B.1.4 - Engenharia de Produção
DESCARTE DE MATERIAL RADIOLÓGICO NO MUNICÍPIO DE ALAGOINHAS-BA.
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Leidiane Bastos Senna , Daniele Carvalho Vasconcelos , Joaquim de Souza Matos Neto , Luana Nascimento
Freitas Sodré2, Susana Rebeca Andrade Dória2, Adeildo Moacir Costa Magalhães3, Maria Jose Dias Sales4.
1. Estudante Engenharia de Produção e MBA em Logística Empresarial na Faculdade
*[email protected]
2. Estudante Engenharia de Produção na Faculdade Santíssimo Sacramento.
3. Coordenador do Curso de Engenharia de Produção da Faculdade Santíssimo Sacramento.
4. Orientadora: Mestre em Agroecossistemas e Recursos Naturais – UFS/ Docente da
Faculdade Santíssimo Sacramento.
Santíssimo
Sacramento
Palavras Chave: Radiografia, Reciclagem, Descarte.
Introdução
Os filmes radiográficos são foco de uma grande
preocupação, uma vez que podem causar sérios riscos
tanto à saúde humana quanto ao meio ambiente, por
conter componentes nocivos como a prata e o acetato, um
material utilizado na fabricação do plástico, é um derivado
do petróleo e leva mais de cem anos para a sua
decomposição. Também existem vestígios de chumbo e
ainda há os resíduos gerados durante a revelação. Com
base nos riscos, surgem algumas empresas que
trabalham com a reciclagem promovendo campanhas de
coleta, mas não conseguindo ampla área de atuação, por
falta de uma lei que regulamente o descarte. Com a
evolução da tecnologia algumas clínicas já trabalham com
imagens digitais, no entanto, essa parcela ainda é
pequena. Além disso, a população mantém guardada em
suas casas, por anos, as radiografias por falta de instrução
ou acabam descartando no lixo comum.
Assim o presente artigo tem como objetivo conhecer
como é realizado o descarte dos materiais radiológicos no
município de Alagoinhas.
descarte desse material, 84,08% afirmam jogar no lixo de
casa e 2,99% entregam para a reciclagem, no entanto,
esse material é disponibilizado em sua maioria das vezes,
ficando junto com os plásticos na separação da coleta
seletiva.
Quando as pessoas foram questionadas se já foram
informados por médicos ou técnicos de radiologia de
como deve ser feito o descarte desse material, 99%
afirmaram que nunca foram informados e apenas 1%,
afirmaram que sim, correspondendo a 2 pessoas, sendo
que uma pessoa afirmou que em um hospital em
Salvador-Ba. Com relação aos efeitos do descarte
inadequado das radiografias, 84,08% afirmaram não
saber. E entre os 15,92% apontaram como conseqüência:
Figura 01: Consequência do descarte inadequado.
Resultados e Discussão
Para desenvolvimento do estudo foram feitas pesquisas
bibliográficas, aplicação de questionários à população
(201) e entrevistas aos profissionais que atuam ou
administram o setor de radiologia, 3 clínicas.
A clínica A terceiriza o serviço de imagem e radiologia e
há 4 anos trabalha com tecnologia digital. A clínica B tem
radiografias que são digitalizadas, mas os raio-x Peri
apical é necessário revelar manualmente. Eles trabalham
com um programa que armazena todas as radiografias
digitalizadas, inclusive as de revelação manual, onde são
tiradas fotos, digitalizadas e anexadas no mesmo
programa. A Clínica C trabalha com radiografias
impressas e reveladas, em média são 250 radiografias
reveladas por dia e 20 impressas. Esta clínica possui um
setor de arquivamento de exames, onde ficam
armazenadas de 3 a 5 anos e após esse período, as
radiografias são descartadas em parceria com uma
empresa terceirizada, conveniada ao programa de
gerenciamento de resíduos.
Sobre os questionários ficou evidente que 85% das
pessoas que participaram da pesquisa guardam sua
radiografia, sendo que 50,25% deixam guardados por até
1 ano e 34,83% deixam por tempo indeterminado. Com
relação à quantidade de radiografias que possuem em
casa, 83,58% garantem ter menos de 5 unidades e
12,44% afirmam ter entre 5 e 10 unidades. Sobre o
Conclusões
É notório que há falta de informações relacionadas aos
perigos do descarte inadequado, também não há
informação sobre ações voltadas para a reciclagem e
orientações dos profissionais da área. Havendo uma
necessidade de campanhas informativas para sensibilizar
as pessoas de que as radiografias devem ser descartadas
em locais adequados, para o próprio bem da sua saúde e
do meio ambiente.
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CONAMA. Conselho Nacional do Meio Ambiente.
Resolução Conama n 001, de 23 de janeiro de 1986.
Disponível
em:
<http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.ht
ml>. Acesso em: 15/05/2014.
CORRÊA, Maria Bethânia Ribeiro. Radiologia. São Paulo:
Difusão Cultural do Livro, 2010.
DIAS, Reinaldo. Gestão ambiental: responsabilidade
social e sustentabilidade. São Paulo: Atlas, 2010.
67ª Reunião Anual da SBPC
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