ANÁLISE DA SUPERFÍCIE DA CAULINITA POR MICROSCÓPIO ELETRÔNICO DE VARREDURA DE ULTRA ALTA RESOLUÇÃO. Título: Autores: José Costa de Macêdo Neto 1 , Nayra Reis do Nascimento 2. Afiliações: Universidade do Estado do Amazonas, Manaus, Amazonas, Brasil; 2 Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, Brasil. Introdução Nanocompósitos poliméricos são materiais compostos da matriz polimérica, juntamente com partículas de dimensões nanométricas que são adicionadas na matriz. Para tanto, é necessário que pelo menos uma das dimensões da partícula esteja em escala manométrica [1]. A adição destas nanopartículas combina a vantagem inerente ao próprio polímero e as excelentes propriedades das nanopartículas. O uso de argilas naturais como carga tem intensificado por apresentarem propriedades melhoradas em relação ao polímero puro [2]. A preparação de nanocompósitos envolveu a utilização de argila caulinita oriunda da Amazônia. A técnica de caracterização utilizada foi a HRSEM, que possibilitou observar a superfície da caulinita e suas diferentes formas que pode ser eficiente na adesão mecânica polímero-argila. Métodos Tradicionalmente, na preparação de amostras não metálicas para análise em MEV é utilizado um metalizador de superfície (sputter) para a condução eletrônica. No entanto, para o microscópio utilizado neste trabalho não houve necessidade de metalização da amostra de argila. Para que ocorresse esta análise, a amostra da argila em pó foi depositada sobre um porta-amostra e levada diretamente ao microscópio. O equipamento utilizado foi o microscópio eletrônico de varredura de ultra alta resolução ou Scanning electron microscopy of Ultra High Resolution (HRSEM) (ZEISS, SUPRA-55VP FEG SCHOTTKY, Oberkochen, Alemanha). A análise foi desenvolvida no Laboratório de Microscopia Eletrônica (LME) do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), Campinas, São Paulo. Resultados e Discussão A Figura 1a mostra imagem obtida pelo microscópio HRSEM. Observase na superfície da caulinita a presença de diversas formas, bem como os diferentes diâmetros departícula. Observa-se a estrutura da superfície da caulinita que se apresenta de forma bastante complexa com a presença de nanocristais, várias nanoilhas dispostas de forma aleatória e nanopoços. Esta morfologia superficial é semelhante à da caulinita mal cristalizada estudada conforme estudo da literatura [3]. Estudando a caulinita originária da cidade de Tabatinga no Estado do Amazonas, pesquisadores observaram por MEV a presença de nanocristiais arredondados coexistindo com as lamelas de caulinita [4] semelhante ao observado neste trabalho. A Figura 1b mostra uma microscopia obtida pelo HRSEM com magnitude de 100.000 vezes. Pela figura observa-se partículas de diâmetros com dimensões nanométricos e micrométricos. Referências [1] Polymer nanotechnology: Nanocomposites. Paul, D. R., Robeson, L. M.. Polym. 49, 3187-3204, (2008); [2] Produção e caracterização de nanocompósitos poliméricos obtidos por polimerização em emulsão utilizando caulinita amazônica Neto, José Costa de.. 2011. Tese de Doutorado (Doutorado em Engenharia Química). Universidade Estadual de Campinas, (2011). [3] Effect of Surface Structure of Kaolinite on Aggregation, Settling Rate, and Bed Density. Du, Jianhua; Morris, Gayle; Pushkarova, Rada A.; Smart, Roger St. C Langmuir, 26, 13227-13235, (2010). [4] Amazon kaolinite functionalized with diethylenetriamine moieties for U(VI) removal: Thermodynamic of cation-basic interactions. Guerra d. L.; Leidens v. L.;Viana r. R.; Airoldi. C., Journal of Hazardous Materials, 180, 683– 692, (2010). (a) (b) Figura 1.(a) Microscopia eletrônica de varredura da superfície da caulinita; (b) Imagens da argila obtida pelo HRSEM. Agradecimentos: Universidade Estadual do Amazonas (UEA) Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP); Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM); Laboratório Nacional de Luz Síncrontron (LNLS).