Resíduo Sólido
Química
A palavra lixo, derivada
do termo latim lix,
significa “cinza”. No
dicionário, ela é definida
como sujeira, imundície,
coisa ou coisas inúteis,
velhas, sem valor. Lixo, na
linguagem técnica, é
sinônimo de resíduos
sólidos e é representado
por materiais descartáveis
pelas atividades humanas.
Química
A partir da Revolução Industrial,
as fábricas começaram a produzir
objetos de consumo em larga escala
e a introduzir novas embalagens no
mercado, aumentando
consideravelmente o volume e a
diversidade de resíduos sólidos
gerados nas áreas urbanas. O
homem passou a viver então a era
dos descartáveis, em que a maior
parte dos produtos – desde
guardanapos de papel e latas de
refrigerantes até computadores –
são utilizados e jogados fora com
enorme rapidez.
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No Brasil são produzidas
diariamente, segundo o Manual de
Gerenciamento Integrado
(IPT/CEMPRE, 1995), cerca de
241 mil toneladas de lixo, dos quais
90 mil são de origem domiciliar.
Dessa forma, a média nacional de
produção de resíduos por
habitante, estaria em torno de
600g/dia. Uma cidade como São
Paulo, no entanto, produz em
média 1 kg/dia de lixo por
habitante.
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A sujeira acumulada no ambiente
aumentou a poluição do solo,
das águas, e piorou as
condições de saúde das
populações em todo o mundo,
especialmente
nas
regiões
menos desenvolvidas. Até
hoje, no Brasil, a maior parte
dos resíduos sólidos recolhidos
nos
centros
urbanos
é
simplesmente jogada fora sem
qualquer
cuidado
em
depósitos
existentes
nas
periferias das cidades.
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Pesquisa UNICEF (2000)
Existem Lixões:
 26% das capitais brasileiras.
 73% dos municípios com mais
de 50 mil habitantes.
 70% dos municípios co menos
de 50 mil habitantes.
 Estimativa de 45 mil crianças e
adolescentes trabalhando no
lixo.
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Criança, catador, cidadão
(UNICEF,1999)
´´ Muitas das crianças nascidas no
lixão, são filhas de pais que
também nasceram ali. São
meninos e meninas de diferentes
idades. Desde os primeiros dias
de vida são expostos aos perigos
dos movimentos de caminhões e
de máquinas, à poeira, ao fogo,
aos objetos contaminantes, aos
alimentos podres...´´
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Impactos para saúde pública e
ambiental
 degradação das áreas de
manancial e de proteção
permanente;
 proliferação de agentes
transmissores de doenças
 obstrução dos sistemas de
drenagem,.
 assoreamento de rios e
córregos,
 existência e acúmulo de
resíduos que podem gerar risco
por sua periculosidade;
 ocupação de vias e logradouros
públicos por resíduos, com
Química prejuízo à circulação de
pessoas e veículos
Avaliando precisamente a ocorrência de vetores,
Daniel et al. (1989) pesquisaram espécies de
artrópodes, em dois pontos de disposição final de lixo
no Cairo (Egito), tendo identificado 56 espécies,
tendo sido destacadas as seguintes, por sua
importância epidemiológica:
 Pulgas (Xenpsylla cheopis e Ctenocephalides fells)
em roedores (Rattus norvegicus).
 Carrapatos (Rhipicephalus sanguineus).
 Moscas sinantrópicas (Musca domestica vicina,
Musca sorbens e Piophila casei).
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CATEGORIA
DOENÇAS
CONTROLE
Doenças
relacionadas com
insetos vetores
Infecções
excretadas
transmitidas por
moscas ou baratas
Filariose
Tularemia
Melhoria do
acondicionamento e
da coleta do lixo
Controle de insetos
Doenças
relacionadas com
vetores e roedores
Peste
Leptospirose
Demais doenças
relacionadas com a
moradia, a água e os
excretas e cuja
transmissão ocorre
por roedores
Melhoria do
acondicionamento e
da coleta do lixo
Controle de roedores
Química
Nos últimos anos, nota-se uma tendência mundial em
reaproveitar cada vez mais os produtos jogados no lixo
para a fabricação de novos objetos, através dos processos
de reciclagem, o que representa economia da matériaprima e de energia fornecidas pela natureza. Assim, o
conceito de lixo tende a ser modificado, podendo ser
entendido como “coisas que podem ser úteis e
aproveitáveis pelo homem”.
RESÍDUO SÓLIDO
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Os resíduos Sólidos Podem ser classificados de
acordo com vários critérios, entre eles
quanto aos riscos potenciais ao meio
ambiente de acordo com NBR 10.004 em
Clase I, ou perigoso, Classe II, ou não
inertes e Classe III ou inertes.
Podem ser classificados quanto à sua origem
em:
A)
Lixo residencial
Resíduos sólidos gerados nas atividades
diárias em casas, apartamentos, conforme
B) Lixo Comercial.
É aquele produzido em estabelecimentos
comerciais, cujas características dependem
da atividade ali desenvolvida.
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C)Lixo público.
São os resíduos da varrição, capina, raspagem, etc., provenientes dos logradouros públicos
(ruas e praças, por exemplo), bem como móveis velhos, galhos grandes, aparelhos de
cerâmica, entulho de obras e outros materiais inservíveis deixados pela população,
indevidamente, nas ruas ou retirados das residências através de serviço de remoção
especial.
D) Lixo de fontes especiais
É aquele que, em função de determinadas características peculiares que apresenta, passa
a merecer cuidados especiais em seu acondicionamento, manipulação e disposição final,
conforme demonstrado na ilustração 02, como por exemplo, o lixo industrial, o
hospitalar, que segue sua segregação na fonte de acordo com a NBR 12.808 da
Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT) em classe A, ou infectantes, classe
B, ou especiais, classe C.
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Degradação do Lixo
Os micróbios são responsáveis pela decomposição do lixo. Em primeiro lugar,
esses micróbios consomem rapidamente as carnes dos animais, frutos e
substâncias orgânicas de fácil digestão. As embalagens de papéis e papelões
são degradadas durante um tempo mais prolongado, ou seja, demoram mais
para se decompor. Finalmente, as substâncias duras, como ossos e cascos,
sofrem uma decomposição muito lenta, que pode durar anos.
Os micróbios utilizam enzimas para decompor os alimentos. Quando esses
pequenos organismos soltam essas enzimas sobre o alimento, este se dissolve,
formando um tipo de caldo que entra em seus “corpos”. Na verdade, tais
micróbios famintos agem como se fossem uma imensa família, formada por
milhares de espécies diferentes de bactérias e fungos.
Todos os materiais orgânicos que sofrem decomposição, isto é, que servem de
alimento aos micróbios, são chamados de biodegradáveis.
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Biodegradável – degradação ou decomposição
biológica.
Os microorganismos não são capazes de decompor alguns
materiais, tais como: plástico, isopor e alguns detergentes.
Embora constituídos por substâncias orgânicas, esses
materiais sofrem alterações na sua composição química
que as enzimas fabricadas até agora pelos micróbios são
incapazes de reconhecer. Tais compostos são chamados de
não-biodegradáveis e tendem a permanecer
indefinidamente nos montes onde foram jogados, a não ser
que sejam destruídos por processos químicos, ou por ações
físicas, como a dos raios ultravioleta do Sol.
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O fenômeno da decomposição ou degradação biológica ocorre
continuamente na natureza, em qualquer ambiente propício ao ataque dos
microorganismos. Em se tratando do lixo, o processo ocorre normalmente
dentro de uma lixeira, ou em qualquer local que for depositado o lixo.
Quando o lixo estiver exposto ao ar livre, a degradação é feita por
micróbios aeróbicos, isto é, atividades na presença de oxigênio
atmosférico. Mas se o material estiver muito amassado ou enterrado, a
degradação passa a ser realizada por microorganismos anaeróbicos, ou
seja, não necessitam de oxigênio para realizar as atividades metabólicas.
A decomposição aeróbica é mais complexa, e os produtos resultantes são o
gás carbônico, vapor d’água e os sais minerais, substâncias
indispensáveis ao crescimento de todas as plantas. Nesse processo ocorre a
formação de húmus, um ótimo adubo para o solo.
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No processo anaeróbico, a fermentação dos compostos orgânicos gera
diversos subprodutos ainda não totalmente degradados. Entre estes se
destacam os gases, como o metano (gás natural) e também o gás
sulfídrico, que causa um fedor parecido com o de ovo podre, fácil de
ser reconhecido quando o lixo está apodrecendo. A decomposição
anaeróbica produz um líquido escuro denominado chorume,
encontrado normalmente no fundo das latas de lixo. Este líquido é
bastante poluente e, se não for devidamente coletado, pode penetrar no
subsolo alcançando muitas vezes as águas subterrâneas que abastecem
os poços domésticos. O chorume também escorre pelos terrenos com
as enxurradas e atinge córregos, rios e represas das proximidades.
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O QUE FAZER COM
NOSSO LIXO
?
Química
Se pelo menos a reciclagem estiver sendo realizada, o que fazer com os
compostos orgânicos biodegradáveis de decomposição rápida sem
formar uma área de bota fora ?
Aterro Controlado
• É o confinamento dos resíduos sólidos por camadas de terra
Principais impactos
• Minimização da poluição visual
• Desconsidera a formação de líquidos e
gases
• Não reduz a poluição do solo, água e
atmosférica (não há impermeabilização ou
sistemas de drenagem)
Química
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Aterro Sanitário
• Aterro Sanitário de resíduos sólidos urbanos
consiste na técnica de disposição de resíduos
sólidos no solo, sem causar danos ou riscos à
saúde pública e à segurança, minimizando os
impactos ambientais, método este que utiliza
princípios de engenharia para confinar os resíduos
sólidos à menor área possível e reduzi-los ao
menor volume permissível, cobrindo-os com uma
camada de terra na conclusão de cada jornada e
em intervalos menores se necessário
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Espalhamento e compactação:
Química
Colocação da Manta de PEAD (Manta Geotêxtil)
Química
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Cobertura do lixo compactado...
Química
Mas quando a não correta gestão do aterro acontece...
Química
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Outro método é o da compostagem...
A compostagem é um processo biológico, através do qual os
microrganismos convertem a parte orgânica dos resíduos sólidos
urbanos (RSU) num material estável tipo húmus, conhecido como
composto. A compostagem, embora seja um processo controlado, pode
ser afetada por diversos fatores físico-químicos que devem ser
considerados, pois, para se degradar a matéria orgânica existem vários
tipos de sistemas utilizados.
Educação com o destino do lixo.
Nada mais do que a obrigação de cada um de nós.
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COMPOSTAGEM EM CASA Este processo requer que cada
indivíduo dentro da sua própria casa desenvolva um método de
processar restos de jardim, principalmente folhas e aparas de relva. Se
forem galhos, mato, toras de madeira, também funciona. O método
mais simples requer a disposição do material numa pilha que vai ser
regada e revolvida ocasionalmente, tendo em vista a promoção de
umidade e oxigênio aos microorganismos da mistura. Durante o
período de compostagem (que poderá levar um mês ou um ano), o
material empilhado sofre decomposição por intermédio de bactérias e
fungos até a formação de húmus. Quando este material composto se
encontrar estabilizado biologicamente, poderá ser usado para correção
de solos ou como adubo. É importante salientar que sistemas
imaginativos de compostagem em jardins têm sido desenvolvidos com
grande êxito, devido a facilidade em construir o sistema.
Química
• COMO FAZER Compostagem é como cozinhar, com
muitas receitas e variações, você faz sucesso! Esta poderá
ser uma aproximação simples: 1. Recolha folhas, erva e
aparas de jardim; 2. Coloque num monte ou caixote; 3.
Salpicar com água, mantendo a umidade. Para uma
compostagem rápida (1-3 meses) alternar camadas de
misturas verdes e materiais secos. Para arejar o empilhado,
remexa e retalhe os materiais em bocados mais pequenos e
umedeça-os. Para uma compostagem lenta (3-6 ou mais
meses) adicionar, continuamente, material ao caixote e
manter a umidade.
Química
Obrigado e lembre-se:
Ter conhecimento da
ciência química ajuda a
entender e interpretar o
comportamento dos
corpos e suas interações
com o meio sócioambiental.
Prof: Bernardo Verano
Química
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