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Há mais de 30 anos Lôta atua nos
bastidores da cultura local, incentivando
artistas regionais e também divulgando
por aqui os trabalhos realizados em
outras partes do país
Lôta Lotar Cruz
NÚBIA GARCIA
[email protected]
A história de amor de Lôta Lotar Cruz com o teatro está programada para acontecer em três
atos. O primeiro, iniciado na
juventude, em cima dos palcos,
como ator e manipulador de bonecos. O segundo, que está em
andamento, acontece nos bastidores, como promotor e fomentador
cultural. O terceiro, que está por
vir - junto com a aposentadoria,
será na plateia.
Aos 60 anos (32 deles dedicados
ao setor de cultura do Sesc em Lages), Lôta sabe exatamente o que
vai fazer quando a aposentadoria
chegar. Se desligar do teatro e ficar só por casa descansando, está
fora de cogitação. “Quero estar sentado na plateia e continuar acompanhando o movimento cultural da
cidade”, diz.
A relação com o teatro foi amor
à primeira vista. Ainda na adoles-
cência, ele entrou para um grupo
de teatro da escola onde estudava.
O contato e a paixão do jovem com
a arte dos palcos se intensificou
ainda mais por causa do Festival de
Teatro de Lages (Fetel), em meados
dos anos de 1970. “Nesta época, fiz
parte do Gralha Azul, um grupo de
teatro de bonecos. Também fui ator
no grupo de Sesc e acabei deixando
os palcos de lado para trabalhar como técnico de cultura”, diz.
zz FOMENTO| O nome de Lôta é fortemente vinculado ao desenvolvimento cultural e artístico de Lages, o que ele credita à sua carreira
sempre ligada ao setor. “Ainda me
surpreendo quando falam isso. Eu
vejo que é algo natural, decorrente
de eu sempre estar no meio. Desde
as minhas participações no Fetel como ator, até o trabalho feito junto
ao Sesc, como a criação da sala de
teatro que é tão expressiva hoje na
cidade”.
Para ele, a grande sacada do
Sesc está no fomento à cultura lo-
cal e regional, por meio de projetos
que oportunizam grupos da cidade
viajarem pelo Estado inteiro, e até
mesmo pelo Brasil, divulgando seu
trabalho. “Não recebemos espetáculos comerciais, são espetáculos
alternativos e é esta abertura que o
Sesc oferece que me dá vontade de
continuar nesta luta”.
zz HOMENAGEM| O nome do técnico
de cultura do Sesc desperta curiosidade em muitas pessoas. Por que
Lôta Lotar? A história de como seus
pais escolheram seu nome é um tanto curiosa e, quem acha que Lôta é
um apelido, não está totalmente
errado.
“Meu pai se chamava Lotário Inácio da Cruz e queria que o primeiro
filho também se chamasse assim.
Mas, certo dia, se deu conta de que
ninguém o conhecia pelo seu nome.
No círculo de amigos era chamado
de Lôta, no trabalho de seu Lotar.
Então, decidiu juntar os dois apelidos e formou meu nome. Acho fantástico isso”, conta orgulhoso.
Meu pai se chamava Lotário Inácio da Cruz e queria
que o primeiro filho
também se chamasse
assim. Mas certo dia se
deu conta de que ninguém o conhecia pelo
seu nome.
Luiz
Antonio
Picinini
Um obstinado pelo
esporte amador. Sua
paixão é tanta que já
“contaminou” a esposa
e os dois filhos.
Núbia Garcia
Segunda-feira, 26 de maio de 2014
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Lôta Lotar Cruz Luiz Antonio Picinini