A Palavra é fonte de renovação da comunidade
Caminhar a partir da Palavra…
em tempo do Capítulo provincial
A Palavra «conta histórias de vida, alimenta a esperança,
purifica o nosso olhar sobre o mundo»
e «dá-nos luz para discernir os caminhos de Deus
no seguimento de Jesus Cristo».
(MHBN, 14)
XX Capítulo provincial
A palavra é fonte de renovação da comunidade
8 - 13. Outubro 2012
…a missão de Jesus cumpre-se no Mistério Pascal: aqui vemo-nos colocados
diante da «Palavra da cruz»…. O Verbo emudece, torna-se silêncio de morte,
porque se «disse» até calar, nada retendo do que nos devia comunicar. (…)
«Está sem palavra a Palavra do Pai (…). Aqui, verdadeiramente comunica-se-nos
o amor «maior», Aquele que dá a vida pelos próprios amigos.
(Bento XVI – A Palavra do Senhor, nº 12)
MOTIVAÇÃO DA LECTIO DIVINA
Viver a Palavra e da Palavra … em tempo de Capítulo provincial
O Capítulo provincial é um momento de graça na vida da nossa Província, um
tempo para fazer memória, agradecer, e acolher os desafios actuais.
Como comunidade capitular, queremos abrir o nosso coração à Palavra, acolhêla, escutá-la, contemplá-la, guardá-la, fazer dela a Luz da nossa vida e caminhar
em Hospitalidade.
A Palavra gera comunhão e neste sentido pedimos a colaboração a algumas
irmas para preparar a lectio divina do Evangelho do dia, com matiz
hospitaleiro, partilhando conosco o tesouro da Palavra.
Que a Palavra de Deus nos acompanhe em cada dia, nesta busca contínua da
Sua vontade, e faça de nós instrumentos credíveis e significativos na construção
do Reino e nos ajude a fazer vida do lema capitular.
Que o Espírito nos ilumine a recrear a hospitalidade!.
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A palavra é fonte de renovação da comunidade
8 de Outubro
2ª feira da XXVII T. Comum
O que usou de misericórdia para com ele
Texto: Lc 10, 25-37
Levantou-se, então, um doutor da Lei e perguntou-lhe, para o experimentar:
«Mestre, que hei-de fazer para possuir a vida eterna?» Disse-lhe Jesus: «Que
está escrito na Lei? Como lês?» O outro respondeu: «Amarás ao Senhor, teu
Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todas as tuas forças e
com todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.» Disse-lhe
Jesus: «Respondeste bem; faz isso e viverás.» Mas ele, querendo justificar a
pergunta feita, disse a Jesus: «E quem é o meu próximo?» Tomando a palavra,
Jesus respondeu:
«Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos salteadores
que, depois de o despojarem e encherem de pancadas, o abandonaram,
deixando-o meio morto.
Por coincidência, descia por aquele caminho um sacerdote que, ao vê-lo,
passou ao largo. Do mesmo modo, também um levita passou por aquele lugar
e, ao vê-lo, passou adiante. Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao
pé dele e, vendo-o, encheu-se de compaixão. Aproximou-se, ligou-lhe as
feridas, deitando nelas azeite e vinho, colocou-o sobre a sua própria montada,
levou-o para uma estalagem e cuidou dele. No dia seguinte, tirando dois
denários, deu-os ao estalajadeiro, dizendo: ‘Trata bem dele e, o que gastares a
mais, pagar-to-ei quando voltar.’ Qual destes três te parece ter sido o próximo
daquele homem que caiu nas mãos dos salteadores?» Respondeu: «O que usou
de misericórdia para com ele.» Jesus retorquiu: «Vai e faz tu também o
mesmo.»
Lectio: O que me diz o texto?
Sentido de busca: “Mestre que hei-de fazer para possuir a vida eterna?”
Quem sou? “E quem é o meu próximo?”
Que caminhos percorro? “Certo homem descia de Jerusalém para Jericó (…) por
coincidência, descia por aquele caminho um sacerdote, (…). Do mesmo modo,
também um levita (…). Mas um samaritano chegou ao pé dele e…”
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A palavra é fonte de renovação da comunidade
Qual o meu olhar? “e, vendo-o encheu-se de piedade. Aproximou-se…”
Envio/Compromisso… “Vai e faz tu também do mesmo modo”
Meditatio: O que nos diz o texto bíblico a nós?
Sentido de busca: “Mestre que hei-de fazer para possuir a vida eterna?”
Esta pergunta coloca-me em sintonia com Deus… qual criança, pergunto por
onde ir e estou atenta à resposta pela vocação recebida na missão confiada.
Nesta busca vou-me descobrindo e descobrindo Deus no meu caminhar
hospitaleiro…
Quem sou? “E quem é o meu próximo?”
A resposta a muitas das nossas questões não estão exatamente em nós, mas
nos nossos próximos …descentrar-me de mim para me Encontrar em Deus nos
Irmãos. (Art. 2, 3, 4 e 5 Constituições) Ct 660 “ Na prática da caridade
hospitaleira coma as doentes, lembrai-vos que cada uma representa ao vivo
nosso Senhor Jesus Cristo…”
Que caminhos percorro? “Certo homem descia de Jerusalém para Jericó (…) por
coincidência, descia por aquele caminho um sacerdote, (…). Do mesmo modo,
também um levita (…). Mas um samaritano chegou ao pé dele e…”
Analisar os caminhos percorridos leva-nos a Ser Mais Hospitalidade e a viver
mais o sentido do Serviço, Quais verdadeiras mães em profunda de dedicação
(RMA, pg. 206-207; Art. 60 e 61 Constituições)
Qual o meu olhar? “e, vendo-o encheu-se de piedade. Aproximou-se…”
Antes de lançar o meu olhar no Horizonte Hospitaleiro, é importante deixar-me
Olhar pela piedade de Jesus Cristo … só a partir do Seu Olhar consigo olhar à
minha volta …
Penso ser interessante colocar em paralelo com texto bíblico uma “cena viva”
da nossa história, por isso coloco o testamento de Maria Josefa e o
acolhimento da primeira Doente. Nestas “cenas” podemos iluminar o nosso
agir, o meu agir… Hoje, aqui e agora como olho o meu Próximo?
Envio/Compromisso… “Vai e faz tu também do mesmo modo”
No tempo que me toca viver e no local onde estou, como me comprometo?
Trazer à memória e ao coração o meu dia a dia… sinto-me enviada como
samaritana de hoje?
Elaborar um pequeno, possível e prático compromisso hospitaleiro.
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A palavra é fonte de renovação da comunidade
Oratio: O que dizemos nós a Deus como resposta à sua Palavra?
Colocar-me em atitude de confiança e esperar… Deus vem, aproxima-se e com
piedade vai ligar a minha fragilidade na sua fidelidade, na sua ternura… Nesta
atitude confiança e abandono trazer ao coração os momentos que me deixei
sanar para ir em seu Nome e Ser Sanação.
Rezar o compromisso hospitaleiro que fiz – trazer ao coração o propósito de
SER Mais Hospitalidade…
Neste ponto sugiro balbuciar as palavras de Bento Menni na carta 446 “A Tua
bondade, ó Senhor, fala-me e transforma-me” ou da carta 209 “Sinto nascer
em mim um grande desejo: ser todo do meu Jesus”.
Contemplatio: Que conversão de coração e de vida nos pede o Senhor?
ORAR – Em tudo o que realizo sentir-me enviada deste Samaritano – SER
Marta e Maria no quotidiano. Rezar, oferecer a Deus cada tarefa é já por si algo
que me mantém em relação constante com Deus. Em cada amanhecer oferecer
a Deus os meus planos e projetos… Visitas, mesmo que curtas ao sacrário.
Quando me desloco de um lado para o outro rezar uma avé Maria, por
exemplo. Rezar por cada uma das irmãs que me são dadas – apresenta-las com
tudo o que são e têm – ajuda a tomar consciência da construção da
fraternidade.
SERVIR – Dar bom dia, boa tarde ao que chega e ao que passa. Descer do meu
eu (da minha montada, burro) e ir ao encontro do outro, do próximo.
AMAR – Insistir no perdão pessoal e para com o próximo. Praticar o exercício
de abrir o coração ao próximo, mesmo que pense e sinta diferente. Evitar
projetar no outro a minha medida, mas assumi-lo a partir da sua medida e da
medida do amor de Cristo Hospitaleiro.
Recordar que “Jesus quer servir-se da nossa docilidade para fazer através
de nós obras grandes” (ct. 144)
Fernanda Esteves, hsc
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A palavra é fonte de renovação da comunidade
9 de Outubro
3ª feira da XXVII T. Comum
Andas inquieta e perturbada com muitas coisas; mas uma só é necessária
Texto: Lc 10, 38-42
Continuando o seu caminho, Jesus entrou numa aldeia. E uma mulher, de nome
Marta, recebeu-o em sua casa.
Tinha ela uma irmã, chamada Maria, a qual, sentada aos pés do Senhor,
escutava a sua palavra. Marta, porém, andava atarefada com muitos serviços; e,
aproximando-se, disse: «Senhor, não te preocupa que a minha irmã me deixe
sozinha a servir? Diz-lhe, pois, que me venha ajudar.» O Senhor respondeu-lhe:
«Marta, Marta, andas inquieta e perturbada com muitas coisas; mas uma só é
necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada.»
Lectio: O que me diz o texto?
Jesus peregrino, interrompe o caminho e deixa-se ‘agasalhar’ no seio do lar de
Betânia (cf. C. 494), por Marta e Maria. Marta como mulher judia segue todo o
ritual da hospitalidade, acolhe O hóspede com disponibilidade, dividindo-se e
multiplicando-se para O servir abundantemente. Maria, livre diante das regras,
encantada pela presença do Mestre e seduzida pelo seu olhar e pela sua
Palavra irresistível, assume a posição de discípula e sentada aos seus pés faz do
silêncio uma escuta transformadora e revitalizante. Nada ocupa Maria naquele
encontro, pessoal e íntimo, com Jesus. Nada a divide, por isso está inteira para
amar e deixar-se amar (cf. Const. 6). Nada e ninguém pode separar Maria do
amor do Mestre, a experiência de ser amada é irrevogável (cf. Const. 10) e
ninguém lha pode tirar.
Meditatio: O que nos diz o texto bíblico a nós?
Impulsionadas pelo amor ao próximo podemos afanar-nos e servir o outro,
solícita e incansavelmente, como Marta até perder a paz e o motivo da nossa
entrega. É possível fazer tudo em favor do Mestre, pelo Mestre e para o Mestre,
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A palavra é fonte de renovação da comunidade
mas faltar o essencial: estar com o Mestre. Como aprendizes da compaixão do
Mestre somos desafiadas a completar a atitude de Maria com a de Marta.
Despidas perante a nossa fragilidade, Jesus pode repetir o nosso nome
desafiando-nos a viver como discípulas apaixonadas, centradas n’ele, enviadas
a servir o irmão que sofre. Como recebo Jesus na intimidade? Fico extasiada
“aos pés do Divino Mestre” (RMA, p. 140) e exclamo ‘Donde me é dado que
venha a mim o meu Senhor’? Estou preocupada com o que vou oferecer ao
Mestre, ou antes estou ocupada em entregar-me ao Mestre (cf. Const. 4)?
Oratio: O que dizemos nós a Deus como resposta à sua Palavra?
Jesus nosso Mestre, no silêncio quotidiano queremos discernir o teu murmúrio
e viver com autenticidade e inteireza o ser hospitaleiras “amantes da vida
contemplativa unida à ativa” (RMA, p. 141). Enamoradas de Ti, sentadas aos
Teus pés, sejamos capaz de romper com o ritmo louco do dia, para reconhecer
as Tuas visitas inesperadas e a Tua presença escondida no irmão que sofre.
Tudo passa, mas a Tua Palavra Jesus fique gravada e esculpida para sempre no
coração, pata testemunharmos que só és o “nosso Tudo” (C. 172).
Contemplatio: Que conversão de coração e de vida nos pede o Senhor?
É preciso apostar na “estreita relação” (XX Doc. Cap. Ger, 2012) com Jesus para
escutar desde dentro a Sua Palavra, e discernir uma hospitalidade generosa que
se desvela em favor do irmão que sofre. Sossegar o olhar e reconhecer a irmã
que sofre ao meu lado, para dividir o peso da sua dor, e tornar viva a união de
corações (cf. RMA). Seja a voz de Jesus a única a levar-me. Que ao longo do dia
possa encontrar o melhor de mim para o dar aos outros, e no final do dia
entregar tudo, abandonadamente, ao Mestre. É na amizade com Cristo que se
alcança a unificação (cf. C. 493.3; Const. 6) e se aponta a melhor parte,
escutando como Maria e servindo como Marta, permanecendo inteira.
Susana Silva, hsc
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A palavra é fonte de renovação da comunidade
10 de Outubro
4ª feira da XXVII T. Comum
Senhor, ensina-nos a orar…
Texto: Lc 11, 1-4
Sucedeu que, estando Ele algures a orar, disse-lhe, quando acabou, um dos seus
discípulos: «Senhor, ensina-nos a orar como João também ensinou os seus
discípulos». Disse-lhes Ele: «Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o Vosso
nome, venha a nós o Vosso reino; dai-nos em cada dia o pão da nossa
subsistência; perdoai-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo
aquele que nos ofende. E não nos sujeites à tentação».
Lectio: O que me diz o texto?
Sucedeu que Jesus estava algures a orar- Jesus ora ao Pai algures, num lugar
indeterminado, porque na Sua Pessoa se inauguram tempos novos,
manifestamente caraterizados pelo sopro do Espírito nos quais “se adora em
espírito e verdade” (cf. Jo 4, 23). Esses dias já chegaram, concretizando-se na
Sua Pessoa, marcadamente impregnada pelo Espírito que gera intimidade
profunda e comunhão total com Deus. Tal comunhão transborda em
capacidade de relação confiante, total, generosa, gerando louvor e gratidão (Lc.
10, 21-24). O lugar da oração de Jesus é a terra que pisa, os sonhos que sonha,
a rejeição que sente da parte dos homens, os limites que toca enquanto
homem “semelhante a nós em tudo, exceto no pecado”, os homens e as
mulheres do seu tempo e de todos os tempos: “Não rogo só por eles, mas
também por aqueles que hão-de crer em mim, por meio da sua palavra, para que
todos sejam um só, como Tu, Pai, estás em mim e Eu em ti (...). (Jo. 17, 20)
Ao verem o modo como Jesus rezava, um dos discípulos dirige-lhe uma súplica
sentida, proveniente do seu coração inquieto mas atento aos efeitos da oração
no seu Mestre e deseja experimentar profundamente a mesma paz que d’Ele
irradia: «Senhor, ensina-nos a orar!» Do coração orante de Jesus soa a resposta
que supera a expetativa do discípulo interveniente e vai muito além do que
João Batista ensinou, porque expressa em tom vibrante e dócil, genuíno e
firme, o abandono filial, o reconhecimento de que somos irmãos, membros de
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A palavra é fonte de renovação da comunidade
uma comunidade que reza manifestando o desejo de uma nova ordem na terra
e que ao mesmo tempo exprime a sua vulnerabilidade e por isso recorre a Deus
para que o livre de qualquer espécie de mal.
Meditatio: O que nos diz o texto bíblico a nós?
O “algures” da nossa vida hospitaleira, é o caminho que percorremos cada dia,
no meio de encontros e desencontros, contradições, anseios, quedas,
tentações, dificuldades... donde surge a súplica: “Ensina-nos a orar!”; isto é a
confiar em Deus que pacifica e renova os nossos passos, restabelece as nossas
forças e lhes dá novo vigor. Este grito interior, tornado realidade, mobiliza a fé,
infunde esperança e fortalece a caridade.
“Convencidas de que só o Senhor pode dar sentido ao nosso agir, a oração
deve ser a ocupação constante do coração, andando sempre na presença de
Deus e fazendo todas as coisas por seu amor.” (Const. 35). A propósito desta
união íntima com Deus na oração S. Bento Menni, escreve na carta 210: “A
religiosa deve viver uma vida de oração de tal modo que, de manhã até à noite
e de noite até de manhã, todos os movimentos do seu coração, todos os
suspiros de sua alma e todos os seus pensamentos se dirijam para o Senhor,
pedindo a Sua Divina Magestade que a esvazie de si mesma e seja Ele a sua
vida nova.” O convite à oração incessante é expresso em Jesus no auge da sua
missão “Vigiai e orai, para não cairdes em tentação. O espírito está pronto,
mas a carne é débil.” (Mt. 26, 41).
Tais palavras demonstram que a oração é o oxigénio da vida, que não a deixa
sufocar, mas a mantém lúcida e constante na luta por estabelecer o Reino de
Deus, mesmo nos ambientes mais inóspitos ou nas circunstâncias menos
favoráveis.
Oratio: O que dizemos nós a Deus como resposta à sua Palavra?
Obrigada Senhor por despertares em nós o desejo da oração e responderes
com prontidão amorosa ao apelo do nosso coração inquieto: Ensina-nos a
rezar! Que o Teu Espírito nos inspire em todos os momentos e que na oração
de cada hora saibamos dirigir-nos a Ti com um coração aberto e fraterno, que
humildemente se coloca à Tua disposição para Te pedir e implorar, louvar e
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A palavra é fonte de renovação da comunidade
agradecer. Que o Teu Reino se estabeleça hoje, aqui e agora através dos nossos
gestos e da entrega da nossa vida na persistente luta de todos os dias! Mantém
em nosso coração a chama viva da caridade hospitaleira; na esperança que
alenta e pacifica e na fé que constrói e eleva. Amén!
Contemplatio: Que conversão de coração e de vida nos pede o Senhor?
A leitura deste texto, constitui um apelo forte à comunhão íntima com Deus,
para poder alicerçar a nossa vida nos fundamentos da fé, da esperança e da
caridade. Esse é o ponto de partida a que se tem de voltar sempre, pois o
coração humano é suscetível ao cansaço, à desilusão, à desesperança. No
combate constante, a única fonte onde pode saciar a sua sede é a mesma que
dessendentou o próprio Senhor, na sua difícil missão. Essa fonte que o manteve
forte, constante, atento e firme no cumprimento da vontade de Deus, é a
mesma que nos amplia os horizontes às vezes fechados; nos abre à
fraternidade na qual a aceitação das diferenças não é sempre fácil; nos
questiona quando a missão é demasiado exigente e sentimos o faltar das
forças!
Se estivermos “convencidas de que só o Senhor pode dar sentido ao nosso
agir” (Const. 35) então podemos avançar, sem medo, seguindo os “critérios de
vida de Jesus; continuar a optar pelos mais vulneráveis e marginalizados, às
vezes em situações de grande incerteza, na qual se tem de arriscar o tudo por
tudo; assumir a missão como espaço de convocação; promover a integração
dos que estão de fora; abrir de para em par as portas da hospitalidade aos
jovens, realizar a missão como projeto comum. Assim se constrói o Reino no
aqui e agora, avançando para metas novas, deixando-nos conduzir pelo Espírito
para recrear a hospitalidade. (Cf. XX Capítulo Geral)
Filomena Barros, hsc
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A palavra é fonte de renovação da comunidade
11 de Outubro
5ª feira da XXVII T. Comum
“Pedi e dar-se-vos-á; procurai e achareis; batei e abrir-se-vos-á…”
Texto: Lc 11, 5-13
Disse-lhes ainda: «Se algum de vós tiver um amigo e for ter com Ele à meia noite
e lhe disser. ‘Amigo, empresta-me três pães, pois um amigo meu chegou agora de
viagem e não tenho nada para lhe oferecer’, e se ele lhe responder lá de dentro:
‘Não me incomodes, a porta está fechada e os meus filhos estão comigo na cama,
não posso levantar-me para tos dar’. Eu vos digo: embora não se levante para
lhos dar por ser seu amigo, ao menos, levantar-se-á, devido à impertinência dele,
e dar-lhe-á tudo quanto precisar. Digo-vos, pois: Pedi e dar-se-vos-á; procurai e
achareis; batei e abrir-se-vos-á; porque todo aquele que pede recebe; quem
procura encontra e ao que bate abrir-se-á. Qual de vós, se o filho lhe pedir pão,
lhe dará uma pedra? Ou se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente? Ou se lhe
pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Portanto, se vós, maus, como sois, sabeis
dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito santo
àqueles que lh’O pedem!»
Lectio: O que me diz o texto?
S. Lucas neste texto apresenta-nos alguns ensinamentos sobre a atitude interior
com que havemos de nos dirigir a Deus. Através do amigo que, apresenta a
atitude da insistência e persistência de quem sabe tocar o coração, porque tem
confiança que vai obter o que procura.
Assim pode-se entender que, se o Senhor nos afiança que quem pede recebe e
a quem bate abre-se. Ensina-nos que a oração nunca é uma perda de tempo e
que a mesma tem sempre uma resposta positiva, embora nem sempre ao que
pedimos, mas ao que Deus sabe que temos necessidade.
Meditatio: O que nos diz o texto bíblico a nós?
Cristo quer mostrar-nos que, devemos ser assíduos à oração e ao mesmo
tempo criar em nós o desejo de querer corresponder a este convite.
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A palavra é fonte de renovação da comunidade
A esta mesma atitude de oração constante nos convida Bento Menni quando
afirma que a religiosa hospitaleira deve viver uma vida de oração de tal modo
que, de manhã até à noite e de noite até de manhã, todos os movimentos de
seu coração, todos os suspiros de sua alma e todos os seus pensamentos se
dirijam para o Senhor.
A oração tende sempre para o núcleo vital, que é amar, pois orar é entrar em
diálogo de amor com Deus, que é Pai, em quem podemos confiar, e com os
irmãos. Orar é fazer da nossa vida entrega por amor, como referem as Const nº
35, a oração deve ser a ocupação constante do coração, andando sempre na
presença de Deus e fazendo todas as coisas por amor.
Para a hospitaleira existe uma continuidade entre o amor oblativo ao Pai, vivido
e experimentado na oração e o amor vivido e experimentado na entrega total
aos irmãos pobres que o Senhor nos confia. Quem experimenta o amor de
Deus na oração, não é capaz de o calar, mas leva-o à experiência da relação
com todos os que passam na sua vida.
Lectio: O que me diz o texto?
Brota do meu coração um desejo de Te agradecer por continuamente dia após
dia me convidares a estar junto a Ti. Obrigada por me fazeres perceber com o
coração que rezar é despojar-me de mim, é querer estar diante de Ti. Perdão
Senhor, pois tantas vezes, vou à tua presença com os minutos contados, perdão
por tantas vezes deixar que as preocupações falem mais alto e me roubem o
tempo que tinha reservado para estar contigo. Recordo hoje Senhor a
experiência da Tua presença silenciosa na minha vida que me anima e me
impele a dizer-te sim, a estar disponível para a missão hospitaleira, onde quer
que isso me leve.
Contemplatio: Que conversão de coração e de vida nos pede o Senhor?
Quando nos colocamos na atitude de oração constante, quando nos damos
conta de que amamos sinceramente o Senhor, nada na nossa vida pode
impedir o estarmos totalmente consagradas ao seu serviço. Tal como nos
propõem as Const: sejamos capazes de nos colocar em íntima união com o
Senhor mesmo no meio do trabalho, fomentando tudo quanto nos ajude a criar
um clima de vida interior e a ter uma profunda experiência de Deus.
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A palavra é fonte de renovação da comunidade
Que esta experiência que fazemos de Deus não fique no foro pessoal, mas que
a deixemos transparecer para aqueles que em cada dia se cruzam connosco,
em gestos de acolhimento, de aceitação, de hospitalidade. O Senhor pede-nos
maior coerência entre a vida de intimidade com Ele e a caridade para com os
irmãos. Uma deve impulsionar a outra. Sem oração não somos religiosas, mas
sem caridade não somos Hospitaleiras.
Bernardete Regina Dinis, hsc
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A palavra é fonte de renovação da comunidade
12 de Outubro
sexta-feira da XXVII semana T. C.
«Se Eu expulso os demónios pelo dedo de Deus, então o reino de Deus
chegou até vós»
Texto: Lc 11, 15-26
Naquele tempo ,Jesus expulsou um demónio, mas alguns dos presentes
disseram: «É por Belzebu, príncipe dos demónios, que Ele expulsa os
demónios».Outros, para O experimentarem, pediam-Lhe um sinal do céu. Mas
Jesus, que conhecia os seus pensamentos, disse:
«Todo o reino dividido contra si mesmo, acaba em ruínas e cairá casa sobre
casa. Se Satanás está dividido contra si mesmo, como subsistirá o seu reino?
Vós dizeis que é por Belzebu que Eu expulso os demónios. Ora, se Eu expulso
os demónios por Belzebu, por quem os expulsam os vossos discípulos? Por isso
eles mesmos serão os vossos juízes. Mas se Eu expulso os demónios pelo dedo
de Deus, então quer dizer que o reino de Deus chegou até vós. Quando um
homem forte e bem armado guarda o seu palácio, os seus bens estão em
segurança.
Mas se aparece um mais forte do que ele e o vence, tira-lhe as armas em que
confiava e distribui os seus despojos.
Quem não está comigo está contra Mim e quem não junta comigo dispersa.
Quando o espírito impuro sai do homem, anda a vaguear por lugares desertos
à procura de repouso. Como não o encontra, diz consigo: ‘Voltarei para a casa
de onde saí’. Quando lá chega, encontra-a varrida e arrumada. Então vai e toma
consigo sete espíritos piores do que ele, que entram e se instalam nela. E o
último estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro».
Lectio: O que me diz o texto?
Jesus confronta-se com os seus contemporâneos. Acusam-no de expulsar
demónios em nome de Belzebu; outros pedem um sinal que confirme os seus
feitos extraordinários! Jesus aproveita para esclarecer e desarmar a
argumentação daqueles que especulam sobre a sua atuação. Se agisse por
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A palavra é fonte de renovação da comunidade
Satanás, este estaria dividido contra si mesmo; se age em sintonia com Deus,
significa que o reino está já no meio de nós, revelando que o poder de Deus é
superior ao do demónio. Há também um apelo à vigilância porque Satanás não
descansa, nem se dá por vencido.
Meditatio: O que nos diz o texto bíblico a nós?
Em relação a Jesus, não há espaço para neutralidade, somos confrontados com
duas possibilidades: ou se está com Ele, ou se está contra Ele. Vivemos sob
influência de duas forças bem presentes no nosso íntimo: a do bem e a do mal;
estão as duas profundamente enraizadas em nós e o combate está
permanentemente em tensão, exigindo esforço para nos mantermos no
caminho do seguimento de Jesus e da união com Deus. Contamos com a graça
de Deus que nos ajuda a percorrer o caminho de fidelidade à nossa vocação de
caridade: com o coração aberto à Palavra; uma fé viva fortalecida na celebração,
recepção e adoração da Eucaristia, uma caridade criativa que se inspira na
contemplação da Paixão; uma fraternidade consequente que se alimenta da
comunhão trinitária (cf. nº 7 Constituições).
Oratio: O que dizemos nós a Deus como resposta à sua Palavra?
Senhor Jesus Cristo, agradeço de coração a tua ação libertadora e corajosa
contra o mal. Dá-me uma fé viva, uma confiança sem limites, a coragem para a
luta, luz para que não me deixe seduzir pelas aparências de bem; enche-me de
esperança e de alegria. Que eu jamais me afaste de Ti procurando falsas
seguranças. Que eu faça de Ti o único necessário, vivendo centrada e enraizada
em Ti, numa relação pessoal de amor que me leve a uma progressiva
identificação com os Teus sentimentos, buscando a Tua vontade, continuando a
fazer presente o Reino, dispondo de tudo o que tenho e sou! Concede-me,
Senhor, a graça de permanecer unida a Ti para que possa agir em Teu nome,
em cada dia da minha vida!
Contemplatio: Que conversão de coração e de vida nos pede o Senhor?
Somos filhos amados de Deus e por isso não nos faltará a força e a graça de
forma a experimentar e transparecer a alegria de lhe pertencermos e de
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A palavra é fonte de renovação da comunidade
partilharmos a sua missão. A resposta em fidelidade a este dom exige
percorrermos os caminhos: da intimidade com o Deus Hospitaleiro que nos
desafia à entrega corajosa da nossa vida, da união que potencia a nossa
fragilidade e pequenez, da luta contra tudo o que nos divide, do encontro com
os que procuram o sentido das suas vidas, do diálogo em verdade e
transparência com todos, da escuta ativa da realidade que nos envolve, dos
gestos audazes em favor das pessoas que assistimos, sendo testemunhas
coerentes do que o Reino é uma realidade entre nós!
Fernanda oliveira, hsc
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A palavra é fonte de renovação da comunidade
13 de Outubro
sábado da XXVII semana T. C.
Felizes os que escutam a palavra de Deus e a põe em prática
Texto: Lc 11, 27 - 28
Enquanto falava, uma mulher, levantando a voz do meio da multidão, disse:
«Felizes as entranhas que Te trouxeram e os seios que Te amamentaram!» Ele,
porém, retorquiu: «Diz antes: Felizes os que escutam a palavra de Deus e a põe
em prática».
Lectio: O que me diz o texto?
“Feliz Aquela que Te trouxe” diz uma mulher desconhecida, erguendo a voz.
Mas para Jesus, “FELIZES” /“BEM-AVENTURADOS” são aqueles que ESCUTAM a
PALAVRA DE DEUS e A põem em PRÁTICA”. Jesus parece contradizer as palavras
daquela mulher, e relegar Maria para a “sombra”, para segundo plano. De facto,
lendo este texto à luz de outros, damo-nos conta que é exactamente o
contrário. Jesus apresenta-nos Maria como MODELO DE FELICIDADE. Maria é
proclamada “FELIZ” porque acreditou e obedeceu à PALAVRA. No Magnificat,
Ela própria profetiza que todas as gerações a proclamarão “BEMAVENTURADA” por se ter rendido totalmente à PALAVRA que compromete a
sua fé e a sua vida. “FELIZ”, esta é portanto, a identidade profunda de Maria
que também a nós é proposta, a nossa FELICIDADE está em SER possuído de
Deus e dos outros. Escutar a PALAVRA de Jesus, que é o Verbo “PALAVRA DO
DEUS VIVO” é o segredo para ser bem-aventurado/ feliz e sinal evidente de um
amor activo e provocador no nosso mundo tão cheio de si. Deixa que a
PALAVRA como em Maria, a 1ª Hospitaleira se cumpra hoje em ti para seres
feliz! Para viveres o amor jubiloso e libertador da Palavra na tua vida.
Passo 2 – Meditatio: O que nos diz o texto bíblico a nós?
Ser “feliz”, alcançar a pacificação, a verdadeira liberdade interior e a alegria de
coração, é possível hoje, aqui e agora! Mas esta bem-aventurança e felicidade
não se alcançam pelo papel que desempenhamos ou pelas coisas que
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pensamos fazer para cumprir apenas deveres ou alcançar situações de
primazia… Ser “feliz” por sendas hospitaleiras, implica deixar que os “roteiros”
dos nossos dias, dos teus dias, das tuas horas, dos teus minutos, ainda que
preenchidos por diversos compromissos e na realização de várias actividades,
sejam unificados pelo primado da ESCUTA DA PALAVRA DE DEUS. Uma escuta
encarnada na vida… uma escuta que implica a totalidade da tua vida
consagrada a Ele, porque optas-te por “ser mulher apaixonada por Jesus Cristo,
configurada com a Sua maneira de ser e agir (…) hospitaleira compassiva com a
humanidade, que escuta o clamor daqueles que sofrem(…)” (XX CG, pág.6, nº3).
Uma escuta que desafia a acolher com frescura os desafios e novidades de cada
dia para ti, para a Congregação, para a Província, para a Comunidade, para a
Missão hospitaleira… Será que estás disponível como Maria para mudar de
“veste” interiormente?
“Totalmente disponível ao querer do Pai (…) e aceitar com alegria a vontade de
Deus” (Const.Nº34)? A esqueceres-te da tua vontade? E acolher a de Deus? A
prioridade da escuta orante da Palavra leva-nos a isto, a despojarmo-nos de
nós mesmos, do nosso egocentrismo, do nosso fazer… e reveste-nos um pouco
mais de Cristo, dos Seus sentimentos do Seu Coração, do seu estilo de amor.
Abeirar-nos da felicidade de Maria, leva-nos a “obter entrada e permanência no
Coração do Filho para vivermos e reproduzirmos em nós os seus sentimentos”
(Const. Nº 8). A prioridade da escuta da Palavra leva-nos ao desafio diário da fé
“companheira de vida, que permite perceber, com um olhar sempre novo, as
maravilhas que Deus realiza por nós” (Carta Apostólica, Porta Fidei, nº 15) e em
nós, além disso impulsiona-nos à oblação da nossa própria vida, cumprindo a
Palavra de Deus.
Maria é Modelo de como se escuta e acolhe na vida a Palavra. Aproxima-te
Dela para a amares mais e te apaixonares por Ela. A exemplo de “Maria, “Nossa
Mãe”, redescobre a tua condição de Mulher consagrada para a hospitalidade e
vive de forma mais radical o amor incondicional, a simplicidade de vida e a
pronta disponibilidade…” (XX CG, pág.6, nº 1). Não temas entrar neste
dinamismo de felicidade e alegria. Será que esta não é a tua nova identidade,
para recriares a hospitalidade hoje junto das novas gerações? Ser mulher feliz?
É que somos chamadas a ser felizes, “de forma pessoal e gratuita, e Cristo
convida-nos todos os dias a renovar a nossa opção por Ele e a testemunhar
com a nossa vida consagrada a força transformadora das bem-aventuranças”
(Doc. XX CG, pág.4, nº1).
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Oratio: O que dizemos nós a Deus como resposta à sua Palavra?
“Criaste-nos para Ti, Senhor, e o nosso coração anda inquieto enquanto não
repousa em Ti”(Santo Agostinho). Criaste-nos para a felicidade, para a alegria.
Mas, Tu és a Felicidade, Tu és a alegria! A tua Palavra enche-nos de alegria. Dáme a graça de continuar a “Ser Feliz” e de uma escuta sempre activa/
comprometida. Que a Tua Palavra seja o meu principal e apaixonado interesse
todos os dias, para que a minha vida esteja centrada e enraizada em Ti sempre!
Concede ao meu coração o silêncio e a disponibilidade interior necessária para
acolher a Tua Palavra e pô-la em Prática. Que o Teu Espirito me ajude A tornála vida, no ministério da hospitalidade a que Tu me chamas e envias cada dia. E
a Tua vida me revista interiormente, para que aprenda a servir e a amar como
Tu, a partir do coração as tuas “vivas imagens”e a testemunhar o Teu amor
samaritano. Que a Tua Palavra faça eco em mim, e se erga também na minha
vida, para que Tu Sejas louvado e glorificado junto dos homens e desta nova
geração!
Contemplatio: Que conversão de coração e de vida nos pede o Senhor?
Neste contacto com a Palavra que quer encarnar e frutificar no meu coração
hospitaleiro sinto hoje o desafio a viver a Caridade hospitaleira com maior
radicalidade a partir:
Da minha identidade e de um coração feliz, centrado no Verbo EncarnadoJesus Cristo, e apaixonado pela Palavra de amor do Pai,
De uma actitude de escuta e intimidade com a Palavra de Deus, a partir do
coração, ao jeito de Maria, a 1ª Hospitaleira
De um coração mais despojado de si mesmo, pobre, humilde, humano,
disponível e livre interiormente,
De um amor activo e oblativo, que me leva a recriar a compaixão e a
misericórdia junto dos mais fracos e pequenos,
De um discernimento e acolhimento da vontade de Deus na fé manifestada na
Palavra de Deus, rendendo-me a Ela,
De um testemunho vocacional alegre, feliz, convincente e provocador
pessoalmente, comunitariamente e na missão de forma a recriar e a provocar
dinamismos de felicidade hoje junto dos jovens, porque hospitalidade é
felicidade!
Mariana Camacho, hsc
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Caminhar a partir da Palavra… em tempo do Capítulo provincial