INFLUÊNCIA DAS FORÇANTES ATMOSFÉRICAS EM MESOESCALA SOBRE O NÍVEL MÉDIO DO MAR EM PIRAQUARA, RJ António Jorge Raul Uaissone TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS EM ENGENHARIA OCEÂNICA. Aprovada por: ________________________________________________ Prof. Cláudio Freitas Neves, Ph.D. ________________________________________________ Profa. Enise Maria Salgado Valentini, D.Sc ________________________________________________ Prof. Afonso de Moraes Paiva, Ph.D. ________________________________________________ Prof. Isimar de Azevedo Santos, D.Sc. RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL AGOSTO DE 2004 UAISSONE, ANTÓNIO JORGE RAUL Influência das forçantes atmosféricas em mesoescala sobre o nível médio do mar em Piraquara XII, 138 p. 29,7 cm (COPPE/UFRJ, M.Sc., Engenharia Oceânica, 2004) Tese - Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE 1. Interação Oceâno Atmosfera 2. Nível Médio do Mar 3. Piraquara I. COPPE/UFRJ II. Título ( série ) II Este trabalho é dedicado aos meus pais José Raul Uaissone e Maria Lúcia Paulene III AGRADECIMENTOS • Em primeiro lugar gostaria de agradecer ao professor Claudio F. Neves, pelo apoio incondicional e a flexibilidade com quem sempre acompanhou desde o processo de candidatura ao mestrado, adaptação ao Rio de Janeiro, a contínua assistência na minha formação, assim como a confiança que depositou em mim desde o começo do curso, muito obrigado. • Também quero manifestar o meu agradecimento ao Professor Isimar de Azevedo Santos, pelas valiosas ideias, atensão e acompanhamento ao longo de toda a preparação dos dados meteorológicos. • Ao professor Carlos Eduardo Parente, vão os meus cinceros agradecimentos pela sua disposição e contribuição com idéias que tiveram um papel importante sobre a análise espectral, muito obrigado. • Quero agradecer de uma forma geral a todos os professores da Área de Engenharia Costeira e Oceanográfica, pela grande contribuição à minha formação nesta universidade. • Agradeço também a todos os meus colegas das diversas turmas da Área de Engenharia Costeira e Oceanográfica pelo apoio científico, moral e pela grande amizade construída ao longo do curso. • Vão os meus agradecimentos especiais às secretárias do Programa de Engenharia Oceânica, nas pessoas de Marise Cardoso dos Santos e Glace Farias, pelo incentivo e apoio incondicional ao longo destes anos de convivência no Programa. • Agradeço aos amigos, Jorge, Marília, Noel, Cláudio, César e a todos os Moçambicanos residentes no Rio de Janeiro, pelo companheirismo e apoio prestado. • Vão os meus agradecimentos especiais a Alessandra C. de Sousa, por tudo, muito abrigado. • Por fim agradeço ao programa PEC-PG do Governo Brasileiro, através da CAPES, que me concedeu a bolsa de estudos para a realização do curso de Mestrado na COPPE/UFRJ e ao Programa CAPES/PROCAD 0144/01-0, que permitiu também várias atividades complementares à formação do mestrado. IV Resumo da Tese apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M.Sc.) INFLUÊNCIA DAS FORÇANTES ATMOSFÉRICAS EM MESOESCALA SOBRE O NÍVEL MÉDIO DO MAR EM PIRAQUARA, RJ António Jorge Raul Uaissone Agosto de 2004 Orientador: Prof. Claudio Freitas Neves Programa: Engenharia Oceânica O trabalho investiga as variações do nível médio do mar (NMM)em Piraquara (RJ) devido a perturbações atmosféricas em mesoescala na região oceânica sul e sudeste do Brasil. Os dados do nível do mar foram submetidos a um processo de verificação e consistência, em seguida foram validados com ajuda dos níveis previstos pelo programa Pacmaré (FRANCO, 1992). Para a pressão e ventos, foram usados dados das reanálises do NCEP. Foi usado o filtro passa-baixa otimizável de Thompson para remover altas freqüências nos dados em causa. Ao contrário do habitual uso de trimestres em estudos climatológicos, neste trabalho foram consideradas partições do ano centradas em solstícios e equinócios. Sobre os resultados da análise estatística no domínio do tempo, viu-se que o nível médio do mar tem atrasos em relação aos efeitos da pressão e da tensão do vento. A análise espectral, no domínio da freqüência, mostrou que, nosperíodos de equinócios, os picos altos de energia estão em freqüências relativamente mais baixas e que nos períodos centrados nos solstícios se apresentam na banda de freqüências das frentes frias. E pontos de pressão sob influências continentais são pouco coerentes com as variações do NMM em Piraquara, por outro lado, os efeitos da componente longitudinal à costa são bem notórios sobre o NMM. Propõe-se a estudos do anticiclone subtropical no Atlântico Sul a fim de identificar prováveis fenômenos que expliquem a ocorrência de picos altos de energia em baixas freqüências, também identificar os tipos de frentes frias que afetam a região sul e sudeste do Brasil uma vez que têm impactos diferentes ao longo da região costeira. V Abstract of Thesis presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the requirements for the degree of Master of Science (M.Sc.) INFLUENCE OF MESOSCALE ATMOSPHERIC FORCING ON MEAN SEA LEVEL AT PIRAQUARA, RJ António Jorge Raul Uaissone August 2004 Advisor: Prof. Claudio Freitas Neves Department: Ocean Engineering The work refers to variations of the mean sea level (MSL) in Piraquara (RJ) due to mesoscale atmospheric disturbances in the South and Southeast Brazil oceanic area. The sea level data were submitted to a verification and consistence process, and then they were validated with the help of predicted levels by the software Pacmaré (FRANCO, 1992). For the pressure and wind velocities, the NCEP re-analysis data was used. Thompson's low pass optimizable filter was used to remove high frequencies in the data. Differently to the habitual use of quarters of year in climatologic studies, in this work partitions of the year centered in solstice and equinox were considered. About the results of the statistical analysis in the time domain, it was seen that MSL response has time delays with respect to atmospheric pressure and wind stress. The spectral analysis, in the frequency domain showed that during the equinox centered days the high peaks of energy are in relatively lower frequencies than in the solstice period, and they appear in the same frequency band as that of the cold fronts. Pressure points under continental influences present little coherent with the MSL variations in Piraquara, on the other hand, the effects of the longitudinal component to the coast are very well-known on the mean sea level. It is proposed to study the subtropical anticyclone in the South Atlantic Ocean in order to identify probable phenomena that explain the occurrence of high energy picks in low frequencies, as well as identify types of cold fronts which reach South and Southeast regions of Brazil, since they have diferente impacts on the coastal region. VI Índice Analítico CAPÍTULO I INTRODUÇÁO..................................................................................................1 CAPÍTULO II O FENÔMENO FÍSICO ...................................................................................4 II.1. II.2. II.3. II.4. II.5. II.6. Nível do mar ..............................................................................................................4 Influência das perturbações atmosféricas sobre o nível do mar ................................6 Modelo matemático ...................................................................................................7 Força do gradiente de pressão ...................................................................................9 Relação entre frentes frias e seiches ........................................................................10 Efeito da tensão do vento.........................................................................................12 CAPÍTULO III FUNDAMENTOS MATEMÁTICOS...........................................................15 III.1. III.2. III.3. III.4. III.5. Filtro passa-baixa ótimo de Thompson ...................................................................15 Análise estatística no domínio do tempo.................................................................20 Análise espectral no domínio da freqüência............................................................22 Transformada discreta de Fourier............................................................................24 Função de densidade espectral cruzada ...................................................................25 CAPÍTULO IV METODOLOGIA..........................................................................................27 IV.1. IV.2. IV.3. IV.4. IV.5. IV.6. Descrição e consistência de dados maregráficos.....................................................27 Uso dos dados meteorológicos ................................................................................29 Filtragem numérica..................................................................................................31 Cálculo do nível médio do mar................................................................................34 Cálculos das estatísticas no domínio do tempo .......................................................35 Cálculo no domínio da freqüência...........................................................................35 CAPÍTULO V RESULTADOS ..............................................................................................36 V.1. V.2. V.3. V.4. vento. V.5. V.6. V.7. Localização da área de estudo .................................................................................36 Caracterização climática dos ventos e da pressão na baía da Ilha Grande .............37 Descrição e consistência dos dados .........................................................................38 Resultados da filtragem numérica e a relação entre o NMM, Pressão e Tensão do 41 Resultados sobre a estatística básica .......................................................................47 Resultados da estatística no domínio do tempo.......................................................50 Análise estatística no domínio da freqüência ..........................................................54 CAPÍTULO VI DISCUSSÃO DE RESULTADOS................................................................79 VI.1. VI.2. VI.3. VI.4. Caracterização do regime de ventos ........................................................................79 Análise dos resultados no domínio do tempo..........................................................79 Distribuição estatística do NMM.............................................................................81 Análise dos resultados no domínio da freqüência ...................................................82 CAPÍTULO VII CONCLUSÕES............................................................................................84 CAPÍTULO VIII RECOMENDAÇÕES .................................................................................87 CAPÍTULO IX REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..........................................................88 ANEXO -A PROGRAMAS PARA TRATAMENTO DE DADOS METEOROLÓGICOS94 VII PEGACDC2.PL: Baixa os dados do NCEP .................................................................. 94 PREPARA_1.SH: Transformação dos arquivos em netcdf para o grib criando descritores ctl, index e idx. ............................................................................................ 97 PREPARA_2.GS: Uso do pacote GrADS..................................................................... 98 FAZ_PLANILHA.F: Edição de arquivos na forma de séries temporais de pressão e componentes do vento. ................................................................................................ 105 ANEXO-B PROGRAMAS PARA O TRATAMENTO DE DADOS MAREGRÁFICOS.109 Filtro ótimo de Thompson para diferentes deltas ..............................................................109 Cálculo de Nível médio do mar.........................................................................................116 Cálculo da probabilidade do NMM ...................................................................................118 Calculo de coeficientes ACF, PACF .................................................................................120 ANEXO - C PROGRAMA PARA ESTUDO ESTATÍSTICO NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA......................................................................................................................122 Análise espectral................................................................................................................122 ANEXO - D GRÁFICOS DE RESULTADOS DE ACF E PACF ......................................125 Para fins de previsão de séries temporais ..........................................................................125 ANEXO -E CORRELAÇÕES CRUZADAS ENTRE O NMM/PRESSÃO E NMM/COMPONENTES DA TENSÃO DO VENTO..........................................................129 ANEXO – F DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA FASE ENTRE O NMM/PRESSÃO, NMM/COMPONENTES DA TENSÃO DO VENTO EM DETERMINADAS FREQUÊNCIAS....................................................................................................................136 VIII Índice de Figuras Figura II-1 - Ciclo da maré produzido por movimentos relativos da Lua e do Sol em intervalos de 14,8 dias. Equilíbrio de marés combinado para produzir altas nas Luas Cheia e Nova, baixas nas Luas de primeiro e quarto minguante (Pugh, 1987)............... 5 Figura II-2 - Dois tipos de frentes frias freqüentes na geração de seiches (JONG et al., 2003) ....................................................................................................................................... 12 Figura III-1- Filtros passa-baixa optimizáveis de Thompson................................................ 16 Figura III-2-Curvas de resposta do filtro de médias móveis ................................................. 19 Figura III-3- Ilustrativa da permanência da série no tempo .................................................. 21 Figura IV-1- Fluxograma do roteiro do método de consistência dos dados maregráficos, modificado de Kalil (1999)............................................................................................ 28 Figura IV-2-Fluxograma da rotina de preparação dos dados de reanálise. ........................... 30 Figura IV-3 –Curva de fator de resposta do filtro ótimo de Thompson calculado para Piraquara Ω1=6,40/h e Ω2=11,20/h e 241 pesos. ............................................................ 33 Figura IV-4-Curva de fator de resposta do filtro ótimo de Thompson, reproduzido para séries observadas de 6 em 6 horas em Piraquara com Ω1=38,40/6h eΩ2 = 67,20/6h e 41 pesos .............................................................................................................................. 34 Figura V-1 Localização da estação maregráfica e a área do mar aberto coberta pela grade dos pontos de 1 a 6 reportando o vento e de 7 a 12 reportando a pressão de dados de reanálise , modificado de DHN (2000).......................................................................... 36 Figura V-2-Anomalias encontradas freqüentemente ao longo do processo de análise: a) problema na pena (observador novo); b) bóia presa; c) instrução de observador; d) Problema no relógio ...................................................................................................... 39 Figura V-3-Ajuste da série observada do nível do mar com as leituras da régua. ................ 40 Figura V-4-Séries observada, prevista e NMM centrada no equinócio de outono de 1999.. 41 Figura V-5-Série observada, prevista e NMM centradas no solstício de inverno de 1999 ... 42 Figura V-6-Série observada, prevista e NMM centrada no equinócio de primavera de 1999 ....................................................................................................................................... 42 Figura V-7-Comparação entre os parâmetros atmosféricos nos pontos indicados na figura V1 e o NMM no equinócio de outono de 1999. ............................................................... 43 Figura V-8-Comparação entre os parâmetros atmosféricos nos pontos indicados na figura V1 e o NMM no solstício de inverno de1999. ................................................................. 43 Figura V-9-Comparação entre os parâmetros atmosféricos nos pontos indicados na figura V1 e o NMM no equinócio de primavera de 1999........................................................... 44 Figura V-10- Eventos significativos de frentes frias (1, 2) e sistemas sinóticos de baixa pressão (3, 4) em maio de 1999..................................................................................... 45 Figura V-11-Frentes e sistemas sinóticos de baixa pressão mais evidentes na região de estudo com dados do NCEP, para maio de 1999........................................................... 45 Figura V-12- Meteoromarinhas apresentando os cavados e sistemas sinóticos de baixa pressão, mais evidentes na região de estudo em maio, (DHN, 1999). .......................... 46 Figura V-13- Monitoramento das frentes frias na região oceânica Sul e Sudeste do Brasil em maio de 1999 (INPE, 1999)........................................................................................... 47 Figura V-14-Correlação cruzada entre o NMM e a pressão no ponto 11 como mostra o mapa na página 35 para o ano de 1999. .................................................................................. 51 IX Figura V-15-Correlação cruzada entre o NMM e a componente zonal da tensão no ponto 5 mostrado no mapa da página 35 para o ano de 1999..................................................... 52 Figura V-16- Correlação cruzada entre o NMM e a componente meridional da tensão no ponto 5 mostrado no mapa da página 35 para o ano de 1999........................................ 52 Figura V-17-Curva de densidade de probabilidade do NMM em classes de (5 cm) para o ano de 1999. ......................................................................................................................... 53 Figura V-18-Curva de permanência do NMM em classes de (5 cm) para o ano de 1999 .... 53 Figura V-19- Espectro cruzado entre o NMM e a pressão para JFM de 1999, com intervalo de confiança de 95%...................................................................................................... 54 Figura V-20- Espectro cruzado entre o NMM e as componentes zonais da tensão para JFM de 1999, com intervalo de confiança de 95%................................................................ 55 Figura V-21-Espectro cruzado entre o NMM e as componentes meridionais da tensão para JFM de 1999, com intervalo de confiança de 95%........................................................ 55 Figura V-22-Espectro cruzado entre o NMM a pressão centrada no equinócio de outono de 1999, com intervalo de confiança de 95%..................................................................... 57 Figura V-23-Coerência entre o NMM e a pressão centrada no equinócio de outono de 1999, com intervalo de confiança de 95%............................................................................... 57 Figura V-24-Fase entre o NMM e a pressão centrada no equinócio de outono de 1999, com intervalo de confiança de 95%....................................................................................... 58 Figura V-25-Espectro cruzado entre o NMM e as componentes zonais da tensão centrada no equinócio de outono de 1999, com intervalo de confiança de 95%. ............................. 58 Figura V-26-Coerência entre o NMM e as componentes zonais da tensão centrada no equinócio de outono de 1999, com intervalo de confiança de 95%. ............................. 59 Figura V-27 Fase entre o NMM e as componentes zonais da tensão centrada no equinócio de outono de 1999, com intervalo de confiança de 95%.................................................... 59 Figura V-28-Espectro cruzado entre o NMM e as componentes meridionais da tensão centrada no equinócio de outono de 1999, com intervalo de confiança de 95%........... 60 Figura V-29-Coerência entre o NMM e as componentes meridionais da tensão centrada no equinócio de outono de 1999, com intervalo de confiança de 95%. ............................. 60 Figura V-30 Fase entre o NMM e as componentes meridionais da tensão centrada no equinócio de outono 1999, com intervalo de confiança de 95%. .................................. 61 Figura V-31-Espectro cruzado entre o NMM e a pressão, centrado no solstício de inverno de 1999, com intervalo de confiança de 95%.................................................................... 64 Figura V-32-Coerência entre o NMM e a pressão centrada no solstício de inverno de 1999, com intervalo de confiança de 95%............................................................................... 64 Figura V-33 Fase entre o NMM e a pressão centrada no solstício de inverno de 1999, com intervalo de confiança de 95%....................................................................................... 65 Figura V-34-Espectro cruzado entre o NMM e as componentes zonais da tensão centrada no solstício de inverno de 1999, com intervalo de confiança de 95%................................ 65 Figura V-35-Coerência entre o NMM e as componentes zonais da tensão centrada no solstício de inverno de 1999, com intervalo de confiança de 95%................................ 66 Figura V-36 Fase entre o NMM e as componentes zonais da tensão centrada no solstício de inverno de 1999, com intervalo de confiança de 95%................................................... 66 Figura V-37-Espectro cruzado entre o NMM e as componentes meridionais da tensão centrado no solstício de inverno de 1999, com intervalo de confiança de 95%............ 67 Figura V-38- coerência entre o NMM e as componentes meridionais da tensão centrada no solstício de inverno de 1999, com intervalo de confiança de 95%................................ 67 X Figura V-39 Fase entre o NMM e as componentes meridionais da tensão centrada no solstício de inverno de 1999, com intervalo de confiança de 95%................................ 68 Figura V-40-Espectro cruzado entre o NMM e a pressão centrado no equinócio de primavera de 1999, com intervalo de confiança de 95%............................................... 73 Figura V-41- Coerência entre o NMM e a pressão centrada no equinócio de primavera de 1999 com intervalo de confiança de 95%...................................................................... 73 Figura V-42 -Fase entre o NMM e a pressão centrada no equinócio de primavera de 1999 com intervalo de confiança de 95%............................................................................... 74 Figura V-43-Espectro cruzado entre o NMM e as componentes zonais da tensão centrado no equinócio de primavera de 1999 com intervalo de confiança de 95%. ......................... 74 Figura V-44-Coerência entre o NMM e as componentes zonais da tensão centrado no equinócio de primavera de 1999, com intervalo de confiança de 95%. ........................ 75 Figura V-45- Fase entre o NMM e as componentes zonais da tensão centrada no equinócio de primavera de 1999, com intervalo de confiança de 95%.......................................... 75 Figura V-46-Espectro cruzado entre o NMM e as componentes meridionais da tensão centrado no equinócio de primavera de 1999, com intervalo de confiança de 95%. ... 76 Figura V-47-Coerência entre o NMM e as componentes meridionais da tensão centrado no equinócio de primavera de 1999, com intervalo de confiança de 95%. ........................ 76 Figura V-48- Fase entre o NMM e as componentes meridionais da tensão centrada no equinócio de primavera de 1999, com intervalo de confiança de 95%. ........................ 77 Figura VI-1- Localização da estação maregráfica e a área do mar aberto coberta pela grade dos pontos de coleta de dados de reanálise, onde os números 1 a 6 representam pontos de ventos e 7 a 12 representam pontos de pressão, modificado de Pugh (1987)........... 80 XI Índice de Tabelas Tabela IV-1- Constantes harmônicas. ................................................................................... 28 Tabela IV-2-Pesos do filtro de Thompson calculados para Piraquara .................................. 32 Tabela IV-3-Filtro de Thompson reproduzido para séries .................................................... 33 Tabela V-1 - Cordenadas geográficas dos pontos de pressão e tensões de vento ................. 37 Tabela V-2 Estatística básica do NMM................................................................................. 48 Tabela V-3 Estatística básica das séries de pressões............................................................. 48 Tabela V-4 Estatística básica das séries de pressões filtradas............................................... 48 Tabela V-5 Estatística básica das componentes da tensão de vento...................................... 49 Tabela V-6 Estatística básica das componentes da tensão de vento filtradas ....................... 50 Tabela V-7 Resumo das características da análise espectral cruzada entre o NMM e a pressão nos pontos considerados e centrados no equinócio de outono de 1999 ........... 61 Tabela V-8 Resumo das características da análise espectral cruzada entre o NMM e as componentes zonais da tensão nos pontos considerados e centrados no equinócio de outono de 1999 .............................................................................................................. 62 Tabela V-9 Resumo das características da análise espectral cruzada entre o NMM e as componentes meridionais da tensão nos pontos considerados e centrados no equinócio de outono de 1999 ......................................................................................................... 62 Tabela V-10 Resumo das características da análise espectral cruzada entre o NMM e a pressão nos pontos considerados e centrados no solstício de inverno de 1999............. 69 Tabela V-11 Resumo das características da análise espectral cruzada entre o NMM e as componentes zonais da tensão nos pontos considerados e centrados no solstício de inverno de 1999. ............................................................................................................ 70 Tabela V-12- Resumo das características da análise espectral cruzada entre o NMM e as componentes meridionais da tensão nos pontos considerados e centrados no solstício de inverno de 1999 ............................................................................................................. 71 Tabela V-13 Resumo das características da análise espectral cruzada entre o NMM e a pressão nos pontos considerados e centrados no equinócio de primavera de 1999 ...... 77 Tabela V-14 Resumo das características da análise espectral cruzada entre o NMM e as componentes zonais da tensão nos pontos considerados e centrados no equinócio de primavera de 1999 ......................................................................................................... 78 Tabela V-15 Resumo das características da análise espectral cruzada entre o NMM e as componentes meridionais da tensão nos pontos considerados e centrados no equinócio de primavera de 1999 .................................................................................................... 78 XII CAPÍTULO I INTRODUÇÁO A interação oceano-atmosfera é um sistema difícil de separar a causa e o efeito, uma vez que a dinâmica entre os dois fluidos se mantém em equilíbrio. Olhando para o oceano, são observados movimentos ondulatórios em simultâneo, uns variando na ordem de segundos, como as ondas de vento, e outros na ordem de horas, como as ondas de maré, podendo então se observar o nível da água do mar atingir pontos mais altos na costa assim como pontos mais baixos e na ordem de dias que são as variações do NMM, que se devem a vários fatores, entre eles efeitos de sistemas de baixa pressão e ocorrência de frentes frias. Esses movimentos oscilatórios associados a vários outros fatores, entre eles a elevação do nível médio do mar (NMM) devido às mudanças climáticas da atmosfera sobre o Altântico Sul, em conjunto fazem com que a linha costeira mude de posição continuamente. A título de exemplo, vários estudos já mostraram a dificuldade em prever o NMM com o método harmônico clássico na presença de sistemas meteorológicos de baixa pressão, acompanhados ou não de frentes frias, como na entrada da baía de Galveston no Texas ( COX e TISSOT, 2002), na região portuária de Rotterdam na Holanda (JONG et al. 2003), na plataforma continental de Louisiana-Texas (CHUANG e WISEMAN, 1983). Para o Brasil, nas regiões Sul e Sudeste foram feitos vários estudos que também levaram em consideração a influência de parâmetros atmosféricos. SILVA (1992) fez menção às causas, às conseqüências e à metodologia de análise ao estudar a variação de longo período do nível médio do mar na Ilha Fiscal, baía de Guanabara RJ, de 1965 à 1986. PAIVA (1993) estudou as variações do nível médio do mar em Arraial do Cabo, em 1991, e estabeleceu possíveis correlações com as variações observadas na Ilha Fiscal, bem como com os efeitos meteorológicos de vento, pressão atmosférica e com a temperatura da água. CASTRO e LEE (1995) estudaram a variabilidade do nível do mar associada a ondas costeiras confinadas na plataforma continental da região Sudeste do Brasil de agosto a novembro de 1978. TRUCCOLO (1998) estudou a relação entre a maré meteorológica e as forçantes atmosféricas locais em São Francisco do Sul de agosto a dezembro de 1996. KALIL (1999), deu suas contribuições ao estudo do nível médio do mar no Estado do Rio 1 de Janeiro ao caracterizar o comportamento espaço-temporal do nível médio do mar, com uma base de dados composta de séries de nível médio do mar de seis estações para o ano de 1996. MARILIA MITIDIERI (2004, comunicação pessoal), está conduzindo estudos para prever a resposta do nível médio do mar às forçantes atmosféricas, nomeadamente pressão e ventos, no município de Paranaguá no estado de Paraná entre 1997 e 1999, utilizando redes neurais. Neste trabalho, pretende-se continuar a linha de pesquisa sobre as variações do nível médio do mar no Estado do Rio de Janeiro com maior ênfase na influência da pressão e do vento em mesoescala. O presente trabalho tem como objetivos específicos determinar a distribuição de probabilidade do NMM em Piraquara; estudar o tempo de resposta do NMM em relação aos efeitos da pressão e da tensão do vento na região de Angra dos Reis; analisar a influência dos parâmetros atmosféricos regionais sobre a variação do NMM. A área de estudo se localiza ao longo do litoral sul do Estado do Rio de Janeiro, coberta pelas seguintes coordenadas geográficas, latitudes de 23° 1’2”S e 27° 5’0”S e longitudes 40° 0’0”W até cerca de 47° 5’ 0”W, e na marina de Piraquara (23° 1’2”S e 44° 26’4’’W), no município de Angra dos Reis onde se encontra instalado o marégrafo que forneceu dados de níveis do mar. A baía da Ilha Grande, está sob influência do clima de ventos locais, devido ao caráter do relevo tipicamente acidentado que muda os padrões de circulação das massas de ar ao chegar na enseada de Piraquara com ventos relativamente baixos (FRANCO et al, 2002 e FRANCO et al, 2003) e também o efeito do ciclo diurno que tem grande influência sobre a pressão. Por outro lado, a baía da Ilha Grande está também sob efeito de perturbações atmosféricas remotas. No capítulo II, é feita a abordagem teórica sobre os fenômenos físicos de vários conceitos que num todo se referem aos processos de interação oceano-atmosfera em causa neste estudo. Segundo a abordagem da metodologia matemática, no capítulo III, é descrito o emprego do filtro passa-baixa de Thompson, análise estatística no domínio do tempo, análise espectral no domínio da freqüência; nesta fase para os processos estocásticos são consideradas funções de correlação cruzada, transformada discreta de Fourier, função de densidade espectral cruzada, e a fase entre os processos assim como a coerência. No capítulo IV é apresentada à metodologia empregada no trabalho de forma a responder os objetivos anteriormente citados. A sua introdução é feita com uma descrição e 2 estudo da consistência dos dados maregráficos assim como meteorológicos. Mais adiante é apresentada a forma do uso do filtro passa-baixa descrito no capítulo III, que envolve o procedimento do cálculo dos níveis médios da série observada do nível do mar e das séries meteorológicas. São feitas estatísticas nos domínios do tempo e da freqüência onde são caracterizadas as densidades espectrais cruzadas entre o NMM e as componentes da tensão do vento assim como a pressão. No capítulo V são apresentados os resultados obtidos com a metodologia proposta no capítulo IV. Inicia com uma breve apresentação do local de estudo, em seguida é apresentado e descrito o resultado do processo de controle de qualidade dos dados maregráficos assim como atmosféricos. São apresentados também os pesos do filtro passabaixa de Thompson, e suas respectivas freqüências de corte, as estatísticas no domínio do tempo assim como da freqüência, e resultados da identificação e estimação das séries. No capítulo VI são feitas análises e considerações sobre os resultados apresentados no capítulo V. Quanto ao capítulo VII, de uma forma geral são feitas conclusões sobre o trabalho de acordo com os objetivos traçados. No capítulo VIII, são apresentadas recomendações e propostas para futuras pesquisas do gênero. O capítulo IX encerra com uma lista de referências bibliográficas usadas ao longo da pesquisa. 3 CAPÍTULO II O FENÔMENO FÍSICO II.1. Nível do mar “O nível do mar é, dentre as medições oceanográficas a que sintetiza as influências de vários processos oceânicos, incluindo efeitos devido às correntes marinhas, efeitos meteorológicos, efeitos devido ao geopotencial terrestre, contornos oceânicos assim como os efeitos das forçantes astronômicas”, (MESQUITA, 1997). Nos últimos anos, as observações do nível do mar têm sido largamente usadas para estudos de baixa freqüência da dinâmica na plataforma continental e sua relação com as forçantes atmosféricas (WANG, 1979; SANDSTTROM, 1980; CHÃO E PIETRAFESA, 1980 apud CHUANG, W.S e WISEMAN, W.J.Jr, 1983). A elevação e o abaixamento do nível do mar na costa é também uma conseqüência do gradiente de pressão que cruza a plataforma continental e o balanço geostrófico com uma corrente barotrópica ao longo da costa (SMITH, 1974 apud CHUANG, W.S e WISEMAN, W.J.Jr, 1983). Deste modo, o nível do mar, ventos ao longo da costa e correntes geralmente aparecem mutuamente coerentes na região onde a força dos ventos locais é dominante (CHUANG et al., 1979, apud CHUANG, W.S e WISEMAN, W.J.Jr, 1983). Olhando ao longo do norte do Golfo do México, a linha costeira fica na direção leste-oeste e à perturbação dominante na escala sinótica, nestas áreas, é a frente fria de inverno a qual se propaga de noroeste para sudeste com um intervalo de recorrência de 4 a 7 dias (ANGELOVIC, 1976) apud CHUANG, W.S e WISEMAN, W.J.Jr (1983) associada a passagens frontais que fazem um campo giratório no qual os modos dominantes são perpendiculares a costa (onshore-offshore), por causa da combinação particular geográfica espacial e das condições de tempo. TISSOT e MICHAUD (2002) mostraram em seus estudos que por si só a análise harmônica convencional não era suficiente para prever as variações do nível da água na costa da entrada da baía de Galveston na presença de forçantes meteorológicas. 4 Para a região sudeste do Brasil, a flutuação da direção e intensidade dos ventos associada à pronunciada variação da pressão atmosférica devido à passagem da frente fria que ocorreu durante a sizígia, entre 25 de dezembro de 1979 e 6 de janeiro de 1980, “produziu uma variação da maré diária de cerca de 2 metros e no nível médio diário na ordem de 70 centímetros o que causou um efeito devastador com as águas adentrando as cidades costeiras em toda a região sudeste do Brasil”, (MESQUITA et al.. 1989). É conhecida como maré astronômica, a variação periódica do nível do mar devido à influência da ação combinada dos movimentos de rotação e atração gravitacional que a Lua e o Sol exercem continuamente sobre o globo terrestre. Este processo físico pode ser representado matematicamente através da análise harmônica como o somatório de várias constituintes harmônicas dadas pela seguinte equação η (t ) = N N =1 An cos(σ n t − g n ) (2.1) onde An é a amplitude, σn velocidade angular, gn é a fase obtida a partir de argumentos astronômicos. As máximas variações ocorrem na sizígia (Lua Nova e Lua Cheia), quando a Terra se encontra alinhada na mesma direção com o Sol e a Lua e as mínimas variações ocorrem quando estes três astros fazem um ângulo de 900 entre si, posições que se denominam de Quarto Minguante e Quarto Crescente, como mostra a figura II-1, Figura II-1 - Ciclo da maré produzido por movimentos relativos da Lua e do Sol em intervalos de 14,8 dias. Equilíbrio de marés combinado para produzir altas nas Luas Cheia e Nova, baixas nas Luas de primeiro e quarto minguante (Pugh, 1987). 5 Geralmente a maré astronômica prevista difere dos registros de maré observada no mesmo local, devido ao impacto que os efeitos meteorológicos têm sobre as oscilações do nível do mar. Tais efeitos sobre o nível do mar são causados pelas variações da pressão atmosférica, presença de sistemas de baixa pressão acompanhados ou não de frentes frias, empilhamento ou diminuição da água junto à costa devido à ação do vento, assim como a acumulação da água pela ação das ondas geradas próximo ou distantes da área em causa. Os agentes meteorológicos podem causar variações no nível médio do mar de centímetros até poucos metros. A escala temporal do fenômeno varia desde algumas horas até vários dias. Perturbações de longa duração podem ser detectadas passando um filtro passa baixa sobre os dados maregráficos observados, eliminando assim as oscilações diurnas, semi-diurnas (freqüências de maré astronômica) não obstante, as componentes meteorológicas de escala de tempo menores de que um dia também são eliminadas. Estudos para períodos de curta duração têm sido feitos, como o de JONG (2004) que estudou a geração de seiches pelos fenômenos atmosféricos na região portuária de Rotterdam, Holanda. II.2. Influência das perturbações atmosféricas sobre o nível do mar Os movimentos regulares da maré, modificam-se continuamente para maiores ou menores extensões devido a vários efeitos, entre eles a atração gravitacional do sistema Terra-Sol-Lua, rotação e declinação da Terra, aquecimento global da atmosfera. Quanto a trocas de energia entre a atmosfera e os oceanos, ocorrem em várias escalas temporais e espaciais desde a geração de curtos períodos de ondas de vento até condições extremas do clima pelas transferências de calor no sentido polar e pela inércia térmica dos oceanos. O nível médio do mar em águas rasas é bastante sensível às perturbações meteorológicas, assim sendo quando várias tempestades atuam sobre essas águas coincidindo com a sizígia, o nível do mar é elevado, chegando a produzir níveis altos que chegam a causar enchentes ao longo da costa (BARRY e CHORLEY, 1985). Contudo destaca-se o efeito das tempestades tropicais que são de curta duração e muito intensas, geradas no mar e que se movem de uma forma relativamente imprevisível 6 até encontrar a costa, produzindo assim níveis excepcionalmente altos de cheias em regiões confinadas. Por outro lado, a geração de seiches por perturbações atmosféricas foi estudada pela primeira vez para a baia de Nagazaki no Japão (HIBIYA e KAJIURA, 1982, apud JONG et al., 2003), foram posteriormente estudadas por vários autores na enseada de Ciutadella, nas ilhas Baleares, onde foram encontradas boas correlações entre as flutuações da pressão atmosférica e a intensidade de seiches dentro da enseada. VIDAL et al, (2001, apud JONG at al., 2003) mostraram com simulações numéricas forçadas pelas flutuações da pressão observada, que seiches são geradas por uma onda atmosférica entre as duas ilhas Baleares. (CANDELA et al., 1999, apud JONG at al., 2003) estudaram a geração atmosférica de seiches nos portos próximos ao estreito da Cecília, Itália. Nestes seiches se pôde encontrar a coincidência com a passagem de sistemas de baixa pressão. Contudo simulações numéricas conduzidas por sistemas de baixa pressão (sem frente fria) não produziram efeitos sobre as energias de baixa freqüência observadas no mar. No caso do Brasil, durante o inverno, primeiramente as perturbações atmosféricas têm origem polar e geralmente viajam por toda a região no sentido nordeste. Tipicamente, antes da passagem de uma perturbação polar desenvolve-se uma depressão atmosférica associada com frente fria. Ventos com diferentes direções podem afetar as regiões sul e sudeste dependendo da posição de migração da perturbação em relação à costa. As frentes frias ocorrem em média de 3 a 5 vezes por mês com intervalos de 6 a 10 dias entre as passagens (CASTRO e LEE, 1995). II.3. Modelo matemático Considerando-se o movimento produzido pelas variações nas forçantes atmosféricas menores, se utiliza a forma integrada na vertical e linearizada, no sistema cartesiano de coordenadas como equações da quantidade de movimento e da continuidade respectivamente, 7 (τ s, x − τ f ,x ) P ∂u ∂ − fv = − g η+ a + ∂t ∂x ρg ρH (τ s , y − τ f , y ) P ∂ ∂v + fu = − g η+ a + ∂t ∂y ρg ρH ∂η ∂u ∂v +H + =0 ∂t ∂x ∂y (2.2) (2.3) onde u e v são componentes da velocidade do escoamento integrados na vertical, η é a elevação do nível do mar, τf,x e τf,y são as tensões de atrito no fundo e τs,x e τs,y são tensões do vento sobre a superfície livre, Pa, é a pressão atmosférica na superfície do mar, H é a profundidade do oceano considerada constante, g é a aceleração de gravidade, ρ é a densidade da água e f é o parâmetro de Coriolis. Conforme TRUCCOLO (1998) pode-se então observar a existência de duas forças com a tendência de acelerar ou decelerar o fluido, das quais pelo gradiente horizontal da pressão e pelo gradiente vertical da tensão. Pode se interpretar as velocidades u e v como sendo a soma de dois termos, onde cada um deles está ligado a uma das duas forçantes (TRUCCOLO, 1998), a partição em termos de velocidades médias verticais ao que então se torna: u = up + UE H ∂u p ;v = vp + VE H ;η = η p + η E ∂ η p + Pa ρg ∂t ∂x ∂v p ∂ + fu p = − g η p + Pa ρg ∂t ∂y ∂η p ∂t (2.4) − fv p = − g = −H ∂u p ∂x + ∂v p ∂y τ sx − τ fx ∂U E − fV E = ∂t ρ τ sy − τ fy ∂V E + fU E = ∂t ρ ∂η E ∂ U E ∂V E =− + ∂t ∂x ∂y 8 (2.5) (2.6) Os sistemas de equações (2.5) e (2.6) acima permitem avaliar quantitativamente os efeitos causados pelas variações da pressão atmosférica e tensão do vento sobre o nível do mar. II.4. Força do gradiente de pressão Para a região sudeste do Brasil, no verão a pressão se distribui fundamentalmente com valores maiores no oceano, ao que indica a importância da alta pressão subtropical do Oceano Atlântico sobre a região de estudo. Quando a pressão atmosférica aumenta sobre a superfície do mar, o nível do mar no local diminui, e quando a pressão diminui, o nível do mar aumenta. Olhando para o caso de um ciclone, no seu centro a pressão é mais baixa que nas extremidades ao que implica uma elevação do nível do mar. Assim sendo, o efeito da pressão atmosférica sobre a superfície do mar é semelhante a um barômetro invertido, ou seja, no caso estacionário a superfície do mar sofre uma depressão de 1 cm para cada elevação de 1 hPa da pressão atmosférica (PUGH, 1987). A solução estacionária (TRUCCOLO, 1998), pode ser aproximada pelo balanço hidrostático η estacionario ≈ − p a / ρg . Caso as variações do campo de pressão ocorram na mesma escala ou maior que o raio de Rossby, a aceleração de Coriolis torna-se tão importante quanto o termo de gradiente de pressão, então a rotação causa uma resposta diferente em comparação com o caso estático. A resposta do nível do mar às variações da pressão atmosférica é dada pela seguinte relação linear, η p (t ) ≈ β p a (t − k ) (2.7) O valor do coeficiente de proporcionalidade β e o tempo de atraso na resposta k dependem das características espaciais e temporais da forçante; caso a extensão seja muito menor do que o raio de Rossby, a resposta deve ser inversa, β≈-1. Contudo uma forçante de extensão maior, as variações do nível deveriam ser mais limitadas, sendo o gradiente de pressão equilibrado por correntes geostróficas. 9 Considerando o caso de uma perturbação na pressão atmosférica P0 movendo-se com uma velocidade U na direção positiva de x, tem-se P0 = f (Ut − x ) (2.8) Partindo da equação (2.8) e substituindo nas equações (2.5), seguindo o desenvolvimento detalhado por DEAN e DALRYMPLE (1991) chega-se a, η H P0 = ρ (2.9) U − gH 2 A equação (2.9) pode ser vista numa condição estática caso a velocidade seja nula, η = − p a / ρg , enquanto que para casos nos quais a velocidade de translação aproxima-se à velocidade da onda longa e livre ( C = gH ), existe uma amplificação que se torna ilimitada devido à falta de qualquer termo de amortecimento. Além disso, quando U<C, a pressão e o deslocamento se encontram defasados, enquanto que para U>C, ambos se encontram em fase. Para valores de U>>C, a resposta aproxima-se a zero quando o intervalo de tempo sobre o qual a força é aplicada não for suficiente para o fluido responder (DEAN e DALRYMPLE, 1991). II.5. Relação entre frentes frias e seiches Perturbações no nível do mar geradas numa área tendem a viajar para fora da área de geração como uma onda longa e livre, sendo considerada ao longo da plataforma continental como uma onda de velocidade C=(gH)1/2. O movimento da frente fria gera ondas forçadas que condicionam a ocorrência de ressonância que, por sua vez, dá um incremento na amplitude da maré meteorológica caso a velocidade da frente se aproxime à da onda longa. Contudo, ondas geradas na plataforma continental podem, de certa forma, afetar o nível do mar na costa antes da chegada do sistema frontal. Por outro lado, eventos de seiches mostram aumentos bruscos na amplitude coincidindo com a passagem das frentes frias e, subseqüentemente, o decréscimo lento da amplitude nas 12 horas seguintes. 10 RABWOVICH e MONSERRAT (1996, apud JONG et al.,2003) descreveram este tipo de seiches como sendo do tipo impulsivo, que é uma forte oscilação inicial seguida de um baixo decaimento da altura do seiche. Todos os eventos de seiches no porto de Rotterdam no período de 1995 a 2001, com um máximo de amplitude excedendo 0,25 metros, coincidiram com a passagem de frentes frias, algumas acompanhadas por trovões e temporal (JONG et al., 2003). Ocasionalmente as amplitudes das ondas conhecidas como seiches, tornam-se excepcionalmente grandes e aparentemente respondem a mudanças na energia fornecida pelo mar. Esta resposta das regiões portuárias é relativamente conhecida (MEI, 1989, apud JONG et al., 2003). A energia de baixa freqüência no mar é gerada por numerosos mecanismos como, tsunamis, ondas internas, perturbações atmosféricas e os batimentos de arrebentação de ondas “surf beat” (WILSON, 1972; GEISE e CHAPMAN, 1993; KORGEN, 1995, apud JONG et al., 2003). A ocorrência desses mecanismos varia de porto para porto devido a sua situação geográfica. Contudo os fenômenos atmosféricos são os mais prováveis causadores de eventos de seiches que ocorrem durante a passagem de sistemas de baixa pressão e frentes frias. Dois tipos de frentes frias geralmente são associados à geração de seiches. Frentes do tipo I, ou frentes frias clássicas, são caracterizadas pelas mudanças na pressão atmosférica e direção de vento; neste tipo, o ar quente e relativamente misturado é forçado a ascender rapidamente numa coluna com 2 a 3 quilômetros de largura, por trás da frente, o ar misturado continua a ascender menos rápido que a superfície de frente e resultando numa precipitação branda. Frentes do tipo II ou frente fria “split”, são caracterizadas pelas mudanças lentas na pressão atmosférica, intensidade do vento e direção conforme esquematizado na figura II-2. Ela pode desenvolver como uma frente fria clássica, porém neste tipo ocorrem duas frentes frias uma de superfície e outra nas altas altitudes (b). O ar frio e seco é forçado a mover-se sobre as camadas baixas de ar quente e misturado (c). Com a cabeça da camada de ar frio entrando, o ar quente é forçado a ascender (d), isto causa precipitação que é mais difusa e menos intensa comparada a da frente fria clássica que mais está associada a seiches na região portuária de Rotterdam. 11 Figura II-2 - Dois tipos de frentes frias freqüentes na geração de seiches (JONG et al., 2003) A chegada de frentes frias na região de Angra dos Reis é indicada pela marcante perturbação dos ventos da baixa troposfera e acompanhada por perturbações ao longo de todos os níveis, intensificando muito os ventos na alta troposfera. Esta conexão é determinada pelo conceito dinâmico de vento térmico, isto é, as bruscas variações no campo da temperatura próximo à superfície que caracterizam a chegada de uma frente fria, induzem acelerações nos ventos do oeste em todos os níveis da atmosfera. Este conceito dinâmico é essencialmente baroclínico, o que quer dizer que o aumento da energia cinética dos ventos decorre da intensificação do gradiente térmico na passagem de uma frente fria. Este é um padrão típico das latitudes médias, que avança sobre a região litorânea do Estado do Rio de Janeiro no inverno; no verão esta região segue o padrão barotrópico característico da faixa tropical FRANCO et al (2004) e ISIMAR DE AZEVEDO SANTOS (2004, comunicação pessoal). Quanto a caracterização dos tipos de frentes frias que chegam na região sudeste, podem ser classificadas como frentes frias Marítima Polar (FMP), esta segundo sua trajetória, vem do pólo sul pelo oceano chegando então a região sul e sudeste do Brasil com um teor de umidade alto, proporcionando mais precipitação em relação a frente fria Continental Polar (FCP), pois esta vem do lado do Oceano Pacífico ao atravessar o continente, perde grande parte de umidade e, chega a região de estudo produzindo uma precipitação menor que a FMP. II.6. Efeito da tensão do vento Quando o vento exerce a tensão tangencial sobre a superfície do mar, gera uma circulação da massa d’água que é traduzida como elevação ou rebaixamento do nível da 12 água ao longo da costa (SILVA, 1992). Distinguem-se então os ventos geostróficos, os gerados por gradientes da pressão a cerca de mil metros da superfície, daqueles de superfície, ou seja, dos ventos de camada limite planetária. Quanto ao transporte de Ekman no mar, no Hemisfério Sul ele é direcionado para a esquerda da tensão aplicada pelo vento (POND e PICKARD, 1986); levando em conta a variação espacial do vento, notam-se mudanças no transporte de Ekman originando assim convergência e divergência horizontal. A escala horizontal do escoamento na zona costeira é dominante em relação à escala vertical, desta forma são desprezados os modos baroclínicos devido às interações das correntes com a batimetria do fundo e à estratificação pelas variações de densidade. Caso o movimento produzido pelas variações das forçantes seja suficientemente menor, pode ser utilizada a forma integrada e linearizada das equações no sistema cartesiano como equações da conservação da quantidade de movimento, (τ s, x − τ f , x ) ∂u ∂ − fv = − g (η + p a ρg ) + ∂t ∂x ρH (2.10a) (τ s, y − τ f , y ) ∂v ∂ + fu = − g (η + p a ρg ) + ∂t ∂y ρH (2.10b) e a equação de continuidade ∂η ∂u ∂v +H + =0 ∂t ∂x ∂y (2.10c) onde u e v são as componentes da velocidade do escoamento integradas na vertical, elevação do nível da água, f,x e f,y são as tensões de atrito no fundo, s,x e s,y éa são as tensões do vento sobre a superfície livre, pa é a pressão atmosférica na superfície do mar, H é a profundidade total do oceano, considerada constante, g é a aceleração de gravidade, é a densidade da água, f o parâmetro de Coriolis. Assim sendo, para um trecho costeiro orientado na direção Este a Oeste, ventos paralelos à costa com componentes de oeste causam empilhamento na água ao longo da costa enquanto que os provenientes de leste retiram a água da costa. 13 Por outro lado, a componente transversal à costa tem influência menor sobre as variações do NMM (PICKARD e EMERY, 1982). PAIVA (1993) reforça a idéia de que o litoral sudeste do Brasil é sensível às forçantes atmosféricas, com o nível do mar respondendo mais à tensão do vento longitudinal à costa. O efeito devido ao vento é estimado através da tensão tangencial na superfície da água (PUGH, 1979), τ sx = ρ ar C d W V x τ sy = ρ ar C d W V y (2.12) onde ρar=1,22kg/m3 é a densidade do ar, Cd=1,1+0,053W é o coeficiente de arraste, W(m/s) é intensidade do vento e Vx e Vy são as componentes do vento no sistema de coordenadas adotado. A resposta do mar ao efeito da tensão do vento pode ser dada na seguinte forma η E (t ) ≈ β τ sx (t − k ) (2.13) Quanto à influência conjunta do vento longitudinal e de uma depressão atmosférica local, se dá pela expressão, η (t ) ≈ β 1τ sx (t − k1 ) + β 2 p a (t − k 2 ) onde k1 e k2 são as defasagens. 14 (2.14) CAPÍTULO III FUNDAMENTOS MATEMÁTICOS III.1. Filtro passa-baixa ótimo de Thompson Existem vários tipos e formas de filtros apresentados na literatura, com uma finalidade comum que é a de permitir a passagem de harmônicos em determinadas faixas do domínio de freqüências. Para o tratamento das séries temporais neste trabalho, foi usado o filtro passa-baixa desenvolvido por THOMPSON (1983), indicado também como eficiente nas comparações de SILVA (1992), e pelos bons resultados obtidos por PAIVA (1993) e KALIL (1999). Com a finalidade de obter o nível médio do mar, este filtro permite a otimização do seu desempenho uma vez que através da seleção de seus parâmetros de cálculo (KALIL, 1999), possibilita a eliminação por imposição de freqüências préselecionadas, uma vez conhecidas as principais componentes astronômicas locais como as componentes diurnas, semi-diurnas e as de alta freqüência, a inercial no caso das séries horárias observadas de nível do mar. Para os dados meteorológicos, neste trabalho é feita uma contribuição ao filtro passa baixa ótimo de Thompson ao introduzir um t variável para atender aos dados de pressão e vento, que têm um intervalo de amostragem de 6 horas. É de realçar que se deve levar em consideração no cálculo dos pesos que a diferença entre as freqüências de corte 1 e 2 não devem ser submúltiplos de 180°/h para ambos os casos. Na prática, a operação de filtragem é sucedida através da convolução da série original de dados xt com (2N+1) pesos wk, na seguinte forma. yt = N wk x t + k (3.1) k =− N Os pesos obedeçam a condições de simetria e normalização, respectivamente, wk = w− k N (3.2) wk = 1 k =− N 15 (3.3) Considera-se filtro ideal aquele cujos pesos, ao convoluírem com a série de dados, eliminam as freqüências maiores que um certo valor de freqüência integralmente oscilações com freqüências menores que 0. 0 deixam passar Sendo assim a função de resposta será definida como H (ω ) = 1, ω < ω 0 (3.4) 0, ω > ω 0 Devido à descontinuidade de H( ) neste ponto, a função de resposta obtida para qualquer filtro passa baixa nas proximidades de 0 difere da função de resposta do filtro ideal. THOMPSON (1983), sugere uma função resposta contínua e suave dada pela seguinte forma: ω < Ω1 1, L(ω ) = π (ω − Ω1 ) 1 1 + cos 2 (Ω 2 − Ω1 ) Ω1 < ω < Ω 2 , (3.5) ω > Ω2 0, 1.2 1 R (omega) 0.8 0.6 0.4 0.2 0 0 2 4 6 1 8 0 10 2 12 omega (gr/h) Figura III-1- Filtros passa-baixa optimizáveis de Thompson. 16 14 16 Contudo para conhecer as características do filtro passa baixa recorre-se a sua função de resposta. Para a filtragem, serão apresentados dados da série original em termos de freqüência através da integral de Fourier, π xt = e iωt dX (ω ) (3.6) −π Substituindo a equação (3.6) em (3.1), obtém-se então a série filtrada, dada na seguinte forma yt = π N k =− N wk π N −π k =− N e iω (t + k∆t )dX (ω ) = e iωt −π wk e iωk∆t dX (ω ) (3.7) A transformada de Fourier da função utilizada é então denominada de fator de resposta R (ω ) = N wk e iωk∆t (3.8) k =− N Atendendo e considerando a equação (3.7), a série filtrada no domínio de freqüência yt é a mesma de xt em (3.6) multiplicada pelo fator de resposta, e olhando para a simetria e normalização, será dada por R (ω ) = w0 + 2 N k =1 wk cos(kω∆t ) (3.9) Para prosseguir com a filtragem tendo a série original sido discretizada, serão escolhidos os pesos do filtro wk com objetivo de minimizar os desvios médios quadráticos entre a função de resposta R( ) e a função L( ), dada pela seguinte expressão, 1 E (w ) = 2π π 2 [R(ω ) − L(ω )] dω (3.10) 0 Sendo imposta condição complementar ao filtro que permite a resposta nula para uma quantidade jp de freqüências ω j >Ω2 e resposta unitária para lp frequências l < 1, respectivamente, R (ω j ) = w0 + 2 R (ω l ) = w0 + 2 jp k =1 lp k =1 wk cos(ω j k∆t ) = 0 ; wk cos(ω l k∆t ) = 1; j = 1,... jp (3.11) l = 1,...lp De acordo com o resultado da análise harmônica da série original são definidas as freqüências com mais uma condição de ter a resposta unitária para freqüência nula. 17 R (ω = 0 ) = w0 + 2 N k =1 wk = 1 (3.12) Os pesos wk que minimizam a expressão em (3.10), podem ser determinados pelos multiplicadores de Lagrange (KALIL, 1998) ∇ a − λ∇ b = 0 (3.13) onde a é a função que se deseja conhecer os extremos, máximos ou mínimos e b é a função que representa as condicionantes laterais (SHENK, 1986). Considerando a equação acima (3.13) uma aplicação nas equações (3.10) em estudo e (3.2), (3.3), (3.11) assim como (3.12) condicionantes laterais que definem o filtro passabaixa segundo o modelo proposto por Thompson (KALIL, 1998), tem-se, ∇ E − λ∇ b = 0 (3.14) com isto associando aos sistemas de equações detalhados por SILVA (1992), se obtém finalmente o desvio médio que é dado pela equação, E (w ) = + 1 π N k =1 sendo a constante 2 w0 + 2 ( N k =1 2 wk + wk α 2 w Ω1 3 (Ω 2 − Ω1 ) − 0 (Ω1 + Ω 2 ) + 2π 16π 2π k∆t (k∆t ) − α 2 2 ) [sen(Ω k∆t ) + sen(Ω k∆t )] 2 (3.15) 1 dada pela seguinte expressão, α= π Ω 2 − Ω1 (3.16) Quanto ao uso do método das médias móveis para ajustar uma série temporal, é altamente subjetivo e depende da extensão do período selecionado para construir as médias móveis. Para eliminar as flutuações cíclicas, o período escolhido deve corresponder ao 18 múltiplo da média da extensão de tempo estimada para um ciclo da série STEPHAN, (2000). Partindo da equação (3.9) foi desenvolvida a equação da curva de resposta para o caso de médias móveis como mostra a equação abaixo, R (ω ) = onde N é o número de horas, 1 2N + 1 sen 2N + 1 ω∆t 2 ω∆t sen 2 (3.17) é a freqüência e t é o intervalo de tempo de amostragem da série. A figura abaixo mostra as curvas de resposta para os diferentes períodos. 1.2 MM (25 horas) 1 MM (49 horas) MM (73 horas) R (omega) 0.8 MM (97 horas) 0.6 MM (121 horas) 0.4 0.2 0 0 2 4 6 8 10 12 14 16 -0.2 -0.4 omega (graus/h) Figura III-2-Curvas de resposta do filtro de médias móveis Já que se pretende com este trabalho estudar variações em baixa freqüência, foram feitos vários testes, considerando intervalos de tempo diferentes como ilustra a figura III-2, 19 e o uso de médias móveis mostrou ser pouco eficiente pelo fato de amortecer freqüências consideradas baixas e além de inverter a fase. Desta forma a média móvel, filtra eventos com freqüências equivalentes a períodos até cerca de 3,8 dias. Como estes períodos estão na classe dos quais se pretende estudar, preferencialmente foi usado o filtro passa-baixa otimizável de Thompson, que permite a visualização de eventos de baixa freqüência. III.2. Análise estatística no domínio do tempo Como a abordagem pontual, não representa a evolução real de um fenômeno contínuo no tempo, e querendo manter essa continuidade do fenômeno pode aumentar consideravelmente a qualidade das análises estatísticas de séries temporais, pela interpolação entre as amostras pontuais ou mesmo pela minimização dos intervalos de amostragem. Seja Z(t) um processo estocástico qualquer (por exemplo, o nível do mar), cujos valores variam continuamente. Considere um intervalo de variação ∆Z = Z i +1 − Z i , associado a uma classe limitada pelos valores Zi e Zi+1 e tj=ti,j+1–ti,j seja o tempo de permanência correspondente, onde Ti é dado pela expressão seguinte, Tz = k i =1 ∆t i (3.18) Somando-se os j-ésimos intervalos de tempo de permanência em cada classe, são somados e dividindo-se pelo tempo total, a fim de se achar a probabilidade de permanência na classe. 20 Z Zi+1 Zi t1 t2 t3 t4 t5 t6 t7 tk T Figura III-3- Ilustrativa da permanência da série no tempo A função de densidade de probabilidade do processo estocástico Z(t) irá descrever a probabilidade de que um certo dado assuma um valor em uma faixa estabelecida em qualquer tempo, que é dada pela expressão abaixo, Pr[Z < Z (t ) ≤ Z + ∆Z ] = lim T →∞ Tz T (3.19) para pequenos valores de Z pode-se estabelecer a idéia de densidade da seguinte forma: p(Z ) = lim ∆Z →0 Pr[Z < Z (t ) ≤ Z + ∆Z ] ∆Z (3.20) e a probabilidade de um valor instantâneo de Z(t) seja menor ou igual a um determinado valor de Z é dado pela seguinte expressão que é a função de distribuição de probabilidade, P (Z ) = Pr[Z (t ) ≤ Z ] = z p (Z )dZ = −∞ 21 p i ∆Z i (3.21) o seu primeiro momento é como mostra a fórmula abaixo, ∞ µ z = Zp(Z )dZ = Z i p i ∆Z i (3.22) −∞ e seu segundo momento é ∞ ϕ z = Z 2 p(Z )dZ = Zi 2 p i ∆Z i (3.23) − µz (3.24) −∞ A variância então será dada pela seguinte forma σ = ∞ 2 (Z − Z ) p(Z )dZ = ϕ z 2 −∞ e o momento de ordem n, é dado pela seguinte equação m' n = k i =1 n Z i p i ∆Z i (3.25) III.3. Análise espectral no domínio da freqüência De uma forma geral, a análise espectral no domínio de freqüência neste trabalho será fundamental pelo fato de se querer avaliar a interação oceano-atmosfera indicada nas relações entre as séries de nível médio e as da pressão e tensão do vento que abrangem a região de estudo. Isto permite perceber o impacto da freqüência das perturbações atmosféricas sobre o NMM, ao mesmo tempo verificar como a maré meteorológica se comporta ao nível de freqüência com os fenômenos atmosféricos em Angra dos Reis. Do ponto de vista de engenharia, a análise de dados estocásticos restringe-se mais à determinação de relações lineares entre dois ou mais conjuntos de dados, tais relações são geralmente obtidas em termos de sua transformada de Fourier pela função de densidade espectral. 22 A função de correlação cruzada, que a seguir se apresenta, descreve a dependência existente entre dois processos estocásticos, a função é sempre real para dados reais e pode assumir valores positivos ou negativos, T R xy (τ ) = lim T →∞ 2 −T x(t )y (t − τ )dt (3.26) 2 onde Rxy(τ) não tem necessariamente um máximo para τ=0 e é uma função par, Rxy(-τ)=Rxy(τ) e Rxy(τ) 2<Rx(0)Ry(0). Quando Rxy(τ)=0 diz-se que as séries x(t) e y(t) são estatisticamente independentes ou mesmo não correlacionadas entre si. Caso se tenha y(t)=x(t), a equação (3.36) se torna uma função de autocorrelação, que indica a dependência dos dados de um processo estocástico em um instante com dados em outro instante. Dentre os vários métodos para a determinação da função espectral, faz-se referência neste trabalho àquele partindo da obtenção pela transformada de Fourier, começando então a dedução com o par de Fourier dado a seguir, ∞ X(f )= x(t )e −i 2πft dt −∞ x(t ) = ∞ X ( f )e (3.27) i 2πft dt −∞ sendo o valor médio quadrático de x(t) dado na forma, ψ 2x = 1 T ∞ x(t ) dt 2 −∞ substituindo x(t) em (3.27), se tem 23 (3.28) ψ2 = 1 1 X ( f )df x(t )e j 2πft dt = X ( f )X (− f )df T T (3.29) de onde então se obtém a identidade de Parseval, ψ2 = 1 2 1 x dt = T T X ( f ) df 2 (3.30) e o valor médio quadrático do processo é igual à área do módulo de transformada e é decomposta em componentes de freqüência, que se pode afirmar também para a variância do processo como apresenta a fórmula a seguir, ψ 2 ∞ x ∞ 2 1 = G x ( f )df = X ( f ) df T −∞ 0 (3.31) transformando a equação acima, pode-se apresentar a contribuição de cada freqüência ao valor médio, Gx(f) espectro de x(t), Gx ( f ) = 1 2 X(f ) T (3.32) III.4. Transformada discreta de Fourier Quanto à transformada discreta de Fourier, referenciando ao desenvolvimento em série de Fourier, será considerada a repetição do sinal num tempo T, e segue a equação, 24 T 1 X(f )= x(t )e −i 2πft dt T 0 (3.33) e transformando a equação (3.33), pode ser representada sob a forma de somatório como mostra a expressão abaixo, X (k ) = N k =1 xi e −i 2πjk N ∆t (3.34) para o espectro, será dada por 2 2∆t 2 G (k ) = x(k ) = T N xi e −i 2πik 2 N (3.34) A cada intervalo ∆t representa multiplicação por um trem de impulsos de Dirac v(t) espaçados em ∆t e esta transformada tem como produto, a convolução das transformadas X(f)V(f), sendo V(f) também espaçada em freqüências de 1/∆t e o espectro se repete a cada 2fm, onde m representa o valor máximo da freqüência. III.5. Função de densidade espectral cruzada Esta função permite determinar o grau de similaridade entre dois processos, x(t) e y(t) e obter a diferença de fase, e funções de transferência e coerência.Usando a função de correlação cruzada entre dois processos, R xy (τ ) = 1 T ∞ x(t ) y (t + τ )dt −∞ e o teorema de Wiener-Khintchine, deduz-se a função do espectro cruzado, 25 (3.35) 1 X ( f )Y ( f ) T (3.36) G xy ( f ) = X ( f )Y ( f ) (3.37) S xy ( f ) = sendo o espectro cruzado um número complexo, pode ser dado pela expressão G xy ( f ) = C xy ( f ) − iQ xy ( f ) (3.38) onde Cxy(f) é o espectro em fase (cospectrum) e Qxy(f) é o espectro em quadratura (quadspectrum). A fase entre dois processos estocásticos é obtida a partir da relação abaixo, θ xy ( f ) = arctg [ Q xy ( f ) C xy ( f ) (3.39) ] Com a condição de que G xy ( f ) ≤ G x ( f )G y ( f ) , é definida a função coerência como 2 sendo [γ ( f )] 2 xy [G ( f )] 2 = xy G x ( f )G y ( f ) (3.40) mostra sua relevância ao indicar o quanto um processo está relacionado ao outro em uma determinada frequência, ao analisar a densidade espectral cruzada. 26 CAPÍTULO IV METODOLOGIA De entre as várias metodologias encontradas na literatura para fazer face aos objetivos apresentados neste trabalho, procurou-se usar a que se achou mais prático e eficiente assim como recomendados por KALIL (1999) ao caracterizar o comportamento espaço-temporal do nível médio do mar na costa do Estado do Rio de Janeiro, e JUSTI et al., (2004) ao estudar a dinâmica da atmosfera na região de Angra dos Reis e SATYAMURTY et al., (1998) ao estudar a circulação regional da atmosfera na América do Sul. IV.1. Descrição e consistência de dados maregráficos Os maregramas usados foram obtidos na Marina de Piraquara próximo ao túnel extravasor da Usina Nuclear Almirante Álvaro Alberto, no município de Angra dos Reis, no Estado do Rio de Janeiro. Neste trabalho, o controle de qualidade dos dados iniciou com uma análise visual dos maregramas com o fim de detectar falhas originadas pelo funcionamento anormal do equipamento, assim como no manuseamento e leituras da régua pelo técnico operador. Em seguida, prosseguiu-se com a digitalização manual dos níveis horários já graficamente registrados. Para a correção, foi usado um método simples e prático que consistiu na comparação entre o nível observado e o previsto com o NMM calculado pelos filtros passa-baixa otimizáveis de Thompson, tendo assim facilitado a detecção de lacunas e falhas causadas pelo mau funcionamento do equipamento. Como neste trabalho se pretende detectar componentes de longo período também, achou-se melhor usar registros de um ano para o controle de qualidade e cujo período padrão foi o ano de 1996 preparado por KALIL (1999). A análise harmônica de marés foi feita pelo programa PACMARE desenvolvido por FRANCO (1992), para o período entre 01 de janeiro à 15 de dezembro de 1999 com as constantes harmônicas apresentadas na tabela IV-1. Para este trabalho foram usadas constantes harmônicas preparadas por Kalil (1999) para o período padrão considerado neste trabalho. 27 Tabela IV-1- Constantes harmônicas. Constantes harmônicas O1 M4 K1 K2 Ano M2 S2 N2 MS4 MN4 Q1 A(cm) 33,47 18,98 10,67 7,15 5,99 5,74 3,73 3,31 3,23 2,84 1996 Fase(graus) 9,83 82,16 76,03 253,05 86,10 328,42 355,47 46,49 149,49 1,00 A(cm) 24,42 15,26 9,41 3,49 5,29 3,85 3,05 1,98 1,38 2,27 1999 Fase(graus) 90,74 95,81 91,56 30,87 143,12 51,11 125,4 122,67 334,3 81,45 Após a exclusão dos erros detectados na primeira etapa sobre os dados observados, é feita a convolução entre a série discretizada dos níveis observados com os pesos dos filtros de Thompson, obtendo-se assim o nível médio horário, que é adicionado à maré astronômica prevista, calculada pelo PACMARE. A série resultante é usada para analisar e e verificar a correção dos dados observados. Terminada a correção dos dados, eles são novamente criticados por uma questão de confirmação, estando assim prontos para serem usados nas diversas aplicações. No fluxograma apresentado na figura IV-1, é apresentado o roteiro do processo de consistência dos dados maregráficos. s im não P erío d o p ad rã o p es o s filtro s T hom pson C o m p o n e n tes h a rm ô n ica s C o n tro le d o p e río d o p ad rã o P rev is ã o (P .A ) NM M P re v is ã o h a rm ô n ica R e p e tir p r o c e d im e n t o c o m p er íod o p a d rã o F iltra g e m d o N M P re v isã o c o m b in ad a (h a rm ô n ic a+ N M M ) N ív e l p re v is t o D o c u m e n to s d ig ita liz a ç ã o e m papel C rític a (p re v isto X o b s e rv a d o ) M a is e d iç õ e s a re a liza r? não s im A rq u iv o ed iç õ es A r q u iv o m a r e g r á fic o q u a lific a d o P re en c h im e n to d e la c u n as A rq u iv o m a reg rá fic o e d ita d o Figura IV-1- Fluxograma do roteiro do método de consistência dos dados maregráficos, modificado de Kalil (1999). 28 IV.2. Uso dos dados meteorológicos Na meteorologia moderna, se chama de reanálise aos procedimentos de interpolação dos dados observados nas estações para pontos de uma matriz tridimensional com espaçamentos pré-definidos sobre o globo terrestre. Esta interpolação é feita se usando um modelo numérico global da atmosfera. As reanálises são projetos específicos de grandes centros mundiais de meteorologia operacional, nos quais uma determinada versão de um modelo atmosférico global é preparada para a reconstrução de análises num longo período de tempo, permitindo assim o uso confiável das séries temporais produzidas por este procedimento de análise. O Centro Nacional de Previsão Ambiental (NCEP) e o Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica (NCAR) centros de Meteorologia dos EUA, em conjunto implementaram um projeto de reanálise com a finalidade de produzir um registro retroativo de cerca de 50 anos de análises globais de campos atmosféricos para atender às necessidades de pesquisa e monitoramento do clima (KISTLER et al., 2001). Este esforço envolveu a recuperação de dados de superfície nos continentes, em navios e em altitudes com o uso de aeronaves, radiosondagens e satélites. O sistema de assimilação de dados de reanálise inclui o modelo espectral global do NCEP com 28 níveis na vertical e com uma malha com segmentos de 2,5 graus para os dados de pressão e 1,875 graus de resolução horizontal dos dados de vento (KALNAY et al., 1996). Os dados gerados pela análise do modelo global são distinguíveis em três categorias classificadas como A, B e C. Variáveis do tipo A, que incluem a temperatura do ar superior, o vento, a altura geopotencial, as quais são fortemente influenciadas pelas observações disponíveis, são assim o produto mais confiável das reanálises. Variáveis do tipo B, que incluem umidade, divergência do vento e os parâmetros de superfície, são influenciados tanto pelas observações como pelo modelo, sendo menos confiáveis. Variáveis do tipo C são considerados os fluxos de superfície, as taxas de aquecimento e precipitação, que são fortemente influenciados pelo modelo e são consideradas de confiabilidade mais baixa (KISTLER et al., 2001). Os dados utilizados neste trabalho, não são apenas do tipo A, pois incluem também o vento divergente que é do tipo B. Contudo, a qualidade dos dados se 29 mostrou muito boa, porque a região estudada possui duas estações de radiosondagens, Rio de Janeiro e São Paulo. Para permitir o uso dos dados neste trabalho, foram construídos alguns programas que podem ser vistos no Anexo-I e também obedecida a seguinte rotina para a sua aquisição, esquematizada na figura IV-2. • Baixar os dados de reanálise da base de dados globais do National Center for Environmental Prediction (NCEP) e do National Center for Atmospheric Research (NCAR), dos EUA, usando o programa pegacdc2.pl (anexo A). • Em seguida o programa prepara_1.sh (anexo A) se encarrega de transcrever os arquivos chegados que são do tipo netcdf para o grib e cria descritores (.ctl) e index (.idx) correspondentes. • A terceira fase, é feita sob o pacote gráfico GrADS usando o programa prepara2.gs (anexo A) • A quarta etapa é feita com o programa faz_planilha.f (anexo A), sendo os dados armazenados em dois arquivos, dos quais um para as pressões e outro para os ventos e a temperatura. Figura IV-2-Fluxograma da rotina de preparação dos dados de reanálise. 30 IV.3. Filtragem numérica A determinação dos filtros ótimos de Thompson a serem usados para cada estação maregráfica dependem das curvas do fator de resposta no domínio da freqüência do filtro R(ω) e seus respectivos desvios médios quadráticos em relação ao filtro ideal contínuo e suavizado, L(ω), conforme mostrado no capítulo III e explicado detalhadamente por SILVA (1992) e KALIL (1999). Neste trabalho foi usado o mesmo filtro apresentado por KALIL (1999) para os dados observados do nível do mar, e a mesma técnica foi também aplicada para o tratamento das séries dos parâmetros meteorológicos. Neste caso, o filtro teve que ser adaptado para espaçamentos amostrais de 6 horas. Para se ter a mesma janela de tempo que os dados de nível do mar, na adição ou subtração no processo de filtragem, para os dados de reanálise uma vez que possuem espaçamentos maiores, teve que se reduzir o número de pesos do filtro, ao mesmo tempo também evitando grande perda de dados. Para a filtragem dos dados maregráficos foi usado o filtro passa baixa de Thompson, com a intenção de retirar a maré astronômica e outras componentes de alta freqüência. Para o efeito, foram escolhidas freqüências de corte de Ω1=6,4°/h e Ω2 =11,2°/h respectivamente com períodos de 56,25h e 32,14h, estabelecidos 241 pesos e a curva de resposta são apresentados a seguir, na tabela IV-2 e na figura IV-2 respectivamente. Para a filtragem dos dados de reanálise, foi usado também o filtro passa-baixa de Thompson desenvolvido para dados amostrados de 6 em 6 horas, e as freqüências usadas foram Ω1=38,4°/6h eΩ2 = 67,2°/6h, com 21 pesos com a intenção de retirar em todos os pontos de dados as componentes de alta freqüência, os pesos e a curva de resposta são apresentados na tabela IV-3 e figura IV-3 respectivamente, 31 Tabela IV-2-Pesos do filtro de Thompson calculados para Piraquara K w(k) 0 0.048892 1 0.048695 2 0.048105 3 k w(k) k w(k) 41 5.7E-05 81 -0.00019 42 0.000897 82 -4.1E-05 0.047127 43 0.00165 83 9.8E-05 4 0.045776 44 0.002308 84 0.000226 5 0.044069 45 0.002863 85 0.000338 6 0.042035 46 0.003311 86 0.000431 7 0.039705 47 0.003647 87 0.000501 8 0.037115 48 0.003871 88 0.000549 9 0.034302 49 0.003982 89 0.000578 10 0.031306 50 0.003988 90 0.000592 11 0.028169 51 0.003898 91 0.000589 12 0.024937 52 0.003723 92 0.000571 13 0.021657 53 0.003474 93 0.000537 14 0.018374 54 0.003161 94 0.000491 15 0.015136 55 0.002795 95 0.00044 16 0.011984 56 0.002388 96 0.000388 17 0.008959 57 0.001954 97 0.000337 18 0.006096 58 0.001506 98 0.000286 19 0.003428 59 0.001055 99 0.000233 20 0.000982 60 0.000614 100 0.000177 21 -0.00122 61 0.000191 101 0.000121 22 -0.00317 62 -0.0002 102 6.85E-05 23 -0.00484 63 -0.00056 103 1.99E-05 24 -0.00624 64 -0.00088 104 -2.5E-05 25 -0.00736 65 -0.00114 105 -6.6E-05 26 -0.0082 66 -0.00136 106 -0.0001 27 -0.00877 67 -0.00152 107 -0.00013 28 -0.00909 68 -0.00163 108 -0.00015 29 -0.00916 69 -0.0017 109 -0.00015 30 -0.009 70 -0.00172 110 -0.00015 31 -0.00865 71 -0.00169 111 -0.00014 32 -0.00812 72 -0.00163 112 -0.00013 33 -0.00744 73 -0.00153 113 -0.00012 34 -0.00664 74 -0.0014 114 -0.00011 35 -0.00575 75 -0.00125 115 -9.8E-05 36 -0.00481 76 -0.00108 116 -8.2E-05 37 -0.00382 77 -0.0009 117 -6.4E-05 38 -0.00281 78 -0.00071 118 -4.1E-05 39 -0.00182 79 -0.00052 119 -9.3E-06 40 -0.00085 80 -0.00035 120 3.55E-05 32 1.2 1 R (omega) 0.8 0.6 0.4 0.2 0 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 omega (gr/h) Figura IV-3 –Curva de fator de resposta do filtro ótimo de Thompson calculado para Piraquara Ω1=6,40/h e Ω2=11,20/h e 241 pesos. Tabela IV-3-Filtro de Thompson reproduzido para séries observadas em intervalos de 6 horas. k 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 w(k) 0.293289 0.251985 0.149611 0.036952 -0.03746 -0.05439 -0.02913 0.005541 0.023472 0.018955 0.003387 33 k w(k) 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 -0.00843 -0.00982 -0.00409 0.001686 0.003385 0.00183 7.40E-06 -0.00039 7.95E-05 0.000172 1.2 1 R (omega) 0.8 0.6 0.4 0.2 0 0 10 20 30 1 40 50 60 2 70 80 90 omega (graus/6h) Figura IV-4-Curva de fator de resposta do filtro ótimo de Thompson, reproduzido para séries Ω2 = 67,20/6h e 41 pesos observadas de 6 em 6 horas em Piraquara com Ω1=38,40/6h eΩ IV.4. Cálculo do nível médio do mar Neste trabalho o cálculo dos níveis médios foi feito pela filtragem das observações, convoluindo a série dos níveis horários observados e corrigidos com os pesos horários do filtro ótimo de Thompson. De forma a evitar perdas de dados, é conveniente acrescentar dados aos extremos da série servindo assim para o cálculo do NMM nestes horários. Atendendo e considerando que o filtro usado contém 241 pesos, serão retiradoos 120 dados no início e no fim da série original, caso contrário o mesmo número de pontos teria que ser retirado. Para os parâmetros meteorológicos, o mesmo procedimento fez-se necessário, mas como o filtro possui 41 pesos e as observações são de seis em seis horas são retirados 20 dados no início e no final das séries. 34 IV.5. Cálculos das estatísticas no domínio do tempo Seguindo os procedimentos apresentados no Capítulo III, o cálculo estatístico é feito no ponto de vista contínuo e comparado à distribuição normal, assim como será verificado o nível de permanência do NMM. Serão feitas estimativas usando os coeficientes de autocorrelação, autocorrelação parcial e a correlação cruzada entre as séries, assim como será verificada a estacionariedade das séries. IV.6. Cálculo no domínio da freqüência De uma forma geral, a análise espectral permitiu fazer um estudo acerca do comportamento da série no domínio da freqüência. Com o uso da função spectrum com auxílio do Matlab, foram determinadas também a função de densidade espectral cruzada, que permitiu a determinação do grau de similaridade espectral entre dois processos. A função de coerência cuja importância se revelou ao avaliar as operações do espectro cruzado, indicando assim o quanto um processo relaciona-se com o outro em uma determinada freqüência. Também a análise espectral permitiu a obtenção das diferenças de fase em determinadas freqüências, possibilitando então observar o atraso ou adiantamento entre as séries, seja do nível médio do mar e a pressão ou as componentes da tensão do vento. Os resultados apresentados no próximo Capítulo foram obtidos com base na teoria apresentada no Capítulo III. Devido ao comportamento diferenciado da interação oceano-atmosfera, para a região de estudo, quanto a análise estatística no domínio da freqüência, as séries em causa para o estudo em baixa freqüência ao longo do ano, foram separadas em partições centradas nos equinócios e solstícios e foram levados em consideração os sistemas de baixa pressão acompanhados ou não de frentes frias. 35 CAPÍTULO V RESULTADOS V.1. Localização da área de estudo A região de estudo além da estação maregráfica que se localiza na enseada da marina Piraquara no município de Angra dos Reis nas coordenadas geográficas de latitude 23° 0’ 12’’S e longitude de 44° 26’ 4’’W na baía de Ilha Grande (DHN, 1982), contempla também o mar aberto da Região Sudeste do Brasil onde se localizam os pontos com os dados de reanálise de pressão e vento. Segundo o mapa indicado na figura V-1, os pontos que representam ventos e pressões estão nas coordenadas indicadas na tabela V-1 Figura V-1 Localização da estação maregráfica e a área do mar aberto coberta pela grade dos pontos de 1 a 6 reportando o vento e de 7 a 12 reportando a pressão de dados de reanálise , modificado de DHN (2000). 36 Tabela V-1 - Cordenadas geográficas dos pontos de pressão e tensões de vento Vento 1 2 3 4 5 6 V.2. Latitude(S) 27,614 25,709 25,709 23,804 23,804 23,804 Longitude(W) Pressão Latitude(S) 44,375 7 25 46,25 8 25 44,375 9 27,5 42,5 10 27,5 40,625 11 25 44,375 12 25 Longitude(W) 45 42,5 45 42,5 47,5 40 Caracterização climática dos ventos e da pressão na baía da Ilha Grande Os ventos próximos à superfície na região de Angra dos Reis são relativamente de baixa intensidade (JUSTI et al., 2004). As flutuações dessa intensidade não parecem estar ligadas ao ciclo anual, apesar de existir uma tendência de ventos mais intensos ocorrerem no fim do inverno e início da primavera. As circulações regionais matutinas e vespertinas são influenciadas localmente pelas brisas litorâneas e pelos contornos dos vales. Pela manhã os ventos que atuam sobre a região de Angra dos Reis são essencialmente continentais provenientes dos maciços da Serra do Mar, que vão confrontar-se com os ventos de uma circulação diferente na Baía de Ilha Grande, que no verão é de nordeste e no inverno de sudoeste. Olhando para a escala local, é evidente que os escoamentos são fortemente controlados pela topografia, difluindo desde os pontos mais altos das montanhas pela manhã e confluindo à tarde. As brisas continentais da manhã encontram na baía de Ilha Grande ventos relativamente mais fracos e, à tarde, a brisa do mar se impõe sobre o litoral sul fluminense, fazendo com que a baía experimente um importante padrão de escoamento em que fica clara a influência da Ilha Grande que tem cotas acima de 500 metros. A situação geográfica da baía de Ilha Grande, onde se situa a enseada de Piraquara, apresenta o padrão climático subtropical, mas as flutuações da temperatura no inverno e os eventos mais significativos de precipitação no verão se devem à aproximação de frentes frias provenientes das latitudes temperadas do Hemisfério Sul. Sendo uma região costeira, está freqüentemente sob influência do grande anticiclone subtropical do Atlântico Sul, cuja borda sudoeste afeta a região com pressões normalmente acima dos 1013 hPa, com eventos de aumento substancial desse valor após a passagem de uma frente fria e predominam 37 massas frias com altas pressões provenientes da região Antártica, atingindo ou superando nesses eventos os 1018 hPa no verão e 1024 hPa no inverno. V.3. Descrição e consistência dos dados Neste capítulo serão apresentados os resultados obtidos segundo a metodologia apresentada no Capítulo IV. Começando com o nível do mar, foram usados dados de 1999. Os maregramas são mensais ou bimensais e com observações horárias. Para os maregramas de 1999, o período inicia às 00:00 horas do dia 01/01/1999 e termina às 00:00 horas do dia 21/10/1999. Entre os maregramas de 01/01/1999-18/01/1999 e 18/01/1999-18/03/1999, houve uma lacuna de 4 horas que pode ter sido pelo atraso na substituição do maregrama, não foram observadas anomalias, e no terceiro maregrama, no período compreendido entre 27/02/1999 05:00 horas a 02/03/1999 08:00 horas, constatou-se uma paragem no relógio, e que essa lacuna no processo de digitação foi preenchida com o valor médio entre a hora da paragem e a hora do início; o relógio voltou a parar nos dias 15 e 16/03/1999, tendo continuado deficiente até o dia 18/03/1999. Nesta data, foi trocado o maregrama com atraso de uma hora, mesmo assim teve que se desconsiderar os últimos três dias de registro. No maregrama seguinte, que foi até 10:00h do dia 11/05/1999, não houve influência de problemas mecânicos, apenas algumas falhas no processo de digitação que foram eliminadas na fase de verificação. O maregrama seguinte vai de 20/05/1999 11:00 horas a 29/06/1999 02:00 horas, entre este e o antecedente existe uma lacuna de 9 dias a qual foi preenchida da mesma forma que as outras lacunas na ligação entre os maregramas. Uma lacuna de 8 horas segue para a ligação com os dados do maregrama que vai de 29/06/1999 10:00 horas a 18/08/1999, neste maregrama houve um registro contínuo sem interrupção e somente com uma paragem do relógio no dia 14/08/1999 às 20:00 horas que permaneceu até ao fim. Na ligação entre este e o próximo que vai de 18/08/199 14:00 horas até 21/10/1999 existe uma lacuna de 4 dias e 6 horas. Quanto aos relatórios de acompanhamento do observador, cerca da metade dos maregramas acima referidos não o possuem, assim como a respectiva leitura da régua; para os que o possuem, o acompanhamento não foi diário e alguns registros não coincidem com as anotações feitas no maregrama. 38 Para o processo de verificação e validação dos dados foi usado o programa PACMARE de FRANCO (1992) para análise harmônica e previsão para o período de estudo com base nos dados de 1996 preparados por (KALIL, 1999). Assim sendo, os dados previstos foram somados à série filtrada e o resultado comparado a série observada. Visualmente sobre o gráfico foi possível detectar falhas nos maregramas, como atraso no relógio, defasagem com o horário de verão, falhas na digitação como mostra a figura V-2. De uma forma geral, permitiu consertar lacunas e anomalias apresentadas nas séries de dados observados. Na figura V-3, é apresentado o ajuste feito das séries observadas do nível do mar com as leituras da régua. Nas figuras V-4 a V-6, são apresentados resultados do processo de validação. a b) c) d) Figura V-2-Anomalias encontradas freqüentemente ao longo do processo de análise: a) problema na pena (observador novo); b) bóia presa; c) instrução de observador; d) Problema no relógio 39 210 y = -0.3753x + 200.99 2 R = 0.8138 190 Leitura na regua (cm) 170 150 130 110 90 70 50 50 100 150 200 250 300 350 Leitura no maregrama (cm) Figura V-3-Ajuste da série observada do nível do mar com as leituras da régua. Quanto aos dados meteorológicos, para a região de estudo optou-se pelo uso dos dados de reanálise, que segundo a classificação descrita no capítulo IV, os tipos A, que incluem as temperaturas do ar superior, vento rotacional e a altura geopotencial e para o tipo B, incluem as variáveis da umidade, vento divergente e os parâmetros de superfície. São considerados de boa qualidade e confiáveis também porque próximo à região de estudo existem duas estações de radiosondagens localizadas nos aeroportos do Rio de Janeiro e de São Paulo as quais alimentam continuamente aos modelos meteorológicos globais. Existe ainda uma categoria de dados, classificada como dados do tipo C, que envolve fluxos de superfície, taxas de aquecimento e precipitação, são considerados de baixa qualidade por serem fortemente determinados pelo modelo, além de estarem sujeitas à assimilação de outras observações. Para o estudo feito, somente foram utilizados dados pertencentes aos tipos A, altura geopotencial (pressão reduzida ao nível do mar), e B, parâmetros de superfície (componentes de vento estimadas a 10 metros da superfície). Estes parâmetros permitem identificar a ocorrência de frentes frias na região. Os dados de pressão e da tensão de vento usados neste trabalho são de 1996 e 1999. Os dados de 1996, foram usados neste 40 trabalho para enfatizar as mudanças climáticas que ocorrem na região e a não estacionaridade dos ciclos anuais. V.4. Resultados da filtragem numérica e a relação entre o NMM, Pressão e Tensão do vento. Nas figuras seguintes são apresentados resultados do processo de verificação e controle de qualidade assim como os resultados da filtragem das séries a princípio ajustadas para o ano de 1999. Da figura V-4 à figura V-6, apresentam-se os dados de nível do mar observado, nível do mar previsto pelo programa Pacmaré, que serviu para corrigir os dados observados, e o nível médio do mar, resultado da filtragem numérica com o uso do filtro passa-baixa otimizável de Thompson. Entre as figuras V-7 e V-9, são apresentados dados de NMM, pressões nos pontos 7 à 10 e ventos no ponto 1, indicados no mapa da figura V-1. Os dados estão centrados nos equinócio de outono, solstício de inverno e equinócio de primavera de 1999 respectivamente. Pelo fato de se pretender fazer análise do comportamento dos parâmetros atmosféricos sobre o nível médio do mar, uma vez que a região de estudo é constantemente afetada por sistemas de baixa pressão com ou sem frentes frias, que estas são mais freqüentes no período centrado no solstício de inverno. 235 NM observado 215 NM previsto NMM 195 175 nível (cm) 155 135 115 95 75 55 35 15 21/jan/99 4/fev/99 18/fev/99 4/mar/99 18/mar/99 1/abr/99 15/abr/99 tempo (dias) Figura V-4-Séries observada, prevista e NMM centrada no equinócio de outono de 1999 41 235 NM observado 215 NM previsto NMM 195 175 nível (cm) 155 135 115 95 75 55 35 15 21/abr/99 5/mai/99 19/mai/99 2/jun/99 16/jun/99 30/jun/99 14/jul/99 28/jul/99 11/ago/99 tempo (dias) Figura V-5-Série observada, prevista e NMM centradas no solstício de inverno de 1999 235 NM observado 215 NM previsto NMM 195 175 nível (cm) 155 135 115 95 75 55 35 15 22/jul/99 5/ago/99 19/ago/99 2/set/99 16/set/99 30/set/99 14/out/99 28/out/99 11/nov/99 tempo (dias) Figura V-6-Série observada, prevista e NMM centrada no equinócio de primavera de 1999 42 1035 345 Pressão (hpa) 315 1025 285 1020 255 1015 225 1010 195 1005 165 1000 135 995 105 990 21/01/99 NMM (cm) 200N/m^2 1030 75 20/02/99 22/03/99 21/04/99 21/05/99 Dias Pressão-7 Pressão (8) Pressão-10 Pressão (11) Pressão (12) NMM Pressão(9) Figura V-7-Comparação entre os parâmetros atmosféricos nos pontos indicados na figura V-1 e o NMM no equinócio de outono de 1999. 1035 350 1030 320 Pressão (hpa) 290 1020 260 1015 230 1010 200 1005 170 1000 140 995 110 990 NMM (cm) 200N/m^2 1025 80 21/04/99 21/05/99 20/06/99 20/07/99 19/08/99 Dias Pressão-7 Pressão (8) Pressão-10 Pressão (11) Pressão (12) NMM Pressão(9) Figura V-8-Comparação entre os parâmetros atmosféricos nos pontos indicados na figura V-1 e o NMM no solstício de inverno de1999. 43 360 1035 330 Pressão (hpa) 300 1025 270 1020 240 1015 210 180 1010 NMM (cm) 200N/m^2 1030 150 1005 120 1000 90 995 60 990 21/07/99 30 20/08/99 19/09/99 19/10/99 18/11/99 Dias Pressão-7 Pressão (8) Pressão-10 Pressão (11) Pressão (12) NMM Pressão(9) Figura V-9-Comparação entre os parâmetros atmosféricos nos pontos indicados na figura V-1 e o NMM no equinócio de primavera de 1999. Na figura V-10, são apresentadas situações extremas de ocorrência de dois cavados e dois sistemas de baixa pressão na região de estudo em maio de 1999. A figura V-11, mostra espacialmente os campos de pressão e campos de vento para os eventos apresentados na figura V-10, feitos pelo pacote Grads, apartir de dados de reanálise do NCEP, enquanto que na figura V-12, são mostrados espacialmente os sistemas apresentados na figura V-10, com meteoromarinhas feitos pela DHN, (1999). 44 1035 345 1030 285 1020 255 1015 225 2 1010 1 1005 195 3 4 1000 NMM (cm) 1025 Pressão (hpa) 315 200Nm^2/s 165 135 995 105 Pressão-7 990 1/5 8/5 Pressão-10 15/5 22/5 NMM 75 29/5 Dias Figura V-10- Eventos significativos de frentes frias (1, 2) e sistemas sinóticos de baixa pressão (3, 4) em maio de 1999. 1 2 3 4 Figura V-11-Frentes e sistemas sinóticos de baixa pressão mais evidentes na região de estudo com dados do NCEP, para maio de 1999. 45 1 2 3 4 Figura V-12- Meteoromarinhas apresentando os cavados e sistemas sinóticos de baixa pressão, mais evidentes na região de estudo em maio, (DHN, 1999). 46 A figura V-13 indica a posição e tempo de vida das frentes freias ao longo do litoral Sul e Sudeste do Brasil para maio de 1999. Também qualitativamente pode-se inferir a velocidade de deslocamento da frente e verificar condições de indução de ressonância em águas rasas conforme a equação (2.9) de DEAN e DALRYMPLE (1991). Esta figura ajuda a mostrar o quanto são freqüentes as frentes frias no solstício de inverno, como mostram as análises espectrais mais adiante. Figura V-13- Monitoramento das frentes frias na região oceânica Sul e Sudeste do Brasil em maio de 1999 (INPE, 1999). V.5. Resultados sobre a estatística básica Seguindo a metodologia apresentada no capítulo anterior, são mostrados resultados da estatística básica sobre as séries observadas de nível do mar (NM), nível médio do mar (NMM), que foi feita por um programa Fortran, desenvolvido por Kalil (1999) e em paralelo foi feita a estatística com o pacote STATISTCA, quaie tiveram o mesmo resultado que é apresentado na Tabela V-2, onde se verifica que os filtros passa baixa de Thompson 47 removeram 74% da variância sobre as duas séries de nível do mar, dando assim a entender que o sinal do nível do mar é grandemente influenciado pelas oscilações da maré, e a média apresentada na tabela é a média aritmética. Tabela V-2 Estatística básica do NMM Piraquara NM NMM Média 119 119 Mínima 17,1 36,4 Máximo Variância 215,6 1060,7 175,7 275,5 Desv.P 32,6 16,6 Assimetria Curtose -0,099 -0,45 -0,092 1,24 Nas Tabela V-3 e V-4 são apresentados os resultados da estatística básica sobre as séries de pressão; os filtros passa baixa de Thompson removeram uma faixa de 1 a 2% da variância original e houve um aumento significativo na assimetria. Tabela V-3 Estatística básica das séries de pressões Ponto latitude longitude 12 9 10 8 7 11 -25,00 -27,50 -27,50 -25,00 -25,00 -25,00 -40,00 -45,00 -42,50 -42,50 -45,00 -47,50 Media 1016,56 1016,58 1016,98 1016,31 1015,65 1015,71 Mínimo Máximo 1004,30 1004,70 1005,10 1004,00 1003,00 1003,40 1031,10 1033,50 1033,30 1031,50 1029,00 1032,70 Variância 24,69 29,53 30,68 26,79 26,12 24,87 Desv. P. 4,97 5,43 5,54 5,18 5,11 4,99 Assimetria 0,31 0,24 0,27 0,25 0,22 0,25 Curtose -0,24 -0,39 -0,33 -0,44 -0,66 -0,33 Tabela V-4 Estatística básica das séries de pressões filtradas Ponto 12 9 10 8 7 11 latitude -25,00 -27,50 -27,50 -25,00 -25,00 -25,00 longitude Média -40,00 -45,00 -42,50 -42,50 -45,00 -47,50 1016,56 1016,58 1016,98 1016,31 1015,65 1015,71 Mínimo 1004,77 1005,07 1005,49 1005,06 1004,68 1004,51 Máximo 1030,66 1033,48 1033,44 1031,43 1028,72 1032,44 Variância 24,11 29,01 30,08 26,24 25,62 24,20 Desv. P. 4,91 5,39 5,48 5,12 5,06 4,92 Assimetria Curtose 0,34 0,27 0,30 0,28 0,25 0,27 -0,25 -0,40 -0,34 -0,45 -0,68 -0,32 Nas tabelas seguintes, Tabela V-5 e Tabela V-6, são apresentados resultados da estatística básica sobre as componentes da tensão nos diferentes pontos considerados no estudo. Olhando para a variância total, o filtro passa baixa otimizável de Thompson removeu para o ponto 5, maior variância entre as componentes zonais, que foi de 14,5% e 48 menor variância entre as componentes meridionais correspondente a 10,06%; quanto a assimetria, foi positiva e com um aumento de 0,13 para a componente zonal e negativa com aumento de 0,18 para a componente meridional. No ponto 4, os valores de variância removidos foram próximos, sendo para as componentes zonal e meridional, 12,9% e 12,4% respectivamente, e as assimetrias são positivas com aumentos de 0,19 e 0,12 para as componentes zonais e meridionais respectivamente. Para o ponto 3, as variâncias para as componentes zonal e meridional foram de 10,9% e 13,3% respectivamente, quanto à assimetria neste ponto, ele foi positiva, com uma diminuição de 0,07 e 0,09 para as componentes zonal e meridional respectivamente. Para o ponto 2, entre as variâncias removidas foi maior a da componente meridional e assim como para todas as outras componentes que foi de 15,5%, e sua componente zonal também foi removida variância relativamente maior que foi de 13,6%. Para a assimetria neste ponto, foi positiva com um aumento de 0,11 na componente zonal e uma diminuição de 0,19 na componente meridional. Quanto ao ponto 1 e o mais distante de todos, as variâncias removidas para as componentes zonal e meridional foram de 10,6% e 11,8% respectivamente, e a assimetria foi de positiva com uma diminuição de 0,4 para a componente zonal e negativa com diminuição de 0,06 para a componente meridional. Tabela V-5 Estatística básica das componentes da tensão de vento Latitude -23,804 -23,804 -25,709 -25,709 -27,614 Longitude -40,625 -42,5 -44,375 -46,25 -44,375 Componte Média Mínimo Máximo Variância Desv.P. Assimetria Tx(5) -39,15 -258,00 509,43 4090,82 63,96 0,98 Curtose 8,30 Ty(5) -35,17 -487,36 304,19 9788,27 98,94 -0,43 1,14 Tx(4) -36,47 -259,40 430,63 4062,01 63,73 0,97 7,48 Ty(4) -23,30 -386,35 352,94 7261,33 85,21 0,04 1,98 Tx(3) -46,75 -387,71 679,45 8821,23 93,92 1,04 8,75 Ty(3) -13,99 -438,61 429,50 8801,04 93,81 0,26 3,00 Tx(2) -37,19 -334,05 595,33 6134,40 78,32 1,73 14,02 Ty(2) 3,06 -330,29 463,76 5463,45 73,92 1,01 4,73 Tx(1) -44,55 -367,09 1040,30 10740,12 103,63 1,92 16,09 Ty(1) -12,32 -506,09 433,80 10145,75 100,73 -0,29 3,08 49 Tabela V-6 Estatística básica das componentes da tensão de vento filtradas Latitude -23,804 -23,804 Longitude -40,625 -42,5 Componte Média Mínimo Máximo Variância Desv.P. Assimetria Curtose Tx(5) -39,14 -207,33 390,72 3498,65 59,15 1,11 7,73 Ty(5) -35,16 -327,91 220,27 8802,79 93,82 -0,25 0,17 Tx(4) -36,47 -191,18 404,12 3539,41 59,49 1,16 8,09 Ty(4) -23,30 -294,42 306,48 6359,20 79,74 0,16 1,04 Tx(3) -46,74 -323,43 534,24 7857,17 88,64 0,97 6,92 -342,13 357,92 7629,40 87,35 0,17 1,71 -25,709 -44,375 Ty(3) -13,97 Tx(2) -37,18 -246,82 556,93 5299,59 72,80 1,84 13,21 -25,709 -46,25 Ty(2) 3,08 -254,76 355,01 4616,99 67,95 0,82 2,97 Tx(1) -44,55 -322,85 736,73 9590,97 97,93 1,52 9,57 Ty(1) -12,30 -418,79 307,63 8949,59 94,60 -0,35 1,82 -27,614 V.6. -44,375 Resultados da estatística no domínio do tempo Olhando para as correlações cruzadas entre o nível médio do mar e as pressões, correspondendo às fases temporais de máxima correlação, suas distâncias e direções dos pontos em relação à estação maregráfica, nota-se que há um certo crescimento dos valores da correlação cruzada com o aumento da distância. Quanto aos atrasos na resposta do NMM encontrados nas correlações cruzadas entre o nível médio do mar e as pressões, verificou-se na Figura V-14 um atraso de 120 horas que, para pontos com interferência de ambientes continentais como o ponto 11 que se encontra mais próximo à costa (ver mapa da Figura V-1). Para os restantes pontos de pressão situados no mar aberto, de 7 a 12 como mostra o mapa da Figura V-1, as correlações cruzadas com o NMM são mostradas nas figuras (ver em ANEXO-E), em que o NMM têm atrasos em relação aos efeitos da pressão de 30 horas, 48 horas, 36 horas, 30 horas e 24 horas respectivamente. 50 0.1 0.05 0 cc 2 -7 6 -6 0 -6 -5 4 8 -4 2 -4 6 -3 0 -3 4 -2 8 -1 2 -1 -6 0 6 12 18 24 30 36 42 48 54 60 66 72 -0.05 -0.1 -0.15 -0.2 k Figura V-14-Correlação cruzada entre o NMM e a pressão no ponto 11 como mostra o mapa na página 35 para o ano de 1999. As correlações cruzadas entre o NMM e as componentes da tensão do vento, são apresentadas para as componentes zonal e meridional nas Figura V-15 e Figura V-16 respectivamente, e as figuras para restantes pontos são apresentados no (ANEXO-E). Foi observado que nos pontos 4 e 5 de latitudes menores houve maior atraso na resposta do NMM a componentes meridionais, de 54 e 48 horas respectivamente, enquanto que na componente zonal, houve atrasos de 12 e 6 horas respectivamente. Para os pontos 3, 2 e 1 apresentados no mapa da Figura V-1, obteve-se um atraso na resposta do NMM às tensões de vento, de 6 horas nas componentes meridionais. Quanto aos atrasos na resposta do NMM as componentes zonais dos últimos três pontos, foram de 18 horas, 24 horas e 18 horas respectivamente. 51 0.5 0.4 cc 0.3 0.2 0.1 68 63 58 53 48 43 38 33 28 23 18 8 13 3 -2 -7 -1 2 -2 2 -1 7 -3 2 -2 7 -4 2 -3 7 -5 2 -4 7 -6 2 -5 7 -7 2 -6 7 0 -0.1 k Figura V-15-Correlação cruzada entre o NMM e a componente zonal da tensão no ponto 5 mostrado no mapa da página 35 para o ano de 1999. 0.3 0.2 0.1 68 63 58 53 48 43 38 33 28 23 18 13 8 3 -2 -7 -1 2 -2 2 -1 7 -3 2 -2 7 -4 2 -3 7 -5 2 -4 7 -6 2 -5 7 -7 2 -6 7 cc 0 -0.1 -0.2 -0.3 -0.4 k Figura V-16- Correlação cruzada entre o NMM e a componente meridional da tensão no ponto 5 mostrado no mapa da página 35 para o ano de 1999. 52 Em seguida na Figura V-17, são apresentadas curvas de destribuição de densidade de probabilidade contínua e normal, e na Figura V-18 são apresentadas curvas de permanência contínua e normal do nível médio do mar, onde se apresntam alturas até 85 centímetros ocorrem abaixo de 5% de probabilidade, e a média do nível médio está acima de 50% de probabilidade de ocorrência, enquanto que alturas de 140 centímetros ocorrem com 95% de probabilidade 0.14 Probabilidade de ocorrência 0.12 Contínua 0.10 Normal 0.08 0.06 0.04 0.02 0.00 60 65 70 75 80 85 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 140 145 150 155 160 165 170 175 180 Limite superior da classe (cm) Figura V-17-Curva de densidade de probabilidade do NMM em classes de (5 cm) para o ano de 1999. 1.1 1 0.9 0.8 Permanência 0.7 0.6 0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 Contínua Normal 0 60 65 70 75 80 85 90 95 100 105 110 115 120 125 130 135 140 145 150 155 160 165 170 175 180 Limite superior da classe (cm) Figura V-18-Curva de permanência do NMM em classes de (5 cm) para o ano de 1999 53 V.7. Análise estatística no domínio da freqüência De uma forma geral, análises estatísticas sobre parâmetros atmosféricos consideram os dados separados em partições de três meses consecutivos. Neste trabalho, usada uma outra partição do ano, que considera os dados centrados nos solstícios e equinócios, devido a ensolação e ao posicionamento da terra em relação ao sol que é diferente em cada partição do ano. Ao considerar as partições anuais de três meses, quanto ao estudo da análise espectral, afim de detectar a ocorrência de eventos em baixa freqüência, houve a necessidade de se aumentar o alisameto, o que implicou em uma baixa resolução sobre as análises nestes períodos. As figuras mostram os resultados da análise espectral sobre o período correspondente a 1° de janeiro até 31 de março. Os demais períodos não são apresentados por estes apresentarem seus resultados com comportamentos idênticos a esta primeira partição. Figura V-19- Espectro cruzado entre o NMM e a pressão para JFM de 1999, com intervalo de confiança de 95%. 54 Figura V-20- Espectro cruzado entre o NMM e as componentes zonais da tensão para JFM de 1999, com intervalo de confiança de 95%. Figura V-21-Espectro cruzado entre o NMM e as componentes meridionais da tensão para JFM de 1999, com intervalo de confiança de 95%. 55 Devido à baixa resolução encontrada na análise das partições de três meses consecutivos, bem como por considerações termodinâmicas relacionadas ao posicionamento da terra em relação ao sol. A análise espectral neste trabalho foi feita com todas as séries de dados em partições centradas nos equinócios e solstícios de 1999. Quanto aos resultados da análise espectral da primeira partição considerada para dados centrados no equinócio de outono de 1999, as densidades espectrais entre o NMM e a pressão, assim como o NMM e as componentes zonais e meridionais da tensão, são apresentadas nas Figura V-22, Figura V-25 e Figura V-28 respectivamente, e suas coerências são apresentadas nas Figura V-23, Figura V-26 e Figura V-29 respectivamente. As fases são apresentadas na Figura V-24, Figura V-27 e Figura V-30. O resumo das características espectrais do NMM em relação as forçantes atmosféricas, é apresentado entre a Tabela V-7 a Tabela V-9. Nas densidades espectrais cruzadas entre o NMM e a pressão, foi observado que apresentaram picos altos nas freqüências correspondentes a 21,3 dias, seguida de 9,1 dias, continuando em ordem decrescente, 5,8 dias, 16 dias e entre 3,5 dias a 4 dias. Tendo em todas as freqüências valores mais altos para a pressão, nos pontos 9 seguido do ponto 10, e valores mais baixos para o ponto 11. Para as componentes da tensão do vento, os picos mais altos para as duas componentes, foram nos pontos 1 seguido do ponto 3, e picos mais baixos para a componente zonal foi o ponto 4, e para a componente meridional foi o ponto 5. Todos os pontos referidos são ilustrados no mapa apresentado na figura V-1. Na primeira tabela desta seção observa-se que o ponto de pressão numero 11, é o menos coerente com as série do NMM. Para estas partições foram considerados períodos de 104 dias para a análise espectral, que foi feita atravez de um programa dezenvolvido no MatLab, com o uso da função spectrum (ver no ANEXO-C). 56 Figura V-22-Espectro cruzado entre o NMM a pressão centrada no equinócio de outono de 1999, com intervalo de confiança de 95% Figura V-23-Coerência entre o NMM e a pressão centrada no equinócio de outono de 1999, com intervalo de confiança de 95%. 57 Figura V-24-Fase entre o NMM e a pressão centrada no equinócio de outono de 1999, com intervalo de confiança de 95%. Figura V-25-Espectro cruzado entre o NMM e as componentes zonais da tensão centrada no equinócio de outono de 1999, com intervalo de confiança de 95%. 58 Figura V-26-Coerência entre o NMM e as componentes zonais da tensão centrada no equinócio de outono de 1999, com intervalo de confiança de 95%. Figura V-27 Fase entre o NMM e as componentes zonais da tensão centrada no equinócio de outono de 1999, com intervalo de confiança de 95%. 59 Figura V-28-Espectro cruzado entre o NMM e as componentes meridionais da tensão centrada no equinócio de outono de 1999, com intervalo de confiança de 95%. Figura V-29-Coerência entre o NMM e as componentes meridionais da tensão centrada no equinócio de outono de 1999, com intervalo de confiança de 95%. 60 Figura V-30 Fase entre o NMM e as componentes meridionais da tensão centrada no equinócio de outono 1999, com intervalo de confiança de 95%. Tabela V-7 Resumo das características da análise espectral cruzada entre o NMM e a pressão nos pontos considerados e centrados no equinócio de outono de 1999 Tempo de deslocamento da fase (hora) Fase (graus) Coerência Pressões Período em Dias Ponto 7 8 9 10 11 12 7 8 9 10 11 12 7 8 9 10 11 12 3.05 0.85 0.73 0.93 0.90 0.21 0.68 -128 -99 -115 -124 157 -139 -26 -20 -23 -25 32 -28 4.27 0.76 0.89 0.88 0.83 0.53 0.54 0 37 19 -1 -97 -25 0 10 5 0 -28 -7 5.33 0.77 0.65 0.65 0.71 0.41 0.78 149 158 155 147 -45 142 53 56 55 52 -16 50 61 9.14 0.93 0.96 0.99 0.96 0.31 0.79 77 94 84 78 98 69 47 57 51 47 60 42 16.00 0.80 0.79 0.79 0.80 0.10 0.77 -56 -51 -42 -48 46 -67 -59 -54 -45 -51 49 -71 21.32 0.74 0.89 0.89 0.78 0.52 0.62 -60 -41 -47 -59 -42 -79 -85 -58 -67 -83 -60 -112 Tabela V-8 Resumo das características da análise espectral cruzada entre o NMM e as componentes zonais da tensão nos pontos considerados e centrados no equinócio de outono de 1999 Componentes zonais da tensão do vento Período em Dias Pontos Tempo de deslocamento Fase (graus) de fase (hora) Coerência 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 3.6 0.88 0.77 0.74 0.43 0.52 114 123 101 -92 26 27 29 24 -22 6 3.8 0.99 0.74 0.84 0.42 0.61 114 141 114 16 40 29 36 29 4 10 4.0 0.89 0.70 0.70 0.73 0.95 116 136 105 -51 46 31 36 28 -13 12 4.3 0.49 0.87 0.90 0.80 0.79 95 116 97 11 64 27 33 28 3 18 5.8 0.49 0.67 0.79 0.67 0.70 77 101 55 78 10 30 39 21 30 4 9.1 0.90 0.54 0.68 0.38 0.48 40 48 35 -170 7 24 29 21 -103 4 16.0 0.61 0.60 0.55 0.63 0.78 52 58 52 73 25 56 62 55 77 27 21.3 0.70 0.69 0.62 0.60 0.69 29 33 17 55 -2 42 47 24 78 -3 Tabela V-9 Resumo das características da análise espectral cruzada entre o NMM e as componentes meridionais da tensão nos pontos considerados e centrados no equinócio de outono de 1999 Tempo de deslocamento Fase (graus) de fase (hora) Coerência Componentes meridionais da tensão do vento Período em Dias Pontos 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 3.6 0.73 0.63 0.69 0.77 0.93 72 100 83 62 33 72 100 84 62 33 3.8 0.76 0.39 0.60 0.65 0.67 85 124 95 59 16 85 124 95 60 17 4.0 0.74 0.79 0.75 0.89 0.70 48 95 62 46 26 48 96 62 46 26 4.3 0.91 0.84 0.85 0.87 0.91 34 52 31 17 -4 34 52 32 17 -4 62 5.8 0.81 0.67 0.74 0.53 0.84 -20 -13 -25 -53 -81 -20 -12 -24 -52 -81 12.8 0.72 0.58 0.88 0.94 0.72 -60 -48 -51 -52 -62 -59 -48 -50 -51 -61 16.0 0.50 0.48 0.57 0.82 0.90 -64 -37 -57 -85 -111 -63 -36 -56 -84 -110 21.3 0.82 0.81 0.79 0.91 0.93 -77 -61 -72 -100 -128 -75 -60 -70 -98 -126 Para a segunda partição, que compreende dados centrados no solstício de inverno de 1999, os resultados da análise espectral são apresentados, começando com a densidade espectral cruzada, entre as séries de dados do NMM e a presão, e o NMM com as componentes zonais e meridionais da tensão do vento, como se mostram nas Figura V-31, Figura V-34 e Figura V-37 respectivamente, e suas coerências são apresentadas nos gráficos das Figura V-32, Figura V-35 e Figura V-38 respectivamente. Quanto às fases entre a série do NMM e os parâmetros atmosféricos, são apresentados nas Figura V-33, Figura V-36 e Figura V-39. O resumo das características espectrais da análise feita para esta pertição, são apresentados da Tabela V-10 à Tabela V-12. Os maiores picos foram observados nas freqüências equivalentes a períodos de 5,8 dias, seguidas de 12,8 dias, continuando com 8 e 31 dias, para a pressão e a componente zonal da tensão; quanto à componente meridional da tensão, o pico mais alto foi em 5,8 dias seguido de 8 dias. Os picos mais altos para a pressão correspondem aos pontos 10 seguido do ponto 9, e mais baixos para os pontos 11, seguido do ponto 8. Para as componentes da tensão do vento, os picos mais altos correspondem aos pontos 1 seguido do 3, e os picos mais baixos, correspondem ao ponto 4. Todos os pontos referidos são ilustrados no mapa apresentado na figura V-1. Na Tabela V-10, observa-se que o ponto de pressão numero 11, é o menos coerente com a série do NMM, assim como o as componentes da tensão do vento no ponto número 4, para esta partição do ano. O mapa apresentado na figura V-1, mostra que o ponto 4 está mais próximo a estação maregráfica, enquanto que o ponto numero 11, esta distante mas muito próximo ao continente, pelo que sofre influencia de ambientes continentais. 63 Figura V-31-Espectro cruzado entre o NMM e a pressão, centrado no solstício de inverno de 1999, com intervalo de confiança de 95%. Figura V-32-Coerência entre o NMM e a pressão centrada no solstício de inverno de 1999, com intervalo de confiança de 95%. 64 Figura V-33 Fase entre o NMM e a pressão centrada no solstício de inverno de 1999, com intervalo de confiança de 95%. Figura V-34-Espectro cruzado entre o NMM e as componentes zonais da tensão centrada no solstício de inverno de 1999, com intervalo de confiança de 95%. 65 Figura V-35-Coerência entre o NMM e as componentes zonais da tensão centrada no solstício de inverno de 1999, com intervalo de confiança de 95%. Figura V-36 Fase entre o NMM e as componentes zonais da tensão centrada no solstício de inverno de 1999, com intervalo de confiança de 95%. 66 Figura V-37-Espectro cruzado entre o NMM e as componentes meridionais da tensão centrado no solstício de inverno de 1999, com intervalo de confiança de 95%. Figura V-38- coerência entre o NMM e as componentes meridionais da tensão centrada no solstício de inverno de 1999, com intervalo de confiança de 95%. 67 Figura V-39 Fase entre o NMM e as componentes meridionais da tensão centrada no solstício de inverno de 1999, com intervalo de confiança de 95%. 68 Tabela V-10 Resumo das características da análise espectral cruzada entre o NMM e a pressão nos pontos considerados e centrados no solstício de inverno de 1999 Tempo de deslocamento da fase (hora) Fase (graus) Coerência Pressões Período em Dias Pontos 7 8 9 10 11 12 7 8 9 10 11 12 7 8 9 10 11 12 2.9 0.79 0.72 0.80 0.78 0.23 0.75 -107 -63 -72 -101 -108 -134 -21 -12 -14 -20 -21 -26 3.0 0.92 0.87 0.88 0.85 0.71 0.83 -123 -79 -95 -126 -46 -153 -25 -16 -19 -26 -9 -31 3.2 0.86 0.80 0.93 0.94 0.67 0.87 174 -141 -179 158 -119 152 37 -30 -38 34 -25 32 3.4 0.72 0.73 0.70 0.70 0.63 0.72 99 137 113 95 124 82 22 31 25 21 28 19 3.6 0.74 0.56 0.69 0.71 0.07 0.77 52 88 66 49 -110 37 12 21 16 12 -26 9 69 3.8 0.82 0.85 0.84 0.78 0.76 0.76 51 80 65 47 -35 31 13 20 16 12 -9 8 4.3 0.85 0.75 0.83 0.83 0.65 0.83 -25 15 -15 -40 13 -53 -7 4 -4 -11 4 -15 5.8 0.91 0.93 0.89 0.91 0.01 0.93 -151 -118 -143 -157 24 -168 -59 -46 -56 -61 9 -65 8.0 0.94 0.91 0.96 0.96 0.36 0.93 54 95 63 50 -136 44 29 50 34 27 -73 24 10.7 0.73 0.43 0.67 0.81 0.01 0.89 -3 42 6 -9 -19 -21 -2 30 4 -7 -13 -15 12.8 0.95 0.75 0.91 0.93 0.42 0.97 -18 -9 -10 -14 1 -24 -16 -8 -9 -12 1 -20 Tabela V-11 Resumo das características da análise espectral cruzada entre o NMM e as componentes zonais da tensão nos pontos considerados e centrados no solstício de inverno de 1999. Tempo de deslocamento Fase (graus) de fase (hora) Coerência Componentes zonais da tensão do vento Período em Dias Pontos 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 2.9 0.86 0.81 0.72 0.89 0.67 144 153 -176 -143 169 28 30 -34 -28 33 3.4 0.71 0.74 0.77 0.86 0.75 70 73 96 102 114 16 16 22 23 26 3.6 0.66 0.87 0.91 0.97 0.61 52 55 80 86 107 12 13 19 20 25 3.8 0.85 0.90 0.88 0.96 0.58 26 44 74 84 88 7 11 19 21 22 4.3 0.82 0.67 0.78 0.71 0.69 56 78 54 28 15 16 22 15 8 4 70 5.8 0.90 0.85 0.86 0.75 0.80 49 36 35 23 27 19 14 14 9 10 7.1 0.70 0.76 0.77 0.67 0.57 -22 14 2 6 3 -10 7 1 3 2 8.0 0.89 0.92 0.92 0.87 0.82 -11 3 -2 -7 -13 -6 2 -1 -4 -7 9.1 0.71 0.77 0.74 0.75 0.68 -34 -18 -26 -37 -47 -21 -11 -16 -22 -29 10.7 0.94 0.91 0.90 0.87 0.85 -7 -8 -15 -27 -33 -5 -6 -11 -20 -24 12.8 0.80 0.84 0.79 0.73 0.71 45 33 31 22 22 38 28 26 19 19 Tabela V-12- Resumo das características da análise espectral cruzada entre o NMM e as componentes meridionais da tensão nos pontos considerados e centrados no solstício de inverno de 1999 Tempo de deslocament Fase (graus) o de fase (hora) Coerência Componentes meridionais da tensão do vento Período em Dias Pontos 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 2.9 0.86 0.86 0.84 0.86 0.86 103.72 119.94 98.24 49.17 28.72 20 23 19 10 6 3.4 0.95 0.98 0.97 0.85 0.77 25.36 49.11 27.12 -6.74 -26.59 6 11 6 -2 -6 3.6 0.91 0.86 0.89 0.98 0.97 12.01 37.42 14.13 -20.19 -49.82 3 9 3 -5 -12 3.8 0.92 0.95 0.91 0.82 0.79 9.71 24.50 8.03 -7.61 -28.01 2 6 2 -2 -7 4.3 0.95 0.78 0.82 0.86 0.87 16.91 26.10 13.76 -9.60 -30.13 5 7 4 -3 -9 71 5.8 0.90 0.90 0.89 0.88 0.89 6.06 20.73 9.04 -20.15 -48.22 2 8 4 -8 -19 7.1 0.92 0.96 0.93 0.91 0.88 -27.86 -8.02 -22.02 -50.11 -84.13 -13 -4 -10 -24 -40 8.0 0.94 0.90 0.91 0.95 0.99 -25.66 -3.93 -18.10 -37.20 -74.36 -14 -2 -10 -20 -40 9.1 0.97 1.00 1.00 0.99 0.98 -47.99 -33.84 -42.72 -48.16 -62.59 -29 -21 -26 -29 -38 10.7 0.77 0.71 0.77 0.91 0.90 -47.01 -37.87 -44.01 -54.53 -71.85 -33 -27 -31 -39 -51 12.8 0.53 0.63 0.44 0.49 0.72 -6.45 -4.18 -6.95 -52.68 -95.42 -6 -4 -6 -45 -81 A terceira e ultima partição neste trabalho, corresponde aos dados centrados no equinócio de primavera de 1999. E os resultados da análise espectral são apresentados para cada parâmetro e o NMM, começando com a densidade espectral cruzada entre o NMM e a pressão, e o NMM e as componentes zonais e meridionais da tensão como mostram os gráficos da Figura V-40, Figura V-43 e Figura V-46 respectivamente. Quanto as coerências que mostram o quanto as forçantes atmosféricas estão relacionadas com o NMM, são mostrados nos gráficos da Figura V-41, Figura V-44 e Figura V-47 respectivamente. Para as fases entre o NMM e as as forçantes atmosféricas, são apresentadas na Figura V-42, Figura V-45 e Figura V-48 sucessivamente. Os resumos das características espectrais para esta partição do ano, são apresentados na Tabela V-13 para o NMM e a pressão, e para o NMM e as componentes zonais e meridionais, nas Tabela V-14 e Tabela V-15 respectivamente. Ao analisar a densidade espectral cruzada entre o NMM e a pressão, notase que os picos altos na ordem decrescente deram-se nas freqüências correspondentes aos períodos de 21,3 dias, 16 dias, 6,3 dias, 9 dias, 12 dias, sucessivamente. Quanto as componentes da tensão do vento, os picos altos se deram em 16 dias, seguidos de 6,3 dias e 12 dias respectivamente. Os picos mais altos para a pressão, corresponderam aos pontos 9 e 10, e os mais baixos, foram para os pontos 11 e 12. Nas componentes da tensão do vento, os picos altos foram para os pontos 1 e 3, enquanto que os picos mais baixos foram para o ponto 4. Os pontos que se referem ao longo do texto, são apresentados no mapa que mostra a região de estudo, na figura V-1. Nos resultados das coerências entre as séries, observa-se nos gráficos que, nas freqüências em que a densidade espectral cruzada apresenta picos altos de energia, os valores da coerência são altos. Para os gráficos de fase, a cada freqüência as séries atmosféricas se apresentam atrasadas e outras adiantadas em relação ao nível médio do mar, e nas tabelas além do resumo das características das partições do ano vistos pela análise espectral, são apresentados os tempos de deslocamento de fase para cada freqüência. A discussão destes resultados será feita no capítulo seguinte. 72 Figura V-40-Espectro cruzado entre o NMM e a pressão centrado no equinócio de primavera de 1999, com intervalo de confiança de 95%. Figura V-41- Coerência entre o NMM e a pressão centrada no equinócio de primavera de 1999 com intervalo de confiança de 95%. 73 Figura V-42 -Fase entre o NMM e a pressão centrada no equinócio de primavera de 1999 com intervalo de confiança de 95%. Figura V-43-Espectro cruzado entre o NMM e as componentes zonais da tensão centrado no equinócio de primavera de 1999 com intervalo de confiança de 95%. 74 Figura V-44-Coerência entre o NMM e as componentes zonais da tensão centrado no equinócio de primavera de 1999, com intervalo de confiança de 95%. Figura V-45- Fase entre o NMM e as componentes zonais da tensão centrada no equinócio de primavera de 1999, com intervalo de confiança de 95%. 75 Figura V-46-Espectro cruzado entre o NMM e as componentes meridionais da tensão centrado no equinócio de primavera de 1999, com intervalo de confiança de 95%. Figura V-47-Coerência entre o NMM e as componentes meridionais da tensão centrado no equinócio de primavera de 1999, com intervalo de confiança de 95%. 76 Figura V-48- Fase entre o NMM e as componentes meridionais da tensão centrada no equinócio de primavera de 1999, com intervalo de confiança de 95%. Tabela V-13 Resumo das características da análise espectral cruzada entre o NMM e a pressão nos pontos considerados e centrados no equinócio de primavera de 1999 Tempo de deslocamento da fase (hora) Fase (graus) Coerência Pressão Período em Dias Pontos 7 8 9 10 11 12 7 4.3 0.60 0.58 0.50 0.62 0.20 0.83 -85 6.4 0.82 0.70 0.78 0.82 0.12 0.82 -162 16.0 0.74 0.70 0.75 0.77 0.39 0.77 -40 21.3 0.84 0.84 0.80 0.81 0.09 0.83 -63 31.9 0.68 0.62 0.74 0.73 0.49 0.57 -118 8 -59 -142 -16 -55 -112 9 10 11 12 7 8 9 10 11 12 -65 -84 130 -102 -24 -17 -18 -24 37 -29 -156 -169 111 -179 -69 -61 -66 -72 47 -76 -31 -42 15 -52 -43 -17 -33 -45 16 -55 -60 -62 -65 -66 -90 -77 -86 -88 -92 -94 -118 -119 -116 -117 -251 -238 -251 -253 -247 -249 77 Tabela V-14 Resumo das características da análise espectral cruzada entre o NMM e as componentes zonais da tensão nos pontos considerados e centrados no equinócio de primavera de 1999 Tempo de deslocamento Fase (graus) de fase (hora) Coerência Componentes zonais da Tensão do vento Período em Dias Pontos 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 5.8 0.53 0.52 0.53 0.56 0.69 51 51 36 -6 -39 20 20 14 -2 -15 6.4 0.81 0.78 0.75 0.67 0.55 28 38 19 -5 -27 12 16 8 -2 -11 8.0 0.46 0.54 0.67 0.70 0.63 154 142 148 129 121 82 76 79 69 65 16.0 0.96 0.92 0.95 0.83 0.74 5 1 -2 -13 -11 5 1 -3 -14 -12 21.3 0.50 0.56 0.47 0.37 0.37 17 16 17 18 29 24 23 24 25 41 Tabela V-15 Resumo das características da análise espectral cruzada entre o NMM e as componentes meridionais da tensão nos pontos considerados e centrados no equinócio de primavera de 1999 Tempo de deslocamento de fase (hora) Fase (graus) Coerência Componentes meridionais da tensão do vento Período em Dias Pontos 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 3.6 0.78 0.84 0.89 0.73 0.62 110 150 126 107 80 26 36 30 25 19 4.3 0.68 0.54 0.70 0.54 0.27 -6 -14 -19 -50 -83 -2 -4 -5 -14 -23 5.8 0.88 0.77 0.80 0.77 0.77 -8 12 -13 -49 -73 -3 5 -5 -19 -28 6.4 0.74 0.61 0.67 0.76 0.87 -31 -1 -30 -54 -77 -13 0 -13 -23 -33 78 10.7 0.58 0.47 0.57 0.67 0.78 -56 -49 -61 -73 -77 -40 -35 -43 -52 -55 12.8 0.87 0.87 0.88 0.93 0.80 -51 -41 -52 -65 -75 -44 -35 -45 -56 -64 16.0 0.78 0.82 0.84 0.95 0.93 -33 -23 -30 -69 -114 -35 -24 -31 -74 -121 21.3 0.54 0.70 0.69 0.76 0.76 -71 -38 -66 -119 -139 -101 -55 -94 -169 -198 CAPÍTULO VI DISCUSSÃO DE RESULTADOS VI.1. Caracterização do regime de ventos Uma vez que existem dois tipos de frentes frias, e atendendo e considerando apenas os dados usados, seria fundamental levar em consideração outros fatores para identificar as frentes que chegam à região, quanto ao tipo, como frente polar continental, frente polar marítima, assim como a sua trajetória. Ao associar a elevação e o rebaixamento do nível médio do mar com as tensões dos ventos, para os dados verificados no estudo, nota-se que as tensões longitudinais a costa são mais pronunciadas. Na área de estudo, o comportamento dos ventos assim como da pressão, as médias diárias ao longo de vinte anos, desde 1979 até 1998 nos diversos pontos em estudo, foi observada predominância de ventos de nordeste nos meses de janeiro a abril e de agosto a dezembro, com médias de 3 m/s, e de noroeste nos meses de maio a julho de 1 m/s. Em alguns pontos mais afastados da costa há predominância de ventos de noroeste em janeiro e fevereiro, de março a agosto ventos de sudoeste com maior tendência à oeste, setembro e outubro de noroeste, novembro e dezembro de sudoeste. Para a pressão, a média de janeiro à abril é de 1013 hPa, e de maio a agosto com média de 1018 hPa e de setembro a dezembro com 1014 hPa. VI.2. Análise dos resultados no domínio do tempo Neste trabalho, foram considerados valores máximos de correlação entre o NMM, pressão e as componentes da tensão de vento. Para a estação maregráfica única que foi usada, seus dados foram correlacionados com os demais pontos de pressão e tensões de vento que fazem a malha que cobre a região do mar aberto sul e sudeste do Brasil como mostra a Figura VI-1. 79 Figura VI-1- Localização da estação maregráfica e a área do mar aberto coberta pela grade dos pontos de coleta de dados de reanálise, onde os números 1 a 6 representam pontos de ventos e 7 a 12 representam pontos de pressão, modificado de Pugh (1987). Quanto à análise da interação do sistema oceano-atmosfera, feita no domínio do tempo, sobre o efeito do barômetro invertido no nível médio do mar, foi identificado um evento significativo no dia 31 de maio às 18:00 horas. A elevação no nível médio do mar, coincidiu com o sistema de baixas pressões nos pontos sobre a região. Uma vez que no hemisfério sul sistemas de baixa pressão são acompanhados por ventos com sentido horário, segundo o deslocamento de Ekman que é feito a esquerda do sentido do movimento do vento, os resultados mostraram que sistemas de baixa pressão empilham água na costa, enquanto que os sistemas de alta pressão retiram a água da costa. Considerando a análise estatística no domínio de tempo, olhando para os resultados das correlações cruzadas entre o NMM e a pressão atmosférica foram encontrados seguintes atrasos. No ponto 7, com a correlação cruzada de -0,39 atrasa em 30 horas; o ponto 8, com correlação de -0,37, tem um atraso de 48 horas; ponto 9 com correlação de -0,44 e atraso de 36 horas; ponto 10, com correlação de -0,44, atraso de 30 horas; ponto 11 apresentou maior irregularidade, tendo resultado da correlação cruzada um atraso de 120 horas com correlação mais baixa no valor de -0,163. Este fato pode estar associado à influência de ambientes continentais como a fisiografia. No ponto 12, houve correlação de 0,42 e um atraso de 24 horas. 80 Para as correlações cruzadas entre o NMM e as componentes da tensão zonal de vento nos pontos estudados foram registrados os seguintes atrasos: para o ponto 1, com a correlação cruzada na componente zonal de 0,47, apresenta um atraso em 24 horas; no ponto 2, com a correlação cruzada de 0,48 na componente zonal tem atraso de 24 horas; para ponto 3, com a correlação cruzada de 0,47, e um atraso de 18 horas para a componente zonal; no ponto 4, com a correlação cruzada de 0,43 na componente zonal se atrasa em 12 horas; e o ultimo ponto o número 5, com a correlação cruzada de 0,43 na componente zonal tem um atraso de 6 horas. Para as componentes meridionais da tensão de vento, para o ponto 1, com a correlação cruzada na componente meridional de 0,31, vem com um atraso de 6 horas; no ponto 2, com a correlação cruzada de 0,39 na componente meridional um atraso de 6 horas; no ponto 3, com a correlação cruzada na componente meridional de 0,29 atrasa em 6 horas; ponto 4, com correlação cruzada na componente meridional de -0,33 mostra um atraso de 54 horas; no ponto 5, com a correlação negativa na componente meridional de -0,35, tem um atraso de 48 horas. Quanto aos atrasos em relação aos pontos de tensão de vento, os valores altos encontrados nas correlações entre o NMM e as componentes zonais da tensão nos pontos 4 e 5, se refletem também nos grandes atrasos da resposta do nível médio do mar para os pontos 2 e 3 que apresentam valores baixos de correlação. Estes resultados estão numa faixa próxima aos resultados obtidos por outros pesquisadores, como TRUCCOLO (1998), que verificou em seus estudos atrasos na pressão variando entre 27 a 35 horas, e com uso de ventos locais, teve atrasos na tensão do vento entre 10 a 12 horas de atuação, visto pela correlação cruzada. Por outro lado estes resultados mostram como o NMM responde à componente longitudinal da tensão à costa. Olhando para o comportamento de ondas longas forçadas pelas perturbações na pressão atmosférica e comparando a velocidade do sistema de baixa pressão com a velocidade de grupo das ondas, foi observado que na região de estudo no dia 31 de maio de 1999, quando houve uma elevação do nível do mar, a pressão e o deslocamento se encontravam em fase. VI.3. Distribuição estatística do NMM Quanto à distribuição da densidade de probabilidade do nível médio do mar, para classes espaçadas em 5 centímetros, o nível médio foi de 116,3 cm e, quanto a 81 permanência, observou-se que o valor médio está em 55% de ocorrência. O desenvolvimento da curva de densidade de probabilidade contínua do NMM aproxima-se da curva de densidade de probabilidade normal. VI.4. Análise dos resultados no domínio da freqüência Olhando para os resultados obtidos dos espectros cruzados entre o NMM, as pressões, e as componentes zonais da tensão do vento para séries centradas nos equinócios foram observados comportamentos semelhantes em termos de picos de energia, para cada variável sobre determinadas freqüências sendo os maiores correspondentes a períodos de 21,3 dias, 16 dias, 9 dias e 6 dias respectivamente. Para os espectros cruzados entre o NMM e as componentes meridionais da tensão do vento, os picos maiores de energia se apresentam na ordem decrescente para 12 dias, 8 dias seguido de 21 dias e 5,8 dias respectivamente. Para os dados centrados no solstício de inverno, ambos espectros apresentam picos maiores na freqüência correspondente a 5,8 dias, para a pressão e as componentes zonais, seguem com picos em 12,8 dias e 8 dias respectivamente, enquanto que para as componentes meridionais seguem com 8 e 12,8 dias respectivamente. Estes picos em maiores para 5,8 dias nos dados centrados no solstício de inverno podem ser justificados com a freqüente passagem de sistemas frontais que se intercalam de 4 a 7 dias sobre a região nessa época do ano. Olhando para a análise da coerência entre os dados do NMM e os de pressão e componentes da tensão do vento para as diferentes épocas, nota-se que, para o equinócio de outono, o NMM e as pressões se mostram coerentes nas freqüências correspondentes a 21,3 dias seguido de 16 dias, 9 dias, 14 dias, 5,3 dias, 4,2 dias e 3 dias. Já para as componentes zonais da tensão do vento apresentam-se mais coerentes com o NMM nas freqüências equivalentes a 21,3 dias seguido de 16 dias, 9 dias, 4, 2 dias, 4 dias e 3,7 dias, equanto que as componentes meridionais da tensão com o NMM nesta época, se apresentam mais coerentes nas freqüências correspondentes aos períodos de 21,3 dias, 16 dias, 12,8 dias, 10,6 dias, 6,3 dias , 5,8, dias 4,2 dias e 3,5 dias. Para o solstício de inverno as coerências do NMM com a pressão foram altas para freqüências de períodos de 12,8 dias, 10,6 dias 6, 8 dias, 5,8, dias 4,2 dias e para a banda de 3,7 dias a 2,9 dias. Para as componentes zonais da tensão, foram altas nas bandas entre 8 a 82 12,8 dias e 5,3 dias a 5,8 dias por fim na banda entre 2,9 dias a 4,2 dias. As com as componentes meridionais apresentaram coerência alta para períodos nas bandas de 7,1 a 10,66 dias, e de 5,3 dias a 5,8 dias, 3,3 dias a 4,5 dias, 2,9 dias a 3 dias, seguido de 2,4 dias e 2,2 dias. Para o equinócio de primavera, a coerência do NMM com a pressão é alta para períodos de 21,3 dias, 16 dias, 6,3 dias e 4,2 dias, para as componentes zonais a coerência é alta para freqüências correspondentes a 16 dias, 8 dias e para 6,3 dias e 5,8 dias. As componentes meridionais da tensão se apresentam mais coerentes com o NMM na banda de 10,6 dias a 21,3 dias e 6,3 dias, 5,8 dias, 4,2 dias e 3,5 dias. Para os picos altos encontrados nas análises espectrais cruzadas entre o NMM e a pressão, bem como entre o NMM e as componentes da tensão do vento, nas freqüências correspondentes a 10 dias, 16 dias e 21 dias, resultados semelhantes foram encontrados, nas pesquisas feitas por PAIVA (1993), CASTRO e LEE (1995) os quais atribuem que seja o efeito da ocorrência de ondas na plataforma continental, e CARVALHO (2003) encontra os mesmos picos e aponta como causas, os efeitos de perturbações meteorológicas remotas ou mesmo locais não identificados. Por sua vez, KALIL (1999) recomendava a pesquisa para eventos com períodos superiores a 10 dias. E o presente estudo reforça tal recomendação, tendo em vista a maior abrangência dos estudos conduzidos. E para os picos de maior energia nas freqüências correspondentes a períodos entre 3 dias a 6 dias, os pesquisadores acima citados, identificam como sendo efeitos de ocorrência de sistemas de baixa pressão, acompanhados de frentes frias como mostra também JONG et al. (2003), em seus estudos sobre a geração de seiches por frentes frias ao sul do Mar do Norte. Picos com estes períodos de ocorrência na região de estudo são maiores para as análises feitas com os dados centrados no solstício de inverno. Quanto à contribuição adicional em relação às pesquisas feitas por SILVA (1992) e KALIL (1999) sobre a variação do nível médio do mar no litoral fluminense, neste trabalho foram considerados os efeitos da pressão e da tensão do vento sobre o nível médio do mar,já recomendado por eles como o desenvolvimento de estudos de correlações entre o NMM, a pressão e o vento. Ao mesmo tempo, não foi levada em consideração a temperatura da água do mar, assim como o índice pluviométrico. 83 CAPÍTULO VII CONCLUSÕES O processo de verificação e validação dos dados maregráficos observados identificou as falhas cometidas pelo observador sobre as leituras na régua, atraso na mudança de papel, incompatibilidade entre as datas e horas de leituras registradas nos maregramas e nos relatórios, ajuste do horário de verão, assim como os atrasos em consertar problemas mecânicos no marégrafo. Estas falhas tiveram influência negativa sobre a qualidade dos dados, como o preenchimento de períodos entre horas a poucos dias com o valor médio entre os extremos do intervalo, e vários maregramas que tiveram que ser afastados do processo de análise. Quanto ao processo de tratamento dos dados maregráficos, foi usado o método proposto por KALIL (1999) que consiste na correção de séries observadas de nível do mar com a série de nível prevista que é obtida pela combinação entre a previsão harmônica e o NMM obtido pela filtragem dos dados, confirmou-se ser este método mais prático em relação àquele empregado pela Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), ao mesmo tempo que apresenta limitação quando propõe o preenchimento de certas lacunas com o valor médio entre o primeiro e o último valor do intervalo em causa pois, dependendo dos valores e do comprimento do intervalo, no cálculo do nível médio do mar, essa faixa podese apresentar como um rebaixamento ou sobre- elevação no nível médio do mar. Isto pode comprometer a correlação cruzada dos dados de pressão e tensões de vento, quando estes forem cruzados com o nível médio do mar, pelo fato de nesse instante não serem observados picos de baixa nem de alta pressão, nem mesmo ocorrência de frentes frias. Devido aos bons resultados obtidos por THOMPSON (1983), às comparações feitas por SILVA (1992), às eficiências confirmadas por PAIVA (1993) e KALIL (1999), foi usado o filtro passa baixa ótimo de Thompson para remoção de freqüências altas nas séries observadas do nível do mar. Para os dados de maré foram usadas freqüências de corte de 6,4°/h e 11,2°/h. Foi criado um novo filtro para dados atmosféricos com a janela de tempo de 10 dias e amostragem de 6 horas, para este, foram usadas freqüências de corte de 38,4°/6h e 67,2°/6h levando em consideração que os dados são amostrados em intervalos de 6 horas. 84 Concluiu-se também que o quanto estudo de probabilidade de permanência do nível médio do mar em Piraquara, alturas de 85 centímetros ocorrem em 5% e a média do NMM em 116 centímetrostem mais de 50% de probabilidade de ocorrência, e em 95% de probabilidade de ocorrência é de alturas de 140 centímetros. Atendendo as recomendações feitas por alguns autores, este estudo mostrou o quanto os fenômenos atmosféricos estão relacionados com as variações do NMM. As análises estatísticas no domínio do tempo permitiram chegar à conclusão que o ponto 11 localizado nas coordenadas de latitude, 25° 0’0”S e longitude de 47°30’0”W sob influências continentais, não é representativo para estudos de correlações entre as variações do nível do mar em Piraquara, e valores de pressão Para os restantes pontos, localizados em mar aberto as variações de pressão se correlacionam melhor com o NMM na estação maregráfica e seus atrasos estão na faixa temporal de 24 a 48 horas, resultados estes que coincidem com de outros trabalhos feitos sobre a mesma região Sul e Sudeste do Brasil. Para as componentes da tensão do vento, de acordo com suas localizações geográficas em relação à estação, os pontos 4 e 5, mais a este, suas componentes zonais correlacionam-se melhor com o nível médio do mar em Piraquara em relação às componentes meridionais, enquanto que os pontos 1, 2 e 3, ao sul, suas componentes meridionais se correlacionam melhor com o nível médio do mar em relação às componentes zonais da tensão do vento com atrasos de 6 e 12 horas também para as componentes zonais nos pontos a este. Desta forma olhando para o efeito das componentes bem correlacionadas com o nível médio do mar na estação e suas localizações geográficas, concluiu-se que o efeito da tensão de vento longitudinal à costa se faz sentir na região de estudo. Contrariando a forma habitual de agrupar os dados ao longo do ano em partições de três meses consecutivos, neste trabalho foram consideradas partições do ano centradas em solstícios e equinócios. A análise espectral feita sobre as partições consideradas, mostrou comportamentos diferentes entre si, tendo se observado picos de maior energia em freqüências mais baixas nos equinócios, o que revelou a presença de influência de outros fatores ainda não identificados nos períodos correspondentes a 16 e 21 dias. Para os solstícios, os espectros cruzados mostraram picos mais altos de energia nas freqüências correspondentes a períodos de 5 a 7 dias, que correspondem à existência de depressões acompanhadas ou não de frentes frias. 85 Assim sendo, conclui-se que o nível médio do mar responde bem as variações atmosféricas em pontos remotos em relação a estação, que os pontos locais habitualmente usados para estudos do genero. A análise espectral revelou também que pontos de pressão com influências continentais não são significativos sobre as variações do nível médio do mar em Piraquara, pois apresentaram valores mais baixos de coerência em todo espectro de freqüências assim como suas fases que na maioria das freqüências apresentaram sinais contrários aos dos restantes pontos de pressão em todas as partições do ano. Os pontos mais oceânicos tiveram melhores resultados em todas análises feitas, sendo assim os mais recomendados. 86 CAPÍTULO VIII RECOMENDAÇÕES Quanto ao tratamento dos dados observados de nível do mar, desde o registro no marégrafo até a disposição dos mesmos aos usuários, recomenda-se a melhor capacitação dos técnicos operadores de estações maregráficas a nível de instrumentalização e manuseamento, no sentido de melhorar a confiabilidade dos dados. Para dados de pressão e vento, propõe-se a consideração de uso de observações locais para que se possa considerar o efeito das brisas locais sobre a variação do nível médio do mar, assim como comparar os impactos das escalas local e mesoescala. No processo de validação dos dados proposto por KALIL (1999), propõe-se o uso de dados de nível médio do mar da estação mais próxima em caso de interrupção no funcionamento do marégrafo, a ser identificado (por exemplo, Angra dos Reis, Mangaratiba ou Sepetiba. Recomenda-se o estudo do comportamento dos anticiclones no Atlântico Sul e no Pacífico Sul, para que se possa detectar e interpretar fenômenos com periodicidades que causam picos de energia em baixas freqüências. Também se propõe a pesquisar os tipos de frentes que freqüentemente atingem a Região Sul-Sudeste do Brasil, uma vez que para cada frente seus impactos podem ser diferentes em relação a variação do NMM, uma vez que as frentes frias que chegam à Região Sudeste atravessando o continente, vindo do Pacífico, são secas e com temperaturas muito baixas com grande possibilidade de produzir geadas e com poucas chances de precipitação, enquanto que as que vem do Sul e Sudeste, vêm com um teor de umidade alto, chegam na região de estudo produzindo precipitação. Por outro lado, a presença de sistemas de baixa pressão que são acompanhados com ventos girando em sentido horário, causam empilhamento de água na região de estudo enquanto que os centros de alta pressão são acompanhados de ventos com giros no sentido anti-horário, que retiram água da costa, segundo Ekman. Recomenda-se o aprofundamento deste estudo, a fim de identificar os fenômenos com períodos de 16 dias e 21 dias. 87 CAPÍTULO IX REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANGELOVIC, J. W., 1976, “Environmental Studies of the South Texas Outer Continental Shelf 1975,2” Physical Oceanography, U. S. Departament of Commerce, NOAA, Washington, D. C., 1976. BARRY, R. G., 1985, “Atmosfera,Tiempo y clima”. Omega, Barcelona BIRD, E. C. F., 1993, “Submerging Coasts. The effects of a Rising Sea Level on Coastal Environments”. John Wiley&Sons Ltd., New York. CANDELA, J., MAZZOLA, S., SAMARI, R. C., LIMEBURNER, R., LOZANO, C. J., PATTI, B., BONNANO, A., 1999, ‘‘The (mad sea) phenomenon in the Strait of Sicily, J. Phys. Oceanogr.’’, 29 (9), 2210-2231, 1999. CARVALHO, J. L. B., 2003, “Modelagem e análise do lançamento de efluentes através de emissários submarinos”. Tese de Doutorado COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, RJ-Brasil. CASTRO, B. M. e LEE, T. 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Hydrosci, 8, 1-94, 1972. 93 ANEXO -A PROGRAMAS PARA TRATAMENTO DE DADOS METEOROLÓGICOS PEGACDC2.PL: Baixa os dados do NCEP #!/usr/bin/perl -w use Cwd; use POSIX; use Time::Local; use File::Copy "cp"; use File::Basename; use Getopt::Long; $n=0; $v=1; (!$v) or print "@ARGV \n " ; @mm=('Jan','Feb','Mar','Apr','May','Jun','Jul','Aug','Sep','Oct','Nov','Dec'); if ($ARGV[0]) { &GetOptions( "v", => \$v, "d=i", => \$ddate, "n", => \$n, ); } $rtime = timegm(0,0,0,1,0,1948); # dia do inicio da reanalise 1/1/1948 @t= gmtime($^T); $yy=$t[5]; $mm=$t[4]; $dd=$t[3]; $hh=$t[2]; $yy=$yy+1900; $now_time=timegm(0,0,$hh,$dd,$mm,$yy); $h18_time=timegm(0,0,18,$dd,$mm,$yy); if ($now_time >= $h18_time) # verifica se depois das 18h { $ref_time=$h18_time ; } else { $ref_time = $now_time-24*3600; } print "now $now_time \n"; $t_now=floor(($ref_time-$rtime)/(6.0*3600.0)); # numero de reanalise até hoje #$t_now=80260; $url=qq("http://www.cdc.noaa.gov/cgibin/db_search/DBSearch.pl?&Dataset=NCEP+Reanalysis+Pressure+Level&Dataset=NCEP+Reanalysis+Daily+Averages+Pressure+Lev el&Variable=Air+Temperature"); print "$url\n"; $ftp=`lynx -source $url | grep -e 'did=2&tid=' | cut -f2 -d'&' | cut -f2 -d=` ; chomp($tid=$ftp); print "ftp $ftp $tid\n"; $tidmod=$tid+1; $tidorig=$tid; $iyy = substr $ddate, 0, 4; $imm = substr $ddate, 4, 2; $im=$imm-1; $imm=$mm[$im]; $idd = substr $ddate, 6, 2; $ihh= substr $ddate, 8, 2; $itime = timegm(0,0,$ihh,$idd,$im,$iyy); print "itime $itime\n"; 94 print "$inicio em $iyy $imm $idd $ihh \n"; $itime=$itime+124.0*6.0*3600.0; print "itime $itime\n"; $ftime=($itime); @t = gmtime($ftime); $fyy=$t[5]; $fmm=$t[4]; $fm=$fmm; $fmm=$mm[$fm]; $fdd=$t[3]; $fhh=$t[2]; $fyy=$fyy+1900; print "fim em $fyy $fmm $fdd $fhh \n"; $ilat=-60; $flat=-15; $ilon=-70; $flon=0; $file='cdc.'.$ddate.'f'; (-f 'in' ) or mkdir 'in'; chdir 'in'; @prs_vars =('hgt','air','uwnd','vwnd','rhum'); @prs_units=('m','degK','m/s','m/s','%'); @prs_nvars =('14','13','18','19','16'); @sg_vars=('tmp_0-10cm','tmp_10-200cm','tmp_300cm','soilw_0-10cm','soilw_10200cm','air_2m','skt_sfc','weasd_sfc','icec_sfc','pres_sfc','shum_2m','uwnd_10m','vwnd_10m'); @sg_units=('degK','degK','degK','fraction','fraction','degK','degK','kg%2Fm%5E2','','Pascals','kg%2Fkg','m%2Fs','m%2Fs'); @sg_nvars=('1256','1257','1258','1252','1253','1227','1251','1269','1237','28','1250','1263','1268'); $i=0; $dbid=2; foreach $var (@prs_vars) { $u=$prs_units[$i]; $nvar=$prs_nvars[$i]; $url=qq("http://www.cdc.noaa.gov/cgibin/GrADS.pl?dataset=NCEP+Reanalysis+Pressure+Level&DB_did=2&file=%2FDatasets%2Fncep.reanalysis%2Fpressure%2F$var.19 48.nc+$var.%25y4.nc+$t_now&variable=$var&DB_vid=$nvar&DB_tid=$tid&units=$u&longstat=Individual+Obs&DB_statistic=Indivi dual+Obs&stat=&lon-begin=$ilon&lon-end=$flon&lat-begin=$ilat&latend=$flat&dim0=level&level+units=millibar&level=1000.00&level=925.00&level=850.00&level=700.00&level=600.00&level=500.00 &level=400.00&level=300.00&level=250.00&level=200.00&level=150.00&level=100.00&level=70.00&level=50.00&level=30.00&lev el=20.00&level=10.00&dim1=time&year_begin=$iyy&mon_begin=$imm&day_begin=$idd&hour_begin=$ihh+Z&year_end=$fyy&mo n_end=$fmm&day_end=$fdd&hour_end=$fhh+Z&X=lon&Y=lat&output=file&bckgrnd=black&use_color=on&cint=&range1=&range2 =&scale=100&submit=Create+Plot+or+Subset+of+Data"); print " `lynx -source $url | grep -e href=ftp | cut -f2 -d'>' `\n"; $ftp=`lynx -source $url | grep -e href=ftp | cut -f2 -d'>' `; chomp($ftp1=$ftp); $ftp=$ftp1; $ftp =~ s/.a.href=//g; `wget $ftp -O $var"_"$ddate.nc`; $i=$i+1; } $url=qq("http://www.cdc.noaa.gov/cgibin/GrADS.pl?dataset=NCEP+Reanalysis+Surface+Level&DB_did=3&file=%2FDatasets%2Fncep.reanalysis%2Fsurface%2Fslp.1948.n c+slp.%25y4.nc+$tid&variable=slp&DB_vid=30&DB_tid=$tid&units=Pascals&longstat=Individual+Obs&DB_statistic=Individual+Ob s&stat=&lon-begin=$ilon&lon-end=$flon&lat-begin=$ilat&latend=$flat&dim0=time&year_begin=$iyy&mon_begin=$imm&day_begin=$idd&hour_begin=$ihh+Z&year_end=$fyy&mon_end=$fmm &day_end=$fdd&hour_end=$fhh+Z&X=lon&Y=lat&output=file&bckgrnd=black&use_color=on&cint=&range1=&range2=&scale=100 &submit=Create+Plot+or+Subset+of+Data "); print " `lynx -source $url | grep -e href=ftp | cut -f2 -d'>' `\n"; $ftp=`lynx -source $url | grep -e href=ftp | cut -f2 -d'>' `; chomp($ftp1=$ftp); 95 $ftp=$ftp1; $ftp =~ s/.a.href=//g; `wget $ftp -O "slp_sfc_"$ddate.nc`; $i=$i+1; $i=0; foreach $var (@sg_vars) { ($v,$v1)=split('_',$var,2); $var1=$v.".".$v1; $u=$sg_units[$i]; $nvar=$sg_nvars[$i]; $tid=$tidorig if ($v ne 'skt' || $v ne 'air'); $tid=$tidmod if ($v eq 'skt' || $v eq 'air'); $url=qq("http://www.cdc.noaa.gov/cgibin/GrADS.pl?dataset=NCEP+Reanalysis+Surface+Flux&DB_did=4&file=%2FDatasets%2Fncep.reanalysis%2Fsurface_gauss%2F$var 1.gauss.1948.nc+$var1.gauss.%25y4.nc+$t_now&variable=$v&DB_vid=$nvar&DB_tid=$tid&units=$u&longstat=Individual+Obs&DB _statistic=Individual+Obs&stat=&lon-begin=$ilon&lon-end=$flon&lat-begin=$ilat&latend=$flat&dim0=time&year_begin=$iyy&mon_begin=$imm&day_begin=$idd&hour_begin=$ihh+Z&year_end=$fyy&mon_end=$fmm &day_end=$fdd&hour_end=$fhh+Z&X=lon&Y=lat&output=file&bckgrnd=black&use_color=on&cint=&range1=&range2=&scale=100 &maskf=%2FDatasets%2Fncep.reanalysis%2Fsurface_gauss%2Fland.sfc.gauss.nc&maskv=Landsea+mask&submit=Create+Plot+or+Subset+of+Data"); print "`lynx -source $url | grep -e href=ftp | cut -f2 -d'>' `\n"; $ftp=`lynx -source $url | grep -e href=ftp | cut -f2 -d'>' `; chomp($ftp1=$ftp); $ftp=$ftp1; $ftp =~ s/.a.href=//g; `wget $ftp -O $var"_"$ddate.nc`; $i=$i+1; } 96 PREPARA_1.SH: Transformação dos arquivos em netcdf para o grib criando descritores ctl, index e idx. gradsdods -blc 'lats4d -i hgt_1997010100.nc -o hgt_1997010100 -format grib -table temp1 -q' gradsdods -blc 'lats4d -i air_1997010100.nc -o air_1997010100 -format grib -table temp2 -q' gradsdods -blc 'lats4d -i rhum_1997010100.nc -o rhu_1997010100 -format grib -table temp3 -q' gradsdods -blc 'lats4d -i uwnd_1997010100.nc -o uwn_1997010100 -format grib -table temp4 -q' gradsdods -blc 'lats4d -i vwnd_1997010100.nc -o vwn_1997010100 -format grib -table temp5 -q' gradsdods -blc 'lats4d -i icec_sfc_1997010100.nc -o icec_sfc_1997010100 -format grib -table temp6 -q' gradsdods -blc 'lats4d -i pres_sfc_1997010100.nc -o psf_1997010100 -format grib -table temp8 -q' gradsdods -blc 'lats4d -i skt_sfc_1997010100.nc -o skt_sfc_1997010100 -format grib -table temp9 -q' gradsdods -blc 'lats4d -i slp_sfc_1997010100.nc -o slp_1997010100 -format grib -table temp10 -q' gradsdods -blc 'lats4d -i air_2m_1997010100.nc -o t2m_1997010100 -format grib -table temp11 -q' gradsdods -blc 'lats4d -i tmp_0-10cm_1997010100.nc -o tmp_0-10cm_1997010100 -format grib -table temp13 -q' gradsdods -blc 'lats4d -i tmp_10-200cm_1997010100.nc -o tmp_10-200cm_1997010100 -format grib -table temp14 -q' gradsdods -blc 'lats4d -i tmp_300cm_1997010100.nc -o tmp_300cm_1997010100 -format grib -table temp15 -q' gradsdods -blc 'lats4d -i uwnd_10m_1997010100.nc -o u10_1997010100 -format grib -table temp16 -q' gradsdods -blc 'lats4d -i vwnd_10m_1997010100.nc -o v10_1997010100 -format grib -table temp17 -q' gradsdods -blc 'lats4d -i shum_2m_1997010100.nc -o shum_2m_1997010100 -format grib -table temp18 -q' gradsdods -blc 'lats4d -i soilw_0-10cm_1997010100.nc -o soilw_0-10cm_1997010100 -format grib -table temp19 -q' gradsdods -blc 'lats4d -i soilw_10-200cm_1997010100.nc -o soilw_10-200cm_1997010100 -format grib -table temp20 -q' gradsdods -blc 'lats4d -i weasd_sfc_1997010100.nc -o weasd_sfc_1997010100 -format grib -table temp21 -q' grib2ctl.pl air_1997010100.grb > air_1997010100.ctl grib2ctl.pl t2m_1997010100.grb > t2m_1997010100.ctl grib2ctl.pl hgt_1997010100.grb > hgt_1997010100.ctl grib2ctl.pl icec_sfc_1997010100.grb > icec_sfc_1997010100.ctl grib2ctl.pl psf_1997010100.grb > psf_1997010100.ctl grib2ctl.pl rhu_1997010100.grb > rhu_1997010100.ctl grib2ctl.pl shum_2m_1997010100.grb > shum_2m_1997010100.ctl grib2ctl.pl skt_sfc_1997010100.grb > skt_sfc_1997010100.ctl grib2ctl.pl slp_1997010100.grb > slp_1997010100.ctl grib2ctl.pl soilw_0-10cm_1997010100.grb > soilw_0-10cm_1997010100.ctl grib2ctl.pl soilw_10-200cm_1997010100.grb > soilw_10-200cm_1997010100.ctl grib2ctl.pl tmp_0-10cm_1997010100.grb > tmp_0-10cm_1997010100.ctl grib2ctl.pl tmp_10-200cm_1997010100.grb > tmp_10-200cm_1997010100.ctl grib2ctl.pl tmp_300cm_1997010100.grb > tmp_300cm_1997010100.ctl grib2ctl.pl u10_1997010100.grb > u10_1997010100.ctl grib2ctl.pl uwn_1997010100.grb > uwn_1997010100.ctl grib2ctl.pl v10_1997010100.grb > v10_1997010100.ctl grib2ctl.pl vwn_1997010100.grb > vwn_1997010100.ctl grib2ctl.pl weasd_sfc_1997010100.grb > weasd_sfc_1997010100.ctl gribmap -i air_1997010100.ctl gribmap -i t2m_1997010100.ctl gribmap -i hgt_1997010100.ctl gribmap -i icec_sfc_1997010100.ctl gribmap -i psf_1997010100.ctl gribmap -i rhu_1997010100.ctl gribmap -i shum_2m_1997010100.ctl gribmap -i skt_sfc_1997010100.ctl gribmap -i slp_1997010100.ctl gribmap -i soilw_0-10cm_1997010100.ctl gribmap -i soilw_10-200cm_1997010100.ctl gribmap -i tmp_0-10cm_1997010100.ctl gribmap -i tmp_10-200cm_1997010100.ctl gribmap -i tmp_300cm_1997010100.ctl gribmap -i u10_1997010100.ctl gribmap -i uwn_1997010100.ctl gribmap -i v10_1997010100.ctl gribmap -i vwn_1997010100.ctl gribmap -i weasd_sfc_1997010100.ctl 97 PREPARA_2.GS: Uso do pacote GrADS ****************************************************************** * Script para processamento das reanalises do NCEP * * Autor : Antonio Jaschke Machado e Marcos Barbosa Sanches * * Ultima alteracao : 26/9/2003 por Isimar * * Adaptacao para arquivos GRIB das reanalises * ****************************************************************** * * - Para cada mes editar: * - para a entrada = aaaammddhh * - para a saida = 00z01mmmaaaa * * - Editar tambem o numero de tempos: * - meses com trinta e um dias = cento e vinte e cinco * - meses com trinta dias = cento e vinte e um * - meses com vinte e nove dias = cento e dezesseis * - meses com vinte e oito dias = cento e treze * ************ Geopotential **************************************** 'reinit' arq='hgt_1997010100' say 'Abrindo os arquivos 'arq'.grb e 'arq'.ctl' 'open 'arq'.ctl' 'set gxout fwrite' 'set fwrite 'arq'.gra' 'set x 1 29' 'set y 1 19' *** fazendo o looping no tempo t=1 while(t<=125) 'set t 't *** 'set lev 1000' 'd HGTprs' 'set lev 925' 'd HGTprs' 'set lev 850' 'd HGTprs' 'set lev 700' 'd HGTprs' 'set lev 600' 'd HGTprs' 'set lev 500' 'd HGTprs' 'set lev 400' 'd HGTprs' 'set lev 300' 'd HGTprs' 'set lev 250' 'd HGTprs' 'set lev 200' 'd HGTprs' 'set lev 150' 'd HGTprs' 'set lev 100' 'd HGTprs' 'set lev 70' 'd HGTprs' 'set lev 50' 'd HGTprs' 'set lev 30' 'd HGTprs' 'set lev 20' 'd HGTprs' 'set lev 10' 'd HGTprs' *** t=t+1 98 endwhile 'disable fwrite' ******Escrevendo um novo CTL***** res=write(arq'_new.ctl','dset ^'arq'.gra') res=write(arq'_new.ctl','undef -9.99e33') res=write(arq'_new.ctl','title Reanalise') res=write(arq'_new.ctl','ydef 19 linear -60 2.5') res=write(arq'_new.ctl','xdef 29 linear -70 2.5') res=write(arq'_new.ctl','zdef 17 levels 1000 925 850 700 600 500 400 300 250 200 150 100 70 50 30 20 10') res=write(arq'_new.ctl','tdef 125 linear 00z01jan1997 6hr') res=write(arq'_new.ctl','vars 1') res=write(arq'_new.ctl','hgt 17 99 ** Altura geopotential : m') res=write(arq'_new.ctl','ENDVARS') res=close(arq'_new.ctl') *** say 'Criando os arquivos 'arq'_new.ctl e 'arq'.gra' ************ Umidade Relativa ************************ 'reinit' arq='rhu_1997010100' say 'Abrindo os arquivos 'arq'.grb e 'arq'.ctl' 'open 'arq'.ctl' 'set gxout fwrite' 'set fwrite 'arq'.gra' 'set x 1 29' 'set y 1 19' *** fazendo o looping no tempo t=1 while(t<=125) 'set t 't 'set lev 1000' 'd RHprs' 'set lev 925' 'd RHprs' 'set lev 850' 'd RHprs' 'set lev 700' 'd RHprs' 'set lev 600' 'd RHprs' 'set lev 500' 'd RHprs' 'set lev 400' 'd RHprs' 'set lev 300' 'd RHprs' *** t=t+1 endwhile 'disable fwrite' ******Escrevendo um novo CTL***** res=write(arq'_new.ctl','dset ^'arq'.gra') res=write(arq'_new.ctl','undef -9.99e33') res=write(arq'_new.ctl','title Reanalise') res=write(arq'_new.ctl','ydef 19 linear -60 2.5') res=write(arq'_new.ctl','xdef 29 linear -70 2.5') res=write(arq'_new.ctl','zdef 8 levels 1000 925 850 700 600 500 400 300') res=write(arq'_new.ctl','tdef 125 linear 00z01jan1997 6hr') res=write(arq'_new.ctl','vars 1') res=write(arq'_new.ctl','relhum 1 99 ** Umidade Relativa : %') res=write(arq'_new.ctl','ENDVARS') res=close(arq'_new.ctl') *** say 'Criando os arquivos 'arq'_new.ctl e 'arq'.gra' ************ Temperatura em Centigrados ********************* 'reinit' arq='air_1997010100' say 'Abrindo os arquivos 'arq'.grb e 'arq'.ctl' 'open 'arq'.ctl' 'set gxout fwrite' 'set fwrite 'arq'.gra' 99 'set x 1 29' 'set y 1 19' *** fazendo o looping no tempo t=1 while(t<=125) 'set t 't *** 'set lev 1000' 'd TMPprs-273.15' 'set lev 925' 'd TMPprs-273.15' 'set lev 850' 'd TMPprs-273.15' 'set lev 700' 'd TMPprs-273.15' 'set lev 600' 'd TMPprs-273.15' 'set lev 500' 'd TMPprs-273.15' 'set lev 400' 'd TMPprs-273.15' 'set lev 300' 'd TMPprs-273.15' 'set lev 250' 'd TMPprs-273.15' 'set lev 200' 'd TMPprs-273.15' 'set lev 150' 'd TMPprs-273.15' 'set lev 100' 'd TMPprs-273.15' 'set lev 70' 'd TMPprs-273.15' 'set lev 50' 'd TMPprs-273.15' 'set lev 30' 'd TMPprs-273.15' 'set lev 20' 'd TMPprs-273.15' 'set lev 10' 'd TMPprs-273.15' *** t=t+1 endwhile 'disable fwrite' ******Escrevendo um novo CTL***** res=write(arq'_new.ctl','dset ^'arq'.gra') res=write(arq'_new.ctl','undef -9.99e33') res=write(arq'_new.ctl','title Reanalise') res=write(arq'_new.ctl','ydef 19 linear -60 2.5') res=write(arq'_new.ctl','xdef 29 linear -70 2.5') res=write(arq'_new.ctl','zdef 17 levels 1000 925 850 700 600 500 400 300 250 200 150 100 70 50 30 20 10') res=write(arq'_new.ctl','tdef 125 linear 00z01jan1997 6hr') res=write(arq'_new.ctl','vars 1') res=write(arq'_new.ctl','temp 17 99 ** Temperatura : C') res=write(arq'_new.ctl','ENDVARS') res=close(arq'_new.ctl') *** say 'Criando os arquivos 'arq'_new.ctl e 'arq'.gra' ************ Componente zonal ************************ 'reinit' arq='uwn_1997010100' say 'Abrindo os arquivos 'arq'.grb e 'arq'.ctl' 'open 'arq'.ctl' 'set gxout fwrite' 'set fwrite 'arq'.gra' 'set x 1 29' 'set y 1 19' *** fazendo o looping no tempo t=1 100 while(t<=125) 'set t 't *** 'set lev 1000' 'd UGRDprs' 'set lev 925' 'd UGRDprs' 'set lev 850' 'd UGRDprs' 'set lev 700' 'd UGRDprs' 'set lev 600' 'd UGRDprs' 'set lev 500' 'd UGRDprs' 'set lev 400' 'd UGRDprs' 'set lev 300' 'd UGRDprs' 'set lev 250' 'd UGRDprs' 'set lev 200' 'd UGRDprs' 'set lev 150' 'd UGRDprs' 'set lev 100' 'd UGRDprs' 'set lev 70' 'd UGRDprs' 'set lev 50' 'd UGRDprs' 'set lev 30' 'd UGRDprs' 'set lev 20' 'd UGRDprs' 'set lev 10' 'd UGRDprs' *** t=t+1 endwhile 'disable fwrite' ******Escrevendo um novo CTL***** res=write(arq'_new.ctl','dset ^'arq'.gra') res=write(arq'_new.ctl','undef -9.99e33') res=write(arq'_new.ctl','title Reanalise') res=write(arq'_new.ctl','ydef 19 linear -60 2.5') res=write(arq'_new.ctl','xdef 29 linear -70 2.5') res=write(arq'_new.ctl','zdef 17 levels 1000 925 850 700 600 500 400 300 250 200 150 100 70 50 30 20 10') res=write(arq'_new.ctl','tdef 125 linear 00z01jan1997 6hr') res=write(arq'_new.ctl','vars 1') res=write(arq'_new.ctl','u 17 99 ** Componente zonal : m/s') res=write(arq'_new.ctl','ENDVARS') res=close(arq'_new.ctl') *** say 'Criando os arquivos 'arq'_new.ctl e 'arq'.gra' ************ Componente meridional *********************** 'reinit' arq='vwn_1997010100' say 'Abrindo os arquivos 'arq'.grb e 'arq'.ctl' 'open 'arq'.ctl' 'set gxout fwrite' 'set fwrite 'arq'.gra' 'set x 1 29' 'set y 1 19' *** fazendo o looping no tempo t=1 while(t<=125) 'set t 't *** 'set lev 1000' 101 'd VGRDprs' 'set lev 925' 'd VGRDprs' 'set lev 850' 'd VGRDprs' 'set lev 700' 'd VGRDprs' 'set lev 600' 'd VGRDprs' 'set lev 500' 'd VGRDprs' 'set lev 400' 'd VGRDprs' 'set lev 300' 'd VGRDprs' 'set lev 250' 'd VGRDprs' 'set lev 200' 'd VGRDprs' 'set lev 150' 'd VGRDprs' 'set lev 100' 'd VGRDprs' 'set lev 70' 'd VGRDprs' 'set lev 50' 'd VGRDprs' 'set lev 30' 'd VGRDprs' 'set lev 20' 'd VGRDprs' 'set lev 10' 'd VGRDprs' *** t=t+1 endwhile 'disable fwrite' ******Escrevendo um novo CTL***** res=write(arq'_new.ctl','dset ^'arq'.gra') res=write(arq'_new.ctl','undef -9.99e33') res=write(arq'_new.ctl','title Reanalise') res=write(arq'_new.ctl','ydef 19 linear -60 2.5') res=write(arq'_new.ctl','xdef 29 linear -70 2.5') res=write(arq'_new.ctl','zdef 17 levels 1000 925 850 700 600 500 400 300 250 200 150 100 70 50 30 20 10') res=write(arq'_new.ctl','tdef 125 linear 00z01jan1997 6hr') res=write(arq'_new.ctl','vars 1') res=write(arq'_new.ctl','v 17 99 ** Componente meridional : m/s') res=write(arq'_new.ctl','ENDVARS') res=close(arq'_new.ctl') ******************************* say 'Criando os arquivos 'arq'_new.ctl e 'arq'.gra' ************** Pressao reduzida ao Nivel Medio do Mar ***** 'reinit' arq='slp_1997010100' say 'Abrindo os arquivos 'arq'.grb e 'arq'.ctl' 'open 'arq'.ctl' 'set gxout fwrite' 'set fwrite 'arq'.gra' 'set x 1 29' 'set y 1 19' *** fazendo o looping no tempo t=1 while(t<=125) 'set t 't 'd PRMSLmsl/100' *** t=t+1 endwhile 'disable fwrite' ******Escrevendo um novo CTL***** 102 res=write(arq'_new.ctl','dset ^'arq'.gra') res=write(arq'_new.ctl','undef -9.99e33') res=write(arq'_new.ctl','title Reanalise') res=write(arq'_new.ctl','ydef 19 linear -60 2.5') res=write(arq'_new.ctl','xdef 29 linear -70 2.5') res=write(arq'_new.ctl','zdef 1 levels 1 1') res=write(arq'_new.ctl','tdef 125 linear 00z01jan1997 6hr') res=write(arq'_new.ctl','vars 1') res=write(arq'_new.ctl','mslpres 1 99 ** Pressao ao N.M.M. : hPa') res=write(arq'_new.ctl','ENDVARS') res=close(arq'_new.ctl') *** say 'Criando os arquivos 'arq'_new.ctl e 'arq'.gra' ************** Temperatura a 2 m da superficie ************ 'reinit' arq='t2m_1997010100' say 'Abrindo os arquivos 'arq'.grb e 'arq'.ctl' 'open 'arq'.ctl' 'set gxout fwrite' 'set fwrite 'arq'.gra' 'set x 1 29' 'set y 1 19' *** fazendo o looping no tempo t=1 while(t<=125) 'set t 't 'd TMP2m-273.15' *** t=t+1 endwhile 'disable fwrite' ******Escrevendo um novo CTL***** res=write(arq'_new.ctl','dset ^'arq'.gra') res=write(arq'_new.ctl','undef -9.99e33') res=write(arq'_new.ctl','title Reanalise') res=write(arq'_new.ctl','ydef 19 linear -60 2.5') res=write(arq'_new.ctl','xdef 29 linear -70 2.5') res=write(arq'_new.ctl','zdef 1 levels 1 1') res=write(arq'_new.ctl','tdef 125 linear 00z01jan1997 6hr') res=write(arq'_new.ctl','vars 1') res=write(arq'_new.ctl','temp2m 1 99 ** Temperatura a 2 m : C') res=write(arq'_new.ctl','ENDVARS') res=close(arq'_new.ctl') *** say 'Criando os arquivos 'arq'_new.ctl e 'arq'.gra' ************** Componente zonal a 10 m da superficie ********* 'reinit' arq='u10_1997010100' say 'Abrindo os arquivos 'arq'.grb e 'arq'.ctl' 'open 'arq'.ctl' 'set gxout fwrite' 'set fwrite 'arq'.gra' 'set x 1 29' 'set y 1 19' *** fazendo o looping no tempo t=1 while(t<=125) 'set t 't 'd UGRD10m' *** t=t+1 endwhile 'disable fwrite' ******Escrevendo um novo CTL***** res=write(arq'_new.ctl','dset ^'arq'.gra') res=write(arq'_new.ctl','undef -9.99e33') res=write(arq'_new.ctl','title Reanalise') res=write(arq'_new.ctl','ydef 19 linear -60 2.5') res=write(arq'_new.ctl','xdef 29 linear -70 2.5') res=write(arq'_new.ctl','zdef 1 levels 1 1') 103 res=write(arq'_new.ctl','tdef 125 linear 00z01jan1997 6hr') res=write(arq'_new.ctl','vars 1') res=write(arq'_new.ctl','u10m 1 99 ** Componente zonal a 10 m : m/s') res=write(arq'_new.ctl','ENDVARS') res=close(arq'_new.ctl') *** say 'Criando os arquivos 'arq'_new.ctl e 'arq'.gra' ********* Componente meridional a 10 m da superficie ********* 'reinit' arq='v10_1997010100' say 'Abrindo os arquivos 'arq'.grb e 'arq'.ctl' 'open 'arq'.ctl' 'set gxout fwrite' 'set fwrite 'arq'.gra' 'set x 1 29' 'set y 1 19' *** fazendo o looping no tempo t=1 while(t<=125) 'set t 't 'd VGRD10m' *** t=t+1 endwhile 'disable fwrite' ******Escrevendo um novo CTL***** res=write(arq'_new.ctl','dset ^'arq'.gra') res=write(arq'_new.ctl','undef -9.99e33') res=write(arq'_new.ctl','title Reanalise') res=write(arq'_new.ctl','ydef 19 linear -60 2.5') res=write(arq'_new.ctl','xdef 29 linear -70 2.5') res=write(arq'_new.ctl','zdef 1 levels 1 1') res=write(arq'_new.ctl','tdef 125 linear 00z01jan1997 6hr') res=write(arq'_new.ctl','vars 1') res=write(arq'_new.ctl','v10m 1 99 ** Componente meridional a 10 m : m/s') res=write(arq'_new.ctl','ENDVARS') res=close(arq'_new.ctl') *** say 'Criando os arquivos 'arq'_new.ctl e 'arq'.gra' 104 FAZ_PLANILHA.F: Edição de arquivos na forma de séries temporais de pressão e componentes do vento. program fazplanilha parameter (idm=19,jdm=29) character entrada*18,saida*23 real lat,lon,dado(idm,jdm) integer ano,dia,hora,dias,level(17) integer geop(idm,jdm,17,124),ur(idm,jdm,8,124) real temp(idm,jdm,17,124),t2m(idm,jdm,124) real u(idm,jdm,17,124),v(idm,jdm,17,124) real slp(idm,jdm,124),u10m(idm,jdm,124),v10m(idm,jdm,124) data level/1000,925,850,700,600,500,400,300,250,200, #150,100,70,50,30,20,10/ c ---------------------------------------------c ajustar o ano, o mes e o numero de dias deste mes ano=1997 mes=1 dias=31 c ------------------------------------------------C idm linhas(latitudes) C jdm colunas(longitudes) LMAX=dias*4 c ------------- Geopotencial ---------------------entrada='hgt_2000010100.gra' write(entrada(5:8),'(i4)')ano if(mes.lt.10)write(entrada(10:10),'(i1)')mes if(mes.gt.9)write(entrada(9:10),'(i2)')mes OPEN(10,FILE=entrada,FORM='UNFORMATTED',STATUS='OLD', #ACCESS='DIRECT',RECL=idm*jdm*4) nrec=0 DO 11 L=1,LMAX DO 21 K=1,17 NREC=NREC+1 READ(10,REC=NREC)dado do i=1,idm do j=1,jdm geop(i,j,k,l)=dado(i,j) enddo enddo 21 CONTINUE 11 CONTINUE close(10) c ----------- Umidade relativa -------------------entrada='rhu_2000010100.gra' write(entrada(5:8),'(i4)')ano if(mes.lt.10)write(entrada(10:10),'(i1)')mes if(mes.gt.9)write(entrada(9:10),'(i2)')mes OPEN(20,FILE=entrada,FORM='UNFORMATTED',STATUS='OLD', #ACCESS='DIRECT',RECL=idm*jdm*4) nrec=0 DO 12 L=1,LMAX DO 22 K=1,8 NREC=NREC+1 READ(20,REC=NREC)dado do i=1,idm do j=1,jdm ur(i,j,k,l)=dado(i,j) enddo enddo 22 CONTINUE 12 CONTINUE close(20) c ---------- Temperatura -------------------------entrada='air_2000010100.gra' write(entrada(5:8),'(i4)')ano if(mes.lt.10)write(entrada(10:10),'(i1)')mes if(mes.gt.9)write(entrada(9:10),'(i2)')mes 105 OPEN(30,FILE=entrada,FORM='UNFORMATTED',STATUS='OLD', #ACCESS='DIRECT',RECL=idm*jdm*4) nrec=0 DO 13 L=1,LMAX DO 23 K=1,17 NREC=NREC+1 READ(30,REC=NREC)dado do i=1,idm do j=1,jdm temp(i,j,k,l)=dado(i,j) enddo enddo 23 CONTINUE 13 CONTINUE close(30) c ------- Componente zonal do vento --------------entrada='uwn_2000010100.gra' write(entrada(5:8),'(i4)')ano if(mes.lt.10)write(entrada(10:10),'(i1)')mes if(mes.gt.9)write(entrada(9:10),'(i2)')mes OPEN(40,FILE=entrada,FORM='UNFORMATTED',STATUS='OLD', #ACCESS='DIRECT',RECL=idm*jdm*4) nrec=0 DO 14 L=1,LMAX DO 24 K=1,17 NREC=NREC+1 READ(40,REC=NREC)dado do i=1,idm do j=1,jdm u(i,j,k,l)=dado(i,j) enddo enddo 24 CONTINUE 14 CONTINUE close(40) c ------- Componente meridional do vento ---------entrada='vwn_2000010100.gra' write(entrada(5:8),'(i4)')ano if(mes.lt.10)write(entrada(10:10),'(i1)')mes if(mes.gt.9)write(entrada(9:10),'(i2)')mes OPEN(50,FILE=entrada,FORM='UNFORMATTED',STATUS='OLD', #ACCESS='DIRECT',RECL=idm*jdm*4) nrec=0 DO 15 L=1,LMAX DO 25 K=1,17 NREC=NREC+1 READ(50,REC=NREC)dado do i=1,idm do j=1,jdm geop(i,j,k,l)=dado(i,j) enddo enddo 25 CONTINUE 15 CONTINUE close(50) c ---------- Pressao no nivel medio do mar -------entrada='slp_2000010100.gra' write(entrada(5:8),'(i4)')ano if(mes.lt.10)write(entrada(10:10),'(i1)')mes if(mes.gt.9)write(entrada(9:10),'(i2)')mes OPEN(60,FILE=entrada,FORM='UNFORMATTED',STATUS='OLD', #ACCESS='DIRECT',RECL=idm*jdm*4) nrec=0 DO 16 L=1,LMAX NREC=NREC+1 READ(60,REC=NREC)dado do i=1,idm do j=1,jdm slp(i,j,l)=dado(i,j) enddo 106 enddo 16 CONTINUE close(60) c --------- Temperatura em Centigrados a 2 m -----entrada='t2m_2000010100.gra' write(entrada(5:8),'(i4)')ano if(mes.lt.10)write(entrada(10:10),'(i1)')mes if(mes.gt.9)write(entrada(9:10),'(i2)')mes OPEN(70,FILE=entrada,FORM='UNFORMATTED',STATUS='OLD', #ACCESS='DIRECT',RECL=idm*jdm*4) nrec=0 DO 17 L=1,LMAX NREC=NREC+1 READ(70,REC=NREC)dado do i=1,idm do j=1,jdm t2m(i,j,l)=dado(i,j) enddo enddo 17 CONTINUE close(70) c -------- Componente zonal do vento a 10 m ------entrada='u10_2000010100.gra' write(entrada(5:8),'(i4)')ano if(mes.lt.10)write(entrada(10:10),'(i1)')mes if(mes.gt.9)write(entrada(9:10),'(i2)')mes OPEN(80,FILE=entrada,FORM='UNFORMATTED',STATUS='OLD', #ACCESS='DIRECT',RECL=idm*jdm*4) nrec=0 DO 18 L=1,LMAX NREC=NREC+1 READ(80,REC=NREC)dado do i=1,idm do j=1,jdm u10m(i,j,l)=dado(i,j) enddo enddo 18 CONTINUE close(80) c ------ Componente meridional do vento a 10 m ---entrada='v10_2000010100.gra' write(entrada(5:8),'(i4)')ano if(mes.lt.10)write(entrada(10:10),'(i1)')mes if(mes.gt.9)write(entrada(9:10),'(i2)')mes OPEN(90,FILE=entrada,FORM='UNFORMATTED',STATUS='OLD', #ACCESS='DIRECT',RECL=idm*jdm*4) nrec=0 DO 19 L=1,LMAX NREC=NREC+1 READ(90,REC=NREC)dado do i=1,idm do j=1,jdm v10m(i,j,l)=dado(i,j) enddo enddo 19 CONTINUE close(90) c --- Preparando a saida dos dados na planilha ---saida='planilhas/2000_01_ascii' write(saida(11:14),'(i4)')ano if(mes.lt.10)write(saida(17:17),'(i1)')mes if(mes.gt.9)write(saida(16:17),'(i2)')mes open(1,file=saida) dia=1 hora=-6 do l=1,lmax hora=hora+6 if(hora.eq.24)then hora=0 dia=dia+1 107 endif lat=-62.5 do i=1,idm lat=lat+2.5 lon=-72.5 do j=1,jdm lon=lon+2.5 c ----------------------------------------------------------write(1,110)ano,mes,dia,hora,lat,lon, #slp(i,j,l),t2m(i,j,l),u10m(i,j,l),v10m(i,j,l) c write(1,111)(level(k),k=1,17) c write(1,112)(geop(i,j,k,l),k=1,17) c write(1,113)(ur(i,j,k,l),k=1,8) c write(1,114)(temp(i,j,k,l),k=1,17) c write(1,114)(u(i,j,k,l),k=1,17) c write(1,114)(v(i,j,k,l),k=1,17) enddo enddo enddo 110 format(i4,1x,3(i2,1x),2(f6.1,1x),4f8.1) 111 format(17i5) 112 format(17i8) 113 format(8i8) 114 format(17f8.1) stop end 108 ANEXO-B PROGRAMAS PARA O TRATAMENTO DE DADOS Filtro ótimo de Thompson para diferentes deltas c....................................................................... c c Programa para calculo do filtro de mare. c Ref: Thompson, R.O.R.Y, (1983) JGR v.13, p.1077-1083. c cafdk.....ANTIGO FILTRO.FOR....................................... cfn.......Versão modificada em 27.03.2004 para incluir diferentes delta_t c......... e pontos da curva de resposta iguais a 1. c parameter ( jmax=20,lmax=20,nmax=300,nxomga=800,dxomga=0.1 ) real*8 ak, dt, pi, aux0, aux1, aux2, aux3, omega1, omega2, & b ( 0:jmax+lmax ), c ( 0:nmax,0:jmax+lmax ), & s ( 0:nmax ), w ( 0:nmax ), y ( 0:jmax+lmax ), err, & l ( 0:jmax+lmax,0:jmax+lmax ), aux4, aux5, & u ( 0:jmax+lmax,0:jmax+lmax ), & omga0 ( jmax ), omga1 ( lmax ), & sompeso, omg1, alfa2 character*12 filename c c Variáveis para o R(omga) real*8 xomga(nxomga),r(nxomga),promga, somga, & rj(jmax+lmax), promgaj, somgaj, LR(nxomga) c c Lista de formats c 10 format ( 1X,'Entre numero: de pesos (N),', & 'de componentes a zerar (jp) e de ', & 'componentes com resposta=1 > ' ) 11 format ( 1X,'Entre valores das frequencias a zerar (grau/hora) se', & ' omega1=omega2 valem omega1=6,4 e omega2=11,2 >' ) 12 format ( 10X,'omega (',I2,') = ' ) 13 format ( 1X,'Entre: omega1, omega2 (graus/hora)',//, & 'para valor default entre 2 números iguais > ' ) 14 format ( 1X,I5,F20.8 ) 15 format ( 1X,I5,2F20.8 ) 16 format ( 1X,2I5,F20.8 ) 17 format ( 1X,'Entre o intervalo de tempo em horas dos dados >') c 20 format ( 1X,'Nome do arquivo de saida (s/ path) > ') 21 format ( 1X,'Numero de pesos > ' ) 22 format ( A12 ) c 29 format ( 1X,'THOMP10.FOR') 30 format ( 1X,'arquivo --> ',A12 ) 31 format ( 1X,'no.pesos',3X,'no.freq.zeradas',3X,'no. freq.resp=1', & 5X,'omega1',8X,'omega2',5X,'(gr/h)' ) 32 format ( 1X,I6,11X,I6,11X,I6,1X,2F13.6 ) 33 format ( 5X,'j',11X,'omga(j)', 15X,'R(omga(j))' ) 34 format ( 1X,I5,2F20.6 ) 35 format ( 2X,'k',13X,'w(k)' ) 36 format ( 1X,I5,F20.8 ) 37 format ( 2X,'somapeso =',F14.8 ) 38 format ( 5X,'i',8X,'xomga(i) (gr/h)',6X,'R(xomga(i))' ) 39 format ( 1X,I5,3F20.8 ) 40 format ( 5X,'l',11X,'omg(l)',15X,'R(omega(l))' ) 41 format ( 5X,'VERIFICAÇÂO DOS RESULTADOS',//, & 5X,'i',5X,'valor calculado',5X,'valor desejado') 42 format ( 3X,I3,5X,F15.6,5X,F15.6 ) 43 format ( 5X,'calculo do erro=',f15.6) 109 c c c c c c c c c c c c c c c c c THOMP10.FOR Ciclo de calculo para diversos n (no.de pesos) Entrada do nome do arquivo de saida write (*,20) read(*,22) filename open ( unit=7 , file=filename , status='new' ) write (7,29) write (7,30) filename início do grande loooop ! do 3050 n = 72,144,24 ....................................................................... Entrada dos dados - seria mais adequada uma entrada via arquivo formatado ! write (*,10) read (*,*) n, jp, lp write (*,17) read (*,*) dt write (*,21) read (*,*) n c c c c utilizando as 10 comp. princ. + freq.inerc. + 2 freq. compl. c94 n=120 c95 jp=16 c omega1 = 6.4d0 omega2 = 1.12d1 write (*,13) read (*,*) aux1, aux2 if ( omega1 .NE. omega2 ) then omega1 = aux1 omega2 = aux2 endif do 96 i=1,jp 96 omga0(i) = 0.d0 do 97 i=1,lp 97 omga1(i) = 0.d0 c c do 3040 omg1 = 6.4d0,7.6d0,2.d-1 pi = dacos ( -1.D0 ) aux1 = pi / 1.8D2 c c c ---conversão graus -> radianos c omga1 = omg1 * aux1 omega1 = omega1 * aux1 * dt omega2 = omega2 * aux1 * dt c ---alfa ao quadrado = aux2 aux2 = ( pi / ( omega2 - omega1 ) ) ** 2 alfa2 = aux2 c c ---Entrada das frequencias de resposta nula por imposicao c write (*,11) c write (*,18) c read (*,*) k c case (k) c do 98 j = 1,jp c write (*,12) j c read (*,*) omga0 (j) c98 omga (j) = omga0 (j) * aux1 * dt c do 98 j = 1,lp c write (*,12) j 110 c read (*,*) omga1 (j) c98 omga (j) = omga1 (j) * aux1 * dt c c....................................................................... c Bloco de freq. impostas (omgaj) c c omgaj para IMBETIBA (IB) - CFN170797 c omga(1) = 29.9841042 c omga(2) = 30.0000000 c omga(3) = 13.9430356 c omga(4) = 15.0410686 c omga(5) = 30.0821373 c omga(6) = 28.4397295 c omga(7) = 13.3986609 c omga(8) = 57.9682084 c omga(9) = 27.9682084 c omga(10)= 14.9589314 c freq. inercial para IMBETIBA c omga(11)= 11.425253 c freq. complementares para melhora da resposta (random) c omga(12)= 18.203147 c omga(13)= 21.445699 c omga(14)= 24.700325 c omga(15)= 39.154118 c omga(16)= 48.338974 c c omgaj para FISCAL (IF) - CFN170797 c omga(1) = 29.9841042 c omga(2) = 30.0000000 c omga(3) = 13.9430356 c omga(4) = 15.0410686 c omga(5) = 30.0821373 c omga(6) = 57.9682084 c omga(7) = 28.4397295 c omga(8) = 13.3986609 c omga(9) = 58.9841042 c omga(10)= 14.9589314 c freq. inercial para FISCAL c omga(11)= 11.671977 c freq. complementares para melhora da resposta (random) c omga(12)= 18.203147 c omga(13)= 21.445699 c omga(14)= 24.700325 c omga(15)= 39.154118 c omga(16)= 48.338974 c c omgaj para COPA (CO) - CFN170797 c omga(1) = 29.9841042 c omga(2) = 30.0000000 c omga(3) = 13.9430356 c omga(4) = 15.0410686 c omga(5) = 30.0821373 c omga(6) = 28.4397295 c omga(7) = 57.9682084 c omga(8) = 13.3986609 c omga(9) = 14.9589314 c omga(10)= 27.9682084 c freq. inercial para COPA c omga(11)= 11.714704 c freq. complementares para melhora da resposta (random) c omga(12)= 18.203147 c omga(13)= 21.445699 c omga(14)= 24.700325 c omga(15)= 39.154118 c omga(16)= 48.338974 c c omgaj para PONTA DA ARMACAO (PA) - CFN180797 omga0(1) = 29.9841042 omga0(2) = 6.D0*30.0000000 omga0(3) = 13.9430356 111 c c omga0(4) = 15.0410686 omga0(5) = 30.0821373 omga0(6) = 57.9682084 omga0(7) = 28.4397295 omga0(8) = 13.3986609 omga0(9) = 57.4238337 omga0(10)= 14.9589314 freq. inercial para PONTA DA ARMACAO (225259) omga0(11)= 11.665545 freq. complementares para melhora da resposta (random) omga0(12)= 18.203147/6 omga0(13)= 21.445699/6 omga0(14)= 24.700325/6 omga0(15)= 39.154118/6 omga0(16)= 48.338974/6 omga1(1) = 6.117056/6 omga1(2) = 5.123232/6 omga1(3) = 4.892032/6 omga1(4) = 3.737280/6 omga1(5) = 3.200000/6 omga1(6) = 2.662720/6 omga1(7) = 1.507978/6 omga1(8) = 1.276768/6 omga1(9) = 0.282944/6 omga1(10) =0.64000/6 omga1(11) =0.00000/6 omga1(12) =3.20000/6 omga1(13) =6.40000/6 omga1(7) = 3.527391/6 omga1(8) = 3.056287/6 omga1(9) = 2.573829/6 omga1(10)= 2.192837/6 omga1(11)= 1.543216/6 omga1(12)= 1.012679/6 omga1(13)= 0.729573/6 omga1(14)= 0.454524/6 omga1(15)= 0.289765/6 omga1(16)= 0.101010/6 c c....................................................................... c c Conversão de omga(j) graus -> radianos do 200 j = 1,jp 200 omga0 (j) = omga0 (j) * aux1 * dt do 201 j=1,lp 201 omga1 (j) = omga1 (j) * aux1 * dt c c....................................................................... c....................................................................... c Calculo dos coeficientes da matriz A c c As partes que compõem o sistema [A][X]=[D] sao : c * c(i,j)=>[A] ; c * s(k) =>[D] e c * b(k) =>[D] . c do 1040 k = 1,n c (k,0) = 2.D0 ak = dble ( k ) do 1030 j = 1,jp aux3 = ak * omga0 (j) 1030 c (k,j) = 2.D0 * dcos ( aux3 ) do 1035 j=1,lp aux3 = ak * omga1 (j) 1035 c (k,j+jp) = 2.d0 * dcos ( aux3 ) s (k) = - ( dsin ( ak * omega1 ) + dsin ( ak * omega2 ) ) & * aux2 / ak / ( ak * ak - aux2 ) / pi 1040 continue s (0) = ( omega1 + omega2 ) * .5D0 / pi c (0,0) = 1.D0 112 b (0) = 1.D0 do 1050 j = 1,jp b (j) = 0.D0 1050 c (0,j) = 1.D0 do 1055 j=1,lp b (j+jp) = 1.D0 1055 c (0,j+jp) = 1.D0 write (*,29) c c....................................................................... c Subrotina para resolver o sistema [A][X]=[D] c do 2500 j = 0,jp+lp jm1 = j - 1 aux0 = 0. do 2010 k = 1,n 2010 aux0 = aux0 + c (k,j) * c (k,j) aux0 = 1.D0 + aux0 * .5D0 do 2020 i = 0,jm1 2020 aux0 = aux0 + l ( j,i ) * u ( i,j ) if ( aux0 .GE. 0.D0 ) & then l (j,j) = dsqrt ( aux0 ) u (j,j) = - l (j,j) else l (j,j) = dsqrt ( -aux0 ) u (j,j) = l (j,j) end if do 2150 i = j+1,jp+lp aux0 = 0.D0 do 2110 k = 1,n 2110 aux0 = aux0 + c (k,j) * c (k,i) aux0 = 1.D0 + aux0 * .5D0 aux1 = aux0 aux2 = aux0 do 2120 k = 0,jm1 aux1 = aux1 + l (i,k) * u (k,j) 2120 aux2 = aux2 + l (j,k) * u (k,i) l (i,j) = - aux1 / u (j,j) u (j,i) = - aux2 / l (j,j) 2150 continue aux0 = 0.D0 do 2210 k = 1,n 2210 aux0 = aux0 - c (k,j) * s (k) aux0 = b (j) - s (0) + aux0 * .5D0 do 2220 k = 0,jm1 aux0 = aux0 - l (j,k) * y (k) y (j) = aux0 / l (j,j) 2500 continue c c....................................................................... c Calculo dos multiplicadores de Lagrange lambda (j) c do 2600 j = jp+lp,0,-1 aux0 = 0.D0 do 2550 k = j+1,jp+lp 2550 aux0 = aux0 + u (j,k) * y (k) y (j) = ( y (j) - aux0 ) / u (j,j) 2600 continue c c....................................................................... c Calculo dos pesos horarios w (k) c do 2700 i = n,1,-1 aux0 = 0.D0 do 2650 k = 0,jp+lp 2650 aux0 = aux0 + y (k) * c (i,k) w (i) = ( s (i) - aux0 ) * .5D0 2700 continue 2220 113 aux0 = 0.D0 do 2750 k = 0,jp+lp 2750 aux0 = aux0 + y (k) * c (0,k) w (0) = s (0) - aux0 c....................................................................... c Verificacao do cálculo dos pesos horários w(k) sompeso = 0.d0 do 2850 k = 1, n 2850 sompeso = sompeso + w (k) sompeso = w(0) + 2.* sompeso c c....................................................................... c c....................................................................... c Calculo da funcao R(omga) c R(omga) = w(0) + 2 * sum(w(k) * cos(k * omga); k=1..n) aux1 = pi / 1.8d2 * dt do 2975 i=1,nxomga xomga (i) = dxomga * i * aux1 somga = 0.d0 do 2900 k = 1, n ak = dble (k) promga = w(k) * dcos (ak * xomga(i)) somga = somga + promga 2900 continue r(i) = w(0) + 2 * somga 2975 continue c c....................................................................... c Calculo da funcao R(omga) para os omga(j) c R(omga) = w(0) + 2 * sum(w(k) * cos(k * omga); k=1..n) c do 2985 i = 1,jp somgaj = 0.d0 do 2980 k = 1, n ak = dble (k) promgaj = w(k) * dcos (ak * omga0(i)) somgaj = somgaj + promgaj 2980 continue rj(i) = w(0) + 2 * somgaj 2985 continue c do 2988 i = 1,lp somgaj = 0.d0 do 2986 k = 1, n ak = dble (k) promgaj = w(k) * dcos (ak * omga1(i)) somgaj = somgaj + promgaj 2986 continue rj(i+jp) = w(0) + 2 * somgaj 2988 continue c....................................................................... c Calculo da funcao L(omga) c 2990 do 2995 i=1,nxomga xomga (i) = dxomga * i * (pi / 1.8D2) * dt if (xomga(i) .gt. omega2) then LR(i) = 0 else if (xomga(i) .lt. omega1) then LR(i) = 1 else LR(i) = .5d0 * ( 1.d0 + & dcos((pi*(xomga(i)-omega1)/(omega1-omega2)))) end if 2995 continue c c c....................................................................... c Impressao dos resultados c 114 c c write (7,31) write (7,32) n, jp, lp, omega1/pi*1.8d2/dt, omega2/pi*1.8d2/dt write (7,33) do 3000 j=1,jp 3000 write (7,34) j, (omga0(j)*1.8d2/pi/dt), rj(j) write (7,33) do 3001 j=1,lp 3001 write (7,34) j+jp, (omga1(j)*1.8d2/pi/dt), rj(j+jp) write (7,35) do 3002 k = 0,n 3002 write (7,36) k, w (k) write (7,37) sompeso c write (7,38) do 3010 i = 1, nxomga 3010 write (7,39) i, (xomga(i)*1.8d2/pi/dt), r(i), LR(i) write (7,*) 3040 continue 3050 continue c..................................................................... c..................................................................... c Calculo do erro aux4 = 0.d0 aux5 = 0.d0 do k=1,n aux4 = aux4 + w(k)*w(k) aux5=aux5+(w(k)*alfa2/(k*(k*k-alfa2)))*(sin(omega2*k) & +sin(omega1*k)) enddo 3055 err = w(0)*w(0)/2 + aux4 + omega1/2*pi + & 3/16*(omega2-omega1)/pi & (w(0)/2/pi)*(omega1+omega2)+(1/pi)*aux5 write (7,43) err write (*,*) err c....................................................................... c....................................................................... c Verificação dos resultados c write (7,41) i=0 aux0 = w(0) do 3100 j=0,jp+lp 3100 aux0 = aux0 + c(0,j) * y(j) write (7,42) i, aux0, s(i) do 3115 i=1,n aux0 = 2 * w(i) do 3110 j=0,jp+lp 3110 aux0 = aux0 + c(i,j) * y(j) 3115 write (7,42) i, aux0, s(i) do 3125 i=0,jp+lp aux0 = 0.D0 do 3120 k=0,n 3120 aux0 = aux0 + c(k,i) * w(k) 3125 write (7,42) i, aux0, b(i) c....................................................................... close (unit=7) stop end 115 Cálculo de Nível médio do mar C Programa de analise de mar‚: C - calcula valores médios horarios. C - khoras = numero de valores horarios em cada registro. C - nwmax = numero maximo de pesos. C OBS: C 1) se o registro for fornecido em intervalos diferentes de 1hora C o valor de khoras deve ser alterado de acordo. CFN.................................................................... parameter (nwmax = 200 , ndmax = 10 , khoras = 24) dimension x0 (0:2*nwmax) , x1 (0:khoras-1) , 1 w (0:nwmax) , xmedio (1:khoras) character*16 aux0 character*16 filein , filout , filew character*80 title C 10 format ( 12F4.0 ) 11 format ( 1X,'Entre: nome do arquivo de entrada',T50,'> ' ) 12 format ( A16 ) 13 format ( 1X,'Entre: nome do arquivo de saida',T50,'> ' ) 14 format ( 20X,'MARE23: calculo de niveis medios horarios', 1 ' - Thompsom',/, 2 25X,'V 2.3.3',T39,2(I2,':'),I2,'.',I2,/ ) 15 format ( A80 ) 16 format ( 24F6.1 ) 17 format ( 1X,'Entre: nome do arquivo de pesos',T50,'> ' ) 18 format ( 8I6 ) 19 format ( 10X,F30.0 ) 20 format ( 1X,'>>> Atencao: soma dos pesos igual a ',F12.8 ) 21 format ( 1X,'Arquivo de pesos: ',A16 ) C call gettim ( ih, im, is, ics ) write (6,11) read (6,12) filein write (6,17) read (6,12) filew write (6,13) read (6,12) filout C open ( unit=5 , file=filein , status='old' ) open ( unit=7 , file=filout ) open ( unit=8 , file=filew , status='old' ) c write (7,14) ih , im , is , ics read (5,15) title write (7,15) title write (7,21) filew read (5,12) aux0 write (7,12) aux0 read (5,12) aux0 write (7,12) aux0 read (5,18) ifuso, inicio, idia, imes, iano, i, nhoras, j write (7,18) ifuso, inicio, idia, imes, iano, i, nhoras, j c c Leitura dos pesos e determinacao da janela para a media movel c read (8,*) npesos janela = 2 * npesos + 1 read (8,19) ( w(i), i=0,npesos ) close ( 8 ) ndias = int ( janela / khoras ) + 1 c c Verifica se a soma dos pesos e igual a 1 c 116 aux3 = 0.0 do 1000 k=1,npesos 1000 aux3 = aux3 + 2. * w (npesos-k+1) aux3 = aux3 + w(0) if ( abs ( aux3 - 1.) > 0.000001 ) write (*,20) aux3 c c Leitura das alturas horarias nos primeiros ndias c read (5,*) ( x0(j-inicio), j=inicio,khoras-1 ) do 1001 k=1,ndias-1 i = khoras - 1 - inicio + ( k - 1 ) * khoras + 1 read (5,*) ( x0(i+j), j=0,khoras-1 ) 1001 continue c c Calculo do nivel medio nos primeiros ndias c imax = ndias * khoras - inicio - janela + 1 i=1 1005 aux2 = 0.0 do 1010 k = 1,npesos 1010 aux2 = aux2 + w(npesos-k+1) * ( x0(janela-k+i-1) + x0(k-1+i-1) ) xmedio (i) = aux2 + w (0) * x0 (npesos+i-1) i=i+1 if ( i - imax ) 1005,1005,1015 1015 write (7,16) ( xmedio (i), i=1,imax ) c c Leitura de novo registro de 1 dia e atualizacao do vetor x0 c iaux0 = imax iaux1 = khoras * ndias - inicio - 1 iaux2 = iaux1 - imax + 1 1020 read (5,*,end=2000) ( x1(j), j=0,khoras-1 ) do 1022 j = iaux0,iaux1 1022 x0 (j-iaux0) = x0 (j) do 1023 j = 0,khoras-1 1023 x0 (iaux2+j) = x1 (j) c i=1 1025 aux2 = 0.0 do 1026 k = 1,npesos 1026 aux2 = aux2 + w(npesos-k+1) * ( x0(janela-k+i-1) + x0(k-1+i-1) ) xmedio (i) = aux2 + w (0) * x0 (npesos+i-1) i=i+1 if ( i - khoras ) 1025,1025,1028 1028 write (7,16) ( xmedio (i), i=1,khoras ) c iaux0 = khoras iaux1 = janela - 1 + khoras - 1 iaux2 = iaux1 - iaux0 + 1 goto 1020 c 2000 close ( unit=7 ) stop end 117 Cálculo da probabilidade do NMM c...................................................................... c Programa para calculo da distribuição do NMM em classes de 10cm. c * nh = nivel medio horario c * p = ocorrencia relativa (probabilidade) c * m1 = primeiro momento c * m2 = segundo momento cfn.................................................................... parameter (nmin=0, nmax=500) real*8 m1, m2, media, d, p (nmin:nmax), soma, z, rnh (0:24) integer*2 idias, nh (0:24) character*12 fout, fin c 100 format ( 24F6.0 ) 101 format ( A1 ) 102 format ( 10X,'*** problema: valor fora dos limites' ) 103 format ( A12 ) 104 format ( 1X,'Entre arquivo de saida: > ' ) 105 format ( 1X,'Entre arquivo de entrada: > ' ) 106 format ( 4X,'PROGRAMA PARA CALCULO DE',/, * 'PROBABILIDADE DO NIVEL DO MAR',////, * 1X,'Este programa verifica a permanencia do NMM', * ' dentro do intervalo [',I4,',',I4,'] cm.' ) 107 format ( 10X,'*** problema: IO' ) c write (*,106) nmin, nmax write (*,105) read (*,103) fin write (*,104) read (*,103) fout open ( unit=10 , file=fin , status='old' ) c soma = 0.D0 idias = 0 read (10,101) a read (10,100,end=1100,err=9999,iostat=ios) ( rnh (j), j=1,24 ) do 999 j=1,24 999 nh (j) = rnh (j) 1000 idias = idias + 1 write (*,*) idias do 1002 j = 1,24 1002 nh (j) = nh (j) / 10 soma = soma + real ( nh (1) ) do 1050 j = 1,23 if ( nh(j) .LT. nmin .OR. nh(j) .GT. nmax ) write (*,102) if ( nh (j) .NE. nh (j+1) ) * then d = 1.D0 / abs ( real ( nh (j+1) - nh (j) ) ) else d = 1.D0 endif p ( nh (j) ) = p ( nh (j) ) + .5D0 * d p ( nh (j+1) ) = p ( nh (j+1) ) + .5D0 * d menor = min0 ( nh(j) , nh (j+1) ) + 1 maior = max0 ( nh(j) , nh (j+1) ) - 1 if ( menor .LE. maior ) * then do 1011 ik = menor, maior z = p (ik) + d p (ik) = z 1011 continue endif soma = soma + real ( nh (j+1) ) 1050 continue nh (0) = nh (24) read (10,100,end=1100,err=9999,iostat=ios) ( rnh (j), j=1,24 ) do 1051 j=1,24 1051 nh (j) = rnh (j) 118 if ( nh (0) .NE. nh (1) ) *then d = 1. / abs ( real ( nh (1) - nh (0) ) ) else d = 1. endif p ( nh (0) ) = p ( nh (0) ) + .5 * d p ( nh (1) ) = p ( nh (1) ) + .5 * d menor = min0 ( nh(0) , nh (1) ) + 1 maior = max0 ( nh(0) , nh (1) ) - 1 if ( menor .LE. maior ) *then do 1061 ik = menor, maior z = p (ik) + d p (ik) = z 1061 continue endif goto 1000 c 1100 close ( unit=10 ) ihoras = idias * 24 - 1 media = soma / real ( ihoras + 1 ) m1 = 0. m2 = 0. do 1110 k = nmin,nmax 1110 m1 = k * p (k) + m1 do 1120 k = nmin,nmax 1120 m2 = k * k * p (k) + m2 m1 = m1 / real ( ihoras ) m2 = m2 / real ( ihoras ) c open ( unit=12 , file=fout , status='new', err=9999, iostat=ios) write (*,*) ios c sigma2 = m2 - m1 * m1 write (12,*) m1, m2, sigma2, sqrt ( sigma2 ) do 1130 k = nmin,nmax 1130 write (12,*) k, p (k)/real(ihoras) close ( unit=12 ) stop 9999 write (*,107) write (*,*) ios stop end .............................................................................. 119 Calculo de coeficientes ACF, PACF C Programa de calculo de coeficientes: C - coeficientes de autocorrelação (ACF). C - coeficientes de autocorrelação amostral. C CFN+AJRU................................................................ c parameter N=7668 USE IMSLF90 USE numerical_libraries parameter N=8208 , NL=54 real*8 c(0:NL), r(0:NL), ZN(1:N), ZP(1:N), zmedia, aux, aux1, aux2, fi(1:NL,1:NL), pr(1:NL), S(1:NL,1:NL), Q(1:NL,1:NL), 3 numdet, dendet, det1, det2 integer k(0:14), i, j, ihoras, g character*16 filein , fileout,local 1 2 10 11 12 13 format ( 15F6.0) format ( 1X,'Entre: nome do arquivo de entrada' ) format ( A16 ) format ( 1X,'Entre: nome do arquivo de saida para FAC da série & original' ) 14 format ( 1X,'Escolha tipo de dado:',//, & ' 1= nível médio em 24 valores por registro',//, & ' 2= pressão ou vento em 1 valor por linha' ) 15 format ( 1X,'Função de Autocorrelação Parcial (PACF)' ) 16 format ( I10,F20.6 ) C write (*,11) read (*,12) filein write (*,13) read (*,12) fileout write (*,14) read (*,*) idado open ( unit=10 , file=filein , status='old' ) open ( unit=11 , file=fileout, status='new' ) read (10,*)local if ( idado .EQ. 1 ) then j=1 1001 read (10,*,end=1005)(ZN(i),i=j,j+23) j = j + 24 goto 1001 else j=1 1002 read (10,*,end=1005) ZN(j) j = j+1 goto 1002 endif 1005 close (unit=10) ihoras = j-1 write (*,*) ihoras C.....Calculo do valor medio zmedia = 0 do 1010 j=1,ihoras 1010 zmedia = zmedia + ZN(j) zmedia = zmedia/ihoras C C.....Definição das defasagens k C do 1100 l=0,NL 120 aux=0 do 1050 j=1, ihoras-l 1050 aux = aux + (ZN(j)-zmedia) * (ZN(j+l)-zmedia) c (l) = aux / ihoras 1090 r (l) = c(l) / c(0) 1100 continue c c write (11,*)(c(l),l=0,14) c do 1200 l=0,NL 1200 write (11,*) c(l), r(l) pr(1) = r(1) fi(1,1) = pr(1) write (*,*) 1, pr(1) do 2250 g=2,NL aux1 = 0.d0 aux2 = 0.d0 do j=1,g-1 aux1 = aux1 + fi(g-1,j)*r(g-j) enddo do j=1,g-1 aux2 = aux2 + fi(g-1,j)*r(j) enddo fi(g,g) = (r(g)-aux1)/(1-aux2) pr(g) = fi(g,g) write (*,*) g, pr(g) do 2210 j=1,g-1 fi(g,j) = fi(g-1,j)-fi(g,g)*fi(g-1,g-j) 2210 continue 2250 continue c do 1250 g=2,NL c do 1220 i=1,g c do 1210 j=1,g-1 c Q(i,j) = r(abs(i-j)) c1210 S(i,j) = Q(i,j) c Q(i,g) = r(abs(i-g)) c1220 S(i,g) = r(i) c c... Cálculo dos determinantes c c call dlftrg(NL,S,NL,S1,NL,IP) c call dlfdrg(NL,S1,NL,IP,det1,det2) c numdet=det1*10.0d0**det2 c call dlftrg(NL,Q,NL,S1,NL,IP) c call dlfdrg(NL,S1,NL,IP,det1,det2) c dendet=det1*10.0d0**det2 c c pr(g) = numdet/dendet write (11,15) do 1250 g=1,NL write (11,16) g, pr(g) c 1250 continue close (unit=11) 9000 STOP END 121 ANEXO - C PROGRAMA PARA ESTUDO ESTATÍSTICO NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA Análise espectral load pressoesfilt2.txt; load tensoesnovofilt2.txt; load pira99.txt; nmm=pira99(:,1); t=tensoesnovofilt2(1:1414,2); t1=tensoesnovofilt2(1:1414,4); t2=tensoesnovofilt2(1:1414,6); t3=tensoesnovofilt2(1:1414,8); t4=tensoesnovofilt2(1:1414,10); dt=1/4; x=256*dt; f=1/x:1/x:128/x; [b a]=butter(6,0.03); q=filtfilt(b,a,nmm); figure (4) plot(1:1414,nmm,1:1414,q,'r') grid p1=pressoesfilt2(1:1414,1); p2=pressoesfilt2(1:1414,2); p3=pressoesfilt2(1:1414,3); p4=pressoesfilt2(1:1414,4); p5=pressoesfilt2(1:1414,5); p6=pressoesfilt2(1:1414,6); p11=spectrum(nmm,p1,256,128); p22=spectrum(nmm(63:575),p2(63:575),256,128); p33=spectrum(nmm(63:575),p3(63:575),256,128); p44=spectrum(nmm(63:575),p4(63:575),256,128); p55=spectrum(nmm(63:575),p5(63:575),256,128); p66=spectrum(nmm(63:575),p6(63:575),256,128); p11=abs(2*p11(2:129,3)); p22=abs(2*p22(2:129,3)); p33=abs(2*p33(2:129,3)); p44=abs(2*p44(2:129,3)); p55=abs(2*p55(2:129,3)); p66=abs(2*p66(2:129,3)); figure(5) plot(f(1:40),p11(1:40),'kv-',f(1:40),p22(1:40),'k>-',f(1:40),p33(1:40),'k*-.',f(1:40),p44(1:40),'k^-',f(1:40),p55(1:40),'k.',f(1:40),p66(1:40),'k+-') legend('NMM/Pressao(-25;-40)', 'NMM/Pressao(-27,5;-45)','NMM/Pressao(-27,5;-42,5)','NMM/Pressao(-25;-45)','NMM/Pressao(-25;47,5)','NMM/Pressao(-25;-42,5)') title('espectro cruzado entre o NMM/pressao centrado em 22 de Setembro') xlabel('frequencia(cpd)') ylabel('energia (m2/cpd)') grid p1=pressoesfilt2(1:1413,1); p2=pressoesfilt2(1:1413,2); p3=pressoesfilt2(1:1413,3); p4=pressoesfilt2(1:1413,4); p5=pressoesfilt2(1:1413,5); p6=pressoesfilt2(1:1413,6); p11=spectrum(nmm(63:575),p1(63:575),256,128); p22=spectrum(nmm(63:575),p2(63:575),256,128); p33=spectrum(nmm(63:575),p3(63:575),256,128); p44=spectrum(nmm(63:575),p4(63:575),256,128); p55=spectrum(nmm(63:575),p5(63:575),256,128); p66=spectrum(nmm(63:575),p6(63:575),256,128); pp11=p11(2:129,5); pp22=p22(2:129,5); pp33=p33(2:129,5); pp44=p44(2:129,5); pp55=p55(2:129,5); 122 pp66=p66(2:129,5); figure(6) plot(f(1:40),pp11(1:40),'kv-',f(1:40),pp22(1:40),'k>-',f(1:40),pp33(1:40),'k*-.',f(1:40),pp44(1:40),'k^-',f(1:40),pp55(1:40),'k.',f(1:40),pp66(1:40),'k+-'); legend('NMM/Pressao(-25;-40)', 'NMM/Pressao(-27,5;-45)','NMM/Pressao(-27,5;-42,5)','NMM/Pressao(-25;-45)','NMM/Pressao(-25;47,5)','NMM/Pressao(-25;-42,5)') title('coerencia entre o NMM/pressao centrada em 22 de Setembro') xlabel('frequencia(cpd)') ylabel('coerencia') grid p11=spectrum(nmm(63:575),p1(63:575),256,128); p22=spectrum(nmm(63:575),p2(63:575),256,128); p33=spectrum(nmm(63:575),p3(63:575),256,128); p44=spectrum(nmm(63:575),p4(63:575),256,128); p55=spectrum(nmm(63:575),p5(63:575),256,128); p66=spectrum(nmm(63:575),p6(63:575),256,128); p111=p11(2:129,4); p222=p22(2:129,4); p333=p33(2:129,4); p444=p44(2:129,4); p555=p55(2:129,4); p666=p66(2:129,4); pp1=angle(p111); pp2=angle(p222); pp3=angle(p333); pp4=angle(p444); pp5=angle(p555); pp6=angle(p666); pp1=(pp1*360)/(2*pi); pp2=(pp2*360)/(2*pi); pp3=(pp3*360)/(2*pi); pp4=(pp4*360)/(2*pi); pp5=(pp5*360)/(2*pi); pp6=(pp6*360)/(2*pi); figure(7) plot(f(1:40),pp1(1:40),'kv-',f(1:40),pp2(1:40),'k>-',f(1:40),pp3(1:40),'k*-.',f(1:40),pp4(1:40),'k^-',f(1:40),pp5(1:40),'k.',f(1:40),pp6(1:40),'k+-') legend('NMM/Pressao(-25;-40)', 'NMM/Pressao(-27,5;-45)','NMM/Pressao(-27,5;-42,5)','NMM/Pressao(-25;-45)','NMM/Pressao(-25;47,5)','NMM/Pressao(-25;-42,5)') title('fases entre NMM/pressao centrada em 22 de Setembro') xlabel('frequencia(cpd)') ylabel('fase(graus)') grid %v00=spectrum(nmm,v,256,128); %v11=spectrum(nmm,v1,256,128); %v22=spectrum(nmm,v2,256,128); %v33=spectrum(nmm,v3,256,128); %v44=spectrum(nmm,v4,256,128); %v00=v00(2:129,5); %v11=v11(2:129,5); %v22=v22(2:129,5); %v33=v33(2:129,5); %v44=v44(2:129,5); %figure (8) %plot(f(1:40),p11(1:40),'kv-',f(1:40),p22(1:40),'k>-',f(1:40),p33(1:40),'k*-.',f(1:40),p44(1:40),'k^-',f(1:40),p55(1:40),'k.-') %legend('NMM/Vy(-23,804;40,615)', 'NMM/Vy(-23,804;-42,500)','NMM/Vy(-25,709;-44,375)','NMM/Vy(-25,709;46,625)','NMM/Vy(27,614;-44,375)') %title('Espectro cruzado entre o NMM e as componentes meridionais do vento') %xlabel('Frequencia (cpd)') %ylabel('Energia (Nm2/cpd)') %grid sf=spectrum(nmm(63:575),t(63:575),256,128); sf1=spectrum(nmm(63:575),t1(63:575),256,128); sf2=spectrum(nmm(63:575),t2(63:575),256,128); sf3=spectrum(nmm(63:575),t3(63:575),256,128); sf4=spectrum(nmm(63:575),t4(63:575),256,128); sf11=abs(2*sf(2:129,3)); sf22=abs(2*sf1(2:129,3)); sf33=abs(2*sf2(2:129,3)); sf44=abs(2*sf3(2:129,3)); 123 sf55=abs(2*sf4(2:129,3)); figure(8) plot(f(1:40),sf11(1:40),'k-',f(1:40),sf22(1:40),'k*-',f(1:40),sf33(1:40),'k>-.',f(1:40),sf44(1:40),'k^-',f(1:40),sf55(1:40),'k.-') legend('NMM/Tx(23,804S;40,625W)', 'NMM/Tx(23,804S;42,500W)','NMM/Tx(25,709S;44,375W)','NMM/Tx(25,709S;46,250W)','NMM/Tx(27,614S;44,375W)') title('Esp.cruzado NMM/tensoes zonais centrado em 22 de Setembro') xlabel('frequencia (cpd)') ylabel('Energia (m2/cpd)') grid sf=spectrum(nmm(63:575),t(63:575),256,128); sf1=spectrum(nmm(63:575),t1(63:575),256,128); sf2=spectrum(nmm(63:575),t2(63:575),256,128); sf3=spectrum(nmm(63:575),t3(63:575),256,128); sf4=spectrum(nmm(63:575),t4(63:575),256,128); sf111=sf(2:129,5); sf222=sf1(2:129,5); sf333=sf2(2:129,5); sf444=sf3(2:129,5); sf555=sf4(2:129,5); figure (9) plot(f(1:40),sf111(1:40),'k-',f(1:40),sf222(1:40),'k*-',f(1:40),sf333(1:40),'k>-.',f(1:40),sf444(1:40),'k^-',f(1:40),sf555(1:40),'k.-') legend('NMM/Tx(23,804S;40,625W)', 'NMM/Tx(23,804S;42,500W)','NMM/Tx(25,709S;44,375W)','NMM/Tx(25,709S;46,250W)','NMM/Tx(27,614S;44,375W)') title('Coerencia entre NMM/tensoes zonais centrada em 22 de Setembro') xlabel('frequencia (cpd)') ylabel('Coerencia') grid sf=sf(2:129,4); sf1=sf1(2:129,4); sf2=sf2(2:129,4); sf3=sf3(2:129,4); sf4=sf4(2:129,4); g1=angle(sf); g2=angle(sf1); g3=angle(sf2); g4=angle(sf3); g5=angle(sf4); g11=(g1*360)/(2*pi); g22=(g2*360)/(2*pi); g33=(g3*360)/(2*pi); g44=(g4*360)/(2*pi); g55=(g5*360)/(2*pi); %g111=find(g11<=0); %g11(g111)=g11(g111)+360; %g222=find(g22<=0); %g22(g222)=g22(g222)+360; %g333=find(g33<=0); %g33(g333)=g33(g333)+360; %g444=find(g44<=0); %g44(g444)=g44(g444)+360; %g555=find(g55<=0); %g55(g555)=g55(g555)+360; t=1./f; figure (10) plot(f(1:40),g11(1:40),'k-',f(1:40),g22(1:40),'k*-',f(1:40),g33(1:40),'k>-.',f(1:40),g44(1:40),'k^-',f(1:40),g55(1:40),'k.-'); title('Fase entre o NMM/tensoes zonais centradas em 22 de Setembro'); xlabel('Frequencia(cpd)'); ylabel('Fase (graus)'); legend('NMM/Tx(23,804S;40,625W)', 'NMM/Tx(23,804S;42,500W)','NMM/Tx(25,709S;44,375W)','NMM/Tx(25,709S;46,250W)','NMM/Tx(27,614S;44,375W)'); grid 124 ANEXO - D GRÁFICOS DE RESULTADOS DE ACF E PACF Para fins de previsão de séries temporais 1.2 1 ACF 0.8 0.6 0.4 0.2 53 51 49 47 45 43 41 39 37 35 33 31 29 27 25 23 21 19 17 15 13 9 11 7 5 3 1 0 k Autocorrelação do nível médio do mar. 1.5 1 PACF 0.5 53 51 49 47 45 43 41 39 37 35 33 31 29 27 25 23 21 19 17 15 13 9 11 7 5 3 1 0 -0.5 -1 k Autocorrelação parcial do nível médio do mar. 125 1.2 1 acf 0.8 0.6 0.4 0.2 49 51 53 51 53 47 49 45 43 39 41 37 35 33 31 29 27 25 23 21 17 19 15 13 11 7 9 3 5 1 0 k Autocorrelação da pressão no ponto 10 para o ano de 1999. 1.2 1 0.8 0.6 pacf 0.4 0.2 -0.2 -0.4 -0.6 k Autocorrelação parcial no ponto 10 para o ano de 1999. 126 47 45 43 41 39 35 37 33 31 29 27 25 23 21 19 17 15 13 9 11 5 7 1 3 0 1.2 1 0.8 acf 0.6 0.4 0.2 53 51 49 45 47 43 41 39 35 37 33 31 27 29 23 25 21 19 17 15 13 9 11 7 5 3 1 0 -0.2 k Autocorrelação da componente zonal da tensão do vento no ponto 1 para o ano de 1999. 1 0.8 0.6 PACF 0.4 0.2 53 51 49 47 43 45 41 39 37 35 31 33 27 29 25 23 21 19 17 15 13 11 7 9 5 3 1 0 -0.2 -0.4 k Autocorrelação parcial da componente zonal da tensão do vento no ponto 1 para o ano de 1999. 127 1.2 1 0.8 ACF 0.6 0.4 0.2 0 -0.2 K Autocorrelação da componente meridional da tensão do vento no ponto 1 para o ano de 1999. 1 0.8 0.6 pacf 0.4 0.2 53 51 49 47 45 43 41 39 37 35 33 31 29 27 25 23 21 19 17 15 13 11 7 9 3 5 1 0 -0.2 -0.4 k Autocorrelação parcial da componente meridional da tensão do vento no ponto 1 para o ano de 1999. 128 ANEXO -E CORRELAÇÕES CRUZADAS ENTRE O NMM/PRESSÃO E NMM/COMPONENTES DA TENSÃO DO VENTO 0.1 63 68 53 58 43 48 33 38 23 28 8 13 18 3 -2 -7 -1 2 -2 7 -2 2 -1 7 -4 2 -3 7 -3 2 -5 7 -5 2 -4 7 -7 2 -6 7 -6 2 0 cc -0.1 -0.2 -0.3 -0.4 -0.5 k Correlação cruzada entre o NMM e a pressão no ponto 7 mostrado no mapa da página 35 para o ano de 1999. 0.2 0.1 0 cc 2 -7 6 -6 0 -6 4 -5 8 -4 2 -4 6 -3 0 -3 4 -2 8 -1 2 -1 -6 0 6 12 18 24 30 36 42 48 54 60 66 72 -0.1 -0.2 -0.3 -0.4 k Correlação cruzada entre o NMM e a pressão no ponto 8 mostrado no mapa da página 35 para o ano de 1999. 129 0.2 0.1 63 68 53 58 48 38 43 28 33 18 23 8 13 3 -7 -2 -1 2 -2 2 -1 7 -3 2 -2 7 -4 2 -3 7 -5 2 -4 7 -6 2 -5 7 -7 2 -6 7 0 cc -0.1 -0.2 -0.3 -0.4 -0.5 k Correlação cruzada entre o NMM e a pressão no ponto 9 mostrado no mapa da página 35 para o ano de 1999. 0.1 0 -72 -60 -48 -36 -24 -12 0 12 24 36 48 60 72 CC -0.1 -0.2 -0.3 -0.4 -0.5 k Correlação cruzada entre o NMM e a pressão no ponto 10 mostrado no mapa da página 35 para o ano de 1999. 130 0.1 0.05 68 58 63 48 53 38 43 28 33 18 23 3 8 13 -2 -7 -1 2 -2 7 -2 2 -1 7 -4 2 -3 7 -3 2 -0.05 -5 7 -5 2 -4 7 -7 2 -6 7 -6 2 0 -0.1 cc -0.15 -0.2 -0.25 -0.3 -0.35 -0.4 -0.45 k Correlação cruzada entre o NMM e a pressão no ponto 12 mostrado no mapa da página 35 para o ano de 1999. 0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 68 63 58 53 48 43 38 33 28 23 18 13 8 3 -2 -7 -7 2 -6 7 -6 2 -5 7 -5 2 -4 7 -4 2 -3 7 -3 2 -2 7 -2 2 -1 7 -1 2 0 -0.1 Correlação cruzada entre o NMM e a componente zonal da tensão no ponto 4 mostrado no mapa da página 35 para o ano de 1999. 131 0.3 0.2 0.1 68 53 58 63 38 43 48 23 28 33 8 13 18 3 -7 -2 -1 2 -2 7 -2 2 -1 7 -4 2 -3 7 -3 2 -5 7 -5 2 -4 7 -7 2 -6 7 -6 2 cc 0 -0.1 -0.2 -0.3 -0.4 k Correlação cruzada entre o NMM e a componente meridional da tensão no ponto 4 mostrado no mapa da página 35 para o ano de 1999. 0.5 0.4 0.3 cc 0.2 0.1 68 58 63 48 53 38 43 28 33 18 23 8 13 3 -2 -7 -1 2 -2 2 -1 7 -3 2 -2 7 -4 7 -4 2 -3 7 -6 2 -5 7 -5 2 -7 2 -6 7 0 -0.1 -0.2 k Correlação cruzada entre o NMM e a componente zonal da tensão no ponto 3 mostrado no mapa da página 35 para o ano de 1999. 132 0.4 0.3 0.2 63 68 53 58 38 43 48 23 28 33 8 13 18 3 -7 -2 -1 2 -2 7 -2 2 -1 7 -4 2 -3 7 -3 2 -5 7 -5 2 -4 7 0 -7 2 -6 7 -6 2 cc 0.1 -0.1 -0.2 -0.3 -0.4 k Correlação cruzada entre o NMM e a componente meridional da tensão no ponto 3 mostrado no mapa da página 35 para o ano de 1999. 0.6 0.5 0.4 cc 0.3 0.2 0.1 63 68 53 58 38 43 48 23 28 33 13 18 8 3 -7 -2 -1 2 -2 2 -1 7 -3 2 -2 7 -4 2 -3 7 -5 2 -4 7 -6 2 -5 7 -7 2 -6 7 0 -0.1 k Correlação cruzada entre o NMM e a componente zonal da tensão no ponto 2 mostrado no mapa da página 35 para o ano de 1999. 133 0.5 0.4 0.3 0.2 cc 0.1 63 68 53 58 43 48 33 38 23 28 8 13 18 3 -2 -7 -1 2 -2 7 -2 2 -1 7 -4 2 -3 7 -3 2 -5 7 -5 2 -4 7 -7 2 -6 7 -6 2 0 -0.1 -0.2 -0.3 -0.4 k Correlação cruzada entre o NMM e a componente meridional da tensão no ponto 2 mostrado no mapa da página 35 para o ano de 1999. 0.5 0.4 0.3 CC 0.2 0.1 0 -72 -60 -48 -36 -24 -12 0 12 24 36 48 60 72 -0.1 -0.2 k Correlação cruzada entre o NMM e a componente zonal da tensão no ponto 1 mostrado no mapa da página 35 para o ano de 1999. 134 0.4 0.3 0.2 CC 0.1 0 -7 2 6 -6 0 -6 4 -5 8 -4 2 -4 6 -3 -3 0 4 -2 8 -1 2 -1 -6 6 0 12 18 24 30 36 42 48 54 60 66 72 -0.1 -0.2 -0.3 -0.4 k Correlação cruzada entre o NMM e a componente meridional da tensão no ponto 1 mostrado no mapa da página 35 para o ano de 1999. 135 ANEXO – F DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA FASE ENTRE O NMM/PRESSÃO, NMM/COMPONENTES DA TENSÃO DO VENTO EM DETERMINADAS FREQUÊNCIAS Fase entre o NMM e a pressão na frequencia de 0,0625 Latitude (graus) 27.5 25 40 42.5 Longitude (graus) 45 47.5 Fase entre o NMM e as componentes zonais da tensão La titude(g rau s) 25.709 23.804 40.625 42.5 44.375 46.25 Longitude (graus) 27.614 Fase entre o nível do mar as componentes meridionais da tensão Latitude(graus) 25.709 23.804 40.625 42.5 Longitude (graus) 44.375 46.25 Fases na freqüência de 0,0625 cpd, correspondente a 16 dias entre: a) NMM e pressão; b) NMM componentes meridionais da tensão de vento; c) NMM e as componentes meridionais da tensão de vento 136 Fase entre o NMM e a pressão na frequencia de 0,0938 (10 dias) L a titu d e (g ra u s ) 27.5 25 40 42.5 45 47.5 Longitude (graus) Fase entre o NMM e as componentes zonais da tensão 27.614 Latitude(graus) 25.709 23.804 40.625 42.5 44.375 Longitude (graus) Fase entre o NMM e as componentes meridionais da tensão Latitude(graus) 25.709 23.804 40.625 42.5 44.375 Longitude (graus) Fases na freqüência de 0,0938 cpd, correspondente a 10,6 dias entre: a) NMM e pressão; b) NMM componentes meridionais da tensão de vento; c) NMM e as componentes meridionais da tensão de vento. 137 Fase entre o NMM e a pressão nos pontos considerados Latitude (graus) 27.5 25 40 42.5 Longitude (graus) 45 47.5 Fase entre o NMM e as componentes zonais da tensão 27.614 Latitude(graus) 25.709 23.804 40.625 42.5 44.375 46.25 Longitude (graus) Fase entre o NMM e as componentes maridionais da tensão 27.614 Latitude(graus) 25.709 23.804 40.625 42.5 44.375 46.25 Longitude (graus) Fases na freqüência de 0,1719 cpd, correspondente a 5,81 dias entre: a) NMM e pressão; b) NMM componentes meridionais da tensão de vento; c) NMM e as componentes meridionais da tensão de vento. 138