CONCURSO SEE-MG - EDITAL 2011
LÍNGUA PORTUGUESA
GRAMÁTICA
CLASSE DE PALAVRAS
ATENAS – CURSO PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS
PÚBLICOS.
Critérios para as aulas do cursinho de Língua Portuguesa.
• Celulares desligados. Caso precise deixá-lo ligado, coloque-o no
silencioso.
• Dúvidas serão tiradas somente as que se referirem a matéria
ministrada. O que estiver fora do conteúdo “poderá” ser
comentado após os horários em sala..
• Tudo pode ser dito, depende da maneira de dizer. Reclamações
podem e devem ser repassadas ao professor logo após a aula,
dessa forma, as dúvidas e possíveis problemas serão sanados e a
aula se tornará mais produtiva.
• Fazer exercícios se torna indispensável para o aprendizado.
• Cursinho é “apenas” um norte, uma direção, não é o mapa da
mina.
• Conversas paralelas atrapalham o professor e o seu amigo, e
devem ser evitadas em sala.
• Você é um vencedor e passará no concurso.
A língua portuguesa subdivide-se em QUATRO GRUPOS DE
ESTUDOS, levando em consideração cada aspecto da língua.
SINTAXE - A sintaxe é a parte da gramática que estuda a
disposição das palavras na frase e a das frases no discurso,
bem como a relação lógica das frases entre si.
SEMÂNTICA - é o estudo do sentido das palavras de uma
língua.
MORFOLOGIA - é o estudo da estrutura, da formação e da
classificação das palavras. A morfologia está agrupada em dez
classes, denominadas classes de palavras ou classes
gramaticais. São elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo,
Numeral, Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição,
Conjunção e Interjeição.
FONOLOGIA - é o ramo da linguística que estuda o sistema
sonoro de um idioma. Ao estudar a maneira como os fones (sons)
se organizam dentro de uma língua, classifica-os em unidades
capazes de distinguir significados, chamadas fonemas.
MORFOLOGIA
Classes gramaticais
Variáveis –
Invariáveis -
substantivos, adjetivos, pronomes, artigos,
numerais e verbos.
preposições, conjunções, advérbios e
interjeições.
SUBSTANTIVO
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é a
classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam os
seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos
também nomeiam: lugares: Alemanha, Porto Alegre... /
sentimentos: raiva, amor... /estados: alegria, tristeza... /
qualidades: honestidade, sinceridade... / -ações: corrida, pescaria...
CLASSIFICAÇÃO
Comum - é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de
forma genérica. Ex: cidade, menino, homem, mulher, país,
cachorro.
Próprio: é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de
forma particular. Ex: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.
Concreto: é aquele que designa o ser que existe, independentemente
de outros seres. Obs: os substantivos concretos designam seres do
mundo real e do mundo imaginário.
real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília, etc.
imaginário: saci, mãe-d'água, fantasma, etc.
Abstrato: é aquele que designa seres que dependem de outros para
se manifestar ou existir. Os substantivos abstratos designam
estados, qualidades, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem
ser abstraídos, e sem os quais não podem existir. Ex: vida (estado),
rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade (sentimento).
Coletivos - é o substantivo comum que, mesmo estando no
singular, designa um conjunto de seres da mesma espécie. Ex:
abelha - enxame, colmeia; aluno – classe.
Nota: o coletivo é um substantivo singular, mas com ideia de plural.
Formação dos Substantivos
Simples: é aquele formado por um único elemento. Ex: tempo, sol,
sofá, etc.
Composto: é aquele formado por dois ou mais elementos. Ex: beijaflor, passatempo.
Primitivo: é aquele que não deriva de nenhuma outra palavra da
própria língua portuguesa. O substantivo limoeiro é derivado, pois
se originou a partir da palavra limão.
Derivado: é aquele que se origina de outra palavra.
FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável quando
sofre flexão (variação). A palavra menino, por exemplo, pode sofrer
variações para indicar:
Plural: meninos / Feminino: menina / Aumentativo: meninão
Diminutivo: menininho
Flexão de Gênero
Na língua portuguesa, há dois gêneros: masculino e feminino.
Pertencem ao gênero masculino os substantivos que podem vir
precedidos dos artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes:
- O velho e o mar. / - Um Natal inesquecível. / - Os reis da praia
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem vir
precedidos dos artigos a, as, uma, umas:
Ex: A história sem fim - / Uma cidade sem passado.
Substantivos Biformes e Uniformes
Biformes (= duas formas): ao indicar nomes de seres vivos,
geralmente o gênero da palavra está relacionado ao sexo do ser,
havendo, portanto, duas formas, uma para o masculino e outra
para o feminino. Observe: gato – gata,/ homem – mulher / poeta –
poetisa / prefeito – prefeita.
Uniformes: são aqueles que apresentam uma única forma, que
serve tanto para o masculino quanto para o feminino. Classificamse em:
Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos. Ex: a cobra macho e
a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré fêmea.
Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas. Ex: a criança,
a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o indivíduo.
Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas por meio do
artigo. Ex: o colega e a colega, o doente, a doente, o artista , a artista.
Existem certos substantivos que, variando de gênero, variam em
seu significado.
Por exemplo: o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora)
o capital (dinheiro) e a capital (cidade)
Plural dos Substantivos Compostos
A formação do plural dos substantivos compostos depende da forma
como são grafados, do tipo de palavras que formam o composto e da
relação que estabelecem entre si. Aqueles que são grafados sem
hífen comportam-se como os substantivos simples:
Aguardente - aguardentes
pontapé - pontapés
girassol – girassóis
malmequer – malmequeres
O plural dos substantivos compostos cujos elementos são ligados
por hífen costuma provocar muitas dúvidas e discussões.
Algumas orientações são dadas a seguir:
a) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras
b)Flexiona-se somente o segundo elemento, quando formados
de:
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-falantes
palavras repetidas ou imitativas =
reco-reco e reco-recos
c) Flexiona-se somente o primeiro elemento
substantivo + preposição clara + substantivo = água-decolônia e águas-de-colônia
substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-vapor
e cavalos-vapor
substantivo + substantivo que funciona como determinante
do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo do termo
anterior.
Exemplos:
palavra-chave - palavras-chave
bomba-relógio - bombas-relógio
notícia-bomba - notícias-bomba
homem-rã
- homens-rã
peixe-espada - peixes-espada
ADJETIVOS
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou
característica do ser e se "encaixa" diretamente ao lado de
um substantivo.
Ao analisarmos a palavra bondoso, percebemos que além
de expressar uma qualidade, ela pode ser "encaixada
diretamente" ao lado de um substantivo: homem bondoso,
moça bondosa, pessoa bondosa.
Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade,
não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem
bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bondade,
portanto, não é adjetivo, mas substantivo, pois admite o
artigo: a bondade.
Classificação
Explicativo: exprime qualidade própria do ser. Por exemplo:
neve fria.
Restritivo: exprime qualidade que não é própria do ser. Por
exemplo: fruta madura.
Formação
simples - Formado por um só radical. brasileiro, escuro.
Composto - Formado por mais de um radical. lusobrasileiro, castanho-escuro, amarelo-canário.
Primitivo - aquele que dá origem a outros adjetivos. belo,
bom, feliz, puro.
Derivado - É aquele que deriva de substantivos ou verbos.
belíssimo, bondoso, magrelo.
*** Morfossintaxe do Adjetivo: O adjetivo exerce sempre
funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando como
adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do
objeto).
Pátrio - indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser.
Observe alguns deles:
Estados e cidades brasileiros:
Acre
acreano
Alagoas
alagoano
Amapá
amapaense
Pátrio Composto - na formação do adjetivo pátrio composto,
o primeiro elemento aparece na forma reduzida e,
normalmente, erudita. Observe :
África afro- / Por exemplo: Cultura afro-americana
Portugal luso- / Por exemplo: Acordos luso-brasileiros
*** LOCUÇÃO ADJETIVA
Locução = reunião de palavras. Sempre que são
necessárias duas ou mais palavras para contar a mesma
coisa, tem-se locução. Às vezes, uma preposição +
substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locução
Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo.)
Por exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixão sem
freio (paixão desenfreada).
Obs.: nem toda locução adjetiva possui um adjetivo
correspondente, com o mesmo significado. Ex:
Vi as alunas da 5ª série. / O muro de tijolos caiu.
**** É necessário critério!
Há muitos adjetivos que mantêm certa correspondência de
significado com locuções adjetivas, e vice-versa. No entanto, isso
não significa que a substituição da locução pelo adjetivo seja
sempre possível. Tampouco o contrário é sempre admissível.
Colar de marfim é uma expressão cotidiana; seria pouco
recomendável passar a dizer colar ebúrneo ou ebóreo, pois esses
adjetivos têm uso restrito à linguagem literária. Contrato leonino
é uma expressão usada na linguagem jurídica; é muito pouco
provável que os advogados passem a dizer contrato de leão. Em
outros casos, a substituição é perfeitamente possível,
transformando a equivalência entre adjetivos e locuções adjetivas
em mais uma ferramenta para o aprimoramento dos textos, pois
oferece possibilidades de variação vocabular.
Por exemplo: A população das cidades tem aumentado. A falta
de planejamento urbano faz com que isso se torne um imenso
problema.
FLEXÃO DOS ADJETIVOS
O adjetivo varia em gênero, número e grau.
Gênero - os adjetivos concordam com o substantivo a que
se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos
substantivos, classificam-se em:
Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e
outra para o feminino. ativo e ativa, mau e má, judeu e judia.
Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como
para o feminino.
Ex: homem feliz e mulher feliz.
Nos adjetivos compostos, só o último elemento vai para o
plural: cantor norte-americano – cantores norte-americanos.
Exceções: 1. adjetivos compostos invariáveis:
sapato azulmarinho – sapatos azul-marinho,
camisa azul-celeste –
camisas azul-celeste.
2. São invariáveis os adjetivos compostos cujo último
elemento é um substantivo:
Blusa verde-bandeira – blusas verde-bandeira
tecido verde-abacate – tecidos verde-abacate
batom vermelho-paixão – batons vermelho-paixão
3. Também são invariáveis os adjetivos composto por
COR+DE+SUBSTANTIVO: Blusa cor-de-rosa,
Blusas corde-rosa
Grau
Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a intensidade
da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo: o
comparativo e o superlativo.
Comparativo - Nesse grau, comparam-se a mesma
característica atribuída a dois ou mais seres ou duas ou
mais características atribuídas ao mesmo ser. O
comparativo pode ser de igualdade, de superioridade ou de
inferioridade. Observe os exemplos abaixo:
1) Sou tão alto como você. Comparativo De Igualdade
No comparativo de igualdade, o segundo termo da
comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou
quão.
2) Sou mais alto (do)
Superioridade Analítico
que
você.
Comparativo
de
No comparativo de superioridade analítico, entre os dois
substantivos comparados, um tem qualidade superior. A forma
é analítica porque pedimos auxílio a "mais...do que" ou
"mais...que".
3) O Sol é maior (do) que a Terra. Comparativo de
Superioridade Sintético.
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de
superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles:
bom-melhor
pequeno-menor
mau-pior
alto-superior
grande-maior
baixo-inferior
4) Sou menos alto (do) que você. Comparativo De
Inferioridade. Sou menos passivo (do) que tolerante.
Superlativo - expressa qualidades num grau muito
elevado ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser
absoluto ou relativo e apresenta as seguintes
modalidades:
Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um ser
é intensificada, sem relação com outros seres. Apresentase nas formas:
Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de palavras
que dão ideia de intensidade (advérbios).
O secretário é muito inteligente.
Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo de
sufixos.
Por exemplo:
O secretário é inteligentíssimo.
Observe alguns superlativos sintéticos: (pouco usado)
benéfico
beneficentíssimo
bom
boníssimo ou ótimo
Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser
é intensificada em relação a um conjunto de seres. Essa
relação pode ser:
De Superioridade: Clara é a mais bela da sala.
De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala.
IMPORTANTE:
a) As formas menor e pior são comparativos de
superioridade, pois equivalem a “mais pequeno e mais
mau”, respectivamente.
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas
(melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações
feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento,
deve-se usar as formas analíticas mais bom, mais mau,
mais grande e mais pequeno.
Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois
elementos.
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de duas
qualidades de um mesmo elemento.
As formas analíticas dos adjetivos bom, mau e grande (mais
bom, e mais grande, podem ser empregadas quando se
confrontam duas qualidades do mesmo ser.
Ex: Pedro é bom e atencioso: mais bom que atencioso.
Em lugar de menor usa-se mais pequeno, uma forma que,
normalmente se evita empregar no Brasil, porém muita usada
em Portugal.
ADJETIVO
COMPARATIVO DE
SUPERIORIDADE
SUPERLATIVO
ABSOLUTO
RELATIVO
BOM
MELHOR
ÓTIMO
O MELHOR
MAU
PIOR
PÉSSIMO
O PIOR
GRANDE
MAIOR
MÁXIMO
O MAIOR
PEQUENO
MENOR
MÍNIMO
O MENOR
Adjetivos, leitura e produção de textos.
A adjetivação é um dos elementos modalizadores de um texto,
ou seja, imprime ao que se fala ou escreve. Quando é excessiva e
voltada a obtenção de efeitos retóricos, prejudica a qualidade do
texto e evidencia o despreparo ou a má-fé de quem escreve.
Quando é feita com sobriedade e sensibilidade, contribui para a
eficiência interlocutiva do texto.
Nos textos dissertativos, os adjetivos normalmente explicitam a
posição de quem escreve em relação ao assunto tratado. É muitas
vezes por meio de adjetivos que os juízos e avaliações do produtor
do texto vêm a tona, transmitindo ao leitor atitudes como
provação, reprovação, aversão, admiração, indiferença. Analisar a
adjetivação de um texto dissertativo é, portanto, um bom caminho
para captar com segurança a opinião de quem o produziu. Lembrese de que é a sua adjetivação que deve cumprir esse papel quando
você escreve.
Nos textos ou passagens descritivas, os adjetivos cumprem uma
função mais plástica: é por meio deles que se costuma atribuir
formas, cor, peso, sabor e outras dimensões aos seres que estão
sendo descritos. É óbvio que, neste caso, o emprego de uma
seleção sensível e eficiente de adjetivos conduz a um texto mais
bem-sucedido, capaz de transmitir ao leitor uma impressão
bastante nítida do ser ou objeto descrito. São nessas passagens
descritivas que a adjetivação atua nos textos narrativos.
NUMERAL
Numeral é a palavra que indica os seres em termos
numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os
situa em determinada sequência.
Exemplos:
Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco.
[quatro: numeral = atributo numérico de "ingresso"]
Eu quero café duplo, e você?
...[duplo: numeral = atributo numérico de "café"]
A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor!
...[primeira: numeral = situa o ser "pessoa" na sequência
de "fila"]
*** Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que
os números indicam em relação aos seres. Assim, quando a
expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se
trata de numerais, mas sim de algarismos.
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia
expressa pelos números, existem mais algumas palavras
consideradas numerais porque denotam quantidade,
proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década,
dúzia, par, ambos(as), novena.
Classificação
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico.
um, dois, cem mil, etc.
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada.
Por exemplo: primeiro, segundo, centésimo, etc.
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão
dos seres. Por exemplo: meio, terço, dois quintos, etc.
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres,
indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada. Por
exemplo: dobro, triplo, quíntuplo, etc.
Flexão
Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma,
dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/duzentas
em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas,
etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, etc. variam em
número: milhões, bilhões, trilhões, etc. Os demais cardinais
são invariáveis. Os numerais ordinais variam em gênero e
número:
primeiro
segundo
milésimo
primeira
segunda
milésimas
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando
atuam em funções substantivas:
Por exemplo:
Fizeram o dobro do esforço e conseguiram o triplo de
produção.
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais
flexionam-se em gênero e número:
Por exemplo:
Teve de tomar doses triplas do medicamento.
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e
número. Observe:
um terço/dois terços
uma terça parte
duas terças partes
Os numerais coletivos flexionam-se em número. Veja:
uma dúzia / um milheiro / duas dúzias
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos
numerais, traduzindo afetividade ou especialização de sentido.
É o que ocorre em frases como:
Me empresta duzentinho...
É artigo de primeiríssima qualidade!
O time está marcdo por ter caído na segundona. (= segunda
divisão de futebol)
Emprego dos Numerais
Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em
que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo e
a partir daí os cardinais, desde que o numeral venha
depois do substantivo:
Ordinais
João Paulo II (segundo)
D. Pedro II (segundo)
Ato II (segundo)
Século VIII (oitavo)
Canto IX (nono)
Cardinais
Tomo XV (quinze)
Luís XVI (dezesseis)
Capítulo XX (vinte)
Século XX (vinte)
João XXIII ( vinte e três)
Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal
até nono e o cardinal de dez em diante:
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
Ambos/ambas são considerados numerais. Significam "um
e outro", "os dois" (ou "uma e outra", "as duas") e são
largamente empregados para retomar pares de seres aos
quais já se fez referência.
Por exemplo:
Pedro e João parecem ter finalmente percebido a
importância da solidariedade. Ambos agora participam das
atividades comunitárias de seu bairro.
Obs.: a forma "ambos os dois" é considerada enfática.
(redundância ou pleonasmo)
Numerais, leitura e produção de textos.
O conhecimento das formas da norma padrão dos numerais
é obviamente importante para quem tem necessidade de
produzir e interpretar textos em linguagem formal. Em
particular nas exposições orais, o uso dessas formas é
indispensável, por razões óbvias (não é possível substituir
numerais por algarismos na língua falada!), e evita
constrangimentos que podem comprometer a credibilidade
do expositor.
Os numerais também podem ser empregados na produção
e interpretação de textos dissertativos escritos. As palavras
dessa classe gramatical compartilham com os pronomes a
capacidade de retomar ou antecipar entes e dados e de
inter-relacionar partes do texto. São, por isso, elementos
importantes para a obtenção de coesão e coerência
textuais.
1. Qual das palavras destacadas a seguir não é um adjetivo?
a) As pesquisas eliminaram PARTE da emoção.
b) Os BONS candidatos nem sempre são eleitos.
c) Nas eleições há feriado NACIONAL.
d) As GRANDES empresas patrocinam candidatos.
e) Os resultados são dados no dia SEGUINTE.
2. Assinale a palavra cujo gênero está indevidamente indicado pelo artigo.
a) a dó
b) a dinamite
c) o suéter
d) o champanhe
e) a cal
3 - Das palavras abaixo, qual pode trocar de gênero, sem sofrer nenhuma
alteração ortográfica, apenas pela troca de artigo que a anteceda?
a) cientistas
b) biólogo
c) princípio
d) professor
e) altura
Pronome
É a palavra que acompanha ou
substitui o substantivo, indicando
sua posição em relação às pessoas
do discurso ou mesmo situando-o no
espaço e no tempo.
OS PRONOMES PODEM SER:
•substantivos: são aqueles que tomam o lugar do
substantivo.
Ela era a mais animada da festa. (No lugar de A
menina)
•adjetivos: são aqueles que acompanham o
adjetivo.
Minha bicicleta quebrou.
CLASSIFICAÇÃO DOS PRONOMES
•Pronome pessoal
•Pronome possessivo
•Pronome demonstrativo
•Pronome relativo
•Pronome indefinido
•Pronome interrogativo
Pronome pessoais.
Os pronome pessoais são aqueles que indicam as
pessoas do discurso. Dividem-se em retos que exercem a
função de sujeito e os oblíquos que exercem a função
de complemento.
RETOS
Número
1ª pessoa
2ª pessoa
3ª pessoa
Singular
*Eu
*Tu (você)
Ele
Plural
Nós
Vós (Vocês)
Eles
EXERCEM A FUNÇÃO DE SUJEITO / PODEM EXERCER A FUNÇÃO DE
COMPLEMENTO
QUADRO DOS PRONOMES PESSOAIS
NÚMERO
PESSOA
CASO
RETO
PRONOMES OBLÍQUOS
ÁTONOS SEM
PREPOSIÇÃO
SINGULAR
PLURAL
TÔNICOS COM
PREPOSIÇÃO
1ª
**EU
ME
MIM, COMIGO
2ª
**TU
TE
TI, CONTIGO
3ª
ELE
O, A, LHE, SE
SI,ELE,ELA,
CONSIGO
1ª
NÓS
NOS
NÓS, CONOSCO
2ª
VÓS
VOS
VÓS, CONVOSCO
3ª
ELES
OS, AS, LHES SE
SI,, ELES, ELAS
CONSIGO.
EXEMPLO DO USO DOS PRONOMES
Ela avisou a todos sobre a festa.
Caso reto – sujeito
(na frase o pronome não é precedido de preposição)
Todas as pessoas olhavam para ela.
Caso oblíquo - complemento
(na frase o pronome “ela” está preposicionado e exerce a função de
complemento e não de sujeito, pois o sujeito da frase é: Todas as
pessoas
Portanto, podemos concluir que os únicos dois pronomes que sempre
funcionam como sujeito e nunca como complemento são: “eu e tu”.
As principais preposições: por, para, perante, a, ante, até, após, de,
desde, em, entre, com, contra, sem, sob, sobre e trás.
Emprego dos pronomes pessoais
Os pronomes pessoais retos funcionam como sujeitos de frases:
Eu vou à loja, talvez ele esteja lá. (eu sujeito do verbo “vou”)
“ele” sujeito do ver esteja.
Retos: Eu, tu, ele, nós, vós, eles. .
.Os pronomes pessoais retos (eu, tu, ele, nós,vós, eles) NUNCA
aparecem DEPOIS DE UMA PREPOSIÇÃO. Torna-se obrigatório o
uso dos pronomes oblíquos:
Entre mim e ti há uma distância enorme.
Preposição (palavras invariáveis)
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou
tônicos.
•São pronomes oblíquos átonos: ( sem preposição)
me, te, o, a, lhe, se, nos, vos, os, as, lhes.
Os pronomes pessoais oblíquos átonos, com formas verbais:
A mãe esperava-o ansiosa
•São pronomes oblíquos tônicos: ( com preposição)
mim, ti, ele, ela, si, nos, vos, eles, elas.
Os pronomes pessoais oblíquos tônicos são usados com
preposição:
A mãe ansiosa esperava por mim. – oblíquo
tônico. (Observe que o pronome veio precedido de preposição)
EMPREGO DOS PRONOMES PESSOAIS
• Os
pronomes oblíquos átonos “o, a, os, as” exercem a função de
objeto direto:
A enfermeira examinou o garoto. Objeto direto
A enfermeira examinou-o
(quem examina, examina alguma coisa – VTD)
•Os pronomes oblíquos átonos “lhe, lhes” exercem a função de
objeto indireto.
O garçom oferece-lhe bebida.
(quem oferece, oferece alguma coisa a alguém)
preposição
•Antes de verbo no infinitivo só usamos eu e tu, jamais mim e ti.
Fizeram de tudo para eu me emocionar.
Fizeram de tudo para tu comprares a casa.
Nos casos acima os pronomes “eu e tu” são sujeitos dos verbos
emocionar e comprares.
***Obs: Os pronomes retos “eu e tu” nunca serão
complementos, mesmo regidos de preposição.
Como regra prática podemos perceber o seguinte: quando
precedidos de preposição, não se usam as formas retas “eu e
tu”, mas as formas oblíquos “mim e ti”.
Ninguém irá sem EU. Ninguém irá sem mim.
Nunca houve discussões entre EU E TU. Nunca houve
discussões entre mim e ti.
Apenas um caso em que empregamos as formas retas eu e tu,
mesmo precedidas por preposições: quando essas formas
funcionam como sujeito de um verbo no infinitivo.
Deram um livro pra eu ler. ( eu: sujeito do verbo ler)
Importante:
Só se usam os pronomes eu e tu quando funcionarem como sujeito de
um verbo. Perceba, então, que o segredo é este:
analisar sintaticamente a oração:
caso o pronome funcione como sujeito, use “eu” ou “tu”; senão, use
“mim” ou “ti”.
Ex: Era para eu sair mais cedo hoje”, pois o sujeito de “sair” é o
pronome “eu”;
“Ela trouxe o livro para mim”, pois o pronome não funciona como
sujeito. O sujeito dessa frase é “ela”.
***Agora preste atenção a esta frase:
“Foi difícil para mim conseguir o emprego.”
Parece estar errada, não é mesmo? mas está certa, pois o pronome
não funciona como sujeito, como à primeira vista possa parecer.
Na verdade, “conseguir o emprego” é uma oração que funciona
como sujeito do verbo “ser”. Observe a inversão:
“Conseguir o emprego foi difícil para mim.”
(Observe a pergunta para se saber o sujeito- o que foi difícil?)
***A resposta então é o sujeito da oração, que no caso não é uma
palavra, mas uma oração infinitiva)
Percebeu como o pronome não funciona como sujeito?
*** Isso ocorre quando surgir “custar, faltar, restar, bastar ou
verbo de ligação com predicativo do sujeito”:
“ Custou para mim aceitar a situação.”
“ Falta para mim conversar com três candidatos.”
“ Resta para mim explicar duas teorias.”
“ Basta para mim ter você ao meu lado.”
“ É necessário para mim aguardar ordens superiores.”
“Foi difícil para mim aceitar a situação.
Veja o exemplo: Basta para mim ter Teté ao meu lado.
Há dois verbos: bastar e ter. Analisemos o verbo bastar:
Pergunta: Que é que basta?
Resposta: ter Teté ao meu lado = sujeito do verbo bastar.
Observe que o sujeito do verbo bastar é uma oração, pois onde
houver verbo haverá uma oração. O sujeito representado por uma
oração se chama-se: oração subordinada substantiva subjetiva
(OSSS).
Num período, há a chamada ordem direta, que é a colocação do
sujeito no início da oração, com o verbo logo após ele. Se a frase
apresentada for escrita em ordem direta, ou seja, se a oração
subordinada substantiva subjetiva iniciar o período, haverá a
seguinte frase: "Ter Teté ao meu lado basta para mim". Percebeu
como o adequado é usar mim mesmo?
Sempre que houver bastar, custar, faltar ou restar e, no mesmo
período, houver outro verbo no infinitivo, este não poderá ser
flexionado, ou seja, sempre ficará invariável. Veja alguns exemplos:
Basta para os alunos estudar todos os dias.
Basta para eles estudar todos os dias.
Basta para nós estudar todos os dias.
Isso ocorre porque “os alunos, eles e nós” não exercem a função de
sujeito de estudar, e sim a de complemento do verbo bastar (objeto
indireto).
Os pronomes oblíquos “se, si, consigo” são pronomes
reflexivos ou recíprocos, portanto só poderão ser usados
na voz reflexiva ou na voz reflexiva recíproca.
Reflexiva - quando o sujeito praticar a ação sobre si
mesmo.
Carla machucou-se.
Marcos cortou-se com a faca.
Reflexiva recíproca - quando houver dois elementos
como sujeito: um pratica a ação sobre o outro, que pratica
a ação sobre o primeiro.
Paula e Renato amam-se.
Os jovens agrediram-se durante a festa.
Os ônibus chocaram-se violentamente.
Conosco e convosco - são utilizados normalmente em sua forma
sintética. Caso haja palavra de reforço, tais pronomes devem ser
substituídos por formas analíticas.
Queria falar conosco.
Queria falar com nós dois.
Os oblíquos “o, os ,a ,as” quando precedidos de verbos que
terminem em “r, s, z” assumem as formas: lo, los, la, las. (VTD).
(VTD) – verbo transitivo direto
Vou (amar) amá-lo por toda a vida.
O jogo (fiz) fi-lo sozinho.
Tu (amas) amá-lo como a ti mesma.
Quando precedidos de verbos que terminam em “-m, -ão, -õe,
assumem a forma no, nas, nos, nas.
Entregaram-no ao professor.
Entregaram o livro ao professor. – objeto direto.
O assunto, dão-no por encerrado.
Independentemente da predicação verbal, (VTD,VTI,VTDI e
VI) se o verbo terminar em mos, seguido de nos ou de vos, retirase a terminação -s.
Ex. * Encontramo-nos ontem à noite.
* Recolhemo-nos cedo todos os dias.
Observação: Se o verbo for transitivo indireto terminado em
“s”, seguido de lhe, lhes, não se retira a terminação s.
Ex. * Obedecemos-lhe cegamente.
* Tu obedeces-lhe?
Muitas vezes os pronomes oblíquos equivalem a pronomes
possessivos, exercendo a função sintática de adjunto adnominal.
(termo ligado a um substantivo)
Roubaram-me o livro. = Roubaram o meu livro.
Escutei-lhe os conselhos = Escutei seus conselhos.
As formas plurais “nós e vós” podem ser empregadas para
representar uma única pessoa (singular), adquirindo valor de
modéstia.(política)
Nós – disse o prefeito – procuramos resolver o problema das
enchentes.
Pronomes Oblíquos Átonos - são me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os
as, lhes. Eles podem exercer diversas funções sintáticas nas orações.
São elas:
a) Objeto Direto - Os pronomes que funcionam como objeto direto
são me, te, se, o, a, nos, vos, os, as.
Ex. • Quando encontrar seu material, traga-o até mim.
• Respeite-me, garoto.
• Levar-te-ei a São Paulo amanhã.
b) Objeto Indireto -Os pronomes que funcionam como objeto
indireto são me, te, se, lhe, nos, vos, lhes.
Ex.
• Traga-me as apostilas, quando as encontrar.
• Obedecemos-lhe cegamente.
c) Adjunto adnominal – (agente) Os pronomes que funcionam
como adjunto adnominal são me, te, lhe, nos, vos, lhes, quando
indicarem posse (algo de alguém).
Ex. • Quando Clodoaldo morreu, Soraia recebeu-lhe a herança. (a
herança dele)
• Roubaram-me os documentos. (os documentos de alguém - meus)
d) Complemento nominal – (paciente) Os pronomes que funcionam
como complemento nominal são me, te, lhe, nos, vos, lhes, quando
complementarem o sentido de adjetivos, advérbios ou substantivos
abstratos. (algo a alguém, não provindo a preposição a de um verbo).
Ex. • Tenha-me respeito. (respeito a alguém)
• É-me difícil suportar tanta dor. (difícil a alguém)
d) Sujeito acusativo - Os pronomes que funcionam como sujeito
acusativo são me, te, se, o, a, nos, vos, os, as, quando estiverem
em um período composto formado pelos verbos fazer, mandar,
ver, deixar, sentir ou ouvir, e um verbo no infinitivo ou no
gerúndio.
Ex.
• Deixei-a entrar atrasada.
• Mandaram-me conversar com o diretor.
Exemplos: será sujeito acusativo o sujeito de um verbo no
infinitivo ou no gerúndio de uma oração que funcione como
objeto direto, quando o verbo da oração principal for um desses
verbos: fazer, mandar, ver, deixar, sentir ou ouvir.
Exemplo: Fizeram /o acusado confessar o crime.
Analisando:
O sujeito da 1ª oração é indeterminado porque não faz referência a
quem praticou a ação. ( Fizeram)
Fizeram /o acusado confessar o crime.
O verbo fazer é verbo transitivo direto, que tem como objeto direto
toda a oração “ o acusado confessar o crime”. A oração que funciona
como objeto direto chama-se “oração subordinada substantiva
objetiva direta.”
O verbo da oração subordinada substantiva objetiva direta está no
infinitivo (confessar) e tem como sujeito “o acusado”. Portanto, “o
acusado” é sujeito acusativo.
O sujeito acusativo poderá ser representado por um substantivo ou
por um pronome oblíquo átono (me, te, se, o, a, nos, vos, os, as).
Observação: Quando o sujeito acusativo for um substantivo plural,
o verbo no infinitivo tanto poderá ficar no singular ou no plural, mas
dá-se preferência pelo singular.
Exemplos:
Vi os blocos passar /passarem. (Os blocos = sujeito acusativo).
Vi-os passar. (os = sujeito acusativo).
Deixei-as sair. (as = sujeito acusativo).
Mandaram-me entrar. (me = sujeito acusativo).
COLOCAÇÃO PRONOMINAL USO DOS PRONOMES – me, te, se, lhes,o,a,os, as,nos,vos.
Próclise - antes do verbo – Nos o amamos muito.
Ênclise - depois do verbo – Entregaram-me as camisas.
Mesóclise - aparece no meio do verbo - Convidar-me-iam para a
festa.
REGRA GERAL – OS PRONOME DEVEM VIR EM ÊNCLISE
Uso da próclise –
1- Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais,
nada, ninguém, nem, de modo algum.
Exemplos: Nada me perturba. / Ninguém se mexeu. /
De modo algum me afastarei daqui.
Ela nem se importou com meus problemas.
2- Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que,
conforme, embora, logo, que.
Exemplos: - Quando se trata de comida, ele é um gênio.
- É necessário que a deixe na escola.
- Fazia a lista de convidados, conforme me lembrava dos amigos
sinceros.
3 – quando aparecem advérbios (palavras invariáveis que indicam
circunstância) Aguns: assim, bem, mal, depressa, devagar, melhor,
pior, bondosamente, generosamente e muitos outros terminados em
mente.
Exemplos - Aqui se tem paz. / - Sempre me dediquei aos estudos. /
Talvez o veja na escola.
OBS: Se houver vírgula depois do advérbio, este (o advérbio) deixa
de atrair o pronome. Aqui, trabalha-se.
4 - Pronomes relativos, demonstrativos e indefinidos.
- Alguém me ligou? (indefinido)
- A pessoa que me ligou era minha amiga. (relativo)
-Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo
5 – Quando aparecer frases interrogativas.
Exemplo: Quanto me cobrará pela tradução?
6- Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo).
- Deus o abençoe! (Exclamativa)
- Macacos me mordam! (exclamativa)
-Deus te abençoe, meu filho! (optativas)
7 - Com verbo no gerúndio antecedido de preposição EM.
- Em se plantando tudo dá.
-Em se tratando de beleza, ele é campeão.
8 - Com formas verbais proparoxítonas
-Nós o censurávamos. ( verbo com a tonicidade proparoxítona)
MESÓCLISE
•Usada quando o verbo estiver no futuro do presente (vai acontecer
– amarei, amarás, …) ou no futuro do pretérito (ia acontecer mas
não aconteceu – amaria, amarias, …)
Convidar-me-ão para a festa.
- Convidar-me-iam para a festa.
*Se houver uma palavra atrativa, a próclise será obrigatória.
-Não (palavra atrativa) me convidarão para a festa.
ÊNCLISE
1 - Ênclise de verbo no futuro e particípio está sempre errada.
Tornarei-me……. (errada)
Tinha entregado-nos……….(errada) * Nesse caso usa-se próclise)
2 - Ênclise de verbo no infinitivo estará sempre correta.
Entregar-lhe (correta)
-Não posso recebê-lo. (correta) (verbo terminado em r, faz-se o
objetivo direto retirando a letra “r” e colocando a letra”l”.
3 - Com o verbo no início da frase: Entregaram-me as camisas.
4 - Com o verbo no imperativo afirmativo: Alunos, comportemse.
5 - Com o verbo no gerúndio: Saiu deixando-nos por instantes.
6 - Com o verbo no infinitivo impessoal: Convém contar-lhe tudo.
OBS: se o gerúndio vier precedido de preposição ou de palavra
atrativa, ocorrerá a próclise:
Exemplos: Em se tratando de cinema, prefiro o suspense.
Saiu do escritório, não nos revelando os motivos.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS
*Locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar + infinitivo,
gerúndio ou particípio.
AUX + PARTICÍPIO: o pronome deve ficar depois do verbo auxiliar.
Se houver palavra atrativa, o pronome deverá ficar antes do verbo
auxiliar.
Havia-lhe contado a verdade.
- Não (palavra atrativa) lhe havia contado a verdade.
AUX + GERÚNDIO OU INFINITIVO: se não houver palavra
atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou do verbo
principal.
Exemplos: Infinitivo
Quero-lhe dizer o que aconteceu./- Quero dizer-lhe o que aconteceu.
Gerúndio
- Ia-lhe dizendo o que aconteceu. / Ia dizendo-lhe o que aconteceu.
Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo
auxiliar ou depois do verbo principal.
Infinitivo
- Não lhe quero dizer o que aconteceu.
- Não quero dizer-lhe o que aconteceu.
Gerúndio
- Não lhe ia dizendo a verdade. / - Não ia dizendo-lhe a verdade.
EXERCÍCIOS
Assinale a frase com erro de colocação pronominal:
a) Tudo me era completamente indiferente
b) Ela não me deixou concluir a frase
c) Este casamento não deve realizar-se
d) Ninguém havia lembrado-me de fazer as reservas
Assinale a frase incorreta:
a) Nunca mais encontrei o colega que me emprestou o livro
b) Retiramo-nos do salão, deixando-os sós
c) Faça boa viagem! Deus proteja-o
d) Não quero magoar-te, porém não posso deixar de te dizer a verdade
Estas conservas são para nós __________ durante o inverno.
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna:
a) alimentarmos- nos
b) alimentar- mo- nos
c) nos alimentarmos
d) nos alimentarmo- nos
Caso _______ lá, _______, para que não _______
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas:
a) se demoram – avisem-nos – nos preocupemos
b) se demorem – avisem-nos – preocupemo-nos
c) demorem-se – nos avisem – preocupemo-nos
d) demorem-se – nos avisem – nos preocupemos
O pronome está mal colocado em apenas um dos períodos. Identifique-o:
a) Finalmente entendemos que aquela não era a estante onde deveriam-se colocar
cristais
b) Ninguém nos falou, outrora, com tanta sinceridade
c) Não se vá, custa-lhe ficar um pouco mais?
d) A mão que te estendemos é amiga
O pronome pessoal oblíquo átono está bem colocado em um só dos períodos.
Qual?
a) Isto me não diz respeito! Respondeu-me ele, afetadamente.
b)Segundo deliberou-se na sessão, espero que todos apresentem-se na hora
conveniente.
c) Os conselhos que dão-nos os pais, levamo-los em conta mais tarde.
d) Amanhã contar-lhe-ei por que peripécias consegui não envolver-me
Pronomes Possessivos
São aqueles que indicam posse, em relação às três pessoas do
discurso. São eles: meu(s),minha(s), teu(s), tua(s), seu(s), sua(s),
nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossa(s).
Empregos dos pronomes possessivos - O emprego dos
possessivos de terceira pessoa seu, sua, seus, suas pode dar duplo
sentido à frase (ambiguidade). Para evitar isso, coloca-se à frente
do substantivo dele, dela, deles, delas, ou troca-se o possessivo por
esses elementos.
Ex: Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com seus
documentos. De quem eram os documentos? Não há como saber.
Então a frase está ambígua. Para tirar a ambiguidade, coloca-se,
após o substantivo, o elemento referente ao dono dos documentos:
se for Joaquim: Joaquim contou-me que Sandra desaparecera com
documentos dele; se for Sandra: Joaquim contou-me que Sandra
desaparecera com documentos dela.
É facultativo o uso de artigo diante dos possessivos.
Ex.• Trate bem seus amigos. ou Trate bem os seus amigos.
Não se devem usar pronomes possessivos diante de partes do
próprio corpo
Ex. • Amanhã, irei cortar os cabelos. (meus)
• Vou lavar as mãos. (minhas)
• Menino! Cuidado para não machucar os pés! (seus)
Não se devem usar pronomes possessivos diante da palavra casa,
quando for a residência da pessoa que estiver falando.
Ex. Acabei de chegar de casa.
Estou em casa, tranquilo.
Pronomes Demonstrativos
Pronomes demonstrativos são aqueles que situam os seres no tempo
e no espaço, em relação às pessoas do discurso. São os seguintes:
Este, esta, isto: são usados para o que está próximo da pessoa que
fala e para o tempo presente.
Este chapéu que estou usando é de couro. ( próximo a 1ª pessoa)
Este ano está sendo cheio de surpresas. (presente)
Esse, essa, isso: são usados para o que está próximo da pessoa
com quem se fala, para o passado recente e para o futuro.
Ex. Esse chapéu que você está usando é de couro?
2012. Esse ano será envolto em mistérios.
Em novembro de 2010, inauguramos a loja. Até esse mês, nada
sabíamos sobre comércio.
Aquele, aquela, aquilo: são usados para o que está distante da
pessoa que fala e da pessoa com quem se fala e para o tempo
passado remoto.
Ex. Aquele chapéu que ele está usando é de couro?
Em 1974, eu tinha 15 anos. Naquela época, Londrina era uma
cidade pequena.
***Outros usos dos demonstrativos
Em uma citação oral ou escrita, usa-se este, esta, isto para o que
ainda vai ser dito ou escrito, e esse, essa, isso para o que já foi dito
ou escrito.
Esta é a verdade: existe a violência, porque a sociedade a permitiu.
Existe a violência, porque a sociedade a permitiu. A verdade é essa.
Usa-se este, esta, isto em referência a um termo imediatamente
anterior. Ex. O fumo é prejudicial à saúde, e esta deve ser
preservada.
Quando interpelei Roberval, este assustou-se inexplicavelmente.
***Para estabelecer-se a distinção entre dois elementos
anteriormente citados, usa-se este, esta, isto em relação ao que foi
mencionado por último e aquele, aquela, aquilo, em relação ao que
foi nomeado em primeiro lugar.
• Sabemos que a relação entre o Brasil e os Estados Unidos é de
domínio destes sobre aquele.
• Os filmes brasileiros não são tão respeitados quanto as novelas,
mas eu prefiro aqueles a estas.
O, “a, os, as, os” são pronomes demonstrativos, quando
equivalem a isto, isso, aquilo ou aquele(s), aquela(s).
Ex.• Não concordo com o que ele falou. (aquilo que ele falou)
• Tudo o que aconteceu foi um equívoco. (aquilo que aconteceu)
Pronomes Indefinidos
Os pronomes indefinidos referem-se à terceira pessoa do discurso
de uma maneira vaga, imprecisa, genérica. São eles:
alguém, ninguém, tudo, nada, algo, cada, mais, menos, demais,
algum, alguns, alguma, algumas, nenhum, nenhuns, nenhuma,
nenhumas, todo, todos, toda, todas, muito, muitos, muita, muitas,
bastante, bastantes, pouco, poucos, pouca, poucas, certo, certos,
certa, certas, tanto, tantos, tanta, tantas, quanto, quantos, quanta,
quantas, um, uns, uma, umas, qualquer, quaisquer além das
locuções pronominais indefinidas cada um, cada qual, quem quer
que, todo aquele que, tudo o mais...
Usos de alguns pronomes indefinidos
Todo - deve ser usado com artigo, se significar inteiro e o
substantivo à sua frente o exigir.
Caso signifique cada ou todos não terá artigo, mesmo que o
substantivo exija.
Ex. • Todo dia telefono a ela. (Todos os dias)
• Fiquei todo o dia em casa. (O dia inteiro)
• Todo ele ficou machucado. (Ele inteiro, mas a palavra ele
não admite artigo)
Todos, todas - devem ser usados com artigo, se o substantivo à
sua frente o exigir.
Ex. • Todos os colegas o desprezam.
• Todas as meninas foram à festa.
• Todos vocês merecem respeito.
Algum - tem sentido afirmativo, quando usado antes do
substantivo; passa a ter sentido negativo, quando estiver depois do
substantivo.
Ex. • Amigo algum o ajudou. (Nenhum amigo)
• Algum amigo o ajudará. (Alguém)
Certo - será pronome indefinido, quando anteceder substantivo e
será adjetivo, quando estiver posposto a substantivo.
Ex. • Certas pessoas não se preocupam com os demais.
• As pessoas certas sempre nos ajudam.
Qualquer - não deve ser usado em sentido negativo. Em seu
lugar, deve-se usar algum, posteriormente ao substantivo, ou
nenhum. Ex.• Ele entrou na festa sem qualquer problema. Essa
frase está inadequada gramaticalmente. O adequado seria
• Ele entrou na festa sem problema algum.
• Ele entrou na festa sem nenhum problema
Pronomes Interrogativos
São os pronomes “que, quem, qual e quanto” usados em frases
interrogativas diretas ou indiretas.
Ex. • Que farei agora? - Interrogativa direta.
• Quanto te devo, meu amigo? - Interrogativa direta.
• Qual é o seu nome? - Interrogativa direta.
• Não sei quanto devo cobrar por esse trabalho. - Interrogativa
indireta.
Notas: Na expressão interrogativa Que é de? subentende-se a
palavra feito: Que é do sorriso? (= Que é feito do sorriso? ), Que é
dele? (= Que é feito dele?). Nunca se deve usar “quédê, quedê ou
cadê”, pois essas palavras oficialmente não existem, apesar de, no
Brasil, o uso de cadê ser cada dia mais constante.
*** Não se deve usar a forma “o que” como pronome interrogativo;
usa-se apenas que, a não ser que o pronome seja colocado depois do
verbo.
Ex. Que você fará hoje à noite? e não O que você fará hoje à noite?
• Que queres de mim? e não O que queres de mim?
• Você fará o quê?
Pronomes Relativos
“Que” - deve ser utilizado com o intuito de substituir um
substantivo (pessoa ou "coisa"), evitando sua repetição. Na
montagem do período, deve-se colocá-lo imediatamente após o
substantivo repetido, que passará a ser chamado de elemento
antecedente.
Ex: nas orações Roubaram a peça. A peça era rara no Brasil há o
substantivo peça repetido.
Pode-se usar o pronome relativo que e, assim, evitar a repetição de
peça. O pronome será colocado após o substantivo. Então teremos
Roubaram a peça que... . Este “que” está no lugar da palavra peça
da outra oração. Deve-se, agora, terminar a outra oração: ...era rara
no Brasil, ficando
Roubaram a peça que era rara no Brasil.
Outro exemplo:
01) Encontrei o garoto. Você estava procurando o garoto.
• Substantivo repetido = garoto
• Colocação do pronome após o substantivo = Encontrei o garoto
que ...
• Restante da outra oração = ... você estava procurando.
• Junção de tudo = Encontrei o garoto que você estava procurando.
Obs: O pronome que pode ser substituído por “o qual, a qual, os
quais e as quais” sempre. O gênero e o número são de acordo com
o substantivo substituído. Observe esses exemplos:
Encontrei o livro o qual você estava procurando.
Você estava procurando o livro o qual encontrei.
Eu vi o rapaz o qual é seu amigo.
O rapaz o qual vi é seu amigo.
• Nós assistimos ao filme o qual vocês perderam.
Vocês perderam o filme ao qual nós assistimos.
• O gerente precisa dos documentos os quais o assessor encontrou.
O assessor encontrou os documentos dos quais o gerente precisa.
O Pronome Relativo Cujo
Este pronome indica posse (algo de alguém).
Na montagem do período, deve-se colocá-lo entre o possuidor e o
possuído (alguém cujo algo)
Ex: Antipatizei com o rapaz. Você conhece a namorada do rapaz. O
substantivo repetido rapaz possui namorada. Deveremos, então
usar o pronome relativo cujo, que será colocado entre o possuidor e
o possuído: Algo de alguém = Alguém cujo algo. Então, tem-se a
namorada do rapaz = o rapaz cujo a namorada. Não se pode, porém,
usar artigo (o, a, os, as) depois de cujo. Ele deverá contrair-se com o
pronome, ficando: cujo + o = cujo; cujo + a = cuja cujo + os = cujos;
cujo + as = cujas. Então a frase ficará o rapaz cuja namorada.
Somando a duas orações, tem-se
Antipatizei com o rapaz cuja namorada você conhece.
O artista morreu ontem. Eu falara da obra do artista.
• Substantivo repetido = artista - o substantivo repetido possui
algo. • Algo de alguém = Alguém cujo algo: a obra do artista = o
artista cuja obra. Somando as duas orações, tem-se
O artista cuja obra eu falara morreu ontem.
Observe que, nesse último exemplo, a junção de tudo ficou
incompleta, pois a segunda oração é Eu falara da obra do artista,
porém, na junção, a prep. de desapareceu. Portanto o período está
inadequado gramaticalmente. A explicação é a seguinte: Quando
o verbo da oração subordinada adjetiva exigir preposição, deve-se
colocá-la antes do pronome relativo. Então, tem-se:
O artista “de” cuja obra eu falara morreu ontem.
O Pronome Relativo Qual
Este pronome tem o mesmo valor de que e de quem.
É sempre antecedido de artigo, que concorda com o elemento
antecedente, ficando o qual, a qual, os quais, as quais.
*** Se a preposição que anteceder o pronome relativo possuir duas
ou mais sílabas, só poderemos usar o pronome “qual”, e não “que”
ou “quem”. Então só se pode dizer:
O juiz perante o qual testemunhei.
Os assuntos sobre os quais conversamos, e não
O juiz perante quem testemunhei, nem “Os assuntos sobre que
conversamos.
Meu irmão comprou o restaurante. Eu falei a você sobre o
restaurante.
• Substantivo repetido = restaurante
• Colocação do pronome após o substantivo = Meu irmão comprou
o restaurante que ...
• Restante da outra oração = ... eu falei a você.
• Junção de tudo = Meu irmão comprou o restaurante que eu
falei a você.
Observe que o verbo falar, na oração apresentada, foi usado com a
preposição sobre, que deverá ser anteposta ao pronome relativo:
Meu irmão comprou o restaurante sobre que eu falei a você.
Como a preposição sobre possui duas sílabas, não se pode usar o
pronome que, e sim o qual, ficando, então,
Meu irmão comprou o restaurante sobre o qual eu falei a você.
O Pronome Relativo Onde
Este pronome tem o mesmo valor de “em que.”
Sempre indica lugar, por isso funciona sintaticamente como adjunto
adverbial de lugar.
Se a preposição “em” for substituída pela prep. “a” ou pela prep.
“de”, substituiremos onde por aonde e donde, respectivamente. Por
exemplo: O sítio aonde fui é aprazível. A cidade donde vim fica longe.
Será pronome relativo indefinido, quando puder ser “subtituído” por o
lugar em que. Por exemplo na frase:
Eu nasci onde você nasceu. = Eu nasci no lugar em que você nasceu.
Outro exemplo:
Eu conheço a cidade. Sua sobrinha mora na cidade.
• Substantivo repetido = cidade
• Colocação do pronome após o substantivo = Eu conheço a cidade
que...
• Restante da outra oração = ... sua sobrinha mora.
• Junção de tudo = Eu conheço a cidade que sua sobrinha mora. O
verbo morar exige a prep. em, pois quem mora, mora em algum
lugar. Então:
Eu conheço a cidade em que sua sobrinha mora.
Eu conheço a cidade na qual sua sobrinha mora.
Eu conheço a cidade onde sua sobrinha mora.
O Pronome Relativo Quanto
Este pronome é sempre antecedido de tudo, todos ou todas,
concordando com esses elementos (quanto, quantos, quantas).
Exemplo:
Fale tudo quanto quiser falar. / Traga todos quantos quiser trazer.
Beba todas quantas quiser beber.
FUNÇÕES SINTÁTICAS DO RELATIVO "QUE”
O pronome relativo [que] se refere a um termo da oração anterior (antecedente)
projetando-o na oração seguinte, subordinada a esse antecedente. Veja:
 Mudei para a casa / que eu mesmo construí.
Na frase acima, a palavra [que] se relaciona com o antecedente [a casa]. A oração
que se subordina a esse antecedente é: que eu mesmo construí. Para melhor
compreendermos qual o papel desempenhado pelo pronome relativo [que], vamos
desdobrar o período composto em duas orações:
Mudei para a casa. Eu mesmo construí a casa.
Não é difícil perceber, agora, que o relativo [que], introduz a segunda oração e, ao
mesmo tempo, substitui [casa] na segunda oração. Observe que [casa], na segunda
oração, exerce a função sintática de objeto direto. Como [que] a substitui, essa
será a função sintática do pronome [que]. Portanto, [que] cumpre uma dupla
função: substitui, na segunda oração, o termo antecedente (a casa) e ao mesmo
tempo introduz a oração subordinada adjetiva.
O pronome relativo que pode ter por antecedente o demonstrativo [o, a, os, as]:
Olha o (= isto) que esse menino fez na prova!
 Falo o (= aquilo) que sinto.
***Lembremos que é fundamental diferenciar o relativo [que] da conjunção
integrante [que], que introduz uma oração subordinada substantiva. Para
reconhecer o relativo [que] substitua-o por o/a qual, os/as quais:
=> Comprei a casa que você indicou => [...] a qual você indicou.
 Você me deu um presente que me agradou => o qual me agradou.
O pronome relativo, que sempre tem uma função na oração adjetiva, a saber:
sujeito, predicativo do sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento
nominal, agente da passiva e adjunto adverbial.
Conscientemente falando, não é tão simples descobrir essas funções sem a ajuda de um
"macete". Um muito usado é este:
1º. Substitua o pronome relativo pelo seu antecedente;
2º. Observe a função sintática do antecedente na nova posição que assumiu no lugar do
pronome relativo.
3°. A função do antecedente, em sua nova posição, será a mesma do pronome relativo [que]
(substituído).
4°. Em muitos casos, será necessário colocar a nova frase em ordem direta para maior
clareza da função do antecedente.
Exemplos Práticos:
O povo chorou os soldados que morreram em combate.
Substituindo: os soldados morreram em combate.
Função sintática: os soldados = sujeito = que.
Aqui está o livro que lerei nas férias.
Substituindo: o livro lerei nas férias. => lerei o livro nas férias.
Função Sintática: o livro = objeto direto = que.
Comprei a casa a que você se referiu.
Substituindo: a casa você se referiu => você se referiu a casa.
Função sintática: a casa = objeto indireto = que.
Este é o remédio de que tenho necessidade.
Substituindo: do remédio tenho necessidade => Tenho necessidade do remédio.
Função sintática: do remédio = complemento nominal = que.
A casa em que moro é bem cuidada.
Substituindo: Na casa moro é bem cuidada. => moro na casa...
Função Sintática: na casa = adjunto adverbial = que.
Ignoras o cínico que ele é.
Substituindo: o cínico ele é. => ele é o cínico.
Função Sintática: o cínico = predicativo do sujeito = que.
Era venenosa a aranha por que você foi picado.
Substituindo: Era venenosa pela aranha você foi picado. => você foi picado pela
aranha.
Função Sintática: foi picado pela aranha = agente da passiva = que.
Os Pronomes relativos onde, como e cujo exercem sempre as funções sintáticas de:
adjunto adverbial de lugar, de modo e adjunto adnominal, respectivamente:
O salão do clube onde passamos o réveillon estava repleto
Substituindo: passamos o réveillon no salão do clube (adj. adv. de lugar)
A foto cujo negativo lhe enviei ficou ótima.
Substituindo: o negativo da foto (adjunto adnominal) ficou ótima.
A maneira firme como defendeu o rapaz causou admiração.
Substituindo: defendeu de maneira firme (adj. adv. de modo)o rapaz.
EXERCÍCIOS
Dê a Função Sintática do Pronome Relativo [que] (sujeito, predicativo do sujeito, objeto
direto, objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva e adjunto adverbial):
1. Desapareceu a dor / de que tanto reclamava.
02. Comprei a casa / que você indicou.
03. Poucos conhecem o artista / que sou.
04. Estudamos os autores / que formam um dos grupos românticos.
05. Não encontrei o livro / a que te referiste.
06. Recolha o material / que está sobre a mesa.
07. Ainda não vi o filme / a que você se refere.
08. Há pessoas / que sofrem pelos outros.
GABARITOS
01. Substituindo: Desapareceu da dor tanto reclamava.
Função Sintática: reclamava da dor (OI).
02. Substituindo: Comprei a casa você indicou.
Função Sintática: você indicou a casa (OD).
03. Substituindo: Poucos conhecem o artista sou.
Função Sintática: sou o artista (pred. do sujeito).
04. Substituindo: os autores formam um dos grupos românticos.
Função Sintática: sujeito.
05. Substituindo: Não encontrei ao livro te referiste.
Função Sintática: te referiste ao livro (OI).
06. Substituindo: o material está sobre a mesa.
Função Sintática: sujeito.
07. Substituindo: Ainda não vi ao filme você se refere.
Função Sintática: você se refere ao filme (OI).
08. Substituindo: pessoas sofrem pelos outros.
Função Sintática: sujeito.
10) Em “Ajeito-lhe as cobertas,” o pronome lhe exerce a mesma função em
que:
a) Luz sempre lhe afugenta o sono
b) O irmão dizia-lhe para ser sério
c) Vinha-lhe, então, a raiva
d) Sempre lhe negavam uma resposta
11) Por favor, passe _______caneta que está aí perto de você; ________ aqui
não serve para__________ desenhar.
a) essa, esta, eu
b) esta, esta, mim
c) essa, essa, eu
d) essa, esta, mim
31) Em todas as frase há um pronome demonstrativo, exceto em:
a) Eu não posso fazer esse trabalho
b) Todos a acharam simpática
c) Não esperava encontrar tal pessoa
d) Meus amigos prepararam esta bela surpresa
12) Indique a alternativa que completa corretamente as lacunas abaixo:
1. Não foi essa a pessoa ___aludi
2. Há fatos ________nunca nos esquecemos
3 Itaipu foi uma das obras _______construção mais comprometeu o orçamento
nacional
4. A conclusão ____chegou não tem o menor fundamento
5. O conferencista, _______ conhecimentos desconfiávamos, foi infeliz em suas
colocações
a) à qual, de que, em cuja, a que, de cujos
b) a que, de que, cuja, a que, de cujos
c) a qual, dos quais, com cuja, a qual, dos quais
d) a quem, que, em cuja, à qual, em cujos
Pronomes de Tratamento
•
São pronomes empregados no trato com as pessoas,
familiarmente ou respeitosamente. Embora o pronome de
tratamento se dirija à segunda pessoa, toda a concordância deve
ser feita com a terceira pessoa.
• Usa-se Vossa, quando conversamos com a pessoa, e Sua, quando
falamos da pessoa.
• Ex: Vossa Senhoria deveria preocupar-se com suas
responsabilidades e não com as de Sua Excelência, o Prefeito,
que se encontra ausente.
• Vossa Senhoria deveria preocupar-se com suas responsabilidades e
não com as de Sua Excelência, o Prefeito, que se encontra ausente.
Eis uma pequena lista de pronomes de tratamento:
Civis
Vossa Excelência - V. Ex.a
Presidente da República, Senadores da República, Ministro de
Estado, Governadores, Deputados Federais e Estaduais, Prefeitos,
Embaixadores, Vereadores, Cônsules, Chefes das Casas Civis e Casas
Militares.
Vossa Magnificência- V. M. - Reitores de Universidade
Vossa Senhoria - V. S. - Diretores de Autarquias Federais, Estaduais
e Municipais
Judiciárias
Vossa Excelência V. Ex.ª - Desembargador da Justiça, curador,
promotor.
Meritíssimo Juiz - M. - Juiz Juízes de Direito
Vossa Senhoria - V. S.ª - Diretores de Autarquias Federais, Estaduais
e Municipais.
Militares
Vossa Excelência - V. - Ex.ªOficiais generais (até coronéis)
Vossa Senhoria -V. S.ª - Outras patentes militares
Vossa Senhoria - V. S.ª - Diretores de Autarquias Federais, Estaduais
e Municipais.
Autoridades eclesiásticas.
Vossa Santidade - V. S. – Papa
Vossa Eminência Reverendíssima - V. Em.ª Revm.ª - Cardeais,
arcebispos e bispos
Vossa Reverendíssima V. Revm.ª - Abades, superiores de conventos,
outras autoridades eclesiásticas e sacerdotes em geral.
Autoridades monárquicas
Vossa Majestade - V. M. - Reis e Imperadores
Vossa Alteza - V. A. - Príncipe, Arquiduques e Duques
Vossa Reverendíssima - V. Revmª - Abades, superiores de
conventos, outras autoridades eclesiásticas e sacerdotes em geral.
Outras autoridades
Doutor - Dr. - Doutor
Comendador - Com. – Comendador
Professor - Prof. – Professor
Artigo
É a palavra variável em gênero e número que precede um
substantivo, determinando-o de modo preciso (artigo definido)
ou vago (artigo indefinido).
Os artigos classificam-se em:
1) Artigos Definidos: o, a, os, as.
02) Artigos Indefinidos: um, uma, uns, umas.
Ex. O garoto pediu dinheiro. (Antecipadamente, sabe-se quem é o
garoto.)
• Um garoto pediu dinheiro. (Refere-se a um garoto qualquer, de
forma genérica.)
Emprego dos artigos
Ambos - Usa-se o artigo entre o numeral ambos e o elemento
posterior, caso este exija o seu uso.
Ex: Ambos os atletas foram declarados vencedores. (Atletas é
substantivo que exige artigo.)
Ambas as leis estão obsoletas. (leis é substantivo que exige artigo.)
• Ambos vocês estão suspensos. (Vocês é pronome de tratamento
que não admite artigo.)
Todos - Usa-se o artigo entre o pronome indefinido todos e o
elemento posterior, caso este exija o seu uso.
Ex: Todos os atletas foram declarados vencedores.
• Todas as leis devem ser cumpridas.
• Todos vocês estão suspensos.
Todo - diante do pronome indefinido todo, usa-se o artigo, para
indicar totalidade; não se usa, para indicar generalização.
Ex. Todo o país participou da greve. (O país todo, inteiro.)
• Todo país sofre por algum motivo. (Qualquer país, todos os
países.)
Cujo - Não se usa artigo após o pronome relativo cujo.
Ex. As mulheres, cujas bolsas desapareceram, ficaram revoltadas. (e
não cujo as bolsas.)
Pronomes Possessivos - diante desses pronomes o uso do artigo é
facultativo.Ex.
• Encontrei seus amigos no Shopping.
• Encontrei os seus amigos no Shopping.
Nomes de pessoas - diante de nome de pessoas, só se usa artigo,
para indicar afetividade ou familiaridade.
Ex.• O Pedrinho mandou uma carta a Fernando Henrique.
Casa - diante da palavra casa (lar, moradia), se a palavra estiver
especificada. Ex.
• Saí de casa há pouco. / Saí da casa do Gilberto há pouco.
Terra - se a palavra terra significar "chão firme", só haverá artigo,
quando estiver especificada. Se significar planeta, usa-se com artigo.
Ex.
• Os marinheiros voltaram de terra, pois irão à terra do comandante.
• Os astronautas voltaram da Terra. ( de + a )
Nomes de lugar - só se usa artigo diante da maioria dos nomes de
lugar, quando estiver qualificado. Ex.
• Estive em São Paulo, ou melhor, estive na São Paulo de Mário de
Andrade.
Nota: Alguns nomes de lugar vêm acompanhados de artigo: a Bahia /
o Rio de Janeiro / o Cairo; outros têm o uso do artigo facultativo. São
eles: África, Ásia, Europa, Espanha, França, Holanda.
PREPOSIÇÃO
Preposição é uma palavra invariável que liga dois elementos da
oração, subordinando-os. Isso significa que a preposição é o termo
que liga substantivo a substantivo, verbo a substantivo, substantivo a
verbo, adjetivo a substantivo, advérbio a substantivo, etc.
Por exemplo, na frase:
Os alunos do colégio assistiram ao filme de Walter Salles
comovidos, teremos:
como elementos da oração os alunos, o colégio, o verbo assistir, o
filme, Walter Salles e a qualidade dos alunos comovidos.
O restante é preposição. Observe: “de” liga alunos a colégio, “a” liga
assistir a filme, “de” liga filme a Walter Salles. Portanto são
preposições.
O termo que antecede a preposição é denominado regente, e o
termo que a sucede, regido. Portanto em "Os alunos do colégio..."
teremos: os alunos = elemento regente; o colégio = elemento regido.
Dicas sobre preposição
1. O “a” pode funcionar como preposição, pronome pessoal
oblíquo e artigo. Como distingui-los?
***Caso o “a” seja um artigo, virá precedendo a um substantivo.
Ele servirá para determiná-lo como um substantivo singular e
feminino.
Ex: A dona da casa não quis nos atender.
(artigo qualificando substantivo)
Como posso fazer a Joana concordar comigo?
***Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois termos e
estabelece relação de subordinação entre eles.
Ex: Cheguei a sua casa ontem pela manhã.
(preposição ligando verbo ao objeto)
Não queria, mas vou ter que ir a outra cidade para procurar um
tratamento adequado.
***Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o lugar e/ou a
função de um substantivo.
Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém. / Creio que a
conhecemos melhor que ninguém.
2. Algumas relações semânticas estabelecidas por meio das
preposições:
Destino - Irei para casa.
Modo - Chegou em casa aos gritos.
Lugar - Vou ficar em casa;
Assunto - Escrevi um artigo sobre adolescência.
Tempo - A prova vai começar em dois minutos.
Causa – Ela faleceu de derrame cerebral.
Fim ou finalidade - Vou ao médico para começar o tratamento.
Instrumento - Escreveu a lápis.
Posse - Não posso doar as roupas da mamãe.
Autoria - Esse livro de Machado de Assis é muito bom.
Tipos de preposição: essenciais: por, para, perante, a, ante, até,
após, de, desde, em, entre, com, contra, sem, sob, sobre, trás. As
essenciais são as que só desempenham a função de preposição.
acidentais: afora, fora, exceto, salvo, durante, mediante, segundo,
menos. As acidentais são palavras de outras classes gramaticais que
eventualmente são empregadas como preposições. São, também,
invariáveis.
Locução Prepositiva: São duas ou mais palavras, exercendo a
função de uma preposição: acerca de, a fim de, apesar de, através
de, de acordo com, em vez de, junto de, para com, à procura de, à
busca de, à distância de, além de, antes de, depois de, à maneira de,
junto de, junto a, a par de...
As locuções prepositivas têm sempre como último componente
uma preposição.
Combinação: Junção de algumas preposições com outras palavras,
quando não há alteração fonética. Ex. ao (a + o); aonde (a + onde)
Contração: Junção de algumas preposições com outras palavras,
quando a preposição sofre redução. Ex. do (de + o); neste (em +
este); à (a + a)
*** Obs: Não se deve contrair a preposição “de” com o artigo que
inicia o sujeito de um verbo, nem com o pronome ele(s), ela(s),
quando estes funcionarem como sujeito de um verbo.
Por exemplo a frase "Isso não depende do professor querer" está
errada, pois professor funciona como sujeito do verbo querer.
Portanto a frase deve ser "Isso não depende de o professor querer"
ou "Isso não depende de ele querer“.
Conjunção
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois
termos semelhantes de uma mesma oração.
Classificação
Conjunções Coordenativas / - Conjunções Subordinativas
Conjunções coordenativas
Aditivas: expressam a ideia de adição, soma. Observe os exemplos:
Ela foi ao cinema e ao teatro.
- Minha amiga é dona-de-casa e professora. / - Eu reuni a família e
preparei uma surpresa.
- Ele não só emprestou o joguinho como também me ensinou a jogar.
Principais conjunções aditivas: e, nem, não só…mas também, não
só…como também.
Adversativas - expressam ideias contrárias, de oposição, de
compensação. Exemplos:
Tentei chegar na hora, porém me atrasei.
Ela trabalha muito mas ganha pouco.
Não ganhei o prêmio, no entanto dei o melhor de mim.
Principais conjunções adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no
entanto, entretanto.
Alternativas - Expressam ideia de alternância.
Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho.
Minha cachorra ora late ora dorme.
Vou ao cinema quer faça sol quer chova.
Principais conjunções alternativas: Ou…ou, ora…ora, quer…quer,
já…já.
Conclusivas - Servem para dar conclusões às orações.
Exemplos: Estudei muito por isso mereço passar.
Estava preparada para a prova, portanto não fiquei nervosa.
Você me ajudou muito; terá, pois sempre a minha gratidão.
Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois (depois do
verbo), portanto, por conseguinte, assim.
Explicativas - Explicam, dão um motivo ou razão:
É melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá fora.
Não demore, que o seu programa favorito vai começar.
Principais conjunções explicativas: que, porque, pois (antes do
verbo), porquanto.
Classificação das conjunções subordinativas
Causais - Principais conjunções causais: porque, visto que, já que,
uma vez que, como (= porque). Exemplos:
- Não pude comprar o CD porque estava em falta.
- Ele não fez o trabalho porque não tem livro.
- Como não sabe dirigir, vendeu o carro que ganhou no sorteio.
Comparativas - principais conjunções comparativas: que, do que,
tão…como, mais…do que, menos…do que.
- Ela fala mais que um papagaio.
Concessivas - principais conjunções concessivas: embora, ainda que,
mesmo que, apesar de, se bem que. Indicam uma concessão, admitem
uma contradição, um fato inesperado. Traz em si uma ideia de
“apesar de”. Ex: Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (=
apesar de estar cansada) - Apesar de ter chovido fui ao cinema.
Conformativas - principais conjunções conformativas: como,
segundo, conforme, consoante. Ex:
Cada um colhe conforme semeia.
Segundo me disseram a casa é esta.
Expressam uma ideia de acordo, concordância, conformidade.
Consecutivas - Expressam uma ideia de consequência. principais
conjunções consecutivas: que ( após “tal”, “tanto”, “tão”,
“tamanho”). Ex: Falou tanto que ficou rouco.
Estava tão feliz que desmaiou.
Finais - expressam ideia de finalidade, objetivo.
Todos trabalham para que possam sobreviver.
Viemos aqui para que vocês ficassem felizes.
principais conjunções finais: para que, a fim de que, porque (=para
que),
Proporcionais - principais conjunções proporcionais: à medida que,
quanto mais, ao passo que, à proporção que.
-À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha.
- Quanto mais ela estudava, mais feliz seus pais ficavam.
Temporais - principais conjunções temporais: quando, enquanto,
logo que. Ex: - Quando eu sair, vou passar na locadora.
- Chegamos em casa assim que começou a chover.
- Mal chegamos e a chuva desabou.
Observação: Mal é conjunção subordinativa temporal quando
equivale a “logo que”.
O conjunto de duas ou mais palavras com valor de conjunção chamase locução conjuntiva.
Exemplos: ainda que, se bem que, visto que, contanto que, à
proporção que.
Algumas pessoas confundem as circunstâncias de causa e
consequência. Realmente, às vezes, fica difícil diferenciá-las.
Observe os exemplos:
Correram tanto, que ficaram cansados.
“Que ficaram cansados” aconteceu depois deles terem corrido, logo
é uma consequência.
Ficaram cansados porque correram muito.
“Porque correram muito” aconteceu antes deles ficarem cansados,
logo é uma causa.
ADVÉRBIO
O advérbio é uma categoria gramatical invariável que modifica
verbo, adjetivo ou outro advérbio, atribuindo-lhes uma circunstância
de tempo, modo, lugar, afirmação, negação, dúvida ou intensidade.
Por exemplo, na frase “Ontem, ela não agiu muito bem” temos
quatro advérbios: ontem, de tempo; não, de negação; muito, de
intensidade; bem, de modo.
As circunstância podem também ser expressas por uma locução
adverbial - duas ou mais palavras exercendo a função de um
advérbio. Por exemplo, na frase “Ele, às vezes, age às escondidas.’
Tem duas locuções adverbiais: às vezes, de tempo; às escondidas, de
modo.
Classificação dos Advérbios
Advérbios de Modo - Assim, bem, mal, acinte (de propósito,
deliberadamente), debalde (inutilmente), depressa, devagar, melhor,
pior, bondosamente, generosamente e muitos outros terminados em
mente.
Locuções Adverbiais de Modo: às pressas, às claras, às cegas, à toa,
à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa
maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão.
02) Advérbios de Lugar - abaixo, acima, adentro, adiante, afora, aí,
além, ali, aquém, atrás, cá, dentro, embaixo, externamente, lá, longe,
perto.
Locuções Adverbiais de Lugar: a distância, à distância de, de longe,
de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta.
03) Advérbios de Tempo - afinal, agora, amanhã, amiúde (de vez em
quando), ontem, breve, cedo, constantemente, depois, enfim,
entrementes (enquanto isso), hoje, imediatamente, jamais, nunca,
outrora,
primeiramente,
tarde,
provisoriamente,
sempre,
sucessivamente, já.
Locuções Adverbiais de Tempo: às vezes, à tarde, à noite, de
manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a
qualquer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia.
04) Advérbios de Negação - não, tampouco (também não).
Locuções Adverbiais de Negação: de modo algum, de jeito nenhum,
de forma nenhuma.
05) Advérbios de Dúvida: acaso, casualmente, porventura,
possivelmente, provavelmente, talvez, quiçá.
Locuções Adverbiais de Dúvida: por certo, quem sabe.
06) Advérbios de Intensidade- assaz (bastante, suficientemente),
bastante, demais, mais, menos, muito, quanto, quão, quase, tanto,
pouco.
Locuções Adverbiais de Intensidade: em excesso, de todo, de
muito, por completo.
07) Advérbios de Afirmação - certamente, certo, decididamente,
efetivamente, realmente, deveras (realmente), indubitavelmente.
Locuções Adverbiais de Afirmação: sem dúvida, de fato, por certo,
com certeza.
08) Advérbios Interrogativos - onde (lugar), quando (tempo), como
(modo), por que (causa).
FLEXÃO DO ADVÉRBIO
O advérbio pode flexionar-se nos graus comparativo e superlativo
absoluto.
Comparativo de Superioridade - O advérbio flexiona-se no grau
comparativo de superioridade por meio de mais ... (do) que. Ex. •
Ele agiu mais generosamente que você.
Comparativo de Igualdade - O advérbio flexiona-se no grau
comparativo de igualdade por meio de tão ... como, tanto ... Quanto
.Ex. Ele agiu tão generosamente quanto você.
Comparativo de Inferioridade - O advérbio flexiona-se no grau
comparativo de inferioridade por meio de menos ... (do) que. Ex.
Ele agiu menos generosamente que você.
Superlativo Absoluto Sintético - O advérbio flexiona-se no grau
superlativo absoluto sintético por meio dos sufixos -issimamente, íssimo, ou -inho. Ex. Ela agiu educadissimamente. • Ele é
muitíssimo educado. Acordo cedinho.
Superlativo Absoluto Analítico - O advérbio flexiona-se no grau
superlativo absoluto analítico por meio de um advérbio de
intensidade como muito, pouco, demais, assaz, tão, tanto...
Ex. Ela agiu muito educadamente. / Acordo bastante cedo.
Melhor e pior são formas irregulares do grau comparativo dos
advérbios bem e mal; no entanto, junto a adjetivos ou particípios,
usam-se as formas mais bem e mais mal. Ex. Estes alunos estão
mais bem preparados que aqueles.
Havendo dois ou mais advérbios terminados em -mente, numa
mesma frase, somente se coloca o sufixo no último deles.Ex. Ele
agiu rápida, porém acertadamente.
EXERCÍCIOS
1.Todas as expressões sublinhadas abaixo presumem uma circunstância de
tempo, exceto:
a) “E agora era desejada também”
b) “Naquela noite despertaram...”
c) “..não eram ainda anunciadores de desgraças...”
d) “A mata dormia seu sono jamais interrompido”.
e) “...já que os homens ainda não haviam chegado...”
3. Os advérbios em “mente” das alternativas abaixo, designam a mesma
circunstância, exceto em:
a) Os soldados combateram estoicamente até a morte.
b) Os fiscais sugeriram ironicamente que os candidatos fossem submetidos a um
outro exame.
c) No momento da discussão, alguns convidados saíram sutilmente sem se
despedirem.
d) Possivelmente haverá uma nova oportunidade.
4- Assinale a alternativa em que somente advérbios foram acrescentados à
frase: “O tempo passou.”
a) O sofrido tempo não passou muito rápido, infelizmente.
b) O tempo passou bastante, majestoso.
c) Realmente, o tempo passou depressa demais.
d) Sim, o curto tempo já passou.
8. “Ainda com as palavras da mulher o aborrecendo, o leão subitamente se
defrontou com um pequeno rato.” As palavras grifadas nessa frase são,
respectivamente:
a) preposição, adjetivo, artigo, pronome e verbo.
b) pronome, adjetivo, pronome, artigo e advérbio.
c) preposição, substantivo, pronome, artigo e verbo.
d)pronome, substantivo, artigo, pronome e advérbio.
15. Em qual frase abaixo, a conjunção ”e” apresenta ideia de adversidade.
a) “... seja essa pequena nota com um PG a lápis e uma assinatura...”
b) “... revelam apenas a imaginação desordenada e o capricho estranho...”
c) “... respondi com frieza a muita bondade e paguei com ingratidão...”
d) “... que “S.” tenha encontrado em mim um apoio e não uma decepção”
25. Os termos grifados no período “Seus lábios eram doces” classificam-se,
respectivamente, como:
a) numeral, adjetivo, advérbio
b) substantivo, locução adjetiva, pronome
c) adjetivo, substantivo, pronome
d) pronome, substantivo, adjetivo
e) preposição, adjetivo, substantivo
08. Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa.", os vocábulos
em destaque são, respectivamente:
a) pronome pessoal oblíquo, preposição, artigo
b) artigo, preposição, pronome pessoal oblíquo
c) artigo, pronome demonstrativo, pronome pessoal oblíquo
d) artigo, preposição, pronome demonstrativo
e) preposição, pronome demonstrativo, pronome pessoal oblíquo.
VERBOS
•
TIPOS DE VERBOS
•
MODOS
•
TEMPOS
•
VOZES
•
FORMAS NOMINAIS
•
LOCUÇÕES VERBAIS
•
TEMPOS COMPOSTOS
Prof. Rodrigo de Oliveira
VERBOS
Regulares, irregulares, defectivos e
anômalos
Verbos Regulares
Acompanhe o exemplo do verbo FALAR:
Presente
Pretérito Perfeito
Radical
Terminação
Radical
Terminação
Fal
o
fal
ei
fal
as
fal
aste
fal
a
fal
ou
fal
amos
fal
amos
fal
ais
fal
astes
fal
am
fal
aram
Verbos Irregulares
• Veja o exemplo do verbo MEDIR:
Presente
Pretérito Perfeito
Radical
Terminação
Radical
Terminação
meç
o
med
i
med
es
med
iste
med
e
med
iu
med
imos
med
imos
med
is
med
istes
med
em
med
iram
Verbos Regulares X Verbos Irregulares
Regulares
• São aqueles que não
apresentam alterações no
radical e as terminações
seguem o modelo de sua
conjugação.
Irregulares
• São aqueles que se afastam
do modelo de conjugação
dos verbos regulares,
apresentando alterações no
radical e/ou nas desinências
Verbos Anômalos
 São aqueles que durante a conjugação apresentam
transformações profundas no radical.
 Os verbos SER e IR são os únicos verbos irregulares
chamados de anômalos.
 No verbo SER, existem radicais diferentes: sou, és, era, fui...
 O mesmo acontece com o verbo IR, que apresenta as
formas vou, fui e irei.
Ser x
Ir
SER
Presente
IR
Pretérito Perfeito
Presente
Pretérito Perfeito
sou
fui
vou
fui
és
foste
vais
foste
é
foi
vai
foi
somos
fomos
vamos
fomos
sois
fostes
ides
fostes
são
foram
vão
foram
Verbos Abundantes
• São aqueles que apresentam mais de uma
forma em uma mesma flexão. Isso ocorre
geralmente no particípio, que tem uma forma
regular e uma forma irregular (ou forma
curta):
INFINITIVO
PARTICÍPIO
REGULAR
(ter e haver)
PARTICÍPIO IRREGULAR
(ser e estar)
aceitar
aceitado
Aceito, aceite
acender
acendido
aceso
eleger
elegido
eleito
entregar
entregado
entregue
enxugar
enxugado
enxuto
expressar
expressado
expresso
expulsar
expulsado
expulso
extinguir
extinguido
extinto
ganhar
ganhado
ganho
imprimir
imprimido
impresso
isentar
isentado
isento
matar
matado
morto
salvar
salvado
salvo
tingir
tingido
tinto
Emprego do Verbo Abundante
 Normalmente, usa-se o particípio regular com os
verbos auxiliares ter e haver .
Ex.
Ainda não havia expressado minha gratidão.
verbo HAVER + particípio regular
 A forma curta (irregular) é usada com os verbos ser e
estar.
Ex.
Minha gratidão não será expressa por palavras.
verbo SER
+ particípio irregular (forma curta)
Emprego do Verbo Abundante
Particípio regular: TER e HAVER
Particípio curto: SER e ESTAR
Eu já havia limpado a cozinha.
A cozinha foi limpa por mim.
A cozinheira tinha acendido o
forno.
O diretor tinha suspendido o
aluno.
A fogueira de São João foi
acesa pelos rapazes da
festa.
O aluno foi suspenso pelo
diretor
 Embora a norma culta não recomende, na
linguagem cotidiana há preferência pelas formas
curtas de certos verbos.
 É o caso de pago, gasto, e ganho, usados com
qualquer auxiliar (eu tinha pago, tinha ganho) e
de pego (do verbo pegar) que, mesmo não sendo
uma forma recomendada pelos gramáticos
tradicionais, é consagrada pelo uso.
Ex.
O rapaz tinha pago a conta ao padeiro.
A conta foi paga pelo rapaz.
• Atenção:
1)Não existe a forma chego (de chegar), apenas
chegado (verbo regular).
Ex. Eu tinha chegado quando você saiu.
tinha chego ( não existe)
2) Não existe a forma falo ( de falar), apenas
falado.
Ex. Eu tinha falado com você sobre isso.
tinha falo (não existe)
Verbos Defectivos
 Defectivo: significa imperfeito, defeituoso.
 São aqueles verbos aos quais faltam algumas formas. É o
caso de:
 Verbos impessoais: que indicam fenômenos da natureza,
tempo decorrido, verbo Haver no sentido de existir. Tais
verbos só se conjugam na 3ª pessoa do singular.
Ex.
1) No Canadá, neva muito nesta época do ano.
2) Havia muitos alunos na cantina.
3) Faz dez anos que não te vejo.
• Verbos que indicam vozes de animais: latir,
mugir, miar, cacarejar, relinchar, que só se
conjugam na 3ª pessoa do singular (ele) e do
plural (eles).
Ex. O cão de João late todas as
noites.
3ª p. singular
 Verbos que não apresentam algumas formas, normalmente por
motivos eufônicos; a maioria deles é de 3ª conjugação (ir).
1) abolir, banir, colorir, extorquir (não têm a 1ª pessoa do singular do
presente do indicativo);
Ex. Colorir
Eu
Eu
coloro
pinto
a tela.
a tela.
Eu estou colorindo a tela.
• 2) falir, precaver, reaver (no presente do
indicativo só têm 1ª e 2ª pessoas do plural –
nós, vós – ).
Ex.
nós falimos, vós falis; nós reavemos, vós
reaveis.
FLEXÃO DE MODO
Modo verbal é a maneira pela qual o falante expressa sua atitude
em relação ao que diz. São três os modos.
Indicativo – expressa certeza, o que expressa que algo
seguramente vai acontecer. Eu leio todos os dias.
Subjuntivo – expressa dúvida, incerteza, hipóteses, ou a
possibilidade de algo vir a acontecer.
Ex: Meus pais querem que eu leia todos os dias.
Imperativo – expressa o modo geralmente empregado para
exortar o interlocutor, fazer um pedido, persuadir, dar ordem,
conselho. Ex: Leia todos os dias, mesmo que seja um pouco.
CONJUGAÇÃO VERBAL
Existem 3 conjugações verbais:
1ª que tem como vogal temática o ''a'‘ - Ex: cantar, pular, sonhar
2ª que tem como vogal temática o ''e'‘ - Ex: vender, comer, chover,
xemplos:
sofrer
3ª que tem como vogal temática o ''i'‘ - Ex: partir, dividir, sorrir, abrir
etc....
1º CONJUGAÇÃO
2º CONJUGAÇÃO
3º CONJUGAÇÃO
verbos terminados em
verbos terminados em
verbos terminados em
AR
ER
IR
cantar
vender
partir
amar
chover
sorrir
sonhar
sofrer
abrir
OBS: O verbo pôr, assim como seus derivados (compor, repor,
depor, etc.), pertence à 2º conjugação, porque na sua forma antiga a
sua terminação era em er: poer. A vogal “e”, apesar de haver
desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas formas de verbo:
põe, pões, põem etc.
Pessoas:
1ª, 2ª e 3ª pessoa são abordadas em 2 situações: singular e plural.
Primeira pessoa do singular - eu ex: eu canto
Segunda pessoa do singular - tu ex: tu cantas
Terceira pessoa do singular - ele ex ele: canta
Primeira pessoa do plural - nós ex: nós cantamos
Segunda pessoa do plural - vós ex: vós cantais
Terceira pessoa do plural - eles ex: eles cantam
ESQUEMA DE CONJUGAÇÃO VERBAL
PRESENTE
PERFEITO
TEMPOS
PRETÉRITO
IMPERFEITO
MAIS QUE
PERFEITO
MODO
INDICATIVO
PRESENTE
FUTURO
PRETÉRITO
PRESENTE
MODO
SUBJUNTIVO
TEMPOS
PRETÉRITO
IMPERFEITO
FUTURO
AFIRMATIVO
IMPERATIVO
NEGATIVO
FORMAS NOMINAIS
GERÚNDIO, INFINITIVO E PARTICÍPIO.
TEMPOS VERBAIS
Os verbos na língua portuguesa transmitem noção de tempo, ou
seja, localiza quando ocorreu a ação expressa pelo próprio verbo.
Eles se flexionam nos modos indicativo e subjuntivo.
FLEXÃO DE TEMPO NO MODO INDICATIVO
PRESENTE – expressa uma ação que está ocorrendo no momento
da fala, ou ação que repete ou perdura.
Ex: Nós moramos aqui. / Essas frutas são muito nutritivas.
PRETÉRITO (PASSADO) – subdivide-se em três tempos distintos.
PERFEITO – transmite a ideia de uma ação completa e concluída.
Ex: Eu joguei bola ontem.
PRETÉRITO IMPERFEITO – transmite a ideia de um tempo
habitual ou contínuo, no passado. Ex: Ele sempre me visitava aos
domingos.
Também pode transmitir a ideia de algo que vinha acontecendo, mas
foi interrompida por outra ação.
Ex: Nós fechamos a porta quando as visitas chegaram.
PRETÉRITO MAIS QUE PERFEITO – uma ideia de uma ação
ocorrido no passado, mas que é anterior a outra ação, também
passada. Ex: Quando ele chegou, eu já fizera minha lição.
*** Observe que o pretérito mais que perfeito se relaciona com o
perfeito.
O FUTURO DO INDICATIVO SUBDIVIDE-SE EM DOIS
TEMPOS:
FUTURO DO PRESENTE – expressa uma ideia que ocorrerá no
futuro em relação ao tempo atual. Ex: Eu irei à praia amanhã. /
Faremos nosso trabalho semana que vem.
FUTURO DO PRETÉRITO - expressa a ideia de uma ação que
ocorreria desde que certa ação tivesse sido atendida.
Ex: Eu iria a praia, se estivesse em férias.
TEMPOS NO MODO SUBJUNTIVO
PRESENTE - indica um fato incerto no presente ou exprime um
desejo, sendo empregado normalmente depois de expressões como:
convém que, é necessário que, é possível que, tomara que, talvez.
Ex: Talvez eu faça um curso de inglês esse ano.
PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO - indica um fato
incerto ou improvável ou um fato que poderia ter ocorrido mediante
certa condição. Ex: Se ele pensasse no futuro, estudaria mais.
FUTURO DO SUBJUNTIVO – expressa a ideia de um
acontecimento possível no futuro.
Ex: Quando ele chegar, iniciaremos a reunião.
OS VERBOS APRESENTAM FORMAS NOMINAIS QUE NÃO
PODEM EXPRIMIR NEM TEMPO NEM MODO. SÃO TRÊS AS
FORMAS; INFINITIVO, GERÚNDIO E PARTICÍPIO.
MODELO DE CONJUGAÇÃO DO VERBO REGULAR - AMAR
Verbo Amar...
Indicativo
Presente
Pretérito perfeito
Pretérito imperfeito
eu
amo
eu
amei
eu
amava
tu
amas
tu
amaste
tu
amavas
ele/ela
ama
ele/ela
amou
ele/ela
amava
nós
amamos
nós
amámos /
amamos
nós
amávamos
vós
amais
vós
amastes
vós
amáveis
eles/elas
amam
eles/elas
amaram
eles/elas
amavam
Pret. mais-que-perfeito
Futuro
Condicional
Futuro do presente
Futuro do pretérito
eu
amara
eu
amarei
eu
amaria
tu
amaras
tu
amarás
tu
amarias
ele/ela
amara
ele/ela
amará
ele/ela
amaria
nós
amáramos
nós
amaremos
nós
amaríamos
vós
amáreis
vós
amareis
vós
amaríeis
eles/elas
amaram
eles/elas
amarão
eles/elas
amariam
Subjuntivo
Presente
Pretérito imperfeito
Futuro
que eu
ame
se eu
amasse
quando eu
amar
que tu
ames
se tu
amasses
quando tu
amares
que ele/ela
ame
se ele/ela
amasse
quando
ele/ela
amar
que nós
amemos
se nós
amássemos
quando nós
amarmos
que vós
ameis
se vós
amásseis
quando vós
amardes
que
eles/elas
amem
se eles/elas
amassem
quando
eles/elas
amarem
Imperativo
afirmativo
negativo
Infinitivo pessoal
–
–
para amar eu
ama tu
não ames tu
para amares tu
ame você
não ame você
para amar ele/ela
amemos nós
não amemos nós
para amarmos nós
amai vós
não ameis vós
para amardes vós
amem vocês
não amem vocês
para amarem eles/elas
MODO IMPERATIVO SE DIVIDE EM AFIRMATIVO E
NEGATIVO.
Imperativo afirmativo -
Presente do Indicativo
Imperativo
Afirmativo
Presente do Subjuntivo
Eu canto
Tu cantas
Ele canta
Nós cantamos
Vós cantais
Eles cantam
--CantA tu
Cante você
Cantemos nós
CantAI vós
Cantem vocês
Que eu cante
Que tu cantes
Que ele cante
Que nós cantemos
Que vós canteis
Que eles cantem
Imperativo negativo - Para se formar o imperativo negativo, basta
antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.
Presente do Subjuntivo
Imperativo Negativo
Que eu cante
Que tu cantes
Que ele cante
Que nós cantemos
Que vós canteis
Que eles cantem
(não tem)
Não cantes tu
Não cante você
Não cantemos nós
Não canteis vós
Não cantem vocês
ATENÇÃO: No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª
pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem,
pedido ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com
quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
As formas nominais do verbo são acrescidas das desinências.
-r para o infinitivo - atravessar, conhecer, partir etc.
-do para o particípio – atravessado, permanecido, escolhido.
-ndo para o gerúndio – andando, permanecendo, partindo.
INFINITIVO – apresenta o processo verbal em potência, exprime a
ação verbal propriamente dita, dessa forma aproxima-se do
substantivo.
Ex: Ler é um prazer.
O infinitivo pode ser pessoal e impessoal.
Impessoal - significa que ele apresenta sentido genérico ou
indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa, e sua forma é
invariável. Assim, considera-se apenas o processo verbal.
O infinitivo impessoal não se refere as respectivas pessoas do
discurso (o que será esclarecido apenas pelo contexto da frase).
Por exemplo:
Para ler melhor, eu uso estes óculos. (1ª pessoa)
Para ler melhor, ela usa estes óculos. (3ª pessoa)
1 -Quando apresenta uma ideia vaga, genérica, sem se referir a um
sujeito determinado; Ex: Querer é poder
2. Quando tiver o valor de Imperativo. Ex: Soldados, marchar! (=
Marchai!)
3. Quando é regido de preposição e funciona como complemento de
um substantivo, adjetivo ou verbo da oração anterior;
Ex: Eles não têm o direito de gritar assim.
No entanto, na voz passiva dos verbos "contentar", "tomar" e
"ouvir", por exemplo, o Infinitivo (verbo auxiliar) deve ser
flexionado.
Ex: Eram pessoas difíceis de serem contentadas.
Aqueles remédios são ruins de serem tomados.
4. Nas locuções verbais: Ex: Queremos acordar bem cedo amanhã.
5. Quando o sujeito do infinitivo é o mesmo do verbo da oração
anterior. Ex: Eles foram condenados a pagar pesadas multas.
USO DO INFINITO PESSOAL
Dizemos que ele está no infinitivo pessoal quando ele atribui um
agente ao processo verbal, flexionando-se. O infinitivo deve ser
flexionado nos seguintes casos:
1. Quando o sujeito da oração estiver claramente expresso;
Se tu não perceberes isto...
2. Quando tiver sujeito diferente daquele da oração principal;
O professor deu um prazo de cinco dias para os alunos estudarem.
3. Quando se quiser indeterminar o sujeito (utilizado na terceira
pessoa do plural); Faço isso para não me acharem inútil
4. Quando apresentar reciprocidade ou reflexibilidade de ação;
Vi os alunos abraçarem-se alegremente.
Observação: como se pode observar, a escolha do infinitivo
flexionado é feita sempre que se quer enfatizar o agente (sujeito) da
ação expressa pelo verbo.
GERÚNDIO - transmite a ideia de que ação verbal está em
curso, desempenha assim, as funções exercidas pelo advérbio e
pelo adjetivo. (ndo)
Chegando afinal a terra do futuro esposo, eis que ele veio
andando ao seu encontro.
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de advérbio)
Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função adjetivo)
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; na
forma composta, uma ação concluída.
Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro. (ação em curso)
Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro. (ação concluída)
PARTICÍPIO: (ado e ido) quando não é empregado na formação
dos tempos compostos, o particípio indica geralmente o resultado
de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e
grau.
Ex: Terminados os exames, os candidatos saíram.
Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma
relação temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo
(adjetivo verbal).
Ex: Ela foi a aluna escolhida para representar a escola.
Conjugação de verbos que suscitam dúvida.
*** Absorver (consumir) e absolver (perdoar). Então:
Use absolver quando quiser o significado de inocente, perdoado, desculpado.
Use absorver quando quiser o significado de consumir, esgotar, sorver.
Veja alguns exemplos:
a) Vocês absorvem todas as minhas energias crianças!
b) O júri absolveu o réu da suspeita de crime!
Curiosidade: É do verbo absorver que vem o nome “absorvente”, o protetor
íntimo da mulher.
***Acender e ascender - você já deve ter ouvido falar da Ascensão de Jesus, ou
seja, da subida de Jesus aos céus! O sentido de ascender é justamente esse: subir,
elevar-se.
O outro verbo, “acender”, com “c”, é pôr fogo, ligar ou alumiar. Pode possuir
ainda o sentido de animar, gerar vontade.
Quem nunca disse: (tu) Acende o fósforo, por favor! Ou Acenda o fósforo, por
favor! (você)
Veja outros exemplos:
a) Vamos ascender mais um andar porque ainda não é nesse! (subir)
b) Ele acendeu a tocha e percorreu o caminho sem parar! (pôr fogo)
Lembre-se: o verbo acender é abundante e admite dois particípios: acendido e
aceso. O gerúndio é acendendo. Já o verbo ascender é regular e, portanto, possui
apenas um particípio: ascendido. O gerúndio é ascendendo.
*** O verbo poder - Quanta dúvida há em relação ao verbo poder! Mas não é por
menos, há formas com acento, sem acento, com “o”, com “u”... mas, vamos
esclarecer de forma clara e rápida essa confusão!
Veja:
1. Ele não pôde vir! / 2. Ele não pode vir!
Qual a diferença? Não, não é só o acento. A questão é também temporal. Um é
presente, o outro é passado.
Na primeira oração, pôde (com acento fechado no “o”) indica que em algum
momento uma ação foi tomada e concluída no passado. Já na segunda, “pode” trata
de um fato que ocorre no momento em que se fala. Veja:
1. Ele não pôde vir ontem, pois estava com muitos afazeres!
2. Ele não pode vir agora, pois ainda está limpando a casa!
Assim, a conjugação no presente do indicativo do verbo poder é: eu posso, tu
podes, ele/ela pode, nós podemos, vós podeis, eles podem.
E no pretérito perfeito do indicativo é: eu pude, tu pudeste, ele pôde, nós pudemos,
vós pudestes, eles puderam.
Agora observe: 1 - Quando eu puder te ajudar, assim farei! / 2 -Se eu pudesse te
ajudar, assim faria!
A primeira oração está no futuro do subjuntivo e a segunda no passado ou pretérito
imperfeito do subjuntivo. Esta indica uma hipótese ou condição e aquela um fato
futuro ocorrido em relação a outro fato também no futuro.
Já o imperativo, é conjugado da seguinte forma: Pode tu / Possa você / Possamos
nós / Podeis vós / Possam vocês. Contudo, é mais comum vermos “pode” do que
“possa” na forma imperativa: Não pode mascar chiclete! e Letícia, possa você voltar
a ler mais! O gerúndio do verbo “poder” é “podendo” e o particípio é “podido”!
*** Tem, têm - É antigo um poema que exalta o Brasil e esclarece a dúvida entre se
colocar ou não o acento circunflexo: tem ou têm. Refiro-me ao trecho de Canção do
exílio do poeta Gonçalves Dias. Veja a estrofe:
“Nosso céu tem mais estrelas,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossa vida mais amores.”
Note os termos em destaque acima: percebe que há diferença entre a primeira oração
e as demais? Está evidente que esta diferença acontece por causa do acento
circunflexo. Mas por que isso ocorre? A primeira sentença está no singular, o sujeito
é “nosso céu”. Logo após essa frase, há duas orações no plural, onde os sujeitos são
“nossas várzeas” e “nossos bosques”.
Tem acompanha o sujeito na terceira pessoa do SINGULAR.
Têm acompanha o sujeito na terceira pessoa do PLURAL.
Observação 1: Os derivados do verbo “ter” (deter, manter, conter, obter) têm acento
agudo na 3ª pessoa do singular e acento circunflexo na 3ª pessoa do plural: Isto
contém glúten, Esses caldos de carne contêm glúten, Ele obtém vantagem nisso?,
Eles obtêm vantagem em ter uma equipe assim! Observação 2: A diferença entre
tem e têm continua com a reforma ortográfica. Observação 3: A forma verbal
“teem” não existe!
Ver ou vir - Há muita dificuldade no uso dos verbos “ver” e “vir”, pois há modos
em que as conjugações ficam muito parecidas e, consequentemente, causam
confusão.
Vejamos: o pretérito imperfeito do subjuntivo inicia-se com o uso da conjunção
“se” (indicativa de hipótese) e é caracterizado pela terminação “sse”: se ele visse
(ver), se ele viesse (vir).
O futuro do subjuntivo inicia-se com o uso das conjunções “quando” ou “se”,
indicativas de possibilidade, e é caracterizado pelas terminações “ar”, “er”, “ir”:
quando eu o vir (ver), quando eu vier (vir).
A dúvida maior surge quando o verbo “vir” está no infinitivo (vir) e o verbo
“ver” está no futuro do subjuntivo (vir). Como saber qual está sendo empregado?
Só através do contexto é possível. Veja:
1. Se você o vir passando aqui hoje, dê-lhe o recado. (ver)
2. Diga-lhe para vir até mim, por favor. (vir)
Outra ocasião é do verbo “vir” na primeira pessoa do plural do presente do
indicativo e do verbo “ver” também na primeira pessoa do plural, mas do pretérito
perfeito do indicativo. Observe: 1. Nós vimos de um lugar muito calmo. (vir)
2. Nós vimos você no shopping esta semana. (ver)
O importante é estar atento à conjugação dos verbos “ver” e “vir” que, no geral, são
diferentes, com exceção apontadas.
*** vêm, com acento, é a forma verbal do verbo vir na terceira pessoa do plural: eles
vêm, elas vêm.
***veem com os vogais dobradas é a conjugação do verbo ver na 3ª pessoa do plural.
***Haja ou aja - Haja paciência! Ou seria: Aja paciência! Se você tivesse que
escrever essa oração tão escutada no cotidiano, ficaria em dúvida? Se a resposta for
sim, é completamente aceitável, já que a maioria das pessoas teria sim seus
questionamentos a respeito.
Mas vejamos: é necessário que você aja rápido e decida qual usar! Pois não quero que
haja nenhum tipo de reclamação depois! É dessa forma, percebeu a diferença?
“Aja” é a flexão do verbo “agir” conjugado na 1ª ou 3ª pessoa do singular do presente
do subjuntivo ou do imperativo afirmativo (aja ele). Pode ser substituída por “atuar”,
“proceder”.
Veja: Aja de maneira civilizada com aquele homem. (proceda)
É bom que você aja com naturalidade. (atue, proceda)
Não quero que aja com desrespeito à autoridade. (proceda)
“Haja” é a flexão do verbo haver na 1ª e 3ª pessoa do singular do presente do
subjuntivo ou do imperativo afirmativo ou negativo (haja você, não haja você). Pode
ser substituída por: acontecer, existir, ocorrer, ter.
Observe: Haja o que houver, estaremos juntos nessa batalha. (Ocorra, aconteça).
Queremos que haja harmonia entre nós. (exista, tenha)
“Haja luz, e houve luz”. (Tenha)
Retomando a dúvida inicial “Haja paciência” Ou “Aja paciência”, temos certo:
Haja paciência! Ou seja, Tenha paciência!
Agora, se fosse “Aja com paciência” seria dessa forma, pois significaria: “Proceda
com paciência”.
Lembre-se de que “haja vista” não varia e, portanto, permanece no feminino:
fiquemos de cabeça erguida, haja vista tantos problemas que já superamos. Jamais
escreva “haja visto”.
***O verbo dar e as horasObserve: Foram embora assim que deu duas horas da tarde.
Ex: Foram embora assim que deram duas horas da tarde.
Qual das duas orações está correta?
Pode parecer estranho, mas é a segunda oração que está certa de acordo com a
norma culta da língua.
Quando os verbos dar, bater, soar, restar, faltar e ser referem-se às horas devem
concordar com o sujeito da frase, o qual normalmente é: hora(s), minutos(s),
segundo(s), badalada(s), sino(s), relógio(s). Vejamos:
a) O relógio deu duas horas.
b) Restam cinco minutos para acabar o tempo.
c) Falta um minuto para as seis da tarde.
d) O sino bateu doze badaladas.
Importante: Não dizemos meio-dia e meio, mas sim meio-dia e meia, pois “meia”
está relacionada à hora: meia hora.
*** Houve e ouve? - É reincidente a confusão entre “houve”, dessa forma com “h”
e “ouve” sem o “h”. Vamos esclarecer:
Houve – vem do verbo “haver”, conjugado no pretérito perfeito do indicativo do
verbo “haver”. Pode significar: aconteceu, existiu, ocorreu.
Veja: Houve muito barulho no estádio, pois a atleta brasileira tinha vencido.
No Brasil já se falou mais de paz, já houve mais amor!
Lembre-se de que o verbo “haver” no sentido de “existir” fica na terceira pessoa
do singular. Na dúvida substitua um pelo outro!
Ouve – vem do verbo ouvir, conjugado na 3ª pessoa do singular do presente do
indicativo ou no imperativo afirmativo (tu): Observe: Ela ouve quando digo que não
é para sair. Ouve e não se cales diante dos fatos!
Pode ser substituído por “escutar”! Portanto, não tem porque errar, pois os
significados são diferentes! a) Quem ouve mais, tem mais o que dizer depois! b)
Houve um arrependimento genuíno? c) Ele ouve seus conselhos porque sabe que és
sábio!
d) Nesta semana houve muitos afazeres!
***O verbo trazer - O verbo trazer é alvo de muitas dúvidas, duas delas muito
habituais em nosso cotidiano: Traz ou trás, tinha trago ou tinha trazido?
Traz é flexão do verbo trazer, trás não:
Isto não traz harmonia para seu lar.
Esta foto me traz muitas lembranças boas.
Use “trás” com “s” somente quando equivaler a “atrás”:
Ele estava por trás da porta quando você entrou.
Ele estava por trás desse plano. (no sentido figurado: atrás do plano, ou seja,
fazendo parte dele)
“Tinha trago” não existe porque o verbo “trazer” não é abundante, ou seja, só
apresenta uma forma de particípio: trazido. Portanto, é considerado regular.
O equívoco de dizer “tinha trago” acontece porque alguns verbos admitem duas
formas de particípio, como limpar (limpado, limpo) e suspender (suspendido,
suspenso).
“Trago”, dessa forma, sem o verbo ter (tinha) é presente do indicativo do verbo
trazer:
Trago este presente para lhe dizer o quanto gosto de você!
Logo, nunca diga “eu tinha trago” e sim:
Eu tinha trazido todas as minhas coisas para vocês verem!
Só mais um lembrete: Devemos dizer “trouxe” e não “truxe”: Eu trouxe as coisas
para vocês verem!
***Quis ou quis - A conjugação correta do verbo “querer” no pretérito perfeito do
indicativo é “quis”, com “s” ! Portanto, o correto é dizer: Eu não quis fazer isso!
Muitos escrevem com “z” por comparação com outros verbos, como fazer (eu fiz)
ou dizer (ele diz): Eu fiz (passado) um presente para você! / Eu quis (passado)
comprar um presente para você!
Ele diz (presente) umas coisas... / Ele quis (passado) umas coisas...
Na dúvida, fique sempre atento ao seguinte: nas conjugações do verbo “querer”
não existe “z”, há o som, mas não há a consoante. Assim, toda vez que aparecer o
som de “zê”, escreve-se “s”: quando eu quiser, tu quiseste, ele quis, se eu quiser,
quando ele quiser, etc. O gerúndio é querendo e o particípio é querido. Já o
infinitivo é querer: Nada disso me faz querer ser milionário!
Para as questão de 23 assinale a alternativa completando corretamente as lacunas abaixo:
________, agora, avisá-lo de que se ela ______o conteúdo da mensagem, todos verão
quais são
nossos planos:
a) Vimos - ver
b) Viemos - ver
c) Viemos – vir
d) Vimos – vir
Ela sempre _______ o carro antes da faixa de pedestres, mas ontem não ____: mesmo que
_______ não evitaria o acidente:
a) frea – freiou - freiasse
b) freia – freiou - freiasse
c) frea – freou - freasse
d) freia – freou - freass
Ela _____ por dias melhores, mas não há bem que sempre dure, nem mal que não
se _______:
a) ansia - remedie
b) ansia - remedeie
c) anseia - remedie
d) anseia – remedeie
preciso que as autoridades _____energicamente _________ que não
_______novas desordens:
a) hajam, a fim de, haja
b) ajam, a fim de, haja
c) ajam, a fim de, hajam
d) ajam, a fim de, haja
VOZ ATIVA E VOZ PASSIVA
Voz ativa – quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa
pelo verbo.
Ele
(sujeito agente)
fez
(ação)
o trabalho.
objeto (paciente)
Voz passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa
pelo verbo.
O trabalho
sujeito paciente
foi feito
ação
por ele.
agente da passiva
Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente,
isto é, pratica e recebe a ação.
Ex: O menino feriu-se.
Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de
reciprocidade.
Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
Formação da Voz Passiva
A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e
sintético.
1- Voz Passiva Analítica - Constrói-se da seguinte maneira: Verbo
SER + particípio do verbo principal.
Exemplo: A escola será pintada. / O trabalho é feito por ele.
Obs: o agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição
por, mas pode ocorrer a construção com a preposição de.
Exemplo: A casa ficou cercada de soldados.
Obs: Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja
explícito na frase.
Exemplo: A exposição será aberta amanhã.
A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), pois o
particípio é invariável. Observe a transformação das frases
seguintes:
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo)
O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indicativo)
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo)
O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo)
c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente)
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente)
Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o mesmo
tempo e modo do verbo principal da voz ativa. Observe a
transformação da frase seguinte:
O vento ia levando as folhas. (gerúndio) V.A
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio) V.P.
Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva analítica com
outros verbos que podem eventualmente funcionar como
auxiliares.
Exemplo: A moça ficou marcada pela doença.
Voz Passiva Sintética
A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o verbo na 3ª
pessoa, seguido do pronome apassivador SE. (VTD)
Exemplo: Abriram-se as inscrições para o concurso.
Destruiu-se o velho prédio da escola.
Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva sintética. Na
voz passiva temos dois elementos que nem sempre aparecem:
SUJEITO PACIENTE e AGENTE DA PASSIVA.
Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente
o sentido da frase.
exemplo: Gutenberg
inventou
a imprensa (Voz Ativa)
Sujeito da Ativa
Objeto Direto
A imprensa
foi inventada por Gutenberg (Voz Passiva)
sujeito da Passiva
Agente da Passiva
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da
ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo assumirá a forma
passiva, conservando o mesmo tempo.
Observe mais exemplos:
Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos.
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos mestres.
Eu o acompanharei.
Ele será acompanhado por mim.
Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não haverá
complemento agente na passiva.
Exemplo: - Prejudicaram-me. / Fui prejudicado.
Locuções Verbais
*** São constituídas de (verbos auxiliares-vários), mais gerúndio,
ou infinitivo. São conjuntos de verbos que, numa frase,
desempenham papel equivalente ao de um verbo único. Nessas
locuções, o último verbo, chamado principal, surge sempre numa de
suas formas nominais; as flexões de tempo, modo, número e pessoa
ocorrem nos verbos auxiliares. Observe os exemplos:
Estou lendo o jornal. ( estou - verbo auxiliar / lendo verbo principal no
gerúndio)
Marta veio correndo: o noivo acabara de chegar.
Ninguém poderá sair antes do término da sessão.
Conceito de locução verbal - Quando dois ou mais verbos têm valor
de um, eles formam uma locução verbal, expressão que é sempre
composta por verbo auxiliar + verbo principal.
Está cantando = canta
Ia andando = andava
Nas locuções verbais, conjuga-se apenas o verbo auxiliar, pois o
verbo principal vem sempre em uma das formas nominais: infinitivo,
gerúndio ou particípio.
Os verbos auxiliares de uso mais frequente são ter, haver, ser, estar
e ir.
*** Quando a locução verbal é constituída de formas dos verbos
auxiliares “ter e haver” mais o particípio do verbo principal,
temos um tempo composto.
Ele já tinha saído para o trabalho quando você me telefonou.
Ele já saíra para o trabalho quando você me telefonou.
Formação dos tempos compostos
Na voz ativa, (sujeito pratica a ação do verbo), os tempos verbais são
compostos pelos verbos auxiliares ter ou haver + o verbo principal
Ex: Ele já tinha saído para o trabalho quando você me telefonou.
Já na voz passiva, os tempos compostos são formados pelos verbos
auxiliares ter ou haver + ser + verbo principal no particípio.
Ex: Temos sido beneficiados com o trabalho deste delegado.
Formação da Locução verbal – A locução por sua vez, é formada
pela junção de um verbo auxiliar + um verbo no infinitivo ou no
gerúndio.
Estamos fazendo o possível para terminar logo.
Vou vender todas as mercadorias e atingir a minha meta.
TRANSFORMAÇÃO DA LOCUÇÃO VERBAL DA VOZ ATIVA
EM PASSIVA.
LOCUÇÃO VERBAL (INFINITIVO)
O Congresso deve exigir uma participação efetiva dos líderes
mundiais (VOZ ATIVA)
Para passarmos a frase para a voz passiva, há a necessidade de ser
mantida a locução verbal e a forma do infinitivo do verbo (SER).
ASSIM DEVE FICAR.
Uma participação efetiva dos líderes mundiais deve ser exigida pelo
Congresso.
LOCUÇÃO VERBAL (GERÚNDIO)
Os americanos vêm desenvolvendo um novo tipo de combustível.
(voz ativa)
ASSIM DEVE FICAR
Um novo tipo de combustível vem sendo desenvolvido pelos
americanos. ( voz passiva)
OS VERBOS PODEM APRESENTAM-SE NOS TEMPOS
SIMPLES E COMPOSTOS.
Tempos Compostos
São formados por locuções verbais que têm como auxiliares os
verbos ter e haver e como principal, qualquer verbo no particípio.
Ex: Pretérito Perfeito Composto do Indicativo:
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no
presente do indicativo e o principal no particípio, indicando fato que
tem ocorrido com frequência ultimamente.
Exemplo: Eu tenho estudado demais ultimamente.
TRANSFORMAÇÃO DOS TEMPOS COMPOSTOS
DA VOZ ATIVA PARA A PASSIVA.
Nesse caso, a combinação da voz passiva apresentará três verbos:
ter/haver (herdado do tempo composto), o verbo da passiva (ser,
estar ou outro) e o verbo que define o significado nocional.
A regra de transformação da forma ativa composto para passiva
nesse caso pode ser expressa da seguinte forma:
A instituição já havia realizado o debate em 1998. (voz ativa).
***Para passarmos a frase para a voz passiva, devemos obedecer à
formação do tempo composto, invertermos o paciente da ação e o
agente da ação e acrescentarmos a forma verbal participal SIDO.
ASSIM DEVE FICAR
O debate já havia sido realizado pela instituição em 1998.(VOZ
PASSIVA)
A transformação de forma ativa com tempo composto em forma
passiva obtém-se do seguinte modo:
O verbo ter/haver não sofre modificação.
O verbo da passiva é incluído como segundo verbo da
combinação flexionado no particípio masculino singular.
O terceiro verbo da combinação, que porta o significado
nocional, permanece no particípio e deve concordar em número e
gênero com o sujeito da frase.
A regra de transformação da forma ativa para passiva nesse caso
pode ser expressa da seguinte forma:
O menino teria vencido a prova.
VOZ ATIVA
A prova teria sido vencida pelo menino.
VOZ PASSIVA
Veja a transformação:
o verbo ter não sofreu modificação, o verbo da passiva é incluído
como segundo verbo da combinação flexionado no particípio
masculino singular. O terceiro verbo da combinação, que porta o
significado nocional, permanece no particípio e deve concordar em
número e gênero com o sujeito da frase.
QUESTÃO DE CONCURSO
A conclusão poderia ter sido tirada das filas de qualquer tribunal...
VOZ ATIVA- As filas de qualquer tribunal poderia ter tirado a
conclusão.
Transformação para a voz passiva sintética.
Poderia – verbo no futuro do pretérito. Uso da mesóclise- obrigatório.
VTD – transformação da ativa para a passiva.
Ter tirado – tempo composto infinitivo pessoal.
tirada – verbo no particípio concordando com o sujeito.
sido – verbo auxiliar da voz passiva.
Portanto: Poder-se-ia ter tirado a conclusão das filas de qualquer
tribunal. ( o verbo ser não está porque faz parte da passiva)
DIFERENÇA ENTRE TEMPO VERBAL COMPOSTO E
LOCUÇÃO VERBAL
É comum confundirmos esse dois termos, porém a distinção não é
depende da formação deles. Veja:
TEMPOS COMPOSTOS DA VOZ ATIVA – são formados pelos
verbos auxiliares (ter ou haver) flexionados, seguidos pelo particípio
(terminação em –do) do verbo conjugado ( verbo principal).
Exemplo: Eu tenho trabalho muito.
tenho-auxiliar / trabalhado-principal.
TEMPOS COMPOSTOS DA VOZ PASSIVA. - se forma com a
colocação simultânea dos auxiliares (ter ou haver) e ser, seguidos
pelo particípio (terminação -do) do verbo conjugado (verbo principal)
Dessa forma os tempos compostos da voz passiva são formados por
três verbos.
Ex: Os homens tem sido maltratados pelos patrões.
Observe: colocação simultânea dos auxiliares (ter + o auxiliar da
passiva ser seguidos pelo particípio do verbo principal (maltratado).
ATENÇÃO: A locução verbal tem diversos tipos de auxiliares
enquanto os tempos compostos apresentam apenas os verbos: ser,
haver e ter.
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GRAMATICA-22-11