Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa Programa Lato Sensu em O Direito e a Inteligência no Combate ao Crime Organizado e ao Terrorismo Trabalho de Conclusão de Curso ATUAÇÃO DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL FRENTE A UM ATENTADO TERRORISTA Autor: Jean Carlos de Souza Ribeiro Orientador: Márcio José de Magalhães Almeida Brasília – DF 2013 JEAN CARLOS DE SOUZA RIBEIRO O CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL FRENTE A UM ATENTADO TERRORISTA Monografia apresentada ao Programa de PósGraduação Lato Sensu - O Direito e a Inteligência no Combate ao Crime Organizado e ao Terrorismo da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do título de Especialização – Lato Sensu O Direito e a Inteligência no Combate ao Crime Organizado e ao Terrorismo. Orientador: Prof. Dr. Márcio Almeida. Brasília 2013 Universidade Católica de Brasília Monografia de autoria de Jean Carlos de Souza Ribeiro, intitulada O CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL FRENTE A UM ATENTADO TERRORISTA, apresentada como requisito parcial para obtenção do grau certificado de Especialista em Direito e a Inteligência no Combate ao Crime Organizado e ao Terrorismo da Universidade Católica de Brasília, em 12 de dezembro de 2013 defendida e/ou aprovada pela banca examinadora abaixo assinada: ________________________________________________ Prof.(titulação). (nome do membro do orientador) Curso: Direito e a Inteligência no Combate ao Crime Organizado e ao Terrorismo – UCB ________________________________________________ Professor. (titulação). (nome do membro da banca) Curso: Direito e a Inteligência no Combate ao Crime Organizado e ao Terrorismo UCB _________________________________________________ Professor. (titulação). (nome do membro da banca) Curso: Direito e a Inteligência no Combate ao Crime Organizado e ao Terrorismo – UCB Brasília 2013 A Deus, por me confiar uma família maravilhosa, fazendo com que eu me aproxime sempre de pessoas fantásticas e pela oportunidade de viver a cada dia. Aos meus Pais, Maria José e João Batista, que com zelo e amor, desde os primeiros dias de minha vida, dedicaram-se em prol dos filhos, tirando o máximo de si para nos darem. Aos meus filhos, que me fizeram amadurecer como pessoa, quando da condição de pai. A minha Amada que, mais uma vez, nessa outra etapa, soube com sua virtuosa paciência e muito amor compreender minhas ausências. AGRADECIMENTOS A Deus, por permitir a aproximação de pessoas que sempre somaram em minha vida, de forma fantástica. A meus pais, João Batista e Maria José, pelo exemplo, dedicação e amor me conduziram pelo melhor caminho a seguir. Aos colegas de turma que, no dia-a-dia, nos ensinaram, ainda que indiretamente a sermos pessoas capazes de aceitar as diferenças e a conviver com elas, nos motivando aos desafios e nos fazendo analisar e melhorar nossa prática, enquanto aprendizes. A UCB, pela oportunidade em realizar o Curso de Pós-graduação em O Direito e a Inteligência no Combate ao Crime Organizado e ao Terrorismo. Ao Coordenador, Msc Professor Júlio Edstron Secundino Santos, do curso de Pósgraduação em O Direito e a Inteligência no Combate ao Crime Organizado e ao Terrorismo. A Drª Professora Arinda Fernandes, pelo apoio e dedicação na criação deste curso e pelo convite aos Militares do Corpo de Bombeiros. A todos os Professores que, de maneira dedicada e com prazer em ensinar, ofereceram subsídios necessário para a conclusão deste. Ao Dr Professor orientador Márcio Almeida, que acreditou, incentivou e auxiliou na realização deste trabalho, além dos conhecimentos repassados no decorrer do curso. Ao comando do Corpo de Bombeiros, pela oportunidade de realizar o curso e pela gestão voltada na valorização do profissional Bombeiro Militar. Aos amigos Bombeiros Militares que, nas horas de dúvidas, puderam me socorrer quando na confecção deste. Por fim, agradeço a todos que acreditaram em mim, e a todos que, por ventura, aqui não foram mencionados, mas que de alguma forma contribuíram nessa gratificante jornada. “... Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda...”. Cecília Meireles RESUMO Referência: RIBEIRO, Jean. Título: O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal frente a um Atentado Terrorista. 2013. 44 f. Monografia (Programa Lato Sensu O Direito e a Inteligência no Combate ao Crime Organizado e ao Terrorismo). Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2013. Apesar de o Brasil ser considerado um país alheio às ameaças e amigo comum de todas às nações, no cenário atual não podemos nos dar ao luxo de acharmos que estamos seguros e que, a potencialidade de risco é nula. O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, deve estar preparado, ante a um ataque de natureza de grande vulto, como no caso de um ataque terrorista. Os órgãos de Segurança pública, em todo país, vem sendo alvo de constantes e diversas ameaças. Existe logística, tanto de material, quanto de pessoal, com nível de resposta satisfatória, para atuar e minimizar uma ocorrência dessa gravidade? Umas das definições acerca do terrorismo é o ato de devastar, saquear, explodir bombas, sequestrar, incendiar, depredar ou praticar atentado pessoal ou sabotagem, causando perigo efetivo ou dano a pessoas ou bens, por indivíduos ou grupos, com emprego da força ou violência, física ou psicológica, por motivo de facciosismo político, religioso, étnico/racial ou ideológico, para infundir terror, com o propósito de intimidar ou coagir um governo, a população civil ou um segmento da sociedade, a fim de alcançar objetivos políticos ou sociais. O Brasil deve tomar como exemplo os países que buscam soluções para antever e minimizar os riscos de atentados, deve ainda, na área da prevenção, criar estruturas de interação das ações antiterroristas e resposta contraterrorista, com a maior integração entre os órgãos de segurança pública, visando enfrentar qualquer tipo de ameaça, sendo preciso conhecer a capacidade de extensão e de destruição da modalidade em estudo. Palavras-chaves: Corpo de Bombeiros. Ameaça. Atuação. Terrorismo. ABSTRACT Although Brazil is considered a foreign country to threats and Comm friend of all the nations, in the current scenario we can not afford to we feel that we are safe and that the potential risk is null. The Fire Brigade of the Federal District, should be prepared, given the nature of an attack in large projects, as in the case of a terrorist attack. The organs of public security in the country, has been the target of constant threats and diverse. There is logistics in material, as staff, with satisfactory level of response, to act and to minimize an instance of this severity? One of the definitions about terrorism is the act of ravaging , pillaging , explode bombs , kidnap , burn , vandalize or practicing personal attack or sabotage , causing actual harm or damage to persons or property , by individuals or groups with use of force or violence , physical or psychological , for reasons of political factionalism , religious , ethnic / racial or ideological , to strike terror , with the purpose to intimidate or coerce a government , the civilian population or a segment of society in order to achieve political or social goals . Brazil should take the example of countries seeking solutions to anticipate and minimize the risk of attacks, must still, in the area of prevention, create interaction structures of counter-terrorism and counterterrorism response actions, with greater integration between public safety agencies, in order to face any threat, and need to know the extendibility and destruction mode under study. Keywords: Fire Department. Threat. Acting. Terrorism. Sumário 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11 2 ASPECTOS GERAIS SOBRE O TERRORISMO .................................................. 16 2.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS .............................................................................. 16 2.2 CONCEITUAÇÃO ............................................................................................... 17 2.3 FORMAS DE ATUAÇÃO ..................................................................................... 17 2.4 FORMAS DE COMBATE AO TERRORISMO ..................................................... 19 3 O CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL E SUA PREPARAÇÃO EM CASO DE ATENTADO TERRORISTA .................................... 21 3.1 ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA DO CBMDF.................................................... 21 3.2 PLANEJAMENTOS ESTRATÉGICO DO CORPO DE BOMBEIROS 2013-201621 3.2.1 Planejamento Estratégico.............................................................................. 21 3.3 INVESTIMENTOS ............................................................................................... 22 3.4 CUMPRIMENTOS DAS MISSÕES ..................................................................... 23 3.4.1 Missão ............................................................................................................. 23 3.4.2 Atribuições...................................................................................................... 23 3.4.3 Visão ................................................................................................................ 23 3.4.4 Unidades Especializadas ............................................................................... 23 3.5 FORMAÇÕES DOS QUADROS DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL ................................................................................................ 24 3.5.1 Quadro de Oficiais Bombeiros Militares Combatentes (QOBM/Comb.) .... 24 3.5.1.1 Curso de Formação de Oficiais (CFO) ....................................................... 24 3.5.2 Curso de Habilitação de Oficial Bombeiro Militar (CHO/BM)...................... 25 3.5.3 Curso de Formação de Praças (CFP) .......................................................... 25 3.5.4 Curso de Formação de Praças - Cond. Oper. Viaturas .............................. 25 3.5.5 Curso de Formação de Praças - Manutenção .............................................. 25 3.5.6 Curso de Formação de Praças - Músico ...................................................... 25 3.6 QUALIFICAÇÕES DOS PROFISSIONAIS QUE MOBILIZAM OS GRUPOS DE ATUAÇÃO / OPERAÇÕES. ...................................................................................... 25 3.6.1 Cursos de Especialização – Oficiais e Praças ............................................. 25 3.6.2 Plano de Emprego Operacional .................................................................... 27 3.6.3 Órgãos que mobilizam as atuações e operações ........................................ 28 3.6.3.1 Órgãos de Execução ................................................................................... 28 4 PROCEDIMENTOS ADOTADOS PELO CBMDF EM CASO DE ATENTADO TERRORISTA ........................................................................................................... 30 4.1 SITUAÇÕES ESPECIAIS .................................................................................... 30 4.1.1 Gerenciamento das Operações ..................................................................... 30 4.2 OPERAÇÕES TÍPICAS ....................................................................................... 31 4.3 ATUAÇÃO DO ESTADO MAIOR GERAL (EMG)................................................ 33 4.4 ATUAÇÕES DAS UNIDADES OPERACIONAIS ................................................ 33 4.4.1 Centro de Inteligência (CEINT) ...................................................................... 33 4.4.3 Núcleo de Custódia da Controladoria (NCC) ............................................... 33 4.4.2 Subcomando Operacional: ........................................................................... 34 4.4.1 Emprego dos Recursos ................................................................................. 34 4.4.1 Viaturas operacionais .................................................................................... 34 5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 36 REFERÊNCIAS......................................................................................................... 38 ANEXOS ................................................................................................................... 40 BRASÍLIA ................................................................................................................. 40 HISTÓRICO .............................................................................................................. 40 NO MUNDO .............................................................................................................. 40 NO BRASIL............................................................................................................... 40 HISTÓRICO DOS CORPOS DE BOMBEIROS ........................................................ 41 CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL ............................... 42 HISTÓRICO DO CBMDF .......................................................................................... 42 11 1 INTRODUÇÃO Este Trabalho de monografia propõe analisar a atuação do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, quanto ao preparo ante a um ataque de natureza de grande vulto, como no caso de um ataque terrorista em uma embaixada, consulado, estádio de futebol ente outros. Os órgãos de segurança pública em todo país vem sendo alvo de constantes e variadas, tais como os ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC) que, de forma atrevida, não hesitou em explicitar ousadia, sem limites, chegando ao extremo. Com exceção de boa parte da sociedade paulista, poucos lembram que em 2006 o Brasil assistia abismado a uma série de atentados promovidos pela organização criminosa Primeiro Comando da Capital, o “PCC”, tendo à época Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola, como seu principal líder. Centenas de pessoas foram mortas (muitas delas policiais e bombeiros militares). Ônibus foram incendiados, bancos e unidades policiais sofreram atentados. As penitenciárias paulistas entraram em rebelião de modo simultâneo, o que foi copiado por unidades prisionais de outros estados brasileiros onde o PCC atuava. (ABORDAGEM POLICIAL, 2013) Sabe-se que o aparelhamento de segurança pública em todo país vem, ao longo do tempo, sendo sucateado e que os investimentos, tanto de pessoal como de material, não são suficientes para combater as organizações criminosas que, com a globalização, o descaso das autoridades vem crescendo de maneira relevante. Em face dessa problemática aparecem, à luz da sociedade e desses grupos, as fragilidades dos sistemas de segurança públicos, trazendo à tona todas as dificuldades, fazendo com que esses grupos se utilizem desses fatores. Apesar de o Brasil ser considerado um país alheio às ameaças e amigo comum de todas às nações, no cenário atual, não podemos nos dar ao luxo de acharmos que estamos seguros e que a potencialidade de risco é nula, a considerar o ocorrido na cidade de São Paulo, em março de 2006. Cabe salientar que a preparação dos órgãos de segurança púbica deve caminhar rumo à busca de uma cooperação e especialização desses membros, para um melhor atendimento à população quanto a um incidente de natureza reativa e incomum. Uma análise 12 desses eventos ocorridos visa identificar como essas organizações articulam, organizam e preparam seus ataques. A pergunta que se faz é se os órgãos de segurança pública estão preparados, prontos a agir ou reagir diante de um atentado terrorista? Apesar de o assunto ser tão antigo, no Brasil, o aspecto terrorismo ainda não tem tipificação definida. E como buscar a solução para esse problema de segurança nacional, considerando que os ataques do PCC em São Paulo e o advento do 11 de setembro de 2001 em que, ambos utilizaram como elemento o ato de surpreender, em virtude do choque de horror. Nesse sentido, esse trabalho pretende estudar esse fenômeno, com o objetivo de identificar suas formas, características, modus oprerandi, entre outros fatos ocorridos, em relação à atuação dos Corpos de Bombeiros como elemento de resposta. Busca-se, ainda verificar se há um plano específico, onde as ações de enfrentamento aos desastres, como um atentado terrorista, se há estruturas operacionais, no que se refere a investimentos nas áreas operacionais e de recursos humanos. É importante enfatizar que existem inúmeros trabalhos que tratam sobre o assunto terrorismo, contudo, a escolha desse tema se justifica pela evolução tecnológica que trouxe consigo a globalização e com isso, a aproximação entre os povos foi inevitável, mostrando suas diferenças, costumes, entre outras características. A relevância deste, prende-se ao fato de que o terrorismo se transforma numa ameaça transnacional e que qualquer país está sujeito há um ataque dessa natureza como ocorrido no 11 de setembro 2001 e em outros lugares pelo mundo, onde os membros de segurança pública também se tornam alvos dessa modalidade, passando de elemento de socorro à vítima. Portanto a identificação das vulnerabilidades que colocam esses salva-vidas em situação de extrema periculosidade e também um melhor entendimento acerca do fenômeno que, encaminharão às autoridades rumo a uma melhor valorização desses membros no que tange à especialização, mais investimentos de recursos humanos, equipamentos e materiais. Este trabalho busca, ainda, a preservação da valorização do CBMDF adquirida ao longo de mais de um século e meio, com níveis de aceitação e credibilidade elevados. 13 A metodologia utilizada na execução da presente monografia valeu-se do método dedutivo, tomando como base a pesquisa bibliográfica, colocando este em contato com alguns autores que tratam sobre o assunto, assim como da legislação pertinente. Para Marconi, Lakatos (2007) os métodos e as técnicas a serem empregados na pesquisa científica podem ser lecionados desde a proposição do problema, da formulação das hipóteses e da delimitação do universo ou da amostra. Como disse também, o projeto usou “a pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas (em livros, revistas, etc.).” (RAMPAZZO, 2002, p. 53). Além disso, este tipo de pesquisa é base para os estudos monográficos e os alunos devem ser iniciados nos métodos e nas técnicas bibliográficas (CERVO, 2007). Utiliza-se como embasamento teórico do trabalho monográfico o Planejamento Estratégico do CBMDF para o período 2013 – 2016 e especialmente Plano de Emprego Operacional do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal publicado no Boletim Geral n° 241, de 26 de dezembro de 2011. Para tanto, foram elaborados uma introdução, três capítulos e uma conclusão para tratar do assunto em apreço, além dos anexos. A introdução apresenta a proposta da análise quanto ao preparo do CBMDF em face de um atentado terrorista, onde os órgãos de segurança pública já foram alvos de atentados, trazendo à luz a indicação do reaparelhamento do poder público de segurança e que nenhum país está imune a atentados terroristas, apresentando a metodologia utilizada, bem como os objetivos deste ressaltando a sua importância e relevância. O capítulo 2 (dois) trata sobre os aspectos gerais sobre o terrorismo, no qual cita as origens dessa modalidade cruel e indiscriminada que tiveram início ainda no século I – DC fazendo registros da existência de uma seita muçulmana no fim do século XI D.C, chegando até o terrorismo moderno que teve sua origem no século XIX, tendo sua ascensão no século XX ao qual os grupos optaram o terrorismo como forma de luta e chegando neste século XXI com denominação de super terrorismo caracterizado por atentados midiáticos como o ataque arquitetado por Osama Bin Laden e promovido por membros da Al-Qaeda. Discorrendo ainda esse capítulo sobre a conceituação, citando organismos Internacionais e Nacionais sobre suas definições, formas de atuação ao qual pratica 14 uma violência ilegítima e ilegal, física ou psicológica, apresentando alguns dos principais grupos terroristas e suas características, formas de combate a esse inimigo invisível, onde a União Europeia (UE) e a Organização das Nações Unidas (ONU) elaboraram uma estratégia global com vista a contribuir para a segurança mundial e para a construção de um mundo mais seguro, propondo quatro pilares para combater com eficácia o terrorismo, que são: "Prevenir", "Proteger", "Perseguir" e "Responder”. Já o capítulo 3 (três), refere-se à preparação do corpo de bombeiros em caso de atentado terrorista citando sua estrutura organizacional adequando a atual realidade do Distrito Federal, fixando o efetivo em 9.703 militares, apresentando seus órgãos internos e suas devidas funções a formação dos quadros funcionais, qualificação e especialização dos militares com vistas a sua missão que é de proteção de vidas, patrimônio e meio ambiente. Apresentando o Planejamento Estratégico do Corpo de Bombeiros de 2013 a 2016 vinculando que a aderência do planejamento orçamentário é fundamental para o sucesso do Plano Estratégico observando os seguintes documentos: Planos de Desenvolvimento Econômico e Social (PDES), Plano Plurianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). Apresenta também, a existência de um Plano de Emprego Operacional, no qual estabelece o padrão e a doutrina de todo o serviço operacional do CBMDF descrito em lei, com vistas à proteção da vida, dos bens públicos e privados, e do meio ambiente, regula o emprego operacional dos recursos corporativos e os procedimentos operacionais a serem adotados pelos bombeiros militares, quando da atuação nos serviços e assegurar uma eficiente coordenação e integração de todas as atividades inerentes e influenciadoras do serviço operacional corporativo. Refere-se ainda este capítulo com previsão de 50 unidades de multiemprego os Grupamentos de Bombeiros Militares (GBM), estrategicamente distribuídos em todo o território do Distrito Federal, porém de fato hoje o CBMDF conta com 26 Grupamentos de Bombeiros sendo que quatro unidades estão em construção no setor Sudoeste, Taguatinga Sul, setor de indústria de Ceilândia e Recanto das Emas. Quanto ao capítulo 4 (quatro), o mesmo objetiva tratar sobre procedimentos adotados pelo CBMDF em caso de atentado terrorista elencando situações 15 especiais na qual envolvem o emprego dos recursos em apoio aos Corpos de Bombeiros de outros estados e aos países de diversos continentes, utilizando-se do Sistema de Comando de Incidentes (SCI) como ferramenta de gerenciamento das atividades e recursos operacionais. Citam ainda algumas operações típicas de maior vulto onde participam todos os órgãos vinculados à segurança pública do DF, especificando a área de atuação do CBMDF e suas funções como no caso da Operação Petardo em ocasião de denúncia sobre a existência de bombas em prédios públicos, particulares ou em logradores públicos na Operação Aeroporto a qual dispõe sobre atribuições e procedimentos a serem adotados pelos órgãos integrantes quando da ocorrência de acidentes aeronáuticos ou quaisquer sinistros na área do Aeroporto Internacional de Brasília (AIB). Atribui ainda, a atuação do Estado Maior Geral (EMG) do CBMDF como órgão de direção geral, atuações das unidades operacionais como o Centro de Inteligência (CEINT) órgão responsável por planejar, orientar, coordenar e controlar as atividades de inteligência, o Núcleo de Custódia da Controladoria (NCC) que tem a seu cargo as missões de guarda dos aquartelamentos, a prevenção de incêndios em locais de grande concentração humana e a proteção das guarnições de socorro, em locais de distúrbios e de sinistros de grandes proporções, o Subcomando Operacional que contém as Unidades de Multiemprego que são os Grupamentos de Bombeiro Militar (GBMs), as Unidades Especializadas responsáveis pelo preparo dos recursos humanos e materiais empregados nas atividades operacionais de busca, salvamento e resgate, de prevenção e combate a incêndio, de atendimento pré-hospitalar, de proteção civil, de proteção ambiental, o emprego dos recursos e as viaturas operacionais. 16 2 ASPECTOS GERAIS SOBRE O TERORISMO 2.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS Os atos e ataques terroristas, segundo alguns estudiosos, tiveram início ainda no século I – D.C., Outros indícios que confirmam as origens remotas do terrorismo são os registros da existência de uma seita mulçumana no final do século XI D. C., que se dedicou a exterminar seus inimigos no Oriente Médio. Já o terrorismo moderno tem sua origem no século XIX no contexto europeu, quando grupos anarquistas viam no Estado seu principal inimigo. A principal ação terrorista naquele período visava à luta armada para constituição de uma sociedade sem Estado – para isso, os anarquistas tinham como principal alvo algum chefe de estado e não seus cidadãos. As ações terroristas tiveram uma ascensão, porém foi no século XX que houve uma expansão dos grupos que optaram pelo terrorismo como forma de luta. Como consequência dessa expansão, o raio de atuação terrorista aumentou, surgindo novos grupos, como os separatistas bascos na Espanha, os curdos na Turquia e Iraque, os mulçumanos na Caxemira e as organizações paramilitares racistas de extrema direita nos Estados Unidos da América (EUA). O terrorismo também se apresenta como terrorismo de organizações criminosas, que são atos de violência praticados por fins econômicos e religiosos, como nos casos da máfia italiana, do Cartel de Medellín, da Al Qaeda, etc. (BRASIL ESCOLA, 2013). Neste século XXI, passou a imperar o Super Terrorismo, caracterizado por atentados midiáticos como o ataque arquitetado por Osama Bin Laden e promovido por membros da Al-Qaeda que teve como seu grande divisor de águas o fatídico 11 de setembro de 2001, quando foram lançados aviões sequestrados contra as torres gêmeas, em Nova York e contra o Pentágono, em Washington, provocando a morte imediata de pelo menos 2.750 pessoas, entre as quais 343 integrantes do Corpo de Bombeiros. Até então a Al-Qaeda era um grupo terrorista pouco conhecido pelo mundo. O Super Terrorismo se intensificou através dos ataques praticados em Madri, no dia 11 de março de 2004 e em Londres, no dia 07 de julho de 2005. Atualmente o método do terrorismo conta com um facilitador que estende seus efeitos e irradiam suas consequências, a televisão, que transformou os objetivos das ações violentas. Essa exposição tem como objetivos a impactante e 17 ampla divulgação, pois a barbarização que tenha vulto para aparecer nas telas do mundo tem mais valor que todos os outros atos de terror somados. 2.2 CONCEITUAÇÃO Seguindo o posicionamento publicado na Revista Brasileira de Inteligência (pag13-15 e 21, set. 2007), não existe consenso acerca da definição de terrorismo. Em 2000, foi estabelecido um Comitê Especial no âmbito da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) a fim de negociar uma Convenção Global sobre Terrorismo Internacional, entretanto ainda não foi estabelecido um critério único para todos os países. O Grupo de Trabalho (GT) constituído pela Câmara de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDEN), do Conselho de Governo (organismo do Poder Executivo), composta por integrantes de vários ministérios civis e militares, – que tem a atribuição de analisar, estudar e propor soluções de governo para temas de segurança elaborou três definições de terrorismo, que ainda estão em estudo. A definição genérica elaborada pelo GT da Creden classifica como terrorismo todo “ato com motivação política ou religiosa, que emprega força ou violência física ou psicológica, para infundir terror, intimidando ou coagindo as instituições nacionais, a população ou um segmento da sociedade”. A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) segue a definição específica elaborada pela Creden. Nela, define-se terrorismo como: Ato de devastar, saquear, explodir bombas, sequestrar, incendiar, depredar ou praticar atentado pessoal ou sabotagem, causando perigo efetivo ou dano a pessoas ou bens, por indivíduos ou grupos, com emprego da força ou violência, física ou psicológica, por motivo de facciosismo político, religioso, étnico/racial ou ideológico, para infundir terror com o propósito de intimidar ou coagir um governo, a população civil ou um segmento da sociedade, a fim de alcançar objetivos políticos ou sociais. (ABIN, 2007). 2.3 FORMAS DE ATUAÇÃO O terrorismo pratica uma violência ilegítima e ilegal, física ou psicológica, contra pessoas ou objetos, realizada para difundir intenso medo e levada a efeito por um indivíduo ou grupo organizado que opera na clandestinidade, com o intuito de menosprezar ou destruir uma determinada ordem política, social, religiosa ou cultural. Aqueles que executam tais atos pretendem impor o terror na sociedade 18 como forma de alcançar seus objetivos. O terrorismo depende fortemente do efeito surpresa e ocorre quando menos e onde se espera. As formas e ações terroristas incluem assassinatos, sequestros, explosões de bombas, matanças indiscriminadas raptos entre outras formas, sendo uma estratégia política e não militar, causando um estado de medo em alvos não combatentes ou em setores específicos com o objetivo de mudança de comportamento. A seguir temos Alguns grupos e suas características específicas como, por exemplo: Al Qaeda: grupo fundamentalista islâmico que possui financiadores para o desenvolvimento de ataques em diferentes pontos do planeta, além disso, detém ramificações da organização, configurando assim como uma atitude globalizada. Esse grupo surgiu no Oriente Médio, porém os ataques ocorrem nessa região e em outros pontos do planeta. Hamas (Movimento de Resistência Islâmica): grupo que atua em locais próximos à fronteira entre a Palestina e Israel, que busca a formação do Estado Palestino através de atentados com homens bomba e outras modalidades. ETA (Pátria Basca e Liberdade): busca a independência territorial da França e Espanha. Ira (Exército Republicano Irlandês): luta pela saída das forças britânicas do território da Irlanda, atua em partes da Europa, especialmente na Irlanda do Norte. Esse é um grupo católico. FARCs (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia): corresponde a um grupo guerrilheiro que desenvolve um estado paralelo na Colômbia, sua atuação é mais evidenciada na Venezuela, Panamá e Equador, além dos ataques, atentados e sequestros ocorridos internamente. Sendero Luminoso: grupo guerrilheiro que age no Peru em busca da implantação de um estado comunista. 19 Grupos separatistas chechenos: grupos terroristas que buscam a independência da Chechena em relação à Rússia, esses cometem uma série de atentados. 2.4 FORMAS DE COMBATE AO TERRORISMO NO BRASIL O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), criou o núcleo do centro de coordenação de atividades e prevenção e combate ao terrorismo para o acompanhamento de assuntos pertinentes ao terrorismo internacional e de ações voltadas para a sua prevenção e neutralização. NO MUNDO Em consequência dos últimos acontecimentos acerca dos ataques terroristas pelo mundo, e na eminência de novos e crescentes ataques, houve a retomada dos debates por parte de intelectuais pesquisadores, diplomatas, juristas, sociólogos, estrategistas militares e policiais, buscando-se formas de combater e prevenir este crime transnacional que ameaça a paz, a segurança e a tranquilidade pública dos povos. O Conselho da União Europeia de 30 de Novembro de 2005 relativos à estratégia da União Europeia com o objetivo de lutar contra o terrorismo definiu que há ameaça terrorista atual. A União Europeia (UE) e a Organização das Nações Unidas (ONU) elaboraram uma estratégia global com vista a contribuir para a segurança mundial e para a construção de um mundo mais seguro. A presente estratégia promove a democracia, o diálogo e uma boa gestão das questões públicas, a fim de combater os fatores que motivam a radicalização. Para lutar com eficácia contra o terrorismo, a UE estabelece os seguintes objetivos: 1) Aumentar a cooperação com países terceiros (nomeadamente do Norte de África, do Médio Oriente e do Sudeste Asiático) e dar assistência a estes países; 2) Respeitar os direitos humanos; 3) Prevenir novos recrutamentos para o terrorismo; 4) Proteger melhor os alvos potenciais; 5) Perseguir e investigar os membros das redes existentes; 20 6) Melhorar a nossa capacidade para dar resposta a atentados terroristas e gerir as suas consequências. Para combater com eficácia o terrorismo, a UE propõe quatro pilares de intervenção: "Prevenir", "Proteger", "Perseguir" e "Responder”. Segundo Magnoli (2008, p. 69) “O antídoto existe, mas depende de um diálogo entre o Ocidente e o Islã, centrado nos valores do iluminismo e da democracia.” 21 3 O CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL E SUA PREPARAÇÃO EM CASO DE ATENTADO TERRORISTA 3.1 ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA DO CBMDF Atualmente em seu Planejamento Estratégico publicado no Boletim Geral de nº 224, de 8 de dezembro de 2010, que adequada-a a atual realidade do Distrito Federal, fixando o efetivo em 9.703 militares. Contudo, a instituição possui atualmente pouco mais de 5.487 militares. A Corporação possui para a execução de suas missões, o Comando Operacional que tem em sua estrutura um total de 50 unidades de multiemprego os GBMs, estrategicamente distribuídos em todo o território do Distrito Federal. 3.2 PLANEJAMENTOS ESTRATÉGICO DO CORPO DE BOMBEIROS 2013-2016 A disponibilidade e capacitação de pessoal, a renovação e manutenção de instalações, equipamentos e viaturas, bem como a capacidade de pronto emprego dos recursos necessários à prestação dos serviços de competência da instituição, aliados a uma crescente demanda pelos serviços prestados, exigem um elevado nível de planejamento e gestão administrativa e estratégica por parte da Corporação. 3.2.1 Planejamento Estratégico É a metodologia gerencial que permite estabelecer a melhor direção a ser seguida pela organização. Planejamento “O planejamento não diz respeito a decisões futuras, mas às implicações futuras de decisões presentes” (Peter Drucker,1962). A aderência do planejamento orçamentário é fundamental para o sucesso do Plano Estratégico os seguintes documentos devem ser observados: a) Plano de Desenvolvimento Econômico e Social (PDES) - O Plano de Desenvolvimento Social e Econômico do Distrito Federal foi elaborado a partir das demandas da sociedade por novas ações. Este Plano atua na redução das desigualdades, na reorganização da 22 estrutura urbana, no equilíbrio fiscal e na modernização da gestão. (DISTRITO FEDERAL, 2013) b) Plano Plurianual (PPA) - O Plano Plurianual (PPA) é a materialização do planejamento para um período de quatro anos. Estabelece as diretrizes, objetivos e metas da administração pública, promovendo a integração do planejamento e do orçamento, a gestão empreendedora orientada para resultados, a garantia da transparência e a organização das ações de governo em programas. (DISTRITO FEDERAL, 2013). O Plano Plurianual 2012-2015 prevê no seu programa e ações um grande investimento para o CBMDF, no valor de quase 500 milhões para serem investidos em: - Construção de quartéis; - Reforma de quartéis; - Modernização e reequipamentos da unidade de segurança; c) Lei Orçamentária Anual (LOA). - A Lei Orçamentária Anual, também chamada de LOA, é uma lei que prevê as receitas e fixa as despesas públicas, para o período de um exercício financeiro. (DISTRITO FEDERAL, 2013). 3.3 INVESTIMENTOS A meta, segundo o Governador, é transformar a corporação em uma das melhores do mundo. “Queremos chegar à Copa de 2014 com estrutura de alto nível. Por isso estamos fazendo investimentos progressivos a fim de proporcionar melhores condições de atuação para o Corpo de Bombeiros, dedicado à proteção da população e do patrimônio natural e urbano de Brasília”, ressaltou o governador. O Governo do Distrito Federal realizou investimentos na melhoria das condições de trabalho do Corpo de Bombeiros. Entre 2011 e 2012, foram adquiridos dois aviões modelo Air Tractor e 25 Auto Bombas Florestais. O investimento total, incluindo os veículos e equipamentos entregues, foi de 51 milhões. (DISTRITO FEDERAL, 2013). 23 3.4 CUMPRIMENTOS DAS MISSÕES Para o cumprimento de suas atribuições, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal divide-se em: a) Órgãos de Direção Geral; b) Órgãos de Direção Setorial; c) Órgãos de Apoio; d) Órgãos de Execução. 3.4.1 Missão Proteção de vidas, patrimônio e meio ambiente. 3.4.2 Atribuições Estabelecida pela Constituição Federal, em seu artigo Nº 144, pela Lei Federal n°8.255/91, alterada pela Lei Federal n° 12.086/2009, consiste em proporcionar a proteção pessoal e patrimonial da sociedade e do meio ambiente, por meio de ações de prevenção, combate e investigação de incêndios urbanos e florestais, salvamento, atendimento pré-hospitalar e ações de defesa civil, no âmbito do Distrito Federal. 3.4.3 Visão Ser referência para a sociedade pela excelência dos serviços prestados, por meio da qualificação dos seus integrantes, da gestão estratégica da Instituição, do constante reequipamento e da inovação tecnológica. 3.4.4 Unidades Especializadas a) Comando Geral - Centro de Inteligência (CEINT) b) Grupamento Prevenção de Combate a Incêndio (GPCI) c) Grupamento de Busca e Salvamento (GBS) d) Grupamento de Atendimento e Emergência Pre-Hospitalar (GAEPH) e) Grupamento de Proteção Ambiental (GPRAM) f) Grupamento de Proteção Civil (GPCIV) g) Grupamento de Aviação Operacional (GAVOP) - 1º Esquadrão de Aviação Operacional - 2º Esquadrão de Aviação Operacional 24 3.5 FORMAÇÕES DOS QUADROS DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL A Corporação abrange muitas áreas do conhecimento, tanto operacional como administrativa, portanto a necessidade de integrantes com habilidades em vários setores. Pessoal da ativa, constituído dos seguintes Quadros: a) Quadro de Oficiais BM Combatentes - QOBM/Comb; e b) Quadro de Oficiais BM de Saúde - QOBM/S, que se divide em: 1. Quadro de Oficiais BM Médicos - QOBM/Méd; e 2. Quadro de Oficiais BM Cirurgiões Dentistas - QOBM/CDent; c) Quadro de Oficiais BM Complementar - QOBM/Compl; d) Quadro de Oficiais BM de Administração - QOBM/Adm, que se divide em: 1. Quadro de Oficiais BM Intendentes - QOBM/Intd; e 2. Quadro de Oficiais BM Condutores e Operadores de Viaturas QOBM/Cond; e) Quadro de Oficiais BM Especialistas - QOBM/Esp, que se divide em: 1. Quadro de Oficiais BM Músicos - QOBM/Mús; e 2. Quadro de Oficiais BM de Manutenção - QOBM/Mnt; f) Quadro de Oficiais BM Capelães - QOBM/Cpl; e g) Quadro Geral de Praças BM - QGPBM; 3.5.1 Quadro de Oficiais Bombeiros Militares Combatentes (QOBM/Comb.) 3.5.1.1 Curso de Formação de Oficiais (CFO) Visa especificamente capacitar os alunos nas atividades básicas de Bombeiro Militar no desempenho de sua missão institucional, para o exercício de cargos inerentes ao Oficial Combatente com duração de 2 anos. 25 3.5.2 Curso de Habilitação de Oficial Bombeiro Militar (CHO/BM) Quadro de Oficiais BM Médicos (QOBM/Méd.) Quadro de Oficiais BM Cirurgiões Dentistas (QOBM/Cdent.) Quadro de Oficiais Bombeiros Militares Complementar (QOBM/Compl.) Quadro de Oficiais Bombeiros Militares Capelães (QOBM/Cpl.) 3.5.3 Curso de Formação de Praças (CFP) Qualificação Bombeiro Militar Geral Operacional (QBMG-1) Habilitar o indivíduo para os cargos de Soldado, Cabo e 3° Sargento Bombeiro Militar do Quadro de Praças do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, capacitando-o ao exercício da atividade de nível superior, de natureza diversificada, realizada sob comando, compreendendo a execução e administração de trabalhos relativos à proteção civil, prevenção e combate a incêndios, busca e salvamento, prestação de primeiros socorros e demais tarefas inerentes ao cargo, com duração de 44 semanas. 3.5.4 Curso de Formação de Praças - Cond. Oper. Viaturas Qualificação Bombeiro Militar Geral de Condutor e Operador de Viaturas (QBMG-2) 3.5.5 Curso de Formação de Praças - Manutenção Qualificação Bombeiro Militar Geral de Manutenção (QBMG-3) 3.5.6 Curso de Formação de Praças - Músico Qualificação Bombeiro Militar Geral de Músico (QBMG-4). 3.6 QUALIFICAÇÕES DOS PROFISSIONAIS QUE MOBILIZAM OS GRUPOS DE ATUAÇÃO / OPERAÇÕES. 3.6.1 Cursos de Especialização – Oficiais e Praças a) Atendimento Pré-Hospitalar (APH) proporcionar aos participantes, os conhecimentos e as técnicas necessárias para a prestação do correto socorro 26 no ambiente pré-hospitalar. Estabilizando sua condição e transportando para receber atenção médica adequada e definitiva, com duração de duas semanas. b) Curso de Socorros de Urgência (CSU-APH) especializar o Bombeiro Militar para o exercício das funções de Atendimento Pré-hospitalar. c) Busca e Resgate em Estruturas Colapsadas (BREC - BÁSICO) capacitar os Bombeiros Militares na utilização de técnicas e destrezas necessárias para buscar, localizar e resgatar pacientes em plano superficial em eventos que envolvam estruturas colapsadas em nível básico, com duração de uma semana. d) Busca e Resgate em Estruturas Colapsadas (BREC – AVANÇADO) capacitar os Bombeiros Militares na utilização de técnicas e destrezas necessárias para buscar, localizar e resgatar pacientes em eventos que envolvam estruturas colapsadas e exijam penetração em escombros, estabilização e movimentação de carga, bem como a confecção de escoramentos, aplicando uma estrutura organizacional que garanta a utilização dos procedimentos mais seguros e adequados ao pessoal de primeira resposta e aos pacientes envolvidos no evento, bem como preparar os instrutores do Curso, com duração de duas semanas. e) Curso de Operações de Busca e Salvamento (COBS) proporcionar aos participantes os conhecimentos e as técnicas necessárias para prestação de socorro nas atividades de busca e salvamento, com duração de seis semanas. f) Curso de Operações em Incêndio (COI) especializar e aprimorar militares com conhecimentos iniciais e acrescentarão os conhecimentos técnicos, táticos, dos equipamentos utilizados nas operações de salvamento e de combate a incêndio e dos estudos científicos relacionados com essas áreas de atuação, que são úteis na aplicação da atual metodologia de combate a incêndio e salvamento desenvolvidos e aplicadas pelo CBMDF, identificando 27 as suas causas e consequências tanto para esta instituição, quanto para a comunidade do Distrito Federal, otimizando o desenvolvimento das habilidades necessárias a um profissional especializado, com duração de dezenove semanas. g) Curso em Intervenção com Produtos Perigosos nível Especialista (CIPPESP) capacitar o Bombeiro a realizar intervenção em produtos perigosos em nível especialista. h) Curso de Tripulante Operacional (CTOp) capacitar os alunos a desempenharem a função de Tripulante Operacional de aeronaves, com duração de oito semanas. i) Curso de Especialização em Inteligência (CESINT) formar recursos humanos habilitados para atuar no Centro de Inteligência – CEINT/CBMDF, com duração de oito semanas. j) Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em O Direito e a Inteligência no Combate ao Crime Organizado e ao Terrorismo, com duração de 18 meses realizada na Universidade Católica de Brasília (UCB). 3.6.2 Plano de Emprego Operacional Consiste na padronização de conceitos, protocolos e procedimentos operacionais, tanto para a regularização das atividades quanto para a otimização do emprego dos recursos humanos e materiais da Corporação. 3.6.2.1 Finalidades Estabelecer o padrão e a doutrina de todo o serviço operacional do CBMDF descrito em lei, com vistas à proteção da vida, dos bens públicos e privados, e do meio ambiente. Assegurar uma eficiente coordenação e integração de todas as atividades inerentes e influenciadoras do serviço operacional corporativo. 28 3.6.2.2 Objetivo Geral Regular o emprego operacional dos recursos corporativos e os procedimentos operacionais a serem adotados pelos bombeiros militares, quando da atuação nos serviços definidos em lei. 3.6.3 Órgãos que mobilizam as atuações e operações 3.6.3.1 Órgãos de Execução Compõem-se do Comando Operacional; Subcomando Operacional; Comando Especializado; Estado-Maior Operacional; Assessoria de Legislação, Justiça e Disciplina; Grupamentos Especializados; Comandos de Área; e Grupamentos Bombeiro Militar. Realizam as atividades-fim, ao cumprirem as missões e as destinações do CBMDF, mediante a execução de diretrizes e ordens emanadas dos órgãos de direção, bem como da utilização dos recursos de pessoal, de material e de serviços. a) Comando Operacional (COMOP) órgão de execução de mais alto escalão, incumbido de realizar as atividades-fim e cumprir as missões operacionais da Corporação. O Comando Operacional possui dois tipos de grupamentos: - Grupamentos Bombeiro Militar (GBM) os Grupamentos Bombeiro Militar são distribuídos nas diversas regiões administrativas e possuem área de atuação definida. Compete aos GBMs: a) Executar as atividades de busca, salvamento, resgate, prevenção e combate a incêndio, atendimento pré-hospitalar, proteção civil e proteção ambiental, na sua área de atuação; b) Realizar o levantamento estratégico de sua área operacional e remetê-lo ao Comando de Área a que estiver subordinado; c) Interagir com os demais órgãos internos e externos, com vistas ao melhor desempenho de suas atividades; d) Exercer outras atividades, que lhe forem legalmente conferidas, pelas autoridades competentes. 29 - Grupamentos Especializados - Dividem-se em: Grupamento de Prevenção e Combate a Incêndio (GPCIN); Grupamento de Busca e Salvamento (GBS); Grupamento de Atendimento de Emergência PréHospitalar (GAEPH); Grupamento de Proteção Ambiental (GPRAM); Grupamento de Proteção Civil (GPCIV); e Grupamento de Aviação Operacional (GAVOP). Têm a seu cargo a doutrina e o treinamento dos bombeiros militares, em cada área de especialidade. Devem atuar em apoio aos Grupamentos Bombeiro Militares ou sempre que for determinado, na execução de missões específicas, que requeiram maior grau de especialização. Os Grupamentos Especializados, prioritariamente, terão em suas sedes equipes de socorro especializadas coincidentes com suas atribuições. Mas, se houver necessidade, ou para aumento de eficiência no atendimento a sociedade adjacente, poderão ter equipes de multiemprego. Quando o Grupamento Especializado contar com equipes de multiemprego, essas terão área de atuação definida. 30 4 PROCEDIMENTOS ADOTADOS PELO CBMDF EM CASO DE ATENTADO TERRORISTA 4.1 SITUAÇÕES ESPECIAIS São as situações que envolvem o emprego dos recursos em apoio aos Corpos de Bombeiros de outros estados da Federação e aos países dos diversos continentes, nos casos de graves incidentes ou em apoio à operação em grandes eventos. Serão desencadeadas mediante solicitação direta dos estados e países interessados, com a autorização do Governador do Distrito Federal. (DISTRITO FEDERAL, 2013). 4.1.1 Gerenciamento das Operações O CBMDF adotará o Sistema de Comando de Incidentes (SCI) como ferramenta organizacional padrão, para o gerenciamento das atividades e recursos operacionais. O SCI é um sistema de gerenciamento de incidentes padronizado, aplicado a todos os tipos de ocorrências, que permite ao usuário adotar uma estrutura organizacional modular integrada, para suprir as complexidades e demandas de incidentes únicos ou múltiplos, independente das barreiras jurisdicionais. A estrutura do SCI é modular, acrescenta e retira funções por decisão do Comandante do Incidente, à medida que o socorro desenvolve-se. O primeiro Chefe de Guarnição que chegar à cena do socorro assumirá, imediatamente, o Comando do Incidente; informará a sua chegada; e estabelecerá o Posto de Comando. O comandante do incidente definirá a estrutura de resposta necessária para o atendimento à ocorrência, de acordo com a complexidade do evento. Em situações de grande complexidade, ou quando o comandante de incidente julgar necessário será estabelecido o Gabinete de Gerência de Incidentes, e poderão ser requisitados, especialistas e colaboradores. O responsável pelo Gabinete de Gerência de Incidentes será o Subcomandante Operacional. 31 4.2 OPERAÇÕES TÍPICAS Operação Petardo – Disciplinar o emprego dos recursos operacionais das instituições vinculadas à Secretaria de Estado de Segurança Pública, definindo atribuições e responsabilidades específicas de evacuação, isolamento, controle de trânsito, vasculhamento e investigação, visando à execução das atividades de segurança pública a serem desenvolvidas por ocasião de denúncia sobre a existência de bombas em prédios públicos, particulares ou em logradores públicos. O desencadeamento das ações será efetivado através de mensagem via rádio, enviada aos segmentos envolvidos na operação, ocasião em que deverá ser informado o local exato onde devem ser implementadas as ações policiais, de Bombeiro Militar e da defesa Civil. São missões do Corpo de Bombeiros: a) Coordenar a evacuação da área objeto de denúncia e ainda, a seu juízo, de áreas com potencial de risco. b) Manter no local os materiais operacionais necessários, articulando dispositivos em condições de atuar na prevenção de combate a incêndio. c) Manter no local dispositivo em expectativa de atendimento pré-hospitalar, a fim de prestar os primeiros socorros quando necessário. d) Alocar equipamentos de iluminação para emprego imediato em situações que assim os exigem. e) Implementar campanha permanente visando esclarecer o público sobre a melhor forma de agir em caso de ameaça de bomba, enfocando os procedimentos preventivos a serem observados. Operação Aeroporto – Dispõe sobre atribuições e procedimentos a serem adotados pelos órgãos integrantes e vinculados ao Sistema de Segurança Pública do Distrito Federal, quando da ocorrência de acidentes aeronáuticos ou quaisquer sinistros na área do Aeroporto Internacional de Brasília (AIB). Por ocasião do desencadeamento da Operação Aeroporto o CBMDF atuará conforme os fatos que motivaram o seu desencadeamento, considerando as hipóteses a seguir: 32 a) Emergência envolvendo aeronaves com grande número de passageiros e com grande quantidade de combustível, de tal modo que haja intervenção do CBMDF; b) Emergência médica; c) Oferecer atendimento aos funcionários, transeuntes do aeroporto e passageiros acometidos de mal súbito ou ferimento; d) Ação de meliantes com uso de arma de fogo onde haja vítimas de qualquer espécie, necessitando de assistência pré-hospitalar; e) Situações em que haja suspeita ou confirmação de incêndio ou foco de incêndio nas instalações do AIB; f) Emergências por atentados; g) Emergências por bagagens, cargas ou pacotes suspeitos; h) Evento em que haja suspeita da existência de carga que ofereça risco e que esteja em situação anormal, trazendo riscos às instalações ou pessoas do AIB; i) Emergência por apoderamento ilícito de aeronave; j) Situação em que haja o controle indevido por uma pessoa ou grupo de pessoas que tragam riscos às vidas no interior da aeronave, estando à mesma no solo ou no ar, neste caso, haja a intenção ou necessidade de aterrissagem no AIB; k) Emergência por artefatos explosivos ou ameaça de bomba e l) Situação de atentado terrorista em que haja um grupo de alvo confirmado ou não, com objeto ou artefato localizado ou não. Além do disposto acima, ao ser desencadeado a Operação Aeroporto caberá ao CBMDF em conjunto com os demais Órgãos envolvidos na operação, executar: a) Salvamento e ações paramédicas no interior de aeronaves e área do AIB; b) Combate a incêndio em aeronaves e/ou instalações do AIB e na Base Aérea de Brasília (BABR); c) Transporte das vítimas para a rede hospitalar do DF; e d) manter todos os recursos (humanos, materiais e tecnológicos) prontos para possível emprego, com ênfase para as ações emergenciais; e) Distribuir o efetivo conforme seu planejamento, visando à busca, salvamento e resgate dos feridos. 33 4.3 ATUAÇÃO DO ESTADO MAIOR GERAL (EMG) O Estado-Maior-Geral é o órgão de direção geral, responsável perante o Comandante-Geral pelo estudo, planejamento, coordenação, fiscalização e controle de todas as atividades da corporação, constituindo o órgão central do sistema de planejamento administrativo, programação e orçamento, encarregado da elaboração de diretrizes e ordens do comando, que acionam os órgãos de direção setorial, os de apoio e os de execução, no cumprimento de suas atividades. 4.4 ATUAÇÕES DAS UNIDADES OPERACIONAIS 4.4.1 Centro de Inteligência (CEINT) Compete ao Centro de Inteligência do CBMDF, órgão responsável por planejar, orientar, coordenar e controlar as atividades de inteligência, bem como executar ações relativas à obtenção e análise de dados para a produção de conhecimentos destinados a assessorar o Comando-Geral da Corporação, em conformidade com a Doutrina Nacional de Inteligência de Segurança Pública, além do previsto: a) produzir e difundir conhecimentos para os órgãos de Inteligência sobre situações que possam desencadear crises, grave perturbação da ordem pública, calamidades e outras intercorrências que possam afetar a segurança pública; b) realizar levantamento de dados operacionais referentes a situações de risco à vida e ao patrimônio, visando à adoção de medidas preventivas. c) promover a capacitação de recursos humanos na área de inteligência. 4.4.3 Núcleo de Custódia da Controladoria (NCC) Tem a seu cargo, dentro de uma determinada área de responsabilidade, as missões de guarda dos aquartelamentos, a prevenção de incêndios em locais de grande concentração humana e a proteção das guarnições de socorro, em locais de distúrbios e de sinistros de grandes proporções, além das representações bombeiromilitar da corporação. 34 4.4.2 Subcomando Operacional: 1) Unidades de Multiemprego: são os Grupamentos de Bombeiro Militar (GBMs) 2) Unidades Especializadas: São as Unidades Especializadas são agrupadas em um Comando Especializado, responsável pelo preparo dos recursos humanos e materiais empregados nas atividades operacionais de busca, salvamento e resgate, de prevenção e combate a incêndio, de atendimento pré-hospitalar, de proteção civil, de proteção ambiental e de operações aéreas, executadas por suas Unidades subordinada: a) Grupamento de Prevenção e Combate a Incêndio (GPCIN) - Executar no âmbito do Distrito Federal as atividades de prevenção e combate a incêndio. b) Grupamento de Busca e Salvamento GBS - É que tem a seu cargo, dentro de uma determinada área de atuação operacional, as missões de resgate, busca e salvamento. c) Grupamento atendimento Emergência Pré Hospitalar (GAEPH) é que tem a seu cargo, dentro de determinada área de atuação operacional, as missões de emergências médicas voltadas para o atendimento pré-hospitalar e socorros de urgência, nos casos de sinistro, inundações, desabamentos, catástrofes e calamidades públicas, bem como outras que se fizerem necessárias à preservação da incolumidade das pessoas e do patrimônio. d) Grupamento de Proteção Civil (GPCIV) é que tem a seu cargo, dentro de determinada área de responsabilidade, a execução de atividades de defesa civil. 4.4.1 Emprego dos Recursos Os recursos humanos e materiais envolvidos em cada operação deverão ser os necessários para o cumprimento da missão, em quantidade e qualidade suficientes para cumpri-la com eficiência, eficácia e efetividade, expressas em termos da obtenção dos melhores resultados. 4.4.1 Viaturas operacionais As viaturas a serem utilizadas para a execução deste plano são as que compõem a carga patrimonial dos Grupamentos. Em casos de necessidade e viabilidade técnica, os veículos que não são destinados para a atividade-fim poderão 35 ser utilizados, por tempo determinado, como viaturas de socorro, mediante conveniência da administração. Todas as viaturas deverão conter relação de materiais embarcados, atualizada periodicamente, assinada pelo Comandante da Unidade, com o intuito principal de controlar a existência do material, assim como, a sua adequada funcionalidade. 36 5 CONCLUSÃO Por meio do estudo elaborado para conclusão de curso, pude observar, dentre os escritos feitos e fundamentados em autores que ajudaram e ajudam no processo ensino - aprendizagem, o quão a referência pode nos ajudar a construir com solidez todo processo criativo que, por meio deste tive a oportunidade de construir e agregar mais ainda os valores da profissão. Outrossim, o referido estudo me fez viajar pelo tempo ao ler sobre a história, fazendo-me caminhar em busca de soluções encontradas no decorrer da elaboração deste. Contudo, pude observar alguns fenômenos encontrados, tais como a omissão das autoridades, políticas de investimentos inadequadas e inexistentes. Cabe salientar a necessidade de investimentos para compor um projeto, em busca de aprimoramento dos profissionais aqui elencados, visando à qualidade dos serviços prestados à população. Ainda assim verificou-se que há esforços da parte local do Órgão CBMDF, por meio de seus gestores, quando programam de forma organizada um Plano Estratégico, que tem como visão ser referência para a sociedade pela excelência dos serviços prestados, por meio da qualificação dos seus integrantes, da gestão estratégica da Instituição, do constante reequipamento e da inovação tecnológica, fazendo com seus membros estejam sempre prontos atuar em defesa da sociedade. Com isto, nos é exposto a difícil e cansativa caminhada em direção a metas estabelecidas, que são marcadas pelos conflitos das novas ideias, que acaba nos deixando a história como fonte de experiência e com a esperança de sempre continuar o trabalho em busca de soluções adequadas e satisfatórias. Cabe ainda salientar que mesmo com todas as dificuldades, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito federal busca através de mecanismos como os Planos de Desenvolvimento Econômico e Social, Plano Plurianual e a Lei Orçamentária Anual a garantia da constante evolução tecnológica, aperfeiçoamento da sua tropa e reequipamento de material. Tendo ainda esta Corporação um Plano de Emprego Operacional, no qual regula o emprego operacional dos recursos corporativos e os procedimentos operacionais a serem adotados pelos bombeiros militares, quando da atuação nos serviços. 37 Pode-se observar que a estrutura organizacional do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal eleva a corporação em um patamar que justifica a sua aceitação e credibilidade perante a sociedade e que um trabalho constante, aliado às ferramentas já existentes, como a formação dos profissionais, elencadas neste, mostram que, não há dúvidas quanto ao preparo dos militares para agir diante de um elemento surpresa, pois a capacitação é constante e os investimentos são existentes. Isso se mostra nos cursos de especialização, como o de Busca e Resgate me Estrutura colapsadas (BREC), de Pós-Graduação em o Direito e a Inteligência no Combate ao Crime Organizado e ao Terrorismo (DICOT) entre outros aqui elencados, que o CBMDF prepara, capacita os oficiais e praças, não podendo a Corporação se furtar das ferramentas. Segundo Kaiser (2006, p. 19) “O conhecimento é o principal componente no processo de criação de riqueza. Sua gestão é uma necessidade para que as organizações obtenham sucesso nesta nova sociedade”. Em todo o mundo muitos bombeiros morreram tentando salvar vidas, quando o senso e o amor empregados pela profissão falaram mais alto em detrimento da vida e dos bens alheio, mesmo sabendo do risco que corriam, não tiveram dúvidas em cumprir sua missão. Diante do exposto, cumprindo o que foi proposto, compreendo que, não há como não reconhecer que existem meios para que em face de um atentado que usa o ato de surpreender, devastar como um ataque terrorista, o CBMDF está preparado e busca constantemente essa preparação para cumprir sua missão como elemento preventivo e reativo e agir de forma satisfatória. É importante salientar que, no Brasil, não houve, de fato, um ataque dessa natureza, considerando que somos um país amigo de todas as nações. Todavia, não se pode ignorar o fato, de que há necessidade de mais investimentos, tais como, na qualidade de vida desse profissional, em material, recursos para operações simuladas, aperfeiçoamento quanto ao uso de ferramentas, como a inteligência e o constante treinamento da tropa, fatores estes que são preponderantes para o enfrentamento desse fenômeno “invisível”. 38 REFERÊNCIAS AGÊNCIA BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA – ABIN. Definição de terrorismo. Revista Brasileira de Inteligência, Brasília: ABIN, v. 3, n. 4, pag13-15 e 21, set. 2007. ABORDAGEM, Policial. Ataques do PCC em São Paulo. Disponível em: http://abordagempolicial.com/2009/05/ataques-do-pcc-em-sao-paulo-3 anos/#.Une9PXBJPw4.Acesso em:04 nov.2007. BRASIL, Presidência da República. Plano pluri anual – PPA. Disponível em: http://www.escoladegoverno.pr.gov.br.Acesso em :05 nov.2013. BRASIL, Constituição (1988). Constituição da república federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1998. 2480p. BRASIL. Lei nº 12.086, de 6 de novembro de 2009. Dispõe sobre os militares do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal; BRASIL, Lei Nº 7.479, de 02 de junho de 1986. Aprova o estatuto dos bombeiros militares do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, e dá outras providências. BRASIL, Lei Nº 8.255, de 20 de novembro de1991. Dispõe sobre a organização básica do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal. CABRAL, Mauro André Kaiser. A Inteligência competitiva como ferramenta auxiliar no processo decisório do CBMDF . Brasília,2005. 85 f. Monografia apresentada como requisito para a conclusão do Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. CBMDF. Plano de emprego operacional. Publicado no Boletim Geral n° 241, de 26 de dezembro de 2011. CBMDF. Portaria n° 30, de 3 de dezembro de 2010 - Plano Estratégico CBMDF 2011-2016, publicada no Boletim-Geral nº 225, de 9 de dezembro de 2010. CERTO, S. C.; PETER, J.P. Controle estratégico. In: Administração Estratégica: Planejamento e Implantação da Estratégia, São Paulo: Makron Books, 1993.cap. 6, 195-236 p. Decreto n.º 21.361, de 20 de Julho de 2000 - Aprova o Regulamento de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Distrito Federal; DISTRITO FEDERAL. Orçamento cidadão. Secretaria de Planejamento e OrçamentoSEPLAN.Disponívelem:HTTP://http://www.orcamentocidadao.df.gov.br/or camento.php#.Acesso em:05 nov.2013. 39 DISTRITO, Federal. Plano de desenvolvimento social – PDS. Secretária Adjunta de Planejamento e Gestão do Governo do Distrito Federal. Disponível em: http://www.orcamentocidadao.df.gov.br/orcamento.php#.Acesso em :05 nov.2013. DISTRITO, Federal. Lei orçamentária anual – LOA. Câmara Legislativa do Distrito Federal. Disponível em:http://www.orcamentocidadao.df.gov.br/orcamento.php#.Acesso em:05 set.2013. DISTRITO, Federal. Eficiência e segurança no combate a incêndio. Agência Brasília. Disponível em:http://www.df.gov.br/noticias/item/2551-efici%C3%AAncia-eseguran%C3%A7a-no-combate-a-inc%C3%AAndios.html. Acesso em: 06 nov.2013. DISTRITO, Federal . Situações especiais. Corpo de Bombeiros. Disponível em:http://www.cbm.df.gov.br/institucional/planejamentoestratégico?view=document&i d=1164.htm.Acesso em :05 nov.2013. DISTRITO FEDERAL. Histórico sobre o corpo de bombeiros. Corpo de Bombeiros. Disponível em: https://www.cbm.df.gov.br/institucional/institucional/historico.Acesso em:11 jun.2012. ESCOLA, Brasil. História do terrorismo. Disponível em: http://www.brasilescola.com/historia/terrorismo.htm. Acesso em: 25 set.2013. GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999. 200p. KAMEL, Ali. Sobre i islã. São Paulo: Nova Fronteira, 2008.319p. LINO, Rampazzo. Metodologia do trabalho científico. 3. ed. São Paulo: Loyola, 2005. 145p. MACÊDO, Manoel Moacir Costa. Metodologia Científica Aplicada. 2. Ed. Brasília – DF: Scala Gráfica e Editora, 2009.137p. MAGNOLI, Demétrio. Terror Global. São Paulo: Editora Publifolha, 2008.77p. MARCONI, Marina; LAKATOS, Eva. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2007. 270p. UNIÃO europeia. Estratégia global com vista a contribuir para a segurança mundial e para a construção de um mundo mais seguro. Disponível em: HTTP:<//europa. eu/legislation_summaries/justice_freedom_security/fight_against_terrorism/l33275_pt .htm> .Acesso em :13 maio. 2012 40 ANEXOS BRASÍLIA Brasília é a capital federal da República Federativa do Brasil e sede de Governo do Distrito Federal. No senso demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas – IBGE em 2010, Brasília tem uma população de cerca de 2.570,160 (dois milhões, quinhentos e setenta mil e cento e sessenta) habitantantes, com área da unidade territorial de 5.787,784 (cinco milhões, setecentos e oitenta e sete mil e setecentos e oitenta e quatro) Km². HISTÓRICO NO MUNDO Em todo o mundo muitos bombeiros, morreram tentando salvar vidas, quando o senso e o amor empregados pela profissão falaram mais alto no detrimento da vida e dos bens alheio e mesmo sabendo do risco que corriam não tiveram dúvidas em cumprir sua missão, assim como no ocorrido nos 11 de setembro nos Estados Unidos. Atentados podem acontecer por ocasião de grandes eventos, que proporcionem grande visibilidade, como congressos internacionais, olimpíadas, copa do mundo entre outros, com isso as medidas antiterroristas devem forçosamente fazer sentido, mesmo para aqueles países ainda não atingidos pelo fenômeno como no caso o Brasil, a não serem os ataques do PCC de forma indiscriminada e com características terroristas. NO BRASIL No caso do Brasil, este tem se empenhado no trato com o terrorismo, embora seja necessária a adoção de políticas mais efetivas. De qualquer forma, o país vem participando ativamente do Comitê Interamericano Contra o terrorismo, aderiu aos 12 acordos internacionais patrocinados pela ONU, além de cumprir as 28 recomendações do Grupo de Ação Financeira Internacional Contra a Lavagem de Dinheiro (GAFI). Devemos tomar como exemplo os países que buscam soluções para antever e minimizar os riscos de atentados e deve ainda na área de prevenção criar 41 estruturas de interação das ações antiterroristas e resposta contraterrorista com a maior integração entre seus órgãos de segurança pública para melhor enfrentar qualquer tipo de ameaça, precisando conhecê-la, bem como sua capacidade extensão e de destruição. Diante desse problema não há mais como se omitir tanto quanto gestor e também como participante de uma sociedade democrática, a necessidade de implantação de uma política séria quanto aos riscos por parte de membros que para proteger precisam ser protegidos. A aplicação de recursos financeiros na capacitação desses membros é fator preponderante no combate a esse tipo de problema. A qualidade de vida do profissional de segurança pública não pode ser esquecida, deixada para depois, pois este profissional, precisa antes de sair de casa estar tranquilo para exercer suas atividades. Entende-se aplicação de recursos, capacitação, adequação dos meios, valorização, treinamento e melhoria do aparato de trabalho, como ferramentas, equipamento e viaturas. Como um dos elementos de primeira resposta o Corpo de Bombeiros deve estar preparado para atuação em caso de eventos envolvendo ataques terroristas sabendo, contudo o que fazer. HISTÓRICO DOS CORPOS DE BOMBEIROS A origem dos Corpos de Bombeiros remonta à antiguidade. Uma das primeiras organizações de combate ao fogo de que se tem notícia foi criada na antiga Roma. Augusto, que se tornou Imperador em 27 A.C. formou um grupo de "vigiles". Esses "vigiles" patrulhavam as ruas para impedir incêndios. Sabe-se muito pouco a respeito do desenvolvimento das organizações de combate ao fogo na Europa até o grande incêndio de Londres em 1666. Esse incêndio destruiu grande parte da cidade e deixou milhares de pessoas desabrigadas. Antes do incêndio, Londres não dispunha de um sistema organizado de proteção contra o fogo. Após o incêndio, as companhias de seguro da cidade começaram a formar brigadas particulares para proteger as propriedades de seus clientes. 42 CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL O Corpo de Bombeiros é uma instituição que sustenta uma valorização adquirida ao longo de mais de um século e meio, com níveis de aceitação e credibilidade elevados. HISTÓRICO DO CBMDF Em 02 de julho de 1856 o Imperador Dom Pedro II assinou o Decreto Imperial n° 1.775. Este Decreto reuniu numa só Administração as diversas seções que até então existiam para o Serviço de Extinção de Incêndios, nos Arsenais de Marinha e Guerra, Repartição de Obras Públicas e Casa de Correção, sendo, assim, criado e organizado o Corpo Provisório de Bombeiros da Corte sob a jurisdição do Ministério da Justiça. Em 30 de abril de 1860 o Decreto n° 2.587 torna definitivo o Corpo Provisório de Bombeiros da Corte, passando sua subordinação à jurisdição do Ministério da Agricultura, que na mesma data era criado. Em 17 de dezembro de 1881, foi assinado o Decreto n° 8.837, estabelecendo a organização militar ao Corpo de Bombeiros, elevando seu efetivo a 300 homens e autorizando o governo a empregá-lo, em caso de guerra, como Corpo de Sapadores ou Pontoneiros, ficando em tal emergência com a mesma organização de Batalhão de Engenheiros. Em 1960, com o advento da mudança da Capital Federal para Brasília, e com o que ficou estabelecido a partir da Lei 3.752, de 14 de abril de 1960, foi disposta a organização do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal. 1966 Através do Decreto-Lei nº 9, de 25 de junho de 1966, o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal passava a ser subordinado ao Prefeito do Distrito Federal, ficando também seu efetivo em 1.238 homens. 1967 Em 16 de janeiro de 1967, chega a Brasília o último contingente do Rio de Janeiro, findando assim, por definitivo a transferência para a Nova Capital. 43 Também nesse ano o Decreto-Lei nº. 315, de 13 de março de 1967 passa a subordinação do Corpo de Bombeiros a Secretaria de Segurança Pública. A 28 de março de 1967, o primeiro Quartel de Bombeiros foi inaugurado em Brasília, construindo em Alvenaria, que teve a primeira denominação de "Quartel da Asa Sul", e o seu primeiro Comandante o então Major Gilberto Baptista de Almeida. 1968 A 31 de janeiro de 1968, este Quartel teve seu nome alterado para "Quartel Central Provisório", até 27 de março de 1969, denominado nesta data "Quartel Sede do 1s Grupamento de Incêndio, que mais tarde recebeu a denominação que utilizamos hoje,” Quartel do 1º Subgrupamento de Incêndio do 1º Grupamento de Incêndio". Quando o Quartel do então 1s Grupamento de Incêndio, recebeu esta denominação, o Comando Geral da Corporação, com toda Administração, passou a funcionar no prédio “Ns”. 49, da avenida W/3-Sul", sendo assim o Primeiro Quartel do Comando Geral do CBDF. A 06 de fevereiro de 1968, foi inaugurado o "Posto ns. 4", no final da Asa Norte, tendo funcionado nesse posto inicialmente o Serviço de Saúde da Corporação, e mais tarde a Escola de Formação de Oficiais, até o ano de 1980. A 25 de junho de 1968, tivemos inauguradas as instalações do Quartel do 2º Grupamento de Incêndio, localizado no Eixo Monumental Leste, Vila Planalto, Quartel este, destinado a guarnecer a área de maior importância, no complexo político-administrativo da União, face a sua localização. O 2º Grupamento de Incêndio foi inaugurado no comando do Coronel Adacto Arthur Pereira de Melo, e teve como seu primeiro Comandante o então Capitão Waldemir Teixeira. Em consequência do crescimento de Brasília, e das necessidades de ampliação de nossas instalações, tivemos no dia 20 de agosto do ano de 1968, a inauguração do 3º Grupamento de Incêndio, que se localiza na Cidade Satélite de Taguatinga. Neste Grupamento funcionou o Hospital da Corporação, até ser transferido para a Policlínica, mais tarde. Funcionou também a Sala da Banda de Música, onde nossos músicos se preparavam Como para primeiro tocatas Comandante que do 3º eram realizadas Grupamento de naquela Incêndio, época. tivemos o 44 Capitão Manoel Gregório de Azevedo, Oficial que hoje se encontra na Reserva Remunerada. 1969 No dia 21 de abril de 1969, tivemos a inauguração de dois Postos, sendo o nº 3 na Cidade Satélite do Gama e o nº 2 na Cidade Satélite de Sobradinho. Fonte: (DISTRITO FEDERAL, 2012). Já em 1993 efetivou-se o ingresso de 03 (três) cadetes femininos no Curso de Formação de Oficiais, bem como de 42 (quarenta e dois) soldados femininos nas fileiras do CBMDF, marcando o início da participação das mulheres na estrutura da Corporação. Em 06 de novembro de 2009 foi promulgada a Lei Federal n° 12.086, que alterou a, Lei Federal n° 8.255, de 20 de novembro de 1991, alterando a estrutura funcional do CBMDF.