SAN DRAGÓN (Tamanho #8 - #12) Lista de Materiais: Anzol Linha Olhos Pernas Cauda Corpo Colar Anzol padrão para ninfa, 2XL, #8 - #12 Preto, 6/0 Olhos de aço ou bronze (MANTENHA NOSSOS RIOS LIVRES DE POLUIÇÃO - NÃO USE CHUMBO NAS ISCAS) Borracha, cor preta Marabou preto A própria pena de Marabou preto, enrolada na haste do anzol. Penas de galo tipo saddle, longas, cor preta Instruções e Dicas Para o Atado 1. Forme uma camada com a linha de atado, começando o inicio da curva do anzol e chegado próximo do “olho”. Reserve um espaço antes de chegar no “olho” do anzol. 2. O tipo de olho que utilizaremos, é o chamado relógio de areia (hour glass). Este olho é fixado no anzol pela “cintura” e passando a linha de atado varias vezes e diferentes direções. 3. Para atar os olhos na haste, daremos varias voltas com a linha de atado fazendo um “8” tanto na direção horizontal como a vertical. Com algumas voltas na frente e na parte posterior do olho para evitar que ele se desloque na haste. Neste ponto, eu recomendo colocar uma gota de cola rápida (super bonder) no ponto de fixação do olho na haste. Para aumentar a fixação do olho. . 4. Cortamos dois pedaços de patas de goma de aprox. 3 a 4 cm. Para fixar as patas de goma fazemos um laço, juntado os dois extremos a e com a linha de atado tensa posicionada no lugar, deslizamos a pata de goma até chegar à haste. Nesse instante fixamos a pata com varias voltas da linha. 5. As patas devem ficar a ambos os lados do anzol, no mesmo plano horizontal, inclinadas levemente para trás. 6. Repita a operação anterior para o segundo par de pernas. 7. Agora selecionamos uma pena de marabou. Deve ser escolhida cuidadosamente: As fibras que irão formar a cauda devem ser pontudas, longas e firmes. Evite as penas que tem pontas muito espalhadas ou difusas. 8. A cauda deve ter o mesmo comprimento da haste do anzol. Ate a cauda na ultima terceira parte do anzol. À frente do inicio da curvatura, em direção ao “olho” do anzol. Rodrigo sugere um cauda de 1cm de comprimento. Eu já sou fã de caudas maiores, pois dão mais sensação de movimento à isca. 9. O resto da pena de marabou não deve ser recortado. Ela deve enroscada formar um cordão. Vale pena usar uma pinça hackleplier para segurar este cordão antes do seguinte passo. Enrole a linha de atado ao redor da haste te chegar ao “olho” do anzol. Para aumentar a durabilidade da mosca, recomendamos botar uma fina camada de cola na haste do anzol ates de enrolar o cordão de marabou. 10. A hora de enrolar o cordão deve-se ter cuidado para que as patas de goma fiquem inclinadas apontando para trás, e não acabem apontando para qualquer direção. Após atar o tórax fixe a extremidade do cordão de marabou com algumas voltas da linha de atado e corte o excesso. Deixe um pequeno espaço entre o final do tórax e os olhos para atar o colar. Lembre que o tórax ocupa só 1/3 do comprimento total do anzol. Desde o primeiro par de patas de gomas até o olho do anzol. 11. Selecione uma pena do dorso de galo (saddle) para o colar. Ate-a no espaço que sobrou entre o final do tórax e os olhos da mosca. A pena deve ser atada começado pela extremidade mais grossa e deixando a ponta para o final. 3 a 4 voltas da pena, são o suficiente para formar o colo. Ate o colar de maneira que as fibras da pena fiquem inclinadas para trás. É importante atar firmemente o colar para aumentar a durabilidade da mosca. 12. Passe a linha de atado para frente, entre os olhos da mosca e o “olho” do anzol. Aproveite para reforçar a fixação dos olhos com algumas voltas adicionais da linha de atado, formando uma pequena cabeça. Termine a mosca com um nó “whip-finish” e aplique cola. Instruções para o Uso Desenhada por Rodrigo Sandoval ( http://www.riosysenderos.com ), ela foi criada para imitar uma ninfa de damselflies ou dragonflies (ordem Odonata). Testamos esta isca nos Rios Silveira-RS e Caveiras-SC, com grande sucesso dado que estas ninfas são também muito abundantes nestes rios, e definitivamente fazem parte do cardápio das trutas. No rio Caveiras em particular, elas são em parte responsáveis pelo tamanho que atingem estas trutas em ambientes relativamente pequenos. Também tive muito êxito utilizando esta mosca no rio Colorado (Lee’s Ferry). O lastre localizado na cabeça permite que afunde rapidamente em lugares com muita correnteza, o que a torna ideal para ir traz daquelas trutas que está a estreita de alimento arrastado pela água na sua direção. O fato de ela ter grande parte do peso concentrado na cabeça faz com que ela trabalhe de uma maneira diferente, apontando sempre com a cabeça para abaixo, mesmo quando ela é recolhida. Resenha Histórica O fascínio do Rodrigo com as odonatas vem de longa data. Desde o inicio da sua carreira como guia ele observava como os peixes as nascentes (spring creeks) atingiam grandes proporções e que este tamanho estava definitivamente relacionado com a abundância das ninfas de odonatas, uma fonte de proteínas fantástica. Foi então que ele passou a se interessar na imitação destes insetos, um dos primeiros padrões que testou foi a Whitlock Damsel. Com a visita do Rick Hafele, um grande entomólogo e pescador de fly de Portland-Oregon, ele pssou a observar com mis detalhe e observaram que a população mais abundante era a de dragonflies, (tipicamente maiores do que as ninfas de damselflies), em particular a da família Aeshindae, que inclui os exemplares de maior tamanho e capacidade de nadar deste grupo de insetos. Ele passou a testar durante vários aos diferentes padrões até entender quais eram as características físicas e comportamentais destes insetos que disparavam o ataque das trutas. O objetivo em mete era desenhar uma mosca, que porem simples, conseguiria imitar o comportamento natural do inseto. As observações da família Aeshindae feitas pelo Rodrigo, lhe levaram as seguintes conclusões: 1. 2. 3. 4. 5. São insetos relativamente grandes (equivalentes a um anzol #10 e até #8 2XL) Principalmente em cores escuras Abdômen longo e largo, tórax menor e grades olhos Quando estão nadando, as pernas permanecem aos lados do corpo Para nadar, estes insetos expelem jatos de água pela extremidade do abdômen, isto produz um movimento em intervalos, com golpes rápidos a cada jato de água expelido. Com base nestas observações, Rodrigo usou como modelo básico a Woolly Bugger, uma isca com um desenho simples, porém muito efetivo. O modelo atado aqui, foi testado por vários dos seus companheiros durante 4 a 5 anos. O resultado foi sensacional, tanto no Chile quanto na Argentina, virando um excelente padrão de busca. O nome surgiu durante este período quando um dos seus amigos perguntou: E agora? O que você vai pescar neste lago? A que santo você ira pedir ajuda? a resposta veio logo....vou me encomendar ao “San Dragón”.!! Variações Os companheiros de pescarias do Rodrigo têm testado esta isca em diferentes situações de pesca e eles já conhecem faz algum tempo a mosca San Dragón. Ela já foi atada na cor verde oliva que tem funcionado muito bem nos lagos do sul do Chile. Existe uma versão chamada de Daltonic Dragón, do Nicolas Varela, atada em roxo. A Mal Dragón, criada por Francisco Miranda, é muito similar ao padrão original, só que com os olhos prateados, que ressaltam muito mais na água. Francisco também utilizou um anzol curvo em formato de “S”, no lugar do anzol de haste reta (Modelo do anzol da Partridge: Swimming Nymph Hook). K6ST - Taff Price Dicas de Pesca O propósito dos olhos de bronze são afundar a mosca, e que a cabeça continue apontando para baixo mesmo quando ela for recolhida rapidamente. O mesmo efeito não pode ser obtido utilizando olhos de plástico e lastreado o corpo da mosca, já que o peso fica concentrado no centro da mosca. Esta mosca pode ser apresentada utilizando linhas flutuantes, mas o Rodrigo recomenda o uso de linhas de afundamento, para manter a mosca no fundo, próxima das camadas de vegetação, onde abundam as larvas da Aeshindae. É possível utilizar a técnica de “contagem”, para calcular a profundidade. No primeiro arremesso cotamos os segundos que leva a mosca para afundar, se sentimos que ela fica enroscada no fundo, diminuímos a conta no seguinte arremesso, até achar a profundidade certa. A imitação do nado das ninfas de Odonata, é feita a hora de recolher a linha, intercalando puxões, do mesmo jeito que recuperamos um streamer. As Aeshindae nadam expulsando jatos intermitentes de água pelo abdômen, e é este estilo de nado que devemos imitar puxando a linha de pesca por intervalos. Hoje em dia, a San Dragón é um padrão conhecido por muito pescadores o Chile e na Argentina. Ela foi apresentada em várias palestras de atado e tem sido muito elogiada pelos pescadores que a utilizaram. Ela tem sido muito utilizada em lagoas de pequeno e médio porte, sempre mantendo a mosca próxima da vegetação, fisgando trutas arco-íris de até 5 Kg. Eu tenho utilizado esta mosca com muito sucesso pescado em poços, apresentando ela à deriva, imitando Odonatas arrastadas pela correnteza. Esta é uma mosca que afunda rapidamente e serve perfeitamente para atrair a truta que está à espreita, esperando do alimento transportado pela correnteza. Atada por: Alejandro Antúnez Desenhada por: Rodrigo Sandoval (Site original www.riosysenderos.com ) Entre em contato: [email protected] www.moscangua.com.br © Mosca N’água