BIOMAS Constituem-se num conjunto de vida (vegetal e animal) com agrupamentos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, o que resulta numa diversidade biológica própria. TIPOS VEGETACIONAIS DO BRASIL * 2 grandes conjuntos: um florestal, que ocupa mais de 60% do território nacional, e outro campestre. * Formações Florestais - florestas ombrófilas (em que não falta umidade durante o ano) e estacionais (em que falta umidade num período do ano) situadas tanto na região amazônica quanto nas áreas extra-amazônicas – Mata Atlântica. Na Amazônia - florestas ombrófilas densas e abertas, com árvores de médio e grande porte, com bromélias e orquídeas. * As florestas extra-amazônicas coincidem com as formações florestais que compõem a Mata Atlântica, florestas estacionais semideciduais ( 20 a 50 % das árvores perdem as folhas no período seco do ano), e florestas ombrófilas densas e mistas (com araucária). Em ambos os conjuntos florestais ocorrem, em menor proporção, florestas estacionais deciduais (em que mais de 50% das árvores perdem folhas no período seco). * Formações Campestres - vegetações abertas - savana, (Cerrado - no Brasil central, também em pequenas áreas em outras regiões do país, inclusive na Amazônia) ; - savana estépica- caatinga nordestina, - campos de Roraima, Pantanal mato-grossense e uma pequena ocorrência no extremo oeste do Rio Grande do Sul; - estepe - planalto e da campanha, do extremo sul do Brasil; campinarana, um tipo de vegetação decorrente da falta de nutrientes minerais no solo e que ocorre na Amazônia, na bacia do rio Negro. ( Classif. Do IBGE) BIOMAS BRASILEIROS Utilizando o mapa abaixo, clique no Bioma e leia as informações referentes no espaço ao lado. Aventura-te e descobre os sons, os odores e as cores da floresta! Admira a sua beleza e ajuda a protegê-la. Porque ela faz parte do Mundo que é meu, é teu,... é de todos nós! FLORESTA AMAZÔN ICA – * O maior bioma terrestre do planeta; * 9 países da Am. Latina (Brasil, Paraguai, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana Francesa e Suriname). * A bacia hidrográfica do Amazonas ocupa uma área de 7.050.000 km². * Diversos ecossistemas interagindo em equilíbrio: 65% floresta tropical úmida de terra firme.+ -matas de cipó, campinas, matas secas, igapós, manguezais, matas de várzeas, cerrados, campos de terra firme, campos de várzeas e matas de bambu. * a maior área de floresta inundada do planeta 700.000 Km2. (2.000 mm/ano até 10.000 /mm ano de chuva). * representa 35 % de todas florestas do mundo. * a maior biodiversidade de todos os continentes: 1/2 das spp de aves hoje conhecidas,a maior diversidade de insetos (especia/ borboletas). Mais spp de peixes que o oceano Atlântico. • Grande diversidade de mamíferos, especialmente macacos e felinos, - 30 spp de macacos são endêmicas da mata amazônica. * O conhecimento da fauna e flora é extremamente precário. Acredita-se que não se conheça nem a metade das espécies que habitam as suas matas e rios. * Vivem povos humanos primitivos (costumes, linguagens e culturas, inalterados por milhares de anos). Provavel/ ainda existam povos primitivos desconhecidos, nas regiões mais inóspitas e inacessíveis. * 2 parques nacionais na Amazônia brasileira: * Parque Nacional do Tapajós- 1 milhão de hectares de floresta tropical úmida. •* Parque Nacional do Pico da Neblina - 2.200.000 hec. Une-se ao parque Serrania de la Neblina, na Venezuela, com 1.360.000 hec.,(um dos maiores complexos bióticos protegidos do mundo). O roedor, os >s papagaios; as s cobras; os peixes (o pirarucu: (+de 3m e 180 Kg); as maiores árvores tropicais; os insetos. A floresta Amazônica é responsável pela existência de uma massa de ar continental úmida. · A Amazônia não é o pulmão do mundo, pois todo o oxigênio lá produzido, é praticamente consumido pela própria floresta. · A idéia de homogeneidade da floresta é falsa. Há uma diversidade de espécies enorme desde o tipo de mata, até o tipo de relevo. A mata de igapó é inundada permanentemente, a várzea é inundada somente nos períodos de cheia e a mata de terra-firme, normalmente não é inundada. HIDROGRAFIA: * Rio Negro (de águas negras), o Rio Solimões, Madeira e Amazonas( águas barrentas ou amarelas) e o Rio Tapajós ( de águas claras ou transparentes). Apesar dos solos amazônicos serem estruturalmente pobres, nas várzeas - por receberem matéria orgânica e minerais trazidos na época das cheias - encontramos maior fertilidade do que no restante da floresta. Fotos Araquém Alcântara cântara cântara Uacari-branco-só existe na reserva de Mamirauá, no Amazonas. O apelido vem do corpo branco e da cara Galo-da-serra -Típico do norte da Amazônia, o galoda-serra habita escarpas rochosas e emite barulhos parecidos com miados O gavião-real, ou harpia, é a ave mais imponente da floresta. Predador voraz, vive no topo das árvores, a mais de 50 metros de altura, de onde mergulha para os galhos mais baixos atrás de presas como roedores ou pequenos macacos. DEGRADAÇÃO * desmatamento: para agropecuária, extração de madeira e ocupação; * mineração: para a exploração de principalmente de ferro, cassiterita, bauxita e ouro; * as queimadas: para formação de pastagens, abertura de estradas, etc. CONSEQÜÊNCIAS: - sensível alteração do ciclo de nutrientes da floresta, abalando os fatores que a mantém. * Em menos de 30 anos, uma área maior que a França foi destruída . · A floresta Amazônica é responsável pela existência de uma massa de ar continental úmida. · A Amazônia não é o pulmão do mundo, pois todo o oxigênio lá produzido, é praticamente consumido pela própria floresta. · Os cipós, juntamente com as raízes superficiais e o tronco das árvores (que podem possuir base maior que o topo), servem de sustentação para as mesmas. · A idéia de homogeneidade da floresta é falsa. Há uma diversidade de espécies enorme desde o tipo de mata, até o tipo de relevo. DEGRADAÇÃO Desmatamento: para agropecuária, extração de madeira e ocupação. * Mineração: para a exploração de principalmente de ferro, cassiterita, bauxita e ouro; * Queimadas: para formação de pastagens, abertura de estradas, etc. CONSEQÜÊNCIAS: * Sensível alteração do ciclo de nutrientes da floresta. * Em menos de 30 anos, uma área maior que a França foi destruída . CONSIDERAÇÕES: * A floresta Amazônica é responsável pela existência de uma massa de ar continental úmida. * A Amazônia não é o pulmão do mundo, pois todo o oxigênio lá produzido, é praticamente consumido pela própria floresta. * A idéia de homogeneidade da floresta é falsa. Há uma diversidade de espécies enorme desde o tipo de mata, até o tipo de relevo. * CERRADOS * 2º > bioma - ocupa cerca de 22% do território nacional, nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, partes menores em São Paulo, Paraná, Maranhão, Piauí e pequenas manchas no Amazonas, Roraima, Paraná e Rondônia. * É um ponto de encontro entre a Amazônia, o Nordeste e o Sul. * É recortado pelos rios das três grandes bacias brasileiras Amazônica, Paraná e São Francisco. * A fisionomia: árvores e arbustos tortuosos, espaçados, com entre 3 e 10m de altura. Árvores e arbustos – com troncos de cortiça espessa e folhas coriáceas. * Clima: tropical , com precipitações anuais acima de 1000mm. * 2 estações climáticas distintas: inverno seco , apresentando elevada deficiência de água (maio - setembro) e verão chuvoso onde ocorre aproximadamente 90% da precipitação anual (outubro - março). * Solo - antigo, intemperizado, ácido, profundo c/ alta concentração de alumínio - causa toxidez às plantas, inibindo o seu crescimento, c/ semelhanças com a caatinga, ( algumas árvores dão frutos azuis). * A fisionomia semi-árida da vegetação do cerrado não à deficiência de água – (raízes com até 18m de comprimento para alcançar o lençol freático e suprir a necessidade hídrica durante as estação seca - mas ao solo,pobre em nutrientes * Riqueza biológica mínima: 320.000 espécies distribuídas por 35 filos e 89 classes; * São conhecidos até o momento, no Cerrado, 1575 espécies de animais, ( o 2º maior conjunto animal do planeta; A flor do ipê (muito comum no Cerrado) - flor nacional brasileira. * Apenas 2% da área original do Cerrado está preservada em parques e reservas; Pirenópolis A Constituição Brasileira protege a Mata Atlântica, a Amazônia e o Pantanal como "Patrimônio Nacional". O Cerrado não foi incluído nesse artigo, ficando assim, legalmente desprotegido. DEGRADAÇÃO * O Cerrado foi ocupado durante décadas para pecuária extensiva. * A partir da década de 70 iniciou-se no Brasil a ocupação efetiva do Cerrado, com a plantação de monoculturas (soja para exportação). * Incentivada pelo governo federal, a ocupação causou e causa ainda hoje problemas na biodiversidade do Cerrado. * Com a ampliação dos trabalhos agrícolas – (a implantação de grandes fazendas com a inserção de novas tecnologias de forma descontrolada) * CONSEQÜÊNCIAS: - desmatamento das árvores originais, erosão, contaminação do lençol freático pelo uso de agrotóxicos, queimadas, assoreamento de rios pela destruição da mata ciliar. * A degradação em geral, causa alterações irreversíveis no bioma, que vai perdendo suas características originais. PRINCIPAIS IMPACTOS AMBIENTAIS : * Empobrecimento genético; * Empobrecimento dos ecossistemas; * A destruição da vegetação natural; * Propagação de ervas exóticas; * A extinção da fauna nativa; * Diminuição e poluição dos mananciais hídricos * Compactação e erosão dos solos; * Contaminação química das águas e da biota; * Proliferação de doenças desconhecidas etc. UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DO CERRADO Unidades de Proteção Integral: - 15 Parques Nacionais - 6 Estações Ecológicas - 1 Reserva Biológica - 1 Refúgio de vida silvestre Unidades de Uso Sustentável: - 9 Áreas de Proteção Ambiental - 4 áreas de relevante interesse ecológico - 3 Reservas Extrativistas - 5 Florestas Nacionais Caatinga * Estende-se pelo nordeste oriental (sul do Piauí e norte de Minas Gerais). * Clima semi-árido, chuvas irregulares,estações do ano não muito bem definidas: uma quente e seca, e outra quente e úmida (irregularidade das chuvas somando a circulação de massas de ar na região). * O cenário árido é uma descrição da Caatinga – (na língua indígena = Mata Branca) – * Inverno - período prolongado de seca. * Relevo - altitudes modestas. Uma disposição para o sentido norte-sul canalizando os ventos alísios (corredores de vento que dificultam a ocorrência de chuva na região). * Solo da zona da Caatinga- rico em sais minerais e paupérrimo em matéria orgânica devido a intensa luminosidade e calor, que carbonizam a matéria orgânica, dificultando sua decomposição. A matéria orgânica carbonizada é espalhada pelo vento. - Argiloso não permitindo que a água da chuva circule. * As plantas - raízes superficiais para o máximo de absorção destas águas. * Vegetação- arbustos tortuosos que perdem as folhas na estação seca, cactáceas e bromeliáceas, e por vegetação rasteira que surge na estação chuvosa. (Aroeira, Juazeiro, com porte arbóreo em condições favoráveis de solo. Cactáceas - xiquexique, o xiquexique do sertão e o mandacaru. Bromeliácea - caroá. * Hidrografia - três bacias hidrográficas: a do São Francisco, que banha o Sertão, a do Parnaíba, que banha o Meio-Norte e a Bacia Secundária do Nordeste, constituída principalmente por rios intermitentes ou temporários. CAATINGA * Estende-se pelo nordeste oriental (sul do Piauí e norte de Minas Gerais). * Clima semi-árido, chuvas irregulares,estações do ano não muito bem definidas: uma quente e seca, e outra quente e úmida (irregularidade das chuvas somando a circulação de massas de ar na região). * O cenário árido é uma descrição da Caatinga – (na língua indígena = Mata Branca) - Inverno - período prolongado de seca. * Relevo - altitudes modestas. Uma disposição para o sentido norte-sul canalizando os ventos alísios (corredores de vento que dificultam a ocorrência de chuva na região). * Solo da zona da Caatinga- rico em sais minerais e paupérrimo em matéria orgânica devido a intensa luminosidade e calor, carbonizam a matéria orgânica, dificultando sua decomposição. Espalhada pelo vento. Argiloso. * As plantas - raízes superficiais para o máximo de absorção destas águas. * Vegetação- arbustos tortuosos que perdem as folhas na estação seca, cactáceas e bromeliáceas, e por vegetação rasteira que surge na estação chuvosa. (Aroeira, Juazeiro, com porte arbóreo em condições favoráveis de solo. Cactáceas - xiquexique, o xiquexique do sertão e o mandacaru. Bromeliácea - caroá. * Hidrografia - três bacias hidrográficas: a do São Francisco, que banha o Sertão, a do Parnaíba, que banha o Meio-Norte e a Bacia Secundária do Nordeste, constituída principalmente por rios intermitentes ou temporários. DEGRADAÇÃO * Iniciou-se com a expansão da pecuária (séc. XVII, intensificando-se na década de 50). Principais processos de degradação das caatingas: * Grandes latifúndios: - desmatamento da vegetação nativa; controle dos * * * * * * * recursos naturais por grandes grupos econômicos, com destaque para recursos hídricos; Êxodo rural; desertificação de grandes áreas. Prospecção e exploração de lençóis d’água subterrâneos e de combustíveis fósseis:- Petróleo e gás natural; Contaminação de recursos d’água superficiais; Desmatamento. Siderúrgicas, olarias e outras indústrias (corte da vegetação nativa para produção de lenha e carvão vegetal); - desertificação. Formação de pastagens: devastação da cobertura vegetal; perda progressiva da matéria orgânica do solo; erosão. Irrigação e drenagem. Salinização do solo (processos de irrigação), - a água evapora mais em alguns locais deixando apenas o sal no solo, que, por sua vez reage com os minerais existentes neste, promovendo reações químicas que dificultam a adaptação de algumas espécies ao mesmo. Quanto mais espécies são retiradas, mais o solo fica desprotegido, livre à ação da chuva forte, dos ventos e do sol, promovendo assim a desertificação , contaminação do solo por agrotóxicos e assoreamento dos açudes. O mandacaru, planta que simboliza a região nordestina brasileira, se adapta a longos períodos de seca e solos pedregosos. Foto: Vidal Cavalcante/BRimagens A falta de água faz o nordestino caminhar léguas com o jumento de cangalha para o transporte do precioso líquido. (Foto: Vidal cavalcante/Brimagens). MANGUEZAIS * Regiões próximas ao mar - recebem tanto água salgada, pela ação das marés, como água doce dos rios que ali desembocam. * Ecossistema costeiro, de transição entre os ambientes terrestres e marinhos, característicos de regiões costeiras tropicais e subtropicais; - nas zonas entre marés e sujeito ao regime das marés. * Faixa de transição entre a terra e o mar, quase sempre, abrigados por rios e estuários. * Vegetação lenhosa e arbórea com adaptações especiais. Algumas árvores, têm raízes que permitem a fixação nesse tipo de solo ou que se protejam para fora da água, absorvendo assim o oxigênio do ar. * Solo do lodo salgado e pouco arejado - rico em matéria orgânica, com baixo teor de oxigênio. * Grande variedade de espécies de microorganismos, macro-algas, crustáceos e moluscos, adaptados ás constantes variações de salinidades e fluxo das marés. * Local favorável, à proteção, alimentação, reprodução e desova de muitos animais. * Em relação à matéria e energia - sistemas abertos, recebendo, um importante fluxo de água doce, sedimentos e nutrientes do ambiente terrestre e exportando água e matéria orgânica para o mar ou águas estuarinas. * É um importante transformador de nutrientes em matérias orgânicas e gerador de bens de serviços. Rhizophora mangle (Mangue-Vermelho) Possuem raízes escoras, visíveis a longas distâncias e crescem rapidamente para atingir o solo lamoso e dar estabilidade à planta. O sistema radicular é formado por raízes chamadas rizóforos e possui membranas permeáveis que filtram a água, não permitindo a passagem do sal para o interior da planta. É uma espécie tolerante ao alagamento por longos períodos. Fauna: 2 Grupos - 1º - animais residentes- passam toda sua vida no mangue - (os crustáceos e moluscos, como os caranguejos que vivem em tocas na lama, se alimentando de restos de folhas e pequenas algas presentes nas raízes das árvores e sobre o sedimento). * 2º - animais semi-residentes – (vivem no mangue durante uma fase de sua vida). Ex.: - camarão, nasce no mar e vem para o mangue, ainda pequeno, em busca de proteção e alimento, retornando ao ambiente marinho depois de atingir o estágio juvenil. Já o pitu, deixa a água doce para desovar no manguezal. Seus "filhotes" passam os primeiros estágios de vida ali, retornando mais tarde para os rios. Na categoria de semi-residentes, muitos peixes que visitam os manguezais durante a maré cheia. Tb aves e os mamíferos Entre os habitantes do manguezal, os mais conhecidos são: * Aratu - Nome científico: Goniopsis cruentata. * Caranguejo-Uçá – Nome científico: Ucides cordatus. Um dos mais conhecidos. Alimento para moradores de diversas regiões brasileiras e principal fonte de renda de inúmeras famílias. * Siri - Nome Científico: Callinectes danae, C. sapidus. Os siris habitam desde as margens lodosas até as áreas mais profundas do estuários. • Servem de refúgio natural para reprodução e desenvolvimento (berçário), assim como local para alimentação e proteção para crustáceos, moluscos e peixes de interesse comercial. Além dessas funções, os manguezais ainda contribuem para sobrevivência de aves, répteis e mamíferos, muitos deles integrados às listas de espécies ameaçadas de extinção DEGRADAÇÃO * extrativismo vegetal e animal; - agricultura; - portuária;- industrial; - mineração; - oleodutos e gasodutos; - rodovias e ferrovias; - aterros sanitários; - salinas; - barragem; - acidente de contaminação por vazamentos de petróleo ou de produtos tóxicos; - desmatamentos e aterro de manguezais para dar lugar a portos; - estradas; - agricultura; - carcinocultura estuarina; - invasões urbanas e industriais; - lançamento de esgoto;- lixo; - poluentes industriais; - agrotóxicos, entre outros. * Além dos impactos diretos - a necessidade de grandes volumes de água potável para as regiões urbanas costeiras e da geração de energia elétrica levou à construção de inúmeras barragens em rios que servem não só como depósito de água mas também como armadilha para os sedimentos transportados pelo rio ( carreados para os estuários e deltas dominados por manguezais. Como resultado, muitas áreas costeiras tornaram-se erosivas. * Em várias regiões do país os manguezais encontram-se seriamente ameaçados, em processo adiantado de desaparecimento. A destruição desses ecossistemas gera grandes prejuízos, inclusive para economia, seja direta ou indiretamente, uma vez que são perdidas importantes funções ecológicas desempenhadas por esses ecossistemas. * Outro problema grave- é a pesca predatória, onde é muito comum a captura do caranguejo-úça durante a época da reprodução, ou seja, nas "andadas" , fora da época ideal não respeitando o seu defeso, quando torna-se presa fácil. PANTANAL Pantanal é uma das maiores biodiversidades do planeta * Reúne diversos ecossistemas e tem catalogado 80 espécies de mamíferos, 50 de répteis; 263 de peixes e 650 de aves. • Abriga diversos animais ameaçados de extinção: - o tamanduá-bandeira e a arara azul. * Sua baixa declividade faz com que ele se comporte como uma "esponja", retendo a água que chega pelos rios da Bacia do Alto Paraguai, liderando-a lentamente para a parte sul, (Feixo dos Morros) . * A bacia se localiza no centro da América do Sul (360 mil Km²), com porções representativas da Amazônia, do Cerrado, da Mata Atlântica, do Chaco e do Bosque Seco Chiquitiano, constituindo uma das regiões de maior diversidade biológica do mundo. Na região vivem mais de 10 povos indígenas, distribuídos por 30 comunidades. * Clima quente e úmido no verão, com temperatura média de 32o C, e frio e seco no inverno, com média em torno de 21o C, considerada baixa para a região. * De junho a outubro é a época de seca e o período das cheias vai de novembro a maio. As chuvas se concentram nos meses de dezembro e janeiro. A média de chuva anual no pantanal é de 1.000 a 1.4000 milímetros. P ANTANAL Pantanal é uma das maiores biodiversidades do planeta * Reúne diversos ecossistemas e tem catalogado 80 espécies de mamíferos, 50 de répteis 263 de peixes e 650 de aves. •Abriga diversos animais ameaçados de extinção: - o tamanduá-bandeira e a arara azul. •* Sua baixa declividade faz com que ele se comporte como uma "esponja", retendo a água que chega pelos rios da Bacia do Alto Paraguai, liderando-a lentamente para a parte sul, (Feixo dos Morros) . • A bacia se localiza no centro da América do Sul (360 mil Km²), com porções representativas da Amazônia, do Cerrado, da Mata Atlântica, do Chaco e do Bosque Seco Chiquitiano, constituindo uma das regiões de maior diversidade biológica do mundo. Na região vivem mais de 10 povos indígenas, distribuídos por 30 comunidades. • Clima quente e úmido no verão, com temperatura média de 32o C, e frio e seco no inverno, com média em torno de 21o C, considerada baixa para a região. • De junho a outubro é a época de seca e o período das cheias vai de novembro a maio. As chuvas se concentram nos meses de dezembro e janeiro. A média de chuva anual no pantanal é de 1.000 a 1.4000 milímetros. •Localização: região Centro-Oeste do Brasil, entre os paralelos 150 e 220 de latitude sul e os meridianos 550 e 580 de longitude oeste. Abrange 12 municípios, com destaque para Corumbá, Coxim, Aquidauana, Miranda e Porto Murtinho. Tem 200 mil Km² (140 no Brasil e o restante na Bolívia e no Paraguai) . A área eqüivale à Bélgica, Hungria, Áustria e Portugal juntos. Flora: - vegetações de três regiões: amazônica, cerrado e chaco (paraguaio e argentino). Durante a seca que coincide com o inverno, os campos ficam amarelados e a temperatura pode chegar a 0 °C influenciada pelos ventos que vem do sul do continente. • A vegetação do pantanal é diversificada e tem um padrão diferente de acordo com a altitude. Nas partes mais baixas predomina a grama que são áreas de pasto para o gado. • Árvores de porte médio misturadas com arbustos e plantas rasteiras, aparece nas alturas intermediárias. Poucos metros acima das áreas inundáveis, ficam os capões de mato, com arvores maiores como o angico do ipê e a aroeira. • Altitudes maiores - clima árido e seco torna a paisagem parecida com a caatinga, apresentando espécies típicas como o mandacaru, plantas aquáticas, piúvas (da família dos ipês), palmeira, orquídeas, figueiras e aroeiras. Fauna: - rica e diversificada. Muitas espécies ameaçadas de extinção em outras regiões do País ainda apresentam populações vigorosas (capivara, do tamanduá-bandeira, do tamanduá-mirim, do lobinho, do veado-mateiro). • São cerca de 230 peixes, (piranha, pintado, pacu, curimbatá e o dourado). • 650 aves povoam a região. • Existem ainda cerca de 80 mamíferos e 50 répteis (cobras sucuri, jararaca, cobra-sapo etc.), além dos jacarés que vivem ao redor das baías e lagos. Pouco se conhece dessa exuberante fauna que está ameaçada de extinção pelas modificações feitas pelo homem em seu meio ambiente. MATA ATLÂNTICA • Cobria 1.000.000 Km², da costa do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. • Reúne formações vegetais diversificadas e heterogêneas: 3 tipos de florestas: • Ombrofilas densas – ao longo da costa; • Semideciduais e deciduais – interior do Nordeste, Sudeste, Sul e partes do Centro-Oeste; • Ombrófilas Mistas – pinheirais do Sul do Brasil. • Grande biodiversidade: + de 800 spp de aves, 180 anfíbios e 131 mamíferos as 4 spp de mico-leão são exclusivos da Mata Atlântica. DEGRADAÇÃO - * É a mais devastada das florestas brasileiras: * No período colonial – no Nordeste - destruída para a cultura canavieira; - no Sudeste – para cultura cafeeira. * É no Sul e no Sudeste que ainda se encontra + preservada – Serra do Mar. * Extrativismo vegetal: jacarandá, cedro e palmito. * Turismo predatório;- * Elevado índice de poluição da costa brasileira; * Uso e ocupação das terras – agricultura, pastagens e silvicultura. * Infra-estrutura urbana, portuária, turismo e lazer; MATA ATLÂNTICA • Cobria 1.000.000 Km², da costa do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. •Reúne formações vegetais diversificadas e heterogêneas: 3 tipos de florestas: • * Ombrofilas densas – ao longo da costa; • Semideciduais e deciduais – interior do Nordeste, Sudeste, Sul e partes dp Centro-Oeste; • Ombrófilas Mistas – pinheirais do Sul do Brasil. • Grande biodiversidade: + de 800 spp de aves, 180 anfíbios e 131 mamíferos ( as 4 spp de mico-leão são exclusivos da Mata Atlântica. DEGRADAÇÃO - * É a mais devastada das florestas brasileiras: * No período colonial – no Nordeste - destruída para a cultura canavieira; - no Sudeste – para cultura cafeeira. * É no Sul e no Sudeste que ainda se encontra + preservada – Serra do Mar. * Extrativismo vegetal: jacarandá, cedro e palmito. * Turismo predatório;- * Elevado índice de poluição da costa brasileira; * Uso e ocupação das terras – agricultura, pastagens e silvicultura. * Infra-estrutura urbana, portuária, turismo e lazer; Área Original da Mata Atlântica Situação Atual Da Mata Atlântica do séc. XVI ... ...restou pouco nos dias de hoje. Pesquisa em cativeiro preservando os micos-leões Mico-leão-da-cara-dourada Mico-leão-preto O macaco Muriqui (Brachyteles arachnoides ), que só é encontrado na Mata Atlântica, é o maior primata das Américas. Infelizmente, embora reconhecido pela UNESCO como identificador de qualidade ambiental, que o utiliza como símbolo de Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, o Muriqui está entre as 35 espécies mais criticamente ameaçadas da Terra. Machinho nas costas da mãe é o milésimo mico-leão-dourado na Reserva Ecológica de Poço das Antas MATA DAS ARAUCÁRIAS * Área de dispersão do pinheiro-do-paraná( Araucaria angustifolia), a sp dominante, cujo fruto é o pinhão (semente). Atingem + de 30m e possuem formação aberta. * Floresta aciculifoliada, com outras espécies também ameaçadas de extinção, como a canela sassafrás, canela preta e imbuia, além da canela-amarela ou a carne-de-vaca” (raras e endêmicas). * Clima dominante é temperado mesotérmico superúmido, sem estação seca. DEGRADAÇÃO * A mata de araucária cobria, originalmente, cerca de 185.000 Km2, dos estados do Sul do Brasil, concentrada nos estados do Paraná (37% do Estado), Santa Catarina (31%) e Rio Grande do Sul (25%), em regiões com + 500m de altitude. * Caracterizado pela bela paisagem das copas dos pinheiros, essa formação conta atualmente com apenas 410 Km2 parcialmente protegidos, ou seja, 0,22% da área original. Calcula-se que, da década de 30 até hoje, cerca de 100 milhões de pinheiros brasileiros foram derrubados. * A redução das araucárias tem tornado raras também espécies da fauna, como a gralha azul, o macuco ou o papagaio charão. * Uso e ocupação de terras é agrícola (produção de grãos nas áreas planas e colinas). Regiões de grande importância para a criação de Unidades de Conservação e corredores ecológicos, interligando os principais fragmentos. As plantações de Pinus são uma das maiores ameaças às araucárias. O palmiteiro (Euterpe edulis) é uma das espécies mais abundantes no PE Vila Rica, mas está ameaçado em função da predação de suas plântulas pelo macaco-prego (Cebus apella), que ocorre em super-população nesta Unidade de Conservação. Apesar do pequeno tamanho (354ha), o PE Vila Rica é um dos únicos redutos para a rica fauna da Floresta Estacional Semidecidual da região centro-oeste do Paraná, como o pica-pau-joão-velho (Celeus flavescens). Fotos: S. B. Mikich CAMPOS SULINOS * Coberturas vegetais encontradas no sul do país (RS) estendendo-se por países vizinhos (Uruguai e Argentina). * Área: 203.875 Km². (50% supõe-se que ainda esteja recoberto por alguma vegetação nativa. •Clima – subtropical, com verão quente e inverno bem frio e chuvas regularmente distribuídas. •* Flora – se predomina vegetação rasteira (gramíneas) – “ campos limpos” . Se ocorrem misturados gramíneas, ervas e arbustos – “campos sujos”. – “Campos de altitude (alt. + de 100m) – na Serra da Mantiqueira e no planalto das Guianas. • “Campos meridionais” – região da campanha Gaúcha. • Árvores- pau-de-lenha, unha-de-gato, sombra-de-touro.* •* Fauna - raposa-do-campo, gato-do-pampa, guaraxaim e vários roedores. • Área propícia para a criação de gado. •DEGRADAÇÃO • Campos naturais intensamente alterados : - intenso pastoreio; uso e ocupação das terras em atividades agrícolas (culturas de ciclo curto, médio e perene); e com a pecuária (pastagens plantadas); - capoeiras e pequenos talhões reflorestados. “Uma árvore consome mais água do que uma planta rasteira ou um arbusto e isso pode ser problemático numa região como a serra gaúcha, que têm uma estação marcada pela baixa disponibilidade de água, no caso, o inverno, sobretudo quando as florestas são plantadas em áreas de nascentes e pequenos cursos d’água, que podem secar”, afirma. Silvia ainda ressalta a importância de um efeito pouco comentado da plantação indiscriminada de pinnus, que é a invasão da espécie em áreas adjacentes. A dispersão de sementes de pinnus se dá com o vento e a topografia da serra gaúcha, aliada a ventos constantes, facilita a perda de controle, transformando o pinnus numa espécie invasora. Depois de 5 anos, cada pinheiro dá origem a outros 100, transformando a espécie em invasora . Campinas - Os chamados Campos de Cima da Serra, no Rio Grande do Sul, estão desaparecendo à sombra de florestas de pinheiros exóticos (Pinus elliottii), plantadas para suprir os mercados de madeira e papel. O florestamento surge como uma opção de renda imediata para os produtores rurais, mas custa caro aos ecossistemas, ocasionando graves perdas de biodiversidade e alterações na disponibilidade de água, sobretudo de nascentes e pequenos cursos, no alto da serra gaúcha. Para conter a invasão dos pinnus, pesquisadores e ambientalistas uniram-se ao historiador Sebastião Fonseca, numa campanha que pretende recuperar e proteger, para fins turísticos, as paisagens do antigo Caminho das Tropas, por onde as mulas criadas no Rio Grande do Sul eram levadas até Sorocaba, no interior de São Paulo, para o trabalho nos engenhos de açúcar e nas indústrias nascentes. “Jamais deveria ser plantada uma floresta de pinnus a sudoeste de um parque como o Aparados da Serra, pois é de lá que sopram os ventos predominantes no inverno, quando as sementes são lançadas ao vento”, exemplifica Silvia Ziller. “Isso deve ser considerado nas certificações florestais, que têm sido concedidas a despeito destes efeitos negativos”. ZONAS DE TRANSIÇÃO * Algumas zonas com características específicas existentes entre biomas brasileiros. ZONA DOS COCAIS * Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão. * Região de transição entre a floresta Amazônica, a Caatinga e o Cerrado. * Clima – bem mais úmido que na Caatinga. * Flora – vegetação de palmeiras, destacando-se o babaçu (Orbygnia phalerata mart) – Florestas de babaçu – nativa do Norte e Nordeste do Brasil – extrai-se óleo utilizado na fabricação de cosméticos, margarinas, sabões e lubrificantes. É uma vegetação que resiste ao desmatamento, pois se reproduzem em pouco tempo. * Carnaúba e buriti. * Fauna – cutias e macacos. DEGRADAÇÃO * Industrialização na área ( a partir de 1980); * Extensão dos projetos minerais da Amazônia. * Plantações de arroz nos vales úmidos do estado do Maranhão. * Entre a floresta Amazônica e a caatinga: * Estados do Maranhão e do Piauí e norte do Tocantins; • No oeste, (clima equatorial da Amazônia, + úmida → é freqüente o babaçu- palmeiras- com 15 a 20 m de altura). • No leste (+ seco) → a carnaúba - até 20 m de altura - totalmente utilizável, a cera é o produto mais procurado pelo mercado. • Comunidades extrativistas que exercem suas atividades sem prejudicar essa formação vegetal. Estudo do Ibama delimitou 78 eco-regiões em todo o Brasil, que são unidades básicas para a conservação da biodiversidade, seguido a lógica dos seres vivos e a composição das paisagens