UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES URI CAMPUS DE ERECHIM DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS CURSO DE GEOGRAFIA MICHEILA THEODORO DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA E CODIFICAÇÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DA MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA DE ERECHIM, SEGUNDO CRITÉRIOS DA AGÊNCIA NACIONAL DAS ÁGUAS (ANA). Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Licenciado em Geografia no Curso de Geografia da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI – Campus de Erechim. Prof.Orientador Msc: Vanderlei S.Decian ERECHIM 2010 UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES URI CAMPUS DE ERECHIM DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS CURSO DE GEOGRAFIA A comissão abaixo assinada, aprova o Trabalho de Conclusão de Curso: DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA E CODIFICAÇÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DA MICRORREGIÃO GEOGRÁFICA DE ERECHIM, SEGUNDO CRITÉRIOS DA AGÊNCIA NACIONAL DAS ÁGUAS (ANA). MICHEILA THEODORO como requisito parcial para a obtenção do grau de Licenciado em Geografia _______________________________________ Prof. Msc.Vanderlei Decian (Orientador) _______________________________________ Prof. Msc. Carlos Antônio da Silva _______________________________________ Prof.Esp.Elaine Rocha Erechim, Junho 2010 AGRADEÇIMENTOS Agradeço a Deus em primeiro lugar por ter me iluminado nesta caminhada e por este momento ímpar em minha vida. Agradeço o Professor Orientador Vanderlei S. Decian pelo apoio, amizade, paciência, incentivo, pela oportunidade, pelos ensinamentos e pela orientação ao longo desta jornada. Agradeço aos professores do Curso de Geografia, pela troca de experiência, dedicação, amizade e os ensinamentos. Agradeço a minha família, de modo especial meus pais Celso e Laura, que foram à base de tudo pra mim, apoiando-me nos momentos difíceis com força, confiança, amor, ensinando-me a persistir nos meus objetivos e ajudando a alcançá-los. Agradeço a todos que de uma maneira ou outra, contribuíram para a realização do curso e deste trabalho. Se enxerguei longe, foi porque me apoiei em ombros de gigantes. Issac Newton RESUMO O trabalho teve como meta principal à subdivisão da Microrregião Geográfica de Erechim em Bacias e Interbacias Hidrográficas de acordo com a metodologia das Ottobacias, a qual estabelece as políticas de classificação, uso e conservação de recursos hídricos e enquadramento das águas pela Agencia Nacional das Águas(ANA). Em uma primeira etapa foi estudada a viabilização da aplicação do método do engenheiro Otto Pfafstetter, após o que houve a digitalização no aplicativo de Geoprocessamento Mapinfo Profissional 8.0 utilizando imagens do relevo com reclass de 10m e 20m proveniente do SRMT (Missão de Radar da Superfície Topográfica), cartas topográficas com as curvas de nível e mapa das massas de água. Assim, respeitando-se a topografia e os limites topográficos regionais das cartas topográficas da Microrregião Geográfica de Erechim em escala 1:50. 000, realizou-se a divisão da Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai sendo esta codificada até o nível 3. Baseando-se no nível 3 e na interbacia do Rio Uruguai(787) efetuou-se as subdivisões para a Microrregião Geográfica de Erechim sendo codificada até o nível 6 onde faz parte do objeto de estudo, a Microrregião Geográfica de Erechim. Com estes procedimentos foi possível a elaboração de um banco de dados relacional para consulta, e para a aplicação em futuros trabalhos dos limites das bacias hidrográficas codificadas pela metodologia oficial. Palavras - chaves: Ottobacias, Microrregião Geográfica de Erechim, Rio Uruguai. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Localização da -Microrregião Geográfica de Erechim, RS......................... 19 Figura 2 - Codificação para o Nível 1 do continente da América do Sul de acordo com os critérios de Ottobacias - parâmetros oficiais da ANA............................................................................................................................... 23 Figura 3 - Codificação para o Nível 2 da Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai de acordo com os critérios de Ottobacias - parâmetros oficiais da ANA............................................................................................................................... 25 Figura 4 - Codificação para o Nível 3 da Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai de acordo com os critérios de Ottobacias - parâmetros oficiais da ANA............................................................................................................................... 27 Figura 5 - Codificação para o Nível 4 da Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai de acordo com os critérios de Ottobacias - parâmetros oficiais da ANA............................................................................................................................... 28 Figura 6 - Codificação para o Nível 5 da Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai de acordo com os critérios de Ottobacias - parâmetros oficiais da ANA............................................................................................................................... 29 Figura 7 - Organograma da divisão da Bacia do Rio Uruguai – Nível 2 ao 6 pelo método de Ottobacias................................................................................................... 31 Figura 8 - Mapa das Ottobacias – Nível 5 e 6 para a Microrregião Geográfica de Erechim......................................................................................................................... 36 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Codificação da Ottobacias do Rio Uruguai – Nível 2 ao Nível 5 em evidencia as áreas que englobam a Microrregião Geográfica de Erechim......................................................................................................................... 32 Quadro 2 - Codificação da Ottobacias do Rio Uruguai – Nível 5 ao Nível 6 para a Microrregião Geográfica de Erechim............................................................................ 33 Quadro 3 - Banco de dados relacional do nível 6 das ottobacias para Microrregião Geográfica de Erechim................................................................................................. 37 SUMÁRIO 1INTRODUÇÃO............................................................................................................ 9 2 REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................................ 11 2.1 DIVISÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS BRASILEIRAS .................................. 11 2.2 BACIAS HIDROGRÁFICAS COMO UNIDADE DE PLANEJAMENTO.................. 12 2.3 CRITÉRIO DE DIVISÃO HIDROGRÁFICA PELO METÓDO DE OTTOBACIAS... 14 2.3.1 Geoprocessamento e Codificação de Bacia Hidrográfica............................. 15 3 MATERIAIS E MÉTODOS......................................................................................... 18 3.1 ÁREA DE ESTUDO................................................................................................ 18 3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .............................................................. 21 3.2.1 Aplicação do método Ottobacias na Microrregião Geográfica de Erechim........................................................................................................................ 21 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................... 26 4.1 MAPEAMENTO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS SEGUNDO CRITÉRIOS DA ANA ............................................................................................................................. 26 4.2 ORGANOGRAMA DA CODIFICAÇÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS ........... 30 4.3 MAPEAMENTO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS COM A CODIFICAÇÃO ATÉ O NÍVEL SEIS DAS OTTOBACIAS.............................................................................. 34 4.4-CARACTERIZAÇÃO DO BANCO DE DADOS RELACIONAL............................... 37 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................... 39 6 REFÊRENCIAS......................................................................................................... 40 1 INTRODUÇÃO A Microrregião Geográfica de Erechim apresenta ausência de critérios de divisão e codificação de bacias hidrográficas segundo critérios oficiais da Agência Nacional de Águas (ANA), sendo consideradas as áreas de Bacias apenas pela Área de Drenagem, não considerando os critérios oficiais para estudos e trabalhos, devendo ser levado em consideração estes procedimentos para delimitação em trabalhos que levem em consideração as bacias hidrográficas como unidades de planejamento. De acordo com o critério das Ottobacias, o estudo ecológico é de fundamental importância para o planejamento das bacias hidrográficas representando um espaço delimitado por partes mais altas das montanhas, morros ou ladeiras, onde existe um sistema de drenagem superficial que concentra suas águas em um rio principal o qual este ligado ao mar, a um lago ou a outro rio maior. A Bacia Hidrográfica é o conjunto de terras drenadas por um rio principal, seus afluentes e subafluentes. A idéia principal esta associada à noção de existência de nascentes, divisores de água e características dos cursos de água, principais e secundários, denominando afluentes e subafluentes. Para a realização desse trabalho foi determinado como área de estudo a Microrregião Geográfica de Erechim, localizada no Norte do Rio Grande do Sul, com um total de 31 municípios. Com a área delimitada, adotou-se como base a subdivisão das Bacias Hidrográficas seguindo os critérios da metodologia proposta por Otto Pfafstetter (Ottobacias). Tal procedimento visou determinar a subdivisão da área citada em sub-bacias e microbacias, baseando-se na existência de vários níveis hierárquicos nos recursos hídricos, sendo que para cada nível são estabelecidos 9 sub-níveis, contemplandose as sub-bacias e interbacias hidrográficas. Assim, a proposta deste trabalho demonstra que é imprescindível à realização da classificação em níveis mais elevados, visando estabelecer bases regionais para o planejamento ambiental e a conservação da biodiversidade (Lei n° 9.433, 8 de Janeiro de 1997). 10 Num primeiro momento analisou-se o contexto externo da região no âmbito das Ottobacias definidas pela ANA (Em nível nacional); após o aprendizado e treinamento com o método das Ottobacias e a identificação das bacias e interbacias no contexto da Microrregião Geográfica de Erechim no Rio Grande do Sul, foi utilizando SIG (Sistema de Informações Geográficas) e o Mapinfo 8.0 para a digitalização em tela da delimitação dos divisores de água limites das Ottobacias. A partir disso estruturou-se um banco de dados geográficos (georreferênciados no sistema UTM – banco de dados relacional) para as subdivisões compatíveis com os documentos cartográficos em escala de análise até 1: 50.000, referentes às informações regionais quanto aos principais rios, municípios abrangidos por bacias e análises das informações obtidas. O objetivo principal deste trabalho foi classificar e distribuir geograficamente em escala 1:50.000 as Bacias Hidrográficas segundo o critério da ANA até o nível seis para Microrregião Geográfica de Erechim do Rio Grande do Sul pelo método das Ottobacias. Após estudar e elaborar organograma da codificação das Bacias Hidrográficas pelos critérios da ANA, elaborado o mapa das Bacias Hidrográficas com a respectiva codificação até o nível seis (Ottobacias) e estruturado e caracterizado o banco de dados relacional para cada município da Microrregião Geográfica de Erechim da área de abrangência de cada Bacia Hidrográfica com critérios de área, perímetros e abrangência municipal. Também sempre sendo analisada a viabilidade da adoção dessa classificação para Microrregião Geográfica de Erechim, servido de base para outros trabalhos e pesquisas em que sejam enfocados planejamentos e levantamentos tendo como base a unidade de planejamento constituída pela Bacia Hidrográfica, e seguindo padrões oficiais da Agência Nacional das Águas. 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 DIVISÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS BRASILEIRAS Conforme a Resolução nº 32, 15 de outubro de 2003 as bacias hidrográficas do Brasil são: -Região Hidrográfica Amazônica: É constituída pela bacia hidrográfica do rio Amazonas situada no território nacional e, também, pelas bacias hidrográficas dos rios existentes na Ilha de Marajó, além das bacias hidrográficas dos rios situados no Estado do Amapá que deságuam no Atlântico Norte. -Região Hidrográfica do Tocantins/Araguaia: É constituída pela bacia hidrográfica do rio Tocantins até a sua foz no Oceano Atlântico. -Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental: É constituída pelas bacias hidrográficas dos rios que deságuam no Atlântico - trecho Nordeste, estando limitada a oeste pela região hidrográfica do Tocantins/Araguaia, exclusive, e a leste pela região hidrográfica do Parnaíba. -Região Hidrográfica do Parnaíba: É constituída pela bacia hidrográfica do rio Parnaíba. -Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Oriental: É constituída pelas bacias hidrográficas dos rios que deságuam no Atlântico - trecho Nordeste, estando limitada a oeste pela região hidrográfica do Parnaíba e ao sul pela região hidrográfica do São Francisco. -Região Hidrográfica do São Francisco: É constituída pela bacia hidrográfica do rio São Francisco. -Região Hidrográfica Atlântico Leste: É constituída pelas bacias hidrográficas de rios que deságuam no Atlântico - trecho Leste, estando limitada ao norte e a oeste pela região hidrográfica do São Francisco e ao sul pelas bacias hidrográficas dos rios Jequitinhonha, Mucuri e São Mateus, inclusive. -Região Hidrográfica Atlântico Sudeste: É constituída pelas bacias hidrográficas de rios que deságuam no Atlântico - trecho Sudeste, estando limitada ao norte pela bacia hidrográfica do rio Doce, inclusive, a oeste pelas regiões hidrográficas do São Francisco e do Paraná e ao sul pela bacia hidrográfica do rio 12 Ribeira, inclusive. -Região Hidrográfica do Paraná: É constituída pela bacia hidrográfica do rio Paraná situada no território nacional. -Região Hidrográfica do Uruguai: É constituída pela bacia hidrográfica do rio Uruguai situada no território nacional, estando limitada ao norte pela região hidrográfica do Paraná, a oeste pela Argentina e ao sul pelo Uruguai. -Região Hidrográfica Atlântico Sul: É constituída pelas bacias hidrográficas dos rios que deságuam no Atlântico - trecho Sul, estando limitada ao norte pelas bacias hidrográficas dos rios Ipiranguinha, Iririaia-Mirim, Candapuí, Serra Negra, Tabagaça e Cachoeria, inclusive, a oeste pelas regiões hidrográficas do Paraná e do Uruguai e ao sul pelo Uruguai. -Região Hidrográfica do Paraguai: É constituída pela bacia hidrográfica do rio Paraguai situada no território nacional. Em termos usuais e divisão das bacias hidrográficas para o Brasil ocorre até o nível um; e a partir da Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai que está contemplada na Região Hidrográfica Atlântico Leste será realizado a classificação das Ottobacias até o nível seis. 2.2 BACIAS HIDROGRÁFICAS COMO UNIDADE DE PLANEJAMENTO Dentre as subdivisões existentes, para referenciar a classificação das Bacias Hidrográficas, segundo Rocha (1997): -Bacia Hidrográfica-Área que drena as águas das chuvas por ravinas, canais e tributários para curso principal, vazão efluente convergindo para uma única saída e desaguando diretamente no mar, ou em um grande lago, não tenho uma dimensão especifica em relação á área superficial. -Sub-bacia Hidrográfica - O conceito é o mesmo que o de Bacia Hidrográfica, porém acrescido de enfoque de que o deságüe se dá em outro rio, com dimensões superficiais que variam de 20.000 a 300.000 hectares. Esta área superficial tem a ver com a disponibilidade de documentos cartográficos que possibilitem a trabalhar com tal dimensão: as cartas topográficas do Exército, em escala 1: 50. 000. -Microbacia Hidrográfica-Mesmo conceito de bacia hidrográfica, com deságüe ocorrendo em outro rio de hierarquia fluvial maior, com dimensão superficial de até 20.000 hectares, que facilita o manejo integrado e a atuação das equipes de campo. 13 As bacias hidrográficas são divididas e delimitadas seguindo o método do engenheiro Otto Pfafstetter, A Bacia do Rio Uruguai foi sendo subdivida a fim de encontrar as bacias que englobam a Microrregião Geográfica de Erechim, tendo como foco as unidades de paisagens onde estas têm influência no estudo do território num contexto espacial sobre os processos ecológicos com relação à conservação biológica. Portanto, o critério de bacia hidrográfica deve ser visto como um sistema natural bem delimitado no espaço, composta por um conjunto de terras topograficamente drenadas por um curso d’ água e seus afluentes. De acordo com Santos (2004): O critério de bacia hidrográfica e comumente usado porque constitui um sistema natural bem delimitado no espaço, composto por um conjunto de terras topograficamente drenadas por um curso d’ água e seus afluentes, onde as interações, pelo menos físicas, são integradas e, assim, mais facilmente interpretadas. São tratadas como unidades geográficas, onde os recursos naturais se integram. Além disso, constitui-se numa unidade espacial de fácil reconhecimento e caracterização. Sendo assim, e um limite nítido para ordenação territorial, considerando que “... não há qualquer área de terra, por menor que seja, que não se integre a uma bacia hidrográfica” e, quando o problema central e água, a solução deve estar estreitamente ligada ao seu manejo e manutenção. Segundo Resolução do CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente/001/86), no artigo 5° item III, declara: “ ... definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos, denominada de área de influência do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia na qual se localiza”. Além disso, há uma recomendação da FAO (Foods And Agriculture Organization), desde a década de 1970, de que o planejamento adequado de bacias hidrográficas é fundamental para a conservação de regiões tropicais. Visando a melhorar a questão de aproveitamento hídrico, segundo o Ministério da Educação (2001), o Governo Federal implementa o Decreto n° 94.076, de março de 1987, pelo qual fica instituído o Programa de Bacias Hidrográficas, conforme o seu art.1°: 14 Art.1° Fica instituído o Programa Nacional de Micro bacias HidrográficasPNMH, sob a supervisão do Ministério da Agricultura, visando a promover um adequado aproveitamento agropecuário dessas unidades ecológicas, mediante a adoção de praticas nacionais dos recursos naturais renováveis. Parágrafo único. O Ministério de Estado da Agricultura, em ato próprio, especificará as microbacias hidrográficas que integrarão o Programa a que se refere este artigo. Entretanto, deve-se observar que muitas vezes as bacias urbanizadas não se encontram como ambiente natural e seus compartimentos bióticos, abióticos e fluxos energéticos, escapam do seu habitat, isso ocorrem devidos os dados socioeconômicos, censitários, de infra-estrutura e estatísticas no Brasil que são disponíveis, porém não obedecem aos limites das bacias hidrográficas (SANTOS; 2004). Segundo o autor acima a bacia hidrográfica torna-se o espaço das funções urbanas ou do campo, a complexidade aumenta, pela diversificação de produtores e consumidores, pelo aumento das relações intrínsecas e pela sua dependência de fontes externas, criando uma malha que,comumente, transcende o território da bacia. Para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2000): Uma bacia hidrográfica pode ser definida como um agregado territorial de caráter estratégico para o planejamento do uso dos recursos naturais, sendo nela possível avaliarem, de forma integrada, as ações humanas sobre o ambiente e seus desdobramentos sobre o equilíbrio hidrológico presente no sistema. Essas áreas que sofrem influências regionais caracterizam-se pelas unidades territoriais definidas pelas drenagens naturais de águas superficiais, e áreas de ações econômicas, considerando que abrangem os espaços de interesse dos principais grupos sociais. 2.3 CRITÉRIO DE DIVISÃO HIDROGRÁFICA PELO MÉTODO DE OTTOBACIAS A partir da análise de contexto referente á classificação de bacias propostas pela ANA para a região, definiu-se as Bacias Hidrográficas de uma hierarquia 15 nacional, partiu-se para uma classificação regional. Este procedimento teve como o objetivo realizar as respectivas identificações de bacias e subdivisões a partir da metodologia proposta por OTTO, tendo como contexto a Microrregião Geográfica de Erechim; delimitando pelo método dos divisores de água das bacias, sub-bacias e interbacias com base cartográfica em escala 1: 50.000 (Carta da Divisão do Serviço Geográfico - DSG). Trata-se de um método natural, baseado na topografia da área drenada e na topologia (conectividade e direção) da rede de drenagem. Suas características principais são: economia de dígitos, informação topologia embutida nos dígitos e aplicabilidade global (SILVA, 1999). A importância do método das Ottobacias: e de qualquer rio está relacionada com a área de sua bacia hidrográfica; e considerou-se a importância da redefinição da sistemática para codificação de bacias hidrográficas para Política Nacional de Recursos Hídricos, o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos e a gestão dos recursos hídricos no âmbito nacional, em particular para elaboração do Plano Nacional de Recursos Hídricos; que considera necessário se adotar metodologia de referência que permita procedimentos padronizados de subdivisões e agrupamento de bacias e regiões hidrográficas (SILVA, 1999). A técnica desenvolvida pelo engenheiro Otto Pfafstetter, conhecida pelo nome de "ottobacias", caracteriza-se por sua racionalidade. Utilizando pequena quantidade de dígitos em um código específico para uma dada bacia, o método permite inferir através desse código, quais as bacias hidrográficas que se localizam a montante e a jusante daquela em estudo. Cada vez que for citada uma determinada numeração, sabe-se exatamente a identificação da bacia hidrográfica, seu rio principal e seu relacionamento com as demais bacias da mesma região hidrográfica (até o nível continental). 2.3.1Geoprocessamento e codificação de Bacias Hidrográficas De acordo com Moura (2003), o geoprocessamento engloba o processamento digital de imagens, cartografia digital e sistemas informativos geográficos. Portanto, um sistema de informação geográfica permite a coleta, análise, a representação e manipulação dos dados através da geração de mapas temáticos, permitindo o controle e a gestão do território. Todavia é necessária uma base 16 cartográfica digital associada a um banco de dados alfanuméricos com informações reais da área a ser estudada. Logo é necessário definir uma estrutura capaz de armazenar, converter e combinar as informações, gerando os resultados adequados. O geoprocessamento e o processo informatizado de dados georreferênciados, englobando diversas tecnologias. Dentre essas tecnologias se destacam o sensoriamento remoto, a digitalização de dados, a automação de tarefas cartográficas (mapas, cartas topográficas e plantas), e a utilização de Sistemas de Posicionamento Global – GPS e os Sistemas de Informações Geográficas – SIG. O formato SIG dos dados permite efetuarem-se cruzamentos de mapas temáticos de interesse, como tipo de solo, uso e ocupação de solo, vegetação, divisão municipal, etc., com esse arquivo digital com bacias hidrográficas, de modo a obter aqueles mapas por bacias, ou ainda efetuar mapeamentos de dependam de modelagem dos dados básicos, como mapas de risco de erosão, para cada bacia. Além disso, é possível enriquecer essa base de dados, inserindo-se informações de grande importância, como as de caráter socioeconômico. O processamento via SIG permite desde a simples visualização dos dados da base digital (espacial e tabular), até a geração de novas informações e, ainda, com uma base de "ottobacias", a simulação dos efeitos causados numa região por alterações em seus dados originais (como o aumento de demanda de água, ou a análise de impacto ambiental de projetos). De acordo com Silva (1999), o engenheiro Otto Pfafstetter codifica as bacias hidrográficas em Ottobacias: O processo da codificação consiste em: subdividir uma bacia hidrográfica, qualquer que seja seu tamanho, determinam-se os quatro maiores afluentes do rio principal, em termos da área de suas bacias hidrográficas. As bacias correspondentes a esses tributários são numeradas com os algarismos pares (2, 4, 6, e 8), no sentido de jusante para montante do fluxo do rio principal. Os outros tributários do rio principal são agrupados nas áreas restantes, denominadas interbacias, que recebem, no mesmo sentido, os algarismos ímpares (1, 3, 5, 7 e 9). A primeira divisão das bacias hidrográficas deve ser em nível de continente com numeração seqüencial no sentido horário, a partir do Norte. Entre suas vantagens, esse método permite que, conhecendo-se apenas o código de uma bacia ou interbacia, possa-se imediatamente inferir quais, entre as demais da bacia maior, dividida, estão à montante e a jusante daquela em estudo, independentemente do nível de detalhamento (grau de subdivisão) em que estejam, ou seja, mesmo que as diversas bacias e interbacias tenham sido subdivididas em níveis diferentes. Essa característica faz com que a codificação seja adequada, por exemplo, para utilização em sistemas de gerenciamento dos 17 recursos hídricos, possibilitando estudos de simulações de diversos tipos de intervenções na rede hidrográfica ou na área de drenagem de uma bacia hidrográfica. O método de codificação pode ser automatizado ou não automatizado: O método automatizado utiliza tecnologia de geoprocessamento na construção de um Modelo Numérico do Terreno (MNT, em inglês DEM = Digital Elevation Model), com dados básicos de altimetria (curvas de nível e pontos cotados) e da rede hidrográfica. O método não automatizado a informação básica utilizada é constituída por mapas analógicos das áreas das bacias a serem subdivididas, com rede de drenagem e curvas de nível. Sobre esses mapas é efetuado o delineamento das bacias hidrográficas dos tributários da bacia que está sendo subdividida. Em seguida faz-se a digitalização dos polígonos resultantes em ambiente SIG, para se obter a hierarquização e se determinar as quatro maiores bacias hidrográficas automaticamente. Nesse processo a codificação é efetuada de maneira manual, de acordo com os critérios do método Pfafstetter. 3 MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 ÁREA DE ESTUDO Conforme dados da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (FIBGE, Censo 2000) a Microrregião Geográfica de Erechim é uma das áreas formadoras da Mesorregião Geográfica do Noroeste Rio-Grandense e abrange 31 municípios, envolvendo uma área de 5.729,99 km², que representa 2,03% da área do Estado do RS, e população de 219.832 habitantes (Contagem Populacional 2007), representando 2,20% da população total do Rio Grande do Sul. Apresenta na sua maioria municípios pequenos, com população variando de 2000 a 8000 habitantes, sendo Erechim o único com população acima de 50.000 (Figura 1). 19 Figura 1- Localização da Microrregião Geográfica de Erechim, RS. Fonte: Laboratório de Geoprocessamento e planejamento ambiental URI Campus de Erechim; (2010). Esta região faz divisa ao norte com o Estado de Santa Catarina, tendo como divisor o Rio Uruguai. Historicamente são municípios colonizados por imigrantes europeus que realizaram a retirada seletiva de madeira das áreas naturais e posteriormente ocuparam a área com agricultura. Os municípios voltados para a vertente do Rio Uruguai foram ocupados por agricultura familiar, com módulos rurais de menor porte (25ha) e, nas áreas do planalto onde o relevo se apresenta menos acidentado, com a exploração extensiva, propriedades de maior porte e monocultura de produtos como soja e milho. Os municípios que fazem parte deste trabalho são: Aratiba, Áurea, Barão do 20 Cotegipe, Barra do Rio Azul, Benjamin Constant do Sul, Campinas do Sul, Carlos Gomes, Centenário, Entre Rios do Sul, Erebango, Erechim, Erval Grande, Estação, Faxinalzinho, Floriano Peixoto, Gaurama, Getúlio Vargas, Ipiranga do Sul, Itatiba do Sul, Jacutinga, Marcelino Ramos, Mariano Moro, Ponte Preta, São Valentin, Severiano de Almeida, Três Arroios, Viadutos, Cruzaltense, Paulo Bento, Quatro Irmãos e Charrua. Na Microrregião Geográfica de Erechim, o município de Erechim é o pólo regional. A base econômica concentra-se no setor agropecuário caracterizando-se pela produção, em pequenos estabelecimentos rurais, da policultura de produtos alimentícios e industriais, bem como, na suinocultura, associada à lavoura de milho. O perfil agrícola microrregional baseia-se nas culturas de feijão, milho, soja e do trigo. Quanto à pecuária, destacam-se o gado leiteiro, os suínos e as aves. Essas atividades ocupam relevos ondulados, formados por declives curtos em dezenas de metros e declives variáveis de 5 a 15%. No mesmo local podem ocorrer relevos mais suaves. A topografia acidentada é um fator restritivo ao aumento da área cultivada, em partes apresentando pedregosidade intensa e profundidade variada. A Microrregião Geográfica de Erechim se enquadra na área climática do Planalto, onde a altitude contribui para acentuar as irregularidades da temperatura. As principais massas de ar que dominam esta área são a Tropical Atlântica e a Polar Atlântica. Os vales dos rios normalmente apresentam temperaturas mais altas do que nas áreas mais elevadas. Embora possam ocorrer períodos de seca, geralmente chove bastante no inverno, uma vez que as frentes frias atuam com mais intensidade. Em algumas ocasiões já houve queda de neve. O Planalto da Microrregião Geográfica de Erechim, em sua maioria foi ocupado pela floresta subtropical com araucária, da qual ainda existem algumas porções testemunhais, em formas de manchas no topo dos morros ou nas encostas mais íngremes. A confirmação da vegetação acima descrita é encontrada no Ministério da Agricultura (1973), que cita: A vegetação natural é a de mata subtropical alta com araucárias. Na zona fria de clima Cfb, há a predominância do pinheiro (Araucária angustifólia) e na zona de clima Cfa, há um equilíbrio maior ocorrendo a erva-mate. (Ilex paraguariensis). A mata virgem foi profundamente modificada, com a extinção de muitas espécies vegetais. Com o uso contínuo, as matas deram 21 lugar aos campos. Estes, normalmente apresentam-se ralos (+ ou - 60% de cobertura vegetal), composto por Paspalum notatum, Xonopus, Piptochaetium e Andropogoneas, tendo como invasores a Aristida pallens e samambaias. Os rios que banham a Microrregião pertencem à Bacia do Uruguai e correm para o norte, alcançando o rio Uruguai em seu curso superior, são caracterizados por vales profundos e encaixados. O regime dos rios desta bacia é equilibrado, pois as chuvas mensais são regulares. 3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Em uma primeira etapa analisou-se a divisão proposta pela Agência Nacional das Águas para o Rio Grande do Sul, evidenciando o enquadramento da Microrregião Geográfica de Erechim nas bacias Hidrográficas já definidas pelo referido órgão responsável. Após este procedimento, efetuou-se a digitalização em escala 1:50.000 do contexto regional em aplicativo Mapinfo 8.0, com base nos divisores d’água e limite proposto pela Agência Nacional das Águas (ANA) baseado no modelo de Elevação de relevo obtido para a referida área de estudo em mapeamentos anteriores. Na segunda etapa efetuou-se ajuste necessário de escala entre o limite de bacias proposto pela ANA e a escala adotada para o trabalho (1:50.000), a partir dos divisores d’ água e do MNT(Modelo Numérico de Terreno) regional. 3.2.1 Aplicação do Método Ottobacias na Microrregião Geográfica de Erechim Com os ajustes de escala e coordenadas já elaboradas partiu-se para a aplicação do modelo de OTTO, com a geração das subdivisões a partir dos divisores d’ água, gerando o mapa de rede hidrográfica baseando-se em Silva (1999). Portanto, o processo da codificação do engenheiro Otto Pfafstetter, desenvolve um método de subdivisão e codificação de bacias hidrográficas, utilizando dez algarismos, diretamente relacionado com a área de drenagem dos cursos d’água. Que consiste em subdividir uma bacia hidrográfica, independente do 22 seu tamanho, determinam os quatros maiores afluentes do rio principal, em termos da área de suas bacias hidrográficas. As bacias correspondentes a esses tributários são numerados com os algarismos pares (2, 4, 6 e 8), no sentido de jusante para montante do fluxo do rio principal. Os outros tributários do rio principal são agrupados nas áreas restantes, denominando interbacias, que recebem, no mesmo sentido, os algarismos ímpares (1, 3, 5, 7 e 9) de tal forma que a região hidrográfica 3 encontra-se entre as bacias 2 e 4, a região hidrográfica 5 encontra-se entre as bacias 4 e 6, e assim sucessivamente. A primeira divisão é em nível de continente com numeração seqüencial no sentido horário, a partir do Norte, para a Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai esta contemplada na Região Hidrográfica Atlântico Leste, em nível 1 ela se encontra na Costeira do Atlântico Sul codificada como -7. Após interpretar o método das Ottobacias, digitalizou-se no Mapinfo 8.0 a Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai, utilizando imagens do SRMT (Shuttle Radar Topography Mission) da Nasa com reclass de 80 m, e cartas com limite da bacia hidrográfica, de massas de água, de rios, do relevo com reclass de 10m e 20m, respeitando a topografia e mapas dos municípios da Microrregião Geográfica de Erechim com escala 1:50.000. Na terceira etapa estruturou-se banco de dados geográficos para subdivisões propostas com informações referentes à área, principais rios, municípios abrangidos, dados populacionais e agropecuários por bacia, gerando mapas temáticos e análises de informações obtidas com referência a consultas ao banco de dados. A codificação continental apresenta 10 regiões hidrográficas (nível 1), sendo elas: (cód.0) Região Hidrográfica 0;(cód.1) Região Hidrográfica 1; (cód.2) Região Hidrográfica do rio Orenoco; ( cód.3) Região Hidrográfica 3; (cód.4) Região Hidrográfica do rio Amazonas; (cód.5) Região Hidrográfica 5; (cód.6) Região Hidrográfica do rio Tocantins; (cód.7) Região Hidrográfica 7(inclui, entre outras, as bacias dos rios Parnaíba,São Francisco, Doce,Paraíba do Sul e Uruguai); (cód.8) Região Hidrográfica do rio Paraná; (cód.9) Região Hidrográfica 9. Como forma de equacionar a aplicação de código na região hidrográfica que drena para o lago Titicaca, foi atribuído o algarismo zero para a mesma. Isto determina a subdivisão de nível 1 do continente da América do Sul, conforme figura 2 a seguir: 23 Figura 2-Codificação para o Nível 1 do continente da América do Sul de acordo com os critérios de Ottobacias- parâmetros oficiais da ANA. Fonte: Ministério do Meio Ambiente (2002) /Adaptação: Theodoro, M (2010). 24 De posse da codificação continental, apresentando 10 regiões hidrográficas (nível 1), uma nova subdivisão foi realizada a fim de obter-se o nível 2 das ottobacias para o Brasil conforme o mapa e legenda apresentado na figura 3. Para tanto se assume como foz o ponto de descarga (exutório) da bacia a ser dividida. A análise é realizada sempre da foz para montante identificando todas as confluências e distinguindo o rio principal de seus tributários. O rio principal é aquele curso d’água que drena a maior área e os tributários, os demais que drenam áreas menores. Cada uma dessas bacias e interbacias, resultantes dessa primeira subdivisão, pode ser subdividida da mesma maneira, de modo que a subdivisão da bacia 8 gera as bacias 82, 84, 86 e 88 e as interbacias 81, 83, 85, 87 e 89. O mesmo processo se aplica às interbacias resultantes da primeira divisão, de modo que a interbacia 3, por exemplo, se subdivide nas bacias 32, 34, 36 e 38 e nas interbacias 31, 33, 35, 37 e 39. Os algarismos da subdivisão são simplesmente acrescidos ao código da bacia (ou interbacia) que está sendo subdividida. No nível 2 trabalhou-se a bacia hidrográfica de nível 1 codificada com o algarismo 7, tem a seguinte subdivisão: ( cód.71) Região Hidrográfica 71; (cód.72) Região Hidrográfica do Rio Parnaíba;(cód.73) Região Hidrográfica 73; (cód. 74) Região Hidrográfica do Rio São Francisco;(cód.75) Região Hidrográfica 75; ( cód.76) Região Hidrográfica do Rio Doce;(cód.77) Região Hidrográfica 77; (cód.78) Região Hidrográfica do Rio Uruguai; ( cód.79) Região Hidrográfica 79. Foi trabalhado o (cód.7) do nível 1 pois esta abrangia a bacia do Rio Uruguai na qual tem presente a Microrregião Geográfica de Erechim onde esta centralizado o objetivo deste trabalho, conforme Figura 3. 25 Figura 3- Codificação para o Nível 2 da Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai de acordo com os critérios de Ottobacias - parâmetros oficiais da ANA. Fonte: Ministério do Meio Ambiente (2002) /Adaptação: Theodoro, M (2010). A figura 3, mostra a divisão das ottobacias em nível 2 para o Brasil, sendo destacada a Bacia do Rio Uruguai ( Cód.78), pois esta é uma das base para as novas subdivisões das bacias e interbacias para a área de estudo deste trabalho. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 MAPEAMENTO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS SEGUNDO CRITÉRIOS DA ANA Analisou-se os objetivos propostos para o trabalho, obteve-se na fase inicial a divisão proposta pela Agência Nacional das Águas para o Rio Grande do Sul, evidenciando o enquadramento da Microrregião Geográfica de Erechim nas bacias Hidrográficas já definidas pelo órgão, logo após, efetuou-se a digitalização na escala 1: 50.000 do contexto regional em aplicativo Mapinfo, com base nos divisores d’ água e limite proposto pela ANA, sendo estes procedimentos realizados devidos ajustes necessários de escala entre o limite de bacias. Para tanto adotou-se como escala final para o trabalho (1:50.000), partindo dos divisores d’ água , a partir dos ajustes efetuados aplicou-se o método do OTTO, com a geração das subdivisões a através dos divisores d’ água, gerando o mapa de rede hidrográfica. Primeiramente, estudou-se o método do engenheiro Otto Pfafstetter, após utilizou-se para a classificação das Ottobacias, no qual o método tem a importância de qualquer rio está relacionada com a área de sua bacia hidrográfica; a distinção entre rio principal e tributário e em função do critério da área drenada, sendo o rio principal aquele que possui a maior área drenada entre os dois, denominam-se bacias as áreas drenadas pelos tributários e interbacias as áreas remanescentes, drenadas pelo rio principal. A primeira divisão é em nível de continente com numeração seqüencial no sentido horário, a partir do Norte, para a Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai esta contemplada na Região Hidrográfica Atlântico Leste, em nível 1 ela se encontra na Costeira do Atlântico Sul codificada como -7. Após interpretar o método das Ottobacias, inicio-se a digitalização no Mapinfo 8.0 da Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai, utilizando imagens do SRMT da Nasa com reclass de 80 m, e cartas com limite da bacia hidrográfica, de massas de água, de rios, do relevo com reclass de 10m e 20m, respeitando a topografia e mapas dos municípios da Microrregião Geográfica de Erechim com escala 1:50.000. A partir da interbacia do Rio Uruguai (Cód.7) no nível 1, foi digitalizado no Mapinfo 8.0, o nível 27 2, onde encontra-se a bacia hidrográfica do Rio Uruguai (cód.78) , com a subdivisão obteve-se o nível 3, conforme a figura 4 abaixo: Figura 4: Codificação para o Nível 3 da Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai de acordo com os critérios de Ottobacias -parâmetros oficiais da ANA. Fonte:Theodoro M; Decian S.V.(2010). 28 Com as bacias e interbacias do nível 3 codificadas, destou-se a interbacia do Rio Uruguai (Cód. 787) , a qual engloba a Microrregião Geográfica de Erechim, e a partir desta, foi subdividida para encontrar o nível 4, conforme a figura 5 a seguir: Figura 5: Codificação para o Nível 4 da Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai de acordo com os critérios de Ottobacias -parâmetros oficiais da ANA. Fonte: Theodoro M; Decian S.V. (2010). 29 No nível 4 com as suas codificações georeferrenciadas, foi subdividida a interbacia do Rio Uruguai (cód.7879) onde obteve-se o nível 5 para a Microrregião Geográfica de Erechim, conforme figura 6 abaixo: Figura 6: Codificação para o Nível 5 da Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai de acordo com os critérios de Ottobacias - parâmetros oficiais da ANA. Fonte:Theodoro M; Decian S.V.(2010). 30 Com a divisão do nível 5, constatou-se duas bacias: Rio Passo Fundo ( cód. 78792) e o Rio Apuaê (cód.78796) e duas interbacias: Rio Uruguai (cód. 78793) e a interbacia do Rio Uruguai (cód. 78795); as quais está localizada a Microrregião Geográfica de Erechim. Estas foram subdivididas e codificadas onde obteve-se o nível 6, a digitalização do nível 6 foi feita através das cartas topográficas do exercito com escala 1:50.000, a partir dos topos de morros e da área de drenagem das bacias hidrográficas e do Modelo Numérico de Terreno regional. 4.2-ORGANOGRAMA DA CODIFICAÇÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS A partir dos dados organizados, consegui-se constatar os seguintes resultados conforme organograma da figura 7 a seguir: 31 Figura 7- Organograma da Bacia do Rio Uruguai – Nível 2 ao 6 pelo método de Ottobacias Fonte:Theodoro M; Decian S.V.(2010). Como pode-se observar a Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai foi digitalizada até o nível 3. Já para a Microrregião geográfica de Erechim através do trabalho desenvolvido obteve-se a subdivisão até o nível 6, utilizando a interbacia do Rio Uruguai -787, com a codificação, área e perímetro apresentada no quadro 1 e quadro 2. 32 Divisão do Nível 2 para o Nível 3 - Código 78 Nível Código Nome_bacia 3 785 Interbacia do Rio Uruguai 3 783 Interbacia do Rio Uruguai 3 789 Bacia Rio Canoas 3 787 Interbacia do Rio Uruguai 3 784 Bacia Rio Quara¡ 3 782 Bacia do Rio Negro 3 781 Interbacia do Rio Uruguai 3 786 Bacia Rio Ibicui 3 788 Bacia Rio Pelotas Área(km²) Perim.(km) Ident. 7449.17 619.892 59998.33 1812.84 14879.36 857.006 110654.6 2398.88 14663.04 646.66 71257.09 1745.38 12615.28 885.616 47103.58 1333.96 13419.14 853.022 5 3 9 7 4 2 1 6 8 Divisão do Nível 3 para o Nível 4 - Código 787 Nível Código Nome_bacia 4 7874 Bacia Rio Ijui 4 7875 Interbacia do Rio Uruguai 4 7876 Bacia Rio da Várzea 4 7873 Interbacia do Rio Uruguai 4 7871 Interbacia do Rio Uruguai 4 7877 Interbacia Rio Uruguai 4 7878 Bacia do Rio Chapecó 4 7872 Bacia do Rio Piratini 4 7879 Interbacia do Rio Uruguai Área(km²) Perim.(km) Ident. 10800.76 700.829 29841.51 1033.81 5484.72 462.055 685.818 133.816 24054.91 873.798 970.255 214.858 8348.17 587.521 5598.39 438.525 24866.56 992.151 4 5 6 3 1 7 8 2 9 Divisão do Nível 4 para o Nível 5 - Código 7879 Nível Código Nome_bacia Área(km²) Perim.(km) Ident. 5 78796 Bacia Rio Apuaê 3723.99 347.803 6 5 79794 Bacia do Rio do Peixe 5300.33 436.855 4 5 78792 Bacia Rio Passo Fundo 3655.38 345.443 2 5 78791 Interbacia Rio Uruguai 1874.17 237.285 1 5 78793 Interbacia Rio Uruguai 6641.63 404.916 3 5 78799 Interbacia Rio Uruguai 1141.68 211.733 9 5 78798 Bacia Rio Forquilha 2412.45 297.361 8 5 78795 Interbacia Rio Uruguai 93.6983 56.5876 5 5 78787 Interbacia Rio Uruguai 23.2545 24.4723 7 Quadro 1 –Codificação da Ottobacias do Rio Uruguai – Nível 2 ao Nível 5 em evidencia as áreas que englobam a Microrregião Geográfica de Erechim. Fonte:Theodoro M; Decian S.V.(2010). 33 Divisão do Nível 5 para o Nível 6 - Código 78792 Nível Código Nome_bacia 6 787928 Bacia Rio Passo Fundo 6 787929 Bacia Arroio Caragoatá 6 787922 Bacia Lajeado Grande 6 787921 Interbacia Rio Passo Fundo 6 787927 Interbacia Rio Passo Fundo 6 787923 Interbacia Rio Passo Fundo 6 787924 Bacia Rio Erechim 6 787926 Bacia Rio Inhapuçá 6 787925 Interbacia Rio Passo Fundo Divisão do Nível 5 para o Nível 6 - Código 78793 Nível Código Nome_bacia 6 787939 Interbacia Rio Uruguai 6 787938 Bacia Riacho Grande 6 787936 Bacia Rio Jacutinga 6 787937 Interbacia Rio Uruguai 6 787933 Interbacia Rio Uruguai 6 787932 Bacia Rio Irani 6 787935 Interbacia Rio Uruguai 6 787934 Bacia Rio do Engano 6 787931 Interbacia Rio Uruguai Área(km²) Perim.(km) Ident. 280.282 110.83 8 242.074 78.6499 9 198.553 76.1966 2 43.2915 34.7066 1 164.724 71.7137 7 185.485 77.7881 3 1198.99 199.026 4 487.048 113.173 6 1282.23 248.566 5 Área(km²) Perim.(km) Ident. 511.734 136.621 9 517.481 108.858 8 1015.9 179.33 6 967.832 177.93 7 1036.61 204.703 3 1596.27 283.455 2 192.943 83.9544 5 570.882 143.75 4 232 90.8326 1 Divisão do Nível 5 para o Nível 6 - Código 78795 Nível Código 6 787953 6 787951 6 787956 6 787955 6 787952 6 787954 6 787958 6 787957 6 787959 Nome_bacia Interbacia Rio Uruguai Interbacia Rio uruguai Bacia Arroio Volta Seca Interbacia Rio Uruguai Bacia Sem Nome Bacia Arroio Formenton Bacia Lajeado São José Interbacia Rio Uruguai Interbacia Rio Uruguai Divisão do Nível 5 para o Nível 6 - Código 78796 Nível Código Nome_bacia 6 787964 Bacia Piraçucê 6 787969 Interbacia Rio Telha 6 787968 Bacia Rio Santo Antônio 6 787963 Interbacia Rio Apuaê 6 787962 Bacia Rio Apuaé-mirim 6 787967 Interbacia Rio Apuaê 6 787966 Bacia Arroio Sananduva 6 787965 Interbacia Rio Apuaê 6 787961 Interbacia Rio Apuaê Quadro 2- Codificação da Ottobacias do Rio Uruguai – Geográfica de Erechim. Fonte: Theodoro M; Decian S.V. (2010). Área(km²) Perim.(km) Ident. 2.16585 6.55795 9.85298 13.7689 12.8229 16.6899 0.985853 5.8275 2.76526 7.02749 23.6162 25.9693 10.2856 16.2171 24.386 24.4584 6.81797 11.9438 Área(km²) Perim.(km) Ident. 1581.45 224.673 4 198.348 81.3455 9 214.392 79.725 8 380.438 109.449 3 675.204 141.348 2 458.037 125.571 7 89.2782 44.2653 6 38.7944 29.7872 5 88.0422 44.8903 1 Nível 5 ao Nível 6, para a Microrregião 3 1 6 5 2 4 8 7 9 34 A partir da divisão das Bacias Hidrográficas e a organização do organograma e dos quadros acima, constatou-se a área e o perímetro de cada bacia e interbacia em seu nível respectivo. Portanto a Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai codificada como 78 no nível 2, encontra-se como interbacia do Rio Uruguai ( cód. 787), no nível 3 com uma área de 110.654.6 km² , abrangendo todo a Bacia do Rio Uruguai, no nível 4 a divisão foi voltada para Microrregião Geográfica de Erechim onde obteve-se a interbacia do Rio Uruguai (cód. 7879) contemplando uma de área de 24 866,56 Km², no nível 5 devido ao detalhamento encontramos duas bacias: Rio Passo Fundo ( cód. 78792),com uma área de 3723,99 Km² e o Rio Apuaê (cód.78796), com uma área de 3655,38 Km² e duas interbacias: Rio Uruguai (cód. 78793), com uma área de 6641,63 Km² e a interbacia (cód.78795), com uma área de 93,6883 Km² , sendo essas que englobam a Microrregião Geográfica de Erechim; as mesmas foram subdivididas onde obtivemos o nível 6 ( 36 bacias e interbacias), entretanto para a Microrregião Geográfica de Erechim esta contemplada apenas num total de 25 bacias e interbacias. 4.3 MAPEAMENTO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS COM A RESPECTIVA CODIFICAÇÃO ATÉ O NÍVEL SEIS DAS OTTOBACIAS Na figura 8 abaixo, destacou-se as duas bacias com Cód. 78792 e Cód.78796, e as duas interbacias Cód.78793 e a Cód.78795 as quais pertencem ao nível 5, dentro das mesmas está subdivididas as bacias e interbacias do nível 6, conforme o critério de ottobacias. Para uma melhor compreensão e visualização do trabalho anexaram-se junto ao mapa os 31 municípios que pertencem a Microrregião Geográfica de Erechim. No nível 6 trabalhou-se a bacia hidrográfica de nível 5 codificada com o algarismo 78792, tem a seguinte subdivisão:(cód.787928)Bacia Rio Passo Fundo; (cód. 787929)Bacia Arroio Caragoatá; (cód. 787922)Bacia Lajeado Grande; (cód. 787921)Interbacia Rio Passo Fundo;(cód. 787927)Interbacia Rio Passo Fundo; (cód. 787923)Interbacia Rio Passo Fundo;(cód.787924)Bacia Rio Erechim; (cód. 787926)Bacia Rio Inhapuçá;( cód. 787925)Interbacia Rio Passo Fundo. Codificação com o algarismo 78796, tem a seguinte subdivisão: (Cód.787964) Bacia Piraçucê; (Cód.787969) Interbacia Rio Telha; (Cód.787968) Bacia Rio Santo Antônio; (Cód.787963) Interbacia Rio Apuaê; (Cód.787962) Bacia Rio Apuaé-mirim; 35 (Cód.787967) Interbacia Rio Apuaê; (Cód.787966) Bacia Arroio Sananduva; (Cód.787965) Interbacia Rio Apuaê; (Cód.787961) Interbacia Rio Apuaê. Codificação com o algarismo 78793, tem a seguinte subdivisão: (Cód.787939) Interbacia Rio Uruguai; (Cód.787938) Bacia Riacho Grande; (Cód.787936) Bacia Rio Jacutinga; (Cód.787937) Interbacia Rio Uruguai; (Cód.787933) Interbacia Rio Uruguai; (Cód.787932) Bacia Rio Irani; (Cód.787935) Interbacia Rio Uruguai; (Cód.787934) Bacia Rio do Engano; (Cód.787931) Interbacia Rio Uruguai. Codificação com o algarismo 78795, tem a seguinte subdivisão: (Cód.787953) Interbacia Rio Uruguai; (Cód.787951) Interbacia Rio Uruguai; (Cód.787956) Bacia Arroio Volta Seca; (Cód.787955) Interbacia Rio Uruguai; (Cód.787952) Bacia Sem Nome; (Cód.787954) Bacia Arroio Formenton; (Cód.787958) Bacia Lajeado São José; (Cód.787957) Interbacia Rio Uruguai; (Cód.787959) Interbacia Rio Uruguai. 36 Figura 8 - Mapa das Ottobacias – Nível 5 e 6 para a Microrregião Geográfica de Erechim. Fonte: Theodoro M; Decian S.V. (2010). Após os procedimentos aplicados e análise da região pode-se evidenciar no mapa e nos dados do organograma acima, que a Bacia do Rio Erechim codificada como (787924) possui a maior área dentro da Microrregião Geográfica de Erechim com 1198.994 km², abrangendo os municípios de Jacutinga, Barão do Cotegipe, Erebango, Erechim, Benjamim Constant do Sul Entre Rios do Sul, São Valentin, Cruzaltense, Ponte Preta, Paulo Bento, Quatro Irmãos e Campinas do Sul. 37 4.4 CARACTERIZAÇÃO DO BANCO DE DADOS RELACIONAL Num segundo momento, trabalhou-se, as bacias e interbacias apenas da Microrregião Geográfica de Erechim da área de abrangência de cada bacia hidrográfica; verificando-se a área, o perímetro, e os principais rios, sangas, lajeados, e arroios; sendo que seis interbacias e uma bacia hidrográfica das vinte cinco unidades não apresentaram denominação de rios ou arroios devido à base cartográfica 1:50. 000 adotada, ver quadro 3 abaixo. Para tanto utilizou-se como recurso para a obtenção destas informações quantitativas e qualitativas a partir de procedimentos de cruzamento de banco de dados dos limites municipais e das divisões das bacias hidrográficas proposta por este trabalho. Nível Nome Atribuído ÁREA km² Perímetro km Rios Principais na Bacia Interbacia Rio 787953 Uruguai 0.81932 4.14303 Sem Denominação Bacia Arroio 787956 Volta Seca 12.8228 16.6809 Arroio Volta Seca. CODIGO 6 6 6 Interbacia Rio 787933 Uruguai 6 Bacia 787964 Piraçucê Interbacia Rio Passo 787921 Fundo Interbacia Rio 787951 Uruguai Interbacia Rio 787955 Uruguai Interbacia Rio 787959 Uruguai Interbacia Rio 787931 Uruguai Interbacia 787963 Rio Apuaê 6 Bacia Rio 787924 Erechim 6 6 6 6 6 6 594.552 Rio:Esperança,Azul,Palomas,Pitanga,Pedra Grande, Douradinho,Tapir_Lajeados: Benteví, Pinhão,Brasil.Pinheiro, Bonito,Rancho de Tábuas,Anta Brava,Jacutinga, Barra Seca, dos Porcos, Rafael,Pedrinhas,Carolina, 149.433 Resvalente,Leão,Toldo, Rico_Sanga Meia-lua. Rios: Branco,Peixe ou Piraçucê,Abaúna_Arroios: Bonito, Inhaporã,Cachoeia,Acampamento,Caçador, Ribeiro,São Paulo, Sepultura,Tibiquara,Pacão,Castilhos_Sanga 134.745 Lisosky_Lajeados:Jacutinga,das Pedras,Florentina. 25.5748 28.6611 Lajeado do Engenho_Sanga dos Mouras. 3.46202 10.2773 Sem Denominação 0.334396 2.93225 Sem Denominação 3.55951 12.6991 Sem Denominação 686.557 125.688 122.142 1198.99 Rio Uruguai_Lajeados:Velho69.8057 velho,Jacutinga,Dourado, Clementino. Rio Apuaê ou Rio Ligeiro_Lajeados: Valeriano, 104.131 Maria, André, Bocol. Rios: Passo Fundo,Erechim, Cravo,Henrique_Sangas:da Viúva, Ticotico,Canaleta, da Bergamota, Revoltosa,Passo Feio_Lajeados: Barra Seca, Tombo,Laço,Liso, Jupirangava,Grande, Tigre,Ventarra_Arroios:Cedro,Paris,Jacutinga,Acam 199.026 panhento,Padre,Engenho Velho 38 Continuação do quadro 3 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 Bacia Sem 787952 Nome Interb0aci a Rio 787957 Uruguai Interbacia Rio 787937 Uruguai Interbacia 787967 Rio Apuaê Bacia Lajeado 787922 Grande Bacia Rio 787926 Inhapuçá Bacia Arroio 787954 Formenton Interbacia 787965 Rio Apuaê Interbacia Rio Passo 787923 Fundo Interbacia Rio 787939 Uruguai Interbacia Rio Passo 787925 Fundo Interbacia Rio 787935 Uruguai Bacia Rio Apuaé787962 mirim Interbacia 787961 Rio Apuaê Total Sem Denominação 2.76526 7.0274 14.7607 19.9038 676.683 94.512 Sem Denominação Rios:Coronel Teixeira, Napoleão,Lanbedor,Dourado, Bom Retiro,Negro, Pinga_Lajeados:do Tigre,Santa Lúcia,Jaguaretê,Paca,Tamanduá, da Várzea, Vaca Morta,das Antas,Três Pinheiros,Leão_Sangas:da 183.436 Gruta,Capoeira_Arroio Verde. 198.553 74.9039 Rio dos Índios. Lajeados: Encrenea,Grande,Divisa,Carangueijo_Sangas 76.1844 Votouro. 306.331 Rio Quicepecum ou Facão,Arroios: Inhupaçá, da 119.189 Laje, Iguré, Facãozinho, Macaco. 23.6162 25.9694 Arroio Formenton. 17.98 28.336 Rio Apuarê ou Rio Ligeiro. 675.204 Lajeados: Morumbi, Anta atolada, Engenho 57.4008 Velho_Sanga Faxinalzinho. Rios:Suzana,Teixeira,Santos Faria,Lambari,Carrapato_Lajeados: Jardim,do 140.342 Quinto,Teixeira Soares, Anta. Sangas: Feia, Palmeira,Lambedor_Arroios: Inhupaçá, Carafá,Cepultura, da Taipa,do Meio, 230.506 Cipó,Carreta Quebrada. Rios: Novo,Agulha,Uruguai_Sanga Sarandí_Lajeados: 95.882 Tamanduazinho,Ajeitado,Capivari. Rios: Apuê-Mirim,Toldo, Campo,Caçador_Lajeados: Três Barras,Veado,Liso,Bonito, Alice, Pororó, Passarinho, Barro,Taitetu,da Vaca Morta_Arroio 141.348 Tigre. 13.8464 30.4828 65.2713 426.593 469.112 156.366 5916.095706 Sem Denominação Foram assinalados os principais rios, sangas, lajeados e arroios encontrados na base cartográfica 1963.44588 1:50.000 Quadro 3: Banco de dados do nível 6 das ottobacias para Microrregião Geográfica de Erechim. Fonte: Theodoro M; Decian S.V. (2010). Após a análise do Mapa das Ottobacias no nível 6 da Microrregião Geográfica de Erechim foi possível verificar a área, e o perímetro para cada bacia e interbacia dentro do município, pode-se constatar que uma bacia hidrográfica pode abranger vários municípios Entretanto, um município pode abranger varias bacias e interbacias, um exemplo disso é a cidade de Erechim, onde notou-se que esta tem presente a Interbacia Rio Uruguai (cód.787933); (cód.787937); (cód.787939); Bacia Rio Erechim (cód.787924); e a Bacia Rio Apuaê-mirim (787962). Salvo uma minoria de municípios, interbacias e bacias hidrográficas que se localizam em apenas em uma área. 5 CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES Pode-se constatar que a partir dos dados existentes sobre o método da Ottobacias utilizado, conseguiu-se a subdividir a Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai até o nível 3, entretanto depois desta divisão contemplou-se a interbacia do Rio Uruguai com código 787, para deter-se a Microrregião Geográfica de Erechim, na qual obteve-se a subdivisão até o nível 6, gerando assim um banco de dados. Contudo a subdivisão da bacia hidrográfica além do nível 6 não foi possível de ser realizada, pois o trabalho diminuiria sua precisão, tendo como um dos fatores à escala na qual trabalhou-se, para um maior detalhamento, seria necessárias, saídas a campo. Por isso passou-se a deter na organização das tabelas para estruturação do banco de dados georreferênciados de fácil consulta. Recomenda-se que o resultado deste trabalho, disponibilizado em meio digital sirva de base para futuros trabalhos que envolvem o planejamento ambiental e planos ambientais como estratégia de Ecologia de Paisagens. Com os mapas e as informações revisadas e atualizadas que serão repassados em forma digital para todos os municípios da Microrregião Geográfica de Erechim, assim como para a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Rio Grande do Sul é também para a AMAU (Associação dos Municípios do Auto Uruguai), onde poderão desenvolver estratégias no planejamento de conservação dos recursos hídricos a partir da proposta oficial das Ottobacias em nível federal, estadual e regional. 6 Referências AGÊNCIA NACIONAL DAS ÁGUAS. Divisão das Bacias Hidrográficas Brasileiras. RESOLUÇÃO Nº. 32, de 15 de outubro de 2003. Disponível em: <www.ana.gov.br>. Acesso em 2 fev.2010. BRASIL, Lei nº 9.433, de 08 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, e dá outras providências. Diário Oficial (da) República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 08 jan. 1997. Disponível em:<http: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/l9433.htm>. Acesso em 15 março 2010. ________, Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000. Dispõe sobre a criação da Agência Nacional de Águas - ANA, entidade federal de implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e de coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, e dá outras providências. Diário Oficial (da) República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 17 jul. 2000. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil/Leis/L9984.htm>. Acesso em 15 de março 2010. _________,MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Programa Parâmetros em ação, meio ambiente na escola: guia do formador. Brasília: Secretaria da Educação Fundamental, 2001. 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