Resumos Expandidos USO DE TRAÇADORES METÁLICOS PARA DETERMINAR O EFEITO DO ARRASTE DA MADEIRA SOBRE SOLO SATURADO Ricardo Hideaki Miyajima¹; Rodrigo Petrongari Tonin²; Paulo Torres Fenner³ ¹Mestrando no Programa Ciência Florestal UNESP/Botucatu([email protected]); ² Mestrando no Programa Ciência Florestal UNESP/Botucatu([email protected]); ³Prof. Dr. Departamento de Recursos Naturais UNESP/Botucatu([email protected]) Introdução e Objetivos O arraste de toras é reconhecidamente uma atividade que causa a compactação e predisposição do solo à erosão. A utilização de traçadores metálicos e de um detector de metais pode ser considerado um método promissor para avaliar os danos físicos do solo causados pela colheita florestal [1]. Este projeto de pesquisa tem como objetivo geral desenvolver e testar uma nova metodologia para determinar como as diferentes camadas do solo se movimentam em função do tráfego de máquinas e do arraste das toras durante a extração da madeira. O objetivo específico foi determinar a movimentação das camadas superficiais de um Latossolo Vermelho Escuro artificialmente saturado, até a profundidade de 20cm. Material e métodos 299, com potencia de 120cv. O arraste das toras foi realizado com um cabo de aço preso no trator, 3 toras totalizando um volume de 2,56m³ foram utilizadas no arraste. Após cada passagem (arraste), procuravam-se os traçadores para verificar se houve algum tipo de movimentação dos mesmos. O arraste sempre foi realizado contra a declividade. Figura 1: Detector de metais Figura 2: Traçador metálico de alumínio O experimento foi desenvolvido na Faculdade de Ciências Agronômicas – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), localizada na Fazendo Experimental Lageado – Campus de Botucatu/SP. A declividade da área experimental era de 8%. A vegetação predominante era formada por Eucalyptus ssp. com cerca de 50 anos de idade. Foi utilizado um detector de metais e traçadores metálicos de alumínio (Figura 1 e 2). A área do experimento foi disposta conforme a figura 3. Para o arraste foi utilizado um trator agrícola da marca Massey Fergusson, modelo Figura 3: Desenho esquemático da parcela 133 XVII Seminário de Atualização em Sistemas de Colheita de Madeira e Transporte Florestal Resultados e discussão deste experimento, não foi tecnicamente Tabela 1: Distâncias em relação a posição viável. inicial dos traçadores metálicos instalados a 5,00cm de profundidade. Referência Bibliográfica Traçador Passagens 2 3 U6 1 44 cm 78 cm X2 65 cm 97 cm X7 31 cm Perdido Total 4 5 10 206 cm Tabela 2: Distâncias em relação a posição inicial dos traçadores metálicos instalados a 15,00cm de profundidade. Traçador Passagens 1 2 T5 17 cm V2 45 cm Total 3 4 5 10 Perdido 62 cm Após a primeira passagem (arraste) verificou-se que não ocorreu nenhuma movimentação dos traçadores metálicos apenas a remoção da camada de matéria orgânica do solo. Já nas passagens seguintes verificou-se a movimentação dos traçadores metálicos em ambas as profundidades. A quarta passagem do trator não foi viável tecnicamente, devido a baixa capacidade de suporte do solo quando úmido e também devido a falta de atrito. Conclusões Somente a partir da segunda passagem houve a movimentação horizontal do solo e esta ficou concentrada na região do trilho. Através dos traçadores metálicos foi possível detectar a movimentação de solos, porém, o arraste das toras, nas condições 134 [1] Fenner, P. T., Schack-Kirchner H, Miyajima, R. H., Tonin, R. P. Corpuscular metallic tracers as a mean to detect smallscale soil movement during mechanized logging operations In: 5º Simpósio Brasil - A|emanha, 2011, Stuttgart.