NCE/12/00151 Parecer do RIES sobre intenção de decisão - Novo ciclo de estudos NCE/12/00151 Parecer do RIES sobre intenção de decisão - Novo ciclo de estudos Parecer da Instituição de Ensino Superior à Intenção de Decisão do Conselho de Administração 1. Tendo em conta a intenção de decisão do Conselho de Administração relativamente ao ciclo de estudos Relações Internacionais 2. conferente do grau de Mestre 3. a ser leccionado na(s) Unidade(s) Orgânica(s) (faculdade, escola, instituto, etc.) Universidade Autónoma De Lisboa Luís De Camões 4. da(s) Instituição(ões) de Ensino Superior / Entidade(s) Instituidora(s) Cooperativa De Ensino Universitário (Ceu) 5. O responsável da instituição de ensino superior decide: Apresentar parecer 6. Parecer (Português): Não é fácil compreender as razões que levaram o CA da A3ES a comunicar a intenção de reprovar o novo Mestrado em Relações Internacionais, endurecendo os critérios legais aplicáveis, desautorizando a Comissão de peritos por si próprio nomeada e invocando motivos não convincentes. Uma coisa é certa: com esta intenção de decisão, tal como a equivalente para o Doutoramento em Relações Políticas e Económicas Internacionais, o CA desvaloriza um trabalho de anos e anos, talvez não percetível através da frieza impessoal dos formulários, trabalho esse que fez da área científica das Relações Internacionais uma das mais prestigiadas da nossa Universidade, consagrando orientações que julgamos serem indicadores de elevada qualidade, a saber, a qualificação do corpo docente, a oferta formativa sedimentada, a internacionalização, o estabelecimento de condições para a produção de pensamento, as publicações internacionalmente indexadas, as realizações científicas de envergadura. A manter-se esta intenção de decisão, ela será um rude golpe no próprio projeto institucional. Daí que faremos o que nos compete: no estreito limite que nos é consentido e nos registos a que temos direito, não desistir do penoso exercício de prosseguir argumentando. Contra o parecer reiterado da CAE ( O corpo docente cumpre os critérios legais exigidos ), o CA afirma que não, fundamentado na composição e nas formações dos professores indigitados. Gostaríamos de contrapor com um mínimo de explanação, a qual remetemos para o anexo, na tentativa de demonstrar mais uma vez a distorção deste argumento. Contra o parecer reiterado da CAE ( Algumas unidades curriculares que constituem o core do programa de mestrado são lecionadas por docentes doutorados na área específica ), o CA conclui em sentido inverso, com uma explicação lacónica que parece aludir às recomendações de melhoria enunciadas pela CAE, em referência a duas unidades curriculares e a duas previstas docentes. Também no anexo tentaremos explicar o nosso ponto de vista acerca deste ponto. O último fundamento do CA é a inexistência de um centro de investigação reconhecido pela FCT . Tal razão exorbita claramente dos requisitos legais expressos, designadamente, no Decreto-Lei nº 74/2006, de 24 de Março, tanto no nº 2 do seu art.º 16, como no nº 2 do seu art.º 57. Mesmo assim, reafirmamos que a unidade de investigação OBSERVARE é reconhecida, não só nacional e internacionalmente por quem trabalha nesta área, como também pela FCT, incluindo através da celebração de contratos programa, como recordaremos de novo em anexo. Todavia, não foi ainda avaliada, pela razão bem conhecida da ausência de avaliação das unidades de investigação desde 2007. Não parece aceitável que uma instituição seja duramente penalizada pela lentidão de outra. Por tudo isto, de igual modo ao que solicitámos para o Doutoramento em Relações Políticas e Económicas Internacionais, esperamos a revisão da intenção de decisão relativa ao Mestrado em RI pág. 1 de 2 NCE/12/00151 Parecer do RIES sobre intenção de decisão - Novo ciclo de estudos 7. Documento anexo (Português e Inglês, PDF, máx. 100kB): (impresso na página seguinte) pág. 2 de 2 Anexos Não são justificadas as razões que levaram o CA da A3ES à intenção de não aprovar este Mestrado em Relações Internacionais, em discordância frontal com a recomendação da Comissão de Avaliação Externa, invocando argumentos não fundamentados e contrariando, inclusivamente, o aferido pelos próprios peritos que nomeou para avaliar este ciclo de estudos, conforme a seguir se demonstra. 1. Um primeiro argumento invocado pelo CA afirma que “A Instituição não cumpre os requisitos legais previstos... no que concerne ao corpo docente...”. A realidade é que a Instituição e este ciclo de estudos, em particular, cumpre integralmente os requisitos legais, nomeadamente no que concerne ao corpo docente como, aliás, é reconhecido expressamente pela CAE quando no seu relatório afirma (ponto 4.3.) «O corpo docente cumpre os critério legais exigidos»! 2. Na tentativa de justificar aquele seu argumento, o CA da A3ES invoca que o “corpo docente próprio é formado por 6 doutores, apenas 2 em Relações Internacionais...”, sugerindo assim que são insuficientes os docentes doutorados na área específica deste Mestrado. Desde logo, não se compreende tal afirmação na medida em que, conforme aferiu a própria CAE (ponto 4.3 do relatório preliminar), o corpo docente, num total de 10, «é composto por 8 docentes doutorados, sendo que 5 estão em tempo integral. A percentagem dos docentes com uma ligação à instituição por um período superior a 3 anos é de 80%» . Por outro lado, e além dos dois doutores em Relações Internacionais (Luis Tomé e Miguel Neves), devem ser considerados outros quatro docentes não apenas com formação doutoral mas também com um extenso currículo associado directamente à área científica das RI: - Brígida Brito é Doutorada em “Assuntos Africanos”, obviamente da área científica das RI) e possui vasta experiência docente e de participação em projectos internacionais, alguns com apoio FCT; - Soraya Nour Sckell é Doutorada em Direito e “Magistra Artium “ em Filosofia, Sociologia e Ciências Políticas por universidades alemãs, possui igualmente larga experiência e perfil internacional, currículo que lhe permite ser, aliás, seleccionada como Investigadora FCT; - Sofia Santos é também Doutorada em Direito Internacional Público pela Faculdade de Direito da Universidade de Saarland, Alemanha, Mestre em Integração Europeia/Direito Europeu e Direito Internacional Público pelo Europa-Institut, da mesma universidade e Licenciada em Estudos Europeus pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto; e - Luís Moita é Doutorado em Ética numa época (1967) em que as RI não estavam sequer consagradas como área científica em Portugal e possui um inegável prestígio na área das RI por demais comprovado, com de resto atesta a própria CAE ao afirmar (ponto 1.2.2.) que «o coordenador do novo ciclo de estudos proposto, Prof. Luís Moita, é um académico respeitado no domínio das RI, contando com uma larga experiência de docência e investigação na área». A estes seis docentes Doutores, somam-se outros docentes que leccionam neste Mestrado unidades lectivas directamente relacionadas com a sua área de formação: na área da Economia, a Doutora Ana Furtado assume o “Seminário sobre Internacionalização da Economia” e o Doutor Manuel Farto e o Mestre Henrique Morais a UC “Tendências da Economia Mundial”; na área do Direito Internacional, o Mestre e Doutorando Mateus Kowalski a UC “Tendências do Direito Internacional”. 3. Pelo exposto anteriormente, também não se compreende outro argumento invocado pelo CA da A3ES: “Existem unidades curriculares centrais do programa que estão atribuídas a docentes que não têm formação específica, nem investigam e publicam na área predominante do ciclo de estudos.” Embora o CA da A3ES não o explicite, depreende-se à luz das recomendações da CAE que estará a referir-se às UCs de «História do Pensamento em RI» e «Governação e Multilateralismo» cuja docência cabe, respectivamente, às Doutoras Soraya Nour Sckell e Sofia Santos. Porém, tivesse o CA da A3ES acesso aos CVs detalhados das duas docentes em causa e certamente a constatação seria outra. Soraya Nour Sckell tem experiência acumulada e um comprovado perfil internacional, quer em termos de formação quer nos domínios da investigação e publicações. É Doutorada em Direito pelo Departamento de Direito Internacional da Universidade de São Paulo, Brasil, obtendo a classificação máxima com uma tese intitulada “O conceito de direito internacional em Kant e sua recepção na filosofia política do direito internacional e das relações internacionais”, tendo desenvolvido pesquisa na Université Ludwig-Maximilians, Munich, Alemanha e obtido reconhecimento pela Universidade do Porto (2007). É também “Magistra Artium “ em Filosofia, Sociologia e Ciências Políticas pela Johann Wolfgang Goethe-Universität, Frankfurt am Main. Actualmente, prossegue o seu pós-Doutoramento no Sophiapol - Sociologie, philosophie, anthropologie politiques na Université Paris Ouest Nanterre La Défense. Com ampla experiência docente, ensinou nas Universidades de São Paulo, de Munique (LMU), de Metz e de Lille, assim como no Collège International de Philosophie de Paris. É autora de inúmeras publicações (em português, inglês, francês e alemão) precisamemente sobre “pensamento em RI”, tendo sido seleccionada como Investigadora FCT, para coordenar o projecto de investigação “The status of the human person in the global order across humanities and social sciences”. Por seu turno, Sofia Santos é Doutorada em Direito Internacional Público pela Faculdade de Direito da Universidade de Saarland, Alemanha com tese intitulada “A Reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas e o seu Impacto na Ordem Internacional”, Mestre em Integração Europeia/Direito Europeu e Direito Internacional Público pelo Europa-Institut, Departamento de Ciências Jurídicas, da Universidade de Saarland - com a dissertação “O Conselho de Segurança das Nações Unidas e a NATO” - e Licenciada em Estudos Europeus pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Entre outros, trabalhou no Consulado Geral de Portugal em Nova Iorque, no Goethe-Institut do Porto e no Euro Info Centre de Kassel, Alemanha, com uma bolsa do programa Leonardo da Vinci da União Europeia. Foi também Professora Assistente e Investigadora no Departamento de Ciência Política/Relações Internacionais e Política Internacional da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Técnica de Kaiserslautern, Alemanha. Autora de várias comunicações e publicações e investigadora associada a vários centros e projectos de investigação, tem o perfil adequado para leccionar a UC “Governação e Multilateralismo”. A realidade é estas e os restantes docentes deste Mestrado leccionam UCs das suas áreas específicas de formação e perfil. Por isso, numa área científica assumida e reconhecidamente multi-disciplinar como as RI, o CA da A3ES deveria considerar a afirmação taxativa da CAE quando diz, no ponto 4.5. do seu relatório, que «algumas unidades que constituem o core do programa de mestrado em RI são leccionadas por docentes doutorados na área específica». Bem ao invés, portanto, do que o CA da A3ES infere. 4. Outro argumento invocado pela A3ES é a relativa escassez de publicações científicas produzidas pelo corpo docente. Também sobre este ponto só a deficiência de informação (pela impossibilidade de submeter os CV detalhados com as respectivas listas de publicações) pode estar na base de semelhante juízo, pois são muitos os factos em sentido contrário. De facto, todos, todos os docentes associados a este ciclo de estudos têm inúmeras publicações científicas (livros e artigos), em português e também em línguas estrangeiras, a maioria incluindo em inglês, em revistas especializadas tanto nacionais como internacionais. 5. Outra justificação invocada pelo CA da A3ES para sustentar a intenção de não aprovar este Mestrado diz que “A Instituição não possui um centro de investigação reconhecido pela FCT”. Mais uma vez, tal afirmação não tem fundamento. Desde logo, porque se exorbita claramente os requisitos legais expressos, designadamente, no Decreto-Lei nº 74/2006, de 24 de Março, tanto no nº 2 do seu art.º 16, como no nº 2 do seu art.º 57. Por outro lado, a unidade de investigação OBSERVARE não foi ainda avaliada pela FCT (que como é sabido não avalia unidades de investigação desde 2007) mas é de facto reconhecida, não só nacional e internacionalmente por quem trabalha nesta área como também pela própria FCT, ao invés do que afirma o CA da A3ES. A FCT reconhece de facto o OBSERVARE, incluindo a aprovação com Advanced Grant do projecto de investigação “The status of the human person in the global order across humanities and social sciences” de Soraya Nour, Investigadora Integrada no OBSERVARE (e docente neste mestrado), estando em curso a celebração de um contrato-programa de cinco anos para a execução do mesmo com o OBSERVARE enquanto “instituição de acolhimento”. Ainda a respeito da unidade de investigação OBSERVARE, chamamos a atenção para o website http://observare.ual.pt onde poderão ser obtidas mais informações sobre o reconhecido trabalho desenvolvido, incluindo investigadores, publicações, projectos de investigação e demais realizações científicas. Complementarmente, e envolvendo não só este Mestrado mas também o Doutoramento em Relações Políticas e Económicas Internacionais, referimos de novo a cooperação institucionalizada com o Núcleo de Investigação em Ciência Política e Relações Internacionais (NICPRI) da Universidade do Minho, reconhecido e avaliado como “Excelente” pela FCT. Além do NICPRI, o Departamento de Relações Internacionais e o OBSERVARE da UAL têm firmadas muitas outras parcerias, algumas plenamente institucionalizadas e outras menos formais, com tradição e envolvendo um vasto leque de instituições nacionais e estrangeiras, consubstanciando-se estas parcerias em todo o género de iniciativas e actividades científicas e académicas, desde cursos, workshops e colóquios coorganizados a projectos de investigação desenvolvidos em parceria, publicações, convites mútuos de leccionação e orientação de trabalhos e módulos ou a submissão de painéis em congressos internacionais. Em Portugal, destaca-se o trabalho profícuo com o núcleo de RI da FEUCoimbra e o CES da mesma universidade; o ISEG; o ISCTE e o seu Centro de Estudos Africanos (CEA); as Universidades da Beira Interior, de Évora ou Nova de Lisboa, o ISCSP; o IPRI, o ICS, o IEEI, o Instituto para a Promoção e Desenvolvimento da América Latina (IPDAL), a Portuguese Security Studies Network (PT-SSN), a APCP, a Comissão de Relações Internacionais da Sociedade de Geografia de Lisboa, a Comissão Portuguesa do Atlântico (CPA), o Eurodefense-Portugal, o Centro Português de Geopolítica (CPG), o Instituto de Estudos Superiores Militares (IESM) ou o Instituto da Defesa Nacional (IDN), Em matéria de internacionalização, o Departamento de RI e o OBSERVARE têm ligações de trabalho, certamente em graus diferentes, com um leque vasto de instituições e centros de investigação estrangeiros, como as Fundações Von Humboldt, a Asia-Europe Foudation, a Japan Foudation ou a Fullbright Foudation dos Estados Unidos; a Fundação FRIDE – Fundación de Relaciones Internacionales e Diálogo Exterior, a Fundação Carolina e o Real Instituto Elcano, de Espanha; o Instituto Superior de Estudos de Defesa (ISEDEF) de Moçambique; o Instituto de Ciências Sociais e Relações Internacionais, de Luanda; o NOREF - Norwegian Peacebuilding Resource Centre – da Noruega; o Instituto de Investigaciones Jurídicas (IIJ) da Universidad Nacional Autónoma de México; o Laboratoire Sociologie, philosophie, anthropologie politiques – Sophiapol da Université Paris Ouest Nanterre La Défense; o Institut d’études politiques (SciencesPo) de Paris; a International Political Science Association (IPSA); ou a International Studies Association (ISA); a Middle East Technical University de Ankara, Turquia; além de alguns organismos internacionais com relevo para a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a NATO e a UE (Comissão Europeia e Parlamento Europeu). Complementarmente, e contribuindo também para a exposição dos docentes, investigadores e alunos a ambientes internacionais, merecem referência os protocolos firmados pela UAL visando actividades cooperativas concretas na área das RI com outras universidades estrangeiras (de Espanha, Itália, França, Alemanha, Sérvia, Paraguai, República Dominicana, Brasil, México, Angola, Moçambique e Timor-Leste) a que se somam ainda muitos outros “Protocolos Erasmus” com dezenas de universidades europeias e extra-europeias (da Holanda ao Brasil, passando pela Espanha, Polónia ou Alemanha). 6. Chamamos ainda a atenção do CA da A3ES para a solidez do trabalho de formação desenvolvido pela UAL na área das RI, incluindo a licenciatura em RI e o Mestrado em Estudos da Paz e da Guerra na Novas Relações Internacionais, plenamente consolidados e amplamente prestigiados. É certamente isto que justifica algumas afirmações que a própria CAE produziu no seu relatório de avaliação deste Mestrado e que o CA da A3ES deveria considerar como, por exemplo, «A justificação para a oferta do novo ciclo de estudos radica na tradição da Instituição na área das RI, bem como no dinamismo que a mesma tem demonstrado através de iniciativas de natureza diversa... É evidente que o novo ciclo de estudos proposto tem em vista o reforço do Departamento de RI, o incremento do diálogo entre esta unidade orgânica e outros departamento da Instituição, e a consolidação da unidade de investigação OBSERVARE» (ponto 3.1.4.) ou ao sublinhar, entre muitos outros “pontos fortes”, «A tradição e a experiência da Instituição no domínio das RI, que este ciclo de estudos pretende reforçar. A conjugação frutuosa entre o ensino e a investigação que o ciclo de estudos deseja promover.» (ponto 3.2.4.). 7. Com a intenção de decisão de não aprovar este Mestrado, tal como a equivalente para o Doutoramento em Relações Políticas e Económicas Internacionais, o CA da A3ES não só contraria os pareceres das CAEs que nomeou como, fundamentalmente, desvaloriza um trabalho duradouro, profícuo e reconhecido, trabalho este que fez da área científica das RI uma das mais prestigiadas não só da nossa Universidade mas também da Academia portuguesa neste domínio. 8. Por tudo isto, e pelo demonstrado nos pontos anteriores, e de igual modo ao que solicitámos para o Doutoramento em Relações Políticas e Económicas Internacionais, esperamos a revisão da intenção de decisão relativa ao novo Mestrado em Relações Internacionais. 1 The reasons behind A3ES CA's intention to not accredit this Master's Program in International Relations are not justified; they go against the recommendation of the Committee of External Evaluation (CAE), use unfounded arguments and ignore the evaluation carried out by the experts A3ES appointed to assess this study cycle. 1.- CA’s first argument is that “The Institution does not comply with the legal requirements… in terms of the academic staff…”. The truth is that the Institution, and this study cycle in particular, fully comply with the legal requirements, namely in terms of the academic staff, as is expressly recognized by CAE in its report (paragraph 4.3.) «The academic staff complies with the legal requirements»! 2.- In an attempt to account for its argument, A3ES CA states that “the academic staff comprises 6 lecturers with a PhD, only 2 in the field of International Relations…”, thus suggesting that the number of lecturers with a PhD in the area of the Master’s is lacking. Firstly, this statement is puzzling because, as CAE itself assessed (paragraph 4.3 of the preliminary report), the academic staff, in a total of 10 lecturers, “comprises 8 lecturers holding a PhD, 5 of whom are full time lecturers. The percentage of lecturers who have been working in the institution for over 3 years is 80%”. On the other hand, and besides two lecturers with a PhD in International Relations (Luis Tomé and Miguel Neves), other four lecturers should be considered who not only hold a PhD but also a long list of publications in the scientific field of IR: - Brígida Brito has a PhD in “African Affairs”, obviously within the field of IR, and has a wide experience as a lecturer and as participant in international projects, some of which supported by FCT; - Soraya Nour Sckell holds a PhD in Law and a “Magistra Artium” in Philosophy, Sociology and Political Sciences by German universities; she also has wide experience and an international profile, her CV allowing her to be selected as FCT Researcher; - Sofia Santos also holds a PhD in Public International Law by the Faculty of Law, University of Saarland, Germany, she holds a Master’s in European Integration/European Law and Public International Law by the Europa-Institut, University of Saarland and an Undergraduate Degree in European Studies by Faculdade de Letras, University of Porto, Portugal; and - Luís Moita holds a PhD in Ethics, completed in 1967, when IR were not even considered a scientific field in Portugal and is a renowned researcher in IR, as CAE acknowledges, saying (in paragraph 1.2.2.) that «the coordinator of the proposed studies cycle, Prof. Luís Moita, is a reputed scholar in the field of IR and has wide teaching and research experience in the field”. Besides these six lecturers, others teach course units in this Master’s within their field of expertise: in Economics, Doutora Ana Furtado is responsible for the “Seminar on Internationalization of the Economy” and Doutor Manuel Farto and Mestre Henrique Morais for the CU “Trends in World Economy”; in the field of International Law, Mestre and PhD student Mateus Kowalski will lecture the CU “Trends in International Law”. 3.- Based on the previous evidence, we cannot understand another of A3ES CA’s argument that: “There are core course units assigned to lecturers who are not trained or do research and publish papers within the main scientific field of the studies cycle.” Though A3ES CA does not state it, we can infer from CAE recommendations that reference is being made to the Cus of “History of Thought in IR” and “Governance and Multilateralism”, assigned to be lectured by Soraya Nour Sckell and Sofia Santos. However, if A3ES CA had had access to the detailed CVs of both lecturers, it would have a different opinion. Soraya Nour Sckell has a wide experience and an international profile, both in terms of qualifications and in research and publications. She holds a PhD in Law by the Department of International Law, Universidade de São Paulo, Brazil, with a thesis entitled “O conceito de direito internacional em Kant e sua recepção na filosofia política do direito internacional e das 5nternac 5nternacionais” (“The concept of international law in Kant and its reception in political philosophy of international law and international relations”); she developed her research at Université Ludwig-Maximilians, Munich, Germany, and her title was recognized by Universidade de Porto (2007). She also holds a “Magistra Artium” in Philosophy, Sociology and Political Science by Johann Wolfgang Goethe-Universität, Frankfurt am Main. Currently, she is doing her post-doctorate at Sophiapol – Sociologie, philosphie, anthropology politiques Université Paris Ouest Nanterre La Défense. She has a wide experience as a lecturer as she has taught at the Universities of São Paulo, Brazil, of Munich (LMU), Metz and Lille, as well as in Collège International de Philosophie de Paris. She has published a number of papers in Portuguese, English, French and German on “thought in IR”, having been selected as FCT Researcher to coordinate the research project “The status of the human person in the global order across humanities and social sciences”. On the other hand, Sofia Santos holds a PhD in Public International Law by the Faculty of Law, University of Saarland, Germany; the title of her thesis is “A Reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas e o seu Impacto na Ordem Internacional” (“The Reform of the UN security Council and its Impact in International Order”); she has a Master’s in European Integration/European Law and Public International Law by Europa-Institut, Department of Legal Sciences, University of Saarland, Germany, with a dissertation entitled “O Conselho de Segurança das Nações Unidas e a NATO” (“The UN Security Council and NATO”). She holds an Undergraduate Degree in European Studies by Faculdade de Letras, University of Porto. Among other activities, she has worked in the General Consulate of Portugal in New York, in the Goethe-Institut in Porto, in the Euro Info Centre in Tassel, Germany, having been granted a Leonardo da Vinci (European Union) scholarship. She was Assistant Lecturer and Researcher in the Department of Political Science/International Relations and International Politics, Faculty of Social Sciences, Technical University of Kaiserslautern, Germany. She has presented and published several papers and is an associate researcher in several research centres and projects. She has, therefore, the adequate profile to lecture the CU “Governance and Multilateralism”. The truth is that these and the remaining lecturers of this Master’s Program do teach Cus within their areas of expertise and in accordance to their academic profile. Therefore, considering the IR is widely viewed as a multidisciplinary scientific field, A3ES CA should consider CAE’s affirmation in paragraph 4.5. of its report that “some core course units in the Master’s Program in IR are taught by lecturers who hold a PhD in the field”. This goes against what A3ES CA declares. 4.- Another of A3ES argument is the reduced number of scientific publications by the academic staff. On this matter there is again a lack of information, which may be due to the fact that the system does not allow the submission of the lecturers’ detailed CVs and lists of publications. The facts evidence the opposite. Indeed, all lecturers assigned to this studies cycle have published extensively (books and papers) in Portuguese and in foreign languages, including English, in national and international journals. 5.- To support its decision to not approve the Master’s Program, A3ES CA also states that “The Institution does not have a research centre recognized by FCT”. Once again, this statement is unfounded. Firstly, because this argument clearly exceeds the legal requirements stated in paragraph 2 of article 16 and paragraph 2 of article 57 of Decree-Law n.º 74/2006, of 24 March. On the other hand, theresearch unit OBSERVARE was not yet evaluated by FCT (which, as it is public, has not evaluated research units since 2007) but it is recognized at national and international levels by those who work in this field as well as by FCT, unlike what A3ES CA declares. FCT recognizes OBSERVARE, including through the approval of an Advanced Grant to the research project “The status of the human person in the global order across humanities and social sciences” by Soraya Nour, Integrated Researcher at OBSERVARE (and a lecturer of this Master’s); there is a five-year program contract to complete the project, OBSERVARE being the “host institution”. Moreover, in terms of the research unit OBSERVARE, we draw your attention to the website http://observare.ual.pt where more information is available on the work developed, including information on the researchers, the publications, the research projects and other scientific activities. In addition, there is institutionalized cooperation with Núcleo de Investigação em Ciência Política e Relações Internacionais (NICPRI), a research unit from Universidade do Minho recognized and evaluated as “Excellent” by FCT, which is not only involved in this Master’s Program but also in the PhD Program in International Political and Economic Relations. The Department of International Relations and OBSERVARE not only cooperate with NICPRI but have also partnerships with other institutions, some of which institutionalized, others less formal. These include national and foreign institutions and scientific and academic activities; courses, workshops, co-organized seminars, research projects developed in partnership, publications, exchange of lecturers, supervision or panel submission to international conferences. In Portugal, we would like to emphasize the work carried out with the IR centre of FEUCoimbra and with CES, also from the University of Coimbra; with ISEG; with ISCTE and Centro de Estudos Africanos (CEA); the Universities of Beira Interior, of Évora and Nova de Lisboa, ISCSP; IPRI, ICS, IEEI, Instituto para a Promoção e Desenvolvimento da América Latina (IPDAL), the Portuguese Security Studies Network (PT-SSN), APCP, Comissão de Relações Internacionais da Sociedade de Geografia de Lisboa Comissão Portuguesa do Atlântico (CPA), Eurodefense-Portugal, Centro Português de Geopolítica (CPG), Instituto de Estudos Superiores Militares (IESM) and Instituto da Defesa Nacional (IDN), In terms of internationalization, the Department of IR and OBSERVARE have working relations with a large number of institutions and foreign research centres, such as the Foundations Von Humboldt, the Asia-Europe Foundation, the Japan Foundation or the United States Fullbright Foundation ; FRIDE – Fundación de Relaciones Internacionales e Diálogo Exterior, Foundation Carolina and Real Instituto Volcano,Spain; Instituto Superior de Estudos de Defesa (ISEDEF) of Mozambique; Instituto de Valencias Sociais e Relações Internacionais, Luanda, Angola; NOREF – Norwegian Peacebuilding Resource Centre; Instituto de Investigaciones Jurídicas (IIJ) from Universidad Nacional Autónoma de México; Laboratoire Sociologie, philosophie, anthropologie politiques – Sophiapol of Université Paris Ouest Nanterre La Défense; Institut d’études politiques (SciencesPo) de Paris; International Political Science Association (IPSA); or International Studies Association (ISA); the Middle East Technical University of Ankara, Turkey; besides some international bodies, such as the World Labour Organization (WLO), NATO and the UE (the European Commission and the European Parliament). As a complement, and also assisting lecturers, researchers and students in being exposed to international environments, mention should be made to the protocols signed between UAL and foreign universities (from Spain, Italy, France, Germany, Serbia, Paraguay, Dominican Republic, Brazil, Mexico, Angola, Mozambique and East Timor), besides “Erasmus Protocols” with dozens of European and non-European universities (from Holland to Brazil, from Spain to Poland and Germany). 6.- We draw A3ES CA’s attention to the substantial training developed at UAL in the field of IR, including the Undergraduate Degree in IR, the Master’s Program in Peace and War Studies in New International Relations, completely consolidated and widely praised. This substantiates some of the statements by CAE in its evaluation report on the Master’s and that A3ES CA should take into consideration such as, for example, “The proposal for a new studies cycle is justified by the Institution’s tradition in the field of IR as well as by the dynamics it has evidenced through several different activities… The proposed new studies cycle aims to strengthen the Department of IR, fostering the dialogue between this organic unit and other departments within the Institution while simultaneously consolidating the research unit OBSERVARE” (paragraph 3.1.4.) or when it emphasizes that, among other “strengths” “The Institution’s tradition and experience in the field of IR, which this studies cycle aims to strengthen. The fruitful mixing of teaching and research which this studies cycle aims to promote.” (paragraph 3.2.4.). 7.- A3ES CA's intention not to approve this Master's, as well as the PhD Program in International Political and Economic Relations not only goes against the opinions of the CAEs it appointed but also devalues a long-lasting, fruitful and acknowledged work in the scientific field in IR, one of the most prestigious scientific fields of our University and of Portuguese academia within this area. 8.- For all these reasons, and as we requested in terms of the PhD Program in International Political and Economic Relations, we expect that the intention to not accredit the Master's Program in International Relations be revised. 1 1