Universidade Federal do Rio de Janeiro Centro de Ciências da Saúde Instituto de Bioquímica Médica George Eduardo Gabriel Kluck Outubro de 2011 Termogênese em insetos Classificação Reino: Animalia Filo: Arthropoda Subfilo: Hexapoda Classe: Insecta Termogênese em insetos Endotermia x Ectotermia Endotérmicos: Mantém a temperatura corporal constante e acima da temperatura ambiente, necessário o gasto energético. Ectotérmicos: utilizam as fontes de calor do ambiente necessárias a manutenção de suas funções metabólicas. Homeotérmico x Heterotérmico Homeotérmicos: é a manutenção, aproximadamente constante, da temperatura interna do corpo. Heterotérmicos: é a capacidade de manter temperaturas diferentes em certas partes do corpo ou mudança de temperatura corporal em determinados horários do dia ou da noite. Termogênese em insetos Como os insetos sentem a temperatura? A resposta celular à temperatura e umidade é sentida em um único sensílio, presente na antena. Em alguns insetos, além desse sensílio, existem alguns poros olfatórios termosensíveis, também presentes na antena. Termogênese em insetos Histórico George Newport (1837), relatou que havia uma correlação entre a atividade e elevada temperatura do corpo em determinados insetos. Bachmetjev (1899), ressuscitou o assunto quando identificou a mesma correlação, estudando insetos diferentes de Newport. Dotterweich (1928), mostrou, especificamente, que o aumento da temperatura torácica de mariposas está relacionado ao vôo. Krogh e Nielsen (1938), mostraram que a temperatura do corpo humano também se eleva durante exercício físico intenso. Esses mesmos pesquisadores tentaram mostrar em temperaturas determinados insetos poderiam ou não voar. quais Termogênese em insetos Mecanismos de termogênese e termorregulação em insetos Tremor muscular (uso controlado de ATPases do sistema contrátil muscular) Controle neuronal Modos de controle neuronal Sincrônico ou neurogênico Assincrônico ou miogênico Termogênese em insetos Mecanismos de termogênese e termorregulação em insetos Termogênese em insetos Tremor muscular (uso controlado de ATPases do sistema contrátil muscular) Características Em insetos, endotermia muscular é generalizada; O aquecimento pré-vôo pode chegar a uma média de 10°C/min; Capaciadade oxidativa dos músculos (sistema traqueal); Temperatura torácica vs. pré-aquecimento; Sem essa capacidade, a maioria dos insetos permaneceria aterrado; Músculos bi-funcionais (vôo/caminhada). Termogênese em insetos Insetos que utilizam o tremor muscular como forma de produção de calor libélula mariposa gafanhoto borboleta cigarra vespa besouro abelha Termogênese em insetos Substratos utilizados na produção de calor por tremor muscular Em insetos com vôo de curto prazo, necessitam utilizar carboidratos, trealose, sangue e glicogênio ou mesmo depósitos do corpo gorduroso. Ex: Abelhas e vespas Em insetos com vôo de longo prazo, utilizam uma mistura de carboidratos e gordura, sendo este último em maior quantidade e as vezes até sozinho. Ex: Gafanhotos e mariposas Termogênese em insetos Mecanismos de termogênese e termorregulação em insetos Ciclos fúteis envolvendo fosfofrutoquinase (PFK) e frutose 1,6 bifosfatase (FBPase) PFK é a chave regulatória da Glicólise FBPase está envolvida com a Gliconeogênese Em vertebrados, estão em tecidos diferentes Termogênese em insetos Mamangavas (bumblebees) Zangões Termogênese em insetos Mecanismos de termogênese e termorregulação em insetos Uncoupling proteins (UCPs) figuras Termogênese em insetos Fridell, 2004, demonstrou a caracterização funcional da UCP de Drosófila (DmUCP5) A DmUCP5 possui três propriedades principais de UCPs: Um aumento na taxa de respiração no estado 4, com concomitante diminuição do potencial de membrana mitocondrial; Desacoplamento ativado por ácidos graxos; Atividade desacopladora inbida por purina. Termogênese em insetos Primeiro inseto a ter caracterizado uma UCP funcional Termogênese em insetos Slocinska, Setembro 2011, demonstrou a caracterização funcional da UCP em barata (GcUCP) Primeira vez que que uma UCP é caracterizada em mitocôndria isolada de insetos em músculo da perna e em corpo gorduroso; Assim como em DmUCP5, GcUCP é ativada por ácidos graxos; Em mitocôdrias fosforiladas, GcUCP foi capaz de desviar a energia da fosforilação oxidativa; Ativação da GcUCP por ácido graxo diminuiu a produção de ânions Superóxido, sugerindo um papel protetor fisiológico para insetos. Termogênese em insetos Cockroach Gromphadorhina cocquereliana Termogênese em insetos Endotérmicos menores < 2g < Endotérmicos maiores Não mantém T° Corporal constante e maior que a T° Ambiente T° Corporal constante e maior que a T° Ambiente Não há termorregulação da temperatura de vôo Termorregulador da temperatura de vôo Termogênese em insetos De acordo com os resultados apresentados, ele conclui que a endotermia é importante para o balanço energético de besouros que visitam inflorenscências termogênicas a termogênese floral diminui o gasto energético do besouro quando fora da flor. Endotermia é claramente necessário para o vôo fora do as inflorescências, mas se ele é associado com a competição por companheiros dentro da câmara floral permanece desconhecida. Termogênese em insetos Termogênese em insetos Investigação acerca da produção de calor endotérmica em enxames de abelhas no inverno Termogênese em insetos