0 RAFAEL LUÍS DOS SANTOS INCIDÊNCIA DE Spodoptera frugiperda (J.E. SMITH) (Lepipodtera Noctuidae) E CAUSAS DE SUA MORTALIDADE EM UMA LAVOURA DE MILHO SAFRA E SAFRINHA EM AUGUSTO PESTANA, RS, BRASIL Ijuí – RS Julho – 2011 1 RAFAEL LUÍS DOS SANTOS INCIDÊNCIA DE Spodoptera frugiperda (J.E. SMITH) (Lepipodtera Noctuidae) E CAUSAS DE SUA MORTALIDADE EM UMA LAVOURA DE MILHO SAFRA E SAFRINHA EM AUGUSTO PESTANA, RS, BRASIL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como um dos requisitos para obtenção do título de Engenheiro Agrônomo, Curso de Agronomia do Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Orientadora: Prof. Dra. Vidica Bianchi Ijuí Estado do Rio Grande do Sul – Brasil Julho – 2011 do 2 RAFAEL LUÍS DOS SANTOS INCIDÊNCIA DE Spodoptera frugiperda (J.E. SMITH) (Lepipodtera Noctuidae) E CAUSAS DE SUA MORTALIDADE EM UMA LAVOURA DE MILHO SAFRA E SAFRINHA EM AUGUSTO PESTANA, RS, BRASIL Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Agronomia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, defendido perante a banca abaixo subscrita. Ijuí, 21 de julho de 2011 Prof. Dra. Vidica Bianchi ________________________________________ DeBQ/UNIJUI – Orientador Eng°. Agrônomo. César Oneide Sartori IRDeR/DEAg/UNIJUI ________________________________________ 3 Dedico este trabalho aos meus Pais Airton e Tânia, por optarem em apostar na minha qualificação, privando-se de objetivos próprios para que eu pudesse estar realizando meu próprio objetivo. Serei sempre grato por tudo que fizeram por mim. Conduzam a certeza de que esta vitória também é mérito de vocês e à vocês. 4 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, pela vida, por me dar forças, estar sempre me guiando e me iluminando pelo caminho certo. As minhas irmãs Catiane e Greice e ao meu irmão Gêmeo Fernando, por toda vivência e pelas alegrias que passamos. A toda minha Família, por estarem sempre junto comigo, me incentivando e dando forças para alcançar meu objetivo. A minha Namorada Fulvia e a seus Pais, por estarem ao meu lado, sempre me apoiando, me ajudando e aconselhando nas horas difíceis e quando eu precisava, vocês são muito especiais para mim. Aos meus amigos, que nossos laços de amizade possam ser estendidos e enriquecidos a cada encontro. Agradeço Orientadora também Vidica a minha Bianchi pelo Professora auxilio e compreensão prestados, para que eu pudesse estar realizando da melhor forma o meu trabalho. Enfim agradeço a todas as pessoas que me ajudaram nesta caminhada, não poderia deixar de expressar minha imensa gratidão à todos. Vocês fazem parte desta conquista. Muito Obrigado! 5 INCIDÊNCIA DE Spodoptera frugiperda (J.E. SMITH) (Lepipodtera Noctuidae) E CAUSAS DE SUA MORTALIDADE EM UMA LAVOURA DE MILHO SAFRA E SAFRINHA EM AUGUSTO PESTANA, RS, BRASIL Aluno: Rafael Luís dos Santos Orientador: Vidica Bianchi RESUMO O Rio Grande do Sul é um dos Estados com maior produção de milho no Brasil. Porém perdas na qualidade e diminuição da produtividade estão relacionadas a uma das principais insetopraga na cultura do milho, a Spodoptera frugiperda, conhecida popularmente como a lagarta-docartucho. Este trabalho teve como objetivo avaliar a ocorrência de Spodoptera frugiperda, bem como a presença de seus inimigos naturais na cultura do milho (Zea mays) no ano agrícola 2010/2011 em lavoura de milho safra e safrinha. As lavouras estavam situada no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural – IRDeR no município de Augusto Pestana, administrado pelo Departamento de Estudos Agrários – DEAg pertencente a Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUI. Para a coleta dos dados, as lavouras foram divididas em três parcelas com cinquenta plantas amostradas em cada parcela. As coletas foram realizadas quinzenalmente, durante a fase vegetativa do milho. As lagartas foram individualizadas e mantidas em laboratório até a emergência dos adultos ou parasitóides ou morte. Foram coletadas 43 lagartas na safra, destas 11,63% encontravam-se parasitadas. Já na safrinha, foi encontrado 19 lagartas, destas 15,79% estavam parasitadas. Os parasitoides foram identificados como da ordem Diptera da família Tachinidae. O total de mortalidade foi de 52,50%. Palavras-chave: milho,lagarta-do-cartucho, parasitoide, Diptera, Tachinidae. 6 INCIDENCE OF Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) (Noctuidae: Lepipodtera) AND ITS CAUSES OF MORTALITY IN A MAIZE IN NORMAL AND LATE SEASON CROPS IN Augusto Pestana off-season, RS, BRAZIL Student: Rafael Luís dos Santos Supervising Teacher: Vidica Bianchi ABSTRACT Rio Grande do Sul is one the states with higher maize production in Brasil. But losses in quality and decreased productivity are related to one of the major insect pests in maize, Spodoptera frugiperda, popularly known as the caterpillar the cartridge. This study ained to evaluate the occurrence of S. frugiperda as well as the presence of natural enemies in maize (Zea mays) in the agricultural year 2010/2011 in maize normal and late season crops. The plantations were located in the Regional Institute of Rural Development – IRDeR in the municipality of Augusto Pestana, administered by the Departament of Agrarian Studies – DEAg owned bu the Northwest Regional University of Rio Grande do Sul – UNIJUI. To collect the data fields were divided into three portions with fifty plants sampled in each plot. Samples were collected fortnightly during the growing season of maize. The caterpillars were individualized and kept in laboratory until emergence of adults or parasitoids. 43 larvae were collected were found, these 11,63% were parasitized. In the late season, 19 caterpillars were found, these 15,79% were parasitized. The parasitoids were identified as the order Diptera Tachinidae family. Total mortality was 52,50. Key words: maize, caterpillar-the-cartridge, parasitoids, Diptera, Tachinidae. 7 SUMÁRIO Página INTRODUÇÃO........................................................................................................ 8 1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.......................................................................... 10 1.1 Características da cultura do Milho ............................................................ 10 1.2 Aspectos Biológicos de Spodoptera frugiperda............................................. 12 1.3 Inimigos Naturais de S. frugiperda............................................................... 14 2 MATERIAIL E MÉTODOS.............................................................................. 16 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................ 19 CONCLUSÕES......................................................................................................... 25 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................... 26 ANEXOS ................................................................................................................... 29 8 INTRODUÇÃO A cultura do milho (Zea mays) é uma das mais importantes no contexto econômico e social no mundo, ocupa o primeiro lugar isolado em volume de grãos produzidos. De acordo com a CONAB (2010), a área cultivada no Mundo é de 155,4 milhões de hectares, com uma produção de 805,7 milhões de toneladas de grãos. Ainda segundo a CONAB (2010), a área cultivada no Brasil, na safra 2009/10, foi estimada em 12,95 milhões de hectares, ocupando o segundo lugar da área plantada, com uma produção de 53.46 milhões de toneladas. No Brasil, evidenciasse que o milho ocupa grandes áreas agrícolas, e apesar da extensa área cultivada, a produtividade média ainda é muito baixa. São diversos os fatores responsáveis pela baixa produtividade, sendo que as pragas têm elevada participação, principalmente nos últimos anos com o cultivo de milho “safrinha”, que oferece condições para a continuidade de desenvolvimento das pragas devido à permanência da planta de milho na área por um longo período durante o ano agrícola (Cruz 1993). Durante seu ciclo de desenvolvimento, a cultura do milho pode sofrer diferentes tipos de estresses, dentre eles destaca-se as pragas. A desfolhadora de maior importância econômica no Brasil e também o Inseto-praga que mais contribui para baixar a produtividade do milho, é a lagarta-do-cartucho, Spodoptera frugiperda (Lepidoptera:Noctuidae), que em condições favoráveis aumenta sua população, destrói as folhas e o cartucho do milho, chegando mesmo a impedir a produção de espigas comerciais (Fernandes et al. 2003). Com a intensificação da produção agrícola, para obter uma maior produtividade, os agricultores passam a utilizar tratos culturais mais avançados e a utilizar em maiores quantidades, produtos químicos que possuem um efeito poluidor no meio ambiente, atenuando diversos males ao meio ambiente e ao ecossistema, causando um desequilíbrio ecológico. Normalmente utilizam em sua maioria o mesmo princípio ativo, obtendo com o 9 passar do tempo, populações de insetos resistentes, pois adquiriram à resistência pelo uso contínuo do mesmo princípio ativo em seus inseticidas no controle das pragas de lavouras. Com isso têm se buscado novas formas de combater os insetos-pragas que atacam as lavouras de milho, uma destas maneiras é o controle biológico através de um Manejo Integrado de Pragas, que busca de uma maneira mais ecologicamente correta, controlar os efeitos causados pelos insetos causadores de danos à planta, através conservação no ambiente de seus inimigos naturais pode vir a ser uma alternativa viável, que por sua vez parasitam as larvas e ovos de Spodoptera frugiperda. Com isso, proporcionam ao agricultor uma menor utilização de agrotóxicos, conseguindo se valer de uma atividade mais limpa, que não agrida tanto ao meio ambiente, e tendo como resultado, um retorno econômico compensatório ao que o agricultor busca no implantar a sua lavoura, sendo de certa forma encorpada pelo não uso de produtos químicos, diminuindo os custos de produção e consequente aumentando a renda. Para que o manejo de pragas ocorra de forma certa e que traga resultados satisfatórios, é necessário que se conheça quais são as principais espécies de insetos que podem atuar com inimigos naturais no controle de S. frugiperda. O presente trabalho teve como objetivo verificar a incidência de lagarta-do-cartucho, S. frugiperda, bem como as causas de sua mortalidade. 10 1 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 1.1– Características da Cultura do Milho O milho (Zea mays L.) é uma espécie diplóide e alógama, pertencente à família Poacea (Gramineae), possui a separação das inflorescências masculina e feminina, caracterizando o milho como uma espécie monóica. Possui metabolismo do tipo C4 e com ampla adaptação a diferentes ambientes. Botanicamente, o grão dessa espécie é um fruto, denominado cariopse, sendo que o pericarpo está fundido com o tegumento da semente (CASTRO; KLUGE, 2005). Originado aproximadamente de sete a dez mil anos atrás no México e na América Central. É considerada uma das plantas cultivadas mais antigas. A partir daí, esse cereal passou a ser cultivado em todas as Américas, pelos nativos e, após, foi levado para a Europa, África e Ásia. Hoje é cultivado em uma ampla variedade de ambientes mediante ao emprego de diversas tecnologias de produção. Estudos arqueológicos demonstram que o milho já existia como cultura à muitos anos atrás, ou seja, em estado de domesticação pelo homem, há cerca de quatro mil anos e que já apresentava as principais características morfológicas que o definem botanicamente na atualidade. A importância econômica do milho baseia-se nas suas diversas formas de utilização, que vai desde a alimentação animal até a indústria de alta tecnologia. Na realidade, o uso do milho em grão como alimento animal representa a maior parte do consumo desse cereal, cerca de 70% no mundo. Nos Estados Unidos, aproximadamente 50% são destinados a esse fim, enquanto que no Brasil varia de 60% a 80% de ano para ano (NAPOLEÃO, 2006). 11 Segundo Napoleão (2006), dentro da evolução mundial de produção de milho, o Brasil tem-se destacado como terceiro maior produtor, com 40,8 milhões de toneladas, ficando atrás apenas dos EUA, com 280 milhões de toneladas, e da China, com 131 milhões de toneladas. O milho é cultivado em praticamente todo território nacional, sendo que 90% da produção concentra-se nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste No entanto, para que se obtenham boas produtividades em diferentes regiões no Brasil, deve-se observar impreterivelmente o ciclo da cultivar e os seus devidos estádio fenológicos. O milho possui durante o seu ciclo diferentes fases de desenvolvimento, sendo estas compostas basicamente pelas seguintes etapas: germinação e emergência, crescimento vegetativo, florescimento, frutificação e maturação fisiológica. Ritchie et al. (2003) demonstram que o ciclo de vida da planta de milho pode ser dividida nos estádios fenológicos: fase vegetativa (V) e reprodutiva (R) e estas sendo subdivididas em estádios. A fase vegetativa inicia-se com a emergência da plântula do milho, que é denominada de VE. Os demais estádios vegetativos são distribuídos numericamente conforme o número de folhas completamente desenvolvidas V1 (Uma folha completamente desenvolvida), V2, etc., até V(n), em que n representa o último estádio foliar antes do pendoamento (VT). Logo após a fase vegetativa, inicia a fase reprodutiva, sendo dividida em estádios da mesma maneira em que a fase vegetativa, os quais na fase reprodutiva, dizem de uma maneira em geral, ao desenvolvimento do grão e de suas partes, iniciando-se com o estádio R1 (florescimento) e encerando com o estádio reprodutivo R6 (ponto de maturação fisiológica da planta de milho). Durante o desenvolvimento das fases vegetativas e reprodutivas, existem várias condições ambientais e ecológicas que contribuem para que o cultivo do milho tenha elevadas quedas de produtividade, se não forem tomados os devidos cuidados. No Brasil, uma destes principais causadores de elevados decréscimos na produtividade de lavouras de milho comercial, esta relacionada ao ataque de insetos-pragas, tendo em uma maior importância a ocorrência da lagarta-do-cartucho, S. frugiperda, pois esta é causadora de em média 1/4 dos prejuízos causados por insetos em uma lavoura de milho, se não for controlada de maneira eficaz. 12 A lagarta-do-cartucho é a maior preocupação dos agricultores na parte aérea das plantas de milho. A intensidade de danos causados pela lagarta é influenciada pelo vigor da planta e pelo clima. Nas lavouras com solo fértil e durante períodos de chuvas frequentes, ocorrem injúrias nas folhas, porém, não reduzem o rendimento de grãos. Na região tropical ou de solos pobres, os danos podem ser severos. No milho de safrinha, em períodos de seca, a lagarta pode causar a morte de plantas, desde o início da fase vegetativa, causando danos semelhantes aos da lagarta-rosca e da lagarta-do-trigo. Plantas de milho infestadas com lagartas, sofrem injúrias nas folhas, com maior intensidade da fase de 4 a 6 folhas, porém, sem causar redução significativa no que diz respeito ao rendimento de grãos. Os danos maiores ocorrem na fase de 8 a 10 folhas, podendo chegar a reduzir 19% no rendimento final de grãos. Na fase até 6 folhas e a partir de 12 folhas, os danos causados pela S.frugiperda são inferiores a 9% da produção de grãos (CRUZ & TURPIN, 1982) 1.2 - Aspectos Biológicos de S. frugiperda. A mariposa apresenta coloração cinza-escura e 4 cm de envergadura. Faz a postura nas folhas, em grupos de 50 a 300 ovos, podendo chegar a 1.000 ovos por fêmea. O período de duração das fases de ovo, de larva, de pupa e de adulto complementam-se em torno de 3, 25, 11 e 12 dias, respectivamente. As larvas apresentam 3 pares de pernas no tórax e cinco pares de falsas pernas no abdômen atingindo, 4,5 cm de comprimento. A coloração geral do corpo varia de pardoescuro a preta, algumas vezes esverdeada. No dorso, apresentam três estrias final longitudinais de coloração branco-amarelada. Nos lados do corpo, logo abaixo da estria dorsal, apresentam uma faixa pardo-escura ou preta, mais larga e, abaixo desta, uma faixa irregular de coloração branco-amarelada com desenhos avermelhados. A cabeça é menor que o tórax apresentando coloração pardo-escura a preta com sutura apicranial com bordos de coloração branca bem distintas. 13 A partir do segundo estádio de desenvolvimento as lagartas podem apresentar canibalismo. Quando falta alimento, elas migram em grupos sendo, por isso, chamadas de lagartas militares. A fase de pupa ocorre no solo ou sob restos culturais, em câmara pupal. Esta espécie ocorre, principalmente, em regiões de clima tropical. S. frugiperda ocorre anualmente em áreas tropicais e subtropicais. Trata-se de um inseto de metamorfose completa e seus ovos possuem coloração verde-clara passando a alaranjada após 12 a 15 horas de desenvolvimento do embrião; próximo à eclosão, os ovos mostram-se escurecidos devido à cápsula cefálica do embrião que pode ser vista através do cório translúcido (CRUZ, 1995). Os ovos são colocados em massas, com média de 100 ovos, em camadas sobrepostas e, aparentemente, não há local preferido na planta. O número de posturas depositado por fêmea é de no máximo treze, e um único indivíduo pode depositar até oito posturas em um só dia. Entretanto, a fertilidade das fêmeas pode variar de acordo com a alimentação que o inseto recebe no período larval. A fase de ovo tem duração de 3 dias a 25ºC e viabilidade média de 92%.(CRUZ, 1995). As larvas iniciam a alimentação pelas paredes dos próprios ovos e depois raspam as folhas mais novas da planta. A larva recém-nascida tece um fio de seda que é usado como meio de dispersão e/ou escape de inimigos naturais, sendo que a habilidade de tecer é perdida após o primeiro ínstar larval (cerca de dois dias após a eclosão). Constatando-se que nesta ocasião as larvas caminhavam até 47 metros em uma hora. No final da fase, a larva chega a atingir 50 mm de comprimento. É comum encontrar apenas uma lagarta desenvolvida por cartucho devido ao hábito de canibalismo da espécie. Porém, podem ser encontradas larvas de diferentes ínstares dentro de um mesmo cartucho. O período larval varia de 12 a 30 dias e ocorre dentro do cartucho da planta. 14 Quando completamente desenvolvida, a lagarta deixa o cartucho e penetra no solo, onde se transforma em pupa de aproximadamente 15 mm de comprimento. A lagarta prefere geralmente solos arenosos e, em situações onde o solo era muito argiloso, já foram encontradas pupas na planta (SARMENTO et al., 2002). A pupa possui coloração avermelhada até quase preta. A fase tem duração de 10 a 12 dias em média. A atividade das mariposas começa ao pôr-do-sol e atinge seu pico entre duas e quatro horas mais tarde, quando ocorre o acasalamento. A longevidade do adulto é de cerca de 12 dias e a oviposição ocorre a partir do terceiro dia após a emergência da fêmea. O ciclo completo do inseto (ovo adulto) se dá em aproximadamente 30 dias. 1.3 – Inimigos Naturais de S. frugiperda. Diversos estudos têm demonstrado a eficiência na utilização de agentes controladores de S. frugiperda, predomínio dos parasitóides e predadores de ovos e de larvas de primeiros ínstares, que eliminam a praga antes que injúrias significativas sejam ocasionadas à planta. Entre eles destacam-se os parasitóides de ovos T. atopovirilia, T. pretiosum e T. remus, o parasitóide ovo-larval Chelonus insularis Cresson (Hymenoptera: Braconidae) e o predador D. luteipes (REIS et al. 1988; apud FIGUEIREDO, 2004). Já os parasitóides pertencentes ao gênero Trichogramma são amplamente estudados e vem sendo utilizados em programas de controle biológico (BESERRA, 2000). Trata-se de agentes de controle biológico com grande potencial de exploração em manejo de agroecossistemas, pois se reproduzem sobre diversos hospedeiros, especialmente da ordem Lepidoptera, onde estão presentes muitas espécies de importância na agricultura (PARRA et al., 2002). No controle de S. frugiperda pode ser associado a T. remus e Trichogramma exiguum Pinto (Hymenoptera: Trichogrammatidae) alcançando se parasitismo médio de 71% dos ovos da praga. 15 Já Chelonus insularis é um parasitóide muito comum em diversas regiões do Brasil, onde exerce papel fundamental na regulação de populações da lagarta-do-cartucho. Trata-se de um inseto com alta capacidade de parasitismo (92,2%), longevidade de até 16 dias (REZENDE et al., 1995) e embora permita a eclosão das lagartas do hospedeiro, provoca redução do consumo foliar da praga em até 94%. Dentre os diversos predadores de S. frugiperda, a tesourinha Doru luteipes destaca-se por sua presença constante e por sua capacidade de predação de ovos e lagartas da praga. A presença de um único adulto de tesourinha por planta é suficiente para redução significativa (70%) da população da lagarta-do-cartucho. Também verifica-se boa capacidade predatória deste inimigo natural no controle de Helicoverpa zea (Boddie) (Lepidoptera: Noctuidae), pois um único indivíduo pode consumir, em média, 39 ovos da praga, por dia (CRUZ et al., 1995). Logo, percebe-se que esses inimigos naturais contribuem para a regulação das populações de S. frugiperda e deve ser considerada sua utilização em programas de controle biológico. 16 2 – MATERIAL E MÉTODOS O presente trabalho foi realizado no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural – IRDeR, administrado pelo Departamento de Estudos Agrários – DEAg, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI, no município de Augusto Pestana – RS. Latitude 28o 27’ 17” e longitude 53o 54’ 50”, com aproximadamente 298 m de altitude. O solo da área é classificado como Latossolo Vermelho Distroférrico típico, profundo e bem drenado. A avaliação foi realizada em uma lavoura de milho safra e uma safrinha para verificar a ocorrência de S. frugiperda e a presença de parasitismo de larvas, assim como outras causas de mortalidade. Na safra, avaliou-se uma lavoura medindo cerca de 3 hectares, localizada ao Norte da sede do IRDeR. A lavoura apresentava em seu contorno outra lavoura de milho localizada a Oeste, a Leste encontrasse uma área com maior diversidade vegetal borda de mato (com espécies florestais nativas do Estado), ao Norte um açude (com gramíneas invasoras) e a Sul uma área de campo nativo. Nesta lavoura foram demarcadas três parcelas sendo caracterizadas como: Parcela 1 - Ponto borda açude; Parcela 2 - Borda do mato à Leste; Parcela 3 – Área central da lavoura. Na Safrinha, utilizou-se uma lavoura medindo cerca de 4 hectares, localizada ao Norte da sede do IRDeR. A lavoura apresentava em seu contorno uma lavoura de milho localizada ao Norte, uma estrada (com gramíneas invasoras) localizada ao Sul, ao Oeste encontra-se uma área de campo nativo da região e ao Leste encontram-se instalações para criação de suínos. Na lavoura foi demarcadas três parcelas sendo caracterizadas como: Parcela 1 – Área central da lavoura; Parcela 2 – Borda da estrada ao Sul; Parcela; 3 – Borda lavoura lateral. 17 O milho safra foi semeado em 28 e 29 de outubro de 2010 com a cultivar Agroceres 6040. A safrinha foi semeada em 21 e 22 de fevereiro de 2011 com a cultivar Codetec 308. Ambas as datas de semeadura apresentam-se tardias para a região onde se realizou o estudo. Em cada parcela das lavouras, seja safra ou safrinha, foram demarcadas cinco subparcelas, onde em casa subparcela foi demarcada dez plantas, para coleta das lagartas de S. frugiperda, totalizando em cada área 50 plantas. As coletas na safra foram realizadas de 26 de novembro de 2010 até o dia 21 de janeiro de 2011. As coletas realizadas desde o período de emergência do milho até o período da floração. No decorrer do presente trabalho, foram efetuadas coletas quinzenais em cada uma das parcelas. As coletas na safrinha foram realizadas de 19 de março de 2011 até o dia 07 de maio de 2011. As coletas foram realizadas desde o período de emergência do milho até o período da floração, as coletas foram realizadas quinzenalmente em cada parcela. Durante as coletas cada planta foi vistoriada detalhadamente em busca de lagartas e posturas. Quando presentes estas foram coletadas manualmente e levados ao Laboratório de Entomologia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI. Foram criadas separadamente em placas de “Petri” forrada com papel filtro para a manutenção da umidade e para a visualização da emergência ou não de parasitóides ou de mariposas. Estas foram alimentadas e mantidas em ambiente climatizado (temperatura de 25°C ± 1; fotofase de 14:00 horas e umidade relativa de 70% ± 10%), até o final do seu ciclo. As larvas receberam com alimento folhas frescas de milho que foram cortadas em pedaços de 2cm e lavadas com hipoclorito de sódio a 1%, para evitar a contaminação por bactérias ou fungos e assim comprometendo a análise posterior. As posturas também foram mantidas sobre placas de “Petri” e mantidas em ambiente climatizado até a eclosão das larvas, após, não ocorrendo à emergência de parasitóides, estas foram fixadas em álcool 70%, visto que o objetivo foi verificar a ocorrência de parasitóides. No desenvolvimento do trabalho foram feitas as seguintes mensurações para à análise: 1 - Coleta de larvas de S. frugiperda presentes nas plantas marcadas, durante a safra de 2010/2011; 2 – Acompanhamento do desenvolvimento larval até a emergência do adulto ou 18 parasitóide ou morte; 3 - Identificar quais os tipos de parasitas: Diptero e Hymenoptero; 4 – Analisar outras causas de mortalidade (Fungos e Bactérias). Os dados referentes ao número de larvas de S. frugiperda nos diferentes pontos, tanto da safra como da safrinha, foram organizados em tabelas e submetidos a analise de variância (Anova um fator), seguida de testes múltiplos de Tukey. Os dados de ocorência no decorrer das coletas foram submetidos a análise de regressão linear simples. Comparou-se tambem o número de larvas entre as duas lavouras através do teste t de Student. Os dados referentes a mortalidade causada por dípteros, bactérias e fungos foram organizados em tabelas de contingência e comparados através do Teste Exato de Fisher. 19 3 – RESULTADOS E DISCUSSÃO Na lavoura de milho Safra foi coletado um total de 43 lagartas de S. frugiperda, distribuídas nas três áreas de coleta. Foram encontradas 26 lagartas no centro da lavoura, 12 lagartas na área do entorno do açude e 5 na borda. Ocorreu diferença significativa entre o centro da lavoura e a borda (figura 1). 6 b Número de lagartas 5 4 3 ab 2 a 1 0 Borda Açude Centro Pontos de coleta safra Figura 1. Média de lagartas de S. frugiperda coletadas em três locais na Safra do milho entre 26 de novembro de 2010 a 21 de janeiro de 2011 em Augusto Pestana - RS. Colunas seguidas de letras distintas diferem estatisticamente (Anova, um fator, alfa = 0,05) (F=6.824; p=0,0108). A menor ocorrência de lagarta na safra foi na borda da lavoura com mato, com média de 1 lagarta por coleta. Já na área do açude teve uma média de 2,4 lagartas coletadas e no centro da lavoura foi onde teve uma maior incidência da mesma, com uma média de 5,2 lagartas por coleta. Esse fato pode ter ocorrido pela falta de barreira, pois quando há apenas 20 plantas de milho sem outro tipo de vegetação a proliferação e avanço das mariposas ficam facilitadas. Assim favoreceu maior número de lagartas no centro da lavoura (figura 1). Durante o período de coleta ocorreram oscilações na presença de lagartas na área de cultivo do milho safra, com dois picos destacados, um no inicio de dezembro e outro no inicio de janeiro (figura 2). 25 y = 0,4x + 7,4 Número de lagartas 20 R² = 0,0063 15 10 5 0 1 2 3 4 5 Coleta na lavora safra Figura 2. Número de lagartas coletadas entre 26 de novembro de 2010 a 21 de janeiro de 2011, coletas quinzenais em uma lavoura de milho em Augusto Pestana – RS. Regressão linear simples (F=0.01893; p=0.8893). A oscilação da presença da lagarta durante o período de coletas pode ser entendido pelo ciclo de vida da S. frugiperda. O período de duração das fases de ovo, larva, pupa é em torno de três, vinte e cinco, onze e doze dias, respectivamente (LOPES, 2008). Na lavoura de milho safrinha, coletou-se um total de 19 lagartas de S. frugiperda, distribuídas nas três áreas de coleta. Foram encontradas 9 lagartas no centro da lavoura, 5 na borda da estrada e 5 na área da borda lavoura lateral (figura 3). Esta diferença entre os pontos não foi significativa. 21 Número de Lagartas 2 1,5 1 0,5 0 Estrada Lavoura Lateral Centro Pontos de coleta safrinha Figura 3. Média de lagartas de S. frugiperda, coletadas em três locais na Safrinha do milho entre 19 de março de 2011 a 07 de maio de 2011 em Augusto Pestana - RS. Não há diferença significativa entre os locais (F=0,4295; p=0,2029). Nota-se que a média de ocorrência no local próximo a estrada é de uma lagarta, igual ao local lavoura lateral. A maior ocorrência evidenciou-se no centro da lavoura, assim como ocorreu maior presença da lagarta no milho safra. 22 9 Número de lagartas 8 y = -2,2x + 10,4 7 R² = 0,8521 6 5 4 3 2 1 0 1 2 3 4 5 Dias de coleta safrinha Figura 4. Número de lagartas coletadas entre 19 de março de 2011 a 07 de março de 2011, coletas quinzenais em uma lavoura de milho em Augusto Pestana – RS. Regressão linear simples (F=17, 286; p=0, 0253). Observa-se que até a segunda coleta (02/04) no milho safrinha a ocorrência de lagartas aumentou gradualmente, o que era esperado, pelo fato que o cultivo do milho safrinha é semeado logo após o cultivo do milho safra, ocorrendo assim a dispersão dos insetos-pragas pela já presença anterior da cultura do milho na região. A safrinha da cultura do milho oferece condições para a continuidade e desenvolvimento das pragas, devido à permanência da cultura do milho durante um longo período do ano (CRUZ, 1993). Porém, na quarta coleta (27/04) não se notou a presença da lagarta de S. frugiperda, alguns fatores como: chuvas excessivas entre os dias 14/04 e 24/04, médias de 25,4mm, causaram a morte de várias lagartas presentes no cartucho do milho neste período, bem como, baixa temperatura, média mínima de 10,6°C entre os dias 14/04 e 24/04, influenciaram a não presença da lagarta (ANEXO 2). Na última coleta (07/05), a temperatura média mínima da semana esteve em torno de 8,44°C, esse fato fez com que tivesse ausência da lagarta no milho (ANEXO3). Esses fatores foram decisivos para a decadência da lagarta na cultura do milho na safrinha, tendo uma menor ocorrência na safrinha que na safra, o que não é normal. Segundo Ferraz (1982), a temperatura mais favorável para o desenvolvimento de S. frugiperda é 25ºC. 23 Quando comparamos as duas safras, notamos que a safrinha teve uma menor incidência de lagartas que na safra do milho, podemos notar essa diferença na figura 4. 10 Número de Lagartas 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Safra Safrinha Ocorrência de S. frugiperda Figura 5. Ocorrência de Spodoptera fruiperda na safra e safrinha, no ano agrícola de 2010/2011 em uma lavoura de milho em Augusto Pestana – RS. Não há diferença significativa entre as duas safras (Teste t de Student, F=4,493; p=0,2589). A lagarta-do-cartucho teve maior ocorrência no período de safra do milho, pois durante a safra as condições climáticas foram favoráveis, para a proliferação do inseto-praga. Observa-se uma menor incidência da lagarta durante a safrinha, o que não é normal, pois ela oferece condições ideais para o aumento da presença lagarta pelo fato da cultura já ter sido semeada anteriormente com o cultivo do milho safra. Ressalta-se ainda, que ocorreram condições climáticas adversas durante o cultivo da safrinha neste ano agrícola, causando menor ocorrência da lagarta de S. frugiperda. 24 Apenas 47,50% das lagartas completou o ciclo. Fatores como parasitoides, bactérias e fungos foram determinantes para a mortalidade de S. frugiperda (figura 6). Percentagem (%) 25 20 15 10 5 0 Parasitóides Bactérias Fungos Causas da mortalidade Figura 6. Causas da mortalidade de S. frugiperda na safra e safrinha do milho no ano agrícola 2010/2011 em uma lavoura em Augusto Pestana – RS. Não houve diferença significativa através do Teste Exato de Fisher. Pode se avaliar através da figura 6 que parte das lagartas completou o ciclo, mantendo assim sua população ascendente. A maior causa de mortalidade foi por parasitóides, que foi identificado como insetos da ordem Diptera da familia Tachinidae, assim, causando certo controle biológico deste inseto-praga na cultura do milho. As bactérias e fungos também foram fatores determinantes para morte da lagarta, porém não pode se afirmar se foram coletadas contaminadas ou se a contaminação ocorreu durante a manipulação em laboratório. 25 4 – CONCLUSÕES Observou-se no presente trabalho que a maior incidência de S. frugiperda foi no centro da lavoura em ambas as safras, provavelmente pelo centro não possui diversidade vegetal o que é característico em uma lavoura. Sabe-se que quanto maior a diversidade vegetal, menor é o número de pragas e maior o número de inimigos naturais. Talvez a menor ocorrência de lagartas na borda com mato tenha sido justamente pela proximidade com um local com maior diversidade vegetal. Ressalta-se que mais trabalhos devem ser realizados a fim de esclarecer os resultados obtidos, uma vez que neste ano ocorreram condições climáticas adversas e que podem ter sido determinantes para diminuição da lagarta-do-cartucho no período em que era cultivado o milho safrinha, não expressando o prejuízo que este inseto-praga pode causar tanto na safrinha como na safra do milho. 26 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BESERRA, E. B. Biologia, etologia e capacidade de parasitismo de Trichogramma spp. visando o controle biológico de Spodoptera frugiperda (J. E. Smith, 1797). (Tese de Doutorado), Piracicaba: USP, 132p. 2000. CARNEIRO, T. R. Dinâmica populacional de Spodoptera frugiperda(J. E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) em milho safra e safrinha e competição entre Telenomus remus Nixon (Hymenoptera:Scelionidae) e Trichogramma pretiosum Rilley (Humenoptera: Trichogrammatidae). 2008. 142f.. 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Bioscience Jornal, v. 18, n. 2, p. 41-48, 2002. 29 ANEXOS 30 ANEXO 1 - Informações Meteorológicas referentes ao mês de: OUTUBRO de 2010 IRDeR – Instituto Regional de Desenvolvimento Rural Vila Boca da Picada, s/n° - Augusto Pestana UNIJUÍ – DEAg – IRDeR PRECIPITAÇÃO Temperatura Dia mm Mínima Máxima 8,2 24,6 1 7,8 18,0 2 3,6 21,6 3 10,4 18,8 4 10,0 26,6 5 29,0 10,6 29,8 6 4,4 14,6 22,6 7 9,0 19,6 8 9,2 23,8 9 8,4 22,6 10 8,0 24,0 11 8,4 27,8 12 10,2 25,4 13 14 14,6 22,6 15 17,8 24,8 16 16,2 25,0 17 6,0 18 19 22,0 30,0 20 15,6 29,0 21 12,0 22,4 22 8,2 15,0 26,8 23 14,8 29,6 24 14,0 30,8 25 8,2 23,8 26 6,4 26,6 27 7,0 28,8 28 12,0 18,2 29 46,2 15,6 24,0 30 6,0 31 87,8 10,4 21,5 Total 31 ANEXO 2 - Informações Meteorológicas referentes ao mês de: NOVEMBRO de 2010 IRDeR – Instituto Regional de Desenvolvimento Rural Vila Boca da Picada, s/n° - Augusto Pestana UNIJUÍ – DEAg – IRDeR PRECIPITAÇÃO Temperatura Dia mm Mínima Máxima 16,8 23,0 1 7,6 24,0 2 9,6 17,4 3 9,6 30,0 4 11,9 33,5 5 10,1 27,4 6 9,6 32,0 7 9,4 33,8 8 17,6 16,6 17,0 9 7,5 26,0 10 6,0 26,0 11 10,6 26,7 12 16,0 29,6 13 12,0 30,8 14 14,6 23,8 15 13,0 22,8 16 10,8 29,2 17 9,4 29,2 18 8,8 31,8 19 18,6 32,4 20 16,6 30,2 21 7,0 16,8 24,4 22 16,0 24,8 23 14,0 15,2 25,0 24 14,8 24,8 25 26 14,4 31,0 1° Coleta safra 15,0 34,2 27 16,8 33,0 28 17,4 25,0 29 14,4 25,2 30 31 Total 38,6 12,4 26,6 32 ANEXO 3 - Informações Meteorológicas referentes ao mês de: DEZEMBRO de 2010 IRDeR – Instituto Regional de Desenvolvimento Rural Vila Boca da Picada, s/n° - Augusto Pestana UNIJUÍ – DEAg – IRDeR PRECIPITAÇÃO Dia mm 1 23,0 2 10,6 3 4 5 6 7 36,5 8 9 10 11 76,0 12 7,8 13 14 15 16 17 18 8,0 19 0,6 20 21 22 23 2,0 24 54,6 25 26 27 28 29 30 31 Total 219,1 Temperatura Mínima Máxima 14,2 32,0 14,0 33,0 13,8 28,7 22,8 25,0 20,4 28,6 23,0 31,8 19,2 27,4 24,0 34,0 21,8 32,4 16,6 34,0 20,0 23,8 12,9 24,0 10,0 24,8 16,0 25,0 19,6 29,6 20,2 29,8 23,0 30,6 23,6 35,1 19,5 35,7 22,0 31,4 22,8 33,0 23,0 34,3 23,0 32,8 25,0 32,2 21,0 30,8 22,0 31,0 22,0 32,0 22,0 31,8 22,0 32,2 21,6 31,6 21,0 31,6 20,1 30,6 2° Coleta safra 3° Coleta safra 33 ANEXO 4 - Informações Meteorológicas referentes ao mês de: JANEIRO de 2011 IRDeR – Instituto Regional de Desenvolvimento Rural Vila Boca da Picada, s/n° - Augusto Pestana UNIJUÍ – DEAg – IRDeR PRECIPITAÇÃO Temperatura Dia mm Mínima Máxima 20,0 31,6 1 20,2 17,0 21,0 2 18,9 28,6 3 4,8 23,2 31,4 4 25,0 32,4 5 24,8 33,2 6 24,2 34,9 7 22,0 35,3 8 1,0 22,0 34,4 9 23,4 32,9 10 1,6 19,8 31,9 11 17,5 31,8 12 16,8 32,3 13 17,7 35,0 14 18,6 34,0 15 18,8 35,4 16 21,3 33,5 17 20,9 31,5 18 18,3 34,2 19 18,9 33,2 20 6,6 20,1 31,7 21 19,9 31,9 22 18,8 32,6 23 32,5 20,7 32,5 24 20,2 34,4 25 21,7 35,4 26 58,2 21,6 33,0 27 20,9 31,2 28 19,1 33,3 29 20,6 32,8 30 19,9 32,0 31 Total 124,9 20,4 32,6 4° Coleta safra 5° Coleta safra 34 ANEXO 5 - Informações Meteorológicas referentes ao mês de: FEVEREIRO de 2011 IRDeR – Instituto Regional de Desenvolvimento Rural Vila Boca da Picada, s/n° - Augusto Pestana UNIJUÍ – DEAg – IRDeR PRECIPITAÇÃO Dia mm 1 49,6 2 Temperatura Mínima Máxima 19,6 27,2 16,4 31,8 3 1,4 20,3 32,1 4 9,0 21,6 21,5 32,1 20,6 32,7 6 20,2 32,6 7 20,0 31,8 21,8 25,7 21,0 27,7 10 20,8 31,4 11 18,7 31,5 20,8 26,8 18,5 30,7 14 16,2 30,0 15 16,3 29,2 16 17,3 31,9 17 19,2 33,0 18 19,8 34,8 19 19,9 34,0 20 18,8 30,9 21,3 31,8 20,8 28,6 20,6 27,3 20,6 30,0 5 8 9 12 13 21 73,6 5,0 11,4 20,8 50,0 22 23 13,5 24 25 7,6 22,0 27,6 26 33,8 19,0 27,6 27 17,9 26,4 28 16,2 28,0 17,6 27,3 Total 297,3 35 ANEXO 6 - Informações Meteorológicas referentes ao mês de: MARÇO de 2011 IRDeR – Instituto Regional de Desenvolvimento Rural Vila Boca da Picada, s/n° - Augusto Pestana UNIJUÍ – DEAg – IRDeR PRECIPITAÇÃO Dia mm 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 14,0 20 21 22 23 24 25 26 27 28 110,8 9,8 36,2 12,4 52,4 29 30 31 Total 235,6 Temperatura Mínima Máxima 15,9 15,7 16,3 15,8 16,6 16,0 16,6 18,2 16,4 18,8 18,5 17,1 17,2 13,1 11,8 13,4 15,9 15,5 12,8 12,9 14,7 17,4 21,4 19,6 20,0 21,5 19,3 16,0 18,0 19,0 17,0 16,7 28,4 30,6 30,3 31,4 31,1 31,3 33,1 33,7 34,5 33,5 30,1 34,7 33,2 27,4 29,7 34,8 35,5 27,0 28,0 33,7 34,1 34,4 33,3 24,0 31,9 27,6 22,1 24,6 23,4 24,2 22,1 30,1 1° coleta safrinha 36 ANEXO 7 - Informações Meteorológicas referentes ao mês de: ABRIL de 2011 IRDeR – Instituto Regional de Desenvolvimento Rural Vila Boca da Picada, s/n° - Augusto Pestana UNIJUÍ – DEAg – IRDeR PRECIPITAÇÃO Dia mm 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 45,0 15 16 17 18 26,0 48,0 3,3 19 20 21 22 23 24 18,5 5,5 27,8 53,8 0,3 25 26 27 28 29 30 5,8 31 Total 233,8 Temperatura Mínima Máxima 18,1 16,6 17,3 13,9 12,4 8,5 10,2 10,9 14,9 13,3 12,6 12,7 16,5 18,3 17,0 17,0 16,4 17,7 16,2 15,3 15,1 17,1 13,1 7,6 8,3 9,3 11,6 12,7 13,6 15,7 - 30,3 29,6 32,8 31,8 28,7 29,3 31,2 30,7 26,1 28,0 29,6 28,4 29,1 28,4 24,2 24,3 31,3 24,1 28,8 31,1 26,4 27,9 23,9 24,3 25,8 28,8 28,4 28,9 28,5 24,8 - 13,5 27,3 2° coleta safrinha 3° coleta safrinha Precipitação média entre os dia 14/04 e 24/04: 25,34mm Temperatura mínima média entre os dia 14/04 e 24/04: 10,67°C 4° coleta safrinha 37 ANEXO 8 – Informações Meteorológicas referentes ao mês de: MAIO de 2011 IRDeR – Instituto Regional de Desenvolvimento Rural Vila Boca da Picada, s/n° - Augusto Pestana UNIJUÍ – DEAg – IRDeR PRECIPITAÇÃO Dia mm 1 0,50 2,0 0,25 2 3 4 5 6 7 0,25 8 9 10 0,25 83,25 11 12 0,25 13 14 0,5 15 16 17 18 0,25 19 20 21 22 13,0 23 24 25 26 27 28 29 30 31 Total 100,5 Temperatura Mínima Máxima 12,5 11,2 7,2 6,3 5,8 8,4 7,7 13,0 12,6 14,2 16,6 16,3 12,0 12,0 11,6 7,6 8,3 9,9 8,3 6,9 10,7 14,5 17,2 16,1 14,0 10,7 9,1 7,4 5,1 4,1 9,5 10,5 18,7 17,4 21,0 23,5 23,9 26,0 27,6 27,0 24,2 17,7 26,8 25,4 24,5 17,6 19,7 20,4 22,4 23,7 24,7 23,8 25,3 27,6 24,9 23,7 25,2 17,7 20,2 19,7 19,0 22,4 21,3 22,7 Temperatura mínima média entre os dia 1/05 e 7/05: 8,44°C 5° coleta safrinha 38 ANEXO - 9 Ocorrência de Lagartas na Safra nos diferentes pontos de coleta (Açude,Borda e Centro). Repeated Measures Analysis of Variance The P value is 0.0155, considered significant. Variation among column means is significantly greater than expected by chance. Tukey-Kramer Multiple Comparisons Test If the value of q is greater than 4.041 then the P value is less than 0.05. Mean Comparison Difference q P value ================================== ========== ======= =========== açude vs borda 1.400 1.773 ns P>0.05 açude vs centro -2.800 3.546 ns P>0.05 borda vs centro -4.200 5.320 * P<0.05 Mean Difference 95% Confidence Interval Difference From To ================================== ========== ======= ======= açude - borda 1.400 -1.790 4.590 açude - centro -2.800 -5.990 0.3904 borda - centro -4.200 -7.390 -1.010 Intermediate calculations. ANOVA Table: Source of Degrees of Sum of variation freedom squares Mean square ========================= ========== ======== ======== Treatment (between columns) 2 Individual (between rows) Random (residual) 4 8 45.733 85.067 24.933 ------------------------- ---------- -------Total 14 155.73 22.867 21.267 3.117 39 F = 7.337 =MStreatment/MSresidual Assumption test: Was the matching effective? This test uses a second value of F and a different P value. F = 6.824 =(MSindividual/MSresidual) The P value is 0.0108, considered significant. Effective matching (or blocking) results in significant variation among means. With these data, the matching appears to be effective. Summary of Data Number of Group Standard Standard Error of Points Mean Deviation Mean Median =============== ====== ======== ========= ======== ======== açude 5 2.400 1.949 0.8718 1.000 borda 5 1.000 1.414 0.6325 0.000 centro 5 5.200 4.658 2.083 3.000 95% Confidence Interval Group Minimum Maximum From To =============== ======== ======== ========== ========== açude 1.000 5.000 -0.02006 borda 0.000 3.000 -0.7557 2.756 1.000 12.000 -0.5831 10.983 centro 4.820 40 ANEXO – 10 Correlação entre a presença da lagarta e o período das coletas na Safra. Linear Regression Number of points = 5 Best-fit Standard 95% confidence interval Parameter Value Error from to =========== ======== ======== ======== ======== Slope 0.4000 Y intercept 2.907 7.400 -8.852 9.643 -23.284 9.652 38.084 X intercept -18.500 Correlation coefficient (r) = 0.07918. r squared = 0.006270 Standard deviation of residuals from line (Sy.x) = 9.194 Test: Is the slope significantly different from zero? The P value is 0.8993, considered not significant. This result was obtained from the following ANOVA table. Source of Degrees of Sum of variation freedom squares Mean square ==================================== ========== ======== ======== Linear regression (Model) 1 Deviations from linearity (Residual) 1.600 3 1.600 253.60 84.533 ------------------------------------ ---------- -------Total 4 255.20 F = 0.01893 Standard Curve Calculations X Values ======== Y Values ======== To perform standard curve calculations, you must enter the unknowns below the standard curve in the spreadsheet. Simply enter X values without Y, or Y values without X. 41 ANEXO – 11 Ocorrência de lagartas na Safrinha nos diferentes pontos de coleta (Centro,Estrada e Lavoura Lateral). Repeated Measures Analysis of Variance The P value is 0.6650, considered not significant. Variation among column means is not significantly greater than expected by chance. Post tests Post tests were not calculated because the P value was greater than 0.05. Intermediate calculations. ANOVA Table: Source of Degrees of Sum of variation freedom squares Mean square ========================= ========== ======== ======== Treatment (between columns) 2 Individual (between rows) Random (residual) 4 8 2.133 18.933 19.867 1.067 4.733 2.483 ------------------------- ---------- -------Total 14 40.933 F = 0.4295 =MStreatment/MSresidual Assumption test: Was the matching effective? This test uses a second value of F and a different P value. F = 1.906 =(MSindividual/MSresidual) The P value is 0.2029, considered not significant. Effective matching (or blocking) results in significant variation among means. With these data, the matching appears not to be effective. Ordinary ANOVA may be more appropriate. 42 Summary of Data Number of Group Standard Standard Error of Points Mean Deviation Mean Median =============== ====== ======== ========= ======== ======== centro 5 1.800 1.789 0.8000 2.000 estrada 5 1.000 1.225 0.5477 1.000 lavoura lateral 5 1.000 2.236 1.000 0.000 95% Confidence Interval Group Minimum Maximum From To =============== ======== ======== ========== ========== centro 0.000 4.000 -0.4208 4.021 estrada 0.000 3.000 -0.5205 2.520 lavoura lateral 0.000 5.000 -1.776 3.776 43 ANEXO – 12 Correlação entre a presença da lagarta e o período das coletas na Safrinha. Linear Regression Number of points = 5 Best-fit Standard 95% confidence interval Parameter Value Error from to =========== ======== ======== ======== ======== Slope -2.200 Y intercept 10.400 X intercept 4.727 0.5292 -3.884 -0.5162 1.755 4.816 15.984 Correlation coefficient (r) = -0.9231. r squared = 0.8521 Standard deviation of residuals from line (Sy.x) = 1.673 Test: Is the slope significantly different from zero? The P value is 0.0253, considered significant. This result was obtained from the following ANOVA table. Source of Degrees of Sum of variation freedom squares Mean square ==================================== ========== ======== ======== Linear regression (Model) 1 Deviations from linearity (Residual) 48.400 3 48.400 8.400 2.800 ------------------------------------ ---------- -------Total 4 56.800 F = 17.286 Standard Curve Calculations X Values ======== Y Values ======== To perform standard curve calculations, you must enter the unknowns below the standard curve in the spreadsheet. Simply enter X values without Y, or Y values without X. 44 ANEXO – 13 Comparação entre ocorrência na Safra e Safrinha. Do the means of Safra and Safrinha differ significantly?P value The two-tailed P value is 0.2589, considered not significant. t = 1.215 with 8 degrees of freedom. 95% confidence interval Mean difference = -4.800 (Mean of Safrinha minus mean of Safra) The 95% confidence interval of the difference: -13.908 to 4.308 Assumption test: Are the standard deviations equal? The t test assumes that the columns come from populations with equal SDs. The following calculations test that assumption. F = 4.493 The P value is 0.0874. This test suggests that the difference between the two SDs is not quite significant. Assumption test: Are the data sampled from Gaussian distributions? The t test assumes that the data are sampled from populations that follow Gaussian distributions. This assumption is tested using the method Kolmogorov and Smirnov: Group KS P Value Passed normality test? =============== ====== ======== ======================= Safra 0.3176 >0.10 Safrinha 0.2433 >0.10 Yes Yes Summary of Data Parameter: Mean: # of points: Std deviation: Std error: Safra 8.600 5 7.987 3.572 Minimum: 2.000 Maximum: 20.000 Median: 4.000 Safrinha 3.800 5 3.768 1.685 0.000 8.000 4.000 Lower 95% CI: -1.316 -0.8782 Upper 95% CI: 18.516 8.478 45 ANEXO – 14 Mortalidade Parasitismo x Fungos - Safrinha Fisher's Exact Test The two-sided P value is 0.6039, considered not significant. The row/column association is not statistically significant. Relative Risk Relative risk = 0.8889 95% Confidence Interval: 0.7121 to 1.110 (using the approximation of Katz.) Difference between the two proportions Top row (Tachininidae): Fraction in the left column: 0.8421 Bottom row (Fungo): Fraction in the left column: 0.9474 Difference: Difference between the fractions: 0.1053 The standard error and the confidence interval of the difference between proportions can only be calculated when each cell is greater than five. Data analyzed Vivas Tachininidae Mortas 16 ( 42%) Fungo 18 ( 47%) Total 3 ( 8%) 1 ( 3%) 19 ( 50%) 19 ( 50%) ----------------------------------------------------------------Total 34 ( 89%) 4 ( 11%) 38 (100%)