UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aula X – Aditivos para concreto Materiais de Construção Professor: Leandro Neves Duarte 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Definição (comitê 11-A da Rilem) Réunion Internationale des Laboratoires et Experts des Matériaux Todo produto que adicionado em pequena proporção em argamassas ou concretos, no momento da mistura, tem a finalidade de modificar, no sentido favorável, as propriedades desse conglomerado, tanto no estado fresco quanto no estado endurecido 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Classificação A classificação dos aditivos pode ser baseada na ação ou nos efeitos. O critério baseado na ação é mais científico e distingue apenas as ações puramente químicas, física ou físico-química. Entende-se por ação química aquela que modifica a solubilidade dos compostos do cimento. Alguns produtos aceleram a dissolução de cal ou do alumínio ou da sílica, acelerando o processo, enquanto que outros formam como que uma proteção às fases anidridas, retardando a hidratação. Por ação física entende-se aquela que, por forças de absorção de Vander Waals de natureza tensoativa, modifica a tensão superficial da fase líquida e ainda, a tensão interfacial entre esta e as fases sólidas ou gasosas. Aumentam a capacidade de molhabilidade da água, bem com seu poder de penetração. 3 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Classificação O critério de classificação baseado nos efeitos, não obstante ser de menor precisão científica, será o que abordaremos na disciplina, tendo em vista uma das finalidades propostas que é a de contribuir para a seleção e correto emprego dos aditivos. 4 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Classificação Aditivo impermeabilizante Reduz a permeabilidade e a absorção capilar das argamassas e concretos Aditivo redutor de água Reduz a quantidade de água unitária necessária a produzir um conglomerado de determinada consistência. São também chamados de plastificantes pois podem aumentar a fluidez desse conglomerado quando se mantém fixa a relação água/cimento 5 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Classificação Aditivo retardador – Retarda o tempo de pega do concreto Aditivo acelerador – Acelera a pega e o desenvolvimento das resistências iniciais do concreto Aditivo redutor retardador Reduz a quantidade de água unitária necessária para produzir um concreto de determinada consistência e retarda a pega do concreto 6 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Classificação Aditivo redutor acelerador Reduz a quantidade de água unitária necessária a produzir um concreto ou uma argamassa de determinada consistência e acelera a pega e o desenvolvimento das reações iniciais desse conglomerado Aditivo incorporador de ar Incorpora e estabiliza uma quantidade elevada de micro bolhas de ar no conglomerado fresco mantendo-as incorporadas após a pega e o endurecimento 7 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Classificação Aditivo superfluidificante Aumenta significativamente a fluidez do concreto ou da argamassa, mantida a mesma relação água/cimento. São também denominados redutores de água de alto poder pois reduzem significativamente a quantidade de água unitária necessária para produzir um conglomerado de determinada consistência Aditivo retentor de água Diminui a velocidade de perda d’água por uma diminuição da exsudação das misturas frescas 8 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Classificação Pó mineral plastificante É um aditivo sólido, insolúvel em água, finamente dividido, que aumenta a viscosidade e a coesão das misturas no estado fresco, formando produtos mais homogêneos e menos sujeitos à deformação quando desmoldados no estado fresco. Aumenta a compacidade de argamassas e concretos pobres Aditivo expansor Provoca uma expansão controlada durante o processo de hidratação do cimento nas argamassas e concretos. Esta expansão pode ser inferior, igual ou superior à retração 9 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos aceleradores de pega Usos recomendados Argamassa de pega rápida (Reparos rápidos) Trabalhos de recuperação em condições desfavoráveis Concreto projetado Estado físico mais comum Pó (carbonatos) Líquidos (silicatos) Teor mais comum 0,1 a 1,0% 10 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos aceleradores de pega Substâncias mais comuns Silicato de sódio NaSiO2 Carbonato de sódio Carbonato de potássio Mecanismo principal de ação NaSiO2 precipita (formação de um sólido) o silicato de cálcio hidratado e aumenta a relação sólido/líquido na pasta de cimento Carbonatos alcalinos provocam a precipitação do CaCO3, e aceleram a hidratação do C3A e do C3S 11 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos aceleradores de pega Efeitos colaterais Reduz sensivelmente a resistência à compressão (Calor de Hidratação) Endurecimento mais lento Aumenta o risco de eflorescência Observações Devem ser adicionados junto com os materiais secos, preferencialmente pulverizados na mistura seca 12 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos aceleradores de pega e endurecimento Usos recomendados Desforma rápida Artefatos (pré-moldados) de cimento Estado físico mais comum Líquido Sólido (escamas) Teor mais comum 0,5 a 3,0% 13 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos aceleradores de pega e endurecimento Substâncias e teores mais comuns Grupo 1 (teores de 0,5 a 3,0%) Cloreto de cálcio (CaCl2) Cloreto de sódio (NaCl) Grupo 2 (teores de 0,01 a 0,05%) Trietanolamina (composto químico orgânico) Grupo 3 (teores de 1,0 a 3,0%) Formiato de cálcio Nitrato de cálcio Fluoreto de cálcio Tiossulfato de potássio 14 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos aceleradores de pega e endurecimento Mecanismo principal de ação – Grupo 1 Agem favorecendo e alterando os produtos da hidratação do C3A, C4AF e C3S – Grupo 2 Acelera a hidratação do C3A – Grupo 3 Atuam preponderantemente sobre a hidratação do C3A e do C3S 15 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET 80 8 70 7 60 6 50 5 40 4 30 3 20 2 10 1 0 0 0 1 2 3 % de CaCl2 Resistência à compressão 4 5 Resistência à tração Resisência à tração (MPa) Resistência a compressão (MPa) Influência do CaCl2 (Cloreto de cálcio) sobre a resistência do concreto 6 16 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Influência do CaCl2 sobre a resistência à compressão do concreto Resistência à compressão c/ CaCl2 s/ CaCl2 Tempo CP II CP III CP V 17 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos aceleradores de pega e endurecimento Observações Grupo 1 Podem ser adicionados à moagem do clínquer para aumentar as resistências iniciais Quanto maior a temperatura menos aceleram Agem como retardador na cura em autoclave Devem ser adicionados à mistura com a primeira água de amassamento Grupo 2 É usado como auxiliar de moagem do clínquer Grupo 3 Têm pouco efeito em cimentos de baixo teor de C3S São geralmente moídos com clínquer para aumentar as resistências iniciais 18 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos aceleradores de pega e endurecimento Efeitos colaterais – Grupo 1 Aumentam as resistências iniciais Reduzem a segregação e a exsudação Favorecem a corrosão das armaduras Aumentam a retração Aumentam o risco de eflorescências Reduzem as resistências finais – Grupo 2 Retarda a hidratação do C3S em teores acima de 0,06% – Grupo 3 Diminuem as resistências finais Aumentam o risco de eflorescências 20 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos retardadores de pega Usos recomendados – Calda de cimento para injeção de bainhas de cabos de protensão – Cimentação de poços petrolíferos – Transporte de concreto por longo período – Temperaturas elevadas Estado físico mais comum – Líquido Teor mais comum – 0,5 a 2,0% 21 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos retardadores de pega Substâncias mais comuns – Carbohidratos (açúcares) – Ácidos hidroxi-carboxílicos e dicarboxílicos – Fosfatos – Sais de chumbo e de zinco Mecanismo principal de ação – Adsorção dos compostos orgânicos sobre os grãos de cimento impedindo a hidratação – Formação de precipitados salinos insolúveis sobre os grãos de cimento 23 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos retardadores de pega Efeitos colaterais – Reduzem as resistências iniciais – Aumentam as resistências finais – Aumentam a retração até 50% de hidratação do cimento Observações – Cura prolongada e cuidadosa – Adicionados a mistura junto com a primeira água de amassamento 25 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos redutores de água ou plastificantes Reduzem cerca de 5% na relação a/c Efeito sobre o tempo de pega Normal Retardador Acelerador 26 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos redutores de água (plastificantes) normais Uso recomendado – Maioria dos trabalhos de concretagem onde não é desejado acelerar nem retardar a pega e o endurecimento Estado físico mais comum – Líquido – Pó Teor mais comum – 0,2 a 0,5% 27 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos redutores de água (plastificantes) normais Substâncias mais comuns – – – – Lignossulfonato purificado Lignossulfonato + agente desaerante Lignossulfonato + fosfato tributil Ácidos hidroxi-carboxílicos Glucônico; salicílico; málico; cítrico; tartárico e múcico – Polímero hidroxilado Mecanismo principal de ação – Todos reduzem a tensão superficial da água – Os lignossulfonatos são adsorvidos aos produtos de hidratação do C3A e modificam o potencial elétrico das partículas – As partículas de cimento adsorvem os ácidos hidroxi-carboxílicos 28 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Lignossulfato O lignossulfonato é um subproduto da indústria de celulose que possui propriedade aglutinante de partículas 29 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Ação de aditivo tenso ativo a > 90º Mercúrio a < 90º Água a << 90º Água + Tensoativo 30 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos redutores de água (plastificantes) normais Efeitos colaterais – – – – Aumentam a deformação lenta Retardam a pega e o endurecimento Incorporam ar Aumentam a retração por secagem quando é mantida a mesma relação água/cimento, nas primeiras idades – Aumentam a resistência à compressão nas idades avançadas (superiores a 90 dias) Observações – Devem ser preferencialmente adicionados à mistura após a prémistura dos materiais com parte da água de amassamento – Retardam o início de pega dos cimentos de alto forno e pozolânico (teor de C3A mais baixo) 31 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos redutores de água (plastificantes) retardadores Uso recomendado – Maioria dos trabalhos onde é desejado retardar a pega e o endurecimento Estado físico mais comum – Líquido Teor mais comum – 0,2 a 1,0% 32 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos redutores de água (plastificantes) retardadores Substâncias mais comuns – Lignossulfonatos + açúcar – Ácidos hidroxi-carboxílicos – Polímero hidroxilado Mecanismo principal de ação – Todos reduzem a tensão superficial da água – Os lignossulfonatos são adsorvidos aos produtos de hidratação do C3A e modificam o potencial elétrico das partículas – As partículas de cimento adsorvem os ácidos hidroxi-carboxílicos 33 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos redutores de água (plastificantes) retardadores Efeitos colaterais – Incorporam ar – Aumentam a retração por secagem quando é mantida a mesma relação água/cimento Observação – Para o efeito retardador os lignossulfonatos são adicionados após a pré-mistura (C3A parcialmente hidratado) -> aditivo age sobre o C3S 34 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos redutores de água (plastificantes) aceleradores Uso recomendado – Maioria dos trabalhos de concretagem onde é desejado acelerar a pega e o endurecimento Estado físico mais comum – Líquido – Pó Teor mais comum – 0,2 a 1,0% 35 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos redutores de água (plastificantes) aceleradores Substâncias mais comuns – Lignossulfonato + (cloreto de cálcio)CaCl2 – Lignossulfonato + formiato de cálcio – Lignossulfonato + trietanolamina – Ácidos hidroxi-carboxílicos + CaCl2 Mecanismo principal de ação – Todos reduzem a tensão superficial da água – Os lignossulfonatos são adsorvidos aos produtos de hidratação do C3A e modificam o potencial elétrico das partículas – As partículas de cimento adsorvem os ácidos hidroxi-carboxílicos 36 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos redutores de água (plastificantes) aceleradores Efeitos colaterais – Incorporam ar – Favorecem a corrosão das armaduras – Concentram calor de hidratação Observação – Devem ser preferencialmente adicionados à mistura junto com a primeira água de amassamento 37 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Resistência mecânica Influência dos aditivos plastificantes sobre a resistência de concretos de mesma relação a/c Dias Meses Anos Normal Retardador Acelerador Sem aditivo com consistência mais seca 38 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos superplastificantes ou redutores de água de alto poder Plastificantes – Reduzem a relação água/cimento em 5% Superplastificantes – Reduzem a água/cimento em 20 a 40% – Transforma um concreto seco (slump 10 a 20mm) em um concreto fluido (slump > 200mm) 39 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos superplastificantes ou redutores de água de alto poder 40 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos superplastificantes ou redutores de água de alto poder 41 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Influência da vibração sobre o adensamento do concreto 42 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Efeito de aditivos superplastificantes na resistência do concreto 43 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos superplastificantes ou redutores de água de alto poder Usos recomendados – Concretos auto adensáveis – Concretos impermeáveis Estado físico mais comum – Líquido Teor mais comum – 1,0 a 3,0% 44 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos superplastificantes ou redutores de água de alto poder Substâncias mais comuns – Naftalenos sulfonatos condensados com formaldeído – Trimetil-melamina sulfonada condensada com formaldeído – Lignossulfonato puro Mecanismo principal de ação – São adsorvidos pelas partículas de cimento através de cargas elétricas opostas – Aumentam a fluidez e a dispersão 45 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos superplastificantes ou redutores de água de alto poder Efeitos colaterais – Perdem efeito em pouco tempo Em torno de 45 min – Retardam a hidratação Observações – Adicionar à mistura um pouco antes do lançamento – Evitar materiais com temperaturas elevadas, principalmente o cimento – Recomendáveis para concretos de alto consumo de cimento 46 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Perda da consistência do concreto com superplastificante 47 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos impermeabilizantes Usos recomendados – Fundações em locais úmidos – Caixas d’água e reservatórios – Alicerces Estado físico mais comum – Pastoso – Líquido Teor mais comum – 0,05 a 3,0% 48 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos impermeabilizantes Substâncias mais comuns – Ácido estereático – Ácido caprílico – Ácido oleico – Emulsão de cera – Emulsão betuminosa – Ácido cáprico – Estereato de cálcio – Estereato de alumínio – Resina hidrocarbonada Mecanismo principal de ação – Agem sobre a natureza da superfície do conglomerado – São hidrófugos (repelentes de água) 49 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos impermeabilizantes Água a = 60º Concreto Concreto sem aditivo impermeabilizante 50 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos impermeabilizantes Água a = 120º Concreto com aditivo impermeabilizante Concreto Molécula de hidrofugante Poro capilar 51 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos impermeabilizantes Efeito colateral – Reduz as resistências mecânicas Observações – O efeito hidrofugante é reduzido com o tempo – Adicionar no momento do amassamento 52 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos incorporadores de ar Usos recomendados - incrementa a trabalhabilidade do concreto, diminui a segregação e reduz a esxudação – Fundações em locais úmidos – Concreto massa Estado físico mais comum – Líquido Teor mais comum – 0,04 a 0,1% 53 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos incorporadores de ar Substâncias mais comuns – Resina vinsol (aniônico) – Ácido abiético – Ácido oleico – Ácido cáprico – Alquil-arilsulfonatos – Alquil-sulfonatos – Alquil-fenóis etoxilados (não iônico) – Sais de alquil-amônio Mecanismo principal de ação – Propicia a formação de micro bolhas de ar homogeneamente distribuídas 54 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos incorporadores de ar Efeitos colaterais – Reduzem a massa específica – Reduzem as resistências para consumos de cimento elevados – Aumentam a trabalhabilidade Observações – Evitar mistura, transporte e adensamento prolongados, pois haverá perda do ar incorporado – Adicionar à mistura junto com a primeira água de amassamento – Recomendáveis para concretos de baixo consumo de cimento 55 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos incorporadores de ar Resistência ao ciclo gelo-degelo Aumento da trabalhabilidade Aumento da coesão Diminuição da exsudação Diminuição da permeabilidade Diminuição da resistência mecânica Diminuição da massa específica 56 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Agentes de cura Uso recomendado – Locais onde a cura úmida com água é impraticável Estado físico mais comum – Líquido 57 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Agentes de cura Substâncias mais comuns – Ceras – Borrachas dissolvidas em solvente volátil Mecanismo principal de ação – A evaporação do solvente propicia a formação de uma película contínua que impede a evaporação da água de amassamento 58 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Agentes de cura 59 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Agentes de cura Efeito colateral – Dificultam a aderência de chapisco e argamassas Observações – Renovar o produto após 10 dias quando períodos de cura prolongados são necessários ou desejados – Lavar com jato forte antes de aplicar chapisco ou argamassa – A aplicação deve ser uniforme 60 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Desmoldantes Usos recomendados – Concreto aparente – Reaproveitamento de formas Estado físico mais comum – Líquido Substâncias mais comuns – Óleos minerais – Óleos lubrificantes – Óleos vegetais 61 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Desmoldantes 62 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Desmoldantes Efeitos colaterais – Enferrujamento das formas metálicas – Formação de bolhas na superfície do componente de concreto – Dificultam a aderência de chapisco e argamassas Observações – A aplicação deve ser uniforme – É aconselhável misturar com agente tenso ativo para reduzir a formação de bolhas na superfície – Aplicar à forma pouco antes de lançar o concreto 63 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos expansores Usos recomendados – Ancoragem de equipamentos – Restauração de estruturas degradadas Cimentos expansivos – Cimento Portland comum + aditivo expansor – Aditivo expansor – reduz ou elimina os inconvenientes da retração (fissuração) Retração compensada Auto compressíveis Mecanismo de ação – Formação de etringita – Formação de Ca(OH)2 e Mg(OH)2 - (Hidróxido de cálcio) Cal hidratada 64 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Aditivos anti congelantes 65 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – UFMT CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA - ICET Pigmentos para concreto 66