UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE Treinamento Valorizando o colaborador e melhorando sua qualidade de vida, sendo um diferencial para o sucesso da organização. Por: Orides Ancile Macedo Junior Orientador Prof. Dr. Fernando Lima Rio de Janeiro. 2009 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE Treinamento Valorizando o colaborador e melhorando sua qualidade de vida, sendo um diferencial para o sucesso da organização. Apresentação Candido de Mendes monografia como à requisito Universidade parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão de Recursos Humanos. Por: Orides Ancile Macedo Junior. 3 AGRADECIMENTOS Ao nosso bom Deus, por tudo que somos e por tudo que temos. Ao meu saudoso pai Orides, a minha mãe guerreira Maria da Soledade, pelo amor, pela dedicação e pela perseverança em educar e formar homens de bem. Os meus irmãos Ana e Gustavo, a minha esposa Mônica, meu filho Gabriel e minha sobrinha Clarice. 4 DEDICATÓRIA Ao meu saudoso pai, a minha mãe, irmãos, esposa, filho e sobrinhos. Pela grande importância de vocês em minha vida. 5 RESUMO Este trabalho visa á importância e a influência de maneira positiva do treinamento e desenvolvimento na qualidade de vida do empregado, de forma que o mesmo sinta-se valorizado como empregado e o mais importante, como pessoa. Respondendo ele de forma positiva os investimentos feitos pela organização, a qual visa uma relação construtiva, produtiva e lucrativa para ambos. É importante para a empresa investir em treinamentos e desenvolvimento, preocupando-se também com a qualidade de vida do empregado na organização? A resposta é sim, pois estando o empregado motivado, satisfeito, sentindo-se valorizado e reconhecido pela organização, suas atitudes positivas influenciará sua vida dentro e fora da empresa, estando feliz, preparado tecnicamente e operacionalmente, desempenhara sua atividade laboral de forma eficiente. Podendo, visar uma carreira promissora dentro da empresa, almejando uma promoção para cargos de chefia com salários mais altos. Certamente o investimento em treinamento só trará benefícios, tanto para o colaborador, quanto para a organização, mas para que isso ocorra é preciso um RH operante e com condições materiais e humanas para fazer o que for necessário para melhorar o desempenho do empregado e da qualidade dos serviços e produtos da organização. Com uma visão sempre há frente. 6 METODOLOGIA Experiência pessoal, leitura de diversos livros, revistas, situações que foram observadas dentro de algumas organizações que não se preocuparam em investir em treinamento e desenvolvimento de seus empregados. Através de pesquisa pude observar que é muito importante para a sobrevivência da organização nos dias de hoje, investir em seus colaboradores e ter um departamento de Recursos Humanos eficiente e atuante. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I A Evolução do treinamento 10 CAPÍTULO II Métodos e técnicas de treinamento e desenvolvimento 24 CAPÍTULO III – Investindo e avaliando 39 os resultados do treinamento CONCLUSÃO 51 ANEXOS 52 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 60 ÍNDICE 62 FOLHA DE AVALIAÇÃO 63 8 INTRODUÇÃO É cada vez maior o número de organizações e indivíduos que buscam o aprimoramento pessoal, profissional e institucional. É imperativo esta busca por instrumentos, ferramentas e técnicas para um melhor posicionamento, uma melhor atuação. Este fato se dá, entre tantos outros motivos, em função: Do enfrentamento da competitividade e das adversidades do mercado; Da consonância que se deve ter com o mercado (até por uma questão de sobrevivência); De curiosos, consumidores e clientes cada vez mais exigentes e profissionais, De turbulências e incertezas internas e externas, do correto posicionamento diante da concorrência que também procura quase sempre sem alardes o aperfeiçoamento que necessita. É utópico o desejo de participar de um mercado (de pessoas e organizações) tão competitivo e seletivo de forma aleatória, sem um posicionamento e um planejamento estratégico, sem profissionalização em todos os níveis, sem estar municiado de informações e conhecimentos amplos. Em razão disto, uma das ferramentas mais importantes para o desenvolvimento humano e empresarial, e que cada vez mais vem se utilizando com frequência é, sem dúvida, o treinamento. É indispensável. Pessoas continuarão sendo o grande diferencial para qualquer empreendimento. Desta forma, não se deve "comprar" treinamentos apenas teóricos com pequena ou quase nenhuma aplicabilidade prática, apenas para engordar o "curriculum" ou ainda, para justificar a aplicação de uma "verba que está sobrando no orçamento". Treinamento não é sinônimo de passatempo. Tampouco é pacote. Deve ser encarado como um grande investimento, deve ser sob medida, atendendo 9 necessidades. As pessoas e as organizações devem atentar seriamente para isto. Faz-se necessário rigor de critérios ao selecionar e contratar instrutores e ou empresas para os treinamentos. É obrigação verificar: idoneidade de todos os envolvidos, "curriculum vitae" do consultor instrutor (constando e checando a formação acadêmica, o conhecimento e a experiência teórico prática com os resultados relevantes obtidos de suas atividades profissionais, o tempo de atuação no mercado, a sensibilidade aos valores culturais da localidade, etc.), a relação de pessoas e empresas atendidas e o nível de satisfação destas durante e pós–treinamento, o local a ser ministrado o treinamento (instalações, segurança, facilidade de acesso, estacionamento), avaliação da carga horária em função do conteúdo programático a ser ministrado, o número de participantes (recomenda-se para cursos de curta duração, teórico ou prático, um número máximo de 20 pessoas por turma), homogeneidade do perfil dos treinandos, recursos audiovisuais e didáticos utilizados, análise do preço cobrado (na maioria das vezes a opção pelo mais barato sai muito caro), coffee break oferecido, estrutura de apoio (pessoas envolvidas, ações que desenvolverão, comprometimento, processo de avaliação durante e após o treinamento). Após verificar com a exigência precisa as orientações acima ficará mais fácil decidir que rumo tomar para não perder tempo, dinheiro e muitas vezes, o conhecimento correto já adquirido. 10 CAPÍTULO I A EVOLUÇÃO DO PROCESSO DE TREINAMENTO E DESENVOLMENTO. O CONCEITO ...Deus é maior que todos os obstáculos. A prática do treinamento tem seu registro histórico desde a idade média, através da mão de obra de mestres artesãos que ofereciam seus conhecimentos aos seus aprendizes que desenvolviam suas habilidades. Com o tempo, sua formação era aperfeiçoada. O tempo era o fiel da balança no processo de educação e aprendizagem nos pequenos negócios, pois “o saber fazer” era metódico, vagaroso e sem muita diferenciação dos demais concorrentes. A estática da economia colaborava para que as pessoas não se preocupassem em melhorar rapidamente os próprios processos de fabricação. Na idade moderna, com a proliferação industrial, as divisões de trabalho e a necessidade de especialização da mão de obra, levavam as empresas a massificar os processos de aprendizagem técnicas e teóricas de suas equipes de trabalho. As máquinas se destacavam no mundo corporativo, e a sobrevivência profissional era apêndice para que melhor desempenhasse as funções operacionais condizentes a cada fluxo do processo produtivo. A Revolução Industrial veio sistematizar o processo de habilidade operacional dos trabalhadores nas máquinas e constrói o cenário para o aparecimento da empresa moderna e a legislação que ampara a relação de emprego. Foi através das transformações mundiais que se definiu o conceito de trabalhador e a importância do treinamento para a sobrevivência e a competitividade das empresas. 11 Foi durante a Segunda Guerra Mundial que surgiram a Energia Atômica e a Revolução Tecnológica, precedentes para o estímulo aos programas de formação profissional melhor planejado nas empresas. A sofisticação das máquinas e dos equipamentos começa a obrigar as empresas a investir em treinamento empresarial, sendo primordial para a qualificação do potencial humano e, conseqüentemente, fator de diferenciação no mercado competitivo. Nas décadas de 1950 e 1970, a economia mundial exigia que as empresas passassem a ter uma postura mais flexível e dinâmica, para se tornarem fortes no mercado. Com isso, as empresas procuravam ferramentas de gestão que sustentassem seus objetivos, de modo que os indicadores de desempenho fossem: 1. Melhoria da qualidade e da produtividade; 2. Redução dos custos com a produção; 3. Reestruturação dos processos produtivos; 4. Maximização do tempo; 5. Otimização dos recursos disponíveis; 6. Capacitação e a qualificação técnica das pessoas. Algumas ferramentas são exemplos deste contexto: a) Reengenharia, esta proporciona a reavaliação da empresa a partir da estaca zero e projeta a sua reconstrução com foco principal na base de seus modelos administrativos e de processos. Com isso é necessário trabalhadores mais qualificados, pois estes devem executar atividades diversificadas e com maior complexidade. De outro modo, há uma grande preocupação por parte da empresa em administrar a rotatividade de pessoas, além de proporcionar um clima favorável e valorização profissional para aqueles que continuarem, mesmo porque, a empresa precisa enriquecer o trabalho que agrega valor direto ao produto ou ao serviço prestado, sem prejudicar o fator lealdade e comprometimento por parte dos trabalhadores; b) Gestão da Qualidade Total (TQM, TQC), este processo considera a qualidade orientada tanto para os processos de trabalho quanto para a 12 satisfação do cliente final. Todas as pessoas são responsáveis pela qualidade de suas atividades, influenciando direta ou indiretamente nas atividades dos demais colaboradores do processo. Quando bem administrada e conduzida, provoca um efeito multiplicador de eficiência e eficácia na produtividade empresarial, e o treinamento focado na educação é uma das mais importantes variáveis de sucesso da qualidade que valoriza o controle, assegurando a confiabilidade e a segurança do planejamento executado; c) Programas japoneses de melhoria contínua, considera a atitude empresarial premissa básica para a atitude individual dos colaboradores, isto é, a organização que entende que a melhoria contínua é favorável para o fortalecimento das suas diretrizes, consegue estabelecer uma parceria com a sua equipe de trabalho. As pessoas possuem expectativas e querem enxergar os resultados concretos das suas atividades, e pelo exemplo da aprendizagem as pessoas podem proporcionar o enriquecimento do seu conhecimento em benefício mútuo, aplicando cada vez mais a melhoria no seu posto de trabalho. A conscientização antes da aplicação sem planejamento é o fator preponderante para a eficácia dos programas de melhoria continua. No novo milênio, as empresas começam aprender a rentabilizar o trabalho, de forma planejada, entendendo e implementando uma comunicação eficaz buscando melhorar o clima organizacional e incentivando o comprometimento das pessoas para o sucesso empresarial, profissional e pessoal. A formação da sociedade que busca o conhecimento dentro das empresas e o incremento do capital intelectual remetem a entender que a transmissão das idéias e o conhecimento são os pontos chave da Educação Corporativa. A criação de cursos profissionalizantes e a abertura de novas escolas técnicas, tecnológicas, de graduação e de pós graduação, contribuem ainda mais para a formação do profissional motivado dentro da empresa. Porquê treinar, quais as vantagens e os benefícios para a empresa e para os colaboradores? 13 O treinamento de pessoas proporciona o crescimento profissional e pessoal, tendo em vista o futuro do trabalhador e da empresa. Treinar pessoas é diferente de condicionar através de estímulos de recompensa. Treinar e conscientizar e desenvolver a capacidade das pessoas por meio de aquisição de novas linhas de raciocínio, técnico ou teórico, novas maneiras de comportamentos que venham proporcionar a continuidade no processo de empregabilidade. Os bons profissionais desejam aumentar a sua capacidade de aprendizado através do treinamento, pois sabem que podem evoluir na empresa e também no mercado de trabalho. As empresas que não percebem o valor desta iniciativa não conseguem o pleno comprometimento destes bons profissionais. O treinamento e o desenvolvimento devem ser projetados como esforço planejado e organizado para ajudar os profissionais e desenvolverem melhor suas capacidades dentro das estruturas empresariais. Além disso, as empresas devem reconhecer que elas são responsáveis por essa transformação, provendo recursos e informações necessárias para atingir os seus próprios resultados. 14 1.1 – Tendências Atuais. A proposta será analisar o conceito de formação profissional nas organizações, os aspectos de ensino e aprendizagem, os processos de tecnologia de informação. São algumas definições para entender, mediante um panorama histórico, tanto no Brasil como em outros países, a importância e a necessidade de se adotar uma política de treinamento e desenvolvimento sólido e sustentável. Atualmente, as empresas se preocupam muito com a sua imagem institucional e mercadológica, isso se faz com que encontrem novas alternativas para cada dia, melhorarem ainda mais a relação com os clientes e os fornecedores. Nota-se que não basta apenas ter um bom processo de Recrutamento e seleção, que venha trazer o candidato adequado ao perfil da vaga. É preciso ter algo mais que represente o fortalecimento e o comprometimento de ambos na relação de emprego e parceria, ou seja, a valorização dos aspectos de ética e moral do comportamento de ambos e o fortalecimento da aprendizagem contínua, primordial para a retenção de pessoas e a continuidade do negócio. “Descobri que as pessoas que atingiram o topo de suas carreiras foram aquelas que tinham um projeto definido, entregaramse a ele com entusiasmo e energia, e trabalharam duro para atingir os resultados desejados.” Harry Trumam. (apud. Fidélis, Gilson José: Treinamento e desenvolvimento de pessoas: Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008, P.05). As empresas sentem a necessidade de ouvir constantemente o seu cliente interno e externo, e, temendo falhar neste processo aberto de comunicação, buscam, por meio de monitoramento e avaliações constantes, identificar os seus pontos positivos e as limitações existentes no que se refere ao serviço de qualidade. É através de procedimentos planejados, delegando responsabilidades para as pessoas participarem, e avaliando resultados através de ferramentas gerenciais, que as empresas encontram soluções para 15 não apenas ter “o homem certo no lugar certo”, mas sim “ter o homem certo, qualificado, preparado e educado no lugar certo.” O treinamento e o desenvolvimento de pessoas e de carreira ganha, a cada dia, mais e mais força e adeptos entre os gestores empresariais. A relação entre o custo e os benefícios nesse processo é encarada como uma forma de atualização aos processos de mudanças administrativas, pois qualquer projeto com foco no desenvolvimento da empresa e conseqüentemente da pessoas será viável quando, justificado o benefício maior do que o custo do investimento por parte da empresa. Não obstante a isso, é importante que os gestores administrem esta viabilidade, procurando conhecer a sua força de trabalho com o auxílio da área de Recursos Humanos que concentra o maior número de informações, profissionais, disciplinares e pessoais de todo os trabalhadores da empresa. “Todas as pessoas recebem dois tipos de educação: uma que lhes é dada pelos outros e a outra, bem mais importante, que elas se dão a si próprias”. E. Gibbon. (apud. Fidélis, Gilson José: Treinamento e desenvolvimento de pessoas: Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008, P.05). Além do treinamento a motivação e a comunicação são importantes? São importantes sim, e muito que as pessoas estejam motivadas e que não fiquem esperando as coisas acontecerem. A capacidade de as pessoas se comunicarem com clareza e objetividade deve ser proporcional à sua inteligência e curiosidade por aprender, fatores que diferenciam os profissionais na empresa. A possibilidade de aprendizado contínuo deve ser encarado pelas pessoas como motivação associada à vontade de também trabalhar em equipe. Embora alguns estudiosos usem a palavra treinamento e desenvolvimento como ponto estratégico das empresas, ela também é muito utilizada apenas como fator de aprimoramento das competências e das 16 habilidades operacionais no momento presente. Isso dá margem a inúmeras controvérsias quanto à aplicabilidade correta dentro dos métodos utilizados nos modelos de gestão empresarial. Em um programa de treinamento eficaz, faz-se necessária uma mudança de atitudes e condutas, ou seja, mudanças comportamentais por parte das empresas e que tragam motivação ao trabalhador, fator indispensável de um programa que quer resultados rápidos e que forme uma consciência de aprendizado contínuo. Os trabalhadores motivados respondem rapidamente ao incentivo do treinamento e, mais ainda, buscam alternativas para que o treinamento se transforme em novas oportunidades de desenvolvimento para sua carreira na empresa. O treinamento motivacional é uma tendência contemporânea que incentiva o trabalhador a desenvolver competências, habilidades e atitudes pró ativas para seu próprio crescimento profissional. Segundo Marins: “Motivar é dar motivos para que uma pessoa cresça, vença as vicissitudes da vida”. (apud. Fidélis, Gilson José: Treinamento e desenvolvimento de pessoas: Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008, P.06). Mas qual é o maior impedimento para que um programa de treinamento motivacional não aconteça? Ou ainda: será que as empresas não entendem que pessoas motivadas respondem em produtividade e qualidade no trabalho? São indagações que levam a área de Recursos Humanos a buscar mecanismos para auxiliar na motivação das pessoas e equipes, manter um certo equilíbrio e coesão na elaboração de programas de qualificação profissional e a orientar a empresa e seus gestores nos melhores caminhos para alcançar os seus objetivos com as pessoas. “As grandes conquistas que são permanentes e não deixam remorsos são as que fazemos sobre nós mesmos”. Napoleão 17 Bonaparte. (apud. Fidélis, Gilson José: Treinamento e desenvolvimento de pessoas: Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008, P.06). Os profissionais precisarão ser mais inovadores e criativos e da mesma forma, as empresas precisarão criar oportunidades para que os trabalhadores não tenham receio em inovar. Num processo de evolução acelerada no mercado, a inovação é uma das prioridades em relação á racionalização de trabalho, pois uma nova idéia não basta se não for colocada em teste, ou seja, neste momento a eficácia é muito mais importante do que a eficiência nos resultados. A solução é investir em treinamento, inclusive no comportamental. Desde muito tempo já se observa no meio empresarial, discussões sobre a eficácia e o valor de se investir em treinamento e desenvolvimento de pessoal na área "comportamental" ou não técnica. Dentre as inúmeras explicações, já difundidas no meio empresarial, sobre os possíveis motivos para as falhas dos investimentos em treinamento e desenvolvimento de pessoal, as mais usuais são: - Falta de comprometimento da alta direção para com o investimento: ou seja, a cúpula da empresa, apesar de investir, não acredita muito na eficiência e nos resultados do investimento e, portanto, dá pouca credibilidade ao processo, emperrando assim a mudança. - Falta de foco do investimento nas reais necessidades e problemas: muitas vezes, o diagnóstico e identificação do problema real tornam-se tarefas caras e complexas. Isso faz com que muitos empresários, diante de um problema não esclarecido, optem por soluções "padrão", encontradas no mercado ou dentro da própria empresa, que nem sempre se adequam ao seu caso específico. - Falta de vínculo do investimento com o planejamento estratégia da empresa: muito freqüente, este problema é um exemplo de desarticulação estratégica tão evidente como fechar um contrato de longo prazo com um fornecedor de pregos quando, por força de mercado, estamos passando a construir artigos de metal ao invés de madeira. 18 - Dificuldades de mensuração do custo benefício dos investimentos: não podemos esquecer que a mentalidade em uso hoje, em grande parte das empresas, para se "medir" retorno sobre investimento e relações de custo benefício de uma forma geral, ainda é infelizmente, muito "financista" e pertence ao tempo da filosofia "industrial"; por motivos diversos, do qual não tenho a pretensão de abordar. Mas, parece claro que, a solução para o problema de mensuração dos investimentos na área de recursos humanos, meio ambiente e ação social, está muito mais próxima de uma mudança de mentalidade dos líderes que os apreciam e os deliberam, do que da invenção de uma nova metodologia de medição mais "precisa". Estes argumentos, que são verdadeiramente válidos e fazem muito sentido na prática das organizações, não são suficientes para explicar as aparentes incongruências do treinamento e desenvolvimento de pessoal. O desempenho geral de uma organização depende, basicamente, da interação entre duas variáveis sistêmicas: variável "individual" e variável "institucional". A variável individual, como o próprio nome descreve, está no âmbito do indivíduo que atua na organização. Ela diz respeito, principalmente, as atitudes e comportamentos dele em seu meio de trabalho, e o quanto isso pode influenciar ou sofrer influência coletiva. É o ponto focal absoluto dos treinamentos comportamentais que, por sua vez, pretendem aperfeiçoá-la. Esta variável contêm toda a experiência passada do indivíduo, responsável pelas expectativas, desejos e valores que ele traz para dentro da organização e, não obstante, sua experiência contemporânea nesta organização. Portanto, um fator importante, mas não o único capaz de influenciar ou alterar a estrutura da variável individual, é o convívio do indivíduo na organização em questão. Tudo que o indivíduo escuta, vê e sente dentro da empresa conta para esse convívio, e consequentemente molda a variável individual. Já a variável institucional é inerente ao sistema político-social da organização, ou seja, a forma com que ela arranja e organiza o trabalho das pessoas, a forma como ela remunera e compensa este trabalho, sua estrutura de poder, de comunicação, seus valores e cultura como organização. Tudo isso influencia, e muito, a variável individual, uma vez que determina formas e padrões de 19 comportamento, atitudes e valores individuais que são "aprovados" pela organização, ou não. Há, portanto, uma profunda interdependência (quase "orgânica") entre estas duas variáveis. Uma esta sempre pressionando a outra para obter um nível mais satisfatório para si, o que gera uma espécie de fricção social, uma "resultante" que, por sua vez, é a responsável pelo desempenho geral do sistema. Independentemente do que queremos como resultado do nosso investimento em treinamento e desenvolvimento de pessoal (produtividade, motivação, satisfação no trabalho, obediência, etc.), é necessário que, em primeiro lugar, consideremos esta interdependência. O problema ocorre quando se investe única e exclusivamente em ações de treinamento e desenvolvimento de pessoal sem preocupação com a variável institucional. As justificativas usuais para o fracasso deste tipo de investimento (apresentadas acima) são uma constatação de que este comportamento, infelizmente, é uma prática no meio empresarial. Inicialmente, todo investimento em treinamento e desenvolvimento de pessoal, se bem administrado, é capaz de alterar, ou melhor, sugerir mudanças à estrutura da variável individual. Mas, devido à forma com que a variável institucional está estruturada, tais mudanças não irão se efetivar da forma como desejamos que ocorra. Em outras palavras, os esforços de mudança na estrutura da variável individual, através de programas de treinamento e desenvolvimento, podem ser "combatidos" pelas condições da variável institucional, caso os propósitos de ambas não sejam sinérgicos, ou melhor, caso a interação entre elas não seja saudável. Em termos práticos, seria um total desperdício investir isoladamente em um programa de educação para o trabalho em equipe se a empresa em questão possui um sistema de remuneração variável que joga os indivíduos uns contra os outros. Da mesma forma, seria inútil conduzir um programa de desenvolvimento de criatividade aplicada isoladamente em uma empresa altamente centralizada e burocrática. 20 Porém, verificar o quando este resultado é insatisfatório pode ser bastante simples. As pessoas que passam por programas de treinamento e desenvolvimento, em circunstâncias como as citadas acima, normalmente experimentam o seguinte: - Fase da empolgação: todos estão excitados com os novos "insights" que receberam em suas seções de treinamento, bem como motivados a aplicar tudo que aprenderam no dia-a-dia do trabalho. Se bem conduzido, as pessoas terão a nítida impressão de que o treinamento foi "fantástico". - Fase de choque: quando retornam à realidade do trabalho, percebem que tudo o que pretendiam aplicar não passa de pura utopia; muitos passam a criticar esta realidade com base nos próprios conceitos e idéias absorvidos no programa. Há frustração é geral. - Fase de retorno às origens: após a frustração geral, as pessoas acabam por esquecer que aquilo que aprenderam pode ser empregado no trabalho e, quase que automaticamente, retornam à antiga mentalidade. Muitos podem também desenvolver uma visão generalizada sobre os programas de treinamento e desenvolvimento, taxando-os de fúteis ou hipócritas e gerar uma atitude altamente negativa de descrédito em relação a eles, capaz de destruir as iniciativas futuras. Desta forma, o investimento isolado em programas de treinamento e desenvolvimento de pessoal pode representar um desperdício muito maior de recursos do que poderia parecer inicialmente, quando exploramos as razões triviais do seu fracasso. Como evitá-lo então? A resposta não exclui os cuidados usuais como: garantir que haja apoio suficiente da alta administração, assegurar que o investimento esteja de acordo com a real necessidade e direção estratégica da empresa e que eles sejam "ortodoxamente" mensuráveis e aferíveis. Mas, acima de tudo, deve-se preocupar em trabalhar sobre a variável institucional, com a mesma naturalidade que se trabalha sobre a individual. Se percebermos que determinados programas de treinamento e desenvolvimento não estão produzindo a mudança esperada em nossa 21 empresa, devemos investigar a interação entre as duas variáveis para verificar qual é raiz de tal ineficiência. Muitas vezes, os problemas podem ser solucionados ou reduzidos a partir de mudanças na variável institucional, não precisando passar, necessariamente, por ações de treinamento e desenvolvimento. A mudança pode ser provocada de duas formas nas empresas: através de alterações na variável individual ou institucional. Mas, sempre que não houver coerência entre elas, a mudança simplesmente não se efetivará. Nos casos de planos ousados de mudança organizacional, faz-se necessário, sem dúvidas, uma atuação conjunta e estruturada em ambas. Portanto é importantíssimo investir em treinamento, mas observando cada caso com a sua importância devida, ou seja, a sua aplicabilidade na prática da atividade exercida e os resultados que devem ser eficazes e satisfatórios para ambos, indivíduo e empresa. 22 1.2 – Desafios Gerenciais Na esfera empresarial, o processo de treinamento e desenvolvimento é largamente utilizado considerando como fator principal, os objetivos e metas do planejamento estratégico das empresas. O sistema estratégico empresarial que congrega a inter relação entre trabalho, ciência e tecnologia, deve ser comprometido no contexto econômico, político e social em seus múltiplos fatores. Devemos considerar que a educação profissional, desde a sua mais remota origem, sempre foi reservada às classes menos favorecidas, distinguindo-se, aqui as populações que produziram o saber (atualmente, o ensino fundamental, médio e superior), e as que executavam as tarefas operacionais e de planejamento (educação profissional). MACHADO (1982), relata que: “o termo educação profissional origina-se do Império, pois os primeiros projetos de lei, visando a instituir o ensino de artes e ofícios e preparar o povo brasileiro na educação profissionalizante surgiram em 1826”. Em 1953, diversos autores clássicos da área de Administração, reunidos em Istambul, definiram a palavra treinamento como “parte da educação que uma pessoa pode receber numa escola ou não, antes ou depois do emprego, e vai ajudá-la a desempenhar bem as suas tarefas profissionais (Pimentel 1966)”. Para CHIAVENATO (2004), “o treinamento é um tipo de educação especializada que, aplicada no âmbito organizacional, busca dar competências profissionais aos indivíduos”. A prática de treinamento empresarial provoca uma sinergia altamente positiva ao traduzir a teoria para a prática das organizações, confrontando a 23 experiência profissional e a social em um processo de aprendizagem, em que o conhecimento se transforma em múltiplos de habilidades. O desenvolvimento do profissional ocorre por meio de vários processos de aprendizagem, adquiridos na educação formal e continuada. As práticas e as políticas de Recursos Humanos que valorizam o treinamento e desenvolvimento de pessoas e carreira ainda são muito recentes. Os novos conceitos oferecidos pelas empresas de segmentos industriais e comerciais, ao meu ver ainda caminham a passos lentos. Pode-se perceber uma melhora significativa nas atividades de qualificação educacional e profissional dos trabalhadores. Mesmo que as práticas de Recursos Humanos ainda estejam voltadas a uma realidade organizacional, em que o produto final pode ser mensurado por gráficos de produtividade, a evidência concreta é que o mundo corporativo já assimilou essa onda de transformação e que, aos poucos, as empresas irão aderir e encontrarão melhores soluções para alcançar os resultados esperados. Mensurar os benefícios em qualidade de vida, saúde, segurança, oferecidos pelas empresas ainda é o grande desafio para os gestores e a área de Recursos. Nesse contexto, encontrar soluções para motivar, qualificar e educar seus trabalhadores torna-se um desafio maior para ambos. Os gestores realizam suas atividades por meio da força da equipe em que estão inseridos, tomam decisões, planejam seus objetivos comuns delineados pela empresa. Podemos verificar que os gestores também são responsáveis pela motivação dos trabalhadores, pois dirigem as atividades de outras pessoas, precisam estar abertos ao processo de comunicação para administrarem os conflitos e adversidades entre as pessoas e ou equipes, e isso também é o grande desafio para a liderança empresarial. 24 CAPÍTULO II MÉTODOS E TÉCNICAS DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO O pensamento estratégico mostra que a informação tem uma relação estreita com as incertezas sobre a trajetória pessoal e profissional das pessoas. Analisando a evolução da área de Recursos Humanos, estamos vivenciando momentos cada vez mais voláteis em relação às certezas de capacitação do trabalhador no seu posto de trabalho. Os gestores da área de Recursos Humanos estão cada vez mais sensíveis quanto à capacitação de sua força de trabalho. Os trabalhadores capacitados não permanecem assim por muito tempo, as mudanças que aparecem a todo instante, sejam elas organizacionais, sejam nas pretensões e ansiedades das pessoas, refletem na necessidade imperiosa de procurar novas técnicas para o aprimoramento contínuo da condução de treinamentos e desenvolvimento de carreira dentro e fora das empresas. As organizações investem tempo e dinheiro com seus trabalhadores para acompanhar a evolução do mercado e a concorrência, que não se cansa em mostrar suas garras. As habilidades das pessoas são efêmeras e o treinamento contínuo é ferramenta essencial para dificultar esse processo perecível. As empresas necessitam de trabalhadores hábeis e comprometidos com o negócio, produzindo mais em menos tempo e com a qualidade necessária para atender as necessidades dos clientes e fornecedores. Diante disso, as empresas não dispõem de alternativas quanto a não treinar os seus trabalhadores, é uma questão prioritária do planejamento estratégico que eleva a responsabilidade da área de recursos humanos em procurar soluções viáveis para atingir estas expectativas de investimento. 25 As organizações investem em treinamento, preocupadas em melhorar a sua produtividade, diminuir os seus custos, vender mais e melhor e ao mesmo tempo melhorar as condições de vida dos trabalhadores nas suas habilitações e recompensas. A consistência dessas práticas administrativas favorece um ambiente de desafios e motivação para os trabalhadores enxergarem estas possibilidades de aprimoramento profissional, o papel das empresas além de outros é o de desenvolver pessoas e se intuito não for atingido, o fracasso é certo. Em um processo evolutivo, a área de Recursos Humanos e os gestores são os responsáveis pelo diagnóstico das necessidades de aprimoramento profissional, levando em consideração vários instrumentos formais e informais eu auxiliam na formatação de um plano de ação para o treinamento de pessoas. – O Treinamento Profissional. Treinamento significa aprimorar os conhecimentos teóricos e práticos e qualificar o trabalhador para desempenhar, com maior produtividade, as suas atividades atuais. Vejamos algumas definições de treinamento: O treinamento pode incluir tudo, desde o ensino básico de leitura até cursos avançados de liderança. (ROBBINS, 2005, P. 401). Quase sempre o treinamento tem sido entendido como processo pelo qual a pessoa é preparada para desempenhar de maneira excelente as tarefas específicas do cargo que deverá ocupar. Modernamente, o treinamento é considerado um meio de desenvolver competências nas pessoas para que elas se tornem mais produtivas, criativas e inovadoras a fim de contribuir melhor para os objetivos organizacionais. (CHIAVENATO, 2004, p. 338). 26 Treinamento é um processo sistemático para promover a aquisição de habilidades, regras, conceitos ou atitudes que resultem em uma melhoria da adequação entre as características dos empregados e as exigências dos papais funcionais. (MILKOVICH, 2000, p. 338). Treinamento é um processo de assimilação cultural em curto prazo, que objetiva repassar ou reciclar conhecimentos, habilidades ou atitudes relacionadas diretamente à execução de tarefas ou a sua otimização no trabalho. (MARRAS, 2002, p. 145). Como pode se verificar, o treinamento provoca o desenvolvimento profissional, essencial para que o trabalhador se conscientize da importância de adquirir conhecimentos, desenvolver habilidades, equilibrar suas atitudes e suas características pessoais necessárias para a realização e um trabalho de eficácia. É importante que as organizações percebam o valor de avaliar os resultados obtidos em um processo de treinamento. Não basta prover recursos de treinamento para um ou mais trabalhadores, sem que haja um planejamento estratégico por trás. A área de Recursos Humanos é responsável pelo planejamento das necessidades de treinamento na organização. Fazendo uma análise das responsabilidades da área de Recursos Humanos, podemos evidenciar: ● A conscientização: é um dos atributos da área que administra as pessoas, procura desenvolver uma consciência proativa entre os trabalhadores, incentivando-os quando necessitarem de esclarecimentos sobre as políticas da organização. A área de Recursos Humanos é a fonte de informações, um canal aberto e disposto a ouvir. ● A orientação: outra vantagem para a empresa é quando os trabalhadores estão dispostos a receber informações. Muitas empresas acreditam que o superior imediato é a melhor fonte de orientação do 27 trabalhador, mas, pela sua característica humanística da área de Recursos Humanos, a sua sensibilidade ajuda o trabalhador a encontrar caminhos dentro da organização. ● A informação: os dados, que são registros isolados, são armazenados, compartilhados e processados de forma correta, transformam-se em informação, vantagem competitiva da área de Recursos Humanos, que concentra o maior número de informações, incluindo registros da vida financeira, disciplinar e social de todos os trabalhadores da empresa. ● Clima organizacional: a área de Recursos Humanos é responsável pela administração do clima da organização, analisando o grau de satisfação e insatisfação dos trabalhadores, e também os riscos que a organização corre em relação aos apontamentos e ás conclusões das informações recebidas. O fato é que o treinamento é um dos importantes processos da área de Recursos Humanos. Deve ser bem planejado, levando em consideração todas as características da organização e não somente as dos cargos, bem organizado, com pessoas capacitadas que conseguem discernir entre o que é realmente importante para organização, sem deixar levar pelos imediatismos, bem dirigido, ou seja, responsável pela condução das diretrizes e bem controlado, em que a avaliação dos resultados seja fator crítico do sucesso do plano geral. Não basta apenas operacionalizar um processo, é preciso, também, a partir de uma necessidade, avaliar os resultados esperados ao longo de um período determinado. - Tipos de Treinamento Existem algumas categorias de treinamento. Dentre elas, podemos citar: ● Informal sobre a atividade: aquele que não é planejado ou estruturado. Geralmente, o gestor do departamento destaca um trabalhador que possua uma experiência maior, um “tempo de casa” maior, para prover recursos 28 práticos para outro trabalhador e, com isso, prepará-lo para desenvolver suas atividades com maior produtividade. ● Formal sobre a atividade: aquele que é planejado e estruturado, onde existe uma sistemática aplicada ao treinamento para que possa haver registros do início e evolução dos resultados do treinamento no posto de trabalho, por meio de documentos e observação. ● Linguagem e escrita: muito se tem notado que grande parte dos conflitos e desentendimentos entre os trabalhadores e a organização é evidenciada pela falta de um processo claro de comunicação. Em muitos casos, percebemos um grande número de organizações que possuem poucos trabalhadores que são alfabetizados ou que concluíram o ensino fundamental, situação que pode não viabilizar um planejamento eficaz de treinamento. As organizações precisam se preocupar com esse fator e proporcionar, caso seja oportuno, condições para que os trabalhadores exercitem a linguagem e a escrita. Os trabalhadores, por sua vez, precisam também ser orientados e incentivados a buscar a auto capacitação, como por exemplo: exercitar cálculos matemáticos quando seu cargo requerer operacionalização de controles numéricos. Cultivar o hábito da leitura para conseguir interpretar ou redigir documentos, desenvolver o hábito do diálogo para possibilitar o trabalho em grupo. O conhecimento técnico é outro aspecto importante que proporciona um diferencial entre organizações que crescem e são competitivas, e outras que querem crescer, mas não sabem por onde. Com o avanço das tecnologias e a rapidez no comportamento do consumidor, as organizações vem investindo em treinamento de capacitação técnica, muito mais que antes. Um fator importante que vem se destacando no momento é que antes as organizações enviavam seus trabalhadores para consultorias, centros formação técnica ou escolas, para adquirirem conhecimentos e habilidades, atualmente com a informática, consegue-se levar o treinamento para dentro da organização. O treinamento na organização mudou a visão de que o curso 29 abrangente era ideal para uma visão generalista do processo, e sim que o curso preparado para a realidade da organização se torna muito mais eficiente e rápido, condição essencial para a sobrevivência e competitividade das organizações. Outro fator importante é o ensino a distância (EAD) que facilita o aperfeiçoamento técnico dos trabalhadores. Eles por meio de um computador conseguem dispor de material de sala aula em precisar estar em uma sala de aula, podem ter o apoio de professores sem sequer vê-los e avaliar os resultados por meio de provas e simulados preparados pelos professores virtuais. Temos que ressaltar que existem dificuldades com essa técnica de ensino, pois a falta de do compartilhamento de idéias e experiências das pessoas numa sala de aula, a falta de interesse e disciplina quando de frente para um computador, ausência de um professor e por ser um processo de aprendizado relativamente caro, se comparado aos meios tradicionais de treinamento. O Relacionamento deve ter uma atenção especial do gestor, pois a gestão dos relacionamentos visa orientar os trabalhadores para que compartilhem: conhecimentos, habilidades, projetos pessoais e profissionais, ouçam bem as pessoas e tirem o maior proveito das informações recebidas. Muitos trabalhadores não possuem a facilidade de se relacionar uns com os outros, e parte dos conflitos existentes nas organizações é reflexo da diversidade de opiniões e posturas no posto de trabalho. As organizações precisam de trabalhadores que interajam individualmente, em grupos e com os superiores, desenvolvendo suas habilidades para trabalhar eficazmente com seus colegas. O treinamento para este fim procura capacitar os trabalhadores a transmitir suas idéias de maneira clara e pertinente, ouvir as opiniões e críticas de forma imparcial e sem restrições, provocar o debate para uma convergência organizacional e não pessoal. A organização também deve reconhecer as limitações existentes e incentivar o aperfeiçoamento contínuo do aprendizado sobre o relacionamento inter pessoal. 30 Proatividade na solução de conflitos, em muitos casos, os trabalhadores não são incentivados a participar das decisões organizacionais, muito mais por medo de que não entendam a “autonomia” delegada, do que pela possível capacidade de externar ótimas soluções para possíveis problemas ou conflitos. As organizações passam por problemas de conflito diariamente, sejam por relacionamento, interpretação da comunicação ou por falta de motivação. Os trabalhadores quando executam tarefas rotineiras precisam receber treinamento para administrar conflitos no seu dia a dia no trabalho. Quando esses trabalhadores não possuem esta habilidade, é necessário que recebam treinamento para diagnosticar o conflito, dar tratamento imediato à causa do mesmo e decidir qual é o melhor remédio para o esperado efeito e avaliar os resultados obtidos. O efeito deste treinamento é importante para as organizações que planejam grupos de trabalhadores que entendam a estratégia como forma de sobrevivência e competitividade. Esta abordagem foca do treinamento tradicional, onde a importância é destacada no aprimoramento das atividades atuais dos trabalhadores e da organização, para estratégica, que evidencia o tratamento psicológico do comportamento humano nas organizações e a forma com que ela identifica as oportunidades de crescimento no mercado, aliado ao desenvolvimento técnico e teórico da força de trabalho. 31 2.1 – Critérios para a Elaboração de Treinamento Segundo Chiavenato, (2004, p. 346), a necessidade de treinamento pode ser observada por meio de alguns indicadores. Eles podem ser: ● Na admissão de pessoal: quando as pessoas são admitidas, há a necessidade de orientações quanto ás atividades que envolvem o seu cargo dentro daquela organização. Existem empresas que usam o treinamento formal e outras o informal. ● Na redução de funcionários: quando a empresa precisa enxugar o seu quadro de funcionários, deve treinar os que não foram demitidos para executarem atividades daqueles que foram dispensados. ● Na atualização de equipamentos e tecnologias: exige-se treinamento para as pessoas saberem lidar com equipamentos de forma adequada, ou, quando necessário, a organização precisa prover recursos de treinamento para que seus trabalhadores aprendam a lidar com novas soluções tecnológicas. ● No lançamento de novos produtos ou serviços: toda vez que uma empresa lança um novo produto ou serviço precisa providenciar o treinamento, de acordo com o cargo, para as pessoas conhecerem e saberem como trabalhar esse novo produto. ● Desperdício: é necessário treinamento para a utilização adequada dos recursos materiais e maximizar o tempo disposto. ● Elevação do número de acidentes de trabalho: muitas vezes os acidentes estão relacionados com a falta de conhecimento ou de habilidade em lidar com certos equipamentos. ● Queixas no atendimento ao cliente: pode ocorrer porque o funcionário sabe como atendê-lo. No processo de treinamento é importante levar em consideração: 32 ● O levantamento das necessidades do treinamento: buscam-se dados quanto ao problema detectado, aos objetivos do treinamento, ás competências que estão faltando, entre outros mais. ● A elaboração e definição do treinamento: quem será treinado? Em quê? Onde? Quando? Qual horário? Quanto tempo? Qual material didático a ser utilizado? Quem ministrará o treinamento? O custo do treinamento? ● A aplicação: colocar em prática o que foi elaborado e definido na elaboração e na definição do treinamento. ● A avaliação dos resultados tangíveis: procura-se comparar a situação atual com a anterior para averiguar se houve resultados positivos. Inclui-se também, a relação custo x benefícios. ● A avaliação dos resultados comportamentais: os resultados comportamentais são fatores críticos do sucesso da estratégia organizacional, avaliando o clima antes e depois do treinamento, por meio de medição da participação e interesse dos funcionários nos objetivos da organização. O gestor é a pessoa responsável por medir esses resultados, analisando a iniciativa dos trabalhadores em relação às metas estipuladas ou esperadas. Os indicadores mais freqüentes de resultados positivos do treinamento são: o aumento da produtividade, melhoria da qualidade dos resultados, redução de custos, modificação de atitudes, aquisição de novos conhecimentos, aumento das habilidades, redução de acidentes, melhoria no clima organizacional, a satisfação e o orgulho do empregado em fazer parte da organização e a melhoria na sua qualidade de vida, entre outros. No processo de treinamento alguns aspectos devem ser considerados, entre eles a prática, por exemplo, sem ela não há como mudar o comportamento. Aplicar o que se aprende é fundamental e a prática aumenta o desempenho. O treinamento envolve mudanças de comportamento, hábitos, atitudes, conhecimentos e destrezas, portanto, envolve processos de aprendizagem. O treinamento é diferente de aulas e informações, pois envolve, necessariamente, a mudança comportamental e a aplicabilidade do que se aprendeu. 33 Outro fator importante é o reconhecimento imediato pelo esforço no aprendizado, as pessoas respondem melhor ao treinamento quando é reconhecida imediatamente a mudança do comportamento. O treinamento quando não é bem receptivo, ou não é incorporado como positivo pelo trabalhador, deve cessar e avaliar os motivos, em alguns casos, a falta de interesse do trabalhador pode culminar com a própria demissão. Quando o caso for por falta de perícia da organização no preparo do treinamento, o trabalhador se sente desmotivado e, com isso, o processo não consegue atingir o resultado esperado. Portanto, é necessária uma reavaliação do tipo e do método utilizado no treinamento, para atingir o resultado proposto no planejamento. O treinamento deve ser dado por profissionais especializados naquele assunto proposto e ser adaptado ao publico, considerando seus cargos e o nível de instrução para usar uma linguagem pertinente no ato do treinamento. 34 2.2 – Desenvolvimento de pessoas e carreira. O Desenvolvimento de Pessoas e Carreira, embora o treinamento e desenvolvimento caminham juntos, e muitas vezes façam uso das mesmas técnicas, seus objetivos são diferentes. O treinamento é pontual e está relacionado com uma carência a ser suprida naquele cargo, naquele momento. O desenvolvimento de pessoas e carreira visualiza as possíveis alterações e mudanças futuras e tem como objetivo manter as pessoas atualizadas e propensas a seguir os caminhos de sua carreira profissional. O crescimento e o auto gerenciamento de carreira é visto por parte das empresas como uma oportunidade e um dinâmico acesso para o crescimento durante a vida profissional dos trabalhadores. É um aprendizado individual, do grupo, dos superiores e daqueles que orientam a carreira, pois adicionando a tudo isso, os trabalhadores poderão vislumbrar possibilidades e desafios, desfrutando da melhor forma possível o planejamento estratégico da empresa. A orientação adequada de carreira dos trabalhadores com o foco na cultura e nos valores da empresa proporciona motivação e a percepção dos cuidados com as pessoas. Estas, com maior facilidade, poderão assumir responsabilidades e colocar suas competências e habilidades em prática com constância de propósitos. O desenvolvimento está voltado ao crescimento pessoal do trabalhador em direção à carreira futura e não ao cargo atual. “O treinamento prepara o homem para o desenvolvimento de tarefas específicas enquanto um programa de desenvolvimento gerencial e oferece ao treinando uma macrovisão do Business, preparando-os para vôos mais altos. Em médio e longo prazos”. (MARRAS, 2002, p. 167). “Desenvolvimento é o processo de longo prazo para aperfeiçoar as capacidades e motivações dos empregados a fim de torná-los futuros membros 35 valiosos da organização. O desenvolvimento inclui não apenas o treinamento, mas também a carreira e outras experiências”. (MILKOVICH, 2000, p. 338). Os métodos mais comuns de desenvolvimento de pessoas e carreira são: ● Participação em palestras, seminários, debates sobre temas atuais que envolvem: política, economia, marketing, inovações tecnológicas, melhoria contínua na escrita, na fala e nos comportamentos dentro e fora das organizações, entre outros que garantam a atualização profissional. ● Job rotation ou rodízio de cargos: a pessoa passa um período em outros setores da organização que não o seu. A rotação de cargos representa um aprendizado substancial das atividades que fazem parte direta ou indiretamente de sua especialização profissional no momento. ● Acompanhamento: o trabalhador pode ser encaminhado para exercer outras atividades, com o papel definido de adjunto ou auxiliar de outro parceiro da organização, absorvendo conhecimento e auxiliando no exercício das atividades. ● Coaching: o termo coach refere-se a professor particular que treina para as competições. É aquele que ensina as jogadas e estratégias, ensaia, acompanha a prática e avalia resultados. Coaching são sessões de aconselhamento, feitas, geralmente por um consultor de carreira que acompanha o desenvolvimento de um profissional. É focado no desenvolvimento do trabalho e nos resultados operacionais, em reuniões juntamente com o seu superior hierárquico para discussões sobre desempenho e desenvolvimento. O gestor orienta o trabalhador para desenvolver continuamente a sua posição atual e também atividades superiores, fornecendo feedback para que suas realizações aconteçam de forma sistêmica, de curto, médio e longo prazo. ● Mentoring: profissional com experiência e habilidade em relacionamento, que passa aos outros novas idéias sobre trabalho e carreira 36 sob a forma de atenção e amizade. O mentor é uma espécie de monitor, uma pessoa que orienta, aconselha e aponta direções. O foco de seu trabalho está no desenvolvimento da pessoa e de sua carreira futura. Geralmente, o mentor adota um funcionário que apresenta algum potencial. O acompanhamento do mentor torna o profissional mais aberto à mudança, encoraja a criatividade e a inovação. ● Educação continuada: cursos de aperfeiçoamento referentes à atividade do funcionário, à humanização dos pensamentos, aos cursos de especialização acadêmica e profissional, às leituras continuadas, ao aperfeiçoamento dos conhecimentos e das habilidades. ● Educação corporativa: muitas empresas têm criado suas próprias “Universidades” com o objetivo de manter seus funcionários constantemente atualizados. A educação corporativa é diferente da tradicional porque, esta forma pessoas para o mercado de trabalho, ao passo que, aquela forma pessoas e especialistas para atender às necessidades daquela organização. A maioria das empresas que adotam a educação corporativa são grandes empresas que não têm salas de aula, dão seus cursos à distância e fazem uso da vídeo conferência. Outras atrelam a promoção de pessoal ao número de cursos feito pelo trabalhador. Por ser um trabalho contínuo, prepara as pessoas para as mudanças. ● Plano de sucessão: planejamento do desenvolvimento gerencial como parte do planejamento estratégico da empresa, identificando posições, assegurando a permanência de talentos e desenvolvendo competências e habilidades para oportunidades futuras. “O desenvolvimento de pessoas está intimamente relacionado com o desenvolvimento de carreiras. Carreira é uma sucessão ou seqüência de cargos ocupados ao longo de sua vida profissional. A carreira pressupõe desenvolvimento profissional gradativo e cargos crescentemente mais elevados e complexos. O desenvolvimento de carreira é um processo formalizado e seqüencial que focaliza o planejamento da carreira futura dos funcionários que 37 têm potencial para ocupar cargos mais elevados”. (CHIAVENATO, 2004, p. 374). Cada funcionário deve ter um conjunto de qualificações, atributos e conhecimentos para desenvolver a sua carreira. Esse conjunto diz respeito às conquistas e realizações que, de maneira concreta, viabilizaram o crescimento da empresa, seja em termos de melhoria de processo ou em termos de rentabilidade financeira. Atributos e conhecimentos são competências que as empresas buscam nos funcionários. As competências podem ser observadas diariamente em situações em que o funcionário é avaliado. Entretanto, é importante que o funcionário não só se especialize em uma determinada atividade ou processo, mas também conheça suas generalidades, aquilo que impacta direta e indiretamente sobre o resultado do seu trabalho. Cabe a empresa identificar as oportunidades futuras de desenvolvimento de carreira para atender os seus objetivos futuros, proporcionar uma comunicação clara com seus trabalhadores sobre os seus objetivos em relação ao desenvolvimento de carreira, oferecer programas de treinamento para potencializar as capacidades dos trabalhadores, aconselhar os chefes sobre a utilização de ferramentas de avaliação de desempenho dos trabalhadores. Cabe ao gestor: disponibilizar recursos e informações para os trabalhadores aprimorarem suas habilidades e suas competências, selecionar os trabalhadores viáveis para as vagas sob sua responsabilidade, aconselhar sobre o planejamento de sua carreira na organização, avaliar a entrada do trabalhador na nova etapa de sua carreira. Cabe ao trabalhador: reconhecer os seus pontos fortes, ou seja, habilidades e competências, identificar as suas limitações profissionais, decidir seus objetivos profissionais em detrimento dos objetivos organizacionais, buscar informações e recursos com seu chefe sobre as ações existentes na organização para desenvolver sua carreira, escolher as opções existentes na organização para desenvolver sua carreira, escolher a opção desejada de 38 acordo com os seus interesses e seguir as normas apresentadas pela organização. Podemos concluir que o desenvolvimento pessoal é fundamental para o sucesso da empresa, transformando o potencial em real produtividade dos trabalhadores. Toda a iniciativa de orientação de carreira (entre elas o treinamento), precede de apoio para o crescimento do desenvolvimento organizacional, ajudando a construir o futuro de maneira organizada, com ferramentas de desenvolvimento. As empresas utilizam diversas ferramentas e formas para orientar as carreiras de seus talentos internos, porém o importante é oferecer oportunidades de desenvolvimento sustentável, identificando o lugar apropriado para as práticas aprendidas. O trabalhador deve ser incentivado a mostrar o seu melhor na atividade de especialidade, e também em outras que potencialmente possa dirigir esforços. 39 CAPÍTULO III INVESTINDO E AVALIANDO OS RESULTADOS DO TREINAMENTO O controle dos recursos investidos em treinamento nem sempre vem representando um objetivo de aprendizado e produtividade. Várias empresas não conseguem identificar o retorno sobre o investimento aplicado, e dessa forma, muito se gasta e pouco se obtém de resultados positivos. As empresas precisam criar mecanismos ou ferramentas objetivas de controle para mapear o conhecimento absorvido em um treinamento. Deixar de controlar apenas com instrumentos de questionários é o primeiro passo para sistematizar a aprendizagem e conhecer realmente as competências e as habilidades adquiridas em uma sala de treinamento. Os empresários necessitam de resultados tangíveis para acreditarem no processo, o profissional de Recursos Humanos é o responsável em transformar em números a evolução do aprendizado intangível, e isso requer maior atenção e responsabilidade. Segundo Chiavenato (2004), “uma empresa inteligente é aquela que administra os seus recursos empresariais (máquinas, equipamentos, instalações e etc.)”. As empresas perceberam que o investimento em treinamento para os seus trabalhadores, se bem planejado, garante resultados otimistas, e é o grande tesouro para a área de Recursos Humanos. Os objetivos organizacionais e os objetivos da área de Recursos Humanos devem estar alinhados em um objetivo comum: são decisões estratégicas onde a variável aprendizagem segue as mudanças internas e externas, ou seja, são aspectos 40 relevantes para a sustentação da estrutura das políticas da área de Recursos Humanos. Tanto o Treinamento quanto o desenvolvimento de pessoas e carreira constituem condição básica do desenvolvimento organizacional e diferencial de sobrevivência e competitividade no mercado corporativo. Muitas organizações utilizam o treinamento e desenvolvimento com o objetivo de capacitar o aprendizado de novas competências e habilidades, focando a multidisciplinaridade. Isso, de certo modo, pode criar uma intensidade de treinamento maior que as necessidades presentes, podendo ocorrer, também, um desgaste no relacionamento entre o trabalhador e a organização, visto que, nem sempre as novas competências e habilidades podem ser utilizadas conforme as expectativas criadas entre as partes. Uma empresa pode confundir capacitar com treinar, mas há diferenças, tornar capaz possui uma base temporal maior entre o aprendizado individual ou coletivo do trabalhador, para desenvolver novas competências, habilidades e aplicá-las na organização. Treinamento, por sua vez, é um instrumento que aumenta o conhecimento teórico e prático do trabalhador para ser utilizado, imediatamente, no seu posto e trabalho. O treinamento e o desenvolvimento podem transformar as pessoas de simples coadjuvantes do processo de desenvolvimento organizacional, em agentes de mudanças pessoais e profissionais, conduzindo a empresa a alcançar seus objetivos estratégicos. O respectivo cenário integra os objetivos do treinamento e desenvolvimento de pessoas e carreira aos objetivos estratégicos da organização, inclusive por meio de pesquisas que apontam resultados significativos em relação ao aperfeiçoamento de diversas áreas do conhecimento, habilidades e comportamento de seus trabalhadores, que demonstram profissionalismo diante das propostas da empresa. A empresa que valoriza o aprendizado dos trabalhadores estará valorizando o atendimento dos seus clientes e parceiros do negócio. Caso a chefia perceba a evolução e a credibilidade em suas decisões, a equipe sentirá 41 os reflexos e cada integrante fará de seus esforços os motivos para o seu desenvolvimento individual. Um fator que merece uma atenção especial tanto por parte da empresa quanto dos gestores é a resistência a mudanças por parte dos trabalhadores que não estão conscientes dos resultados positivos do treinamento. Em muitas situações, o treinamento é implementado apenas para modificar processos ou operacionalização e manuseio de máquinas e equipamentos, a falta de uma comunicação clara ou uma prévia conscientização dos motivos de tais mudanças pode causar conflitos naqueles que não estão preparados para a inovação. O treinamento deve considerar os fatores técnicos e comportamentais das envolvidos no processo de mudança na organização, pois vale lembrar que toda mudança causa, invariavelmente, certo desconforto e insegurança. Portanto, para que o treinamento atinja os resultados esperados, é necessário que os gestores se preocupem com a vontade do trabalhador em querer absorver o aprendizado, reciclar conhecimentos, melhorar suas habilidades e estar favorável às mudanças. Também será positivo perceber o objetivo final a ser alcançado. Dessa forma, o treinamento, quando é planejado sistematicamente e focado no contexto organizacional e profissional do trabalhador, transforma-se de um meio para capacitar e suprir carências de conhecimentos, habilidades e atitudes, para um modelo de gestão estratégica, que compartilha as expectativas da organização e os projetos de vida pessoal e profissional do trabalhador. Segundo Salas e Cannon-Bowers (2001), as etapas necessárias para a realização de um treinamento eficaz referem-se a: ● Condições antecedentes ao treinamento (características individuais, motivação para o treinamento, pré- condições ambientais); 42 ● Métodos de treinamento e estratégias instrucionais (aprendizagem específica, tecnologia de ensino e treinamento á distância, jogos e treinos baseados em simulações, equipes de treinamento). ● Condições pós- treinamento (avaliação do treinamento e transferência de treinamento, manutenção e generalização do comportamento). Segundo Rocha (1998), o diagnóstico das necessidades de treinamento e desenvolvimento é condição básica para a empresa alcançar os seus objetivos. Executivos utilizam o treinamento como estratégia motivacional, incentivando o feedback e despertando a própria vontade do trabalhador. Em algumas situações, o treinamento é utilizado como punição ao trabalhador que apresenta baixa produtividade e a organização, por algum motivo, não pode desligá-lo do seu posto de trabalho. Trabalhadores com pouco interesse e falta de comprometimento com os objetivos da empresa utilizam-se do treinamento como uma fuga ou até mesmo como lazer, sem demonstrar para os gestores um risco que a organização corre por um planejamento que não atende às características comportamentais dos trabalhadores. A estratégia de treinamento e desenvolvimento de pessoas e carreira é baseada em uma visão sistêmica, em que são utilizadas ferramentas que sustentem o planejamento estratégico e cria um modelo instrucional que favorece tanto o aprendizado contínuo quanto a avaliação dos resultados obtidos com o seguinte modelo: ● Ferramentas: análise de tarefas, fluxogramas e estatísticas; ● Métodos: simulação, prática no ambiente organizacional; ● Conteúdos: conhecimentos, qualificações e competências requeridas. Saber onde está, aonde quer chegar, escolher os caminhos para alcançar seus objetivos, dar feedeback efetivo e avaliar os resultados, estratégias para que o treinamento e o desenvolvimento atinjam o menor índice de contingências em uma organização. 43 Marks, Sabella, Burke e Zaccaro (2002), realizaram estudo sobre o impacto do treinamento, o qual denominaram de cross-training. Nesse, o trabalhador é treinado em diversas atividades, demonstrando que pode trazer benefícios para o desempenho da equipe e da organização, ainda que necessite de maior investigação e perguntas não respondidas, como o tipo de equipe que mais se beneficia com esse modelo de treinamento. O cross-training faz alusão ao trabalhador polivalente e multifuncional, que possui aptidão para desenvolver diversas tarefas sem se prender a um único posto de trabalho, é similar ao job rotation ou rodízio de atividades funcionais. As diversas informações convergem para um modelo de treinamento eficaz, que admite: a necessidade de especialização do trabalhador através de um perfil de cargo bem planejado e focado em uma realidade justa internamente e competitiva externamente; a identificação de um modelo instrucional que garanta a percepção do trabalhador como positiva em relação às expectativas organizacionais e pessoais; o reconhecimento das diversidades entre trabalhadores; a preocupação com as possibilidades de mudança de comportamentos e formas de conduta. Assim, o treinamento conseguirá rentabilizar o trabalho, aumentando as condições favoráveis para o desenvolvimento organizacional. É preciso ressaltar que, apesar das organizações terem indicado a utilização do treinamento e da reciclagem como técnicas auxiliares às estratégias da área de Recursos Humanos, constata-se que os recursos investidos em treinamento ainda carecem de maior planejamento de custos. Grande parte das organizações não sabem qual a proporção de gastos distribuídos entre salários e treinamentos. O mesmo ocorre em relação aos dias de treinamento a cada ano, diminuindo o hiato de conhecimento corporativo e aumentando a conscientização quanto à importância do treinamento e do desenvolvimento de pessoas de carreira. Podemos perceber que o treinamento está muito mais ligado aos processos da área de Recursos Humanos do que à parte integrante do 44 planejamento estratégico organizacional, motivo de desconhecimento da amplitude desse campo de estudo e seus benefícios para a organização e para os trabalhadores. As empresas precisam avaliar a forma de reconhecer as suas necessidades de treinamento, seguindo o processo de diagnóstico. Devem contar com profissionais capacitados e experientes da área de Recursos Humanos para proverem a empresa de informações relevantes e sugestões a respeito dos melhores caminhos a seguir para alcançar os resultados esperados. Na medida do possível procurar treinar o maior número de pessoas, não se concentrando em um número pequeno, evitando com isso os riscos com a saída de trabalhadores treinados para a concorrência. 45 3.1- Motivação Observando as pessoas trabalhando torna-se evidente seus diferentes estilos e hábitos de trabalho. Algumas sempre colocam em dia seus afazeres e ficam até mais tarde no trabalho até completarem suas tarefas. Outras são menos pontuais e tendem a realizar seus afazeres sem grande dedicação. O desempenho de cada pessoa está fortemente relacionado com suas aptidões e habilidades. Porém, o bom desempenho requer muito mais do que simplesmente aptidões e habilidades. Requer também motivação para trabalhar. O bom desempenho depende de quão motivado está o empregado. Em termos de comportamento, a motivação pode ser conceituada como esforço e tenacidade exercidos pela pessoa para fazer algo ou alcançar algo. A motivação é um dos inúmeros fatores que contribuem para o bom desempenho no trabalho. A razão pela qual se focaliza tão insistentemente a motivação é que ela é mais facilmente influenciável do que as demais características das pessoas como traços de personalidade, aptidões, habilidades e etc. Vemos muita literatura escrita sobre as características comportamentais típicas do funcionário motivado e muito mais ainda sobre o funcionário desmotivado. Nem sempre o que está no papel corresponde à realidade. O terreno da motivação é ainda mais nebuloso. Apesar da enorme quantidade de pesquisas sobre a motivação não existem ainda conclusões cientificamente corretas sobre o assunto. O que ocorre na realidade, é que funcionários motivados são avidamente procurados pelas empresas. Mas são ainda criaturas raras. Quase uma raça em extinção, e a ação organizacional nem sempre cria condições motivacionais suficientes para melhorar a qualidade de vida das pessoas e trazer interesse e satisfação no trabalho. As empresas querem empregados motivados, mas não sabe, como motivá-los. Nem sempre organizacional corresponde ao discurso ou a intenção. Sabe por quê? a ação 46 De um lado, porque ainda não sabe distinguir entre o que é causa e o que é efeito no comportamento motivado. E também ainda não se descobriu se o comportamento é causado por fatores intrínsecos ao indivíduo ou ao grupo. Ficando sem resposta porque certas pessoas são impulsionadas por um forte desejo de realizar um ótimo trabalho e por que mantêm ao longo do tempo esse impulso de fazê-lo cada vez melhor. Por outro lado, as diferenças individuais entre as pessoas dificultam enormemente a definição de parâmetros universais que as empresas possam utilizar para motivar as pessoas em igualdade de condições. O que é bom para uma pessoa pode não ser necessariamente para outra. O que interessa a uma pessoa em determinada época pode não interessá-la depois de algum tempo. Há sempre um componente subjetivo na motivação que provoca uma enorme complicação. Por isso que o gerente tem um papel fundamental na motivação das pessoas. Aliás, a motivação é uma das principais responsabilidades gerenciais, pois a influência gerencial sobre os subordinados exige liderança eficaz e uma contínua motivação da equipe. A motivação funciona como um dinamizador, um impulsionador do comportamento humano. 47 3.2- Qualidade de vida no trabalho Vivemos numa sociedade em mudanças e num momento excitante para as organizações. A sociedade percebe que a Qualidade de Vida e a Saúde são ativos importantes, envolvendo dimensões físicas, intelectuais, emocionais, profissionais, espirituais e sociais. Práticas inadequadas no ambiente de trabalho geram impacto negativo na saúde física e emocional dos empregados e na saúde financeira das empresas. Baixa motivação e falta de atenção, diminuição de produtividade e alta rotatividade criam uma energia negativa que repercute na família, na sociedade e no sistema médico. Segundo Domenico de Masi, vivemos e trabalhamos numa sociedade do futuro, mas continuamos a usar os instrumentos do passado. Felizmente, para algumas empresas inovadoras e conscientes, este cenário não faz parte de sua realidade atual. As dez melhores empresas para se trabalhar (Guia Exame 2001) transformaram o ambiente de trabalho e a Saúde emocional e física em vantagem competitiva, tendo plena convicção estratégica de que quanto mais eliciar satisfação, mais retorno terão em produtividade, criando assim a visão de uma organização mais privilegiada, competitiva e equilibrada. Definição: Segundo a Organização Mundial da Saúde, Qualidade de Vida é um conjunto de percepções individuais de vida no contexto dos sistemas de cultura e de valores em que vivem, e em relação a suas metas, expectativas, padrões e preocupações. Objetivos: Programas de saúde é a ciência e a arte de ajudar pessoas a modificar seu estilo de vida em direção a um ótimo estado de saúde, sendo esta compreendida como o balanço entre a saúde física, emocional, mental, social e espiritual. (american journal, 1989). 48 Os programas de Saúde e Qualidade de Vida objetivam facilitar mudanças no estilo de vida, combinando ações e campanhas para consciência, comportamento e envolvimento, que suportem suas práticas de saúde e previna doenças. O propósito de um programa de Qualidade de Vida ou Promoção de Saúde nas Organizações é encorajar e apoiar hábitos e estilos de vida que promovam saúde e bem estar entre todos os funcionários e famílias durante toda a sua vida profissional. Um programa de Qualidade de Vida existe para gerar estratégias com o intuito de promover um ambiente que estimule e dê suporte ao indivíduo e à empresa, conscientizando sobre como sua saúde está diretamente relacionada à sua qualidade e produtividade. Não é suficiente ter em mente mudar relevantemente o estado de saúde dos profissionais, mas também encorajá-los a cuidarem e gerenciarem sua própria saúde, adquirindo um ganho substancial na sua satisfação e crescimento, assim como no aumento de produção e redução de custos para a empresa. Benefícios para a organização: ● Melhoria da produtividade; ● Empregados mais alertas e motivados; ● Melhoria da imagem corporativa; ● Menos absenteísmo; ● Melhoria das relações humanas e industriais; ● Baixas taxas de enfermidade; ● Melhoria da moral da força de trabalho; ● Redução em letargia e fadiga; ● Redução de turnover. 49 3.3- Missão Estratégica. A missão estratégica de um programa de Qualidade de Vida canaliza seus esforços para alcançar os seguintes resultados: ● Aumentar os níveis de SATISFAÇÃO E SAÚDE do colaborador/ consumidor/ comunidade. (Força de trabalho mais saudável). ● Melhorar o CLIMA ORGANIZACIONAL (ambiente, relações e ações saudáveis). ● Afetar beneficamente no processo de FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO humano, agregando competências (capacidade e atributos). ● Influenciar na diminuição da PRESSÃO NO TRABALHO e do DISTRESSE individual e organizacional (Menor absenteísmo/rotatividade; Menor número de acidentes). ● Melhorar a capacidade de DESEMPENHO das atividades do dia-a-dia. (Maior produtividade). As dimensões da Saúde Integral e Qualidade de Vida para efeitos didáticos. Dividi-se a Saúde em seis Dimensões: FÍSICA, EMOCIONAL, INTELECTUAL, PROFISSIONAL, SOCIAL e ESPIRITUAL. Estas dimensões facilitam a consciência e o desenvolvimento da saúde integral, assim como a possibilidade de se ter uma visão sistêmica e seu posterior equilíbrio e expansão, pois sabemos que na vida sempre estamos buscando uma inter-relação harmoniosa dos vários aspectos e dimensões do ser humano. Desde que o mundo exigiu novas e complexas interações em termos de excelência em relação à produtividade e a qualidade dos serviços prestados, temos que constantemente a nos adaptar a todos estes estímulos, comprometendo de alguma forma nosso aprendizado e saúde. 50 Afinal de contas, se sentir mal no tempo e no espaço não é mais privilégio de nenhum astronauta. O psiquiatra Carl Gustav Jung dizia que: “se as coisas vão mal no mundo, algo deve estar mal comigo. Assim seria sensato, em primeiro lugar, ficar bem”. A final Viver uma vida vibrante e feliz, na qual se utiliza o máximo que possui com enorme prazer é um objetivo de vida. É o que dá qualidade à vida. 51 CONCLUSÃO Podemos concluir sem qualquer dúvida de que o treinamento é um instrumento ou ferramenta, o qual a empresa deve se utilizar sempre, visando assim o melhor para o cliente interno, pois certamente vai surtir efeitos positivos sobre o cliente externo e consequentemente para a própria organização, uma vez que seus empregados terão um ambiente favorável, visando o seu crescimento dentro da empresa, pois estarão percebendo que a mesma está investindo neles, aprimorando seus conhecimentos tecnológicos e operacionais, podendo assim, os empregados visarem melhorias em sua vida profissional e pessoal, objetivando de certa forma um crescimento dentro da empresa, visando melhores salários e carreiras, pois estarão a todo “vapor”. Sentindo-se valorizados pela organização a qual pertencem, com certeza terão orgulho em fazer parte dela, gerando assim um ambiente de trabalho saudável, feliz e com muita harmonia, sendo peça fundamental para que isto ocorra o Departamento de Recursos Humanos, que juntamente com os gestores de cada setor saberão usar a ferramenta e tomar as atitudes certas, motivando e orientando sempre que possível, através de uma comunicação eficiente e clara para todos, com o olhar sempre para o futuro, futuro esse de crescimento, tanto para a organização quanto para seus trabalhadores, como também seus fornecedores e parceiros de uma forma geral. 52 ANEXOS Índice de anexos Anexo 1 - Internet: Os dez mandamentos para o chefe destruir a empresa sem fazer força. Anexo 2 – Internet: doze conselhos para ter um infarto feliz. 53 ANEXO 1 INTERNET OS DEZ MANDAMENTOS PARA UM “CHEFE” DESTRUIR A EMPRESA SEM FAZER FORÇA. Apresento a seguir dez mandamentos importantíssimos para um chefe destruir a empresa sem fazer força: 1ª LEI – A CENTRAL DE CENTRALIZAÇÃO Você é um chefe e está atrás desta mesa enorme não é à toa. Você tem que ficar sentado aí o dia inteiro. Os outros é que devem vir até você... Arme-se logo contra os espertinhos independentes... Crie a Central de Centralização, ou seja, a sua própria mesa. Tudo deve passar por você. Não deixe nada de fora. Afinal, essa é a sua função. Crie o “Você Decide” na sua empresa, onde todos têm que ligar para o seu número telefônico e pedir autorização. Não deixe escapar nada, nem mesmo se algum funcionário deve receber vale-transporte para ônibus, metrô ou bicicleta. Controle tudo. 2ª LEI – A INTELIGÊNCIA BURRA Valoriza sempre os funcionários “puxa-saco”. Aqueles que fazem tudo aquilo que você manda, do jeito que você manda. Bom funcionário é aquele que faz exatamente o que você quer. 3ª LEI – A COMUNICAÇÃO A comunicação é sua fonte do poder e de mais ninguém. Um chefe sabe muito bem que 54 quanto mais explicar como funcionam as coisas, menos os funcionários entenderão. Quanto mais se explica, mais desconfiados eles ficarão, mais facilmente sabotarão as suas idéias, mais rapidamente darão risadas pelas suas costas. Ora, você é um excelente chefe, então por que tolerar isso? Os seus funcionários não têm e nunca vão ter capacidade para entender os detalhes técnicos ou gerenciais. Isto vale dizer que quanto menos você se expor e menos falar, mais eles vão trabalhar e produzir. 4ª LEI – O CLIENTE EM PENÚLTIMO LUGAR “Cliente tem sempre razão” desde que concorde com suas idéias. Adote esse pensamento. Essa história de ficar preocupado com aquilo que o cliente deseja é pura tolice. O cliente nunca sabe o que quer, sempre causa transtorno, reclama de tudo sem razão alguma, cria sempre problemas de toda ordem. Portanto, em vez de gastar tempo e dinheiro procurando saber o que ele deseja, faça aquilo que for mais interessante para a sua administração. O Cliente não entende do seu negócio. É um leigo. Não sabe nada de Gestão e só dá opinião errada. Você tem sempre razão e uma desculpa pronta para dar em diversos idiomas. 5ª LEI – O FUNCIONÁRIO EM ÚLTIMO LUGAR Um chefe que se preze tem a obrigação de valorizar o funcionário. Depois, é claro, de ter valorizado todo o resto. Colocar o funcionário como prioridade só traz despesas extras. O importante são os processos. Os funcionários têm que se adaptar a sua realidade. Não se preocupe em formar equipes ou times competentes e comprometidos com a sua Empresa. Ninguém dura para sempre. 55 6ª LEI – CRIATIVIDADE Para uma empresa funcionar cada vez melhor e produzir cada vez mais, o chefe deve investir em criar atividades. Criar cada vez mais atividades para seus funcionários, a fim de não deixá-los um minuto sequer ociosos. Faça-os controlar o consumo de clips, canetas, borracha, lápis, papel, envelopes e xerox no setor. Exija um relatório mensal dos produtos consumidos e um “Business Plan” anual de consumo. Com essas tarefas sendo criadas, você verá a produtividade aumentar estrondosamente. 7ª LEI – SOLUÇÃO DE CONFLITOS Conflitos sempre existirão. Então por que perder tempo para resolvê-los? Os conflitos devem ser ignorados. Um bom chefe não pode perder tempo, produtividade e dinheiro com pequenos detalhes. Afinal, em cada conflito os funcionários sempre passam a defender um dos lados e transformam um desentendimento sem importância em uma comoção descontrolada. E, além disso, os conflitos sempre criam fofocas e boatos que facilitam as condições e os relacionamentos de trabalho. Quando os conflitos aparecerem, faça de conta que eles não existem. Seu tempo é precioso demais para isso. 8ª LEI – POLÍTICA SALARIAL Mostre aos seus funcionários o custo total de despesas com pessoal. Comece a reformular a política salarial da sua empresa: corte os Vale-Transporte – caminhar faz bem à saúde. Essa decisão é importantíssima. Contenção de despesas começa com os salários e benefícios. Não esqueça de mostrar o quanto à empresa gasta com contribuições para o governo. E se algum funcionário engraçadinho pedir aumento de salário, demita-o. 56 9ª LEI – MOSTRAR RESPEITO Cada pessoa que trabalha para você é um indivíduo. Por isso eles não precisam de elogios Precisam de críticas para trabalhar mais e mais. As pessoas gostam de ouvir que elas não estão trabalhando direito, isso incentiva mais o trabalho. Critique tudo e todos. 10ª LEI – AUTORIDADE Os funcionários precisam de certa autoridade para realizar o seu trabalho. Eles precisam saber que é você que manda. Crie um clima de tensão. Assim eles vão trabalhar mais e não vão ficar passeando pelos corredores ou setores vizinhos. Se você pegar algum funcionário fora do seu setor de trabalho dê uma suspensão de 10 dias. Sua autoridade é poder. Se você se encaixou em algum desses mandamentos é hora de começar a mudar o seu estilo gerencial. Lembre-se: é com o chefe que as pessoas convivem no dia-a-dia. Chefes que sabem liderar pessoas são peças importantíssimas para um ambiente de trabalho estimulante, saudável e criativo. Ao contrário, chefes despreparados para lidar com pessoas perdem em produtividade, criatividade e, conseqüentemente, em resultados. É o chefe que orienta as pessoas, ou, desorienta. É o chefe que as ajuda a crescer ou a estagnar. O chefe tem o poder de melhorar, ou piorar, sensivelmente, a vida de seus subordinados. Depende dele, em grande parte, os aumentos, promoções, oportunidades e o avanço profissional de todos os que a ele se reportam. Se o chefe souber lidar com as pessoas, for competente, orientar e aproveitar o que elas têm de melhor, for líder e justo, os subordinados vão gostar cada vez mais da empresa. Mas, se o chefe for autoritário, desmotivador, não souber estimular e se não tiver as qualidades profissionais e humanas básicas, as pessoas vão deixar a empresa na 57 primeira oportunidade. Por fim, algo que faz toda a diferença: um bom chefe é a alma do negócio, pois ele define, inspira e impregna o ambiente de trabalho. Washington Sorio SITE: http://www.rhportal.com.br/livros.php dia 07 de janeiro de 2009. 58 ANEXO 2 Doze Conselhos Para Ter Um Infarto... Feliz Quando publiquei estes conselhos "amigos-da-onça" em meu site, recebi uma enxurrada de e-mails, até mesmo do exterior, dizendo que isto lhes serviu de alerta, pois muitos estavam adotando esse tipo de vida inconscientemente. Por Ernesto Artur Quando publiquei estes conselhos "amigos-da-onça" em meu site, recebi uma enxurrada de e-mails, até mesmo do exterior, dizendo que isto lhes serviu de alerta, pois muitos estavam adotando esse tipo de vida inconscientemente. 1. Cuide de seu trabalho antes de tudo. As necessidades pessoais e familiares são secundárias; 2. Trabalhe aos sábados o dia inteiro e, se puder também aos domingos ; 3. Se não puder permanecer no escritório à noite, leve trabalho para casa e trabalhe até tarde ; 4. Ao invés de dizer não, diga sempre sim a tudo que lhe solicitarem; 5. Procure fazer parte de todas as comissões, comitês, diretorias, conselhos e aceite todos os convites para conferências, seminários, encontros, reuniões, simpósios etc. ; 6. Não se dê ao luxo de um café da manhã ou uma refeição tranqüila. Pelo contrário, não perca tempo e aproveite o horário das refeições para fechar negócios ou fazer reuniões importantes ; 7. Não perca tempo fazendo ginástica, nadando, pescando, jogando bola ou tênis. Afinal, tempo é dinheiro ; 8. Nunca tire férias, você não precisa disso. Lembre-se que você é de ferro ; 9. Centralize todo o trabalho em você, controle e examine tudo para ver se nada está errado. Delegar é pura bobagem; é tudo com você mesmo; 10. Se sentir que está perdendo o ritmo e o fôlego tome logo estimulantes e energéticos. Eles vão te deixar tinindo; 11. Se tiver dificuldades em dormir não perca tempo: tome calmantes e sedativos de todos os tipos. Agem rápido e são baratos. 12. E por último, o mais importante: não se permita ter momentos de oração e meditação diante de Deus. Isto é para crédulos e tolos. Repita para si: Eu sou a 59 minha própria religião. Então? Você faz parte desse time? Se fizer, ainda está em tempo de rever suas atitudes. Pense nisso!!!!! SITE: http://www.rhportal.com.br/livros.php dia 07 de janeiro de 2009. 60 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA CHIAVENATO, I, Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 2ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. CHIAVENATO, Gerenciando pessoas: o passo decisivo para a administração participativa, 3ª Ed. São Paulo: Makron Books, 1994, 1992. E. Gibbon. (apud. Fidélis, Gilson José: Treinamento e desenvolvimento de pessoas: Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008, P.05). FIDELIS, Gilson José, Treinamento e desenvolvimento de pessoas: uma abordagem na educação corporativa, Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008. HARRY Trumam (apud. Fidélis, Gilson José: Treinamento e desenvolvimento de pessoas: Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008, P.05). MARINS. (apud. Fidélis, Gilson José: Treinamento e desenvolvimento de pessoas: Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008, P.06). MACHADO, L. R. S. Educação e divisão social do trabalho. São Paulo: Autores Associados, 1982. MARKS, M. A; SABELLA, M. J.; BURKE, C. S. & ZACCARO, S. J. The impact of cross training on team affectiveness. Journal of Applied Psychology, 87 (1) 313. MARRAS, J. P. Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. São Paulo: Futura, 2002. MILKOVICH, G. T.; BOUDREAU, J. W. Adminstração de recursos humanos. São Paulo: Atlas 2000. 61 NAPOLEÃO Bonaparte. (apud. Fidélis, Gilson José: Treinamento e desenvolvimento de pessoas: Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008, P.06). ROCHA, E. P. Educação profissional na empresa: T&D-Treinamento e Desenvolvimento, 72 (6), 1998, pp. 18-19. RODRIGUES, Marcus Vinicius Carvalho. Qualidade de vida no trabalho: evolução e analise no nível gerencial. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994. SALAS, E.; CANNON, B. J. A. The science of training: A decade on progress. Annual Review of Psychology, 2001; 52, 471-479. Revista Portal RH: site http://www.rhportal.com.br/livros.php, acessado no dia 07 de janeiro de 2009 as 19:00 hs. 62 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I - A Evolução do Treinamento 10 1.1 – Tendências atuais 14 1.2 – Desafios Gerencias 22 CAPITULO II - Métodos e Técnicas de treinamento e Desenvolvimento 24 2.1– Critério para a elaboração do treinamento 31 2.2- Desenvolvimento de pessoas e carreira 34 CAPITULO III - Investindo e Avaliando os Resultados do Treinamento 39 3.1- Motivação 45 3.2- Qualidade de vida no Trabalho 47 3.3- Missão Estratégica 49 CONCLUSÃO 51 ANEXOS 52 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 60 ÍNDICE 62 63 FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: Instituto a Vez do Mestre Título da Monografia: Treinamento Valorizando o colaborador e melhorando sua qualidade de vida, sendo um diferencial para o sucesso da organização. Autor: Orides Ancile Macedo Junior Data da entrega: Avaliado por: Conceito: