visãoampla A sua revista Ampla para clientes corporativos ANO II • nº 12 Dezembro, Janeiro, Fevereiro e Março /2011-2012 Evento gratuito promoveu atrações para todas as idades Arte & inovação Mostra cultural Amplitude surpreende o público com criações interativas e novas tecnologias – pág. 4, 5 e 6 Sinais eficientes Semáforos de Niterói e Campos têm lâmpadas incandescentes substituídas por modelos de LED – pág. 7 Vida nova em Mangaratiba Moradores das ilhas da Marambaia e de Jaguanum são beneficiados pelo programa Luz para Todos – pág. 8 Editorial Eletrizante Admirável mundo novo Tarifa municipal O que energia e arte têm em comum? Muito Saiba mais sobre a Contribuição para Custeio mais do que se possa imaginar. Foi o que revelou o Amplitude – II Mostra de Cultura, Tecnologia e Inovação, do Serviço de Iluminação Pública (CIP). promovido no fim de outubro pela Ampla, tema da reportagem de capa desta edição. Investindo no conhecimento e na arte, a programação reuniu especialistas de várias áreas, que mostraram o que há de novo no setor energético, de telecomunicações e na indústria audiovisual. Foram dias intensos, marcados por criações instantâneas, que contaram com a co-autoria do público. Em Mais por Menos, os leitores vão conhecer melhor o projeto Eficiência Energética, que tem, entre suas metas, substituir centenas de lâmpadas incandescentes dos semáforos por modelos LED. Niterói e Campos dos Goytacazes foram as primeiras cidades a receber o benefício, que, além de economizar energia, reduz as despesas com a manutenção dos sinais. Um projeto exemplar é assunto da retranca Transformador, que encerra esta edição. Nas ilhas de Marambaia e Jaguanum, em Mangaratiba, a chegada Débora Alves Silva Executiva de Grandes Clientes Pergunta: O que é a Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública (COSIP ou CIP)? E como ela é calculada? A CIP foi criada para custear o serviço de iluminação pública que consiste na manutenção e expansão do sistema e no consumo de energia gerado pelas lâmpadas implantadas ao longo das vias e praças públicas com objetivo de garantir a segurança pública. Os municípios através de suas leis orgânicas instituem a forma de arrecadação da contribuição podendo ser diretamente pela prefeitura ou pela conta de energia elétrica, assim como a definição do valor mensal a ser lançado para cada unidade, autorização prevista na Constituição Federal. da energia elétrica transformou a vida de 420 famílias. A reportagem conta as ações do programa Luz para Todos, do Governo Federal, executadas pela Ampla. As obras de eletrificação receberam investimentos de Atualmente, no Estado do Rio de Janeiro, 56 municípios contrataram a Ampla para arrecadar a CIP mensalmente. R$ 10,5 milhões. O cálculo da CIP, por se tratar de atribuição legal Boa leitura! dos municípios, depende Marcelo Llévenes Responsável pela Ampla e Endesa Brasil diretamente de suas leis. Qualquer dúvida em relação à CIP, o cliente deve procurar a prefeitura da sua cidade. Contato: (21) 2613-7426 [email protected] Expediente - Publicação trimestral da Ampla. Criação e produção: Casa do Cliente Comunicação 360° e Marketing Ampla – Pryscila Civelli, Denise Monteiro e Patricia Gismonti. Conteúdo Grandes Clientes: Giovanni Mascarenhas, Nelson Assumpção e Rodrigo Chahine. Colaboração: Comunicação Ampla – Janaina Vilella; Casa do Cliente Comunicação 360° – Ana Clara Werneck, Carolina Silveira, Eliane Levy de Souza (edição), Letícia Mota, Lissandra Torres e Maíra Gonçalves (reportagem). Revisão: Juliana Carvalho. Projeto gráfico: Casa do Cliente Comunicação 360°. Fotos: Antonio Pinheiro/ EKTAR4 e Banco de imagens Casa do Cliente Comunicação 360°. Tiragem: 5.200 exemplares Geração de resultado Verão nota 10 A estação mais quente do ano tem dia certo para começar: 21 de de- a realização de poda de árvores; a ins- cemos uma meta e mantivemos o talação de para-raios; entre outros. foco”, ressalta. zembro. Nessa época, o consumo de energia e o risco de apagões aumen- De dezembro de 2010 a julho Utilizado nos momentos em tam, mas a Ampla se prepara o ano deste ano, a Ampla reduziu em 14% que o número de atendimentos ultra- inteiro para enfrentar adversidades a duração e a frequência das inter- passa a condição normal, o Plano de da melhor forma possível. De acor- rupções do fornecimento de energia. Contingência é um procedimento de do com o responsável pelo gerencia- A Duração Equivalente de Continui- gerenciamento de crises que envolve mento do Projeto Qualidade, Fernan- dade (DEC) passou de 23 minutos e diversas áreas da empresa. A estraté- do Andrade, as ações preventivas da 81 segundos para 20 minutos e 40 gia foi essencial durante a catástro- empresa para esse período têm como segundos. Já a Frequência Equivalente fe da Região Serrana, em janeiro de base os planos de Qualidade Técnica, de Continuidade (FEC) caiu de 12 mi- 2011, que praticamente destruiu o Contingência, Manutenção e Partici- nutos e 74 segundos para 11 minutos. sistema de distribuição de eletricida- pação em Grupos de Pesquisas. Devido a esses resultados, a Agência de de alguns municípios. “Nessa oca- Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sião, recebemos o reconhecimento Desenvolvido para ser colo- classificou a Ampla como a distribui- da população, do governo do estado, cado em prática entre 2010 e 2014, dora que mais evoluiu no quesito Qua- da mídia e da Aneel. Nosso plano foi o Plano de Qualidade Técnica inclui lidade de Serviço em 2011. considerado uma referência na área”, uma série de medidas para moder- avalia Fernando Andrade. 3 nizar a rede e adequá-la ao meio. Quem confirma os resultados Todo o programa consumiu cerca de é Alexandre Sales, responsável pelo Outra ação preventiva da Am- R$350 milhões. Entre as ações ado- polo operacional de São Gonçalo. pla é o Plano de Manutenção, realiza- tadas, estão a substituição da rede Sua unidade obteve o melhor DEC do anualmente. A empresa inspecio- nua (desprovida de revestimento) da empresa em setembro fechando na todas as linhas, contribuindo para por uma compacta, com capa de iso- em 15 horas. “Além do empenho e a redução de falhas. Além disso, há lamento; a instalação de religadores comprometimento de nossa equipe, um grupo de trabalho, coordenado telecomandados, responsáveis por associo nosso bom desempenho a pela Associação Brasileira de Distribui- proteger a rede; a substituição de iso- três fatores importantes que fazem dores de Energia Elétrica (Abradee), ladores comuns por híbridos, feitos parte de nosso plano de qualidade: encarregado de criar soluções e novos de material mais resistente e seguro; a instalação de mais 77 religadores; padrões de rede. a poda preventiva de árvores, pois Sergio Carvalho estamos perto de atingir 60 mil até o fim de 2011; e a instalação de 42 mil espaçadores que protegem a rede de curtos-circuitos provocados por pipas, arbustos e vendavais”, observa. Para Sergio Carvalho, responsável pelo polo operacional Serrana, unidade que apresentou uma das maiores reduções de DEC, o resultado foi consequência da dedicação da equipe. “Tivemos muita disciplina e perseverança. Estabele- Alexandre Sales Visão da capa Público conhece as criações do programa Inova Ampliando o conhecimento Mostra de cultura, tecnologia e inovação integra artes sob novos conceitos 4 Oficinas criativas Palestras, workshops, música, Na abertura do evento, o res- cinema, instalações interativas e mui- ponsável pela Ampla, Marcelo Lléve- O projeto, gratuito, patroci- tas inovações tecnológicas reunidas nes, destacou a evolução da mostra nado pelo segundo ano consecutivo em um só evento. Foi esta a proposta e dos meios de comunicação, à luz pela Ampla e pela Secretaria de Cultura do Amplitude – II Mostra de Cultura, da tecnologia. “Cada vez mais nos do Estado do Rio de Janeiro, por meio Tecnologia e Inovação, realizado pela deparamos com novidades do ramo, da Lei de Incentivo à Cultura, reuniu Ampla entre os dias 25 e 29 de outu- que chegam para transformar nos- atrações para todas as idades. Uma bro, no campus Gragoatá da Univer- sas vidas. Temos acompanhado essa das mais disputadas foi o workshop sidade Federal Fluminense (UFF), em evolução. A Ampla quer avançar”, Art_Mobile, realizado nos dois primeiros Niterói. Na tenda montada no campo afirmou. Quem fez coro ao responsá- dias. Ministrado por Giuliano Chiaradia, de futebol da faculdade, o público vel foi o curador da mostra, Batman diretor e autor da Rede Globo, o mini- pôde conhecer e explorar as múltiplas Zavareze: “Organizar artisticamente curso apresentou uma visão moderna atividades com muita diversão. No esse evento é um privilégio. Hoje da arte digital, ao ensinar que é possível ano passado, a mostra era parte das estamos inseridos em um mundo capturar boas imagens no dia a dia. comemorações do aniversário da con- digital e somos protagonistas dessa cessionária, diferentemente deste ano, história. Por isso, temos que acom- em que ganhou uma data só para ela. panhar o progresso”, completou. A oficina de Stop Motion contou com a participação das crianças Batman Zavareze (de camisa preta) e Marcelo Llévenes conferem o Real Break No workshop, os participantes puderam aprender um pouco da arte de gravar vídeos com dispositivos faela Teodoro e Rafael Bansemer. A quisa e Desenvolvimento (P&D). Entre móveis – celular, iPod ou smartpho- primeira propôs experiências visuais os expositores estavam a Ziplux, com ne. “O celular oferece funcionalidade, e sonoras, por meio de uma mesa o Minitoten abastecido por placa solar imediatismo e alcança todas as ca- especial, manipulada pelo público. ou baterias, e as luminárias de LED; a madas: são cerca de 220 milhões de Com a técnica light paint de fotogra- Praex e a Lacter, com uma maquete aparelhos no Brasil. A nossa intenção fia, o Desenhador de Luz permitiu de rede mesh; a Enersud, com o aero- com esse curso é extrair conteúdo, in- aos participantes uma brincadeira gerador vertical; a Holos, com o poste dependentemente da marca e tipo de digital com as próprias imagens, uti- leve; a Naruralis e a Ideiacíclica, com equipamento que cada um utiliza”, lizando uma câmera e canetas lu- o papa-lâmpadas; e a própria Ampla, disse Giuliano, no início da aula. minosas. Já o Real Break, espécie de com o carro elétrico. quebra-cabeça, captou imagens em Outra oficina que encantou movimento e transportou os usuá- Marise Dias, diretora adjunta adultos e crianças foi a de Stop Mo- rios para dentro do jogo, por meio da Escola Técnica Estadual Henrique tion, realizada durante toda a mostra. de uma mesa touchscreen. Lage, levou à mostra um grupo de 27 Ela consiste em usar uma técnica de estudantes de Eletrotécnica. “Eles vie- animação para dar movimento a ob- Outros jogos, como o Drawn ram por interesse próprio. Essa é uma jetos fotografados em sequência. A e Janus Machine, de Zach Lieberman, maneira de aprender de forma lúdi- equipe responsável pelo workshop, a também encantaram o público. No ca, de adquirir conhecimento fora da Copa Studio, utilizou duas técnicas: a Drawn, os visitantes pintavam figu- sala de aula”, justifica. Um dos alunos, Pixilation e a Magnetics. A primeira ras em uma folha de papel, que, a Emerson Luan Alves, 21 anos, falou da apresentou pequenas histórias, com partir de um toque, ganhavam vida e experiência: “É a primeira vez que ve- ajuda de roteiristas do grupo, mes- ‘saiam’ da página para interagir com nho e achei interessante a forma de se clando fotos do corpo humano com os desenhistas. O Janus, por sua vez, expressar e aprender um pouco mais produtos reciclados. A segunda – que digitalizava e recriava, em terceira di- sobre energia. Tem entretenimento tem como base recortes de revistas mensão, retratos das pessoas. para todas as idades”, afirmou ele. Carro elétrico: tecnologia a serviço da sustentabilidade imantados, que ganham vida sobre uma mesa metálica – teve como tema til, fez Entre o público infantil, o consumo consciente de energia elé- mitia às sucesso o XBox 360, que permitia trica e a preservação do planeta. ens do crianças controlar os personagens o. jogo usando o próprio corpo. Instalações interativas Além disso, a mostra disponibili-- As instalações da mostra sur- o zou iPads, propondo ao público preenderam pelas ideias diferentes navegar em uma ‘casa inteligen- e hi-tech. Três obras foram criadas te’, concebida em 3D, com di- pelos alunos da Oi Kabum! Escola de cas sobre consumo consciente. Arte e Tecnologia de Belo Horizonte: Sinfonia Elíptica, de João Pedro Schneider e Marcos Antônio Dias; Dese- Novas tecnologias Os visitantes também co- nhador de Luz, de Juan Luiz Pereira; ntados nheceram os programas implantados e Real Break, de Mirna Lorraine, Ra- na Ampla a partir dos projetos de Pes- No Desenhador de Luz, canetas luminosas ajudam a construir o desenho Transformasons mistura música eletrônica com referências clássicas 5 5 Compartilhando ideias palestra promovida pelo Amplitude. nova visão, muito estimulante. “As Orestes Castañeda, responsável pelo novas mídias proporcionam a união projeto Cidade Inteligente Búzios, de- de milhões de artistas por segundo. assuntos talhou como está sendo estruturada e Isso é maravilhoso”, avalia. As palestras contemplaram No Drawn, figuras pintadas em papel em branco ganham vida com um simples toque 6 como iluminação públi- como vai funcionar o novo modelo de ca, uso de energia, cida- energia no município do litoral flumi- Arte em música e imagem des inteligentes e novas nense. “Búzios é uma cidade bonita e Fechando a mostra, os shows tecnologias. Na primeira, tem muita visibilidade turística, além foram uma atração à parte. Mistu- Igor Nóbrega, engenheiro de registrar um aumento da popula- rando som eletrônico com referên- elétrico da Philips, falou so- ção em determinadas épocas do ano. cias clássicas e eruditas, o coletivo bre “Inovação em iluminação Estas características são ideais para o de experimentos audiovisuais XPLAU pública e urbana”. Ele mostrou a projeto. O serviço de energia mudará apresentou o espetáculo Transfor- importância da tecnologia e enfati- radicalmente, com maior qualidade e masons. Já o DJ Nepal mostrou seu zou a troca das lâmpadas tradicionais confiabilidade. As cidades inteligentes trabalho com base nas mídias digi- – como incandescentes e fluorescen- são uma necessidade e, em breve, se- tais. O coletivo Embolex, por sua tes – pelas de LED (Diodo Emissor de rão uma realidade”, antecipou. vez, trouxe a performance audiovisual Caixa Prego. Outro DJ convida- Luz). “As lâmpadas de LED trazem dinamismo para a iluminação e tornam Consultor de Tecnologia da do, SanyPitbull, revelou o melhor do as cidades mais habitáveis, além de Oi, Alberto Boaventura traçou uma funk instrumental acompanhado do gerar economia. O Brasil, por exem- linha do tempo sobre o avanço e os coletivo VJ Moleculagem. A compo- plo, gasta 24% com iluminação. Com desafios das telecomunicações na sição Mapping x=x com HOL fechou a opção de diodo, essa porcentagem palestra “Novas tecnologias e ser- os espetáculos, utilizando técnicas pode diminuir”, garantiu. O enge- viços de redes móveis”. De acordo de video-mapping, criando ilusões de nheiro acrescentou que, entre 2012 com o consultor, hoje o consumo de profundidade tridimensional. e 2015, o mercado brasileiro passará banda larga móvel já suplanta o de por uma mudança, com o fim das banda larga fixa. “Em 2015, a quan- O último dia da mostra foi de- lâmpadas incandescentes. tidade de dispositivos no mundo será dicado ao cinema, exibindo 20 cur- duas vezes maior do que a de pes- tas de animação do projeto Baixada Ressaltando as vantagens da soas. Como os aparelhos são de uso Animada. O evento também divul- energia fotovoltaica na palestra “A pessoal, isso faz parte de uma con- gou o resultado do concurso Ampli- nova revolução energética brasileira”, vergência tecnológica”, explicou. tude de Micro-Curtas, que premiou o vídeo Consumo Consciente – O seu Ricardo David, diretor geral da Gehrlicher Ecoluz Solar do Brasil, falou so- O evento apresentou também filme você dirige, de Ana Luisa Lyra bre os investimentos e as condições de com um debate sobre as novas expe- Carvalho. A vencedora, que concor- geração do recurso no país. “Com nú- riências visuais, sonoras e sensoriais reu com mais nove candidatos, ga- meros extremamente otimistas, hoje, produzidas pelo Transcinema, entre nhou um iPad. no Brasil, não há nem 10 MW instala- o cineasta Neville D’Almeida (foto dos, ou seja, o cenário ainda é muito à direita) e o diretor Fernão Ciam- incipiente. Mas isso mudará, estão em pa. Mediada pelo jornalista Rodrigo construção usinas de grande porte, Fonseca, a discussão abordou as in- além dos estádios da Copa de 2014, terferências tecnológicas nesta nova que serão solares. A expectativa é de proposta audiovisual. Fernão, que se que haja um crescimento muito rápi- apresentou como coletivo paulista do do setor. Precisamos ser competen- Embolex antes do debate, trabalha tes para lidar com toda a oferta que com recortes de obras produzidas virá nos próximos anos”, ressaltou. por outras pessoas, sob uma nova perspectiva. Para Neville, diretor de A primeira cidade inteligente filmes como Dama da Lotação e Rio do Brasil, Búzios, foi tema da terceira Babilônia, o Transcinema traz uma De acordo com João Carlos Curty, projeto gera economia de energia para os municípios Mais por Menos Sinal verde para semáforos com lâmpadas de LED Dar mais visibilida- Plano de Qualidade Técnica da empresa, podemos de aos semáforos nos cru- contribuir para reduzir o consumo de energia e o cus- zamentos; economizar energia; to mensal para as prefeituras, o que também se traduz reduzir despesas com a manuten- em benefício para a sociedade, por gerar economia de ção dos sinais de trânsito e ainda melhorar a qualidade energia para os municípios”, comenta Curty. de vida da população. Esses são os objetivos do projeto Eficiência Energética, que integra o programa Consciência A nova tecnologia também proporciona mais Ampla Eficiente. Realizado em parceria com as prefeituras conforto e segurança para os motoristas. Os focos se- de Niterói e Campos dos Goytacazes, a iniciativa resultou mafóricos de LED têm um efeito reflexivo menor que o na substituição de centenas de lâmpadas incandescentes das lâmpadas incandescentes. Quando a luz do sol bate nos semáforos dessas cidades por modelos fabricados com no sinal, o condutor do veículo identifica claramente as tecnologia LED (sigla em inglês para diodo emissor de luz). cores. Isto não acontece com as fontes luminosas con- A mudança deve acarretar uma redução anual no consu- vencionais, pois o reflexo do sol confunde a visão. mo de energia do sistema semafórico desse municípios, de aproximadamente 90%, consistindo também de uma preocupação com a preservação do Meio Ambiente. A lâmpada de LED fornece uma intensidade luminosa 30 vezes maior do que as lâmpadas incandescentes. E dura muito mais: rende até 100 mil horas en- De acordo com João Carlos Curty Alves, especialista em Eficiência Energética da Ampla, a escolha de Ni- quanto uma lâmpada incandescente tem vida útil de aproximadamente 4 mil horas. terói e Campos não teve como foco apenas a melhoria da qualidade de vida local, mas o fato de serem grandes Manutenção dos aparelhos é facilitada centros, com um expressivo número de semáforos. A mu- O executivo também lembra que a potência de dança precisa atender a requisitos regulatórios normati- uma lâmpada de LED varia entre 6 e 8 Watts (W) para as zados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), setas direcionais dos semáforos, e de 10 a 15W para as responsável pela fiscalização dos recursos aplicados em operações de cores dos sinais (verde e vermelho). “Para Ni- Programas de Eficiência Energética pelas Empresas Dis- terói, a redução anual deverá ser de 670MWh e, em Cam- tribuidoras de Energia Elétrica. A Aneel estabelece um ín- pos, de 290MWh”, avalia. O uso da tecnologia LED gera dice de Relação Custo/Benefício – RCB – máximo de 0,8 ainda uma redução dos custos de manutenção. “Como se para estes projetos. Assim, a substituição de lâmpadas trata de equipamentos novos, com qualidade certificada e incandescentes por outras à base de LED em sistemas de tempo de vida útil estimado em 12 anos, a manutenção sinalização semafórica só se faz possível quando há um tende a zero por um longo tempo”, conclui. número significativo de sinais de trânsito. Este projeto, realizado com recursos aportados inteiramente pela Ampla, custou R$ 1,25 milhão, sendo o primeiro nesta modalidade implantado na área de Concessão da Empresa. “A Ampla se preocupa com a eficiência energética das redes e direciona investimentos para melhorar a qualidade de vida de seus clientes. Com o projeto de Eficiência Energética, que integra o 7 Transformador Iluminando sonhos Lâmpadas fluorescentes substituem lamparinas, isopores de gelo dão lugar a geladeiras, e a televisão chega como um novo item de entretenimento e informação. Tais mudanças aconteceram na vida das 420 famílias que vivem na Ilha da Marambaia e Jaguanum, em Moradores da Ilha da Marambaia comemoram a chegada da energia elétrica Mangaratiba, em setembro. A população ainda está se são, por serem mais confiáveis para atendimentos em adaptando à chegada da energia elétrica. A eletrificação áreas tão arborizadas como essas”, diz. Passos acrescenta na região se deve à conclusão das obras de iluminação, que a instalação de 565 postes nas ilhas foi feita sem a realizadas por meio do programa Luz para Todos (LpT), derrubada de uma única árvore. Além disso, proibiu-se do Governo Federal. a colocação de postes nas praias. O engenheiro também avalia o impacto do empreendimento para a população. Com grande apelo tecnológico e socioambiental, “A energia elétrica traz a inclusão social e as famílias po- o projeto, que começou a ser estudado em 2008, tor- derão comprar bens de consumo, pelo simples fato de nou-se realidade este ano. Para levar energia do conti- hoje possuírem comprovante de residência”, afirma. nente até as duas ilhas, foi utilizado um cabo submarino 8 de alumínio de nove quilômetros de extensão, o maior Patrícia Macedo Mattos, moradora da Ilha de Ja- já lançado pela Ampla. Além disso, a concessionária ins- guanum, ressalta a importância da iluminação. “Agora talou 61 transformadores que utilizam óleo vegetal e todos vão poder ter uma geladeira para guardar pes- pontos de telecomandos via rádio, que, em casos de cados, a principal fonte de renda dos moradores”, co- falta de luz, permitem manobras no sistema a partir do menta. Nascido na Ilha da Marambaia, Dionato de Lima Centro de Operações, na sede da Ampla, em Niterói. Eugênio também comemora a ligação da energia elétrica. “Os gastos eram grandes com uso de lampião e vela Olympio Passos, engenheiro eletricista da Ampla e responsável pelas obras do LpT, afirma que a distribui- e, sem energia, estávamos excluídos da sociedade. Esse momento é a realização de um sonho”, completa. dora de energia não mediu esforços para realizar uma obra sustentável , capaz de manter as características das ilhas. “Instalamos cabos isolados de média e baixa ten- A concessionária contribuiu com 15% dos R$ 10,5 milhões investidos nas obras de eletrificação. Cadim ganha subestação Além de oferecer eletricidade para as comunidades, a Ampla aproveitou o contato na região para atender um grande cliente: o Centro de Avaliação da Ilha da Marambaia (Cadim), da Marinha do Brasil. O local, antes abastecido por três geradores, ganhou uma subestação montada pela concessionária. “Elaboramos esse projeto baseado num sistema de contrapartida. Fizemos um acordo segundo o qual o Cadim forneceria apoio logístico durante toda a obra do LpT, visto que a Ampla trocaria a rede de alta e média tensão e ainda criaria uma subestação de interligamento”, explica o comandante Ferreira. Com a eletrificação do Centro de Avaliação, os custos com o fornecimento de energia devem diminuir. “Gastávamos, mensalmente, cerca de 37 mil litros de óleo diesel ao custo de R$ 2 o litro. Somente neste ponto estamos economizando cerca de R$ 74 mil. Queremos que a subestação seja a nossa principal fonte de energia e que os nossos geradores sejam utilizados somente de forma emergencial”, completa o comandante.