ACADEMIA DE PALESTRANTES
EXERCITE-SE
Avalie as diferentes traduções de questões de O Livro dos Espíritos:
I - Na introdução,
a) 1o parágrafo:
NB – (…) evitarmos a confusão inerente ao sentido múltiplo dos mesmos termos.
CD - (…) evitar que uma mesma palavra tenha vários significados.
CA - (…) evitar confusão inseparável do sentido múltiplo dos mesmos termos
GR - para evitar a confusão inerente à variedade de sentidos das mesmas palavras.
O texto em francês é: “... pour éviter la confusion inséparable du sens multiple des mêmes termes.”
b) No item III, abordando o tema das mesas girantes, observa-se a seguinte frase:
NB: Que influência não tem tido muitas vezes uma palavra sobre as coisas mais graves!
CD: Muitas vezes, uma palavra não dita por alguém de reconhecida autoridade intelectual e moral, deixa
de ter uma influência muito grande sobre situações sérias e graves.
CA: Quanta influência uma palavra não tem tido muita vez sobre as coisas mais graves!
“Quelle influence un mot n'a-t-il pas souvente eue sur les choses les plus graves!”
GR - Que influência não tem tido muitas vezes uma palavra sobre as coisas mais graves!
II - Q. 10
NB – ...falta o sentido...
CD - … ainda não tem capacidade...
CA – É um senso próprio que lhe falta.
GR - ... falta-lhe para isso o sentido.
Texto em francês: “C'est un sens que lui manque.”
III - Q. 25
NB - … a união do espírito e da matéria é necessária para dar inteligência à matéria.
CD - … a união do Espírito com a matéria é necessária para que a inteligência se manifeste na matéria.
GR - mas, a união do espírito e da matéria é necessária para intelectualizar a matéria.
IV - Q. 107
NB - … neutralizam a influência dos Espíritos imperfeitos sobre aqueles que não se comprazem em sofrêla.
CD - … neutralizam a influência dos Espíritos imperfeitos sobre aqueles que não precisam sofrer com
estas presenças.
GR - neutralizam a influência dos Espíritos imperfeitos sobre aqueles a quem não é grato sofrê-la.
V - Q. 188
Nota de A.K., último parágrafo:
NB – Notemos, além disso, que o desenvolvimento que o homem alcança na Terra aos trinta anos talvez
não passe de uma espécie de infância, comparado com o que deve atingir.
CD – Um homem, na Terra, com a idade de trinta anos, ainda está na infância do desenvolvimento que
poderá atingir.
GR - Notemos, além disso, que o desenvolvimento que o homem alcança na Terra aos trinta anos talvez
não passe de uma espécie de infância, comparado com o que lhe cumpre atingir.
Texto 1
MEDIUNIDADE E ORGANISMO
No cap. XX, item 226, de O Livro dos Médiuns, o Espírito responde a Kardec que o
desenvolvimento da mediunidade não guarda relação alguma com o desenvolvimento moral do médium.
Isso porque a faculdade propriamente dita se radica no organismo.
A grande maioria dos companheiros vêm interpretando esta frase como se os Espíritos quisessem
demonstrar que a faculdade mediúnica seja orgânica. Não. Radicar nos termos qual se apresenta demonstra
apresentar, manifestar, morar. Sabemos que o corpo físico é matéria e, como matéria, é inerte. Somente
apresenta aspectos de vitalidade enquanto o espírito habita o corpo. Com sua saída, a vitalidade se extingue.
Vejamos a síntese de alguns ensinos de “O Livro dos Espíritos”:
A matéria é apenas o envoltório do Espírito. O exercício das faculdades do Espírito
depende dos órgãos que lhe servem de instrumento. A grosseria da matéria as enfraquece.
A manifestação do Espírito se acha subordinada ao desenvolvimento e ao grau de perfeição
dos órgãos... O Espírito dispõe sempre das faculdades que lhe são próprias, não são os
órgãos que dão as faculdades, e sim estas que impulsionam o desenvolvimento dos órgãos.
A diversidade das aptidões entre os homens não deriva unicamente do estado do Espírito. O
princípio dessa diversidade reside nas qualidades do Espírito, que pode ser mais ou menos
adiantado. Cumpre, porém, se leve em conta a influência da matéria, que mais ou menos lhe
cerceia o exercício das faculdades (q. 367 a 370).
O comentário de Kardec, após as perguntas 370 e 370(a), torna o assunto ainda
mais claro: “Se nos órgãos estivesse o princípio das faculdades, o homem seria máquina,
sem livre arbítrio e sem a responsabilidade de seus atos.
Aprendemos ainda, nas questões 245 e 249 de “O Livro dos Espíritos” que a visão e a audição dos
Espíritos não são circunscritas como nos seres corpóreos, mas estão em todo o seu ser. Todas as percepções
constituem atributos do Espírito e lhe são inerentes. Quando o reveste um corpo material, elas só chegam
pelo conduto dos órgãos., mas deixam de estar localizadas, se o indivíduo está na condição de Espírito livre.
Dessa forma, é de fundamental importância a compreensão do papel que o perispírito exerce nos
fenômenos do Espírito. Tal compreensão vem demonstrar que a faculdade mediúnica é do Espírito, e que
o termo “radica-se no organismo” não quer demonstrar, em hipótese alguma, que a faculdade seja orgânica.
Não se pode, pois, atribuir a mediunidade ao corpo físico, pois ela, sendo uma faculdade do
Espírito, depende essencialmente do perispírito. Tal enfoque vem, assim, demonstrar que a mediunidade
não é orgânica.
Resolva as questões:
1 – Qual é a tese do autor?
2 – Que argumentos ele utiliza para sustentar sua tese?
3 – Você concorda ou discorda? Justifique seu posicionamento.
Texto 2
PERISPÍRITO E MEMÓRIA
O perispírito não é a sede da memória, embora muitos estudiosos e pesquisadores afirmem isso.
Façamos uma síntese do que aprendemos ao estudar “O Livro dos Espíritos”:
O Espírito tira seu invólucro semi-material do fluido universal. Passando de um
mundo a outro, o Espírito muda de envoltório, como nós mudamos de roupa. Quando um
Espírito que habita um mundo superior vem ao nosso, precisa tomar um perispírito mais
grosseiro. (q. 94)
Quando conclui uma prova, o Espírito desencarna, mas conserva o conhecimento
que adquiriu. Mesmo que passe de um planeta para outro, a inteligência não se perde. (q.
118, 180)
A substância do perispírito não é a mesma em todos os mundos. Passando de um
mundo a outro, o Espírito se reveste da matéria própria desse outro, operando-se, porém,
essa mudança com a rapidez de um relâmpago. (q 187)
Podemos concluir que, haurido do meio ambiente, o perispírito varia de acordo com a natureza
dos mundos. Ao passarem de um mundo a outro, os Espíritos mudam de envoltório. Quando vêm visitarnos, os mais elevados se revestem do perispírito terrestre e então suas percepções se produzem como no
comum dos Espíritos.
Os Espíritos demonstraram a Kardec, portanto, que a memória é do Espírito, o perispírito é
somente seu órgão de manifestação quando desencarnado. Se a memória é do Espírito, não é do seu corpo
perispiritual, o que invalida a tese de alguns defensores de que a sede da memória do Espírito está no
perispírito.
O perispírito é inerte. É no Espírito que tudo reside.
Pelo que podemos deduzir, os vários escritores e pesquisadores fizeram e alguns estão fazendo do
perispírito o mesmo que os materialistas, do corpo físico. A tese, a doutrina, é a mesma. Basta substituir o
corpo físico pelo corpo fluídico, ambos materiais, ambos instrumentos apenas. Fazendo uma análise
introspectiva, doutrinária, veremos que a diferença é mínima. Para alguns, o corpo perispiritual é uma
espécie de armazém, de arquivo, onde são depositadas todas as aquisições do espírito através de suas vidas
sucessivas; para outros, todas as aquisições, com a memória à frente, nascem no corpo físico, devidas a
certa conformação cerebral. Para alguns, o Espírito é fenômeno perispirítico; para outros, o homem é um
fenômeno orgânico, fisiológico, químico. Para ambos o ser inteligente é um fenômeno corporal, pois uns
se atêm ao corpo físico e outros somente ao corpo espiritual.
Ao aceitarmos a tese de Delanne, Denis e outros de que o perispírito é sede da memória,
forçosamente iremos concluir que todos os conhecimentos, sentimentos, faculdades, enfim, tudo o que
constitui aquisição laboriosa do Espírito, ao longo dos milênios, não lhe pertence propriamente, pertence
ao perispírito.
Resolva as questões:
1 – Qual é a tese do autor?
2 – Quais os argumentos que ele utiliza para fundamentar sua tese?
3 – Você concorda ou discorda? Justifique seu posicionamento.
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Exercicio – Texto e Contexto - FEEES