou várias máquinas destinadas a testar automaticamente a inteligência e a informação, dando inicio as primeiras "máquinas de ensinar" . Um "aparelho de Pressey: aplica testes, avalia e ensina". O número que aparece na janela marcada "item" indica a questão de um teste de múltipla escolha. O estudante aperta o botão correspondente à sua escolha da resposta. Quando aperta o botão da resposta certa, o aparelho muda para o item seguinte. Os erros são somados. (SKINNER, 1972, p. 28). Mas, uma das primeiras máquinas de ensinar aritmética foi demonstrada na Universidade de Pittsburgh, somente em março de 1954, e possuía o seguinte funcionamento: O material didático, uma equação a ser completada, por exemplo, aparece na abertura quadrada da parte superior, impressa em uma fita de papel. Na fita, estão perfurados orifícios correspondentes ao que falta na equação. O menino, movendo cursores, faz com que apareçam nos orifícios os números desejados. Uma vez que os cursores tenham sido manejados corretamente, a equação (ou outra equação) ficou completa. Então, o menino gira um botão na frente da máquina. A máquina “lê” a 6 resposta, e se estiver certa, o botão gira livremente e uma nova questão aparece sob a abertura. Se o ajuste dos cursores não tiver sido feito de modo a completar corretamente a equação, o botão não gira e o aluno precisa corrigir a posição dos cursores. Pode-se colocar também um contador para marcar respostas erradas. (SKINNER, 1972, p. 22). Segundo Pimentel, as influências de Skinner e sua Instrução Programada Linear podem ser consideradas como as primeiras abordagens adotadas do uso do computador aplicado à Educação. E suas idéias básicas ainda prevalecem atualmente na construção de diversos softwares, como os programas usados em cursos de língua estrangeira, etc.. 1.3 As dificuldades e os desafios do ensino básico nas disciplinas de Matemática e Física Um dos grandes desafios educacionais do nosso país está relacionado com os problemas enfrentados no ensino de matemática e, em particular, o ensino de ciências. Segundo o professor de biologia Maurício Mascarenhas da Silva, na série “Destino: Educação – Diferentes países, diferentes respostas”; a grande maioria dos alunos da rede estadual chegam ao Ensino Médio com uma deficiência matemática que geralmente não ocorre na rede particular, e mesmo que o professor tente passar o mesmo conteúdo o ritmo da aula é mais lento, comprometendo também a aprendizagem de outras disciplinas como química, física, biologia. Para o Sociólogo Simon Schwartzman, do Instituto de Estudos de Trabalho e Sociedade, atualmente devido as políticas públicas as crianças chegam a escola, o problema está na sua permanência, pois nesse caminho escolar muitas acabam abandonando, muitas crianças chegam na 5a e 8a série sem saber ler e escrever com fluência. De acordo com a diretora-executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, "só 11% dos alunos que concluem o Ensino Médio tem o aprendizado mínimo esperado em matemática, quem conclui o Ensino Médio no Brasil já é um grande vencedor porque uma parcela só um pouquinho da metade (50,2%) que consegue concluir". O ensino ideal de ciências estimula a curiosidade e o raciocínio lógico, auxilia na formação de cidadãos qualificados, aptos a enfrentar os desafios da sociedade contemporânea, dando à população em geral condições de tomar decisões a respeito do mundo natural que afetam nosso cotidiano. Para verificar a qualidade da educação no mundo temos o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) é realizado pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) a cada 3 anos, sendo aplicado em 57 países a estudantes na faixa etária de 15 a 16 anos, matriculados na 7º série(8º ano) em diante até o final do ensino médio. A avaliação estabelece um ranking internacional dos sistemas educacionais. Nas provas, traduzidas e com conteúdo idêntico para todos os países, são cobrados conhecimentos de Ciências, Matemática e Leitura. Cada prova tem aproximadamente 80 questões (OECD 2003). Em 2009, o Brasil avaliou no Pisa 20.013 alunos de uma amostra de 950 escolas , lembrando que no ano 2000 foram avaliados 4.893 alunos, este aumento de 2009 segundo o INEP, visa produzir média confiáveis para os estados brasileiros. 7 PISA 2009 Desempenho de países latino americanos por área de conhecimento Fonte: SED SC. Desempenho na área de conhecimento do Brasil no PISA 2009/2006/2003/2000 Fonte: SED SC. 2. Sociedade tecnológica Vivemos em uma sociedade que faz uso pleno da tecnologia, estes artefatos tecnológicos estão incorporados no nosso cotidiano; nas indústrias, no comércio, nos domicílios, e agora cada vez mais presente nas instituições de ensino como universidades, faculdades e escolas. Mas, qual o papel da tecnologia na educação? 2.1 Tecnologias no mundo De acordo com o estudo ”O Mundo em 2013: fatos e dados das TIC” [tecnologias de informação e comunicação] realizado pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), atualmente entre a população mundial - 7 bilhões de habitantes existem 6 bilhões de número de assinaturas de telefones celulares. Fonte e elaboração: UIT. 8 Em 2013, estima-se que até ao final do ano 2,5 bilhões de pessoas terão acesso a internet, o que corresponde a 39% da população mundial. Fonte e elaboração: UIT. 2.2 Tecnologias no Brasil Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2011, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de um total de 61,3 milhões de domicílios do país, 43% possuem pelo menos um microcomputador. Mas no entanto, 15%, ou 3,9 milhões de lares não têm acesso à internet. Desse total de 61,3 milhões de domicílios, 89,9% contavam com algum tipo de telefone, dos quais 49,7% tinham apenas o celular e 3,5% somente o telefone fixo, 36% declararam ter ambos, e 10,1% afirmaram não ter telefone de tipo algum. Já o número de casas com pelo menos uma televisão chega a 59,4 milhões. Em 46,3 milhões de residências, existe ao menos um aparelho de DVD. Ao mesmo tempo são 51,1 milhões de domicílios. 2.3 Tecnologias na Educação Nosso objetivo, neste presente trabalho é analisar e refletir sobre as relações entre as tecnologias digitais de informação e comunicação e a educação, nesta sociedade informacional na qual vivemos. E conforme Pastor (1998, p. 239 apud CANTINI 2008, p. 13) Quando falamos de novas tecnologias da informação e comunicação, fazemos referência a todos os avanços tecnológicos que foram gerados pelas diferentes formas de tratamento da informação (computador, CDROM...) e da imagem (meios de comunicação, televisão, vídeo, cinema, satélites...). 9 3. As tecnologias da informação e comunicação (TIC) na educação escolar Vivemos em uma sociedade na qual o advento das tecnologias de informação e comunicação (TIC), resultante da junção entre a informática e as telecomunicações, gerou de acordo com (Lévy, 1999) o grande encontro da era oral, escrita e digital. Para Elisa Tomoe Moriya Schlünzen, no livro salto tecnologias (2005, p.82), "a educação deixou de ser a definida por Freire (1970) como "bancária", na qual o aluno é um ser passivo em quem são depositadas as informações. O ensino deixou de ser centrado no professor que fala, dirigindo-se para o aluno que precisa interagir com o mundo a sua volta". Pois ainda segundo Freire (1994, p. 39), "Ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém se educa a si mesmo: os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo". José Manuel Moran, no livro salto tecnologias (2005, p.97) afirma que a televisão e o vídeo partem do concreto, do visível, do imediato, próximo, que toca todos os sentidos. “Mexem com o corpo, com a pele, as sensações e os sentimentos – tocam-nos e "tocamos" os outros, estão ao nosso alcance por meio dos recortes visuais, do close, do som estéreo envolvente” . A partir das atividades com TV/vídeo e internet, os estudantes podem desenvolver suas habilidades a partir do exercício de entrevistas, debates, reportagens em blogs e sites, teleteatro, telenovela, teleteatro interativo, documentários, narração de acontecimentos (jogos, eventos, acidentes, catástrofes, fatos políticos), narrativas de ficção, entre outros. Mas o uso desses recursos deve ser consciente e planejado, pois, de acordo com Sancho (2006, p.18 apud CANTINI 2008 p. 22), As tecnologias de informação e comunicação estão aí e ficarão por muito tempo, estão transformando o mundo e deve-se considerá-las no terreno da educação. As tecnologias da informação e comunicação não são neutras. Estão sendo desenvolvidas e utilizadas em um mundo cheio de valores e interesses que não favorecem toda a população. Além de considerar que um grande número de pessoas seguirá sem acesso a aplicações das TIC em um futuro próximo, deve-se lembrar que os processos gerados pela combinação dessas tecnologias e das práticas políticas e econômicas dominantes nem sempre é positivo para os indivíduos e sociedade. 3.1 Políticas públicas brasileiras e as TIC O governo brasileiro, segue uma tendência mundial e investe constantemente na integração de novas mídias às escolas públicas. São exemplos: • Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo): criado em 1997 mediante a portaria nº 522 em 09/04/1997, “com a finalidade de promover o uso da tecnologias como ferramenta de enriquecimento pedagógico no ensino público fundamental e médio” (BRASIL). A partir de 12 de dezembro de 2007, a partir da criação do decreto n° 6.300, o ProInfo passou a ser denominado Programa Nacional de Tecnologia Educacional, “tendo como principal objetivo promover o uso pedagógico das tecnologias de informação e comunicação nas redes públicas de educação básica”. Projeto um computador por aluno (UCA): Foi implantado com o objetivo de intensificar as tecnologias da informação e da comunicação (TIC) nas escolas, por meio da distribuição de computadores portáteis aos alunos da rede pública de ensino. Em 2010, através de licitação, o FNDE adquiriu e distribuiu 150 mil equipamentos para 300 escolas rurais e urbanas, em todas as regiões do país. 10 Programa um computador por aluno (PROUCA): Foi Instituído pela Lei nº 12.249, de 14 de junho de 2010, sendo um registro de preços (RPN) do FNDE para que os estados e municípios pudessem comprar com recursos próprios ou com financiamento do BNDES. Sua principal finalidade é promover a inclusão digital pedagógica e o desenvolvimento dos processos de ensino e aprendizagem de alunos e professores das escolas públicas brasileiras, mediante a utilização de computadores portáteis denominados laptops educacionais. Programa Banda Larga nas Escolas (PBLE): foi lançado no dia 04 de abril de 2008 e prevê o atendimento de todas as escolas públicas urbanas de nível fundamental e médio. Tabletes: Serão distribuídos para professores de escolas de ensino médio a partir de 2013, com os pré-requisitos de distribuição: ser escola urbana de ensino médio, ter internet banda larga, laboratório do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo) e rede sem fio (wi-fi). 3.2 Situação das TIC nas escolas públicas De acordo com (ALMEIDA, 2005, p. 40) , no livro "Integração das Tecnologias na Educação" Na constituição de qualquer projeto em sala de aula, como um relacionado ao uso das tecnologias o fundamental é "ter coragem de romper com as limitações do cotidiano, muitas delas auto-impostas" (Almeida e Fonseca Júnior, 2000, p. 23 e 22) e "delinear um percurso possível que pode levar a outros, não imaginados a priori " (Freire e Prado, 1999, p. 113). Portanto, "supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro" (Gadotti e Romão, 1997, p. 37). Na implementação e aplicação de um projeto envolvendo o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação na educação escolar, existem obstáculos: número de alunos matriculados em relação ao número de computadores, restrição na assistência técnica quanto à manutenção, atualização e renovação de equipamentos, falta de apoio técnico aos professores durante as aulas, ausência de assessoria pedagógica no delineamento das estratégias didáticas a serem utilizadas pelo professor com uso do computador e de outros recursos tecnológicos. Na tabela a seguir pode-se observar a situação das escolas publicas em relação as TIC. Infraestrutura (Total de Escolas: 64.220 escolas) Dependências: 32.824 escolas públicas (51%) com biblioteca 17.219 escolas públicas (27%) com sala de leitura 47.625 escolas públicas (74%) com laboratório de informática Equipamentos: 60.729 escolas públicas (95% ) com aparelho de DVD 58.451 escolas públicas (91%) com impressora 29.894 escolas públicas (47%) com antena parabólica 36.735 escolas públicas (57%) com máquina copiadora 41.430 escolas públicas (65%) com retroprojetor 61.968 escolas públicas (96%) com televisão 11 Tecnologia: 49.440 escolas públicas (77%) com internet 42.273 escolas públicas (66%) com banda larga Computadores uso dos alunos - 788.626 equipamentos Computadores uso administrativo - 213.254 equipamentos 3.3 Angústia tecnológica Para Cysneiros (1999), um dos grandes autores sobre Tecnologia Educacional é Larry Cuban, professor de educação da Stanford University. Em seu trabalho intitulado "Professores e Máquinas: O Uso da Tecnologia na Sala de Aula desde 1920", Cuban estudou a introdução do uso do rádio, filme, TV e computador em escolas norte-americanas. Segundo Cysneiros (1999), Cuban em seu trabalho cita o trecho de um discurso de "Thomas Edison (inventor do telégrafo, do gramofone e da lâmpada elétrica), prevendo, em 1913, que os livros didáticos se tornariam obsoletos nas escolas e que, usando filmes, seria possível instruir sobre qualquer ramo do conhecimento humano". (CYSNEIROS, 1999, p. 13). De acordo com Cysneiros (1999, p. 13), "na mesma época, Cuban [op.cit, p.5] transcreve um poema de uma professora, intitulado “Antiquado”, que ilustra bem o sentimento do educador que se sente ultrapassado pelo discurso das maravilhas de novas tecnologias na educação: “O Senhor Edison nos diz Que o rádio superará o professor. Já se pode aprender línguas pela Victrola E o filme dará movimento Àquilo que o rádio não conseguir. Professores passarão Como passaram carros de bombeiro a cavalo E damas de cabelos longos. Talvez eles sejam mostrados em museus E educação será um pressionar de botões. Oxalá haja lugar para mim no painel de controle.”. Ainda em 1922, Edison afirmava que “... o filme está destinado a revolucionar nosso sistema educacional e em poucos anos suplantará em muito, senão inteiramente, o uso de livros didáticos” (CYSNEIROS, 1999, p. 13). Para Cysneiros, a principal conclusão de Cuban é que: o uso de artefatos tecnológicos na escola tem sido uma história de insucessos, caracterizada por um ciclo de quatro ou cinco fases, que se inicia com pesquisas mostrando as vantagens educacionais do seu uso, complementadas por um discurso dos proponentes salientando a obsolescência da escola. Após algum tempo são lançadas políticas públicas de introdução da nova tecnologia nos sistemas escolares, terminando pela adoção limitada por professores, sem a ocorrência de ganhos acadêmicos significativos. Em cada ciclo, uma nova seqüência de estudos aponta prováveis causas do pouco sucesso da inovação, tais como falta de recursos, resistência dos professores, burocracia institucional, equipamentos inadequados. (CYSNEIROS, 1999, p. 13). 12 Para Cuban segundo Cysneiros (1999), alguns fatores que ocasionam tais insucessos se devem ao alto custo dos equipamentos e filmes, a falta de habilidade dos professores para lidar com os equipamentos e a dificuldade de acesso ao material. 4. Algumas Considerações Com tanta tecnologia a disposição, muitos estudantes com determinado perfil sócio econômico já lidam no seu cotidiano com computadores, jogos de vídeo/computadores, aparelhos de música digital, câmeras digitais, telemóveis (iphone, ipad, ipod, smartphone, tablet), redes sociais (Twitter, Facebook, e-mail, Internet). Esses recursos, se usados de forma planejada e organizada permitem acessar o conhecimento não apenas por palavras, mas também por imagens, sons, vídeos entre outros. Diante dessa realidade, como professora da rede pública estadual de ensino e da disciplina de Física, procurei desenvolver este estudo sobre o uso das tecnologias na área da educação. Pois, atualmente temos uma geração de estudantes que cresceu manuseando tais recursos tecnológicos, mas que quando chegam em sala de aula, muitas vezes encontram e utilizam os mesmos recursos que seus pais e até mesmo seus avós dispunham em suas respectivas épocas escolares. Entretanto, vivem em uma sociedade que utiliza cada vez mais intensivamente a tecnologia, sobretudo digitalizada, e provavelmente quando ingressarem num espaço profissional, estes estudantes terão que enfrentar exigências de um uso competente de recursos tecnológicos. Portanto, o uso de tecnologias na educação tem seus prós e contras, mas um dos grandes desafios educacionais do nosso país está relacionado com os problemas enfrentados no ensino de matemática e, em particular, o ensino de ciências. Uma vez que, segundo Moran (2004, p.14), " [...] as tecnologias sozinhas não mudam a escola, mas trazem mil possibilidades de apoio ao professor e de interação com e entre os alunos". Em nosso cotidiano escolar observamos muitos alunos desmotivados, e desacreditados do uso do conteúdo escolar no seu cotidiano, surgem as velhas perguntas quando eu vou usar isso na minha vida? E como professores, precisamos encontrar argumentos que mostrem que educação é a base para a formação desse estudante como cidadão na busca de um futuro melhor. Por isso acredito que as tecnologias de Informação e Comunicação aliadas aos estudos cognitivos podem contribuir para a melhoria da qualidade do ensino em nosso país. Segundo Valente (1993, p. 30 apud CANTINI 2008, p. 18 ), Já não se discute mais se as escolas devem ou não utilizar computadores, pois a informática é uma inapelável realidade na vida social, ignorar esta nova tecnologia é fadar-se ao ostracismo. A questão atual é: como utilizar a informática de forma mais proveitosa e educativa possível. Referências bibliográficas ACADEMIA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS. O Ensino de Ciências e a Educação Básica: Propostas para Superar a Crise. Academia Brasileira de Ciências. – Rio de Janeiro : Academia Brasileira de Ciências, 2008. Disponível em ˂ ftp://ftp.abc.org.br/ABCensinoemciencias2007.pdf˃ Acesso em: 04 jun.2013. BRASIL. Ministério da Educação. FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Programas. Disponível em: <http://www.fnde.gov.br/programas/programa-nacional-de-tecnologia-educacional-proinfo >. Acesso em: 30 mai. 2013. 13 CANTINI, M. C. Políticas Públicas e Formação de Professores na Área de Tecnologias de Informação e Comunicação – TIC na Rede Pública Estadual de Ensino do Paraná. 2008.156 f. Dissertação de Mestrado (Mestrado em Educação)- Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, 2008. CYSNEIROS, Paulo Gileno. 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