UFPB-PRAC X Encontro de Extensão 8CTDEPPEX02 AVALIAÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ESCOLAS PÚBLICAS DA CIDADE DE JOÃO PESSOA Igor da Silva Castro (1); Amando Ramos de Amorim (2); André de Medeiros Brito (2); José Rivaldo Camilo de Souza Filho (2); Kléber Lima Cezar (2); Maria Welma Alves do Nascimento (2); Celso Luiz Pereira Rodrigues (3) Centro de Tecnologia/ Departamento de Engenharia de Produção Mecânica/ Probex Resumo Este trabalho é o fruto de um projeto de extensão universitária que teve como objetivo avaliar as instalações elétricas em escolas públicas na cidade de João Pessoa. Considerando que o sistema de iluminação também está inserido no sistema de instalações de energia elétrica, coube também a este trabalho averiguar as condições de iluminação nas escolas, especialmente em salas de aula, onde a iluminação se faz mais necessária para a consecução do trabalho. Foram analisadas as instalações de quatro escolas estaduais, a partir de roteiros elaborados pelos próprios membros do projeto de extensão, de acordo com o que está descrito nas normas regulamentadoras. O resultado obtido demonstra um quadro crítico referente às instalações elétricas destas escolas, bem como a total insuficiência do sistema de iluminação utilizado em suas salas de aula, demonstrando condições extremamente insalubres para consecução de trabalho, o que caracteriza uma necessidade urgente de intervenção por parte dos órgãos competentes. Palavras-chave: instalações elétricas, luminotecnia, conforto ambiental. Introdução A saúde e a segurança no trabalho constituem, atualmente, aspectos essenciais a serem considerados na criação e na organização de postos de trabalho. O enfoque ergonômico do trabalho provocou uma mudança significativa na maneira de encarar a segurança no trabalho, antes vista como custo, hoje em dia encarada como fator motivador e, consequentemente, de ganho de produtividade. Um dos principais trabalhos na sociedade moderna, o de professor escolar, está associado normalmente à exposição de uma série de riscos: alergia a giz, problemas nas cordas vocais por uso excessivo da voz, stress, etc. Não obstante, a realidade da educação brasileira oferece péssimas condições de trabalho a estes profissionais, oferecendo ambientes de trabalho inadequados à realização da atividade de lecionar. Esta insalubridade pode se dar através de várias vertentes: através de um sistema de ventilação falho, pela ausência de carteiras e/ou quadros-negros, pela dificuldade em acessar a escola, e ainda, pela iluminação insuficiente nas escolas e instalações elétricas obsoletas, fontes de risco de curto-circuito, choque e incêndio. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________ 1) Bolsista, (2) Voluntário/colaborador, (3) Orientador/Coordenador, (4) Prof. colaborador, (5) Técnico colaborador. UFPB-PRAC X Encontro de Extensão Observa-se que todos estes fatores dificultam a execução do trabalho do professor e, por conseguinte, prejudicam a aprendizagem dos estudantes. Sendo assim, constatamos que salas de aula em condições de trabalho inadequadas prejudicam o rendimento dos estudantes. Portanto, se faz necessário avaliar a insalubridade das instituições de ensino para desenvolver ambientes mais confortáveis, de forma a proporcionar condições favoráveis para o melhor desenvolvimento do processo de aprendizagem. Este documento é o resultado de um projeto de extensão que teve como objetivo avaliar as instalações elétricas e as condições de iluminação nas salas de aula de algumas escolas estaduais em João Pessoa, de forma a sugerir intervenções nestas escolas, para propiciar ambientes mais seguros e bem iluminados, colaborando com o aumento da qualidade do ensino nas instituições analisadas. Descrição Este projeto teve com objetivo avaliar os riscos relativos a choques elétricos, curtocircuito e por conseqüência incêndio, existentes em escolas públicas de João Pessoa. É importante lembrar que os choques elétricos, dependendo da intensidade dos mesmos, podem até levar uma vítima à morte por ataque cardíaco ou uma parada respiratória. As medidas tomadas para combate a esses riscos serão observadas a partir da NBR 5410, que cuida de instalações de baixa tensão, modelo de instalação esse que se adeqüa aos interesses do nosso trabalho. Outro campo estudado pelo nosso trabalho, será a questão da luminosidade dos ambientes escolares, haja vista que o sistema de iluminação faz parte do conjunto das instalações elétricas. Esse tema também será avaliado com base na norma NBR 5413. O projeto avaliou as instalações elétricas e as condições de iluminação em salas de aula em quatro escolas estaduais em João Pessoa - PB, a saber: 1. A Escola Estadual de 1º Grau Almirante Tamandaré (AT) localizada na Rua Comandante Matos Cardoso, S/N, no bairro Castelo Branco. Diretora: Maria Glória Donato de Sousa Grilo. 2. A Escola Estadual Dom Carlos Coelho (DCC) localizada na Rua Eugênio Carneiro Monteiro, 182, no Jd. Cidade Universitária. Diretora: Celina Maria do Nascimento 3. A Escola Estadual de Ensino Infantil e Fundamental Francisco Campos (FC) localizada na Rua Bourgueville, S/N, no bairro Anatólia. Diretora: Maria José Figueiredo. 4. A Escola Estadual Francisca Ascensão Cunha (FAC) localizada na Rua Luiz Gonzaga Gomes, 700, no bairro dos Bancários. Diretora: Maria Nazaré Soares Vieira Metodologia Para a consecução do trabalho, os membros do projeto foram divididos em dois grupos, cada grupo tornou-se responsável por avaliar uma escola. No primeiro momento, cada grupo realizou algumas visitas em suas respectivas escolas e houve a comparação dos relatórios de forma a uniformizar os dados coletados. A partir do desenvolvimento destes UFPB-PRAC X Encontro de Extensão relatórios, foram gerados os roteiros para avaliação de instalações elétricas em escolas, roteiros estes que foram aplicados nas duas escolas analisadas posteriormente. A) Roteiro geral: 1. Caracterização Geral 1.1. Identificação, localização e ano da fundação 1.2. Horários de funcionamento 1.3. Turmas atendidas 1.4. Número de alunos por turma 1.5. Número de professores e funcionários 1.6. Apoio da população e de outras entidades 1.7. Histórico de reformas 2. Caracterização da Estrutura Física da escola 2.1. Apresentação das dependências da escola 2.2. Área de cada dependência 2.3. Pé direito de cada dependência 2.4. Descrição das paredes, teto e piso de cada dependência 2.5. Sistema de ventilação de cada dependência (Natural ou Artificial) 2.6. Sistema de iluminação natural ou artificial 2.7. Tipo de luminária e de lâmpada utilizada em cada dependência (“Luz do dia”, “Super Luz do dia”, etc); 2.8. Descrição dos equipamentos elétricos (potência utilizada) 2.9. Descrição das bancadas utilizadas (mesas e birôs) B) Roteiro para análise da iluminação em salas de aula A iluminação constitui parte importante na avaliação de uma instalação elétrica. E como parte importante da instalação, deve ser avaliada sob dois pontos de vista: o da demanda por iluminação e o da capacidade da instalação em abrigar um nível tal de iluminação. Para efetuar a análise sob o primeiro ponto de vista, utilizamos a técnica descrita na norma NBR 5382, que descreve o procedimento para verificação de iluminância de interiores. Para as salas de aula utilizamos a medição em “um campo de trabalho retangular, iluminado com fontes de luz em padrão regular, simetricamente espaçadas em duas ou mais fileiras”. Os índices de iluminância foram colocados como adequados ou não a partir do que é descrito na norma NBR 5413 para escolas, mais especificamente para salas de aula. Adotouse a recomendação de 300 lux, como valor ideal para salas de aula. A norma NBR 5382 aplicada para “um campo de trabalho retangular com fontes de luz padrão regular, simetricamente espaçadas em duas ou mais fileiras” exige a leitura de dezoito pontos com o luxímetro (aparelho que aufere a intensidade luminosa em lux) em cada ambiente de trabalho. Desses dezoito, devido às particularidades da sala de aula, quatro pontos não UFPB-PRAC X Encontro de Extensão foram medidos. Isto se deve a necessidade de mais fontes de luz para que estes pontos existam no ambiente. Os pontos não medidos são os pontos R1, R2, R3 e R4, que são de localização difícil em locais com poucas fontes de luz. Portanto, o esquema de pontos de medição utilizado foi este demonstrado a seguir: Figura 1 – Esquema dos pontos de medição nas salas de aula. Foram feitas três medições em cada um dos quatorze pontos. Com o objetivo de chegar a um valor médio para cada ponto. Depois de obtidos os valores de cada ponto, é calculado o índice de iluminância média na área. Foram feitas medidas de R5, R6, R7 e R8, dispostos como na figura 1, e depois é feita uma média aritmética de tais valores. O mesmo é feito para os pontos Q1, Q2, Q3 e Q4. Assim como para os pontos P1e P2 e também para os pontos T1, T2, T3 e T4. Os valores das médias serão reconhecidos na equação por: R, Q, P e T. Onde cada variável representa a média do grupo de letras correspondente. A iluminância média (I.M) de área será calculada por: I .M = R × ( N - 1) × ( M - 1) + Q × ( N - 1) + T × ( M - 1) + P N ×M Onde: N = número de luminárias, M = número de filas As medições ocorreram em horários aleatórios, entretanto sempre em horários onde estavam acontecendo aulas, excetuando as salas de aula que funcionavam também à noite, onde as medições ocorreram sempre neste turno, dado que a iluminação é crítica neste horário (ocorre perda da iluminação natural). As medições aconteciam independentemente da maneira de como encontrássemos a sala sendo utilizada (ou seja, nem todas as lâmpadas estavam acesas). C) Roteiro de avaliação das instalações elétricas de escolas 1º - Quadro de medição Os aspectos observados neste componente da instalação eram as condições físicas do quadro, averiguando se possuíam tampa, aterramento, sinalização, bem como se estava funcionando corretamente e protegido de intempéries. UFPB-PRAC X Encontro de Extensão 2º - Quadro de distribuição Os aspectos observados neste componente foram as condições físicas do quadro de distribuição, averiguando a tampa do quadro e a tampa da instalação (que dá acesso aos componentes), observando aterramento, sinalização, se os disjuntores estavam funcionando corretamente e protegidos de intempéries. Ainda verificou-se se os barramentos estavam em boas condições, bem isolados e se os condutores estavam organizados. 3º - Proteção contra choques elétricos Os aspectos observados neste componente foram os isolamentos, se estavam em boas condições, se os condutores estavam dentro de eletro dutos, caneletas, ou outro conduto recomendado pela norma. Foi examinado também se a cor da isolação de cada condutor está como recomendado pela norma, o tipo de material que compõem os condutores, o tipo de conduto, se as emendas eram feitas com conectores, se eram bem isoladas, se as condições dos condutos eram perfeitas, o material dos condutos, se o acesso aos condutores era livre ou se estava sendo facilitada por algum motivo. Ainda foi observado se existia algum tipo de dispositivo de equipotencialização, em caso afirmativo: verificava-se que tipo de dispositivo, se o mesmo estava funcionando corretamente, se havia algum dispositivo que possuía massa viva e se o mesmo estava devidamente sinalizado, se estava em um local de fácil acesso e se os disjuntores são de diferencial residual (DR´s), que servem para desligamento de emergência; em caso negativo: averiguou-se se existiam DR´s na instalação, se os mesmos estavam funcionando corretamente, se seria possível a instalação de DR caso a mesma não os apresentasse, se os pontos de utilização estavam devidamente isolados e assegurados contra choques elétricos, se estavam protegidas de umidade, se os pontos de tomada estavam em boas condições físicas, se estavam isoladas, protegidas contra choques elétricos e se possuíam aterramento. 4º - Iluminação de segurança Neste tópico, observou-se a existência e o funcionamento das lâmpadas de segurança, bem como a existência de iluminação nas saídas de emergência, devidamente sinalizadas, visíveis a todos (tanto em situação normal, como em situação emergencial). Ainda, foi observado se o circuito de emergência estava separado dos demais circuitos e se era alimentado por outra fonte que não a rede elétrica (gerador, energia solar). 5º - Bombas de incêndio Neste ponto, observou-se a existência e o funcionamento do sistema de hidrantes, inclusive se a alimentação das bombas dos hidrantes é independente da alimentação da rede. Ainda, se o sistema de alimentação das bombas de incêndio estava funcionando corretamente, se a potência das bombas é menor do que a potência da alimentação e se o sistema de tubos e canos estava em perfeitas condições físicas. UFPB-PRAC X Encontro de Extensão 6º - Sistemas de alarme Nesta hora, examinou-se a existência e o funcionamento e a sinalização de um sistema de alarme. O tipo de alarme e se este era realmente efetivo. Ainda, se o sistema de alimentação era bem dimensionado. No caso de alarme sonoro, se era possível ser escutado por todos. No caso de alarme visual, se era possível ser visto por todos. 7º - Sistema de exaustão de fumaça Neste ponto, inspecionou-se o sistema de exaustão dos ambientes: se existia e se funcionava corretamente. 8º - Fonte de reserva Neste tópico, a finalidade era inspecionar a existência de fonte de energia reserva (gerador, energia solar, etc.), observando se a mesma estava devidamente dimensionada, com instalações em boas condições de uso e devidamente protegidas de intempéries e outros objetos que possam danificá-las. 9º - Princípios fundamentais Neste ponto, foi examinado se havia dispositivos de desligamento de emergência (DR´s) em funcionamento, e se os mesmos estavam devidamente dimensionados e facilmente acessíveis, em locais seguros e isolados de intempéries. Resultados A) Iluminação ESCOLA AT DCC FC FAC N° DE N° DE FUNCIONARIOS ALUNOS 38 29 93 44 183 283 518 428 N° DE N° DE SALAS SALAS DE ESCOLA DE AULA AULAS ANALISADAS UTILIZADAS AT 7 7 DCC 6 5 FC 7 6 FAC 8 8 TURNO DE FUNCIONAMENTO Manhã / Tarde / Noite Manhã / Tarde Manhã / Tarde / Noite Tarde / Noite ALMIRANTE TAMANDARÉ (iluminação em lux das salas de aulas) SALA 1 SALA 2 SALA 2 SALA 3 Tarde (apagadas) 73,2 Noite 46,4 Tarde (apagadas) 76,3 Noite 187,2 SALA 7 SALA 19 SALA 22 SALA 23 Tarde (apagadas) Noite Noite Noite 45,2 50.7 34,9 22,7 UFPB-PRAC X Encontro de Extensão FRANCISCO CAMPOS (iluminância em lux das salas de aula) FRANCISCA ASCENSÃO CUNHA (iluminância em lux das salas de aula) SALA 1 SALA 2 SALA 3 SALA 4 Sala 1 Sala 2 Sala 3 Noite Noite Noite Noite Noite Noite Noite 76,5 160,8 143,4 187,2 52 62,2 48,5 SALA 21 Sala 4 Sala 5 Sala 6 SALA 5 SALA 6 SALA 20 Noite Noite Noite Noite Noite Noite Noite 63,4 85 50,7 86,9 54,3 93,4 85,8 DOM CARLOS COELHO Sala 1 Manhã Sala 2 Tarde Manhã Sala 3 Tarde Manhã Tarde Aceso Apag. Aceso Apag. Aceso Apag. Aceso Apag. Aceso Apag. Aceso Apag. 95,6 54,5 74 25,7 112,8 68,5 Sala 4 Manhã 100,5 34,3 198,6 165,6 71,1 41,2 Sala 5 Tarde Manhã Tarde Aceso Apag. Aceso Apag. Aceso Apag. Aceso Apag. 202,4 179,3 175,3 52,2 119,6 61,6 58,9 15,7 Em termos de iluminação em salas de aula, todas as salas analisadas não atingiram a iluminação média mínima de 300 lux determinada pela norma, o que comprova a ineficiência do sistema de iluminação das salas de aula das escolas estudadas. Uma das salas da DCC obteve a menor iluminação da amostra: apenas 15,7 lux, enquanto outra sala da DCC atingiu 202,4 lux (a maior iluminação da amostra), mas que mesmo assim, se encontra a mais de 30% de distância da iluminação média regulamentar. É válido lembrar que há grande probabilidade do resultado da DCC ter sido superior ao das outras escolas por conta do horário da medição, feita apenas durante o dia (aproveitando a iluminação natural), dado que a escola não funciona no período noturno. B) Instalações Elétricas 1º Quadro de Medição: todos apresentaram boas condições físicas, com tampas adequadas e funcionando perfeitamente. Entretanto, o quadro da DCC não estava aterrado e em nenhuma das escolas o quadro se encontrava sinalizado. 2º - Quadro de distribuição: Na DCC, as cores dos fios dispostos nas saídas dos disjuntores não estão de acordo com as prescritas pela norma, os mesmos são de cor azul. O quadro de distribuição não possui nenhum tipo de barramento (fase, neutro e terra), mas mostra-se em boas condições físicas. Possui ambas as tampas, sem aterramento, sem sinalização, com disjuntores funcionando perfeitamente, abrigado e protegido contra intempéries e com condutores mal dispostos. UFPB-PRAC X Encontro de Extensão Na AT, apresentam boas condições físicas, com tampa de proteção bem fechada, aterrado, porém sem qualquer tipo de sinalização. Funcionando corretamente, estando abrigado dos fenômenos da natureza, com a instalação bem organizada, apresentando apenas um fio de isolação verde como condutor neutro quando este deve ser usado como condutor terra. Na FAC existem quatro quadros de distribuição em boas condições físicas, com as tampas em boas condições, entretanto estão sem aterramento, sem qualquer sinalização, mas protegido de intempéries. Em um dos quadros, há um disjuntor tripolar que está aquecendo. Os barramentos de neutro e de fase só existem em um dos quadros. Em outro quadro, podemos afirmar que há uma emenda de fios que provoca grande perigo. Na FC, o quadro está em boas condições físicas, porém, protegido por um pedaço de zinco à frente do mesmo, para evitar o desligamento indesejável por outras pessoas. Além de não estar sinalizado, apesar de funcionando, não está abrigado nem protegido por intempéries. Outros quesitos: Nenhuma escola apresentou iluminação de segurança, bombas antiincêndio, sistemas de alarme, sistema de exaustão de fumaça, circuito de reserva (gerador, solar ,etc.). Apenas a FAC apresentou um dispositivo que pode funcionar como desligamento de emergência, mas este não consiste em um DR. Conclusão A partir dos resultados obtidos, notamos a precariedade das instalações elétricas das escolas que foram o objeto de estudo deste projeto de extensão. Chama a atenção a obsolescência das instalações elétricas destas escolas, inclusive com presença de fios expostos e de disjuntores com aquecimento, além da ausência de itens básicos de segurança contra situações emergenciais (sistemas de alarme, iluminação de segurança e hidrantes). Ainda, constatou-se iluminação extremamente insuficiente destas escolas, a maioria das salas com poucas lâmpadas, e das poucas que têm, muitas estão queimadas; o que ainda dificulta mais a iluminação é: o uso de cores escuras, que refletem pouca luz, tanto nas paredes, como no piso e inclusive nos móveis das salas; a presença de sujeira nas luminárias, tetos altos demais, o que distancia muito a lâmpada do plano de trabalho (uma das escolas com pé direito de 4,00m). Casos descritos em nosso projeto atentam para a urgência da situação, suplicando a intervenção pelos órgãos competentes o mais rápido possível, antes que algum acidente grave aconteça em alguma destas instituições de ensino. Por último, é importante observar que melhorar as condições de segurança de uma escola, é melhorar a vida de várias pessoas dentro da comunidade na qual a escola está inserida, não só de professores, alunos ou funcionários, mas de todos aqueles que fazem uso da escola como ambiente social. Observar as instalações elétricas, dando um destaque interessante para iluminação, corresponde a cuidar para que a escola ofereça condições satisfatórias para todos aqueles que a utilizam. Não só para que essas pessoas não corram UFPB-PRAC X Encontro de Extensão riscos relativos a choques elétricos, mas também que os incômodos relativos à baixa luminosidade de uma determinada sala de aula não venham a prejudicar a utilização da escola pela comunidade. Referências NBR 5410; NBR 5411; NBR 5413; NBR 5382