F AC U L D A D E D E LE T R A S UNIVERSIDADE DO PORTO Patrícia Amorim Cravo da Silva 2º Ciclo de Estudos em História da Arte Portuguesa Diogo de Macedo Do “14, Cité Falguière” a “Os Românticos Portugueses” (1930-1959) Temas e Problemas nas Reflexões sobre Arte Volume II 2013 Orientador: Prof. Doutora Maria Leonor Barbosa Soares Classificação: Ciclo de estudos: Dissertação/relatório/Projeto/IPP: Versão definitiva Índice Parte I – Apêndice Documental – IV A. Artigos em publicações periódicas e catálogos de exposições - IV Documento A 1 – Apollon. Mensário d’Arte. – IV Documento A 2 – 5 Independentes (exposição) – VI Documento A 3 – O que deve ser a Arte - VIII Documento A 4 – Manifesto I Salão Independentes – XI Documento A 5 – Pela Dignidade da Arte – XIII B. Documentos do AFBAUP – XV Documento B 1 – Assento de batismo – XV Documento B 2 – Primeira matrícula nas Belas Artes – XVI Documento B 3 – Atestado de doença – XVI Documento B 4 – Renovação de matrícula – XVII Documento B 5 – Certificado – XVIII C. Espólio Diogo de Macedo – Biblioteca de Arte FCG – XIX Documento C 1 – Entrevista por escrito – XIX Documento C 2 – Maqueta de folheto – XXII D. Livros de Correspondência – MNAC - XXVI Documento D 1 – Livro 10. Doc. 105 – XXVI Documento D 2 – Livro 10. Doc. 107 – XXVII Documento D 3 – Livro 10. Doc. 114 - XXVIII Documento D 4 - Livro 10. Doc, 224 – XXIX Documento D 5 – Livro 10. Doc. 252 – XXX Documento D 6 – Livro 11. Doc. 115 – XXXI Documento D 7 – Livro 12. Doc. 79 – XXXIII E. Tabelas de obras incorporadas no MNAC – XXXIV F. Tabelas de relação de dados - LVIII Tabela 1 – Monografias de Arte por ano – LVIII Tabela 2 – Artistas – 14, Cité Falguière – LIX Tabela 3 – Locais – 14, Cité Falguière – LXXII G. Outros documentos - LXXV Documento G 1 – Exposições em que Diogo de Macedo participou – LXXV I Parte II – Apêndice Iconográfico – LXXVIII Fig. 1 – Diogo de Macedo (fotografia) - LXXVIII Fig.2 – Joaquim Lopes – Diogo de Macedo - LXXIX Fig.3 – Dimitri Ismailovich – Retrato de Diogo de Macedo - LXXX Fig.4- Abel Manta – Uma tentaiva de retrato - LXXIX Fig.5- Carlos Botelho – Retrato de Diogo de Macedo - LXXIX Fig.6- Francisco Franco – O grupo dos 4 - LXXXI Fig.7- Armando de Basto – Diogo de Macedo lendo Marinetti - LXXXI Fig.8- Diogo de Macedo – Eva / Baigneuse - LXXXII Fig.9- Diogo de Macedo – Camilo Castelo-Branco - LXXXIII Fig. 10 – Diogo de Macedo – L’Adieu / Le Pardon - LXXXIV Fig. 11 – Capa do folheto da exposição 5 Independentes - LXXXV Fig. 12 – A Exposição dos Cinco Independentes. Ilustração Portugueza - LXXXV Fig. 13 – Diogo de Macedo – Busto de Antero de Quental - LXXXVI Fig. 14 – Diogo de Macedo – Afonso de Albuquerque - LXXXVII Fig. 15 – Diogo de Macedo – Pintura e Escultura – MNAA - LXXXVIII Fig. 16 – Diogo de Macedo – Fonte Monumental da Alameda D. Afonso Henriques LXXXVIII Fig. 17 – José Malhoa – Outono - LXXXIX Fig. 18 – Jardim das esculturas – MNAC (fotografia) - XC Fig. 19 a 23 – O MNAC antes e depois das renovações (fotografia) – XCI - XCII Fig. 24 – O escultor Paul Wayland Bartlett (fotografia) - XCIII Fig. 25 – Antoine Bourdelle na Académie de la Grand Chaumière (fotografia) - XCIV II Fig. 26 – Jean-Antoine Injalbert (fotografia) - XCIV Fig. 27 – Amadeo Modigliani (fotografia) - XCV Fig. 28 – Diogo de Macedo – 14, Cité Falguière (desenho) - XCV Fig. 29 – Francis Smith – Recanto de Paris - XCVI Fig. 30 – Diogo de Macedo – Canto de um café - XCVI Fig. 31 – Diogo de Macedo – S/Título - XCVII Fig. 32 – Samuel Granowsky – Auto-retrato - XCVII Fig. 33 – Foujita (fotografia) - XCVIII Fig. 34 – Amadeo Modigliani – Retrato de Diego Rivera - XCVIII Fig. 35 – Robert Delaunay – Torre Eiffel - XCIX Fig. 36 – Umberto Boccioni – Formas únicas de continuidade no espaço - XCIX Fig. 37 – Alexander Archipenko – Estatueta - C Fig. 38 – Zadkine em 1930 (fotografia) - C Fig. 39 - Oscar Miestchaninoff – Busto de Jovem - CI Fig. 40 – Amadeo Modigliani – Cariátide - CI Fig. 41 – Diogo de Macedo – S/Título - CII Fig. 42 – Amadeo de Souza-Cardoso – Cafés de Paris - CII Fig. 43 – Manuel Bentes – Paisagem- Casas - CIII Fig. 44 – Francis Smith – Lisboa - CIII Fig. 45 – Mário Eloy – O Arquiteto José Pacheco - CIV III Parte 1 – Apêndice Documental A. Artigos em publicações periódicas e catálogos de exposições Documento A 1 Apollon. Mensário d’Arte. Porto. Ano I, nº 1 (Janeiro 1910). Edital «Queremos voar!; tal é a nossa divisa. Poderá parecer demasiado pretensiosa, mas as nossas aspirações são grandes e por isso mesmo só com azas é que poderemos talvez alcançar. Azas? Quem sabe; talvez que algum de nós as tenha! E se as tem, mostra-la-ha aqui, porque esta revista não é creada para outra coisa. Sim, é neste lugar que nós, rapazes cheios d’altivez e de boa vontade, queremos ensaiar nossos vôos, mostrando-os ao público para que ele mesmo lhe abra as portas desta cadeia, que é o nosso meio, acanhado, asfixiante e ingrato. É aqui nestas páginas que nós queremos mostrar o nosso valor, maior ou menor, mas que será nosso, só nosso, de mais ninguém. Esta revista destina-se principalmente aos novos, mas os mestres também aqui terão a sua tribuna, e deles se falará também, sem paixões nem idolatrias. Primeiro é necessário relembrar os grandes – portugueses especialmente -, que os há, e vivem há já muito no esquecimento sem que uma mão energética e decidida os levante dessa obscuridade em que parecem adormecer. Dessa tarefa nos encarregamos, empregando toda a nossa energia e toda a nossa boa-vontade. Não fazemos promessas nem programas para não faltarmos nem sermos devedores a ninguém. Somos livres como a águia que nos serve de símbolo. O meio em que tentamos erguer o nosso vôo será mau, mas a boa vontade melhorá-lo-ha. Hoje estas simples páginas que apresentamos são um esforço da nossa vontade. Não nos julgamos satisfeitos com a obra. Queremos mais: mas para isso, é preciso que nos comprehendam e que nos ajudem. Não publicamos exclusivamente originais portugueses não; lá fora também há novos; lá fora também há mestres. Esta revista que se dedica a todas as manifestações d’arte, é somente d’arte. Para nós não há políticas nem religiões; preconceitos não os temos nem admitimos no nosso lar. IV Modestos não seremos, mas no entanto somos sinceros. Poderíamos seguir a velha praxe alcunhando-nos “de modestos”; dizendo que “não queremos ocupar logares d’honra”. Não; somos ambiciosos, temos aspirações largas, repetimos, e portanto queremos voar. A nossa vontade é persistente e boa; cumpre ajudar-nos. Assim o esperamos. Avante!» V Documento A 2 GOMES, Dordio [et. al.] - 5 Independentes. Exposição de pintura, esculptura, gravura, desenho. Lisboa: Sociedade Nacional de Belas Artes, 1923. «Cinco Independentes… … independentes de tudo e de todos e de nós próprios até, vimos aqui, ao cabo de alguns annos de silencio em redor do nosso nôme, mostrar um pouco do que fomos, um pouco também do que somos e alguma coisa do que desejamos ser, com todo o coração e toda a coragem. O nosso esforço é medido, pensado e soffrido; clássica nos princípios e revolucionaria nos fins, não combatendo mas construindo, para que a intenção que é lealíssima e de azas largas se não perca no triste emaranhado desta época, desejamos que a nossa obra, sinceramente sentida e executada, seja eterna como fructo de belesa amadurecido por Deus. Sendo livres de todas as peias – escolas, amisades, admirações ou senóbismos -, livres até dos eguaes, apenas somos escravos das matérias nobres que trabalhamos com amôr, da nossa emoção e do nosso espírito. A vontade de cada um de nós, que é egual pelo esforço máximo que cada um se dá, vae caminhando em paralelo com o tempo e o ambiente, serenamente, confiadamente, sobre o roseiral espinhoso da arte, tocando-se de quando em vez as mãos, como agora, para num leve repouso verificarmos a certeza da marcha e revela-la à maioria que porventura nos espreite. O nosso querer é colectivo, mas o interpretar é individual. Sabendo de tudo um pouco, ignoramos intencionalmente tudo de tudo para nos exprimirmos com independência. ………………………………………………………………………………………………… Somos hoje cinco, amanhã cincoenta e depois quinhentos. Independentes sempre, mas jamais egoístas. Prova-o o nosso convite a M.lle Mily Possoz, a Almada Negreiros e Eduardo Viana para que exponham no nosso seio como irmãos d’armas, novos arautos da ala dos namorados, que todos nós os poetas, os artistas e os loucos somos. Construtivos e expressionistas, não fazemos escolas; fazemos escolha. Nenhum de nós é egual mas seremos todos irmãos. Cada um a si só, prometemo-nos ir mais além. Iremos… A organização de um novo Salon no futuro, concretiza-se já por assim dizer, com esta exposição de Independentes. VI A nossa fórmula mathematica até hoje é 1+4=1. Amanhã será 1+1000=1. É nesta comunhão colectiva que reside a nossa independência. Lisboa, Outubro de 1923. Dordio Gomes Henrique Franco Alfredo Migueis Francisco Franco Diogo de Macedo» VII Documento A 3 MACEDO, Diogo de – O que deve ser a Arte. Presença. Folha de arte e crítica. Coimbra. Nº 3 (8 Abril 1927), pp. 2-3. «A Arte deve ser gostosa, alegre, saudável… Tal e qual um fruto bem amadurecido. A pieguice amesquinha-a como os floreados a ridicularisam. Nada de paspalhices de estufa nem de efeitos de galdéria. Cuidado mesmo com o apuro da técnica, que a esfria em geral. A construção é gramática e nunca caligrafia como presumem os estetas do excêntrico. Pingentes e velaturas e adjectivos; sordinas e arrebiques e confetti são atavios de estafêrmo. A mulher como a Arte só é bela em pelo, desnuda, ao natural… Pomadas são truques; habilidades são mentiras; serpentinados são deficiências, assim como, sentimentalismo é morbidez, doença para hospital, bacilo perigoso e contagioso. Basta de neurastenia na Arte e de posticismos catitas. O que n’Ela reside de apaixonante é a saúde. Abram as janelas dos ateliês e deixem entrar o ar. Um gemido incomoda como um alindado irrita. Adoro o Sol porque vibro com a gargalhada. Prefiro Charlot a Chopin, porque é melro e êste é môcho. Antes um beijo que uma lágrima… Entre saúde e saudade não há que hesitar: ou vida ou morte. Ora a Arte é um cântico e não um cantochão. Ao abrir um livro de versos não desejo topar com um desalentado testamento; ao visitar uma exposição de quadros não quero deparar com um espectáculo de um tratado colorido sobre as úlceras de uma visão…. Irra, que já nos basta o faduncho gemidinho!... A minha exaltação não é sensível aos poentes a pastel, nem aos elogios de beiracampa, nem às peripécias pianísticas dum az do pedal. Detesto o chôro e o compêndio... A liberdade será uma loucura, mas tem os pulmões sãos e os olhos sem as lunetas fumadas dos ursos. Entre um bôbo folgazão e uma carpideira, ainda que esbelta, quem não prefere o jogral? Quem não prefere o riso dum clown de feira aos esgares tenebrosos dum trágico afamado de teatro imperial? Perguntemo-lo ao instinto, às crianças… A Arte-Viva, para ser forte e ser serena precisa de ter saúde. A sensibilidade moderna exige que, humana e heroica, a Arte seja fêmea sádia capaz de dar e criar filhos, tal como uma macieira dá frutos, uma estrela espalha luz ou uma amante se desfaz em carícias. A sua lei tem de ser natural e criadora. Consolar e exaltar, eis os deveres da beleza. Alegre e sábia s+o comove e ensina sendo franca ao ofertar-se. Cada partitura, cada tela, cada livro, deve gritar-nos como Jesus: ergue-te e caminha. VIII Tem a Arte na vida uma função semelhante à da mulher no amor: fazer-nos gosar. Formosa e apaixonada, sem artifícios nem lamechices, deve emocionar-nos, transplantar-nos, entornecer-nos pela sensação; deve forçar-nos a vibrar intensamente, a elevarmo-nos a nós próprios, a ascendermos quási ao espasmo ou ao delírio, gosando sempre o sofrimento e nunca sofrendo o prazer… Se Ela nos entristece odeiamo-la. O amor não admite meias-tintas; ou paixão ou ódio… Ora em Arte, o sinceramente comovido, ou ama ou detesta. Uma obra de Arte, como uma mulher, alambicada e artificiosa, burguezona e académica, deixa-nos gelados, chochos, indiferentes; mas se ela além de tais defeitos é chorincas e romântica e tenta puxar-nos à ternura pela compaixão sentimentalesca, então – ai Nossa Senhora! – não há praga que não mereça, nem figa que lhe não façamos… Janelas abertas de par em par… alegria na alma e saúde no corpo!... Ser homem é saber cantar e bailar e lutar. O sonho não é um repouso. Isso é o sono. Uma dignifica e outro apenas tonifica. Sonhar é sublime; ressonar é quási vil. O sonho é a vida filtrada pela imaginação. É a ambição conduzida pelo desejo criando mundos. Criar é viver intensamente, é multiplicar-se, é quasi compreender o Infinito. Ora ser artista é, pelo menos, senti-lo, advinha-lo. O artista é pródigo nas suas criações. Arrebatado, vive a galope, cumprindo as ordens divinas: - crescei e multiplicai-vos! Ser artista é ter sensibilidade para dar e vender; ter amor para desperdiçar às mãos cheias; ter saúde para distribuir a rodos, aos gritos, aos saltos, às chapoeiradas de côr; às grinadas, aperfeiçoando formas e inventando movimentos; às gargalhadas pelos palcos e pelos circos; é ter génio para descobrir novos ritmos, harmonias nunca lembradas, golfando canções e poemas em catadupas, generosamente, alucinadamente, semeando idéas ao desbarato, arremeçando as emoções como esmolas, em vertigem, em desvario, arruinando-se, atirando-se de peito às vagas, «por mares nunca dantes navegados», suicidando-se contente, aos arrancos, em vôo, em delírio, como uma fera esfaimada, como um louco perdido pelo cio… Ser artista é tudo isto e muito mais: é ser bom e é ser sábio e é ser humilde; é saber de antemão que vai ser sacrificado no próprio fogo que o excita e correr para a morte risonhamente, lançando beijos e bênçãos aos mirones que o aplaudem e patenteiam. Escrever não é pinturilar adjectivos nem bordar a missanga; fazer música não é contar as notas como um mercador, nem acertar o passo como um galucho; bailar não é mexer-se por corda como uma teoria decorada; pintar não é trocar tintas, nem medir estradas, nem pesar luz; esculpir não é arrear uma vénus com berloques, nem tornear um deus a compasso IX para ficar certinho na prova dos nove; erguer um edifício é uma sciência e é um dom… Calcular ganhos não é fazer matemática, é ser traficante, ser vigarista, ser pantomineiro de balcão. Para estes não há Glória, há o Limoeiro. O compêndio em Arte é a escravidão do eunuco. Copiar sem compreender é manha de gatuno. Mesmo a maior parte dos mistificadores que fingem interpretar, não sendo honestos nem saudáveis, são farçantes da natureza; disfarçam-se à cata do dote chorudo, que é a papalvice dos colecionadores obtusos, piegas da hora crepuscular e saloios babosos do recocó achiquesado. Pobres ricos! Saibam que amar não é pagar vestidos pinócas à pécora da vossa vaidade. Amar será ir para a alcova mas também é ir para o céu; amar é ter olhos mas também é ter coração; amar é criar uma obra-d’arte com outra obra-d’arte; amar é ter saúde e ter espirito e ter alma. Não há posição definida para o amor; todas são nobres e belas desde que a adoração seja generosa e esta não sacrifique o orgulho. Porém a mais nobre posição é a vertical!... De joelhos, meus pobres ricos, é a adoração subalterna e sem saúde; mas de cócoras, então… A vida, o amor, a arte, só vibram pelos contrastes. A existência duma intenção nobilita-se ou avilta-se segundo as vizinhanças. A moral é tanto mais elevada quanta mais saúde a aureolar. A Arte acontece mesmo… Lisboa, 1927.» X Documento A 4 Manifesto do I Salão dos Independentes - FRANÇA, José-Augusto – Há cinquenta anos os Independentes de 1930. Colóquio Artes. Lisboa. Nº 46 (Set. 1980), p. 34. «Há duas maneiras de vêr: a maneira com os óculos e a maneira sem os óculos. Nós olhamos para as coisas com os olhos que Deus nos deu. Somos por isso independentes, todos juntos, ou cada um. Crear é uma função de entender. Em Arte o entendimento vem pelo caminho dos sentidos: entende-se vendo e ouvindo, diz-se que se entendeu fazendo ver e ouvir. Há pois entre o entender e o sentir um caminho de vai-vem. O artista moderno é um entendedor senível. De aí a objectivação do sujeito ou a subjectivação do objectivo, as duas maneiras da Arte – a de fóra para dentro e a de dentro para fóra. Hoje já não é preciso dar pontapés na barriga do «burguês». O burguês de hoje encolhe a barriga para nos deixar passar. Chegamos portanto à altura de construir. Nós não precisamos destruir coisa nenhuma, o que tinha de ser destruído já anda a cair de podre. Por isso o I Salão dos Independentes não é um grito isolado, um grito só para uma banda com uma mão atraz da orelha para que tenha apenas uma direcção. Por isso não é um solo, é um grande coral de todos os sentidos e de todas as manifestações da Arte, que é só uma – o caminho da Belesa. Cada ramo da Arte de per si é um atalho dêsse caminho. A junção dos atalhos numa estrada larga onde coubessem todos os que passam, seria o ideal inatingível, e por essa razão, talvez, o mais recomendável. Pôr o fim do caminho à vista dum caminheiro é mostrar-lhe a cama fofa onde ele há de ir dormir descansado, e o sono em Arte é uma morte real. O I Salão dos Independentes é pois uma exposição de conjunto da Arte moderna em Portugal, nas suas duas formas: a plástica e a sónica, a dos olhos e a dos ouvidos. As artes plásticas têm quatro expressões: a Pintura, a Escultura, a Arquitectura e o Desenho. A Poesia e a Música são as duas expressões das artes sónicas. O I Salão dos Independentes realisa uma plena exposição de tôdas as expressões das artes plásticas e completa a obra com a publicação do Cancioneiro dos Poetas. A música portuguesa é, infelizmente, um admirável caso pessoal. XI Tens pois português indiferente e atrasado na marcha célere da Europa um motivo de regozijo. Àquele filho brincalhão e atrevido que era o mais inteligente da tua família e a quem expulsaste porque te incomodava, é hoje um homem que te abre, sereno, as portas da sua casa. - Tira o chapéu e entra. António Pedro» XII Documento A 5 MACEDO, Diogo de – Pela Dignidade da Arte. O Primeiro de Janeiro. Porto. Ano 77, nº 98 (11 de Abril de 1945), p. 3. «O Museu Nacional de Arte Contemporânea, fundado em 1911, quando se dividiu o das Janelas Verdes em dois – de arte antiga e arte moderna, - foi socorrido pelos depósitos e ofertas de obras daquele, e pelas provas escolares dos pensionistas do Estado, que a Academia de Belas Artes orientava. Depois disso, o Legado Valmor favoreceu-o consideravelmente com uma dotação para a compra de muitas outras obras. Em 1914, quando Columbano tomou a sua direcção, após a primeira regência de Carlos Reis, as colecções foram muito aumentadas, inclusivamente com as grandes provas dos Académicos de Mérito. Podia considerar-se então um museu de obras românticas e académicas, acrescido de provas revolucionárias de estudantes e dos naturalistas, cujos progressos o Estado encorajava com verbas especiais duma dotação oscilante. Columbano dedicava-se ao muito ao Museu, e fizera duma pequena galeria, buscando aumentar o número das suas salas por lugares sombrios e esconso, aquele Museu de Arte Contemporânea que encontrei ao tomar posse da sua direcção, um museu sossegado, solitário, extático e melancólico. Após a morte deste grande Pintor, a sua viúva faz a maior doação de que beneficiou o Museu. Outras pequenas, assim como legados, a par das compras permanentes que o Estado decretara, tornaram a nossa galeria digna de remodelação e, sobretudo, precisada duma e instalação própria, avantajada, moderna e em condições condignas, que êste não tem. Sousa Lopes, durante o período da sua direcção, aumentara-o com duas salas. Agora a doação da obra deste exige outro tanto espaço para sua exposição, tarefa que não pode realizar-se por míngua de lugar para acrescentos de qualquer espécie. Era necessária e urgente porém, qualquer reforma para modernização e conservação daquele património artístico, que tendia à poeira, à tristeza, à agonia. A minha principal preocupação foi introduzir-lhe higiene, dando-lhe ar, condicionando-o à luz do sol, limpando as suas paredes, alegrando os aspectos, descobrindo perspectivas, variando as expressões das salas, agrupando núcleos de escolas, valorizando as obras expostas, simplificando tudo por selecção e disposição exposicional e, muito especialmente, dando-lhe uma autonomia de actividades por meio duma indepedência total, desde a sua entrada à da orientação cultural. Para isto, com autorização superior, e com a colaboração da Direcção Geral dos Monumentos Nacionais, deitei tectos abaixo, arranquei lambrins negros e forros sujos, refiz paredes, introduzi câmaras de ar, inutilizei salinhas prejudiciais à exposição, fiz desaparecer XIII escadas incómodas e feias, velei as luzes, dividi espaços, modifiquei quanto pude sem ter um metro de superfícies a mais, e voltei em sentido posto a disposição do museu, fechando a sua antiga entrada que dependia de vontades estranhas à direcção do Museu e se fazia por corredores tortuosos e escuros, arrastando os visitantes a desagradáveis impressões quando desciam para nele penetrar, passando a dar-lhe uma entrada airosa, pitoresca e saudável, pela rua de Serpa Pinto, através dum páteo ajardinado e arborizado – com o auxílio da Câmara Municipal de Lisboa -, que á agora a sua primeira sala de exposições, com estátuas ao ar livre entre ciprestes e loureiros, arrelvados e trepadeiras, romântizada por arcos, bancos, paredes caiadas, vidraças amplas e uma escadaria de três lances que dá a um telheiro alpendrado, por onde se entra na primeira sala interna do Museu, que ontem era exactamente a última. Como se vê a reforma foi radical e intencional: sobe-se e não se desce para o Museu: vai-se da luz para a arte, e não da sombra para uma catacumba; a primeira sala passou a ser a última a escultura deixou de estar encurralada num recinto aparte, para vir para a luz do sol e para ser distribuída por direito legítimo ao lado da pintura, ora em nichos, ora em recantos decorativos, mas sempre de acordo com o ambiente de épocas e orientações estéticas em conjunto; e finalmente, o Museu passou a ser livre e de sensibilidade alegre. Claro que tudo isto se conseguiu com a colaboração das entidades a que me referi e com a camaradagem do arquitecto Baltazar de Castro, que dirigiu todas as obras com aquela paixão que lhe é peculiar, devendo lembrar-se também a cooperação de alguns Amigos do Museu, que depositaram e emprestaram obras que agora ali se vêem, completando blocos que foram distribuídos consoante as condições precárias do Museu permitiam. Não esqueçamos nunca que é provisória esta instalação e que urge construir-se um Museu novo, onde se patenteie ao público e aos estudiosos quantas outras obras que quedam ocultas nas arrecadações, desde as aguarelas, desenhos e medalhas, às colecções de pintura e escultura dos estrangeiros, ao todo mais de outro tanto de quanto está exposto. Ainda que seja propósito meu renovar exposições periodicamente, para suprir aquela falta de espaço – nem para o funcionamento dos serviços burocráticos o tenho, - o certo é que as obras em arrecadações se arruínam e não cumprem a missão cultural para que foram criadas pelos artistas e compradas pelo Estado. Se erro em quanto fiz e digo, que me seja ao menos perdoada a falta, porque tudo foi feito por bem da arte e do Património Artístico da Nação. Diogo de Macedo Director do Museu Nacional de Arte Contemporânea» XIV B. Documentos do Arquivo da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto – Processo de Aluno de Diogo de Macedo Documento B 1 (Doc. 1 – Processo de aluno de Diogo de Macedo AFBAUP) Assento de batismo de Diogo de Macedo «Certifico que no respectivo registo se encontra o assento seguinte = N.º 188 – Diogo = Aos oito dias do mez de dezembro do anno de mil oito centos e oitenta e nove n’esta igreja parochial de Mafamude Concelho de Gaya, diocese do Porto, eu Jose Maria de Sant’Anna e Silva, abbade da mesma freguesia baptizei solemmimmente um individuo do sexo masculino a quem dei o nome de Diogo e que nasceu n’esta freguesia no Largo do Martyr às onze horas da noite do dia vinte e dois do mez de novembro d’este anno de mil oito centos e oitenta e nove, filho natural de Maria Rosa do Sacramento, solteira, de profissão cigarreira, natural d’esta freguesia, e de pae incógnito, parochiana d’esta mesma, moradora no referido largo,neto fraterno de avós incógnitos, e materno de Antonio Ribeiro e de Anna do Sacramento. Foi padrinho Guilherme Lopes, casado, artífice, morador na rua Quatorze de Outubro d’esta freguesia, e madrinha Julia Pereira, solteira, cigarreira, moradora na Rua da Rosa d’esta mesma, os quaes todos dei serem os próprios. E para constar lavrei em duplicado este assento que depois de ser lido e conferido perante os padrinhos bamos assignar, menos a maadirnha por não saber escrever. (…)» XV Documento B 2 (Doc. 4 – Processo de aluno de Diogo de Macedo AFBAUP) Primeira matrícula nas Belas Artes «Ex.mo Snr. Director da Academia Portuense de Bellas-artes Diogo Candido de Macedo, filho de Maria Rosa do Sacramento, natural e residente na freguesia de S. Christovão de Mafamude do concelho de Gaya, pretendo frequentar o 1.º anno de “desenho histórico”, n’esta Academia Pede a V. Ex.cia a graça de o mandar admitir á respectiva matricula E. R. M.cê Porto, 10 d’outubro de 1900 Diogo Candido de Macedo Nota: Matricule-se Porto, 10 d’ outubro de 1900 JGSardinha» Documento B 3 (Doc. 6 – Processo de aluno de Diogo de Macedo AFBAUP) Atestado de doença – justificação de faltas «Attesto, sob juramento, que Diogo Candido de Macedo Junior, filho de Maria Rosa do Sacramento, e morador na freguesia de Mafamude, d’este concelho, esteve doente com impossibilidade de sair de casa desde o dia 29 de Novembro até 17 de Dezembro do anno findo e desde 19 de Janeiro até 27 do mesmo mez do anno corrente. E por ser verdade passo o presente atestado que assigno. Villa Nova de Gaya, 21 de Abril de 1902 Benjamim Candido Cardoso» (Nota a lápis – tem 28 faltas) XVI Documento B 4 (Doc. 7 – Processo de aluno de Diogo de Macedo AFBAUP) Renovação da matrícula - repetente «Ex.mo Snr. Director da Academia Portuense de Bellas-Artes Diogo Candido de Macedo Junior, filho de Maria Rosa do Sacramento, natural e morador na freguesia de Mafamude, do conselho de Gaya, desejando frequentar novamente o 1º anno de dezenho historico. Pede a V. Ex. cia se digne admittil-o á matricula. E. R. M.cê Porto, 23 d’outubro de 1906 Diogo Candido de Macedo Junior Morador na Rua de João de Deus – N.º 15 Matricule-se Porto 24 d’outubro de 1906. (Nota a lápis – Repetente) XVII Documento B 5 (Doc. 14 – Processo de aluno de Diogo de Macedo AFBAUP) Certificado «JOAQUIM FRANCISCO LOPES, PROFESSOR EFECTIVO E SUB-DIRECTOR DA ESCOLA DE BELAS ARTES DO PORTO----CERTIFICO em face do despacho exarado no requerimento arquivado na Secretaria desta Escola, que Diogo Cândido de Macedo Júnior, filho de Maria Rosa do Sacramento, natural da freguesia de Mafamude, concelho de Vila Nova de Gaia, distrito do Pôrto, fez nesta Escola na organização anterior á reforma de 26 de Maio de 1911, os seguintes exames do Curso de Escultura: Ano lectivo de 1906-1907 – Desenho histórico – (1º ano), aprovado com distinção e DEZASSEIS VALORES; (2º ano), aprovado com distinção e DEZASSETE VALORES. Ano lectivo de 1907-1908 – Desenho histórico – (3º ano), aprovado com distinção e DEZASSETE VALORES; Escultura – (1ºano), aprovado com distinção e DEZASSEIS VALORES; (2º ano), aprovado com distinção e DEZASSEIS VALORES. Ano lectivo de 1908-1909 – Desenho histórico (4º ano), aprovado com distinção e DEZASSEIS VALORES; Anatomia artística, aprovado com distinção e DEZASSEIS VALORES; Escultura – (3º ano), aprovado com distinção e DEZASSEIS VALORES. Ano lectivo de 1909-1910 – Desenho histórico (5ºano), aprovado com CATORZE VALORES; Escultura – (4º ano), aprovado com distinção e DEZASSETE VALORES. Ano lectivo de 1910-1911 – Escultura – (5º ano), aprovado com distinção e DEZOITO VALORES. É o que consta do respectivo livro das actas de conferências gerais e vai autenticado com o sêlo branco da Escola.----------Pôrto e Escola de Belas Artes, em 26 de Maio de 1944. O Sub-Director, Joaquim Lopes» XVIII C. Espólio Diogo de Macedo – Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian Documento C 1 Diogo de Macedo - Entrevista por escrito para o periódico “O Benfica” [Manuscrito] «- É dificílimo responder à primeira pergunta que me faz. Quase seria necessário fazer um tratado, definindo o problema baseado nas raízes histórica ou pré-histórica, do que realmente é ou pode ser a Arte, representando filosofias, teorias de estética, penetrando no mistério do espírito e da sensibilidade, explicando o que seja a necessidade do desenho, a compreensão da forma, o deslumbramento da côr, delirando sobre vocação, intuições e inspirações, complicando, enfim, a complexidade da coisa que parece simples e que, na verdade, se pode reduzir a meia dúzia de palavras, como convém às entrevistas de jornais: a Arte é uma necessidade da expressão humana, o sinal mais remoto de compreensão e de cultura do homem, e manifestação plástica do sentimento e do entendimento perante as realidades e os mistérios do Cosmos, descobertas ou imaginadas, e recreadas pelo mesmo homem, com amor e variadíssima concepção de beleza. - De modo nenhum a Arte é inimiga da Industria; esta é que, quando mal aplicada pode ser incompatível com a Arte, negando-se à exigência de sensibilidade no gosto, sem culpa dos materiais empregados. O destino da Arte e o da Ciência, tantas vezes auxiliares, progridem em paralelo e, portanto, não afasta o homem das missões que competem a cada uma. Sou do parecer que a Arte deve ser administrada à criança, exatamente quando ela revela desejos de através do desenho se explicar as surpresas da vida e do sonho, devendo introduzir-se no ensino, não somente de instrução primária, mas na liceal ou secundária, em favor da cultura geral de que tanto carecemos, mas de modo algum substituindo outras aprendizagens, principalmente a de gramática, a qual – coitada da vitima! – apesar de quanto ensinada, anda fraquinha na linguagem e na escrita, mesmo de doutores. - Sim, pode desenvolver-se essa unidade, sem confundir a Arte com os Desportos. A prova é que alguns países têm ministérios reservados, mas em conjunto, a essas duas necessidades do homem civilizado. - O português nasce tão artista como qualquer outro homem. O que lhe falta é ambiente e instrução, estímulo e exigência de progressiva cultura para poder ser tão artista como os demais. A nossa tradição artística, aliás, quase sempre foi prejudicada por essa insuficiência ou deficiência, e por esse motivo a confundimos com a rotina, impedindo-lhe revoluções de modernidade consentânea com a de outros sectores da cultura. XIX A Arte não impede a virilidade do homem, e bem ao contrário, lhe dá consciência dela, em actividades de qualquer espécie onde o espírito predomina com moralidade no desnnvolvimento das forças materiais. - Com imparcialidades, porque não sou homem de partido ou de clube em nada que componha as paixões da minha vida, aprecio pelo quanto moderadamente tenho observado nessa actividade cultural do S.L.B., e boa orientação de quem a dirige e seria de estimar que o exemplo se projectasse noutras empresas desportivas, que são oficinas onde se devem aperfeiçoar todos os predicados do homem, que em quantos acontecimentos de sua existência actua em competição e apaixonadamente. Noto, há tempos a esta parte, estarem em voga as ciladas das entrevistas em jornais, na rádio, natelevisão, em sessões e sítios onde o publico se junta para ser informado. Parece que o mundo anda insatisfeito ou desconfiando daquilo que sabe , à procura de esclarecimentos nas opiniões de compromisso individual, armando, por vezes, debates de pura crítica, para prosseguir nas consultas, num fingimento sintomático de ignorâncias que buscam educações novas. Se de natureza eu não fosse refusatário[?] às premeditações, munia-me dum caderno de respostas prontas, para o que desse e viesse, tanto podendo aparecer a surpresa ao dobrar duma esquina de rua, como na pacatez do quotidiano. - é dificílimo responder à primeira pergunta que me fez. Quase seria necessário fazer um tratado definidor do problema, do que realmente é ou pode ser a Arte, baseando-o na razão histórica ou pré-histórica, penetrando no mistério do espírito, apreciando filosofias e teorias de estética, explicando o que seja a necessidade do desenho, a compreensão da forma e deslumbramento de côr, delirando sobre intuições, vocações e inspirações, complicando, enfim, a complexidade duma coisa que parece simples e que, na verdade, se pode reduzir a meia dúzia de palavras, como convém às entrevistas de jornais; a Arte é uma necessidade de expressão humana e um privilégio da remota cultura e da sensibilidade nos anseios de compreensão e de transladação das realidades e dos mistérios do Cosmos, no poder recriador do homem amoroso, visual e imaginativo, em variadíssimas descobertas e concepções do Belo, consoante os ideais dos povos e dos séculos. - De modo nenhum a Arte é inimiga da Indústria, devendo mesmo colaborar nos seus progressos. Esta é que, quando mal aplicada, pode tornar-se incompatível com a Arte, negando-se a exigências de gosto, sem culpa dos métodos nem dos materiais empregados. O destino da Arte e da Ciência, tantas vezes auxiliares, prosseguem em paralelo sem confusões, e portanto não afastam o homem das missões que competem a cada uma. XX - Sou do parecer que a Arte deve ser administrada à criança exatamente na idade em que ela revela desejos de, através do desenho – grafia de valor igual ao da escrita – se explicar as surpresas das realidades e do sonho, devendo introduzir-se no ensino, não somente de instrução primaria, mas na secundaria, em favor da cultura geral de que tanto carecemos. Mas essa aprendizagem com aspeto recreativo na educação da criança, não deve evitar outras, particularmente a da gramática, que na própria Arte é imprescindível, como linguagem e escrita para comum entendimento sem erros, embora liberal nas regras. - Sim, pode desenvolver-se essa unidade, sem confundir a Arte com os Desportos. A prova está em que alguns países têm ministérios em conjunto, reservados a essas duas necessidades do homem civilizado. - O português nasce tão artista como qualquer outro homem. O que lhe falta é ambiente, estímulo e exigência de progressiva cultura para poder ser, depois, tão artista como os demais no convénio de maios artísticos. A nossa tradição artística, em parte prejudicada por essa deficiência e devido a esse motivo, a confundimos com rotinas impeditivas de evoluções de modernidade consentânea com a de outros sectores da cultura. A Arte não impede a virilidade no homem- sem ela seria habilidade frágil e incompleta – e pelo contrário esta lhe dá consciência nas actividades que qualquer espécie, onde o espírito orienta com moralidades o desenvolvimento das forças materiais. - Com imparcialidade, porque não sou homem de partido ou de clube em nada que componha as paixões da minha vida, aprecio, pelo quanto tenho observado na actividade cultural do S.L.B., a boa orientação de quem a dirige. Sendo de estimar que o exemplo se projete noutras instituições congéneres onde se devem aperfeiçoar os predicados totais do homem, quem em quantos acontecimentos da sua existência, actua em competição estimulante e apaixonadamente.» XXI Documento C 2 Maqueta de folheto informativo a entregar aos alunos da Campanha Nacional de Edução de Adultos – Museu Nacional de Arte Contemporânea [Manuscrito] MUSEU NACIONAL DE ARTE CONTEMPORÂNEA PARA QUE SERVEM OS MUSEUS? -PARA ENSINAR, PARA DISTRAIR, PARA GUARDAR, DEFENDER E EXPOR AO PÚBLICO AS RIQUEZAS DE ARTE E DA HISTÓRIA DOS POVOS. - A QUEM PERTENCEM OS MUSEUS? -A TODOS, COMO MONUMENTOS NACIONAIS, PARA TODOS OS VISITAREM E REPEITAREM. VISTA DO JARDIM DE ENTRADA DO MUSEU CAMPANHA NACIONAL DE EDUCAÇÃO DE ADULTOS MAS BASTA IR AOS MUSEUS PARA SABER? - QUEM FÔR A TODOS MUITAS VEZES, APRENDE MUITAS COISAS - Quem não sabe é como quem não vê. Convem aprender a ler e a escrever, mas também a saber ver, para compreender o que se vê. Quem não saber ver, não pode ter gosto nem sentir os benefícios de saber gostar. É triste não ter gosto, como é triste ser ignorante. Nos museus aprender-se muita coisa e ater gosto. Frequentando-se os museus para amar as obras de Arte, que são documentos dos gostos de todas as épocas, e ao ter preferências pelos objectos expostos, começase a ter gosto própri. Quando se sabe porque se goste se apura o modo de gostar, aprefeiço-a-se a educação. Mas os museus auxiliam a aprendizagem de muitas outras coisas. Quer alguns exemplos? Volte a página e fixe. XXII DE QUEM SÃO ESTES RETRATOS? ESTE É DUMA SENHORA FORMOSA, PINTADO PELO MARIDO QUE A AMAVA. - QUEM FOI ESSE ARTISTA? -FOI O VISCONDE DE MENEZES, QUE NASCEU NO PORTO EM 1817 E MORREU EM LISBOA EM 1878 -PORQUE ESTÁ ESTE QUADRO NESTA SALA E NÃO ESTÁ NOUTRA? -PORQUE NOS MUSEUS TUDO TEM UMA ORDEM E ESTA SALA É DEDICADA AOS PINTORES ROMÂNTICOS, QUE AMAVAM A NATUREZA COM SENTIMENTO DA CAMPANHA NACIONAL DE EDUCAÇÃO DE ADULTOS VERDADE IDEALIZADA. -DE QUE ÉPOCA SÃO OS NOSSOS PINTORES ROMÂNTICOS? - SÃO DO SÉCULO PASSADO, ENTRE 1850 E 1880. - DE QUEM É ESTE RETRATO -É DO POETA ANTÓNIO FELECIANO DE CASTILHO E FOI PINTADO POR MIGUEL LUPI, QUE NASCEU EM LISBOA EM 1826 E MORREU TAMBÉM EM LISBOA EM 1883. FOI UM DIS MAIORES RETRATISTAS PORTUGUESES. -SÓ HOUVE RETRATISTAS NAQUELE TEMPO? - NÃO. OS PRIMEIROS PINTORES DE PAISAGENS, DE ANIMAIS E DE TIPOS DO POVO SÃO DESSA ÉPOCA, QUE TINHAM O CULTO DO PATRIOTISMO. E PINTARAM CENAS DA TERRA PORTUGUESA. XXIII AQUI ESTÃO TRÊS EXEMPLOS: ESTE VITELO FOI PINTADO POR TOMÁS DA ANUNCIAÇÃO, NASCIDO NA AJUDA EM 1818 E FALECIDO EM LISBOA EM 1879. SENDO MESTRE NA PINTURA DE PAISAGENS, AMAVA TANTO OS ANIMAIS DOMESTICOS, QUE OS PINTAVA COM TANTO COMO SE FOSSEM PESSOAS. ESTES CINCO ARTISTAS NUMA VISTA DE SINTRA, FORAM PINTADOS POR JOÃO CRISTINO DA SILVA, QUE NASCEU EM 1877. SÃO OS RETRATOS DE ANUNCIAÇÃO E FRANCISCO METRASS ENTRE OS CAMPONESES, E DE VITOR BASTOS, JOSÉ RODRIGUES E O AUTOR DO QUADRO. ESTA CENA DUMA FEIRA FOI PINTADA POR LEONEL MARQUES PEREIRA, QUE NASCEU EM 1828 E MORREU EM 1892. PINTOU MUITOS QUADROS PEQUENOS COM COSTUMES POPULARES, NO TRABALHO DOS CAMPOS, NAS FEIRAS, FESTAS RELIGIOSAS E ALEGRIAS DE FAMÍLIA, COM TRAJES E HABITOS TRADICIONAIS. TAMBÉM HOUVE PINTORES QUE EVOCARAM A HISTÓRIA PÁTRIA, A HISTÓRIA DE JESUS E O DRAMA HUMANO. XXIV “PARTIDA DE VASCO DA GAMA PARA A ÍNDIA” QUADRO DE MIGUEL LUPI “RECONHECIMENTO DO CADÁVER DE D. SEBASTIÃO EM ALCÁCER” QUADRO DE COSTA LIMA AS LIÇÕES DOS MUSEUS SÃO AS QUE SE APREDEM MAIS FACILMENTE E DISTRAEM AQUELES QUE AS PROCURAM. QUEM FÔR A TODOS OS MUSEUS MUITAS VEZESM APRENDE SEMPRE COISAS NOVAS QUE DELEITAM O ESPÍRITO. “SÓ DEUS!” (CENA DO DILÚVIO) QUADRO DE FRANCISCO METRASS CAMPANHA NACIONAL DE EDUCAÇÃO DE ADULTOS XXV D. Livros de Correspondência – Arquivo do Museu Nacional de Arte Contemporânea Documento D 1 Livro 10 (1944-45) - Documento 105 «Exmº. Senhor Director Geral do Ensino Superior e das Belas Artes. Havendo, no decorrer das obras de aeração, solidificação de paredes e tectos, renovação da distribuição de luz solar e algumas modificações precisas a novas exposições e de benefício para as obras de arte que tenho á minha guarda, encontrado uma solução plena de tornar este Museu independente de entrada e de quaisquer outros tratos que por favor encontrei usados com as demais instituições instaladas neste edifício, nem sempre compreendidos no total e do qual convem dar definitiva e urgente soluçãopara bem de todas as referidas instituições e independencia deste Museu, tenho a honra de vir pedir a V. Exª. o consentimento para que se prolongue um pouco mais o prazo das referidas obras, e bem assim, confiado na minha boa vontade e sensatez de servir a Nação e o Património de Arte que Sua Excelência o Senhor Ministro da Educação Nacional me confiou, permitir que, com a colaboração desinteressada da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, que está procedendo ás obras respectivas, se abra uma porta, que será a principal do Museu, voltada a um páteo sem grande serventia e de uso comum da Escola de Belas Artes e deste Museu, como passagem particular de empregados e preventiva para caso de incêndios, ajardinando-o e decorando-o com estátuas que não teêm possível exposição dentro das salas do Museu, construindo ao mesmo tempo uma escadaria que lhe dê franco e original acesso, rebocando e criando aquela fachada, agora em ruínas, sem com isso cauzar qualquer dano a visinhos e bem ao contrário os beneficiar com melhorias de limpeza e renovação de materiais, conservando, porém, a serventia da referida Escola para acesso privilegiado ao Museu e gozo privado dos seus alunos, passando deste modo, quando reabrir ao público as portas deste Museu, a ser a sua entrada principal e independente, pela rua de Serpa Pinto, através dum páteo arborisado, vedado, útil e moderno. A bem da Nação Direcção do Museu Nacional de Arte Contemporânea, em Agosto de 1944 O Director, Diogo» XXVI Documento D 2 Livro 10 (1944-45) - Documento 105 «Exmº. Senhor Director Geral do Ensino Superior e das Belas Artes. Em resposta á circular Lº. 25 Nº. 802, datada de 3 de Agosto corrente, tenho a honra de informar V. Exª. que este Museu não editou até hoje qualquer catálogo, nem sequer uma publicação de propaganda das suas colecções, pelo que não pode corresponder ao despacho Ministeiral de 24 de Março último, ao qual a circular se refere. Projecta-se porem, logo se reabram as portas do Museu, agora em obras, publicar o primeiro catálogo de quanto se exponha, assim como uma monografia sobre uma obra exposta no mesmo Museu, publicações essas que serão enviadas a V. Exª. assim como quantos exemplares V. Exª. reclamar. A Bem da Nação Direcção do Museu Nacional de Arte Contemporânea, em 28 de Agosto de 1944 O Director, Diogo» XXVII Documento D 3 Livro 10 (1944-45) – Documento 114 «Exmº. Senhor Director Geral do Ensino Superior e das Belas Artes. Como é do conhecimento de V. Exª., este Museu está em obras de remodelação das suas salas, passando a ter uma nova entrada independente através dum pátio ajardinado e ornamentado com estátuas que pertencem as suas colecções; como também é do conhecimento de V. Exª., a nova Direcção deste Museu está organizando um serviço de secretaria e arquivos por meio de ficheiros, instalação de biblioteca especial de catálogos, revistas, recortes de jornais, fotografias, clichés, gravuras e quanta publicidade que diga respeito a atividades internas e do movimento da arte contemporânea portuguesa. Ora contando dentro desta orientação cultural e de actualisação das suas instalações, reabrir brevemente as portas do Museu, que passa a compor-se de sete salas de exposição, duas de arrecadação, uma de arquivo que serve de gabinete do seu Conservador, uma secretaria e biblioteca, e de um gabinete do seu Director, que funcionarão diariamente ao dispor de estudiosos e do público; e tendo todos estes serviços, no respeitante a limpezas, conservação, distribuição de obras arrecadadas, vigilância das exposições, actividades de secretaria e exteriores, cuidados do pátio de entrada e guarda de objectos dos visitantes que não seja permitido estes levarem através das salas (como sejam aparelhos fotográficos, chapéus de chuva, embrulhos incómodos, etc.), venda de catálogos, postais, fotografias e bilhetes de entrada (…) 18 de Setembro de 1944 O Director, Diogo» XXVIII Documento D 4 Livro 10 (1944-45) – Documento 224 «Exmº. Senhor Director Geral do Ensino Superior e das Belas Artes. Por falecimento da Viuva de Columbano, D. Emilia Bordalo Pinheiro, foi o Estado contemplado com um legado expresso em testamento, para escolha do qual, segundo condições do mesmo testamento, uma Comissão composta dos Directores dos Museus de Arte Antiga e Arte Contemporânea, e de mais um testamenteiro, se devia reunir e resolver. Acontece que na reunião dessa Comissão, além de quadros a óleo e desenhos do Mestre Columbano, assim como de outros autores, foi escolhido e marcado para este Museu, um conjunto pequeno de móveis que frequentemente o Artista pintou em seus quadros, com o fim de no futuro Museu a construir, se organizar um característico recanto junto á Sala Columbano, onde se exponham num ambiente especial, algumas obras intimas não só daquele Pintor, mas igualmente de outros Artistas da mesma família, como sejam seu Pae, sua Irmã e seu Irmão. Acontece que neste Museu não existe espaço para arrecadar essa parte do legado escolhido. E como V. Exª. sabe, o único lugar onde ele poderia guardar-se e conservar-se, seria na Sala contigua ao Museu, que destinamos a Gabinete do Director e Arquivo, logo que ela nos seja entregue pela Direcção da Escola de Belas Artes, que a não ocupa e tem devoluta desde que tenho a honra de dirigir este Museu – há um ano quasi – consoante informei V. Exª. (…) 30 de Maio de 1945 (…)» XXIX Documento D 5 Livro 10 – Documento 252 «Relatório Após as obras de renovação e remodelação deste Museu Nacional de Arte Contemporânea, as quais, embora em instalação provisória, quedaram incompletas, por falta de verbas orçamentais que as auxiliassem, tenho a honra de apresentar os principais problemas a que convem dar a solução naquele sentido, ousando propor outros de justa conveniência e urgência. (…) Por último, outra grande proposta fazemos, que é a aquisição do quadro de Columbano – Os artistas do Leão de Ouro -, onde estão representados os retratos dos principais pintores do final do século XIX, quadro que o Estado não devia consentir que fosse para qualquer outra galeria, o qual embora arrolado pelo Estado, está sujeito em posse particular a ser danificado, quadro essencial de presença neste Museu, obra-prima sem par do génio de Columbano. O seu actual proprietário propoz há anos a sua venda ao Estado, por 150.000$00. É pois natural que hoje o seu custo seja superior, mas mesmo assim, o Estado faria excepcional aquisição, convindo com urgência procurar negocia-lo com o seu proprietário, pois por mais do que uma vez os colecionadores ricos têem procurado adquiri-lo, certamente para depois o venderem ao Estado, com lucros vantajosos. Assim, convinha que fossem dadas ordens a quem com direitos, para negociar aquela transacção, e que depois de adquirido ele ingressasse neste Museu de Arte Contemporânea, em lugar central da cidade e em edifício próprio a construir, ele figurasse a par das excelentes obras do mesmo Mestre, que este Museu possue. A Bem da Nação Lisboa, Museu Nacional de Arte Contemporânea, em 16 de Julho de 1945 O Director» XXX Documento D 6 Livro 11 (1946) – Documento 115 «Quando o Estado, por proposta desta Sub-Secção da Junta Nacional dos Artistas do “Grupo do Leão”, por Columbano -, depois duma tentativa de transacção para a sua compra, manifestou dessa forma a preferência de selecção. Outros dois quadros, porém, foram motivo de discussão para compra, que, como a daquele, não foi levada acabo. Eram eles a “Paisagem do Vale de Carriche”, de Silva Porto, e o “Retrato do Snr. Antonio Monteiro”, por Columbano, qu na presente lista não se inclue e que fazia parte do conjunto exposto no “Leão de Ouro”. Em compensação outros quadros nesta relação surgem , que não compunham o referido conjunto e que, como tal, são estranhos ao interesse da colecção. Ao Estado continua a interessar a aquisição daqueles três quadros em separado, para o Museu Nacional de Arte Contemporânea, e portanto interessa-lhe saber o preço dessas obras em conjunto e por peça; mas porventura também pode interessar ao Estado a aquisição de outros quadros da colecção, como sejam “Apoteose aos fritos”, de Columbano, “Apoteose da lagosta”, de Malhoa, “Trecho do Bussaco”, de Antonio Ramalho, “Marinha na Junqueira”, de João Vaz e “Castelo de Leiria”, de Ribeiro Cristino, aos quais poderá dar o destino que entender. Neste sentido e conforme a proposta, convém saber-se qual o preço que se pede por cada um desses quadros e qual o preço em conjunto, para que esta Sub-Secção da J. N. de E. se pronuncie definitivamente. Em princípio é nosso parecer que as três primeiras telas devem ser adquiridas com destino ao referido Museu de Lisboa, como obras principais da colecção, devendo a primeira (já arrolada no Patrimonio Nacional) ser considerada como imprescindível nessa galeria do Estado, onde a obra daqueles artistas retratados está representada, e porque é considerada obra-prima da Pintura Portuguesa dos finais do século XIX. As cinco restantes podem na realidade ter destino para edifícios do Estado, - como o Palácio Foz, que está sendo valorizado e onde teriam adequada aplicação – porque formam um conjunto decorativo merecedor de atenção pelo seu valor. Em resumo, não interessa ao Estado a aquisição do bloco proposto pelo proprietário dos quadros do “Leão de Ouro”; mas podem interessar os dois núcleos citados, cujos preços se pedem. Dependendo deles quaiquer diligências de transacção. É nosso parecer, portanto, que depois de conhecidos os respectivos preços, esta Sub-Secção proponha aos Poderes Superiores a sua total ou parcial aquisição. Lisboa, 16 de Agosto de 1946 XXXI O Relator, Diogo de Macedo» XXXII Documento D 7 Livro 12 (1947) – Documento 79 «Quadros da Colecção do “Leão de Ouro” e particularmente do de Columbano com os retratos dos artistas do Grupo de Leão Em referência ao ofício Nº. 763-D, Lº. Nº. 34, Proc. 640, Fls. 9/1, de 8 de Abril de 1947, da 10ª. Repartição da Direcção Geral da Contabilidade Pública, temos a honra de informar que, a quando do leilão público dos quadros do Leão de Ouro, realizado há anos, não houve quaisquer diligência para aquisição, por parte do Estado, do quadro de Columbano. Com os retratos dos Artistas do Grupo do Leão, nem tão pouco das demais pinturas daquela colecção. A título de informação, temos a dizer que a única tentativa de aquisição do referido quadro de Columbano, por deliberação do Conselho Superior de Belas Artes, e por proposta de venda pelo seu proprietário, foi feita em Novembro de 1937 – como dizemos no nosso parecer de 11 de Outubro de 1946 -, não se tendo no Património Artístico da Nação, que o mesmo Conselho Superior de Belas Artes propoz, anteriormente aquele leilão. É portanto esta a segunda deligencia que se faz para a sua justa aquisição destinada ao Museu Nacional de Arte Contemporânea, motivada pela proposta do seu actual proprietário, em 5 de Agosto de 1946. Lisboa, 20 de Abril de 1947 O Relator, Diogo de Macedo» XXXIII E. Tabelas de obras incorporadas no MNAC durante a direção de Diogo de Macedo1 Totais dos núcleos Romantismo Carlos Reis Columbano Sousa Lopes Diogo de Macedo Eduardo Malta Lurdes Bartholo Sem dados Pintura 42 49 16 20 6 2 4 Desenho 44 89 3 57 12 4 4 Gravura Pintura 39 47 52 100 8 15 6 Desenho 2 15 16 105 7 4 16 Gravura Pintura 30 90 172 202 21 26 8 Desenho 1 16 8 43 15 1 3 Gravura 108 3 3 1º Naturalismo Carlos Reis Columbano Sousa Lopes Diogo de Macedo Eduardo Malta Lurdes Bartholo Sem dados 22 3 2º Naturalismo Carlos Reis Columbano Sousa Lopes Diogo de Macedo Eduardo Malta Lurdes Bartholo Sem dados 5 3 1 1 Estas tabelas foram-nos fornecidas pelo MNAC e transcritas por nós. Servem apenas como uma base de investigação e não como um trabalho acabado. Optámos por apresentá-las, transcrevendo-as apenas, de acordo com a forma como os dados nos foram fornecidos, já que este não é o tema do nosso trabalho e estas servem como documentos demonstrativos. Assim, destas tabelas podem não constar todas as obras que passaram a fazer parte do espólio do MNAC e muitas delas apresentam campos de informação incompletos. XXXIV 3º Naturalismo Carlos Reis Columbano Sousa Lopes Diogo de Macedo Eduardo Malta Lurdes Bartholo Sem dados Pintura Desenho 3 42 47 22 13 6 7 8 3 1 1 Gravura 18 4 Modernismo Carlos Reis Columbano Sousa Lopes Diogo de Macedo Eduardo Malta Lurdes Bartholo Sem dados Pintura 3 2 49 47 5 15 6 Desenho Gravura 17 20 2 38 17 2 3 1 Pintura Desenho Gravura 27 9 124 11 10 2 29 2 11 1 9 2 14 Contemporânea Carlos Reis Columbano Sousa Lopes Diogo de Macedo Eduardo Malta Lurdes Bartholo Sem dados Totais de Núcleos (exceto núcleos de estrangeiros e dúvidas) Carlos Reis Columbano Sousa Lopes Diogo de Macedo Eduardo Malta Lurdes Bartholo Sem dados Pintura 114 191 331 443 71 195 41 Desenho 47 120 51 243 41 77 43 Gravura 113 27 38 2 9 24 XXXV Obras que passaram a integrar o espólio do MNAC durante a direção de Diogo de Macedo Romantismo Autor Título António José da Costa Augusto Barradas Camélias Ferreira Chaves Francisco Assis Rodrigues Francisco Assis Rodrigues Francisco Assis Rodrigues Francisco Assis Rodrigues Francisco Assis Rodrigues Francisco Assis Rodrigues Francisco Metrass Francisco Metrass Francisco Metrass Francisco Metrass Francisco Metrass Francisco Metrass Data de entrada no MNAC 1953 Notas A.E. Uma Rua em Marrocos Retrato de Menina 1950 Cabeça de criança (desenho) Torso de Homem (desenho) Rapariga – Estudo (desenho) Estudo de pés (desenho) Estudo de criança (desenho) Estudo de criança (desenho) Estudo para o quadro Camões na Gruta de Macau (desenho) Estudo para o quadro Inês de Castro pressentindo os assassinos (desenho) Estudo para o quadro Inês de Castro pressentindo os assassinos (desenho) Estudo para o quadro Inês de Castro pressentindo os assassinos Inês de Castro perante o Rei D. Afonso IV (desenho) Inês de Castro aos 1947 Depositado pelo Museu Nacional de Arte Antiga por ordem da Fazenda Pública A.E. 1947 A.E. 1947 A.E. 1947 1947 A.E. a José de Bragança A.E. 1947 A.E. 1954 A.E. 1954 A.E. 1954 A.E. 1954 A.E. 1954 A.E. 1951 A.E. 1945 XXXVI Francisco Resende Isaías Newton João Cristino da Silva João Pedro Monteiro José da Silva José Ferreira Chaves José Ferreira Chaves pés de D. Afonso IV (desenho) Natureza Morta 1952 Adquirida pelo Estado a Luís Reis Santos A.E. 1946 A.E. Porta principal dos 1947 Jerónimos (desenho) Fachada do Banco 1947 de Portugal (gravura) Retrato da mulher do 1951 artista A.E. Caminho da Fonte dos Amores Auto-retrato 1950 Oferta do Banco de Portugal Oferta de Maria Adelina Veloso Salgado A.E. 1952 Manuel de Macedo Manuel Maria Bordalo Pinheiro As virgens do Mondego chorando a morte de D. Inês de Castro Retrato da Condessa de Farrobo – D. Madalena Rapariga (desenho) Apontamento para retrato (desenho) 1954 1945 Depositado pela viscondessa de Castilho A.E. L.E.B.P. Manuel Maria Bordalo Pinheiro Estudo para um quadro (desenho) 1945 L.E.B.P. Manuel Maria Bordalo Pinheiro Estudo para dois homens (desenho) 1945 L.E.B.P. Manuel Maria Bordalo Pinheiro Apontamento cabeça de homem (desenho) 1945 L.E.B.P. Manuel Maria Bordalo Pinheiro Apontamento cabeça mulher (desenho) 1945 L.E.B.P. Manuel Maria Bordalo Pinheiro Apontamento retrato senhora (desenho) 1945 L.E.B.P. Manuel Maria Bordalo Pinheiro Manuel Maria Bordalo Pinheiro Manuel Maria Bordalo Pinheiro Retrato de Homem (desenho) Retrato de Homem (desenho) Retrato de Senhora (desenho) 1945 L.E.B.P. 1945 L.E.B.P. 1945 L.E.B.P. José Rodrigues 1946 XXXVII Manuel Maria Bordalo Pinheiro Manuel Maria Bordalo Pinheiro Cena num Jardim (desenho) Apontamento retrato homem (desenho) 1945 L.E.B.P. 1945 L.E.B.P. Manuel Maria Bordalo Pinheiro Apontamento Busto (desenho) 1945 L.E.B.P. Manuel Maria Bordalo Pinheiro Marechal da Conceição (desenho) 1945 L.E.B.P. Manuel Maria Bordalo Pinheiro Manuel Maria Bordalo Pinheiro Jovem (desenho) 1945 L.E.B.P. Apontamento para retrato (desenho) 1945 L.E.B.P. Manuel Maria Bordalo Pinheiro Apontamento para retrato (desenho) 1945 L.E.B.P. Manuel Maria Bordalo Pinheiro Apontamento (desenho) 1945 L.E.B.P. Manuel Maria Bordalo Pinheiro Estudo para retrato do Marechal (desenho) 1945 L.E.B.P. Manuel Maria Bordalo Pinheiro Estudo para um retrato (desenho) 1945 L.E.B.P. Manuel Maria Bordalo Pinheiro Passeio público no verão de 1834 (desenho) 1945 L.E.B.P. Manuel Maria Bordalo Pinheiro Retrato do Duque de Lafões (desenho) 1945 L.E.B.P. Manuel Maria Bordalo Pinheiro Pombal Manuelino (desenho) 1945 L.E.B.P. Manuel Maria Bordalo Pinheiro Manuel Maria Bordalo Pinheiro Cabeças (desenho) 1945 L.E.B.P. Cena Familiar (desenho) 1945 L.E.B.P. Manuel Maria Bordalo Pinheiro A caridade não oficial (desenho) 1945 L.E.B.P. Manuel Maria Bordalo Pinheiro Cópia de Rafael (desenho) 1945 L.E.B.P. XXXVIII Manuel Maria Bordalo Pinheiro Manuel Maria Bordalo Pinheiro Por bem (desenho) 1945 L.E.B.P. Retrato de S. Pinheiro Ferreira (desenho) 1945 L.E.B.P. Manuel Maria Bordalo Pinheiro Cena de rua – apontamento (desenho) 1945 L.E.B.P. Manuel Maria Bordalo Pinheiro Composição – Belas- 1945 Artes (desenho) L.E.B.P. Manuel Maria Bordalo Pinheiro A justiça é cega (desenho) 1945 L.E.B.P. Manuel Maria Bordalo Pinheiro Tipos do Passeio Público (desenho) 1945 L.E.B.P. Manuel Maria Bordalo Pinheiro Músico – apontamento (desenho) 1945 L.E.B.P. Manuel Maria Bordalo Pinheiro Cena à janela (desenho) 1945 L.E.B.P. Manuel Maria Bordalo Pinheiro Apontamento para retrato do Papa (desenho) 1945 L.E.B.P. Manuel Maria Bordalo Pinheiro Frontão do teatro D. Maria (desenho) 1945 L.E.B.P. Manuel Maria Bordalo Pinheiro D. Martinho de Aguiar (desenho) 1945 L.E.B.P. Manuel Maria Bordalo Pinheiro Tema religioso (desenho) 1945 L.E.B.P. Manuel Maria Bordalo Pinheiro Apontamento (desenho) 1945 L.E.B.P. Manuel Maria Bordalo Pinheiro Miguel Ângelo Lupi D. Jaime (desenho) 1945 L.E.B.P. Retrato do Engenheiro Miguel Pais Retrato de António 1946 A.E. 1946 A.E. e pelo Legado Miguel Ângelo Lupi XXXIX Miguel Ângelo Lupi Miguel Ângelo Lupi Feliciano de Castilho Desenho Valmor 1951 A.E. a uma casa de antiguidades A.E. Marques de Pombal (desenho) Boi (gravura) 1951 Marinho Auto-Retrato 1947 1959 Autor Título Júlio Teixeira Bastos Enrique Casanova Enrique Casanova Enrique Casanova Ernesto Condeixa Cabeça de Velho Paisagem Paisagem Paisagem - Belas Auto-Retrato Data de entrada no MNAC 1952 José de Figueiredo Adolfo Greno 1950 1948 Adolfo Greno Cabeça de homem Retrato de Josefa Greno Retrato de criança Josefa Greno Flores 1951 Alfredo Keil Paisagem 1945 Alfredo Keil Alfredo Keil Castelo de S. Jorge O aterro em 1881 no cais do Tejo Praça dos Restauradores Marinha Varinas no cais do Tejo Composição Paisagem Retrato de Teresa E. Evelina Pereira da 1947 1947 Oferecido por Diogo de Macedo Oferecido por Diogo de Macedo Legado de Mª Emília Bordalo Pinheiro Legado de Luís Keil Legado de Luís Keil 1947 Legado de Luís Keil 1948 1953 A.E. A.E. 1947 A.E. L.E.B.P. Legado de Pereira da Costa Tomás da Anunciação Victor Bastos Visconde de Menezes 1947 Oferta do coronel Henrique Ferreira de Lima A.E. 1º Naturalismo Pintura Alfredo Keil Alfredo Keil Alfredo Keil Alfredo Keil Alfredo Keil José Malhoa 1947 1953 1951 1945 Notas A.E. A.E. A.E. A.E. Adquirido ao sobrinho do autor Pintor Ribeiro Júnior A.E. A.E. XL José Malhoa José Malhoa José Malhoa José Malhoa José Malhoa José Malhoa Marques de Oliveira Marques de Oliveira Marques de Oliveira António Ramalho António Ramalho Mª Aug. Bordalo Pinheiro Mª Aug. Bordalo Pinheiro M. Augusta B.P. Sousa Pinto Sousa Pinto Sousa Pinto Sousa Pinto Sousa Pinto Sousa Pinto Sousa Pinto Silva Porto Silva Porto Silva Porto Silva Porto Henrique Pousão António Ramalho António Ramalho António Ramalho António Ramalho João Anguervo? Costa Paisagem Retrato do pintor Fernando David Retrato de Francisco Sousa? Retrato de Ada Weinstein Clara 1945 1945 L.E.B.P. A.E. 1947 A.E. 1955 ? 1955 Retrato de João Pedro Monteiro Auto-retrato Recanto da Aldeia Póvoa do Varzim Rapariga Minhota Retrato de senhora Vista de Paris Menina 1956 1956 1953 1945 1945 Legado de Emílio? Porfírio Janeiro Legado herdeiro do retratado A.E. Adquirido ao Dr. Alfredo Magalhães A.E. ao artista A.E. L.E.B.P. L.E.B.P. Paisagem 1945 L.E.B.P. Malvaiscos Cabeça de Rapaz Britão – cabeça Paisagem de ? Paisagem A colheita do Trigo Ceifa Pescadores de Cascais O quinteiro minhoto Videiras Paisagem com vista de Sintra Paisagem Rapaz do comboio O zimbório do vale de Grace Estudo pata o retrato de Monteiro Ramalho (irmão do autor) Retrato do escritor Abel Botelho 1945 1946 1946 1953 1953 1957 1945 L.E.B.P. A.E. A.E. A.E. L.E.B.P. A.E. A.E. L.E.B.P. 1953 1949 1948 A.E. Leg. Valmor A.E. 1945 1945 1945 L.E.B.P. L.E.B.P. L.E.B.P. 1949 Adquirido à família do retratado 1952 Retrato de Criança (menina Julieta) Caminho velho- 1945 Adquirido aos herdeiros de António Boto Silva A.E. 1957 A.E. 1948 1954 XLI Ribeiro João Vaz João Vaz Vizela Torre das Cabaças Santarém Marinha – barcos na praia 1945 L.E.B.P. 1947 A.E. Notas Desenho Autor Título Simões de Almeida (tio) Adolfo Greno Maria Augusta Bordalo Pinheiro Maria Augusta Bordalo Pinheiro Maria Augusta Bordalo Pinheiro Maria Augusta Bordalo Pinheiro Maria Augusta Bordalo Pinheiro Maria Augusta Bordalo Pinheiro Maria Augusta Bordalo Pinheiro Maria Augusta Bordalo Pinheiro Maria Augusta Bordalo Pinheiro Maria Augusta Bordalo Pinheiro Maria Augusta Bordalo Pinheiro Maria Augusta Bordalo Pinheiro Maria Augusta Bordalo Pinheiro Maria Augusta Bordalo Pinheiro Rafael B.P. Rafael B.P. José Júlio Sousa Pinto Sousa Reis Álbum Data de entrada no MNAC 1945 Auto-retrato Menina com flores 1947 1945 A.E. numa casa de livros antigos? A.E. L.E.B.P. Amor Perfeitos 1945 L.E.B.P. Plantas 1945 L.E.B.P. Enredo de Plantas 1945 L.E.B.P. Retrato Van Dick (cópia) Retrato de Van Dick 1945 L.E.B.P. 1945 L.E.B.P. Retrato Marquês de Pombal Retrato Marquês de Pombal Retrato Van Dick 1945 L.E.B.P. 1945 L.E.B.P. 1945 L.E.B.P. Retrato de homem (Van Dick) Retrato de homem 1945 L.E.B.P. 1945 L.E.B.P. Busto de Menina 1945 L.E.B.P. Tipo de Mulher 1945 L.E.B.P. Retrato de Senhora com cão Cavalo Cavalo Pescador 1945 L.E.B.P. 1945 1945 1945 L.E.B.P. L.E.B.P. L.E.B.P. Estudo 1948 A.E. XLII Óleos de Columbano Título Retrato do poeta Bulhão Pato Ret. do poeta Antero de Quental Ret. de D. Mª Augusta Bordallo Pinheiro Ret. do actor Vale Ret. de Teixeira de Queirós Natureza Morta Paisagem Natureza Morta Natureza Morta Vaquinha Estudo para uma decoração Ilha dos amores (estudo) Desenho da Cruz (esboceto) Estudo para um teto (dec. Histórica) Estudo para o quadro “As minhas sobrinhas” Estudo para decoração do Palácio das Cortes Estudo para o Ret. de Ley Soriamo O Pai do Artista pintando Concílio dos Deuses Ret. de Henrique Casanova Ret. do pintor Rodrigues Vieira Ret. do escritor Fialho de Almeida Ret. de Oliveira Martins Rapaz com traje ?? Data de entrada no MNAC 1945 Notas Adquirida em leilão 1946 1945 Doação de Mª Conceição Lemos de Magalhães L.E.B.P. 1945 1945 1945 1945 1945 1945 1945 1945 1945 1945 1945 L.E.B.P. L.E.B.P. L.E.B.P. L.E.B.P. L.E.B.P. L.E.B.P. L.E.B.P. L.E.B.P. L.E.B.P. L.E.B.P. L.E.B.P. 1945 L.E.B.P. 1945 L.E.B.P. 1945 L.E.B.P. 1945 1945 1945 1945 L.E.B.P. L.E.B.P. A.E. A.E. 1947 A.E. 1947 1947 Ret. do Dr. Engenheiro de Castro Ret. do Dr. Jaime Batalha Reis Nos ombros de um tritão? vai Diana? Dois pequenos amigos 1947 A.E. Oferecido por Francisco Romano Ministério das Finanças 1947 Oferecido por Batalha Reis 1948 A.E. 1948 Ret. de José Queirós Estudo para Camões O Grupo de Leão 1951 1952 1953 Oferecido por Helena Ferreira e José Maria Ferreira A.E. A.E. A.E. XLIII Últimos Momentos de Camões Ret. de Rodrigues Faria Ret. de Afonso Lopes Vieira 1953 Tema de interior 1958 Academia Nacional de Belas Artes A.E. a Alfredo Pinto ? Legado de Maria Helena Aboim? Lopes Vieira Legado de Dr. Emídio Garcia Mendes 1953 Cabeça de homem Virgem da Conceição Encontrou-se nas arrecadações do Museu Desenhos de Columbano Título Estudo para o quadro de Sto. António de Lisboa Família do artista Guitarrista Manuel Gustavo Cabeça de homem Estudo para o Palácio das Cortes Estudo para a decoração do Palácio das Cortes 79 Desenhos Retrato de Luís de Camões A portuguesa(?) e as ninfas na ilha dos amores Os portugueses e as ninfas no banquete Data de entrada no MNAC ? Notas A.E. 1945 1945 1945 1945 L.E.B.P. L.E.B.P. L.E.B.P. L.E.B.P. 1945 L.E.B.P. 1945 1945 1945 L.E.B.P. L.E.B.P. L.E.B.P. 1945 L.E.B.P. Escultura de Columbano Meninas – 1945 – Legado L.E.B.P. 2º Naturalismo Pintura Autor Título Albino Armando Onde se encontra o Vouga e o Ave Rosas encarnadas Pensamento Melancólico Vaidade José Basalisa Carlos Bonvalot Emília Santos Braga Data de entrada no MNAC 1950 Notas 1947 1949 A.E. A.E. 1951 Legado da artista A.E. XLIV D. Carlos de Bragança Campina Alentejana 1948 D. Carlos de Bragança D. Carlos de Bragança Luís Ortigão Burnay Casario numa rua 1955 Um trecho de Sintra 1955 (?) Retrato de José de Azevedo Castelo Branco Versailles Rapariga Bretã 1957 O Rio Douro em Ancede Entrada na Doca Retrato do Violoncelista Manuel da Silva Sintra Cabeça de velha Paisagem Natureza Morta Maçãs Rua de Aldeia Tapada da Ajuda Terras do Gerês 1954 José Campas Alves Cardoso António Carneiro Gabriel Constante Gabriel Constante Adriano Costa Júlio Costa Cândido da Cunha Fernando David Fernando David Clotilde Feio Agostinho da Fonseca Agostinho da Fonseca Raquel Roque Gameiro Sara Gonçalves Albertino Guimarães Júlio Teixeira de Lacerda Acácio Lino Joaquim Lopes Joaquim Lopes Sousa Lopes Armando Lucena Manuel Maria Lúcio Manuel Maria Lúcio João Marques 1946 1952 1947 1951 Legado ao Museu por D. Júlia Seabra de Castro Espólio da Rainha D. Amélia Espólio da Rainha D. Amélia Oferta dos filhos do retratado A.E. Academia de Belas Artes A.E. ao Dr. Alfredo de Magalhães A.E. Oferta da família do pintor 1947 1955 1947 1956 A.E. A.E. A.E. A.E. 1959 1957 1955 A.E. A.E. A.E. ao autor Igreja de St. Sauver da Luz, França Lavandeiras de S. Tomé O Angueiro Azenhas 1955 A.E. 1956 A.E. Cabeça de Homem (Napoleão?) Retrato do Escritor Justino Montalvão Homem de Capote (estudo) Uma Menina (estudo para retrato) Paisagem – S. Mamede Infesta Paisagem Vale do Vouga Parque Largo dos Grilos 1948 1951 1951 1949 A.E. ao artista numa exposição da SNBA Oferta de Diogo de Macedo Oferta do retratado 1949 Oferta do retratado 1955 Oferta do retratado 1953 A.E. 1947 A.E. A.E. A.E. A.E. 1946 1947 XLV Artur Vieira de Melo Retrato de Adelaide Vieira de Melo Vasques Saloia num burro 1957 Oferta de Jaime Ruy Melo Vasques 1957 Retrato de Adelaide Vieira de Melo Retrato de João Vieira de Melo Retrato de Adelaide Vieira de Melo Vasques Águas Sossegadas 1957 Oferta de Jaime Vasques Oferta de Jaime Vasques Oferta de Jaime Vasques Oferta de Jaime Vasques Bancos num cais do mediterrâneo Arcos de Valdevez Pescador Micaelense No caminho da fonte 1958 Carlos Reis Retrato de Carlos Lamarão 1955 Carlos Reis Raios de Sol Ardente 1957 Jaime Batalha Reis João Reis Ricardo Ruivo 1957 1950 1948 Ricardo Ruivo Retrato de Senhora Velas no Tejo Retrato do Pintor José Campas Auto-retrato Veloso Salgado Dr. José de Castro 1951 J. Veloso Salgado Vareira 1955 Luís Salvado Marques da Silva Fausto Sampaio Na feira de S. João Évora Rua Afonso de Albuquerque - Goa O Pato 1951 Oferta de Fernando Mardel Oferta dos filhos do retratado Oferta dos filhos do retratado A.E. 1947 A.E. 1955 A.E. Domus Municipalis de Castelo Branco Quinta de Moura 1947 A.E. 1945 A.E. Deslumbramento ou areias ardentes 1946 A.E. ao artista Artur Vieira de Melo Artur Vieira de Melo Artur Vieira de Melo Artur Vieira de Melo Tomás de Moura José Navarro Ezequiel Pereira Domingos Rebelo Carlos Reis Alda Machado dos Santos Fernando Santos Constâncio Gabriel da Silva Constâncio Gabriel da Silva 1957 1957 1957 1949 1953 1955 1957 Oferta do pintor Abel Moura A.E. A.E. A.E. Depositado pela Fazenda Pública (proveniente do Conde de Paris) Legado por Filomena Lamarão Vieira da Costa Oferta do Duque de Palmela A.E. A.E. Oferta do retratado XLVI Alberto de Sousa Sofia Martins de Sousa Mulher das cercanias de Aveiro O atelier da pintora 1948 A.E. 1953 A.E. Estudo do painel do clero – monasterial Alferes Mor Bispo de Casula Amara (?) Imaginário Cabeça de Homem Troncos de árvore 1945 Fazenda Pública 1945 1945 Fazenda Pública Fazenda Pública 1945 ? 1955 Fazenda Pública Fazenda Pública Fazenda Pública Uma senhora 1955 Um sobreiro ? Uma varina ? Retrato de Júlio Brandão Retrato do violinista René Bohet 1947 Retrato do Pintor Alfredo Miguéis Cabeça de criança 1946 Depositado pela Fazenda Pública Depositado pela Fazenda Pública Depositado pela Fazenda Pública Doado pelos filhos do retratado Oferta da Sra. D. Irene Bohet, viúva do retratado A.E. 1947 A.E. Apontamento ? A.E. Apontamento (Estudo de Crianças) Retrato do actor Chaby Pinheiro Árvores - Malveira Apontamento – Nazaré Retrato do pintor Eduardo Romero Duas Sevilhanas Estudo (Nu Masculino) Retrato de David Melo Retrato de Simões de ? A.E. 1947 Legado do retratado 1956 1956 A.E. A.E. 1950 Oferta da família do retratado A.E. Oferta de Diogo de Macedo Oferta de Diogo de Macedo Oferta de Diogo de Desenho Jaime Martins Barata Jaime Martins Barata Jaime Martins Barata Jaime Martins Barata Jaime Martins Barata D. Carlos de Bragança D. Carlos de Bragança D. Carlos de Bragança D. Carlos de Bragança António Carneiro António Carneiro Martinho da Fonseca António Teixeira Lopes António Teixeira Lopes Teixeira Lopes Teixeira Lopes Armando Lucena Armando Lucena João Savedra Machado Júlio Moisés Augusto Santos (?) Francisco Valença Francisco Valença 1957 1953 1948 1948 1948 XLVII Francisco Valença Francisco Valença Francisco Valença Francisco Valença Almeida Retrato de D. João da Camara Retrato de Marcelino Mesquita Retrato de Alfredo Morais Retrato de Saavedra Machado Macedo Oferta de Diogo de Macedo Oferta de Diogo de Macedo Oferta de Diogo de Macedo Oferta de Diogo de Macedo 1948 1948 1948 1948 Nota: Para este período – 2º naturalismo – existem muitas obras sem dados Desenhos de Sousa Lopes Título Expressão Maliciosa Retrato de homem judeu Croquis de beira mar 10 desenhos Data de entrada no MNAC 1946 1946 1946 1946 Notas Fazenda Pública Doação familiar Fazenda Pública Fazenda Pública 3º Naturalismo Pintura Autor Título Álvaro Duarte Almeida Rogério Amaral José Maria Amaro Jr. Fortunato Anjos João José Sousa Araújo Alberto Nery Capucho Alberto Cardoso Carlos Carneiro Carlos Carneiro João Alberto Carvalho Martins Costa Pinho Dinis Notas Paisagem Data de entrada no MNAC 1954 Barcos na doca Escolhendo Café Luvas O canhoto 1952 1952 1945 1959 A.E. A.E. A.E. A.E. Fonte da vida – Castelo de Vide O Barco Azul Arco do Triunfo Paris Uma rua em Saravejo Basílica de S. Francisco Coimbra através das árvores 1946 A.E. 1951 1948 1959 1952 A.E. A.E. A.E. 1953 A.E. 1954 A.E. A.E. XLVIII Silva Lino Silva Lino Silva Lino Paisagem de Outono Paisagem de (?) Uma rua na Aguda/Ajuda (?) Lisboa Nova Ao largo de Belém (?) Retrato de Afonso Lopes Vieira (?) Retrato de Menina 1951 1953 1949 A.E. A.E. A.E. 1959 1945 A.E. A.E. 1955 Legado 1959 Jaime Altieva(?) Henrique Medina Igreja de (?) Retrato de Mauterlinck(?) 1953 1947 Henrique Medina Retrato de Gonçalo Breyner 1957 Jaime Altieva(?) Porta da cidade de Viseu Menina Mondego em Penacova Rio Ceira (?) - Lousã Efeito do Sado Trecho de Óbidos Paisagem – Sol de Maio Paisagem Neve (?) Recanto do Louvre Paris (?) do Trigo Primavera num jardim 1953 Oferecido pela mulher do artista A.E. Entregue ao Museu pelo Ministério das Finanças Legado por Júlio de Castro Mello Breyner A.E. 1948 1950 A.E. A.E. 1953 1947 1943 1950 A.E. A.E. A.E. A.E. 1948 1956 1954 A.E. A.E. A.E. 1950 1950 A.E. A.E. Autor Título Notas Infante Carmo (?) Maria Ribeiro Cruz Eduardo Malta Praça dos restauradores Rapariga Estudo de raparigas Data de entrada no MNAC 1959 1948 1944 Carlos Marques Algarvios Oferta da autora Oferta da Litografia Nacional A.E. Machado Luz Francisco Maria Eduardo Malta Eduardo Malta Abel Moura Ventura Moutinho Jaime Monteiro(?) Pedro Jorge Pinto Pedro Jorge Pinto Carlos Augusto Ramos Mário Salvador José Dias Sanches Júlio Santos Luciano Santos Maria Luísa Tavares Desenho 1946 A.E. XLIX Gravura Autor Título Renato de Sousa Araújo Renato de Sousa Araújo Renato de Sousa Araújo Renato de Sousa Araújo Renato de Sousa Araújo Renato de Sousa Araújo Aires de Carvalho Os artífices do século XV Gravura de duas cabeças O comércio do século XV Cabeça de velho Álvaro Lucas Retrato da Rainha D. Maria II D. Luísa Francisca de Gusmão Palácio da Pena Sintra Sé Velha de Coimbra Data de entrada no MNAC 1945 1945 1946 1947 1949 1949 1956 1949 Notas Oferta do Banco de Portugal Oferta do Banco de Portugal Oferta do Banco de Portugal Oferta do Banco de Portugal Oferta do Banco de Portugal Oferta do Banco de Portugal A.E. Oferta do Banco de Portugal Modernismo Pintura Autor Dominguez Alvarez José de Andrada Lino António Armando Basto Manuel Bentes Manuel Bentes Carlos Botelho Amadeu de Souza Cardoso Amadeu de Souza Cardoso Amadeu de Souza Cardoso Amadeu de Souza Cardoso Heitor Cramez António Cruz Maria Adelaide de Título Data de entrada no MNAC Bairro de pescadores 1947 Mulher de Turbante 1951 Ceifeiras 1951(?) No meu atelier de 1945 Paris Torre do Relógio 1957 Natureza Morta 1946 Lisboa 1952 Cabeça Notas Cabeça de Homem 1953 Cabeça 1953 Oferecido por Diogo de Macedo A.E. Cabeça 1953 A.E. Estudo de retrato 1951 (?) Recanto de Jardim 1952 1952 Oferecido por Diogo de Macedo A.E. A.E. A.E. A.E. A.E. Oferecido por Diogo de Macedo A.E. A.E. A.E. A.E. L Lima Cruz Mário Eloy Mário Eloy Mário Eloy Mário Eloy Mário Eloy Dordio Gomes Dordio Gomes Fred Kradolfer Abel Manta Abel Manta Abel Manta Almada Negreiros Emmerico Nunes Emmerico Nunes Milly Possoz Mily Possoz Mily Possoz Mily Possoz Santa-Rita Francisco Smith António Soares Tomás de Melo Tomás de Melo Eduardo Viana Eduardo Viana Eduardo Viana Eduardo Viana Eduardo Viana Auto-retrato Retrato do pintor Paulo Ferreira Retrato do bailarino Francis O Poeta e o Anjo Bailarico no Bairro Rio Douro 1945 1949 Cavalos Paisagem Natureza-morta – maçãs e uvas Retrato da pintora Maria Keil Retrato do pintor ou Auto-Retrato Acrobata No cais de Gremelhe Sines (35º à sombra) Retrato de Senhora Praia de Pescadores (Cascais) Outono (Sintra) Paris Antigo Estudo para Sansão e Dalila Evocação de Lisboa (varinas) Av. Da Liberdade Casa da Esquina Barcas no Tejo A Revolta 1956 1948 1949 A.E. A.E. Oferecido por Diogo de Macedo A.E. A.E. A.E. 1953 Oferta do autor 1955 A.E. 1952 1946 1959 1948 1946 A.E. A.E. A.E. A.E. A.E. 1944 1957 1955 A.E. A.E. Academia Nacional de Belas-Artes A.E. Impressão de praia Cais do Douro A ponte sobre o Douro Retrato de Waldemar da Costa 1957 1954 1952 Legado Valmor A.E. A.E. Oferta de Mily Possoz A.E. A.E. A.E. 1957 A.E. Nu Feminino Desenho Escada Feira 1945 1945 1957 1955 A.E. A.E. A.E. A.E. 1952 1951 1953 1945 1954 1959 1950 1953 1957 A.E. Adquirido à família do retratado Oferta do retratado Desenho António Duarte Paulo Ferreira António Lino Bernardo Marques LI Bernardo Marques Bernardo Marques 1955 1955 A.E. 1955 A.E. 1946 1948 A.E. A.E. 1952 1957 A.E. A.E. José Tagarro Sintra (?) Vista de Lisboa e Tejo Costa do Algarve Paisagem Duas figuras Rapaz apoiado numa mesa Varina O Gato numa cadeira Retrato de Senhora 1946 Tomás de Melo Tomás de Melo Pescador O circo 1945 1950 Oferecido por Diogo de Macedo A.E. A.E. Cais do Porto Meditação Lirismo Azul Cidade - Lisboa Livros usados Menina Varina – estudo Varina – estudo Varina- estudo Varina – estudo Varina - estudo Casas de Fuencarral (?) Paisagem Casario de Lisboa ou Bairro Popular Sinfonia de Telhados Velas Paisagem O espelho partido Impressão de Lisboa Cabeça de Mulher 1945 Bernardo Marques Bernardo Marques Almada Negreiros Almada Negreiros Almada Negreiros Mily Possoz Arte Contemporânea Nadir Afonso D’Assumpção D’Assumpção Fernando Azevedo Joaquim Bartholo Madalena Cabral Madalena Cabral Madalena Cabral Madalena Cabral Madalena Cabral Madalena Cabral Rui Filipe João Hogan João Hogan Jaime Isidoro José Júlio José Júlio Querubim Lapa Albertino Mântua Cândido da Costa Pinto Cândido da Costa Pinto Júlio Pomar Maria Helena Vieira da Silva Marcelino Vespeira 1947 1957 1957 1948 1951 1951 1951 1951 1951 1957 A.E. A.E. Oferta do artista A.E. A.E. A.E. A.E. A.E. A.E. A.E. A.E. A.E. 1950 1952 A.E. A.E. 1948 1957 1957 1956 1957 1951 A.E. A.E. A.E. A.E. A.E. A.E. Aurora (?) 1952 A.E. O galo e a rapariga do galo Casas 1952 A.E. 1957 A.E. Noctívolo 1954 A.E. LII Desenho Ribeiro Pavia? Júlio Pomar Albano Neves Sousa Albano Neves Sousa Teresa Sousa Cabeça de camponesa Rapariga Feitiçaria Choro Noite - Paris 1958 A.E. 1952 1949 1949 1957 A.E. A.E. A.E. A.E. Plantadora de Arroz Trapeira Nu Cenas do povo ou Família de operário Mulheres do Povo Peixeira e pescador Vida Silenciosa Dois Sinais Cidade à noite 1958 1957 1958 1952 A.E. A.E. A.E A.E. 1952 1956 1957 1957 1958 A.E. A.E. A.E. A.E. A.E. Gravura Cipriano Dourado Alice Jorge Alice Jorge Júlio Pomar Júlio Pomar Júlio Pomar Bartholomeu Cid Bartholomeu Cid Bartholomeu Cid Artistas Estrangeiros Auguste Cabanel De Bera Henri Bernardelli Ballayer ? Aldolfo Souza Carneiro Daubigny Ruiz Fernandes Gunther Reinhard Frintze Reinhold II Paolo Michetti Alessandro Riberi Pierre Pagés Pierre Pagés José Possacas? A.Pratella Retrato de Emilia Povon Aldeia de França Madona Paisagem do Recife Paisagem de Itália 1949 Cedido MEN? 1953 ? 1951 1946 Oferecido pelo autor A.E. Oferecido pelo autor A.E. Paisagem de França 1950 Rosas valencianas Praia de S. Pedro de Muel - Portugal Vista de Sá da Bandeira (Angola) Perfil de pastor Paisagem O Porto do Funchal Mercado da Ribeira Retrato do Marechal Marina (Porto de 1952 1956 Adquirido a Artur Soares Pereira ?? Oferecido pelo autor A.E. 1951 A.E. 1956 1950 A.E. A.E. A.E. A.E. A.E. A.E. 1954 1949 1948 LIII A.Philipperall Ignacio Zuloaga José de Andrada Mar Marinha Retrato de Senhora Mulher de turbante 1945 1959 1951 Max Braumann Max Braumann André Bizet Luis Canals António Calderara Cidade à noite Vista de Palmela Uvas e maçãs Nú (torso) Natureza morta 1957 1945 1947 1951 1950 Anna Claudi Valadas Cariel Waldemar da Costa Waldemar da Costa Bernard Henry Daydé Flores e Peixes Heracles Antes Flores Mulher na Praia Vue generale d’Avignon - França Retrato do violinista Filipe Newman O choro 1955 1959 1956 1957 1952 Legado Valmor A.E. Oferta de Diogo de Macedo A.E. A.E. A.E. A.E. Oferta de Diogo de Macedo A.E. A.E. A.E. ao artista Oferta do autor Oferta do autor 1949 Oferta do retratado 1951 A Carroça Torso de mar Espanha 1956 1958 Oferta do Dr. Assis Chateaubriand A.E. ao artista A.E. Leslie Foc? Cândido Portinari Molenia?? Stael Hirosuki Watanuki Desenhos Ramon Casas Jovem Espanhola 1953 Maria Droc? Hotel de Ville de Paris Igreja da fortaleza de Muxima Fortaleza de S. Miguel (Luanda) Lagarterana 1952 A.E. a Adolfo Castanhã A.E. 1952 A.E. 1948 A.E. 1953 Desenho Croquis de nus Nu Feminino Retrato da pintora Karin Retrato de Armando de Basto Cheveaux à l’aube Coimbra Trecho de Lisboa Desenho a nanquim 1945 1957 ? 1957 A.E. a Adolfo Castaná A.E. ao artista A.E. Kuntze Kuntze Carlos Vasquez Max Braumann Max Braumann Granowsky, Sam Ernest Leyden Niñez Pino della Selva Hirosuke Watanuki Hirosuke Watanuki Hirosuke Watanuki A.E. ? 1955 1957 1959 1958 Oferta do autor A.E. A.E. A.E. LIV Egon Vollert vonder Wehl Gretchen Wohlwile Gretchen Wohlwile Alvorsde (Hamburgo) Barraca de feira – Venda do Pinheiro Sintra 1957 A.E 1946 A.E. 1948 A.E. Crianças 11 litografias intituladas Elles Choeur des opprimes St. François d’Assis Carnaval St. Christophe Printemps Retrato de HHector Berlioz Retrato de Vicenzo Bellini Le Roleil dans les champs La muse et son poete St. Lucie L’aube Danse au clair de la lune Reveuse Paysane assise Les trois montagens Auto-retrato Figura colorida Deux Filles La Virge Le philosophe Petit Chérie Le beau echove La Naissance de venus Le château Abandone Raparigas na praia 1956 1949 A.E. A.E. 1955 1955 1955 1955 1955 1955 Oferta do autor Oferta do autor Oferta do autor Oferta do autor Oferta do autor Oferta do autor 1955 Oferta do autor 1955 Oferta do autor 1955 1955 1955 1955 Oferta do autor Oferta do autor Oferta do autor Oferta do autor 1955 1955 1955 1955 1955 1955 1955 1955 1955 1955 1955 Oferta do autor Oferta do autor Oferta do autor Oferta do autor Oferta do autor Oferta do autor Oferta do autor Oferta do autor Oferta do autor Oferta do autor Oferta do autor 1955 Oferta do autor 1952 A.E. Gravura Foujita Toulose Lautrec Pino della Selva Pino della Selva Pino della Selva Pino della Selva Pino della Selva Pino della Selva Pino della Selva Pino della Selva Pino della Selva Pino della Selva Pino della Selva Pino della Selva Pino della Selva Pino della Selva Pino della Selva Pino della Selva Pino della Selva Pino della Selva Pino della Selva Pino della Selva Pino della Selva Pino della Selva Pino della Selva Pino della Selva Hansi Stael Escultura Joaquim Valente Barata Feyo Judite Rapariga da Nazaré 1944 1944 A.E. A.E. LV Martins Correia Szooly (?) Pedra … Grupo de Mulheres 1944 1945 Ferreira da Silva Gouveia R. Meester de Beazenbraeck (?) Columbano Eça de Queiroz 1945 Antílope 1946 Meninos (alto Relevo) Busto da Atriz (?) das Neves Busto de Poeta (António Navarro) Pastorinha Mulher Acocorada Busto de Rapaz D. Afonso Henriques 1946 José de Oliveira Ferreira Busto de Criança 1947 Pinto de Castro Máscara Negra 1947 Pinto de Castro Retrato da Filha do Artista 1947 Anjos Teixeira Costa Mota Francisco dos Santos Francisco Franco Euclides Vaz Silva Pinto Soares dos Reis Desesperação (?) Lavador Crepúsculo 1947 1947 1947 Adão e Eva Máscara Busto de Homem Leandro Braga 1947 1948 1949 1949 Teixeira Lopes Estuda para a Viúva (?) Busto do Pintor Vazques (?) Dias Busto do Pintor Mário Eloy Busto do Pintor Júlio Silva 1949 A.E. A.E. A.E. Fundição paga pelo Estado A.E. 1951 A.E. 1951 A.E. 1952 Mulher e Cabrito Cabeça de Rapaz 1952 1952 Cedência para Fundição paga pelo Estado A.E. Fundição paga pelo Soares dos Reis António Duarte (?) Bessone Aristides Maillol Sousa Caldas Soares dos Reis João Fragoso Diogo de Macedo Anjos Teixeira Martins Correia Francisco Franco 1946 1946 1946 1947 1947 1947 A.E. Doação de Amadeu (?) Ferreira de Almeida A.E. Doação do Autor a Portugal L.E.B.P. Oferta de Diogo de Macedo A.E. A.E. A.E. A.E. Doação do Diretor (Diogo de Macedo) Depositado pela Direcção Geral da Fazenda Pública Depositado pela Direcção Geral da Fazenda Pública Depositado pela Direcção Geral da Fazenda Pública A.E. A.E. A.E. LVI Museu Fundição paga pelo Museu Fundição paga pelo Museu Fundição paga pelo Museu A.E. Euclides Vaz Máscara 1952 Simões de Almeida Sobrinho José Neto Ninfas 1952 Cariátide 1952 Joaquim Correia 1953 Soares dos Reis Busto do Arquitecto Manuel Raposo Morte de Adónis Diogo de Macedo Francisco Franco Soares dos Reis Soares dos Reis Joaquim Gonçalves da Silva Barata Feyo Francisco Franco Rapariga do Campo Rapariga Polaca Flora Tanagra Máscaras decorativas Busto de Columbano Torso de Mulher 1953 1953 1954 1954 1955 Numédico (?) Bessone Lagoa Henriques Maria Irene Vilar 1956 1956 1957 A.E. A.E. Francisco Franco Estudo para Estátua de Ramalho Ortigão Busto de Rapaz Retrato do Violinista Cláudio Carneiro Busto de Rapariga Oferta de Diogo de Macedo A.E. Fundição A.E. A.E. Oferta de Diogo de Macedo A.E. Proveniente da Academia Nacional de Belas Artes, Fundição por conta do Museu A.E. 1957 Soares dos Reis A Música 1957 Vasco Pereira da Conceição Maria Barreira Armando de Mesquita Soares dos Reis Descanso 1958 Fundição por verba especial dada pelo Ministro Fundição por verba especial dada pelo Ministro A.E. Repúdio Busto de Homem 1958 1958 A.E. Fundição A História 1958 Raul Xavier Alegoria à Batalha de Aljubarrota 1959 Raul Xavier Cabeça de Homem 1959 Costa Mota Filho Costa Mota Filho Mário Léne Lourenço 1959 1959 Fundição – verba especial Depositado pelo Artista; A.E. em 1962 Depositado pelo Artista A.E. A.E. 1953 1955 1955 LVII F. Tabelas de relação de dados Tabela 1 Monografias de Arte por ano Ano de Publicação 1930 1934 1935 1937 1938 1939 1940 1943 1944 1945 1946 1947 1948 1949 Título da obra - 14, Cité Falguière - Arte Indígena Portuguesa - Iconografia Tumular Portuguesa - Rodin - Espanha de Ontem - Gaia a de nome e renome: monografia evocativa - Os túmulos de Alcobaça - Algumas obras de arte portuguesa - Cinco Escultores Franceses: Rodin, Bourdelle, Bernard, Despiau, Maillol - Em redor dos presépios portugueses - O desenhador Cristiano de Carvalho - Os estudos para a estátua de D. Afonso Henriques - Soares dos Reis: a sua vida dolorosa - João José de Aguiar: a vida de um malogrado escultor português - Douro - Um problema nacional na arte de Benim - A escultura portuguesa nos séculos XVII e XVIII - A Exposição de Miguel Ângelo Lupi - Columbano: «Concerto de Amadores» - Soares dos Reis: estudo documentado - A Arte em Portugal no Século XIX - A Arte Moderna - O Grupo do Leão: 1885-1905 - O Aleijadinho - Sumário Histórico das Artes Plásticas em Portugal - Visconde de Meneses: 1820-1878 - Carlos Reis: um paisagista - Miguel Lupi: síntese de uma obra - Soares dos Reis: o seu centenário - A Pintura e a escultura nas Obras Públicas (In 15 Anos de Obras Públicas) - Malhoa: o seu portuguesismo - Por terras de Portugal: desenhos de Thomaz de Mello - Meneses, Metrass, Patrício, Rodrigues: quatro pintores românticos Nº de obras por ano 1 2 1 1 1 1 3 3 3 4 6 3 3 2 LVIII 1950 1951 1952 1953 1954 1955 1956 1957 1958 - Quatro quadros de El-Rei D. Carlos: dois retratos por Malhoa e Columbano - Académicos e Românticos - Alfredo Keil: um independente - Silva Porto: um fundador - Sintra na pintura do século XIX - Marciano Henriques da Silva - O Aleijadinho de Minas Gerais - Os presépios portugueses - Sousa Pinto: saber e sensibilidade - Tomás José da Anunciação - Visconde de Meneses - Augusto Santo - Columbano - Francisco Metrass e António José Patrício - João Cristino da Silva e Manuel Maria Bordalo Pinheiro - Miguel Lupi - Alcobaça - Armando de Basto - Marques de Oliveira, Artur Loureiro: dois naturalistas - Presépios Portugueses - Sousa Lopes: luz e cor - Subsídios para uma análise à obra de Francisco Franco - António Ramalho e João Vaz - O pintor D. Carlos de Bragança no Paço Ducal de Vila Viçosa - Veloso Salgado e Luciano Freire - A imagem de Cristo na Arte Portuguesa (In Cristo na Arte. Algumas esculturas do século XII ao século XIX existentes no Porto) - Notas biográficas de dois académicos - Reproduções de trabalhos de Abel Salazar com um estudo crítico de Diogo de Macedo - Tomás da Anunciação: chefe do Romântismo - Domingos Sequeira - Francisco Franco - Grupo do Leão - Notas sobre o imaginário Manuel Pereira - Philippe Hodart - Uma pequena galeria de retratos - Columbano e o seu museu - Machado de Castro 4 6 5 6 3 4 6 1 2 LIX 1959 1961 - Mário Eloy - Amadeo Modigliani e Amadeo de SouzaCardoso - No centenário de Pousão - Os Românticos Portugueses (escrito em 1959) 2 (+1) LX Tabela 2 Artistas - 14, Cité Falguière Artista (Jules) Pascin 1885-1930 Manuel Jardim 1883-1923 (José) Wasth Rodrigues 1891-1957 Especialidade / Nacionalidade Pintor / búlgaro – americano (nacionalizado) Pintor / português Pintor / brasileiro Mr. Bartlett (Paul Escultor / Wayland Bartlett) Americano 1865-1925 (Antoine) Bourdelle 1861-1929 Escultor / Francês (Bernard) Naudin 1876-1946 Gravador, pintor / Francês (Jean-Antoine) Injalbert 1845-1933 Escultor / Francês Joseph Bernard 1866-1931 Escultor / Francês Notas Pág. (s) Vivia no 3 da Rua Bara, perto do 26 jardim Luxembourg Vivia no 3 da Rua Bara, perto do 26; 33 jardim Luxembourg Tinha passado por Paris pouco antes da chegada de Diogo de Macedo «Um brasileiro, o pintor Wasth Rodrigues, que degenerou em arquitecto, lá para S. Paulo, tipo de índio disfarçado em tela de Velasquez (…)» Nas Academias de Montparnasse escutou as lições do «(…) escultor americano, morto há pouco, Mr. Bartlett, tipo alegre e camaradão (…)» Ouviu as suas lições nas Academias de Montparnasse «(…) pequenino e verboso, sábio e poeta (…)» Ouviu as suas lições nas Academias de Montparnasse «(…) baixinho e sabedor, de óculos à Harold e brejeirice na ponta da língua (…)» Escola da rua Bonaparte - «(…) onde fui discípulo de Injalbert, mestre e colega de ramboias em St. Cloud e Robinson (…)» «(…) deixei o gozo quente da cama e das moças, para correr às prelecções de História da arte e anatomia, feito um negro dos maiorais, só porque uma vez fora louvado pelo patron de barbicha rala, faunesa, e de passarinho bailador, que após certa corrigenda amigável, opinou les portugais sont toujours habiles!» «Foram-me indicadas as celebridades do bairro. De uma me quedou grande ternura e respeito. Era o escultor Joseph Bernard, que morava nos 27 27 27 27 27; 28 29 LXI grandes ateliês da Cité. Trabalhador incansável, de barba espontada à tesoura, o olhar em recta, bóina basca na nuca, espáduas largas e curto de pernas, a expressão bondosa quando nos olhava. Falei-lhe um dia, e a sua voz foi de coragem. Nunca mais o pude topar, sem lhe tirar o chapéu. Hoje, ainda não posso ver a sua obra sem me descobrir. Foi meu mestre e jamais lho disse. Da Cité é das mais heroicas medalhas que possuo.» (Oscar) Escultor / Russo «Outro tipo era o Miestchaninoff, 29 Miestchaninoff judeu russo, bom colecionador e (1886-1956) estouvado D. Juan. Um dia, foi ao Oriente por conta da Companhia das Índias, e por lá coscovilhou o belo, saqueou os templos, arrebanhou nas galerias formosas cabeças em granito, da escultura Khmère, cambodgiana. Maravilhosas figuras de divindades, com as quais tentou fortuna e editou raro albúm. Um grande escultor, um dos melhores em Paris, esse gorducho patorro, de talento provado e olhinho de batráquio.» (Samuel) Granowsky Pintor / ucraniano «(…) e o russo Granowsky, peludo 31-32 1889-1942 encaracolado, a caixa das tintas a tiracolo, as gâmbias enroladas em grevas, sempre porco a cachimbar, montado numa bicicleta de pedais feitos com cabos de pincel, esse Granowsky que todo o Paris conhece hoje – o das esquinas de Montparnasse, o boémio artista, valoroso e repontão, que uns dizem bolchevista e os outros das hostes brancas, e que não passa de um honesto pobre diabo que respeita os modelos e adora a sua pintura. Amigo do russo que se julgava feito de miolo de sabugueiro e que passava horas imóvel num banco do bulevar, desgraçado no aspecto mas feliz na consciência, esse Granowsky, que quando não vende pintura se faz calceteiro de estrada, modelo das academias, figurante de cinema, cowboy de cavalgadas, e que durante a guerra se escapuliu da refrega e veio LXII Ramey ? pintor Marcel Lenoir 1872-1931 Thibeaut ? Pintor / Francês (Georges) Dorignac 1879-1925 ? (Léonard Tusuguharu) Foujita 1886-1968 Pintor ? Pintor / Belga ? Pintor / japonês dar com os costados em Lisboa, onde fez mil croquis e subsidiou a sua fantasia para contar, depois em Montparnasse, que vira, cá no cais, magotes de pretos nus, com tangas multicolores, a venderem papagaios e araras, atados a um poleiro encarnado e gigante. Esse Granowsky que tomou vinho de Amarante por vinho do Porto, só porque aqui o bebera em noites de boémia, e que, quando topa lusíada em terras de França, o saúda no único português que aprendeu: «obrigado muitíssimo, amigo!» - e que no fundo é um real artista, um independente!» «E o pintor Ramey, magro e corcovado, inteligente e judeu, amigo de Naudin, que dava festas com vinho branco e danças russas, e boemizava connosco por bailaricos e bistrots, o cachimbo nos dentes e a ironia fácil. É hoje quase um triunfador no meio dos fauves, tendo passado pelo cubismo e seguido Marcel Lenoir (…)» «(…) esse genial desgraçado, peludo e pintor místico.» «O belga Thibeaut, que se escapuliu da Guerra, atado a uma velhorra afortunada, decorador de gosto, vitralista, mosaísta, cerâmico, pintor, acomodado à vida e à música do gravador Chapron, o que tocava na viola e na sanfona canções francesas do século dezoito, e que, em noites calmas, nós íamos ouvir ao ateliê de Dorignac.» Onde iam ouvir música francesa do século XVIII interpretada pelo artista belga Thibeaut «O Foujita – esse outro celebérrimo cabotino de talento que o Japão criou e a França consagrou -; o Foujita simplório, de kimono e sandálias, brincos nas orelhas e cabelo à romana atado com uma fita; o Foujita da Cité que não é o de Deauville, porque aquele era ainda um menino por prostituir e que a nora da concierge sugava como a tâmara madura, e este 32 32 33 33 33; 76 LXIII d’agora é um pantomineiro da moda, embora um original artista, um extraordinário desenhador e um valoroso pintor.» Kawashima, Tokunaga, Kuwashige Simões de Almeida (sobrinho) 1880-1950 Manuel Bentes 1885-1961 japoneses Escultor / português «(…) o menino bonito dos reclames às meias e aos perfiumes, esse fransino de tórax e de traço, de nuca ao léu e colaborador de Van-Dongen e Mistinguette nas festas de caridade, ainda não teve a consagração dos museus que seu indubitável talento aguarda. (…)» «Outros japoneses, de cabaia, uns três 33 ou quatro, que iam à Academia Julien (…)» Tinha passado por Paris pouco antes 33 da chegada de Diogo de Macedo Pintor / português «O Manuel Bentes, o «Manuel 34 Maldito», vestido como pastor protestante, a barba em bico, de maromba e falas sérias, íntimo do Smith (…) e do Alberto Cardoso (…)» Francis (Francisco) Pintor / português «(…) o saudosista dos recantos 34 Smith lisboetas (…)» 1881-1961 Alberto Cardoso Pintor / português «(…) que fazia caricaturas e tocava 34 1881-1942 guitarra (…)» José Bragança ? «(…) o loiro Bragança, corredor de 34 ? mulheres e crítico de arte, amigo de tout-Paris, topa-a-tudo de grandes recursos de habilidade. Escritor e tradutor, professor e autor de cartazes, músico e discutidor, sobretudo discutidor, sobretudo – oh isso então! – corredor pedestre em conquista de novas Índias … e francesas e alemãs (…)» José de Andrada Pintor / brasileiro «(…) franzinho e loquaz, com seus 9; 34 ? olhos vivos a saltarem-lhe do rosto, surgira tal e qual, imaginativo e elegante, como eu o encontrara ultimamente na cidade de S. Paulo (…)» «(…) descendente dos Bobadelas, que nasceu no Brasil, pintor de gosto e hoje decorador celebrado, dos mais fiéis que teve a minha amizade. O bom LXIV José de Andrada, filho do Maestro Carlos, paulista de apelido malicioso, que ainda hoje reside na Cité, no mesmo ateliê de então, o mesmo amigo de sempre, triunfador por atacado, como foi o seu ancestro, o heróico José Bonifácio (…)» José Pacheco (José Arquiteto / «José Pacheco, arquitecto pela Graça 34 Pacheko) português de Deus e inventor da 1885-1934 «Contemporânea», essa revista única que tivemos, graças a Deus e a ele, morador no ateliê de Amadeu de Sousa-Cardoso (…)» Amadeu de Sousa- Pintor / português «(…) morador no ateliê de Amadeu de 34-35; Cardoso Sousa-Cardoso, quando este era 44-45 1887-1918 impressionista e fabricava caricaturas. O Amadeu, que se a morte não o vence seria hoje o maior pintor português(…)» António de Azevedo 1889-1968 Armando de Basto 1889-1923 «Amadeu Cardoso foi o único pintor português que mergulhou no cubismo, que fez rapa-pés ao marinettismo, e deixou esperançosos ensaios de pintura-viva. Os outros foram líricos – ele foi construtor. Desenhou um álbum com estilizamentos curiosos, fantasias bizarras, mexicanas, negras e orientais. A pintura, porém, era mais sólida. Há mesmo abundante dose de humanidade em certos quadros, que lástima é não estejam arquivados num museu contemporâneo. Modigliani respeitou-o imenso, e nós, os portugueses, ignoramo-lo. As suas exposições em Lisboa e Porto foram motivos de chalaça, de fera má-língua e até de escarros. Em Paris, na galeria Briant & Robert, em 1925, a Cocteau o ouvi eu elogiar às largas, e nos jornais li rasgados encómios a esse desventurado português. E cá?!... cácá…» Escultor / «(…) escultor delicado e carga de 35 português ossos em bolandas (…)» Pintor e escultor / «(…) persistente na ilusão e no 8; 35-36 português sacrifício, pálido e sequioso de confidências, contara-me das suas derradeiras aventuras passadas em Lisboa, no Porto, na Granja e em LXV Braga (…)» Amadeo Modigliani 1884-1920 «O pobre Armando de Basto, desventurado pintor de quem tanto havíamos a esperar. Garoto e alegre, com aptidões para cavalarias altas e acanhamentos de meninas, vivendo de béguins e de cafés com leite, sem rodela no bolso mas opulento de inteligência, não sabendo furar a vida mas guardando talento de sobra para meia dúzia. Meu colega nas bacanais pelintras e nos sonhos ambiciosos, brejeiro no dito, certeiro na charge e bondoso no raciocínio. Romântico e nervoso, a morte o arrastou, farto de uma vida malfadada e injusta, sem jamais haver tido ocasião de revelar francamente os seus dotes de pintor, o seu génio de artista, que o foi e dos mais pessoais e incompreendidos.» Pintor e escultor / «(…) «le beau Modi» - maudit ficara 8; 36italiano na historia da pintura do nosso tempo 44; 45; em Paris, embora em sítio de honra 49; 50 nos museus de todo o Mundo – aparecera-me emagrecido, de sorriso mais triste, com profundas olheiras de desgraça e vigílias de génio (…)» «Por último, o extraordinário Modigliani, que revolucionou e celebrizou a aldeola do 14, esse serralho de xerife, de pouca-vergonha e de boémia, onde tudo amou e filhou, cantando e vencendo, e apenas o proprietário da Villa foi tristonho e enganado, rameloso de feitio e eunuco de nascença… O grande e heróico boémio, o grande pintor Amadeo Modigliani! O malogrado Modigliani que rebenta aos 35 anos, glorioso e pobre, havendo com sacrifício da própria vida enriquecido alguns tratantes, que com ele traficaram obras-primas em troca de álcool e de um vago bem-estar, como se ele fosse um simples zulu! Nascido em Livorno, de família israelita, burguesa e bem cotada, sendo sua mãe professora doutorada em LXVI línguas e seu irmão Emmanuel um deputado e orador audaz do partido socialista, lançou-se um dia ao vagamundear de artista, para em Paris vir tombar olimpicamente, como o mais pessoal pintor da moderna falange de revoltados, isto é, do mundo inteiro. Formoso e altivo, desgraçado e forte, trazia no peito a crença da vitória e no sangue o génio das epopeias. Tinha fúrias de dominador e meiguices de profeta. Foi as duas coisas sem ser piegas nem egoísta. Traduzia-as agindo por ímpetos e apuros, na sua obra original e nova, dando certo ar de desalentada amargura aos retratados e certas fidalguias virgens aos corpos nus de mulher que pintou. (…) arrastou com a sua morte a vida da mulher que o adorava. Jeanne Hebuterne, ao vê-lo inerte, suicida-se no mesmo dia, prenhe de um novo filho de Modigliani (…) Conheci-o no dia imediato ao da minha entrada na caserna, nesse 14 soalheiro e serralhento. Porque o meu francês era falhado na composição, falou-me em espanhol (…) Bonito de máscara e desempenado de busto; risonho naturalmente, com um vago torcer de boca que se arqueava de forma a sorrir mesmo quando não sorria; olhos vivos e leais a fitarem sempre os nossos; loquaz na franqueza e honesto no desregramento das suas acções… Acastanhado de pelo, a barba e o cabelo cortados da mesma forma, talhados como na estátua de Mausolo; tipo de perfeito patrício romano, firme de pernas, os ombros largos, os peitorais erguidos, o pescoço forte e sempre ao léu, um certo ar atlético na marcha, tinha o aspecto encantador do animal feliz, que sorri a tudo e ergue a grela à luz – herói de raça e herói de martírio. (…) Mais tarde – o álcool e a boémia! – esfrangalhou-se-lhe esta prestança física, e já sem barbicha nem LXVII arcaboiço petulante, guardava ainda a estampa de alferes garboso(…) Vestido de bombazina cor de rato ou negra, a calça larga à hussardo, o jaquetão amplo, sem colete nem atavios pinocas, uma facha singela a atar-lhe as pantalonas na cinta, a camisa quase sempre de riscado – branca e azul, branca e rosa – no geral sem botões na gorja, com uma rudimentar gravata, o nó mal dado, esgarçado, à gandaia. Muito lavado sempre, por vezes roto, esfiapado ou com redes de costureira manhosa, era um simpático tipo boémio, mas sem murgesismos românticos nem artificialismos para dar nas vistas. Modigliani era pintor. Morava no pátio, a princípio num quartinho escuro (…), depois no ângulo oposto, em ateliê mais espaçoso e claro, que tinha por mobília uma mesa e um cavalete, uma cadeira e um divã. Quando o conheci, andava ele numa fase de dúvida – qual o caminho a tomar com mais segura verdade? (…) A sua pintura tinha atingido enorme êxito no derradeiro Salon, com o Violoncelista, que era o retrato de um camarada. Lautrec e Picasso, que o haviam impressionado, eram agora postos de parte, renegados com independência. Já os impressionistas o haviam chocado, mas sem paixão. Impressões de recém-chegado, a todos ferem e sugestionam. Modigliani, porém, não suportava tutelas. Seu menear de ombros e de garganta, era próprio de alguém que quer respirar largo, sem submissões nem fianças escolares. Italiano de gema, sonhava com impérios que fossem só seus. (…) Havia, pois, parado com o pincel, seu melhor verbo de traduzir a harmonia da vida com amor, para respirar fundo, sentir melhor ânsia, calcular melhor o voo. (…) O retumbante triunfo do Salon não o envaidecera. Deixara-o duvidoso. (…) Figuras esguias, magras e doentes de LXVIII cor, abstractas de imagem, românticas um tanto: altos pescoços que tombavam em movimentos de compaixão ou desânimo, os olhos rasgados de miséria interior, as bocas franzidas de resignação. Nenhum sorriso, nenhuma nesga de sol… Só dor e harmonia. (...) Tudo muito longe daquele belo colorido de alperche doirado, com que depois se notabilizou. Planos largos e linhas sem sinuosidades. Pintura sumária, emotiva e comovida, cheia de expressividade mas pouco bondosa. Obra sintética, resumida e sem alegria. (…) Acamaradámos algum tempo. Ria expansivamente e revelava-me artistas novos, para mim inéditos: Brancusi, Utrillo, Naldeman, Rousseau, o douanier… Fomos ao Salon des Indépendents, então à beira-Sena, num abarcamento apropriado. Sorriu, blagueou, falou a toda a gente, troçou daquela pintura domingueira, espalha-brasas. Teve uma fúria ao ver um desacato num mármore de Brancusi, representando a cabeça de Baptista – um ovo polido sobre um prato circular. Quando saímos, quase à porta, junto de um quadro religioso, o Calvário, de Marcel Lenoir, fez-me pasmar diante de uma tela grande, uma caçada com amazonas e lebréus em salto de arcoíris, obra de Amadeu Cardoso, seu amigo e meu compatriota. - «Voilà, voilà… C’est preque bien… Il ne lui manque qu’un peu de courage, pour emmerder tous ces barbouilleurs!...» E graças a Modigliani deparei com um dos nossos maiores pintores.» p. 45 – fases que se seguiram na pintura de Modigliani «Modigliani raro se deu a uma amizade, como se deu continuamente ao álcool, ao sonho e ao trabalho. Foi a arte que o glorificou, mas também LXIX quem o matou. (…)» «(…) passava desde manhãzinha até ao meio-dia, sentado no chão, uma pedra esguia entre os joelhos, malha que malha, pica que pica, desbastando, cinzelando esguias máscaras de esgalgado pescoço, o talhe lembrando o bárbaro dos manipansos, o gosto influenciado pelo oriente – olhos pequeninos, oblíquos e desenhados em amêndoa, nariz afilado, desmedido e fino, gravado em três rectas paralelas, uma boca em beijo, redonda como cereja bical, o mento boleado e romano, a testa engrinaldada, ora de cabelos ondeados, ora de berloques de joia, conforme a pedra dava ou aconselhava, umas vezes dura e outras mole, de construção. Modigliani servia-se de blocos vulgares de maçanaria, paralelepípedos de faces polidas, que jamais eu soube onde os apanhava.» Max Jacob Pintor / Francês «(…) destrambelhado e místico, poeta 1876-1944 e pintor com café-creme, um grande de França, um cristão-novo em plena fogueira (…)» Diego Rivera Pintor / mexicano «(…) o mexicano anarquista, comilão 1886-1957 e conquistador, a quem pintou [Modigliani] um retrato extraordinário e de quem possuo um desenho (…)» (Robert) Delaunay Pintor / Francês «(…) revolucionário teórico, judeu 1885-1941 furta-cortes, interseccionista hoje, simultaneísta amanhã, sempre detentor de sensações de contraste, que veio a Portugal agitar a bandeira das vibrações, para não ouvir o estampido da grosse Bertha (…)» (Léopold Zborowski) Marchand / Vivia no 3 da Rua Bara, perto do Zborowsky polaco jardim Luxembourg 1889-1932 «(…)seu amigo [de Modigliani] de horas amargas e protector das suas telas (…)» (Moïse) Kisling Pintor / Francês Vivia no 3 da Rua Bara, perto do 1891-1953 (de origem jardim Luxembourg polaca) «(…) seu inteligente continuador [de Modigliani] (…)» 46 46 47 26; 47 26; 47 LXX (Gabriele) d’Annunzio 1863-1938 (Umberto) Boccioni 1882-1916 (Alexander) Archipenko 1887-1964 (Ossip) Zadkine 1890-1967 Poeta, «(…) amigo que[Modigliani] 47 dramaturgo / admirava e de quem nos recitava Italiano poesias (…)» Pintor, escultor / Boccioni e Archipenko - «(…) 47; 66 Italiano revolucionários da forma, cultores de inéditos volumes (…)» Escultor / Ucraniano Escultor / bielorusso «(…) essoutro arrojado italiano, chefe do futurismo plástico, defensor dos ritmos puros, harmonista dos contravolumes e criador dos movimentos da forma em correcto jogo de interseccionismos audazes, coerente teórico que pregou a guerra e nela morreu, e que expunha uma escultura valorosa – Síntese do dinamismo humano (…)» Boccioni e Archipenko -«(…) 47; 66revolucionários da forma, cultores de 67 inéditos volumes (…)» «(…) Archipenko, o das figuras estardalhaçantes fabricadas em folha de Flandres, ripolinadas em todos os tons e baptizadas de sincronismo escultórico(…)» «(…) o escultor Zadkine, que também 78; 78era rato da Cité (…)» 79 «Zadkine era ainda um judeu pobre, sem clientela na América nem artigos no Raynal. A sua escultura desbastada em troncos duros de carvalho, como padrões totémicos, ou em pedregulhos toscos de basalto, jazia-lhe no ateliê sem esperanças de comprador nem páginas de revista catita para as reclamarem.» LXXI Tabela 3 Locais – 14, Cité Falguière Local Quartier Latin Villa Falguière Notas Pág. (s) «Preciso era vir o profeta [Marinetti] antes, 80 anunciar a nova verdade, o presente futurismo. Foi escolhida a sala dos estudantes de Paris, no Quartier Latin, (…)» «Sala espaçosa, nem lugar para uma pulga pinchar havia lá dentro.» «14, Cité Falguière: Um beco-sem-saída. Meia 20; 25; dúzia de casas sujas de cada banda, e, ao fundo, 26 entrando-se por uma ponteca com caramanchão enroscado de trepadeiras e uma escada de dois lances. Logo estampado a negro, o letreiro flamante: VILLA FALGUIÈRE que era o 14.» «(…) composta por um casarão barato, caserna de estudantes e de modelos, quartos para um lado e para o outro, todos a 30 francos ao mês(…)» «Por umas escadas de pedra descia-se a um pátio longo, cercado de ateliês, vinte ou trinta, todos iguais. Mil trepadeiras, blocos de granito pelos cantos, montões de barro, de telas velhas, de chassis quebrados, fogões e cadeiras sem uso, fragmentos de arte abandonada – cemitério de luxos e de sonho.» Academias de Montparnasse Escola da rua Bonaparte St. Cloud e Robinson Mazet «(…) que davam o aspecto, à Cité, de um grande navio cheio de maluquinhos.» Escutou as lições do escultor americano Mr. Bartlett, de Bourdelle e de Naudin E «(…) as canções napolitanas ou socialistaamorosas dos músicos boémios que lá vinham cantar ao pátio.» «Não contente com tais trabalhos» - os das Academias de Montparnasse Discípulo de Injalbert Rambóias com Injalbert «O Mazet era o dono de um restaurante de operários e artistas, situado na rua Falguière. Suecos, italianos, brasileiros e portugueses, ali se davam rendez-vous em repastos barulhentos e não mais caros que um franco por cabeça. (…) O recanto do fundo era o nosso, o dos artistas, le coin des canards, porque só bebíamos água e porque grasnávamos sem detença. Também apareciam, por 27 27 27 51-5253 LXXII Ateliê de Dorignac Academia Julien Salon des Indépendents Rotonde Salon d’Automne vezes, alguns espanhóis e até suíços. Pequenina torre de Babel, raro era o freguês que não trouxesse fêmea, e raro era o que não comesse a crédito. (…) Nessa baiúca saudosa dos meus tempos de pagodeiro, iniciámos todos nós as galerias de arte, hoje tanto em voga pelo Paris fora. Colocámos pinturas por toda a parede, desenhos e guaches pelos lambris, bustos e estatuetas sobre cachorros e cavaletes, numa sem-cerimoniosa exposição, só para regalo dos nossos olhos e por preito agradecido ao amigo Mazet (…). Quadros dos suecos, dos espanhóis, dos brasileiros, de todos até de franceses, ali comensais. Lá deixei uma reprodução em gesso da minha Niña de Velasquez, que outra não era senão a Marcelle, a galante filha desse restaurador amigo…» Onde iam ouvir música francesa do século XVIII interpretada pelo artista belga Thibeaut Refere quando indica os artistas japoneses que a frequentavam – Kawashima, Tokunaga, Kuwashige «Fomos ao Salon des Indépendents, então à beiraSena, num abarcamento apropriado. Sorriu, blagueou, falou a toda a gente, troçou daquela pintura domingueira, espalha-brasas. Teve uma fúria ao ver um desacato num mármore de Brancusi, representando a cabeça de Baptista – um ovo polido sobre um prato circular. Quando saímos, quase à porta, junto de um quadro religioso, o Calvário, de marcel Lenoir, fez-me pasmar diante de uma tela grande, uma caçada com amazonas e lebréus em salto de arco-íris, obra de Amadeu Cardoso, seu amigo e meu compatriota.» «(…) que ainda era singelo café de meia dúzia de artistas pobretanas (…)» «Num Salon d’Automne, ao lado de Boccioni, essoutro arrojado italiano, chefe do futurismo plástico, defensor dos ritmos puros, harmonista dos contra-volumes e criador dos movimentos da forma em correcto jogo de interseccionismos audazes, coerente teórico que pregou a guerra e nela morreu, e que expunha uma escultura valorosa – Síntese do dinamismo humano -, e ao lado de Archipenko, o das figuras estardalhaçantes fabricadas em folha de Flandres, ripolinadas em todos os tons e baptizadas de sincronismo escultórico, viam-se umas seis ou oito cabeças de granito que ao seu autor – Modigliani – trouxeram glória e alguns proventos. (…) Todo o sensualismo da raça errante se concentrou naquela sala, e todo o escarcéu do povinho basbaque ali se manifestava em alarido de 33 33 44 65 66-67 LXXIII troça e interjeições.» LXXIV G. Outros documentos Documento G 1 Exposições em que Diogo de Macedo participou Individuais I Exposição Individual – Galeria Misericórdia (com Joaquim Lopes) – Porto. 20 Dezembro de 1913 II Exposição Individual – Sociedade de Belas Artes do Porto – Átrio da Santa Casa da Misericórdia – Porto. 28 Outubro 1916 III Exposição Individual – Liga Naval. Lisboa. Dezembro 1916 IV Exposição Individual – Galeria Misericórdia – Porto. Março 1918 V Exposição Individual – Átrio da Misericórdia – Porto. Outubro 1924 (convida Dordio Gomes e Francisco Franco) – 5 bronzes e 93 desenhos VI Exposição Individual – Galeria Bobone – Lisboa. 22 Março a 2 Abril 1928 (25 esculturas, 25 desenhos) Coletivas - No estrangeiro Salon des Artistes Français – Paris 1913 Societe Nationale des Beaux-Arts – Paris 1922 La boite à couleurs: Exposition permanente de pinture. Soirées litéraires – Paris 1922 Societe Nationale des Beaux-Arts – Paris 1923 Exposição Bienal Internacional de Veneza – Itália 28 de Agosto de 1950 Exposição Universal Internacional de Bruxelas – Pavilhão Português – 1958 - Nacionais Academia de Belas-Artes – Porto 1911 Humoristas e Modernistas – Lisboa 1912 Exposição de Academias e Maquetas – Academia de Belas-Artes Porto 1912 Artistas residentes em Paris – Salão Bobone Lisboa 1912 Exposição Anual da Sociedade de Belas Artes do Porto – Ateneu Comercial – Porto 1913 LXXV VII Exposição Anual da S.B.A. do Porto – Ateneu Comercial – Porto 1914 Exposição de Artistas do Norte – Átrio do Palácio da Bolsa – Porto 1914 I exposição de Modernistas e Humoristas – Salão Passos Manuel – Porto 1915 Exposição Anual da SNBA – Lisboa 1915 Exposição dos Fantasistas – Palácio da Bolsa. Porto 1916 II Exposição dos Modernistas – Porto 1916 Exposição Anual da SNBA – Lisboa 1916 Exposição «Arte e Guerra» - Porto 1917 Grande Certame de Arte Nacional – Galeria Nacional de Belas Artes – Palácio de Cristal – Porto 1917 Exposição Alma Nova – teatro S. Carlos – Lisboa 1917 Exp. Anual SNBA – Lisboa 1917 Exposição permanente da «Renascença Portuguesa» – Lisboa 1918 Exp. Anual SNBA – Lisboa 1918 III Salão dos Modernistas – SBA do Porto 1919 «Os 5 Independentes» - SNBA – Lisboa 1923 Exp. Anual SBA Porto – Porto 1923 Salão de Outono – SNBA – Lisboa 1925 Salão de Outono – SNBA – Lisboa 1926 Exp. Anual da SNBA – Lisboa 1929 I Salão dos Independentes – SNBA – Lisboa 1930 II Salão de Arte promovida pelos profissionais da Imprensa de Lisboa – Lisboa 1930 II Salão dos Independentes – SNBA Lisboa 1931 Salão de Inverno – SNBA – Lisboa 1931 Salão de Inverno – SNBA – Lisboa 1932 Salão de Inverno – SNBA – Lisboa – 1933 Salão de Neve – Exposição de conjunto na UP (Galerias de Arte) – Lisboa 1933 Exp. SNBA – Lisboa 1934 Exp. dos Artistas Portugueses nas salas d’ «O Primeiro de Janeiro» - Porto 1934 Exp. da Imprensa de Lisboa – Lisboa 1935 Grande Exposição dos Artistas Portugueses: Homenagem a Silva Porto, Artur Loureiro, Henrique Pousão – Salão Silva Porto – Porto 1935 LXXVI I Exp. de Arte Retrospetiva – SNBA Lisboa 1937 Exp. Marques de Oliveira – Homenagem a discípulos e amigos – Salão Silva Porto – Porto 1947 Exposição de Arte Portuguesa (Metropolitana) em Luanda e Lourenço Marques – 1948 Exp. «Lisboa e os seus poetas» - Palácio Galveias – Lisboa 1957 Exp. «Escultores de Gaia» - Casa Museu Teixeira Lopes – Vila Nova de Gaia, 1958 Exp. Retrospectiva de Mário Eloy – Lisboa 1958 Exp. Retrospectiva de Mário Eloy – Escola de Belas-Artes – Porto 1958 LXXVII Parte II – Apêndice Iconográfico Fig. 1. Diogo de Macedo Fonte da imagem: http://3.bp.blogspot.com/___3wWFyFxZI/S3120SQsfFI/AAAAAAAACyI/HATvfC5MyeI/s1600/dmacedo1.jpg LXXVIII Fig. 2 . Joaquim Lopes – Retrato de Diogo de Macedo, s.d. Fonte da Imagem: CMTL Fig. 3. Drimiti Ismailovich – Retrato de Diogo de Macedo, c. 1950. Fonte da Imagem: CMTL LXXIX Fig. 4. Abel Manta – Uma tentativa de Retrato, 1935. Fonte da Imagem: CMTL Fig. 5. Carlos Botelho – Retrato de Diogo de Macedo, 1934. Fonte da Imagem: CMTL LXXX Fig. 6. Francisco Franco – O grupo dos quatro, 1924. Fonte da Imagem: CMTL Fig. 7. Armando de Basto – Diogo de Macedo lendo Marinetti, c. 1917. Fonte da Imagem: CMTL LXXXI Fig. 8. Diogo de Macedo – Eva / Baigneuse, 1923. Fonte da Imagem: http://www.matriznet.dgpc.pt/MatrizNet/Objectos/ObjectosConsultar.aspx?IdReg=203898 LXXXII Fig. 9. Diogo de Macedo – Busto de Camilo Castelo-Branco, 1913. Fonte da Imagem: CMTL LXXXIII Fig. 10. Diogo de Macedo – L’Adieu / Le Pardon, 1921. Fonte da Imagem: CMTL LXXXIV Fig. 11. Capa do folheto da exposição Cinco Independentes Fig. 12. A Exposição dos “Cinco Independentes”. Ilustração Portugueza. Lisboa. Série 2, Nº 925 (10 Nov. 1923), p. 601. LXXXV Fig. 13. Diogo de Macedo – Busto de Antero de Quental, 1929. Fonte da Imagem: CMTL LXXXVI Fig. 14. Diogo de Macedo – Afonso de Albuquerque, 1930. Fonte da Imagem: http://2.bp.blogspot.com/Lq_5WGno1eo/UQwURAFOouI/AAAAAAAAGqk/BsVVjQDXI8k/s1600/AFONSO+DE+ALBUQUERQUE++EST%C3%81TUA+DE+DIOGO+DE+MACEDO.jpg LXXXVII Fig. 15. Diogo de Macedo – Pintura e Escultura, 1939. Fonte da Imagem: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/bb/Museu_Nacional_de_Arte_Antiga_001.jpg Fig. 16. Diogo de Macedo – Fonte Monumental da Alameda D. Afonso Henriques, 1940. Fonte da Imagem: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/84/FonteLuminosa.JPG LXXXVIII Fig. 17 – José Malhoa – Outono, 1917. Fonte da Imagem: http://3.bp.blogspot.com/_KuF1MA6E_18/SfY9Sw4nS9I/AAAAAAAACUE/qz3Q_eQcesI/s400/malhoa_outono-1.jpg LXXXIX Fig. 18. Jardim das esculturas MNAC Fonte da Imagem: R. M. – Museu Nacional de Arte Contemporânea. Antes e após a sua recente remodelação integral. Panorama. Revista Portuguesa de Arte e Turismo. Lisboa. Ano 4, nº 24 (1945). XC Fig. 19. O MNAC depois das remodelações Fonte da Imagem: R. M. – Museu Nacional de Arte Contemporânea. Antes e após a sua recente remodelação integral. Panorama. Revista Portuguesa de Arte e Turismo. Lisboa. Ano 4, nº 24 (1945). Fig. 20. O MNAC antes das remodelações Fonte da Imagem: R. M. – Museu Nacional de Arte Contemporânea. Antes e após a sua recente remodelação integral. Panorama. Revista Portuguesa de Arte e Turismo. Lisboa. Ano 4, nº 24 (1945). Fig. 21. O MNAC depois das remodelações Fonte da Imagem: R. M. – Museu Nacional de Arte Contemporânea. Antes e após a sua recente remodelação integral. Panorama. Revista Portuguesa de Arte e Turismo. Lisboa. Ano 4, nº 24 (1945). XCI Fig. 22. O MNAC antes da remodelação Fonte da Imagem: R. M. – Museu Nacional de Arte Contemporânea. Antes e após a sua recente remodelação integral. Panorama. Revista Portuguesa de Arte e Turismo. Lisboa. Ano 4, nº 24 (1945). Fig. 23. O MNAC depois da remodelação Fonte da Imagem: R. M. – Museu Nacional de Arte Contemporânea. Antes e após a sua recente remodelação integral. Panorama. Revista Portuguesa de Arte e Turismo. Lisboa. Ano 4, nº 24 (1945). XCII Fig. 24. O escultor Paul Wayland Bartlett Fonte da imagem: http://www.old-picture.com/american-legacy/008/Bartlett-Wayland-Sculptor-Paul-003.htm XCIII Fig. 25. Antoine Bourdelle na Académie de la Grand Chaumière Fonte da imagem: http://www.bourdelle.paris.fr/sites/bourdelle/files/styles/diapo_800x800/public/page_ancres/diapo_paragraphes/bourdelle_et_ses_eleves_0.j pg Fig. 26 - Jean-Antoine Injalbert Fonte da Imagem: http://www.artvalue.com/photos/auction/0/43/43936/dornac-paul-dornac-1858-1941-jean-antoine-injalbert-sculpte1996617.jpg XCIV Fig. 27 - Amadeo Modigliani Fonte da imagem: http://www.arttravellers2014.org/siteimages/amedeo_modigliani.jpg Fig. 28. Diogo de Macedo – 14, Cité Falguière. Traseiras de uns ateliers, 1911. Fonte da Imagem: CMTL XCV Fig. 29. Francis (Francisco) Smith – Recanto de Paris, c. 1925. Fonte da Imagem: CMTL Fig. 30. Diogo de Macedo – Canto de um café, 1924. Fonte da Imagem: http://www.cam.gulbenkian.pt/index.php?headline=98&visual=2&langId=1&q=M XCVI Fig. 31. Diogo de Macedo – S/ Título, 1923. Fonte da Imagem: http://www.cam.gulbenkian.pt/index.php?headline=98&visual=2&langId=1&q=M Fig. 32 – Samuel Granowsky – Auto-retrato, s.d. Fonte da Imagem: http://www.ecoledeparis.org/files/samuel-granowsky/samuel-granowsky_web.jpg XCVII Fig. 33. Foujita em 1927. Fonte da Imagem: http://3.bp.blogspot.com/-TpfunPUTzvc/Th2Iile5y4I/AAAAAAAAEWc/prnPf3EgnBs/s400/Foujita%2B2.jpg Fig. 34. Amadeo Modigliani – Retrato de Diego Rivera, 1914. Fonte da Imagem: http://www.mystudios.com/art/modern/modigliani/modigliani-portrait-diego-rivera.html XCVIII Fig. 35. Robert Delaunay – Torre Eiffel, 1909-1914. Fonte da Imagem: http://misiglo.files.wordpress.com/2010/05/paris-26-robert-delaunay.jpg Fig. 36. Umberto Boccioni – Formas Únicas de Continuidade no Espaço, 1913. Fonte da Imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:%27Unique_Forms_of_Continuity_in_Space%27,_1913_bronze_by_Umberto_Boccioni.jpg XCIX Fig. 37. Alexander Archipenlko – Estatueta, 1914. Fonte da Imagem: http://www.moma.org/collection/browse_results.php?criteria=O%3AAD%3AE%3A209&page_number=3&template_id=1&sort_order=1 Fig. 38. Zadkine em 1930. Fonte da Imagem: http://www.millerwalks.com/wp-content/uploads/zadkine_1930.jpg C Fig. 39. Oscar Miestchaninoff – Busto de Jovem, 1914. Fonte da Imagem: http://www.1stdibs.com/furniture/more-furniture-collectibles/busts/oscar-miestchaninoff-bust-young-girl-1914/idf_771689/ Fig. 40. Amadeo Modigliani – Cariátide, 1912-13. Fonte da Imagem: http://www.modigliani-drawings.com/caryatid%20-%20recto.htm CI Fig. 41. Diogo de Macedo – S/ título, 1925. Fonte da Imagem: http://www.cam.gulbenkian.pt/index.php?headline=98&visual=2&langId=1&q=M Fig. 42. Amadeo de Souza-Cardoso – Cafés de Paris, 1908. Fonte da Imagem: http://www.cam.gulbenkian.pt/index.php?headline=98&visual=2&langId=1&q=E CII Fig. 43. Manuel Bentes - Paisagem - Casas, s.d. Fonte da Imagem: http://www.cam.gulbenkian.pt/index.php?headline=98&visual=2&langId=1 Fig. 44. Francis Smith - Lisboa - Alfama, 1920. Fonte da Imagem:http://www.cam.gulbenkian.pt/index.php?headline=98&visual=2&langId=1 CIII Fig. 45. Mário Eloy - O Arquiteto José Pacheco, 1925. Fonte da Imagem: http://www.cam.gulbenkian.pt/index.php?headline=98&visual=2&langId=1 CIV