MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ESCOLA DE EQUITAÇÃO DO EXÉRCITO IMPLANTAÇÃO DA DISCIPLINA EQUITAÇÃO NO CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DA PMAL ANTONIO JORGE MOREIRA JUNIOR – 1º Ten PMAL Rio de Janeiro 2010 MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ESCOLA DE EQUITAÇÃO DO EXÉRCITO IMPLANTAÇÃO DA DISCIPLINA EQUITAÇÃO NO CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DA PMAL Antonio Jorge Moreira Junior – 1º Ten PMAL Monografia apresentada à Escola de Equitação do Exército como requisito parcial à obtenção do título de Pós-graduação (latu sensu) em Equitação. Orientador: Rodrigo Silva Abadio (Pós-graduado) Cap. Rio de Janeiro 2010 Junior, Antonio Jorge Moreira. Implantação da Disciplina Equitação no Curso De Formação de Oficiais da PMAL./ Antonio Jorge Moreira Junior – Rio de Janeiro, 2010. 33 fl.; 29,7cm Monografia (Especialização em Equitação) – Escola de Equitação do Exército, 2010. Referências Bibliograficas: f.26 1. Equitação. 2. Ensino. 3. Área Afetiva. ANTONIO JORGE MOREIRA JUNIOR – 1º Ten PMAL IMPLANTAÇÃO DA DISCIPLINA EQUITAÇÃO NO CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DA PMAL Monografia apresentada à Escola de Equitação do Exército como requisito parcial à obtenção do título de Pós-graduação (latu sensu) em Equitação. Orientador: Rodrigo Silva Abadio (Pós-graduado). Aprovada em ___ de setembro de 2010 BANCA EXAMINADORA _____________________________________ Cav _____________________________________ Cav _____________________________________ Cav AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, que sempre esteve comigo em todas as horas, felizes ou não, sempre renovando minhas forças para continuar, mesmo quando eu não acreditava. À minha amada esposa, que apesar de geograficamente distante, esteve sempre ao meu lado durante a realização desta etapa da minha vida, sem a qual seria impossível a permanência longe da família e das atribuições de pai, oferecendo sempre uma palavra amiga de incentivo, mesmo estando sobrecarregada das atribuições do trabalho e do lar. À minha linda filha, que apesar da pouca idade, foi capaz de entender com maturidade a ausência do pai em diversos momentos de sua vida, mesmo com o choro da saudade. Aos meus pais pelo caminho de retidão que me guiaram e pelos suportes prestados. Ao meu querido irmão, maior incentivador para que um dia eu pudesse ter a feliz oportunidade de compor o tão seleto grupo de Oficiais de Cavalaria Esporas Douradas. À minha irmã, pelo apoio prestado a minha esposa e filha, durante minha ausência. Ao Ten Cel PM Wilson da Silva e ao Maj PM Ramon de Oliveira, Comandante e Subcomandante do Regimento de Polícia Montada Dom Pedro I, homens honestos e amigos, que não mediram esforços para que um antigo sonho se realizasse, colocando-se a disposição diuturnamente para apoiar seus Oficiais em curso. Ao Capitão PMDF Rodrigo Abadio, meu orientador, pela amizade e por ter mostrado quais eram os caminhos a seguir. Ao tratador de meus cavalos, o Soldado PMAL Neto, homem de boa fé, companheiro de curso, que abdicou da convivência de sua mulher e filho para possibilitar este tão sonhado projeto. Ao cavalo, minha eterna gratidão. RESUMO A disciplina equitação não é uma realidade no Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar de Alagoas. Os Cadetes dessa instituição de ensino apenas possuem aulas de policiamento montado no 3º e último ano do curso, mesmo sem antes terem contato algum com o cavalo. Com o intuito de propor a implantação desta disciplina para aproveitar os benefícios de sua prática, foram feitas consultas a literatura sobre assuntos ligados a área afetiva na aprendizagem e também a respeito de teorias que tratam da Inteligência Emocional, objetivando obter um embasamento teórico para a utilização do cavalo como meio de desenvolvimento da área afetiva. Com resultados de pesquisas anteriores sobre Atributos da Área Afetiva desenvolvidos pela equitação, análise do Projeto Pedagógico do Curso de Formação de Oficiais e exame da melhoria técnica que aquela disciplina traria para os Oficiais que porventura fossem servir na unidade hipomóvel da Polícia Militar de Alagoas, procurou-se mostrar a importância da equitação na formação dos futuros Oficiais da Polícia Militar de Alagoas. Na conclusão foram mapeados tópicos importantes a serem considerados em uma possível implantação de instruções de equitação na Academia de Polícia Militar Senador Arnon de Melo. Palavras Chave: Equitação - Ensino – Área Afetiva. ABSTRACT The subject riding is not a reality on Training Course for Officers of the Military Police of Alagoas. The cadets of this education classes only in the 3rd and last year of the course, even without having any contact with horse, first. With the intention to propose the establishment of this discipline to enjoy the benefits of its practice, consultations were made to the literature about subjects connected to the affectionate area and also about emotional intelligence theories, aiming the achievement of theoretical basis for using horse as a means of developing affectionate area. With previous research about affectionate area’s attributes developed by riding, analysis of the Training Course for Officers’ Educational Project and examination of technique improvement that would bring this discipline to the officers who might serve in the mounted police units of Alagoas, it has been seeken to show the importance of ridding in the future military police of Alagoas future commanders’ training. At the conclusion, important topics were mapped to the considered in a possible deployment of ridding instruction in Senator Arnon de Mello Military Police Academy. Keywords: Riding - Education - Affectionate area. SUMÁRIO Página 1. INTRODUÇÃO...................................................................................................... 08 2. A POLÍCIA MILITAR DE ALAGOAS.............................................................. 09 2.1 Histórico............................................................................................................. 09 2.2 Missão................................................................................................................ 09 2.3 O policiamento montado.................................................................................... 10 2.4 O Regimento de Polícia Montada Dom Pedro I................................................. 10 2.5 A Academia de Polícia Militar Senador Arnon de Melo (APMSAM).............. 11 3. O CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DA PMAL.................................. 12 3.1 Aspectos gerais................................................................................................... 12 3.2 A carga horária................................................................................................... 12 3.3 O ensino na APMSAM...................................................................................... 12 3.4 A malha curricular.............................................................................................. 14 4. A EQUITAÇÃO NA FORMAÇÃO MILITAR.................................................. 16 4.1 O cavalo como ferramenta educacional............................................................. 16 4.2 Atributos da Área Afetiva desenvolvidos pela equitação.................................. 17 5. A EQUITAÇÃO NA FORMAÇÃO DO OFICIAL POLICIAL MILITAR.... 20 5.1 O cavalo na formação do oficial policial militar................................................ 20 5.2 O cavalo no Curso de Formação de Oficiais da PMAL..................................... 21 5.3 A importância da disciplina equitação no CFO da PMAL................................. 21 5.4 Como desenvolver aulas de equitação no CFO da PMAL................................. 22 5.5 Viabilidades de estrutura física.......................................................................... 23 6. CONCLUSÕES ..................................................................................................... 24 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 26 ANEXO A................................................................................................................... 28 ANEXO B.................................................................................................................... 33 8 1. INTRODUÇÃO A Polícia Militar de Alagoas desde o ano de 1992 forma seus Oficiais através da Academia de Polícia Militar Senador Arnon de Mello (APMSAM), com o objetivo de prepará-los de forma que possam servir nas mais diversas Organizações Policiais Militares existente naquela instituição. Esses Oficiais Policiais Militares são formados com a finalidade precípua de realizar o policiamento ostensivo preventivo e fardado, conforme prevê o Artigo 144 da Constituição Federal Brasileira. Para a realização de tal mister é necessário que o Oficial saia muito bem preparado da Academia de Polícia, pois, depois de formado ele poderá servir em qualquer local do território alagoano e efetuar o policiamento nos mais diferentes processos existentes. Portanto, é imprescindível que este profissional esteja extremamente capacitado, técnica, física e psicologicamente. Para bem cumprir sua missão constitucional de realizar o policiamento ostensivo, preventivo e fardado, a Polícia Militar de Alagoas se vale de diferentes processos de policiamentos. Entre eles, o processo montado, que é realizado através do Regimento de Polícia Montada Dom Pedro I, aonde, não raramente, chega a possuir em seu corpo de Oficiais, profissionais não preparados para desempenhar esse tão importante processo de policiamento ostensivo. Este despreparo é fruto da falta de habilidade em equitação, fundamento maior para a execução do policiamento montado, habilidade esta, não estimulada por conta da ausência de uma disciplina específica durante a formação dos Oficiais na Academia de Polícia. A implantação de tal disciplina, além de estimular a equitação, trabalharia diversos atributos da área afetiva, como também, despertaria o interesse pelo cavalo, animal fascinante e poderoso instrumento ostensivo para a Polícia Militar. 9 2. A POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE ALAGOAS 2.1 Histórico Segundo o site da Polícia Militar de Alagoas, aquela instituição foi criada em 03 de fevereiro de 1832 e ao longo dos 178 anos de sua história participou de missões que extrapolaram suas funções de corporação policial, dentre elas, a participação na guerra do Paraguai, em que foi disponibilizada parte da Força Policial de Alagoas, que posteriormente recebeu o nome de 20º Batalhão de Voluntários da Pátria, para lutar contra os inimigos do Brasil. Desde a sua criação até os dias atuais, a Polícia Militar de Alagoas sofreu inúmeras mudanças, passando por diversas reformas estruturais. Com essas mudanças e reformas, a Briosa, como é conhecida a corporação Policial Militar do Estado de Alagoas, tem hoje seu efetivo distribuído dentro da estrutura organizacional em diferentes quadros de Oficiais e Praças, onde são considerados os órgãos e atividades existentes na PMAL. Em meio aos Quadros existentes na Polícia Militar de Alagoas, destaca-se o Quadro de Oficiais Combatentes, formado pelos Oficiais com acesso à carreira, nos postos de 2º Tenente PM até Coronel PM. 2.2 Missão A PMAL, instituição secular, que tem sua base na hierarquia e disciplina, é um órgão eminentemente preventivo, e tem como missão precípua, "a preservação da ordem pública". Essa missão está inserida no texto constitucional, no título V, capítulo III, Art. 144, § 5º da Constituição Federal Brasileira de 1988. A Polícia Militar é uma Polícia Administrativa e tem caráter preventivo. Por assim ser, realiza suas atividades de combate e prevenção à criminalidade, através do exercício dinâmico do poder de polícia com uso do poder discricionário, portanto, com liberdade de ação dentro dos limites permitidos pela lei, para conter os abusos do direito do indivíduo em detrimento da coletividade. Como forma de garantir a paz social e a preservação da ordem pública, a Polícia Militar do Estado de Alagoas dispõe de diversas técnicas e métodos para atingir esse fim e também se vale dos mais variados processos de policiamentos, a exemplo do policiamento a pé, motorizado, de bicicleta, em embarcações, montado, entre outros. 10 2.3 O Policiamento Montado A história mostra que o homem utilizou sobremaneira o cavalo como arma de guerra, travando batalhas para conquistar nações, riquezas, poder, ou para defender seu povo, sua soberania e sua dignidade. Muitas conquistas foram realizadas sobre o dorso deste animal que há décadas era o único meio rápido e eficiente de transporte terrestre. Com o passar do tempo, vieram as máquinas e ele foi progressivamente sendo substituído, tanto para fins de trabalho, como bélico, deixando de estar presente nas frentes de batalhas e nos deslocamentos de suprimentos e equipamentos. Parecia o fim do uso militar do nobre escudeiro, porém, devido a possibilidade de utilização variada e a sociabilidade do cavalo, pode-se observar os serviços prestados as Unidades Militares em todo o mundo, patrulhando ruas, parques e avenidas das mais variadas metrópoles. Na Polícia Militar do estado de Alagoas, este importante e mais ostensivo processo de policiamento, é executado através do Regimento de Polícia Montada Dom Pedro I. 2.4 O Regimento de Polícia Montada Dom Pedro I Criado através do Decreto nº 35.005, no dia 07 de agosto de 1991, é única unidade hipomóvel da PMAL. Encontra-se inserido no bairro do Bebedouro, no município de Maceió/AL, localizado a 6 km do centro da cidade. O RPMon D. Pedro I, possui um plantel de 94 equinos e um efetivo de 120 policiais militares, entre Oficiais e Praças. Atua diuturnamente fazendo recobrimento de área, em apoio aos Batalhões ordinários da PMAL. O Corpo de Oficiais do Regimento é formado por Oficiais de três Quadros distintos, sendo Oficiais Combatentes, Administrativo e de Saúde. Os Oficiais do Quadro Administrativo são policiais militares que fazem o Curso de Habilitação de Oficiais e são encarregados das funções meramente administrativas. Os Oficiais do Quadro de Saúde são os Oficiais médicos veterinários, responsáveis pela saúde equina da cavalhada. Já os Oficiais do Quadro de Combatentes, são aqueles que formam o Estado-maior da unidade, comandam os esquadrões e os pelotões daquela Organização Policial Militar (OPM), bem como, são os responsáveis pela atividade fim da unidade, que vai desde o planejamento até a execução. Esses Oficiais devem estar preparados para desempenhar as diversas atividades de planejamento do policiamento montado e realizar o policiamento ostensivo a cavalo em funções de comando, o que sem dúvida, exige profissionais com desenvoltura a cavalo, algo que raramente ocorre quando da chegada desses oficiais no RPMon, já que a Academia de Polícia Militar Senador 11 Arnon de Melo, órgão responsável pela formação dos Oficiais Combatentes, não dispõe em sua malha curricular a disciplina equitação. 2.5 A Academia de Polícia Militar Senador Arnon de Melo (APMSAM) Originada através do Grupamento Escola, primeiro órgão oficialmente instituído para formar soldados na PMAL por força da Lei n° 3116, de 20 de outubro de 1970, transformouse na Companhia Escola da PMAL, com o escopo de suprir a necessidade de complemento de efetivo da Corporação, visando-se à prioridade da instrução nos diversos escalões. A Lei n° 3541 de 29 de setembro de 1975 extinguiu a Companhia Escola, criando o CFAP (Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças), dentro de uma organização já doutrinariamente consagrada nas Polícias Militares do Brasil, através de diretrizes da IGPM (Inspetoria Geral das Polícias Militares do Brasil), destinado a fiscalizar e orientar as Polícias Militares, no tocante a sua destinação legal e objetivos missionais. Com o Decreto Estadual n° 33.502, de 26 de junho de 1989, o CFAP transformou-se no CEI (Centro de Ensino e Instrução), órgão de apoio com cunho essencialmente técnicoprofissionalizante, prioritário à designação dos processos e métodos de policiamento ostensivo embasados no binômio Ensino-Aprendizagem. Em 1992, o CEI, foi dividido em Academia e CFAP ensejando na extinção do CEI, onde o Decreto Estadual n° 35.449, de 15 de julho de 1992, formalizou a Academia de Polícia Militar Senador Arnon de Mello, com a missão de Formar, Aperfeiçoar, Habilitar, Especializar e Pós-Graduar oficiais; tendo o Curso de Formação de Oficiais a sua equivalência reconhecida ao nível do sistema civil de Ensino Superior em 1999, através da Portaria do CONSED/AL Nº 04/99, de 18/05/99, publicada no D.O.E/AL Nº 095 de 21/05/99. Compete também à Academia de Polícia Militar Senador Arnon de Mello elaborar o Plano Geral de Ensino em conformidade com as Normas para o Planejamento e Conduta do Ensino (NPCE), elaborar programas e planos dos cursos a serem realizados para aprovação pelo Diretor de Ensino, propor a realização de seleção para instrutores, professores e monitores, manter registros das atividades escolares desenvolvidas por cursos e por alunos, e finalmente, apoiar a Diretoria de Ensino em assuntos de suas atribuições. Dentre as competências da APMSAM, destaca-se a formação dos Oficiais da Polícia Militar, alvo de pesquisa do próximo capítulo. 12 3. O CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DA PMAL 3.1. Aspectos gerais O Curso de Formação de Oficiais (CFO) possui duração de 03 anos, funciona em regime interno, sendo facultado o semi-internato aos concluintes, no ultimo semestre letivo, destinado à formação do pessoal, habilitando-o para o exercício de cargos e funções privativos de oficial subalterno e intermediário. A freqüência mínima obrigatória no curso é de 75% da carga horária de cada disciplina constante da respectiva grade curricular. O ano letivo é formado por 02 períodos ou semestres, intercalados no seu curso por um período de recesso escolar que terá duração variável de acordo com as necessidades da APM, não podendo esse período ser superior a 15 dias, salvo por motivo de força maior. Ao final de cada ano letivo os alunos do CFO serão submetidos a um estagio supervisionado obrigatório, a exceção do ultimo ano do CFO, quando será efetuado durante o recesso escolar. 3.2. A carga horária O CFO possui carga horária total de 4.332 horas-aulas distribuídas em 03 anos de curso, onde 3.443 h/a são pertinentes a carga horária das disciplinas curriculares, e 889 h/a destinam-se as atividades complementares. 3.3. O ensino na APMSAM A APMSAM é um órgão de apoio, de cunho essencialmente técnicoprofissionalizante, prioritário à dinamização e absorção dos fundamentos teóricos do ensinoinstrução e aprendizagem, vislumbrando a missão constitucional das instituições de defesa social que proporcionam à sociedade brasileira a manutenção da justiça e da defesa social. O processo de ensino aprendizagem na APMSAM tem como ponto de partida a construção do conhecimento, objetivando formar oficiais capazes de traduzir as necessidades de indivíduos, grupos sociais e comunidade, segundo padrões e critérios de valores essenciais do processo formativo do indivíduo, do cidadão e do profissional. Conforme o Projeto Pedagógico do CFO, o processo de ensino aprendizagem do curso em questão, visa atender três tipos de competências do profissional de Defesa Social a ser formado: a cognitiva; a operativa e a atitudinal. A competência cognitiva consiste em: analisar cenários que possibilitem compreender a realidade brasileira em relação à criminalidade, a violência e a necessidade da prevenção; descrever o sistema de segurança pública; 13 compreender a necessidade de uma gestão integrada e comunitária do sistema de segurança pública; estabelecer um panorama sobre o sistema jurídico vigente no país, essencialmente no que é pertinente aos ramos do direito aplicáveis à atuação do profissional de segurança pública e relacionar a utilização da força e da arma de fogo aos princípios de legalidade, necessidade e proporcionalidade. A competência operativa trabalha o profissional a fim de que ele possa: proteger pessoal; demonstrar controle emocional; manusear armas letais e não letais; dominar técnicas de autodefesa; dominar técnicas de primeiros socorros; transmitir mensagens via rádio; selecionar equipamento de acordo com o tipo de ocorrência; usar equipamento de proteção individual; manejar equipamentos; resistir à fadiga psicofísica; praticar exercícios físicos; manter condicionamento físico; relacionar-se com a comunidade; prestar serviços de segurança pública a comunidade; trabalhar em equipe e múltiplas equipes ao mesmo tempo; levantar informações sobre o local de ocorrência; isolar local; prever socorro de vítimas; tirar informações sobre ocorrências; entrevistar pessoas; arrolar testemunhas; conduzir à autoridade policial as partes envolvidas no crime; elaborar documentos pertinentes à ocorrência; elaborar relatórios; cumprir determinações judiciais; produzir estatística e produzir dados estatísticos para a produção científica. Já a competência atitudinal trabalha o profissional para que ele possa: manter-se atualizado; manter ética profissional; cumprir normas e regulamentos internos; agir com civilidade e respeito; demonstrar desenvoltura; demonstrar criatividade; demonstrar paciência; demonstrar perspicácia; demonstrar disciplina; demonstrar firmeza de caráter; agir com bom senso; agir discretamente; agir com iniciativa e agir com imparcialidade. Durante o Curso de Formação de Oficiais a avaliação do processo de ensino e aprendizagem, medida em termos qualitativos e quantitativos, verifica o desempenho da escola, dos docentes e discentes. Essa avaliação tem por finalidade corrigir em tempo hábil qualquer desvio na busca de objetivos fixados no plano didático, através de constante aperfeiçoamento da atuação do docente, fornecer subsídios para o Programa de Avaliação do Ensino Superior da PMAL (PAES), servir de base à elaboração de juízo sintético sobre a atuação dos docentes, verificar a mudança de comportamento dos discentes e o atendimento dos objetivos contidos em cada unidade didática, avaliar o aproveitamento dos alunos e classificá-los, além de verificar a necessidade de correção do processo de ensino e aprendizagem. A avaliação da aprendizagem será realizada através de cinco processos distintos, sendo eles: o de verificação imediata, que é realizada durante aula ou bloco de aulas e visa avaliar o 14 rendimento do aluno após o ensino de determinado assunto e possibilita a reavaliação da aprendizagem; o de verificação especial, que pode ser realizada individual ou coletivamente, em classe ou em outras situações, tem por finalidade orientar o estudo e valorizar o trabalho individual do aluno, de um grupo de alunos ou de um Estado-Maior Acadêmico; o de verificação corrente, que objetiva avaliar o progresso conseguido pelo aluno em certa faixa do programa didático estabelecido; o de verificação final, que se propõe avaliar a consecução da totalidade dos objetos componentes dos planos da disciplina; e por fim o de verificação de recuperação, aplicada no Maximo em três disciplinas e considerada como exame de segunda época. Esse tipo de verificação objetiva reavaliar a totalidade dos assuntos ministrados na disciplina e será aplicada quando o aluno obtiver media final da disciplina inferior a seis. Para a realização dos processos de verificação poderão ser utilizados os seguintes instrumentos de medida, que podem ser aplicados isolados ou combinados: prova escrita; prova oral e prova prática ou de execução. 3.4 A malha curricular A malha curricular do Curso de Formação de Oficiais Bacharelado em Segurança Pública é composta de 80 disciplinas curriculares distribuídas nas áreas temáticas: Funções, Técnicas e Procedimentos em Segurança Pública; Cotidiano e Prática Reflexiva; Cultura, Conhecimento Jurídico Aplicado e Institucional; Valorização Profissional, Saúde e Condicionamento Físico do Policial Militar; Comunicação, Informação e Tecnologia em Segurança Pública; Violência, Crimes e Controle Social e Modalidades de Gestão de Conflitos e Eventos Críticos. Essas áreas temáticas têm o objetivo de trabalhar na formação do Cadete, através de conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais, as habilidades técnicas do profissional de segurança pública, tendo como referenciais: princípios éticos; normativos-legais e práticos; bem como, conscientizá-lo do importante papel como sujeito transformador da realidade social, e parte integrante no contexto social e político da atual sociedade democrática brasileira. Dentre as disciplinas constantes no CFO, em apenas uma delas o cavalo encontra-se presente, sendo ela a disciplina de policiamento montado, com a carga horária de 30 horas aula, inserida na área temática de funções, técnicas e procedimentos em segurança pública. A disciplina visa basicamente conhecer a Unidade de Policiamento Montado (RPMon Dom Pedro I), sua composição, atividades diárias de manutenção administrativa e emprego do policiamento ostensivo montado, bem como conhecimento básico sobre o animal, fornecer 15 elementos de sustentação para o aprendizado prático aos Cadetes nas diversas posições de montaria e prover elementos para a execução de ordem unida montada . 16 4. A EQUITAÇÃO NA FORMAÇÃO MILITAR Certamente todos os esportes desenvolvem as qualidades do corpo: atividade, destreza, força e robustez. Muitos entre eles desenvolvem ao mesmo tempo, se bem mais ou menos as qualidades morais. Mas, de todos os esportes, é sem contestação, a equitação que desenvolve com mais harmonia todas estas qualidades e que tem a influência mais equilibrada, mais feliz sobre a formação do homem. (LICART, 1988) 4.1 O cavalo como ferramenta educacional O cavalo é uma ferramenta educacional sem par. Por milênios formou todos os principais líderes das civilizações avançadas e hoje a ciência começa a vislumbrar a função da equitação para o futuro. Para as crianças na escola, aquelas que tem uma inteligência biológica mais evoluída poderão desenvolver as suas aptidões naturais através da equitação. (Bjarke Rink , 2004) O conhecimento deve ser construído e não transferido. Com esse conceito, educadores estão redirecionando seu papel. O professor ou instrutor deve ser um facilitador enquanto ministra suas aulas, procurando estimular a busca de dados, conteúdos e informações, de forma que eles próprios construam o seu conhecimento. Essa compreensão é indispensável a fim de que os objetivos da modernização do ensino sejam alcançados. Sem dúvida alguma, é mais fácil aprender o que vai ser utilizado na vida ou na profissão, por isso, é importante que os assuntos ministrados numa sessão sejam contextualizados com exemplos profissionais, para daí criar um elo efetivo com o que está sendo passado, visando um total aproveitamento das informações passadas. Ao longo da história descobrimos que o cavalo foi um importante instrumento na consecução de grandes conquistas. Sobre seu dorso passaram importantes líderes e comandantes que mudaram o curso da civilização ao longo das eras. O cavalo ensina ao homem ser companheiro, cooperativo e solidário. Por exemplo, num passeio ou numa competição, cavalo e cavaleiro têm de estar muito afinado, o que implica um conhecer o outro, saber ouvir, sentir e se comunicar. O cavalo é um animal, ricamente social, que possui uma linguagem muito eficiente e de fácil percepção. Um ponto interessante sobre essa linguagem é que ela é universal à espécie. ROBERTS (2002) reconheceu uma linguagem entre os cavalos, e a denominou de Equus, que significa uma comunicação baseada em confiança e aceitação de uma liderança, sem o uso de violência, a partir da qual os homens podem aprender lições de fundamental importância. Segundo SMYTHE (1990), o cavalo é um animal extremamente capaz de demonstrar o que está ocorrendo em sua mente, sendo um animal bastante sensível, que não só expressa claramente suas emoções, contudo também é capaz de uma rápida mudança no caráter dessas emoções, 17 em demonstrá-las de uma forma que a maioria dos seres humanos possa compreender. Com isso pode-se afirmar que o cavalo com grande adaptabilidade, é capaz de ajustar seu estado de humor ao do cavaleiro. O cavalo simboliza a força, poder, liberdade, e virilidade, que os seres humanos sempre sonharam em ter. Sobre ele, obtivemos um padrão de comportamento através destas sensações, onde o animal é controlado pelo homem, esquecendo que esta representação simbólica tem o significado do controle do próprio eu interno. Princípios básicos de equitação, como o manejo, trato e condução do cavalo devem fazer parte do currículo do cavaleiro, a fim de promover uma maior aproximação entre o instruendo e o animal. A equitação em si proporciona ao aluno atividade física, robustez, qualidades morais, equilíbrio, coordenação motora, agilidade e destreza, fazendo com que este tenha um sentimento de força física, aumentando a sua autoconfiança. Segundo CANDIOTA (1999) O cavalo exibe uma impressionante capacidade de se adaptar às circunstâncias e ambientes incomuns. Demonstra grande versatilidade e razoável disposição de submeter-se, dentro de certos limites, ao domínio do homem, mostrando boa vontade em cooperar e às vezes antecipando os desejos do cavaleiro. Uma de suas características é a de transferir lealdade, que antes era conferida a outro eqüino (o líder), a um ser humano e de obedecer a ordens transmitidas a ele por vários meios. Desta forma, afirma que o contato com o cavalo feito de forma a estabelecer uma relação de amizade e confiança, entre este e o instruendo, favorece a superação de barreiras como o medo e a insegurança, incrementando sentimentos de autoconfiança e auto-estima. Também traz resultados positivos e de maneira integrada no campo físico, emocional e social, proporcionando um desenvolvimento global do praticante, contribuindo para uma melhor qualidade de vida. 4.2 Atributos da Área Afetiva desenvolvidos pela equitação Goleman em 1995 apresentou o conceito de “inteligência emocional”. De acordo com esta teoria, era necessário desenvolver o quociente emocional tanto quanto a inteligência. Ele acreditava que pessoas disciplinadas, persistentes e com empatia estavam mais propensos ao sucesso por serem bem resolvidas “emocionalmente”. Para Goleman (1996), Inteligência emocional não é genética: estas habilidades são aprendidas mais do que inseridas. De certa forma, podemos dizer que possuímos duas mentes, conseqüentemente, dois tipos diferentes de inteligência: racional e emocional. Nossa performance na vida é determinada não apenas pelo QI, mas principalmente pela inteligência emocional. Na verdade, o intelecto não pode dar o melhor de si sem a 18 inteligência emocional – ambos são parceiros integrais na vida mental. Quando esses parceiros interagem bem, a inteligência emocional aumenta – e também a capacidade intelectual. Isso derruba o mito de que devemos sobrepor a razão à emoção, mas ao contrário, devemos buscar um equilíbrio entre ambas. O tema trazido neste tópico não é recente e muito já foi escrito sobre a relevante participação da equitação na formação do caráter de seus praticantes, são grandes os benefícios que esta arte contribui para o desenvolvimento da inteligência emocional daqueles que decidem trilhar seu prazeroso caminho. O Exército Brasileiro por acreditar que a sistematização do desenvolvimento dos atributos da área afetiva traria para seus Oficiais uma melhora, tanto qualitativa como quantitativa de líderes, decidiu por não negligenciar seu desenvolvimento nos estabelecimentos de ensino. A portaria nº 12 de 12 de maio de 1998 aprova a conceituação dos atributos da área afetiva, para uso pelos órgãos e estabelecimentos de ensino. Para o desenvolvimento de vários atributos trazidos pela retro mencionada Portaria, estudos comprovam que a equitação contribui de maneira substancial, fator que reforça o emprego do cavalo no Exército Brasileiro e na formação dos militares da força terrestre. Na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), por exemplo, a seção de equitação tem objetivos no plano de disciplina voltados para este fim. As instruções de equitação na AMAN visam desenvolver atributos fundamentais no desempenho das atividades profissionais do futuro oficial, com objetivos relacionados principalmente aos campos psicomotor e afetivo. Ao inserir o cavalo visando trabalhar a área afetiva, procura-se oportunizar um ambiente no qual o aluno possa se desenvolver, expressando seus sentimentos e emoções através de vínculos criados entre ele, o instrutor e o cavalo. Para WALTER (2000) o cavalo traz à realidade a experiência gostosa de sonhar. As atividades com cavalos estimulam a autoconfiança, majoram os períodos de atenção, permitem maior concentração e melhor disciplina. Os cavalos aceitam os cavaleiros sem restrições, sendo que a união normalmente estabelece-se de tal forma que o cavalo pode ser sentido como um companheiro muito próximo, como um prolongamento do corpo. Companheiro de fantasias e de loucuras, permitindo, quiçá ao cavaleiro, a descoberta de si mesmo. A prática sadia da tão nobre arte de montar cavalos faz com que os efeitos do corpo em movimento, pela orientação do olhar e pela confiança depositada no cavalo, sejam estabelecidos com naturalidade e singeleza pelo contato, harmonia, equilíbrio e compreensão; um intercâmbio das experiências das conquistas e das aprendizagens mútuas entre cavalo e 19 cavaleiro. Igualmente nas baias, com atividades de manejo, como escovação, alimentação, o ato de limpar, escovar a crina e a cauda, tendemos a seguir uma ordem técnica dada pelo instrutor de equitação. Segundo TITAN (2004) através de numa pesquisa realizada no âmbito de Oficiais possuidores do Curso de Instrutor de Equitação, os Atributos da Área da Afetiva desenvolvidos de forma excelente pela Equitação são: Autoconfiança, Coragem, Disciplina, Equilíbrio Emocional, Iniciativa, Liderança, Persistência e Resistência. Para WILEMBERG (2005), numa pesquisa de campo, que fez parte de um trabalho sobre Atributos da Área Afetiva (AAA) desenvolvidos pela equitação, pode-se constatar que muitos outros AAA são desenvolvidos com maior intensidade pela Equitação Militar, nesta pesquisa foram consultados militares possuidores do Curso de Instrutor de Equitação e foi obtido o seguinte resultado: Coragem, Iniciativa, Autoconfiança, Persistência, Equilíbrio Emocional, Decisão, Adaptabilidade, Dedicação e Flexibilidade. Já ADONIS (2005) fazendo uma comparação entre os AAA pesquisados por Titan com os AAA pesquisados por Wilemberg, obteve o resultado das duas pesquisas e chegou à conclusão que existem oito AAA que apareceram como sendo desenvolvidos com maior intensidade pela Equitação Militar , são os seguintes Atributos: Autoconfiança, Coragem, Equilíbrio Emocional, Decisão, Dedicação, Flexibilidade, Iniciativa e Persistência. 20 5. EQUITAÇÃO NA FORMAÇÃO DO OFICIAL POLÍCIAL MILITAR 5.1 O cavalo na formação do oficial policial militar As disciplinas constantes nos cursos de formação do oficial policial militar que apresentam o cavalo como, pelo menos, um dos instrumentos de aprendizagem quase sempre se resume a disciplina de policiamento montado, podendo variar a nomenclatura, porém sem fugir ao objetivo principal, sendo o de preparar os alunos oficiais para a execução de uma das técnicas de policiamento ostensivo onde se utiliza o cavalo, que é o processo ostensivo montado. Em algumas Academias de Polícias Militares, a exemplo da Academia de Polícia Militar de Brasília/PMDF e da Academia de Polícia Militar de Paudalho/PMPE, os Cadetes têm aulas sobre equitação no segundo ano do CFO e sobre policiamento montado no terceiro ano, período em que já foram estabelecidos contatos anteriores com o cavalo, sendo bem mais simples e proveitoso passar algumas técnicas sobre policiamento montado, uma vez que o contato inicial com o animal já fora estabelecido. Na maioria da Academias de Polícias Militares do Brasil, existe apenas a disciplina de policiamento montado, vista em um dos anos do Curso, e que não rara às vezes não são tão proveitosas como deveriam, pois os alunos nunca estabeleceram contato com o cavalo anteriormente, com exceção daqueles que já tinham algum tipo de experiência trazida da vida civil. A falta de contato anterior com o nobre amigo traz uma problemática comum para os futuros oficiais, pois o que é visto sobre o policiamento montado, alvo da disciplina, é muito pouco e insuficiente para transmitir, até, noções básicas desse processo de policiamento, pois gasta-se muito tempo com as aulas iniciais que servem para estabelecer o primeiro contato com o animal. Já em algumas outras Academias, o contato com o cavalo se dá, além da disciplina curricular de policiamento montado com práticas da equitação desportiva, como é o caso da Academia de Polícia Militar do Barro Branco/PMESP e da Academia de Polícia Militar de Minas Gerais/PMMG. A primeira possui em suas instalações um grêmio de cavalaria e a segunda tem no mesmo complexo, o Regimento de Cavalaria Alferes Tiradentes. Isto sem dúvida favorece a prática da equitação pelos alunos do Curso de Formação de Oficiais. 21 5.2 O cavalo no Curso de Formação de Oficiais da PMAL O cavalo no Curso de Formação de Oficiais da PMAL desempenha um papel de forma muito tímida, pois apenas é apresentado ao Cadete da Polícia Militar de Alagoas no terceiro e último ano da formação daqueles futuros oficiais. Sua presença existe motivada pela disciplina de policiamento montado, prevista na malha curricular daquele curso. Tal disciplina, constante no projeto pedagógico do Curso em questão tem uma carga horária de 30 horas/aula (h/a) e traz em seu conteúdo programático subdivisões de assuntos como hipologia (5 h/a), equitação e volteio (10 h/a), ordem unidade montada (5 h/a), a unidade montada (4 h/a) e policiamento de choque montado (6 h/a). Ao analisar a distribuição dos assuntos e verificar a quantidade de horas/aulas destinadas para cada um deles, fica fácil perceber a dificuldade que o instrutor da disciplina tem em apresentar todo conteúdo programático com a quantidade de horas/aula existentes. Na prática, um assunto acaba sendo sacrificado em detrimento de outro. Um fator diferente que se pode observar é a inexistência de aulas destinadas à apresentação do policiamento ostensivo montado, processo de policiamento mais frequente executado pelo Regimento de Polícia Montada Dom Pedro I, sendo prioritário até mesmo que o policiamento de choque montado que é uma atividade que necessita de cavaleiro mais experiente e com uma maior independência a cavalo, e pode ser trabalhado até mesmo depois da chegada do Oficial na unidade hipomóvel da PMAL. 5.3 A importância da disciplina equitação no CFO da PMAL A disciplina equitação no CFO da PMAL teria uma importância relevante, pois como já se viu neste trabalho, seus efeitos benéficos ultrapassam o profissional e traz melhorias incontáveis para aqueles que caminham por sua satisfatória estrada. Sendo introduzida no Curso que forma os futuros oficiais da PMAL, ela seria de inestimável valor no trabalho dos aspectos da área afetiva, uma vez que o cavalo se prestaria a este fim. O Projeto pedagógico do Curso de Formação de Oficiais da PMAL traz no Marco Referencial, que é o marco pertinente ao perfil e as competências do profissional de Defesa Social a ser formado, três tipos de competências, como já foi mostrado anteriormente. Essas competências são conhecidas pelos seguintes nomes: a cognitiva, relacionada a obter uma percepção do cenário da realidade brasileira e relacioná-la com a atividade policial; a operativa, que lida com a parte técnica da profissão policial militar, e a atitudinal, esta, ligada 22 a questão da atitude que o profissional da segurança pública deve adotar durante e para o desempenho de sua função. Ao observar as competências preestabelecidas no referido Projeto, nota-se que várias delas estão relacionadas com diversos atributos da área afetiva desenvolvidos pela equitação, conforme estudos realizados e mostrado no presente trabalho, como exemplo se pode citar: Autoconfiança, Coragem, Equilíbrio Emocional, Decisão, Dedicação, Flexibilidade, Iniciativa e Persistência. Trabalhar esses atributos da área afetiva através da equitação na PMAL, de certo influenciaria positivamente à formação dos futuros oficiais e líderes policiais militares, com a visão de dar importância a aspectos da inteligência emocional. Este tipo de inteligência é um fator de suma relevância, quando se trata de homens que serão responsáveis pela aplicação da lei, quase sempre sob intensa pressão, exercida por fatores comuns aqueles que labutam em busca da paz social. Outro fator importante que justificaria a implementação da equitação no CFO, seria o de melhor preparar os oficiais que servirão no Regimento de Polícia Montada da Polícia Militar de Alagoas, profissionais que se apresentam naquela unidade, muitas vezes sem nem ao menos saber encilhar um cavalo, fruto do não incentivo dado ainda durante a sua formação. 5.4 Como desenvolver aulas de equitação no CFO da PMAL Uma proposta a ser analisada seria para inserir a disciplina equitação no 1º e 2º ano do Curso em epígrafe e no 3º ano manter as instruções de policiamento montado. No 1º ano de Curso, iniciaria a disciplina equitação, com noções de hipologia, primeiros contato com o animal, trato, encilhagem, aquisição de confiança, e exercícios de flexibilidade. No 1º semestre do 2º ano do Curso, daria ênfase na equitação militar, posição do cavaleiro, ajudas elementares e ordem unidade montada. A partir do 2º semestre do 2º do curso, seria interessante a inserção do hipismo nas modalidades desportivas prevista para os cadetes, onde participariam apenas aqueles que fossem voluntários, de acordo com sua aptidão para o esporte. Esta prática desportiva se estenderia até o final do curso, como as outras modalidades desportivas já existentes. Depois de estabelecidos os primeiros contatos com o cavalo, e o Cadete da PMAL ter adquirido o mínimo de independência sobre o animal, seria interessante manter no 3º e ultimo ano do CFO a disciplina de policiamento montado, onde eles aprenderiam as técnicas mais usadas naquele processo de policiamento com mais 23 facilidade, e adquiririam um conhecimento teórico-prático mínimo suficiente para servir na unidade hipomóvel da Polícia Militar do Estado de Alagoas. 5.5 Viabilidade de estruturas físicas Tanto as aulas de equitação como a prática desportiva ocorreriam no Regimento de Polícia Montada Dom Pedro I, local onde hoje ocorrem as aulas de policiamento montado, e unidade da PMAL que obtém uma estrutura física adequada, suporte de material e efetivo para o desenvolvimento das atividades. As aulas e práticas desportivas funcionariam com os horários estabelecidos pela Seção Técnica de Ensino da APMSAM. 24 6. CONCLUSÕES O trabalho visou mostrar o uso do cavalo como instrumento capaz de melhorar a formação dos oficiais da Polícia Militar de Alagoas. Mostrou-se os benefícios que a prática da equitação traria, e como o uso do cavalo seria importante na tentativa de atrair novos admiradores deste animal fabuloso, com o intento, ainda, de angariar material humano para servir na unidade hipomóvel da PMAL. O presente trabalho seguiu um embasamento que cerca a relação homem/cavalo, abordou a inteligência emocional e descreveu os atributos da área afetiva desenvolvidos pela equitação. Atributos que não podem deixar de ser estimulados durante a formação do Cadete policial Militar. Como se pode deduzir deste estudo, as teorias contemporâneas que versam sobre a inteligência emocional e os atributos da área afetiva realçam a importância de se "educar" as emoções, esse desenvolvimento emocional das pessoas, merece uma ressalva, na medida em que não se aprendem lidar com emoções apenas recebendo lições, mas principalmente negociando-se com os outros. Diante o exposto, deseja-se aqui, deixar evidenciada a importância atual dos Atributos da Área afetiva, não só para a formação militar, mas também para a sociedade como um todo e como a Equitação pode nos ajudar a desenvolvê-los na Academia de Polícia Militar, que é um Estabelecimento de Ensino possuidor de pouco contato com esta excelente ferramenta psicopedagógica que é o cavalo. Pode-se afirmar, com este estudo, e tendo como base as pesquisas realizadas por TITAN (2004), WILEMBERG (2005), e ADONIS (2005) que oito Atributos da Área Afetiva são obtidos, com excelentes condições através da Equitação. Portanto, Autoconfiança, Coragem, Equilíbrio Emocional, Decisão, Dedicação, Flexibilidade, Iniciativa e Persistência, indubitavelmente poderiam ser qualidades despertadas, ou trabalhadas durante a formação profissional, tendo o cavalo, por meio da equitação, como um importante catalisador neste processo. Julga-se viável a implantação da Equitação no CFO da PMAL, porém é necessário um estudo complementar e mais detalhado de como seria a distribuição dos tempos desta matéria. O que se pode precisar é que com aulas durante os dois primeiros anos de Curso, é possível ministrar instruções de equitação. Na parte de estruturas físicas, verificou-se que o Regimento de Polícia Montada Dom Pedro I possui uma estrutura física adequada e suporte de material e efetivo para o desenvolvimento das atividades, capazes de atender aos propósitos de nosso estudo, que é a 25 prática de Equitação. Desta forma podemos afirmar que é viável a implantação de instruções de Equitação no que se refere a estruturas físicas para a prática destas instruções. Ao encerrar este trabalho, tem-se a certeza de que não se esgotaram os estudos deste assunto, cabendo um aprofundamento do mesmo, à medida que esta é a primeira pesquisa direcionada a esta área. Sabe-se também que o cavalo é um meio eficaz para ser trabalhado com o intuito de desenvolver os AAA, mas sabemos que não é o único, porém, tem-se que aproveitá-lo e inserir a disciplina equitação no CFO, para assim estreitar os laços de amizade, promover a estima, a união e a camaradagem, desenvolver atividades recreativas, proporcionar condições de treinamento para os Cadetes da PMAL relacionadas à equitação e às atividades de policiamento montado. 26 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ADONIS, A. Implantação de instruções de equitação nos CPOR e NPOR objetivando desenvolver os atributos da área afetiva necessários para a consolidação do caráter do oficial do Exército Brasileiro. Rio de Janeiro. 2005. CANDIOTA, Clarissa F. Programa de Equoterapia Aplicada à Educação: Modelo Teórico Prático. I Congresso Brasileiro de Equoterapia, Coletânea de Trabalhos. 1999. FONSECA, M. L. Tropa Montada - Implantação e Administração. A.T.P. Composições Gráficas e Editora Ltda. Curitiba. 2006. GOLEMAN, D. Inteligência Emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. Objetiva. Rio de Janeiro. 1996. GOULART, J.A. O Cavalo na Formação do Brasil. Letras e Artes. Rio de Janeiro. 1964. JUNIOR, N. A. P. Proposta de implantação da disciplina volteio na grade curricular do Curso de Instrutor de Equitação. Rio de Janeiro. 2009. LICART, C. A arte da equitação. Editora Papirus. Campinas. 1988. RINK, B. Desvendando o Enigma do Centauro. Equus Brasil. São Paulo. 2008. RINK, B. Palestra para os alunos do Curso de Instrutor de Equitação na Escola de Equitação do Exército. Rio de Janeiro. 2004. Disponível em: <http://www.desempenho.esp.br>. Acesso em 08 de Agosto de 2010. ROBERTS, M. O homem que Ouve Cavalos. Bertrand Brasil. Rio de Janeiro. 2002. SMYTHE, R. H. A Psique do cavalo. ITD. São Paulo.1990 SOARES, E. C. A importância da equitação para os oficiais de Artilaria. Rio de Janeiro. 2009. TELES, S. J. Briosa. A história da Polícia Militar de Alagoas no Olhar de Um Jornalista. Imprensa Oficial Graciliano Ramos. Maceió. 2010 TITAN, A. Os Atributos da Área Afetiva Desenvolvidos Através da Equitação. Rio de Janeiro, 2004. TORRES, R. V. Cavaleiro e Cavalo na Equitação. Livraria e Editora Agropecuária. Guaíba. 1999. WALTER, G. B. Equoterapia - Terapia com Uso do Cavalo. Carpenter. Viçosa. 2000. WILEMBERG, L. S. Emprego do cavalo no desenvolvimento da área afetiva: a comtribuição do cavalo e da equitação para o desenvolvimento da área afetiva na Escola de Sargentos das Armas. Rio de Janeiro. 2005. 27 _____________. A Polícia Militar de Alagoas nos Conflitos Históricos. Disponível em: <http://www.pm.al.gov.br>. Acesso em 30 de julho de 2010. 28 ANEXO A MALHA CURRICULAR DO CFO CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS – 1º ANO ÁRE FUNÇÕES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS EM SEGURANÇA PÚBLICA A INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO ARMAMENTO E MUNIÇÃO 01 DOUTRINA DA TÉCNICA E TÁTICA DE POLICIAMENTO 02 OSTENSIVO E NÃO LETAIS DE INTERVENÇÃO POLICIAL INTRODUÇÃO AO TIRO POLICIAL 03 PRIMEIROS SOCORROS 04 ÁRE COTIDIANO E PRÁTICA REFLEXIVA A ÉTICA E CIDADANIA 01 RELAÇÕES HUMANAS 02 ÁRE VIOLÊNCIA, CRIMES E CONTROLE SOCIAL A SOCIOLOGIA 01 ÁRE CULTURA, CONHECIMENTO JURÍDICO APLICADO E INSTITUCIONAL A HISTÓRIA INSTITUCIONAL 01 LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL 02 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO 03 DIREITO CONSTITUCIONAL 04 TEORIA GERAL DO ESTADO 05 TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO 06 ÁRE VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL, SAÚDE E CONDICIONAMENTO FÍSICO DO POLICIAL MILITAR A SENSIBILIZAÇÃO E INTERAÇÃO GRUPAL 01 SAÚDE FÍSICA DO POLICIAL MILITAR 02 DEFESA PESSOAL 03 ORDEM UNIDA 04 ÁRE COMUNICAÇÃO, INFORMAÇÃO E TECNOLOGIA EM SEGURANÇA PÚBLICA A NOÇÕES DE INFORMÁTICA 01 LÍNGUA E COMUNICAÇÃO 02 REDAÇÃO OFICIAL E MILITAR 03 METODOLOGIA CIENTÍFICA 04 ESPANHOL 05 ORATÓRIA 06 LIBRAS 07 COMUNICAÇÃO SOCIAL 08 INGLÊS 09 CARGA HORÁRIA CURRICULAR ATIVIDADES COMPLEMENTARES VERIFICAÇÕES 01 C/H 50 70 50 30 C/H 30 45 C/H 45 C/H 30 60 45 60 30 30 C/H 15 120 45 60 C/H 30 30 30 30 45 30 30 45 45 1.145 C/H 82 29 À DISPOSIÇÃO/ PALESTRAS/VISITAS ESTÁGIO SUPERVISIONADO PRÁTICAS DE MODALIDAES DESPORTIVAS 45 100 60 - CARGA HORÁRIA COMPLEMENTAR 287 - CARGA HORÁRIA TOTAL 02 03 04 1.432 DO CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS – 2º ANO ÁRE A 01 02 03 04 06 07 08 ÁRE A 01 02 ÁRE A 01 ÁRE A 01 02 03 04 05 06 ÁRE A 01 02 03 04 05 06 ÁRE A 01 02 FUNÇÕES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS EM SEGURANÇA PÚBLICA BP-60 IPOL ESTUDO DO ARMAMENTO E MUNIÇÃO II POLICIAMENTO RÁDIO MOTORIZADO POLICIAMENTO DE TRÂNSITO URBANO E RODOVIÁRIO USO DA FORÇA TIRO POLICIAL II MODALIDADES DE GESTÃO DE CONFLITOS E EVENTOS CRÍTICOS GERENCIAMENTO DE CRISES: CONFLITOS URBANOS E RURAIS FUNDAMENTOS DA NEGOCIAÇÃO COTIDIANO E PRÁTICA REFLEXIVA CHEFIA E LIDERANÇA VIOLÊNCIA, CRIMES E CONTROLE SOCIAL CRIMINOLOGIA APLICADA A SEGURANÇA PÚBLICA PRESERVAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA PROVA SOCIOLOGIA DO CONFLITO MOVIMENTOS SOCIAIS QUESTÕES POLÍTICAS E ECONÔMICAS SOCIAIS SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL CULTURA, CONHECIMENTO JURÍDICO APLICADO E INSTITUCIONAL DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DIREITOS HUMANOS DIREITO PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO CIVIL DIREITO APLICADO A POLÍCIA OSTENSIVA VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL, SAÚDE E CONDICIONAMENTO FÍSICO DO POLICIAL MILITAR SAÚDE FÍSICA DO POLICIAL MILITAR ORDEM UNIDA C/H 45 45 40 30 30 30 48 C/H 45 45 C/H 30 C/H 45 30 30 30 30 30 C/H 45 30 60 60 30 30 C/H 120 45 30 ÁRE A 01 02 03 04 05 01 02 03 04 COMUNICAÇÃO, INFORMAÇÃO E TECNOLOGIA C/H INFORMÁTICA TELECOMUNICAÇÕES LIBRAS DIDÁTICA CERIMONIAL E PROTOCOLO MILITAR CARGA HORÁRIA CURRICULAR ATIVIDADES COMPLEMENTARES VERIFICAÇÕES ÀDISPOSIÇÃO/ PALESTRAS/VISITAS ESTÁGIO SUPERVISIONADO PRÁTICAS DE MODALIDAES DESPORTIVAS 30 30 30 45 30 1158 C/H 86 45 100 60 - CARGA HORÁRIA COMPLEMENTAR 291 - CARGA HORÁRIA TOTAL 1449 DO CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS – 3º ANO ÁRE A 01 02 03 04 05 06 07 ÁRE A 01 02 ÁRE A 01 ÁRE A 01 02 03 ÁRE A 01 02 03 04 FUNÇÕES, TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS EM SEGURANÇA PÚBLICA TIRO POLICIAL III POLICIAMENTO MONTADO POLICIAMENTO DE CHOQUE POLICIAMENTO DE EVENTOS ESPECIAIS DOUTRINA DE POLICIA COMUNITÁRIA POLICIAMENTO AMBIENTAL TRABALHO DE COMANDO MODALIDADES DE GESTÃO DE CONFLITOS E EVENTOS CRÍTICOS FUNDAMENTOS DA GERÊNCIA INTEGRADA DE CRISES E DESASTRES PRÁTICAS DE NEGOCIAÇÃO COTIDIANO E PRÁTICA REFLEXIVA ÉTICA PROFISSIONAL VIOLÊNCIA, CRIMES E CONTROLE SOCIAL MEDICINA LEGAL APLICADA PREVENÇÃO E REPRESSÃO A DROGAS E ENTORPECENTES ABORDAGEM SÓCIO-PSICOLÓGICA DA VIOLÊNCIA E DO CRIME CULTURA, CONHECIMETO JURÍDICO APLICADO E INSTITUCIONAL PRATICA DE PROCESSOS ADMINISTRATIVOS E CORREICIONAIS DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO PENAL MILITAR DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR C/H 60 30 30 45 30 30 45 C/H 30 30 C/H 45 C/H 30 30 30 C/H 45 60 45 45 31 ADMINISTRAÇÃO POLICIAL MILITAR (PESSOAL, MATERIAL E FINANCEIRA) ÁRE VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL, SAÚDE E CONDICIONAMENTO FÍSICO DO POLICIAL MILITAR A SAÚDE FÍSICA DO POLICIAL MILITAR 01 GESTÃO DA QUALIDADE EM SERVIÇO 02 ORDEM UNIDA C/ ESPADA 03 ÁRE COMUNICAÇÃO, INFORMAÇÃO E TECNOLOGIA EM SEGURANÇA PÚBLICA A ESTATÍSTICA APLICADA AO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE 01 CURSO METODÓLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA 02 ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA 03 PESQUISA DE CAMPO PARA A PRODUÇÃO CIENTÍFICA DO T.C.C 04 CARGA HORÁRIA CURRICULAR ATIVIDADES COMPLEMENTARES VERIFICAÇÕES 01 Á DISPOSIÇÃO/ PALESTRAS/VISITAS 02 ESTÁGIO SUPERVISIONADO 03 PRÁTICAS DE MODALIDAES DESPORTIVAS 04 ORIENTAÇÕES PARA A PRODUÇÃO CIENTÍFICA 05 45 05 - CARGA HORÁRIA COMPLEMENTAR - CARGA HORÁRIA TOTAL C/H 120 30 30 C/H 45 45 90 90 1.140 C/H 76 45 100 60 30 311 1.451 DAS MODALIDADES DESPORTIVAS DO CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS Nº 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 ÁREA DE ENSINO CURRICULAR COMPLEMENTAR MODALIDADES BASQUETEBOL FUTSAL FEMININO E MASCULINO NATAÇÃO ATLETISMO TIRO DESPORTIVO JUDÔ XADREZ VOLEIBOL GINÁSTICA FUTEBOL DE CAMPO HABILIDADES PROFISSIONAIS DAS CARGAS HORÁRIAS CFO I CFO II 1.145 1158 287 291 CFO III 1.140 311 C/H TOTAL 3.443 889 32 CURSOS TOTAL GERAL CFO I 1.432 CFO II 1449 CFO III 1.451 C/H GERAL 4.332 33 ANEXO B PLANO DE DISCIPLINA DISCIPLINA C/H POLICIAMENTO OSTENSIVO MONTADO 30 h/a OBJETIVOS: - Inserir o conhecimento básico sobre o animal, fornecer elementos de sustentação para o aprendizado prático aos PMs nas diversas posições de montaria e prover elementos para a execução de ordem unida montada. - Proporcionar conhecimentos sobre a Unidade de Policiamento Montado (RPMon), sua composição, atividades diárias de manutenção administrativa e emprego do Policiamento Ostensivo Montado em diversas situações. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO MATERIAL CAR/ DIDÁTICO HOR Quadro branco, 1-HIPOLOGIA - Conhecimentos sobre eqüinos, Pelagens, multimídia, Higiene e Profilaxia. 5 apostilas, textos e filmes. 2-EQUITAÇÃO E VOLTEIO - Contato com o animal, aquisição Quadro branco, de confiança; Equitação e Volteio; Exercícios de flexibilidade e multimídia, descontração com e sem estribo; Montar a apear; Exercícios de 10 apostilas, textos Flexibilidade e desembaraço; Posições a cavalo; Ajudas e filmes. elementares; Passeio a cavalo. 3- ORDEM UNIDA MONTADA - Fornecer conhecimentos Quadro branco, sobre os comandos de ordem unida montada, aplicada em multimídia, 5 diversas solenidades. apostilas, textos e filmes. 4- A UNIDADE MONTADA - Construção de Estábulos; Quadro branco, Transporte de Cavalos; Alimentação; Veterinária, Selaria e multimídia, Ferradoria; Emprego no policiamento (escalas); Evacuação de 4 apostilas, textos emergência em estábulos. e filmes. RELAÇÃO DE ASSUNTOS 5- POLICIAMENTO DE CHOQUE MONTADO Características de atuação e seu efeito psicológico; Patrulha de Acompanhamento e controle de manifestante; Ação e dispersão de multidões e prioridade para o uso da força; Armamento, equipamento, arreamento e apresto. TOTAL DA CARGA HORÁRIA VERIFICAÇÃO FINAL Quadro branco, multimídia, apostilas, textos e filmes. - 6 30 2 34 ESTRATÉGIA DE ENSINO: - Aulas expositivas, práticas e análise de filmes. AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM: - Avaliações escritas e exercícios práticos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Manual de Policiamento Montado. PMMG: 1987 Manual de Policiamento Montado: PMDF: 2001 Manual de Equitação Policial Militar: PMPE: 2002 Manual de Policiamento Montado Comunitário. PMPR: 2006