VOCÊ E O LIXO? LIXO INDUSTRIAL O lixo gerado pelas atividades agrícolas e industriais é tecnicamente conhecido como RESÍDUO e os geradores são obrigados a manter atividades de acondicionamento, armazenamento, gerenciamento, transporte, tratamento e destinação final de seus resíduos de forma ambientalmente correta e coerente com a Legislação ambiental em vigor. A RESPONSABILIDADE É DE QUEM? A responsabilidade do gerador em relação aos resíduos é para sempre desde que o mesmo não dê a ele a correta destinação final. Deve-se ressaltar que, em caso de acidentes em alguma das etapas citadas acima (acondicionamento, transporte, disposição/destinação final) a legislação ambiental define como solidária a responsabilidade em relação às multas reparatórias e aos eventuais custos oriundos do acidente entre o gerador, transportador e receptor/destinador do resíduo. O QUE CAUSA O LIXO INDUSTRIAL Alterações na vegetação, alteração das características físico-químicas das águas (como cheiro, temperatura e cor, por exemplo), alteração das características do ar entre outras podem indicar presença de contaminantes. Análises específicas de solo e águas podem comprovar isso. Lembre-se: todo resíduo possui características que podem identificar seu gerador, conforme seus componentes químicos, tipos de embalagens e até placa de caminhões que transportam esse tipo de material. A CONTAMINAÇÃO DO LIXO INDUSTRIAL Como não há fiscalização efetiva e coerente por parte dos órgãos governamentais em relação aos riscos oriundos dos resíduos industriais, existem inúmeras áreas no Brasil e no mundo onde houve despejo de lixo tóxico que já causaram e ainda podem causar problemas de saúde, muitas vezes sem que as pessoas saibam. Essas são as ÁREAS CONTAMINADAS que, ao longo do tempo e não se tendo informações precisas, irão formar os chamados PASSIVOS AMBIENTAIS. Desinformadas, as pessoas ficam expostas a sérios riscos de saúde além das mais adversas alterações aos ecossistemas. LIXO HOSPITALAR Os chamados RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE devem ser coletados, armazenados e tratados corretamente, seguindo resoluções específicas do CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente) e das autoridades sanitárias. É importantíssimo que Agentes Comunitários de Saúde, da Vigilância Sanitária e demais trabalhadores desta área tenham treinamentos adequados para manipular estes materiais. Os demais órgãos públicos devem cumprir seu papel junto à sociedade exigindo das empresas da área de saúde a obrigatoriedade legal de suas ações. LIXO INDUSTRIAL E HOSPITALAR TAMBÉM PODEM SER LÍQUIDOS Em diversas atividades industriais é gerada, ao longo do processo, água como resultado de operações unitárias. Essas águas podem estar nos mais diferentes estados físicos e apresentando ou não alteração nas suas características físico-químicas. A estas águas de final de processo dá-se o nome de EFLUENTE. EXEMPLOS Dependendo do tipo de processo (como fabricação de papel, tecidos, curtumes, indústrias alimentícias, abatedouros, etc) as quantidades de efluentes geradas são enormes e com grande potencial de causar impactos ambientais pela alteração que pode provocar no ambiente natural; sendo assim há legislações específicas para atendimento por parte das organizações que fazem a liberação de efluentes em corpos hídricos. O LIXO DOMÉSTICO O lixo doméstico é todo aquele gerado em residências, comércio e serviços como escolas, escritórios, órgãos públicos, etc. A coleta e tratamento dos resíduos domésticos é feita pelas Prefeituras Municipais que podem terceirizá-las a empresas especializadas. O QUE FAZER COM ESSE LIXO? Os resíduos devem ser encaminhados a instalações licenciadas pelos órgãos ambientais e devem ter estudos de impactos ambientais e possuir sistemas de impermeabilização do solo, coleta e tratamento dos gases gerados durante a biodegradação do lixo, coleta e tratamento dos efluentes gerados do lixo, o chamado “CHORUME”. O PODER DESTRUIDOR DO LIXO Devido ao seu alto potencial poluidor, somente após tratamento é que o chorume pode ser liberado no ambiente para não causar impactos ambientais. É essencial que o Poder Público faça sua parte em relação à coleta e disposição adequada do lixo doméstico como garantia da manutenção da qualidade ambiental dos municípios. ACABAR COM OS LIXÕES Devemos exigir que as autoridades assumam o compromisso de acabar com os “lixões”, comuns hoje na maioria dos municípios e que tantos problemas trazem não só ao meio ambiente, como também às sociedades. Porém milhares de famílias sobrevivem dos lixões de forma sub-humana por não terem outras alternativas de geração de renda. O QUE FAZER COM OS RESÍDUOS LÍQUIDOS DOMÉSTICOS? Os resíduos domésticos podem ser devolvidos à natureza em forma de líquido através dos esgotos. Sabe-se que os efluentes domésticos são compostos por 99,99% de líquidos e 0,01% de sólidos (matéria orgânica) e é justamente esta fração menor que tanto impacto causa ao meio ambiente pois sua coleta e tratamento são caros, podem gerar sérios problemas de saúde. A TRISTE REALIDADE NO BRASIL No Brasil milhões de residências lançam esgotos sem tratamento nos rios e mares por não haver empenho por parte dos órgãos públicos nessa questão – e isto é um fato histórico, não sendo um problema recente. As prefeituras devem garantir saneamento básico eficiente, com tratamento de água e esgoto com qualidade e controle. Tratar a água e não tratar o esgoto não surte efeito sanitário, isso afeta sua saúde. Exija esse direito. RESÍDUOS DOMICILIARES PERIGOSOS Restos de produtos químicos (tintas e solventes por exemplo), remédios, além de pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes são considerados resíduos perigosos e devem ter destinação final específica conforme prevê a legislação. Investigue em seu município se há coleta específica para estes materiais, repasse estas informações e faça sua parte, destine adequadamente estes materiais. FAÇA A SUA PARTE Informe-se mais sobre os seus direitos ambientais. Converse com seus amigos, vizinhos e parentes. •Exija saneamento eficiente e incentive a implantação da coleta seletiva e da reciclagem do lixo em sua comunidade, inclusive como forma de geração de emprego e renda; •Exija educação ambiental como matéria curricular nas escolas e universidades; •Torne-se um DEFENSOR DO PLANETA.