Parasitas de peixes: prevenção e tratamento de enfermidades Jose Celso de Oliveira Malta Dr. Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia INPA Laboratório de Parasitologia e Patologia de Peixes - LPP Manaus - Amazonas - Brasil Os parasitas de peixes: Biodiversidade • Peixes 500 milhões anos; 20.000 a 40.000 • • • espécies (100 milhões; 9.000 aves) Relação com outros grupos de seres vivos Parasitas: cerca de 20 grandes grupos vivem dentro ou sob os peixes Amazônia 3.000 espécies de peixes Protozoa Monogenea Digenea Cestoda Fungi Bactéria Acanthocepha Vírus Nematoda Acarina Isopoda Copepoda Branchiura O peixe como substrato para o parasita 1. Peixe normal: base para 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. todas as atividades de saúde de peixes. Pele e nadadeiras Anus e linha lateral Narinas Olhos Boca Opérculo Brânquias 1. Sistema digestivo 2. Fígado 3. Pâncreas 4. Sistema excretor 5. Musculatura 6. Esqueleto 7. Bexiga natatória 8. Ouvido 9. Sistema reprodutivo 10. Sistema circulatório 11. Sistema nervoso 12. Sistema endócrino 2345 11 12358 11 38 12345 11 12358 F B M G C I E 2349 L H N G A. Anus B. Boca C. Brânquias D. Linha lateral E. Nadadeiras F. Narinas G. Olho 38 2349 H. Sist. digestivo I. Fígado J. Cavidade corpo L. Musculatura M. Bexiga natatória N. Sist. reprodutivo 0. Pele D A E 123456789 101112 311 1234589 101112 38 3 O E E 139 12345 1112 1. Bactérias, Vírus 7. Acanthocephala 2. Fungos 8. Nematoda 3. Protozoa 9. Isopoda 4. Monogenia 10. Branchiura 5. Digenea 11. Copepoda 6. Cestoda 12. Hirudinea Princípios da diagnose 1. Peixe 1 12 13 123 2 2. Parasita 23 3 3. Ambiente Diagnóstico Peixe doente Avaliação dos resultados, informar o resultado ao cliente História Observação Peixe vivo Necrópsias, análises laboratoriais, parasitas Vírus, bactérias, água, Alimentos, Amostra Exames externos Iniciais, ectoparasitas Amostras, parasitológicos, bacteriológicos, histológicos, tecidos Patógeno Princípios da profilaxia Proteção 1.Água, limpa, 6.Movimentação, artificial 9.Suprimento de água independente densidade 5.Controle das doenças, vetores Prevenção 3.Higiene 4.Controle peixes nativos 8.Exames constantes 7.Quarentena alimento 10. Separação por idade estresse 2.Alimento: natural artificial Primeira linha de defesa Segunda linha de defesa Vírus: • Muito pequenos o microscópio eletrônico. São • formados por DNA ou RNA. Só se reproduzem dentro de uma célula viva: rabdovírus, herpesvírus e birnavírus. Sem tratamento. São os responsáveis pela suspensão das exportações dos peixes ornamentais. Muito pouco se conhece de doenças viróticas em peixes nativos. Único registro no Brasil viremia primaveril da carpa. Vírus: • A inexistência de processos terapêuticos ou de • • • imunização confere uma enorme importância as medidas profiláticas. São doenças de declaração obrigatória para as autoridades sanitárias. Diagnóstico: sintomatologia; cultura de células; exame microscópio eletrônico. Doenças: Septicemia hemorrágica viral; necrose hematopoiética infecciosa; virose primaveril da carpa; inflamação da bexiga natatória de ciprinídeos; virose de alevinos de lúcio; do bagre de canal; necrose pancreática infecciosa. Em caso de epizootia: a erradicação é sacrificar toda a população de peixes; desinfecção de todos os equipamentos, tanques, da unidade. Devem ser mortos com rotenona e incinerados. Reino Monera Bactérias: procariontes • Causam: hemorragias septicêmicas • agudas, ulcerações crônicas ou condições granulócitas ou sub-clínicas e infecções assintomáticas. Todas as espécies de bactérias causadoras de enfermidades em peixes são saprófitos Mas de 50 espécies foram isoladas de peixes maioria é Gram-negativa. Tratamentos: identificar a espécie e usar antibióticos. Bactérias: tambaqui (22 espécies) • Brânquias e fígado de tambaquis Colossoma macropomum (Cuvier, 1818) de duas estações de piscicultura: Balbina e Itacoatiara, e em produtores “A” e “B”. Dezenove espécies de bactérias Gram-negativas foram isoladas a partir das brânquias e oito do fígado . PARA MAIS INFORMAÇÕES... Tese de mestrado de Cristiany M. A. Silva: Bactérias Gramnegativas isoladas do tambaqui...... (BADPI/INPA) Bactérias isoladas do tambaqui (22 espécies) • Bactérias isoladas das brânquias: Flavobacterium sp., Alcaligenes sp., Moraxella sp., Pasteurella sp., Rochalimaea henselae, Xenorhabdus sp., Aeromonas sp., Enterobacter sp., Yersinia sp., Actinobacillus sp., Haemophilus sp., Proteus sp., Cardiobacterium sp., Chromobacterium violaceum, Klebsiella sp., Escherichia coli, Hafnia sp., Providencia sp. e Pseudomonas sp. • Bactérias isoladas do fígado: Alcaligenes sp., Flavobacterium sp., Acidomonas sp., Proteus sp., Xenorhabdus sp., Haemophillus sp., Pasteurella sp. e E. coli. Bactérias isoladas tambaqui (22 espécies) •Apesar de estarem presentes bactérias patogênicas, todos os peixes analisados eram portadores assintomáticos. • Infecções bacterianas: hemorragias septicêmicas aguda, ulcerações crônicas ou condições granulócitas ou sub-clínicas e infecções assintomáticas. Muitas doenças levam a um aumento dos sinais e lesões clínicas similares e um exame bacteriológico é freqüentemente requerido para estabelecer a identificação do organismo causador. • Os fenômenos fisiológicos da invasão e proliferação das bactérias, estão relacionados com uma diminuição da capacidade do sistema imunológico dos peixes • Mas 50 espécies de bactérias foram isoladas de peixes doentes, maioria Gram-negativas. Devido a similaridade entre as doenças, uma septicemia hemorrágica com ou sem úlceras na pele. É importante uma análise laboratorial para a identificação da doença. Fungos: • Os fungos de peixes . Tufos semelhantes a • • algodão.Identificar as espécies é difícil. Muito difícil o isolamento, principalmente em lesões tegumentares, onde há mais de uma espécie infectando e o rápido crescimento de várias espécies saprófitas. Não se sabe se são agentes patogênicos primários ou secundários. Saprolegniose - É cosmopolita ataca todos os peixes de todos os tamanhos. O maior problema do estudo de fungo é que tudo é Saprolegnia, todos fungos com micélio com aspecto de algodão. Podem ser outros gêneros: Achyla; Leptolegnia; Pythiopsis. Também há diferentes espécies de Saprolegnia. Na maioria dos casos referem-se a Saprolegnia parasitica sem ter havido uma correta identificação. Fungos: • Branquimicose: Branchiomyces sanguinis, B. demigrans – parasitas branquiais, regiões brancas (dificuldade circulação), necrose, mata 2 dias.(T>21) • Exafialose: Exophiala salmonis, E. pisciphila: natação errática, exoftalmia, formações ulcerosas cranianas, Granulosas: rim, fígado, baço, coração. Sem tratamento. • Phoma herbarum: dificuldade natação e equilíbrio. Baixa mortalidade. Sem tratamento. • Ictiofonose: Ictiofonus hoferi. Perda apetite, letargia. Utilização peixes marinhos para alimento. Mortalidade 50%. Sem tratamento. Reino Protista: Sub-Reino Protozoa (protozoários) -7 filos • Sarcomastigophora, Apicomplexa, • Ciliophora, Microspora, Myxozoa 2.000 espécies parasitam os peixes. São organismos protistas eucariontes. Uma célula realiza as funções vitais: alimentação, respiração, reprodução, excreção e locomoção. Formam cistos, crescem continuamente, ocupam o local das células; matam o peixe; causam deformações; alteram o comportamento. Phylum Myxozoa • Tambaqui: Myxobolus colossomatis;.Henneguya sp.;Myxobolus sp.; Epystilis sp.; Ichthyobodo sp.; Vorticella sp.; Trichodina sp. • Matrinxã: Trichodina sp. • Myxobolus cerebralis – doença da cauda negra ou do rodopio (truta) (100%✞) declaração obrigatória. Sem tratamento. PARA MAIS INFORMAÇÕES... Fischer, 1998 (tambaqui); Andrade, 2000 (matrinxã) documentos afins) • Ichthyophtirius multifilis – pontos brancos, corpo brânquias, peixes esfregam-se no fundo. Fácil diagnóstico e difícil de tratar, propaga rapidamente • Piscinoodinium sp. hemorragias, necrose, inflamação, fusão lamelas secundárias (✞) • Ichthyobodo (Costia) necator – destruição das células superficiais (lesões extensas) (✞) Amebas fusão lamelas secundárias (✞30%) Eimeria sp. Epistylis sp. Trichodina sp. e Vorticella sp. Henneguya e Myxobolus Filo Platyhelminthes animais com corpo achatado dorsoventralmente 15.000 espécies • Quatro classes: Turbellaria (vida livre, • carnívoros); Monogenea; Digenea e Cestoda. Sistema digestivo com boca, ânus ausente, faringe e intestino ramificado. Ausente em Cestoda. Hermafroditas, acelomados, fecundação interna. Sem sistema esquelético, respiratório e circulatório. Segmentação verdadeira. Classe Monogenea • Sem hospedeiro intermediário. Medem de • • • 30 a 3cm. Ovíparos, ovo eclode larva (oncomiracídio) que infesta o hospedeiro (ciclo direto). Exceto Gyrodactylidae vivípara Órgão posterior de fixação haptor com ganchos, ventosas, barras, âncoras pinças. Vivem nas brânquias, fossas nasais. Reduz ou impede a respiração (traumatismo, muco) perda nutrientes. 3000 espécies: América do Sul-524; Brasil252. Classe Monogenea 100 espécies amazônicas 62 descritas nosso laboratório • Tambaqui: Anacanthorus spatulatus; Linguadactyloides brinckmanni; Notozothecium • Matrinxã: Anacanthorus brevis, A. elegans, A. kruidenieri, A. spiralocirrus, Jainus amazonensis, Tereancistrum kerri, T. ornatus, Trinibaculum braziliensis • Pirarucu: Dawestrema cycloancistroides, D. cycloancistrium, D. punctata • Piranha caju: 23 espécies de 5 gêneros Classe Monogenea • Pygocentrus nattereri: 23 espécies 1.Amphithecium rachycirrum; 2.A. calycinum; 3. A. camelum; 4. A. cataloensis; 5. A. falcatum; 6. A. junki. 7.Anacanthorus anacanthorus; 8. A. brasiliensis; 9.A. maltai; 10.A. neotropicalis; 11.A. reginae; 12.A. rondonensis; 13.A. thatcheri 14.Cleidociscus amazonensis; 15.C. amazonensis; 16.C. piranhus; 17.C. serrasalmus 18.Nothozothecium penetrarum; 19.N. minor. 20.Notothecium aegidatum; 21.N. mizellei. 22.Urocleidus crescentis; 23.U. orthus. Classe Digenea • Dois ou mais hospedeiros: ovo - larva miracídio - • molusco: rédias, hepatopâncreas, cercárias segundo hospedeiro intermediário e encistam metacercária - hospedeiro final. O efeito patogênico é maior nas infestações por metacercárias que encistam: pele, brânquias, musculatura, sistema nervoso, gônadas, olhos e outros órgãos. Grande número de espécies adultas parasitam peixes, a patogenia parece não ser grande. 40 espécies peixes amazônicos Classe Digenea • Tambaqui: Paramphistomidae (4 jovens rio Solimões), metacercárias • Pirarucu: Caballerotrema arapaiense C. brasiliense • Strigeoidea: Diplostomum sp. (cerca de 125 • espécies de peixes no mundo) 22 espécies Amazônia *Caballerotrema aruanense; (Osteoglossum bicirrhosus) *Kalipharynx piramboae (Lepidosiren paradoxa) *Amazonadistoma negrensis (Gymnorhamphichthys hypostomus) *Megacoelium spinicavum; *M. spinispecum (Liposarcus pardalis) *Saccocoelioides rotundus (Mylesinus paraschamburgkii) *Sphericomonorchis spinulosus (Crenicichla johanna); *Paraproctotrema delicata (Boulengerella lucia); *Genolopa magnacirrus (Boulengerella lucia) Dadaytrema elongatus (Myleus sp.); Dadaytrema oxycephalus (Piaractus brachypomus) *Alphamphistoma canoeforma; (Mylesinus paraschamburgkii); *Betamphistoma jariense; (Mylesinus paraschamburgkii); *Gammaphistoma pitingaensis; (Mylesinus paraschamburgkii); *Zetamphistoma compacta; (Mylesinus paraschamburgkii); Travassosinia dilatata (Piaractus brachypomus) Filo Platyhelminthes: Classe Cestoda (sem trato digestivo) • Animais com corpo em forma de fita. Ciclo: ovo • • copépodo - peixes pequenos - peixe maior, Subclasse Cestodaria: corpo foliáceo ou em forma de fita. Vivem na cavidade celomática do pirarucu duas espécies: Schizochoerus liguloides e Nesolecytus janicki - medem 15 - 16cm. Subclasse Eucestoda: corpo achatado e segmentado. 40 espécies ocorrem em peixes Amazônicos. Hospedeiros são piscívoros e (Siluriformes). Classe Cestoda • • • • • Amphoteromorphus parkarmoo (Pseudopimelodus sp.); A. peniculus (Brachyplatystoma roussenaxii) Brayela karuatayi (Glanidium sp.); Endorchis mandube (Ageneiosus brevifilis); Ephedrocephalus microcephalus (Phractocephalus hemiliolpterus); • Gibsoniela mandube (Ageneiosus brevifilis); • Manaosia bracodemoca (Platystoma sp.); • Megathylacus jandia (Rhamdia sp.); Filo Acanthocephala • São animais alongados com uma probóscide. Cavidade • • do corpo pseudoceloma, sem boca e trato digestivo, sexos separados, larvas parasitas de artrópodos e adultos de vertebrados, não possuem larvas livres. Tamanho 2 a 80 cm. Corpo composto de probóscide com ganchos ou espinhos, bainha da probóscide, pescoço e o tronco com ou sem espinhos. O ciclo de vida sem ou até quatro hospedeiro. Os estágios são: ovo - acantor - acantela - adulto. Filo Acanthocephala • • • • Echinorhynchus jucundum (Colossoma brachypomum) Megapriapus ungria (Potamotrygon hystrix) Gorytocephalus elongorchis (Hypostomus carinatus) Neoechinorhynchus buttenerae (Colossoma macropomum) • Neoechinorhynchus pterodoridis (Pterodoras granulosus) • Rhadinorhynchius plagioscionis (Plagioscion squamosissimus) • Polyacanthorhynchus macrorhynchus (Arapaima gigas) • Polyacanthorhynchus ropalorhynchus (Arapaima gigas) Filo Nematoda gr. nematos – fio; animais de corpo cilíndrico • Têm simetria bilateral; pseudocelomados; dióicos. • O trato digestivo completo e permanente: O corpo tem • forma cilíndrica e revestido por uma cutícula dura e resistente. Ocorrem desde as regiões polares até os trópicos, em todos os tipos de ambientes, incluindo: desertos; fontes termais, altas elevações montanhosas e grandes profundidades oceânicas. Parasitas apresentam todos os graus de parasitismo e atacam todos os grupos vegetais e animais. Tamanho varia de 100µm a 1metro. Monhysterides iheringi (Myleus sp.) Rondonia rondoni (Myleus spp.; Pterodoras granulosus; Camallanus tridentatus ( Arapaima gigas) *Camallanus acaudatus,(Osteoglossum bicirrhosum) Paracamalanus sp. (Hypophthalmus edentatus) Spirocamalanus inopinatus (B. erythropterus; B. cephalus) Spirocamalanus paraensis (Hopleritrinus unitaeniatus) ? Cucullanus colossomi (Colossoma macropomum) *Bacudacnitis grandistomis Pterodoras niger) Echinocephalus daileiy (Potamotrygon cicularis; P. histrix.) Goezia spinulosa (Astronotus ocellatus; Arapaima gigas) Porrocaecum draschei (Arapaima gigas) Chabaudinema americana (Colossoma macropomum) Chabaudinema spectatus (Colossoma brachypomum) Philometra amazonica (Callophysus macropterus) Philometra senticosa ( Arapaima gigas) Filo Arthropoda grego, arthros = articulação; podos – pé Mais de 1 milhão espécies. Apresentam exoesqueleto quitinoso extremamente forte. Dominam todos ambientes. Corpo dividido em 2 ou 3 partes: cabeça; tórax e abdômen. Apêndices segmentados. Apresentam trato digestivo completo. Sexos separados e fecundação interna. Subfilo Crustacea grego, crusta carapaça dura Cabeça com cinco pares de apêndices. Apêndices birremes. Cutícula calcificada (sais de cálcio). Larva náuplio é o primeiro estágio após a eclosão, têm um olho mediano e apenas os três primeiros apêndices cefálicos. Únicos animais que apresentam 2 pares de antenas. Sem hospedeiro intermediário. Ordem Isopoda Achatados dorsoventralmente, estômago triturador. Brânquias mudaram do tórax para o abdômen. O nome pernas iguais. Subordem Flabellifera, família Cymothoidae e Exocorallinidae. Protândricos hermafroditas, jovens todos machos, depois tornam-se fêmeas (marsúpio). Fixam-se na pele, nadadeiras, cavidade branquial, boca e na cavidade do corpo. A América do Sul 23 espécies, 9 gêneros, Amazônia. Cymothoidae Anphira branchialis (Serrsalmus nattereri ); A. xinguensis (Ossobus xinguensis); Artystome trysibia (Geophagus brasiliensis); A. minima (Nannostomus berckfordi); Asotona formosa; A. magnifica (Serrasalmus sp.); Braga amapaensi (Acestrorhynchus guyanenesis); B. cilhae (Cynopotamus humeralis; Cilha ocellaris; C. temensis); B. nasuta (Cilha ocellaris; C. temensis); B. patagonica (Hoplias malabaricus); Paracymothoa tholoceps (Hoplias macrophthalmus); Vanamea=Lironeca symetrica (S. rombheus; S. nattereri) C. ocellaris; Brachyplatystoma sp.) Classe Branchiura francês arcaico - branch = ramos, grego, ura = cauda Medem 0,5-30,0mm. Carapaça achatada dorso ventral. Mandíbulas modificadas em Argulus, em probóscide. Maxílula modificada em garras ou ventosas. 4 pares pernas. Sexos separados. Um par de olhos compostos, 1–3 olhos de náuplio. Parasitam cavidade branquial, bucal, superfície do corpo. Dolops da Amazônia Dolops discoidalis: Phractocephalus Arapaima gigas; ocellatus. Pseudoplatystoma spp.; hemiliopterus; Leiarius marmoratus; Hoplerytrinus unitaeniatus; Astronotus Dolops geayi Megalodoras sp.; Crenicichla sp.; Hoplias malabaricus; Astronotus ocellatus Dolops carvalhoi Pseudoplatystoma spp.; Phractocephalus hemiliopterus; Colossoma macropomum; Rhaphiodon vulpinus; Pellona castellneana; Pygocentrus nattereri. Dolops striata Schizodon fasciatum; Leporinus fasciatus;. Dolops bidentata Schizodon fasciatum; Prochilodus nigricans; Astronotus Rhytiodus microlepis; ocellatus; Pygocentrus nattereri; Argulus da Amazônia Argulus multicolor Pygocentrus nattereri, Colossoma macropomum, Cichla temensis, Geophagus jurupari Argulus Argulus Argulus Argulus pestifer Pseudoplatystoma tigrinum, P. fasciatum juparanaensis Pseudoplatystoma fasciatum, amazonicus Cichla ocellaris, C. temensis. chicomendesi Colossoma macropomum, Prochilodus nigricans, Pseudoplatystoma tigrinum,, Pygocentrus nattereri, Schizodon fasciatum Dipteropeltis hirundo Acestrorhynchus sp., Acestrorhynchus falcirostris. Copepoda da Amazônia Medem 5µ-5,0cm. Carapaça ausente Antenas modificadas em órgão de fixação Maxílula modificada com garra para fixação. 4 ou 5 pares pernas. Sexos separados. Um olho de náuplio. Somente fêmeas parasitam Parasitam cavidade branquial, narinas, superfície do corpo. Ergasilus bryconis Brycon erythropterum. E. callophysus Callophysus macropterus E. coatiarus Cichla monoculus E. colomesus Colomesus asellus E. holobryconis Holobrycon pesu E. hydrolycus Hydrolycus scomberoides E. hypophthalmi, Hypophthalmus edentatus E. jaraquensis Semaprochilodus insignis E. leporinidis Leporinus fasciatus E. triangularis Laemolita taeniata E. turucuyus Acestrorhynchus falcirostris, A. falcatus E. urupaensis Prochilodus nigricans E. yumaricus Pygocentrus nattereri, Serrasalmus rhombeus, Rhinergasilus piranhus Pygocentrus nattereri Pindapixara tarira Hoplias malabaricus Prehendorastrus bidentatus Hypophthalmus edentatus P. monodontus Hypophthalmus edentatus e H. fimbriatus Miracetyma etimaruya Curimata cyprinoides, M. kawa Rhaphiodon vulpinus M. piraya Pygocentrus nattereri Acusicola lycengraulidis Pellona castelnaeana A. paracunula Pellona flavipinis, Pseudotylosurus microps A. spinulosa Lycengraulis batesi A. rotunda Lycengraulis batesi Amplexibranchius bryconis Brycon cephalus Brasergasilus jaraquensis Semaprochilodus insignis A. anodus Anodus elongatus Brasergasilus jaraquensis Semaprochilodus insignis B. guaporensis Leporinus fasciatus B. mamorensis Hydrolycus pectoralis Vaigamus retrobarbatus V. spinicephalus Gamidactylus jaraquensis Semaprochilodus insignis G. bryconis Brycon melanopterus e B. pellegrini G. hoplius Hoplias malabaricus Gamispinus diabolicus Ageneiosus brevifilis Gamispatulus schizodontis Schizodon fasciatus Amazonicopeus elongatus Plagioscion squamosissimus Perulernaea gamitanae Colossoma macropomum P. pirapitingae Piaractus brachypomus Amazolernaea sannerae Cichla monoculus e C. temensis Bedsylernaea collaris Hoplias malabaricus Número de espécies de metazoários parasitas de peixe amazônicos • Grupos • Protozoa • Monogenea • Digenea Espécies 20 230 30 Cestoda 100 • Nematoda 16 Acanthocephala 16 Pentastomidae 1 • Crustacea 59 • Total 472 % 4,2 48,7 6,3 21,2 3,4 3,4 0,2 12,5 Estimativa (2) 6000 (5)10000 (2) 6000 (1) 3000 (1) 3000 (1) 3000 (3) 9000 (15) 15000 •15 parasitas/peixe = 45.000 Tratamentos: • • • • • • no caso de se justificar Diagnóstico da doença ser feito no início Verificar se o manejo resolve o problema O tratamento é uma alternativa complementar e não um último recurso. Criações intensivas, infecções massivas, diagnóstico tardio, nenhum tratamento eficaz parece ser indicado. Tratar os efluentes Qual tratamento fazer em tanques especiais para essa finalidade: volume de água, menor e conhecido; menos droga; melhor diluição etc. NaCl – • Fungos: 30.000-50.000 ppm, 3-4 minutos (repetir) • Protozoa; Monogenea; larvas Copepoda; • • • • Saprolegniose: peixes grandes - 2,5%(25000 ppm) (25g NaCl/1l água) 10-15 minutos; peixes pequenos – 1,0-1,5% 20 minutos. Ictiofitiríase – solução 5%, 30 minutos; solução 0,3% 24 horas. Lerneose, doença branquial bacteriana – 5% 1-2 minutos durante 3 dias. Monogenia – 50.000 ppm 90 segundos Monogenia, Chilodonela, Saprolegnia- 1-3% 30-180 minutos. • Formol – • Protozoa (Ictiobodose, Ictiofitiríase, • • • • amebíase, Chilodonella, Trichodina, Apiosoma, Ambirphria, Epistylis) bactérias, Monogenea, fungos: 1-2% (1000-2000 ppm) 15 minutos; 1:4000 30 45 minutos. Saprolegnia – 1ml/500ml água – 15 minutos Iodo Vírus; bactérias; fungos; protozoários – ovos embrionados 50-100 miligramas/1l água, 10 minutos Monogenia, Ergasilus, Lernaea, Argulus – 25g/l água, 5- 10 minutos, 4 aplicações dia, durante uma semana. • Lysol • Protozoa, Monogenea - 0,2% ou 2000 ppm(1ml/5 l água) por 5-15 segundos,. • Ácido acético • Monogenia – 2ml/ l água – 30 segundos • Permanganato de potássio • Argulus - 1:1000(1000 ppm) 1g KMn04/l água – 30-34 segundos • Oxido Di N Butil estanho • Digenea, Cestoda, Nematoda, Acanthocephala – 25 g pa cada 100 kg peixe, durante 3 dias. Parasitas de peixes de interesse médico Hábito de comer peixe cru: Digenea • • • • • • • • • Clonorchis sinensis Opistorchis felineus O. viverrini Heterophyyes spp. Metagominus spp. Diplostomum spathaverum Pygidiopsis summa Stellantchasmus falcatus Phagicola longa • • • • • Proceverum varium Haplorchis spp. Nanophyetus sp. Cryptocotyle língua Clinostomum complanatum • Gonadosdasmius sp. • Metorchis conjunctus • Echinostoma hortense Hábito de comer peixe cru: Cestoda • Diphyllobothrium latum Atinge 25m x 1,5-2cm, 4.000 proglotes (Canadá; USA; Chile) • D. latum • D. cordatum • D. dalliaea Hábito de comer peixe cru: Nematoda • Anisaquíase humana: Holanda; Japão; USA; França • Anisakis simplex; Pseudoterranova decipiens (bacalhau, arenque) • Eustrongylides spp. (USA) • Capillaria philippinensis • Eiras, J.C. 1994. Elementos de Ictioparasitologia. Porto: Fundação • • • • • Eng. Antônio de Almeida. 339p. Fischer, C; Malta, J.C.O.; Varella, A.M.B. 2004. Os parasitas do tambaqui, Colossoma macropomum (Cuvier, 1818) (Characiformes: Characidae) do médio rio Solimões (AM) e do baixo rio Amazonas (PA) e seu potencial como indicadores biológicos. Acta Amazonica, 33(4): 651-662. Kabata, Z. 1985. Parasites and diseases of fish cultured in the tropics. Ed. Taylor & Francis, Philadelphia, USA. 318p. Malta, J.C.O.; Gomes, A.L.S.; Andrade, S.M.S.; Varella, A.M.B. 2001. Infestações maciças por acantocéfalos, Neoechinorhynchus buttnerae Golvan, 1956, (Eoacanthocephala: Neoechinorhynchidae) em tambaquis jovens, Colossoma macropomum (Cuvier, 1818) cultivados na Amazônia central. Acta Amazonica, 31(1):133-143. Pavanelli, G.C.; Eiras, J.C.; Takemoto, R.M. 1998. Doenças de peixes: profilaxia, diagnóstico e tratamento. EDUEM, CNPq, Nupélia, Maringá, Paraná, Brasil. 264p. Thatcher, V.E. 1991. Amazon Fish Parasites. Amazoniana, 11:(3/4): 263-572.