Fundação Getulio Vargas 15/04/2008 Gazeta Online - ES Tópico: IBRE Impacto: Positivo Editoria: Local Cm/Col: 0 Pg: Online Vitória é a segunda do país com mais médicos por habitante; Cariacica e Serra estão nas últimas posições (Não Assinado) 15/04/2008 22:59:06 - Gazeta Rádios e Internet Faltam médicos no país. A conclusão é de um estudo divulgado na terça-feira (15) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Pelos dados da pesquisa, referentes a 2005, naquele ano havia um médico para 595 habitantes no Brasil. Segundo o economista Marcelo Neri, responsável pelo levantamento, embora o número não esteja tão distante do que se considera ideal (cerca de 300 habitantes por médico), o problema mais grave é que esses profissionais estão mal distribuídos. O exemplo mais claro disso é o caso do Espírito Santo, principalmente na Grande Vitória. De acordo com a pesquisa, a capital capixaba possui 133 habitantes para cada médico. Isso coloca Vitória como a primeira capital brasileira nessa comparação, seguida de Porto Alegre (134 hab/med), Florianópolis (156 hab/med) e Belo Horizonte (201 hab/med). Em último no ranking das cidades com mais de 250 mil habitantes aparece a capital do Acre: Rio Branco, com 1.326 pessoas para cada profissional. Em relação às cidades pesquisadas, Vitória só perde para Niterói (RJ), que possui um médico para cada 93,55 habitantes. Serra e Cariacica A disparidade do Estado aparece quando os dados do município da Serra entram na comparação. A pesquisa foi relizada em 105 municípios e a cidade vizinha à capital capixaba apresenta o penúltimo resultado do país na relação de médicos por morador: são 3.863 habitantes por médico (102º lugar). Cariacica, outro município da Grande Vitória, também está as seis cidades com os piores índices no ranking. São 2.978,53 médicos por habitantes (96º lugar). Em termos gerais, o Espírito Santo tem 575 profissionais por habitante, ficando na 5º entre os Estados. De casa para o trabalho. Do trabalho para casa Os dados da FGV ainda sintetizam a perda dos médicos do município de residência em função dos chamados movimentos pendulares (casa-trabalho-casa), ou seja, os médicos também são profissionais que em geral trabalham em localidades diferentes das que moram. Em termos líquidos, Vitória perde 1,78% de seus médicos em movimentos casa-trabalho-casa. Serra tem perda de 0,93%. O município capixaba que se destaca é Vila Velha (30º na lista de cidades, com 370,29 hab/med), onde nada menos que 46,2% dos profissionais trabalham em outras cidades.