1
Horizontes da leitura1
Ester Maria Dreher Heuser
Janete Marcia do Nascimento
Luciana Alves Pinto
Michelle Silvestre Cabral
Na medida em que a leitura é para nós a iniciadora cujas chaves
mágicas abrem no fundo de nós mesmos a porta das moradas onde
não saberíamos penetrar, seu papel na nossa vida é salutar.
Proust.
Leitura
O que é ler? Como se lê? De onde se começa uma leitura? Como se escolhe algo a
ser lido? Desde quando começamos a ler? Em que momento se pode afirmar que aprendemos
a ler? Até quando se pode ler? O que se pode ler? Quais são os horizontes de uma leitura?
Como se criam possibilidades e limites de leitura? Manguel 2 comenta sobre o que o ensaísta
canadense Stan Persky disse-lhe, uma vez: “para os leitores, deve haver um milhão de
autobiografias”, pois parece que cada leitor encontra, livro após livro, os traços de sua vida. O
referido autor sugere ainda que, segundo Virginia Woolf3, “anotar as impressões que temos de
Hamlet à medida que o lemos, ano após ano, seria praticamente registrar nossa autobiografia,
pois quanto mais sabemos da vida, mais Shakespeare faz comentários sobre o que sabemos”.
E assim, cada leitura torna-se única para cada sujeito leitor a cada forma de ler. A cada
recomeço. Desses horizontes, ocupar-se-ão as páginas
seguintes,
buscando criar
possibilidades de leitura. Intensidades desse ato tão singular. A leitura e seus horizontes.
Das possibilidades de ler - Artifícios
I - Leitura alfabética - Decodificação
Alfabetizar é somente ensinar a ler? Existem muitas teorias/métodos sobre como
se desenvolve a leitura. Segundo o princípio da síntese, se aprende inicialmente, a ler as letras
do alfabeto; depois unimos as letras e formamos as sílabas; juntando estas, aparecem as
palavras. Será isso mesmo? Como se dá esse processo?
1
Oficina a ser desenvolvida com turmas de 1°s e 4°s Anos – Anos Iniciais/Ensino Fundamental na Escola André
Zenere, no ano de 2012, pelas professoras /pesquisadoras Janete Marcia do Nascimento, Luciana Alves Pinto e
Michelle Silvestre Cabral.
2
MANGUEL, 2002, p.23.
3
WOOLF apud ibidem.
2
O sistema de escrita alfabético e as convenções para o seu uso fundamentam um
conjunto de técnicas inventadas e aprimoradas pela humanidade ao longo da história: desde os
desenhos nas cavernas, até a descoberta de que, em vez de desenhar aquilo que se fala,
podiam ser representados os sons da fala por sinais gráficos, criando, por meio de tais
práticas, o sistema alfabético.
Dispositivos/Leituras - Produções:
1 - Leitura: Gente tem sobrenome4 e/ou Marcelo, Marmelo, Martelo 5.

Plano de conversação (sugestões) 6: De onde provêm os nomes? / Os nomes são
inventados ou encontrados pelos homens? / Poderíamos mudar os nomes das coisas? /
Qual a relação entre os nomes e as coisas que eles nomeiam? / Será que sempre
existiram os nomes e as palavras? / Será que toda a linguagem foi inventada ou
encontrada pelos homens? / Se foram as pessoas que inventaram a linguagem, isso
significa que pessoas que não tinham linguagem puderam inventá-la?
1.1 - Produção: Anagrama 7 – Inventar palavras e/ou frases utilizando apenas as letras de
seu nome, aleatoriamente ordenadas. Esta atividade contém a potencialidade da (re)
invenção dos signos, desvelando e instigando forças criativas que podem (ou não) envolver
os participantes.
2 - Leitura: Aventura da escrita - História do desenho que virou letra 8.
2.1 - Propor o registro de mensagens/informações através de desenhos individuais (sem
palavras). Pode-se utilizar giz de cera escuro e papel craft amassado para simular os
desenhos nas paredes das cavernas. Após o registro, os desenhos podem ser apresentados
ao grupo, que realizará a interpretação das mensagens.
2.2 - Propor a invenção de códigos/símbolos que substituam as letras do alfabeto, os quais
podem ser utilizados para transmissão de mensagens aos outros participantes. Em seguida,
com o auxílio da legenda, o grupo faz a interpretação das mesmas. Esta atividade pode
4
TOQUINHO; ANDREATO, 1987.
ROCHA, 2007.
6
O plano de conversação pode servir de apoio e/ou orientação ao diálogo investigativo. Outra opção seria pedir
aos próprios participantes que façam perguntas ao texto, as quais serviriam ao mesmo objetivo, mas com a
vantagem de proporcionar, mais facilmente, o envolvimento e comprometimento dos mesmos, na medida em
que, enquanto autores dos questionamentos, expressariam diretamente seus interesses e disposições para com o
tema.
7
A palavra anagrama, do grego ana = voltar ou repetir + grama = graphein = escrever.
8
ZATZ, 1991.
5
3
ampliar/complexificar a dimensão da linguagem, estimulando a criatividade dos
participantes.
3 - Leitura: Nicolau tinha uma ideia9.
 Plano de conversação (sugestões) 10: Podemos pensar em alguma coisa para a qual
não existe uma palavra? O que, por exemplo? / Podemos inventar uma palavra?
Qual? / Se usarmos a palavra que inventamos numa frase, a frase faz sentido? /
Qualquer pessoa pode ler a frase e saber o que ela significa? / O que veio primeiro: o
pensamento ou a palavra? / Nós inventamos pensamentos? / Nós inventamos
palavras? / Quando pensamos, pensamos com palavras?/ Para criar algo é
necessário pensar?
3.1 - Propor a utilização de peças/sucatas na criação/transformação de algo novo (objeto,
símbolo, utensílio, etc.). Depois de prontos, expor as criações aos participantes que devem
escolher o objeto que mais lhe despertou interesse (de preferência, outro que não o seu
próprio). Pedir que criem um título/nome para o objeto selecionado e, em seguida,
apresente aos outros as razões que o levaram a tal criação. Pode ser interessante, ainda,
propor um diálogo entre o autor do objeto e o autor do título/nome ressaltando a
multiplicidade de relações possíveis de ser instauradas a partir da experiência.
II - Leitura interpretativa
O ato de ler, pensado enquanto atividade que envolve processos como percepção,
memória, inferência e dedução, pode ser instaurado diante de diferentes/múltiplos tipos de
objetos, implicando descoberta e produção de significados11. Segundo Barthes12, "Abrir o
texto, propor o sistema de sua leitura, não é apenas pedir e mostrar que podemos interpretá -lo
livremente; é principalmente, e muito mais radicalmente, levar a reconhecer que não há
verdade objetiva ou subjetiva da leitura, mas apenas verdade lúdica". Neste sentido ainda,
afirma que:
9
ROCHA, 1998.
Este plano de conversação foi inspirado na obra de Lipman (1997b, p.153-154).
11
Num contraponto com Corazza (2011) interpretando Deleuze, ler poderia ser entendido aqui como traduzir,
no sentido de ato que permite distinguir entre a descoberta de algo já existente e a invenção do novo, pois a
interpretação nunca é meramente descoberta do igual, cópia do original, mas a possibilidade mesma da produção
da diferença no mesmo.
12
BARTHES, 2004, p.29.
10
4
Por certo há uma origem da leitura gráfica: é o aprendizado das letras, das palavras
escritas; mas, por um lado, há leituras sem aprendizagem (as imagens) - pelo menos
sem aprendizagem técnica, senão cultural -, e, por outro, adquirida essa tékhne, não
se sabe onde parar a profundeza e a dispersão da leitura: na captação de um sentido?
Que sentido? Denotado? Conotado? 13
Para Alves, toda aprendizagem começa com um pedido:
Tudo começa quando a criança fica fascinada com as coisas maravilhosas que
moram dentro do livro. Não são as letras, as sílabas e as palavras que fascinam. É a
estória. A aprendizagem da leitura começa antes da aprendizagem das letras: quando
alguém lê e a criança escuta com prazer (...) se volta para aqueles sinais misteriosos
chamados letras. Deseja decifrá-los, compreendê-los – porque eles são a chave que
abre o mundo das delícias que moram no livro 14.
Dispositivos/Leituras - Produções:
1 - Leitura: Luas e luas15.
 Plano de conversação (sugestões): Se conseguimos falar uma palavra que está escrita
em outra língua, isso é uma leitura? Mesmo não sabendo o significado da palavra? /
Seria correto dizer que ler é tentar encontrar significado no que está escrito, ou seria
melhor dizer que ler é criar significado para o que está escrito? / Ler e interpretar
são atos diferentes? Por que?
1.1 - Pedir que cada participante represente através de um desenho algum fato ou
acontecimento (real ou fictício). Após o desenho feito, entregar para um colega que deverá
ler o que o outro desenhou. Estimular o diálogo sobre as possíveis distinções e/ou
similitudes de interpretação entre aquele que elaborou o texto e aquele(s) que o
interpretaram.
2 - Leituras (livros sem texto): As aventuras de Bambolina16; gibis/tirinhas diversas; curtrametragem mudo - sugestão: The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore17.

Plano de conversação18 (sugestões): Ao olhar o relógio para descobrir que horas são,
realizamos uma leitura do relógio? / Quando o tempo está meio incerto, olhamos para
o céu para saber se iremos levar ou não o guarda-chuva. Isso é uma leitura do
13
Idem, p.32.
ALVES, 2001.
15
THURBER, 2006.
16
IACOCCA, 2006
17
MOONBOT STUDIOS, 2011.
18
Este plano de conversação foi inspirado na obra de Wonsovicz (1998, p.54-58).
14
5
tempo? / Quando olhamos histórias em quadrinhos sem texto, lemos o que acontece
com os personagens dos quadrinhos?
2.1 - Produção de livro artesanal apenas com imagens/desenhos dos participantes (sem
texto).
2.2 - Sugerir produções textuais (individuais ou coletivas) a partir de textos de imagens. As
produções podem ser apresentadas e lidas em conjunto pelos participantes, permitindo,
assim, contrapor as diferentes criações elaboradas. Além do exercício interpretativo que tal
atividade proporcionará, servirá, também, de estímulo ao diálogo e reflexão sobre a gênese
do significado de um texto.
3 - Leitura: Isto não é19; vídeo A aranha, o grilo e o jacaré 20.
3.1 – Propor a investigação sobre os elementos implicados no ato de criação 21 como, por
exemplo, originalidade, exclusividade, diferença, novidade, entre outros. A atividade se
inicia sugerindo aos participantes que tentem representar, por meio de mímica, diferentes
maneiras de realizar atos cotidianos. Isto exigirá o exercício da criatividade, podendo
servir, ainda, como impulso ao desenvolvimento da investigação. É importante frisar a
necessidade de, após cada representação, se apresentar razões que justifiquem o caráter de
novidade atribuído ao ato 22.

Sugestões de atos a serem representados: Um modo diferente de se sentar. / Um modo
diferente de caminhar. / Um modo diferente de cantar. / Um modo diferente de
cumprimentar alguém. / Um modo diferente de estudar. / Um modo diferente de
escrever.

Plano de conversação (sugestões): Para que uma pessoa crie uma coisa, é necessário
imaginar? / Para que uma pessoa crie uma coisa, é necessário planejar? / Para que se
crie uma coisa a partir de outra é preciso ler? / O que é necessário para a criação? /
Quando alguém cria alguma coisa, essa coisa lhe pertence? / Para que uma coisa que
tenhamos criado seja criativa, é necessário que ela seja diferente?
19
MAGALLANES, 2008.
Episódio do Programa Lá vem história da TV Cultura.
21
A proposta desta atividade é ressaltar o vínculo existente entre leitura, interpretação e o conceito de criação.
Tal relação fundamenta-se, sobretudo, a partir da concepção de leitura como ato de tradução (Apud CORAZZA,
2011).
22
Esta atividade e o plano de conversação foram inspirados na obra de Aspis (2001, p.40-42).
20
6
4 - Leitura (livro sem texto): A Bruxinha e o Godofredo23.
4.1 - Solicitar aos participantes que saiam da sala em que se encontram e façam a leitura do
que alguma pessoa esteja fazendo (alguém que se encontre fora da sala: no pátio, rua,
saguão, etc.). Ao retornarem, peça que relatem o que leram.
4.2 - Pedir que um participante faça a leitura do tempo olhando pela janela.
III - Leituras artísticas
Existem diversas interpretações de uma obra de arte, existem, ainda, diversas
possibilidades de novas leituras dessa obra. Ler não é meramente reproduzir. Num paralelo
entre o conceito deleuziano de repetição24 e os conceitos de tradução25 e de leitura, propõe-se
reverter a associação tradicional entre estes e os conceitos de cópia, equivalência ou
semelhança. Ler, deste modo, não se vincula ao ato de imitação do mesmo, mas à criação do
novo, a processos de pensamento que permitem o surgimento da novidade, da singularidade.
Neste sentido, interpretar aquilo que se vê consistiria em exercitar a criatividade. Ler ou,
poder-se-ia dizer, traduzir é criar algo novo que mantém um elo com a fonte que serviu de
inspiração. Conforme Corazza 26: "a tradução 'não consiste na assimilação do outro a si
mesmo, mas uma aproximação da distância, uma transposição de uma cultura estrangeira
através dos expedientes da escritura que transforma, por assim dizer, a primeira, já que a
tradução não é cópia, mas modificação do original".
Dispositivos/Leituras - Produções:
1 - Leituras27: Érica e os girassóis, Érica e os impressionistas e Érica e a Monalisa28.
 Plano de conversação (sugestões): Quem fez um desenho ou uma pintura, expressa
sentimentos através de seu desenho? / Quando você observa uma pintura ou
ilustração, você a lê? / Você pode ler o rosto de uma pessoa e perceber o que a
pessoa está sentindo? / Várias pessoas podem fazer leituras diferentes de uma
pintura? E de uma história? E de um filme?
23
FURNARI, 1983.
DELEUZE, 1988.
25
Tal conceito remete ao universo semântico das teorias da tradução literária no Brasil, que lidam com a ideia de
tradução como um processo criador, conforme apresentado por Corazza (2001, p.59-62).
26
CORAZZA, 2011, p.63.
27
Uma opção para os textos sugeridos seria realizar visita virtual no museus através do Art Project desenvolvido
pelo Google. Disponível em: <http://www.googleartproject.com/pt/>.
28
MAYHEW, 2001a, 2001b, 2001c.
24
7
1.1 - Pedir aos participantes que desenhem o seu rosto, podendo para tanto apenas apalpar
a face.
1.2 - Providenciar um espelho para cada participante e pedir que cada um desenhe sua
imagem baseada no reflexo que observa.
1.3 - Solicitar que seja feito o registro, em forma escrita, das sensações, ideias, percepções
e interpretações desencadeadas a partir das diferentes atividades.
2 - Leituras: Dos pés à cabeça e Cores29.
2.1 - Observação e descrição de objetos, sensações e emoções a partir de imagens,
fotografias, expressões faciais, obras de arte, etc. Solicitar o registro escrito das descrições
(pode-se variar os estilos: narrativos, dissertativos, poéticos, etc.).
3 - Leituras: Para olhar e olhar de novo30 e Diário das invenções: Leonardo Da Vinci 31.
3.1 - A partir da leitura e observação das imagens e dos textos, propor atividades que
estimulem a criação/invenção de novos sentidos e impressões para diferentes imagens.
Exemplos:

Leitura de algumas imagens ou invenções apresentadas nos textos a partir das
impressões que estas causaram aos observadores. Podem ser realizadas sobre base
textual ou artística. Disponibilizar materiais suficientes (tintas, pincéis, papéis,
lápis, etc.) para que os participantes possam escolher como expressar suas
impressões.

Técnica de pintura da própria imagem produzida a partir dos seguintes passos: 1Fotografar e imprimir a foto do busto (frente ou perfil) de cada participante; 2 Sobre uma folha de transparência, realizar o contorno da foto (rosto, boca, nariz,
orelhas, etc.) com pincel atômico; 3 - Projetar a imagem em cartolina fixada
previamente na parede e contornar com lápis grafite; 4 - Realizar a pintura da
imagem.
29
HOUBLON, 2005a e 2005b.
POUGY, 2005.
31
BARK; LAWRENCE, 2009.
30
8
Das formas de aprender a ler
Todo o percurso desta oficina leva à constatação da insuficiência de qualquer
teorização fixa e acabada sobre a leitura. Mesmo definições em termos de formas ou de
objetos possíveis/passíveis de serem lidos, acabam sempre em formulações relativas,
incompletas e provisórias. De acordo com Barthes32,
No campo da leitura não há pertinência de objetos: (...) leio textos, imagens,
cidades, rostos, gestos, cenas, etc. Esses objetos são tão variados que não posso
unificá-los sob nenhuma categoria substancial, nem mesmo formal; apenas posso
encontrar neles uma unidade intencional: o objeto que eu leio é fundado apenas pela
minha intenção de ler; ele é simplesmente: para ler, legendum.
Neste sentido, evidencia-se uma infinidade contextual que circunda a leitura que
não é da ordem do acabamento nem da demarcação. Conforme ainda Barthes33, embora esta
sempre ocorra no interior de uma estrutura (não há leitura "natural", "selvagem"), sempre a
perverte, pois não lhe fica submissa. Afinal, o ato de ler implica um movimento, uma atuação
do leitor que não apenas "decodifica, [mas] sobrecodifica; não decifra, produz, amontoa
linguagens, deixa-se infinita e incansavelmente atravessar por elas: ele é essa travessia" 34.
Assim, pois, como também em Sartre35, “o objeto literário é um estranho pião, que só existe
em movimento”, de modo que a potência criadora somente se instaura no momento em que o
leitor se debruça sobre a obra. Para Sarte, produzir se diferencia de criar: o escritor apenas
produz a obra, enquanto o movimento da criação se concretiza a partir da consciência
imaginante do leitor.
Somando-se ao que acima foi exposto, propomos como impulso movente ao
pensar sobre a leitura alguns questionamentos de Corazza 36, "E nós? Criamos quando lemos e
escrevemos? Como? De que maneira? Sob quais circunstâncias? Quando? Onde? Por que?"
Dispositivos/Leituras - Produções:
1 - Leituras: Texto fictício de como Tarzan aprendeu a ler 37, O menino que aprendeu a ver38 e
Jonas e as cores39.
32
BARTHES, 2004, p.32.
Idem, p.33.
34
Idem, p.41.
35
SARTRE, 2004, p.35. Embora Sartre esteja se referindo unicamente à obra literária, parece-nos possível
realizar um paralelo entre este tipo de leitura e aquele no qual propomos pensar aqui (leitura como tradução)
possível de se realizar em relação a todo e qualquer objeto estético.
36
CORAZZA, 2011, p.40.
37
MARTINS, 2003.
33
9
1.1 - Produção escrita (texto fictício): como um personagem (a ser escolhido pelo
participante) aprendeu a ler. A invenção do texto deve se orientar pelos seguintes
questionamentos: Quais as condições possíveis para a leitura? / Em que condições
acontece a leitura? / Como e quando surgem os leitores? / Qual a relação do leitor com o
escritor? / É possível tornar-se escritor, sem antes experimentar a leitura?
2 - Leitura: Relato autobiográfico de como Sartre40 aprendeu a ler.
2.1 - Produção escrita (texto verídico): como cada participante aprendeu a ler. O texto deve
orientar-se pelos seguintes questionamentos: O que está implicado no ato de ler? / Como ler?/
Por que ler? / Quando ler?
Referências
A ARANHA, O GRILO E O JACARÉ. Produção: TV Cultura. Programa: Lá vem história.
Intérprete: Bia Bedran. São Paulo: TV Cultura, 1995/1996. Disponível em:
<http://www.youtube.com/watch?v=xfv4U0V2PCk&feature=relmfu>.
Acesso
em:
08/04/2012.
ASPIS, Renata Pereira Lima. Histórias das ideias do zé: Livro de orientação para professores.
São Paulo: Callis, 2001.
ALVES, Rubem. /O prazer da leitura. /Correio Popular, Campinas, 19/07/2001. / Caderno C.
BARK, Jaspre; LAWRENCE, David. Diário das Invenções: Leonardo Da Vinci. São Paulo:
Ciranda Cultural, 2009.
BARTHES, Roland. O rumor da língua. Prefácio de Leyla Perrone-Moisés. (Trad. Mario
Laranjeira.) - 2. ed. - São Paulo: Martins Fontes, 2004. (Coleção Roland Barthes)
BERLIM, Regina. Jonas e as cores. Ilustrações de Taísa Borges. São Paulo: Peirópolis, 2006.
CORAZZA, Sandra Mara. "Notas". In: HEUSER, Ester Maria Dreher (org.). Caderno de
Notas 1: projeto, notas & ressonâncias. Cuiabá: EdUFMT, 2011.
DELEUZE, Gilles. Diferença e repetição. (Trad. Luiz Orlandi e Roberto Machado.) Rio de
Janeiro: Graal, 1988.
FURNARI, Eva. A Bruxinha e o Gregório. Ilustrações da autora. São Paulo: Ática, 1983.
38
ROCHA, 1998.
BERLIN, 2006.
40
SARTRE, 1970.
39
10
HOUBLON, Marie. Cores. Coordenação de imagem Maria do Céu Pires Passuello. (Trad.
Equipe Editorial Companhia Editora Nacional.) São Paulo: Companhia Editora Nacional,
2005a.
______. Dos pés à cabeça. Coordenação de imagem Maria do Céu Pires Passuello. (Trad.
Equipe Editorial Companhia Editora Nacional.) São Paulo: Companhia Editora Nacional,
2005b.
IACOCCA, Michele. Bambolina: (livro de imagem). São Paulo: Ática, 2006.
LIPMAN, Matthew. Issao e Guga: manual do professor “maravilhando-se com o mundo”.
(Trad. Ana Luiza Fernandes Falcone e Sylvia J. H. Mandel.) - 2. ed. - São Paulo: Difusão de
Educação e Cultura, 1997a. (Coleção Filosofia para Crianças)
______. Pimpa: manual do professor “em busca do significado”. (Trad. Ana Luiza Fernandes
Falcone e Sylvia J. H. Mandel.) - 2. ed. - São Paulo: Difusão de Educação e Cultura, 1997b.
(Coleção Filosofia para Crianças)
MACHADO, Ana Maria. Esta força estranha: trajetória de uma autora. São Paulo: Atual,
1996. (Passando a limpo)
MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. São Paulo: Brasiliense, 2003. (Coleção Primeiros
Passos).
MAGALLANES, Alejandro. Isto não é. (Trad. Heitor Ferraz Mello.) São Paulo: Comboio de
Corda, 2008.
MANGUEL, Alberto. Uma História da Leitura. (Trad. Pedro Maia Soares.) São Paulo:
Companhia das Letras, 2002.
MAYHEW, James. Érica e a Monalisa. (Trad. Renata Siqueira Tufano.) São Paulo: Moderna,
2001a.
______. Érica e os girassóis. (Trad. Renata Siqueira Tufano.) São Paulo: Moderna, 2001b.
______. Érica e os impressionistas. (Trad. Renata Siqueira Tufano.) São Paulo: Moderna,
2001c.
POUGY, Eliana. Para olhar e olhar de novo. São Paulo: Moderna, 2005.
PROUST, Marcel. Sobre a leitura. (Trad. Carlos Vogt.) - 2. ed. - Campinas: Pontes, 1991.
ROCHA, Ruth. Marcelo, marmelo, martelo. Ilustrações de Adalberto Cornacava. - 3. ed. Guarulhos: Salamandra, 2007.
______. Nicolau tinha uma idéia. Ilustrações de Mariana Massarini. - 3. ed. - São Paulo:
Quinteto Editorial, 1998. (Coleção Hora dos Sonhos)
______. O menino que aprendeu a ver. Ilustrações de Elisabeth Teixeira. São Paulo: Quinteto
Editorial, 1998. (Coleção Hora dos Sonhos)
SARTRE, Jean-Paul. As palavras. (Trad. J. Guinsburg.) - 4. ed. - São Paulo: Difusão
Européias do Livro, 1970.
11
______. Que é a literatura? (Trad. Carlos Felipe Moisés.) - 3. ed. - São Paulo: Ática, 2004.
TOQUINHO; ANDREATO, Elifas. Gente tem sobrenome. In: Canção de Todas as Crianças.
São Paulo: PolyGram (Philips), 1987.
THE FANTASTIC FLYING BOOKS OF MR. MORRIS LESSMORE. Direção de William
Joyce e Brandon Oldenburg. Los Angeles: Moonbot Studios, 2011. Animação em curtametragem
(15
min.)
Mudo.
Disponível
em
:
<
http://www.youtube.com/watch?v=jA3RUKGp780 >. Acesso em: 06/04/2012.
THURBER, James. Luas e luas. Ilustrações de Marc Simont. (Trad. Dinah de Abreu
Azevedo.) - 8. ed. - São Paulo: Ática, 2006.
WONSOVICZ, Silvio. O menino e a caboré: material do professor. Ilustrações de Rose Silva
Gaiewski. - 11. ed. - Florianópolis: Sophos, 2009.
ZATZ, Lia. Aventura da escrita: História do desenho que virou letra. Capa e ilustrações de
Paulo Manzi. São Paulo: Moderna, 1991.
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