Parasitas de peixes:
prevenção e tratamento
de enfermidades
Jose Celso de Oliveira Malta Dr.
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia INPA
Laboratório de Parasitologia e Patologia de
Peixes - LPP
Manaus - Amazonas - Brasil
Os parasitas de peixes:
Biodiversidade
• Peixes 500 milhões anos; 20.000 a 40.000
•
•
•
espécies (100 milhões; 9.000 aves)
Relação com outros grupos de seres vivos
Parasitas: cerca de 20 grandes grupos vivem
dentro ou sob os peixes
Amazônia 3.000 espécies de peixes
Protozoa
Monogenea
Digenea
Cestoda
Fungi
Bactéria
Acanthocepha
Vírus
Nematoda
Acarina
Isopoda
Copepoda
Branchiura
O peixe como substrato para o parasita
1. Peixe normal: base para
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
todas as atividades de
saúde de peixes.
Pele e nadadeiras
Anus e linha lateral
Narinas
Olhos
Boca
Opérculo
Brânquias
1. Sistema digestivo
2. Fígado
3. Pâncreas
4. Sistema excretor
5. Musculatura
6. Esqueleto
7. Bexiga natatória
8. Ouvido
9. Sistema reprodutivo
10. Sistema circulatório
11. Sistema nervoso
12. Sistema endócrino
2345
11
12358
11
38
12345
11
12358
F
B
M
G
C
I
E
2349
L
H
N
G
A. Anus
B. Boca
C. Brânquias
D. Linha lateral
E. Nadadeiras
F. Narinas
G. Olho
38
2349
H. Sist. digestivo
I. Fígado
J. Cavidade corpo
L. Musculatura
M. Bexiga natatória
N. Sist. reprodutivo
0. Pele
D
A
E
123456789
101112
311
1234589
101112
38
3
O
E
E
139
12345
1112
1. Bactérias, Vírus 7. Acanthocephala
2. Fungos
8. Nematoda
3. Protozoa
9. Isopoda
4. Monogenia
10. Branchiura
5. Digenea
11. Copepoda
6. Cestoda
12. Hirudinea
Princípios da diagnose
1. Peixe
1
12
13
123
2
2. Parasita
23
3
3. Ambiente
Diagnóstico
Peixe doente
Avaliação dos resultados,
informar o resultado ao
cliente
História
Observação
Peixe vivo
Necrópsias, análises
laboratoriais, parasitas
Vírus, bactérias, água,
Alimentos,
Amostra
Exames externos
Iniciais, ectoparasitas
Amostras, parasitológicos,
bacteriológicos, histológicos, tecidos
Patógeno
Princípios da profilaxia
Proteção
1.Água, limpa,
6.Movimentação,
artificial
9.Suprimento
de água
independente
densidade
5.Controle das
doenças, vetores
Prevenção
3.Higiene
4.Controle peixes
nativos
8.Exames
constantes
7.Quarentena
alimento
10. Separação
por idade
estresse
2.Alimento: natural
artificial
Primeira linha
de defesa
Segunda linha
de defesa
Vírus:
• Muito pequenos o microscópio eletrônico. São
•
formados por DNA ou RNA. Só se reproduzem
dentro de uma célula viva: rabdovírus,
herpesvírus e birnavírus. Sem tratamento.
São os responsáveis pela suspensão das
exportações dos peixes ornamentais. Muito pouco
se conhece de doenças viróticas em peixes nativos.
Único registro no Brasil viremia primaveril da
carpa.
Vírus:
• A inexistência de processos terapêuticos ou de
•
•
•
imunização confere uma enorme importância as
medidas profiláticas. São doenças de declaração
obrigatória para as autoridades sanitárias.
Diagnóstico: sintomatologia; cultura de células; exame
microscópio eletrônico.
Doenças: Septicemia hemorrágica viral; necrose
hematopoiética infecciosa; virose primaveril da carpa;
inflamação da bexiga natatória de ciprinídeos; virose
de alevinos de lúcio; do bagre de canal; necrose
pancreática infecciosa.
Em caso de epizootia: a erradicação é sacrificar toda
a população de peixes; desinfecção de todos os
equipamentos, tanques, da unidade. Devem ser
mortos com rotenona e incinerados.
Reino Monera Bactérias:
procariontes
• Causam: hemorragias septicêmicas
•
agudas, ulcerações crônicas ou condições
granulócitas ou sub-clínicas e infecções
assintomáticas.
Todas as espécies de bactérias causadoras
de enfermidades em peixes são saprófitos
Mas de 50 espécies foram isoladas de
peixes
maioria
é
Gram-negativa.
Tratamentos: identificar a espécie e usar
antibióticos.
Bactérias: tambaqui (22
espécies)
• Brânquias e fígado de tambaquis Colossoma
macropomum (Cuvier, 1818) de duas estações
de piscicultura: Balbina e Itacoatiara, e em
produtores “A” e “B”. Dezenove espécies de
bactérias Gram-negativas foram isoladas a partir
das brânquias e oito do fígado .
PARA MAIS INFORMAÇÕES...
Tese de mestrado de Cristiany M. A. Silva: Bactérias Gramnegativas isoladas do tambaqui...... (BADPI/INPA)
Bactérias isoladas do tambaqui
(22 espécies)
• Bactérias isoladas das brânquias:
Flavobacterium sp., Alcaligenes sp., Moraxella
sp., Pasteurella sp., Rochalimaea henselae,
Xenorhabdus sp., Aeromonas sp., Enterobacter
sp., Yersinia sp., Actinobacillus sp.,
Haemophilus sp., Proteus sp., Cardiobacterium
sp., Chromobacterium violaceum, Klebsiella sp.,
Escherichia coli, Hafnia sp., Providencia sp. e
Pseudomonas sp.
• Bactérias isoladas do fígado: Alcaligenes sp.,
Flavobacterium sp., Acidomonas sp., Proteus
sp., Xenorhabdus sp., Haemophillus sp.,
Pasteurella sp. e E. coli.
Bactérias isoladas tambaqui
(22 espécies)
•Apesar de estarem
presentes bactérias
patogênicas, todos os
peixes analisados eram
portadores assintomáticos.
• Infecções bacterianas: hemorragias septicêmicas
aguda, ulcerações crônicas ou condições
granulócitas ou sub-clínicas e infecções
assintomáticas. Muitas doenças levam a um
aumento dos sinais e lesões clínicas similares e um
exame bacteriológico é freqüentemente requerido
para estabelecer a identificação do organismo
causador.
• Os fenômenos fisiológicos da invasão e proliferação
das bactérias, estão relacionados com uma
diminuição da capacidade do sistema imunológico
dos peixes
• Mas 50 espécies de bactérias foram isoladas de
peixes doentes, maioria Gram-negativas. Devido a
similaridade entre as doenças, uma septicemia
hemorrágica com ou sem úlceras na pele. É
importante uma análise laboratorial para a
identificação da doença.
Fungos:
• Os fungos de peixes . Tufos semelhantes a
•
•
algodão.Identificar as espécies é difícil. Muito difícil o
isolamento, principalmente em lesões tegumentares,
onde há mais de uma espécie infectando e o rápido
crescimento de várias espécies saprófitas.
Não se sabe se são agentes patogênicos primários ou
secundários.
Saprolegniose - É cosmopolita ataca todos os peixes
de todos os tamanhos. O maior problema do estudo de
fungo é que tudo é Saprolegnia, todos fungos com
micélio com aspecto de algodão. Podem ser outros
gêneros: Achyla; Leptolegnia; Pythiopsis. Também há
diferentes espécies de Saprolegnia. Na maioria dos casos
referem-se a Saprolegnia parasitica sem ter havido uma
correta identificação.
Fungos:
• Branquimicose: Branchiomyces sanguinis, B.
demigrans – parasitas branquiais, regiões
brancas (dificuldade circulação), necrose, mata 2
dias.(T>21)
• Exafialose: Exophiala salmonis, E. pisciphila:
natação errática, exoftalmia, formações
ulcerosas cranianas, Granulosas: rim, fígado,
baço, coração. Sem tratamento.
• Phoma herbarum: dificuldade natação e
equilíbrio. Baixa mortalidade. Sem tratamento.
• Ictiofonose: Ictiofonus hoferi. Perda apetite,
letargia. Utilização peixes marinhos para
alimento. Mortalidade 50%. Sem tratamento.
Reino Protista: Sub-Reino
Protozoa (protozoários) -7
filos
• Sarcomastigophora, Apicomplexa,
•
Ciliophora, Microspora, Myxozoa 2.000
espécies parasitam os peixes. São
organismos protistas eucariontes. Uma
célula realiza as funções vitais:
alimentação, respiração, reprodução,
excreção e locomoção.
Formam cistos, crescem continuamente,
ocupam o local das células; matam o
peixe; causam deformações; alteram o
comportamento.
Phylum Myxozoa
• Tambaqui: Myxobolus
colossomatis;.Henneguya sp.;Myxobolus
sp.; Epystilis sp.; Ichthyobodo sp.;
Vorticella sp.; Trichodina sp.
• Matrinxã: Trichodina sp.
• Myxobolus cerebralis – doença da cauda
negra ou do rodopio (truta) (100%✞)
declaração obrigatória. Sem tratamento.
PARA MAIS INFORMAÇÕES...
Fischer, 1998 (tambaqui); Andrade, 2000 (matrinxã) documentos
afins)
• Ichthyophtirius multifilis – pontos brancos,
corpo brânquias, peixes esfregam-se no fundo.
Fácil diagnóstico e difícil de tratar, propaga
rapidamente
• Piscinoodinium sp. hemorragias, necrose,
inflamação, fusão lamelas secundárias (✞)
• Ichthyobodo (Costia) necator – destruição
das células superficiais (lesões extensas) (✞)
Amebas fusão lamelas secundárias (✞30%)
Eimeria sp. Epistylis sp. Trichodina sp. e
Vorticella sp. Henneguya e Myxobolus
Filo Platyhelminthes
animais com corpo achatado dorsoventralmente 15.000 espécies
• Quatro classes: Turbellaria (vida livre,
•
carnívoros);
Monogenea;
Digenea
e
Cestoda. Sistema digestivo com boca, ânus
ausente, faringe e intestino ramificado.
Ausente em Cestoda.
Hermafroditas, acelomados, fecundação
interna.
Sem
sistema
esquelético,
respiratório e circulatório. Segmentação
verdadeira.
Classe Monogenea
• Sem hospedeiro intermediário. Medem de
•
•
•
30 a 3cm. Ovíparos, ovo eclode larva
(oncomiracídio) que infesta o hospedeiro
(ciclo direto). Exceto Gyrodactylidae vivípara
Órgão posterior de fixação haptor com
ganchos, ventosas, barras, âncoras pinças.
Vivem nas brânquias, fossas nasais.
Reduz ou impede a respiração
(traumatismo, muco) perda nutrientes.
3000 espécies: América do Sul-524; Brasil252.
Classe Monogenea
100 espécies amazônicas 62 descritas nosso
laboratório
• Tambaqui: Anacanthorus spatulatus;
Linguadactyloides brinckmanni; Notozothecium
• Matrinxã: Anacanthorus brevis, A. elegans, A.
kruidenieri, A. spiralocirrus, Jainus amazonensis,
Tereancistrum kerri, T. ornatus, Trinibaculum
braziliensis
• Pirarucu: Dawestrema cycloancistroides, D.
cycloancistrium, D. punctata
• Piranha caju: 23 espécies de 5 gêneros
Classe Monogenea
• Pygocentrus nattereri: 23 espécies
1.Amphithecium rachycirrum; 2.A. calycinum; 3. A.
camelum; 4. A. cataloensis; 5. A. falcatum; 6. A.
junki. 7.Anacanthorus anacanthorus; 8. A.
brasiliensis; 9.A. maltai; 10.A. neotropicalis; 11.A.
reginae; 12.A. rondonensis; 13.A. thatcheri
14.Cleidociscus amazonensis; 15.C. amazonensis;
16.C. piranhus; 17.C. serrasalmus
18.Nothozothecium penetrarum; 19.N. minor.
20.Notothecium aegidatum; 21.N. mizellei.
22.Urocleidus crescentis; 23.U. orthus.
Classe Digenea
• Dois ou mais hospedeiros: ovo - larva miracídio -
•
molusco: rédias, hepatopâncreas, cercárias segundo hospedeiro intermediário e encistam metacercária - hospedeiro final.
O efeito patogênico é maior nas infestações por
metacercárias que encistam: pele, brânquias,
musculatura, sistema nervoso, gônadas, olhos e
outros órgãos. Grande número de espécies
adultas parasitam peixes, a patogenia parece
não ser grande. 40 espécies peixes amazônicos
Classe Digenea
• Tambaqui: Paramphistomidae (4 jovens rio
Solimões), metacercárias
• Pirarucu: Caballerotrema arapaiense
C. brasiliense
• Strigeoidea: Diplostomum sp. (cerca de 125
•
espécies de peixes no mundo)
22 espécies Amazônia
*Caballerotrema aruanense; (Osteoglossum bicirrhosus)
*Kalipharynx piramboae (Lepidosiren paradoxa)
*Amazonadistoma negrensis (Gymnorhamphichthys hypostomus)
*Megacoelium spinicavum; *M. spinispecum (Liposarcus pardalis)
*Saccocoelioides rotundus (Mylesinus paraschamburgkii)
*Sphericomonorchis spinulosus (Crenicichla johanna);
*Paraproctotrema delicata (Boulengerella lucia);
*Genolopa magnacirrus (Boulengerella lucia)
Dadaytrema elongatus (Myleus sp.);
Dadaytrema oxycephalus (Piaractus brachypomus)
*Alphamphistoma canoeforma; (Mylesinus paraschamburgkii);
*Betamphistoma jariense; (Mylesinus paraschamburgkii);
*Gammaphistoma pitingaensis; (Mylesinus paraschamburgkii);
*Zetamphistoma compacta; (Mylesinus paraschamburgkii);
Travassosinia dilatata (Piaractus brachypomus)
Filo Platyhelminthes: Classe
Cestoda (sem trato digestivo)
• Animais com corpo em forma de fita. Ciclo: ovo •
•
copépodo - peixes pequenos - peixe maior,
Subclasse Cestodaria: corpo foliáceo ou em forma
de fita. Vivem na cavidade celomática do pirarucu
duas espécies: Schizochoerus liguloides e
Nesolecytus janicki - medem 15 - 16cm.
Subclasse Eucestoda: corpo achatado e
segmentado. 40 espécies ocorrem em peixes
Amazônicos. Hospedeiros são piscívoros e
(Siluriformes).
Classe Cestoda
•
•
•
•
•
Amphoteromorphus parkarmoo (Pseudopimelodus sp.);
A. peniculus (Brachyplatystoma roussenaxii)
Brayela karuatayi (Glanidium sp.);
Endorchis mandube (Ageneiosus brevifilis);
Ephedrocephalus microcephalus (Phractocephalus
hemiliolpterus);
• Gibsoniela mandube (Ageneiosus brevifilis);
• Manaosia bracodemoca (Platystoma sp.);
• Megathylacus jandia (Rhamdia sp.);
Filo Acanthocephala
• São animais alongados com uma probóscide. Cavidade
•
•
do corpo pseudoceloma, sem boca e trato digestivo,
sexos separados, larvas parasitas de artrópodos e
adultos de vertebrados, não possuem larvas livres.
Tamanho 2 a 80 cm.
Corpo composto de probóscide com ganchos ou
espinhos, bainha da probóscide, pescoço e o tronco com
ou sem espinhos.
O ciclo de vida sem ou até quatro hospedeiro. Os
estágios são: ovo - acantor - acantela - adulto.
Filo Acanthocephala
•
•
•
•
Echinorhynchus jucundum (Colossoma brachypomum)
Megapriapus ungria (Potamotrygon hystrix)
Gorytocephalus elongorchis (Hypostomus carinatus)
Neoechinorhynchus buttenerae (Colossoma
macropomum)
• Neoechinorhynchus pterodoridis (Pterodoras granulosus)
• Rhadinorhynchius plagioscionis (Plagioscion
squamosissimus)
• Polyacanthorhynchus macrorhynchus (Arapaima
gigas)
• Polyacanthorhynchus ropalorhynchus (Arapaima
gigas)
Filo Nematoda
gr. nematos – fio; animais de corpo
cilíndrico
• Têm simetria bilateral; pseudocelomados; dióicos.
• O trato digestivo completo e permanente: O corpo tem
•
forma cilíndrica e revestido por uma cutícula dura e
resistente. Ocorrem desde as regiões polares até os
trópicos, em todos os tipos de ambientes, incluindo:
desertos; fontes termais, altas elevações montanhosas e
grandes profundidades oceânicas.
Parasitas apresentam todos os graus de parasitismo e
atacam todos os grupos vegetais e animais. Tamanho
varia de 100µm a 1metro.
Monhysterides iheringi (Myleus sp.)
Rondonia rondoni (Myleus spp.; Pterodoras granulosus;
Camallanus tridentatus ( Arapaima gigas)
*Camallanus acaudatus,(Osteoglossum bicirrhosum)
Paracamalanus sp. (Hypophthalmus edentatus)
Spirocamalanus inopinatus (B. erythropterus; B. cephalus)
Spirocamalanus paraensis (Hopleritrinus unitaeniatus) ?
Cucullanus colossomi (Colossoma macropomum)
*Bacudacnitis grandistomis Pterodoras niger)
Echinocephalus daileiy (Potamotrygon cicularis; P. histrix.)
Goezia spinulosa (Astronotus ocellatus; Arapaima gigas)
Porrocaecum draschei (Arapaima gigas)
Chabaudinema americana (Colossoma macropomum)
Chabaudinema spectatus (Colossoma brachypomum)
Philometra amazonica (Callophysus macropterus)
Philometra senticosa ( Arapaima gigas)
Filo Arthropoda
grego, arthros = articulação; podos – pé
Mais de 1 milhão espécies. Apresentam
exoesqueleto quitinoso extremamente forte.
Dominam todos ambientes.
Corpo dividido em 2 ou 3 partes: cabeça;
tórax e abdômen.
Apêndices segmentados.
Apresentam trato digestivo completo.
 Sexos separados e fecundação interna.
Subfilo Crustacea
grego, crusta carapaça dura
Cabeça com cinco pares de apêndices.
Apêndices birremes.
Cutícula calcificada (sais de cálcio).
 Larva náuplio é o primeiro estágio após a
eclosão, têm um olho mediano e apenas os
três primeiros apêndices cefálicos.
Únicos animais que apresentam 2 pares de
antenas.
Sem hospedeiro intermediário.
Ordem Isopoda
Achatados dorsoventralmente, estômago triturador.
Brânquias mudaram do tórax para o abdômen. O
nome pernas iguais.
Subordem Flabellifera, família Cymothoidae e
Exocorallinidae.
Protândricos hermafroditas, jovens todos machos,
depois tornam-se fêmeas (marsúpio).
Fixam-se na pele, nadadeiras, cavidade branquial,
boca e na cavidade do corpo.
A América do Sul 23 espécies, 9 gêneros,
Amazônia.
Cymothoidae
Anphira branchialis (Serrsalmus nattereri ); A.
xinguensis (Ossobus xinguensis); Artystome
trysibia (Geophagus brasiliensis); A. minima
(Nannostomus berckfordi); Asotona formosa; A.
magnifica (Serrasalmus sp.); Braga amapaensi
(Acestrorhynchus guyanenesis); B. cilhae
(Cynopotamus humeralis; Cilha ocellaris; C.
temensis); B. nasuta (Cilha ocellaris; C.
temensis); B. patagonica (Hoplias malabaricus);
Paracymothoa
tholoceps
(Hoplias
macrophthalmus); Vanamea=Lironeca symetrica
(S. rombheus; S. nattereri) C. ocellaris;
Brachyplatystoma sp.)
Classe Branchiura
francês arcaico - branch = ramos, grego, ura = cauda
Medem 0,5-30,0mm. Carapaça achatada
dorso ventral. Mandíbulas modificadas em
Argulus, em probóscide.
Maxílula modificada em garras ou
ventosas.
 4 pares pernas. Sexos separados.
Um par de olhos compostos, 1–3 olhos de
náuplio.
Parasitam cavidade branquial, bucal,
superfície do corpo.
Dolops da Amazônia
Dolops
discoidalis:
Phractocephalus
Arapaima gigas;
ocellatus.
Pseudoplatystoma
spp.;
hemiliopterus;
Leiarius
marmoratus;
Hoplerytrinus unitaeniatus; Astronotus
Dolops geayi
Megalodoras sp.; Crenicichla sp.; Hoplias
malabaricus; Astronotus ocellatus
Dolops carvalhoi
Pseudoplatystoma spp.; Phractocephalus
hemiliopterus;
Colossoma
macropomum;
Rhaphiodon
vulpinus; Pellona castellneana; Pygocentrus nattereri.
Dolops striata Schizodon fasciatum; Leporinus fasciatus;.
Dolops bidentata Schizodon fasciatum; Prochilodus
nigricans; Astronotus
Rhytiodus microlepis;
ocellatus;
Pygocentrus
nattereri;
Argulus
da Amazônia
Argulus multicolor Pygocentrus nattereri, Colossoma
macropomum, Cichla temensis, Geophagus jurupari
Argulus
Argulus
Argulus
Argulus
pestifer Pseudoplatystoma tigrinum, P. fasciatum
juparanaensis Pseudoplatystoma fasciatum,
amazonicus Cichla ocellaris, C. temensis.
chicomendesi Colossoma macropomum, Prochilodus
nigricans, Pseudoplatystoma tigrinum,, Pygocentrus nattereri,
Schizodon fasciatum
Dipteropeltis hirundo Acestrorhynchus sp., Acestrorhynchus
falcirostris.
Copepoda da
Amazônia
Medem 5µ-5,0cm. Carapaça ausente
Antenas modificadas em órgão de
fixação
Maxílula modificada com garra para
fixação.
 4 ou 5 pares pernas. Sexos separados.
Um olho de náuplio. Somente fêmeas
parasitam
Parasitam cavidade branquial, narinas,
superfície do corpo.
Ergasilus bryconis Brycon erythropterum.
E. callophysus Callophysus macropterus
E. coatiarus Cichla monoculus
E. colomesus Colomesus asellus
E. holobryconis Holobrycon pesu
E. hydrolycus Hydrolycus scomberoides
E. hypophthalmi, Hypophthalmus edentatus
E. jaraquensis Semaprochilodus insignis
E. leporinidis Leporinus fasciatus
E. triangularis Laemolita taeniata
E. turucuyus Acestrorhynchus falcirostris, A. falcatus
E. urupaensis Prochilodus nigricans
E. yumaricus Pygocentrus nattereri, Serrasalmus rhombeus,
Rhinergasilus piranhus Pygocentrus nattereri
Pindapixara tarira Hoplias malabaricus
Prehendorastrus bidentatus Hypophthalmus edentatus
P. monodontus Hypophthalmus edentatus e H. fimbriatus
Miracetyma etimaruya Curimata cyprinoides,
M. kawa Rhaphiodon vulpinus
M. piraya Pygocentrus nattereri
Acusicola lycengraulidis Pellona castelnaeana
A. paracunula Pellona flavipinis, Pseudotylosurus microps
A. spinulosa Lycengraulis batesi
A. rotunda Lycengraulis batesi
Amplexibranchius bryconis Brycon cephalus
Brasergasilus jaraquensis Semaprochilodus insignis
A. anodus Anodus elongatus
Brasergasilus jaraquensis Semaprochilodus insignis
B. guaporensis Leporinus fasciatus
B. mamorensis Hydrolycus pectoralis
Vaigamus retrobarbatus
V. spinicephalus
Gamidactylus jaraquensis Semaprochilodus insignis
G. bryconis Brycon melanopterus e B. pellegrini
G. hoplius Hoplias malabaricus
Gamispinus diabolicus Ageneiosus brevifilis
Gamispatulus schizodontis Schizodon fasciatus
Amazonicopeus elongatus Plagioscion squamosissimus
Perulernaea gamitanae Colossoma macropomum
P. pirapitingae Piaractus brachypomus
Amazolernaea sannerae Cichla monoculus e C. temensis
Bedsylernaea collaris Hoplias malabaricus
Número de espécies de
metazoários parasitas de peixe
amazônicos
• Grupos
• Protozoa
• Monogenea
• Digenea
Espécies
20
230
30
Cestoda
100
• Nematoda
16
Acanthocephala 16
Pentastomidae
1
• Crustacea
59
• Total
472
%
4,2
48,7
6,3
21,2
3,4
3,4
0,2
12,5
Estimativa
(2) 6000
(5)10000
(2) 6000
(1) 3000
(1) 3000
(1) 3000
(3) 9000
(15) 15000
•15 parasitas/peixe = 45.000
Tratamentos:
•
•
•
•
•
•
no caso de se justificar
Diagnóstico da doença ser feito no início
Verificar se o manejo resolve o problema
O tratamento é uma alternativa complementar e
não um último recurso.
Criações intensivas, infecções massivas,
diagnóstico tardio, nenhum tratamento eficaz
parece ser indicado.
Tratar os efluentes
Qual tratamento fazer em tanques especiais
para essa finalidade: volume de água, menor e
conhecido; menos droga; melhor diluição etc.
NaCl –
• Fungos: 30.000-50.000 ppm, 3-4 minutos (repetir)
• Protozoa; Monogenea; larvas Copepoda;
•
•
•
•
Saprolegniose: peixes grandes - 2,5%(25000 ppm)
(25g NaCl/1l água) 10-15 minutos; peixes pequenos
– 1,0-1,5% 20 minutos.
Ictiofitiríase – solução 5%, 30 minutos; solução
0,3% 24 horas.
Lerneose, doença branquial bacteriana – 5%
1-2 minutos durante 3 dias.
Monogenia – 50.000 ppm 90 segundos
Monogenia, Chilodonela, Saprolegnia- 1-3%
30-180 minutos.
• Formol –
• Protozoa (Ictiobodose, Ictiofitiríase,
•
•
•
•
amebíase, Chilodonella, Trichodina, Apiosoma,
Ambirphria, Epistylis) bactérias, Monogenea,
fungos: 1-2% (1000-2000 ppm) 15 minutos;
1:4000 30 45 minutos.
Saprolegnia – 1ml/500ml água – 15 minutos
Iodo
Vírus; bactérias; fungos; protozoários – ovos
embrionados 50-100 miligramas/1l água, 10
minutos
Monogenia, Ergasilus, Lernaea, Argulus – 25g/l
água, 5- 10 minutos, 4 aplicações dia, durante uma
semana.
• Lysol
• Protozoa, Monogenea - 0,2% ou 2000 ppm(1ml/5 l
água) por 5-15 segundos,.
• Ácido acético
• Monogenia – 2ml/ l água – 30 segundos
• Permanganato de potássio
• Argulus - 1:1000(1000 ppm) 1g KMn04/l água – 30-34
segundos
• Oxido Di N Butil estanho
• Digenea, Cestoda, Nematoda, Acanthocephala –
25 g pa cada 100 kg peixe, durante 3 dias.
Parasitas de
peixes
de interesse
médico
Hábito de comer peixe cru: Digenea
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•
Clonorchis sinensis
Opistorchis felineus
O. viverrini
Heterophyyes spp.
Metagominus spp.
Diplostomum
spathaverum
Pygidiopsis summa
Stellantchasmus falcatus
Phagicola longa
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Proceverum varium
Haplorchis spp.
Nanophyetus sp.
Cryptocotyle língua
Clinostomum
complanatum
• Gonadosdasmius sp.
• Metorchis conjunctus
• Echinostoma hortense
Hábito de comer peixe cru:
Cestoda
• Diphyllobothrium latum
Atinge
25m x 1,5-2cm, 4.000 proglotes (Canadá;
USA; Chile)
• D. latum
• D. cordatum
• D. dalliaea
Hábito de comer peixe cru:
Nematoda
• Anisaquíase humana: Holanda; Japão; USA;
França
• Anisakis simplex; Pseudoterranova
decipiens (bacalhau, arenque)
• Eustrongylides spp. (USA)
• Capillaria philippinensis
• Eiras, J.C. 1994. Elementos de Ictioparasitologia. Porto: Fundação
•
•
•
•
•
Eng. Antônio de Almeida. 339p.
Fischer, C; Malta, J.C.O.; Varella, A.M.B. 2004. Os parasitas do
tambaqui, Colossoma macropomum (Cuvier, 1818) (Characiformes:
Characidae) do médio rio Solimões (AM) e do baixo rio Amazonas
(PA) e seu potencial como indicadores biológicos. Acta Amazonica,
33(4): 651-662.
Kabata, Z. 1985. Parasites and diseases of fish cultured in the
tropics. Ed. Taylor & Francis, Philadelphia, USA. 318p.
Malta, J.C.O.; Gomes, A.L.S.; Andrade, S.M.S.; Varella, A.M.B. 2001.
Infestações maciças por acantocéfalos, Neoechinorhynchus
buttnerae Golvan, 1956, (Eoacanthocephala: Neoechinorhynchidae)
em tambaquis jovens, Colossoma macropomum (Cuvier, 1818)
cultivados na Amazônia central. Acta Amazonica, 31(1):133-143.
Pavanelli, G.C.; Eiras, J.C.; Takemoto, R.M. 1998. Doenças de
peixes: profilaxia, diagnóstico e tratamento. EDUEM, CNPq, Nupélia,
Maringá, Paraná, Brasil. 264p.
Thatcher, V.E. 1991. Amazon Fish Parasites. Amazoniana, 11:(3/4):
263-572.
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Os parasitas e as patologias dos peixes amazônicos