Padrões de Desempenho Estudantil Abaixo do Básico Básico Proficiente Os Padrões de Desempenho são categorias definidas a partir de cortes numéricos que agrupam os níveis da Escala de Proficiência, com base nas metas educacionais estabelecidas pelo SAEGO. Esses cortes dão origem a quatro Padrões de Desempenho, os quais apresentam o perfil de desempenho dos estudantes: Abaixo do Básico Avançado Além disso, as competências e habilidades agrupadas nos Padrões não esgotam tudo aquilo que os estudantes desenvolveram e são capazes de fazer, uma vez que as habilidades avaliadas são aquelas consideradas essenciais em cada Básico Proficiente Avançado etapa de escolarização e possíveis de serem avaliadas em um teste de múltipla escolha. Cabe aos docentes, através de instrumentos de observação e registros Desta forma, estudantes que se encontram em um Padrão de utilizados em sua prática cotidiana, Desempenho abaixo do esperado para sua etapa de escolaridade identificarem outras características precisam ser foco de ações pedagógicas mais especializadas, de apresentadas por seus estudantes modo a garantir o desenvolvimento das habilidades necessárias ao e que não são contempladas nos sucesso escolar, evitando, assim, a repetência e a evasão. Padrões. Isso porque, a despeito Por outro lado, estar no Padrão mais elevado indica o caminho para o êxito e a qualidade da aprendizagem dos estudantes. Contudo, é preciso salientar que mesmo os estudantes posicionados no Padrão mais elevado precisam de atenção, pois é necessário estimulá-los para que progridam cada vez mais. dos traços comuns a estudantes que se encontram em um mesmo intervalo de proficiência, existem diferenças individuais que precisam ser consideradas para a reorientação da prática pedagógica. São apresentados, a seguir, exemplos de itens* característicos de cada Padrão. *O percentual de respostas em branco e nulas não foi contemplado na análise. Língua Portuguesa - 5º ano do Ensino Fundamental | SAEGO 2013 Abaixo do Básico 0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 até 125 pontos As habilidades presentes neste Padrão de Desempenho são muito elementares e relacionam-se, essencialmente, à apropriação do código alfabético. Apesar disso, os estudantes cujas médias de proficiência encontram-se nesse padrão revelam ter desenvolvido algumas habilidades indicativas da participação em eventos sociais e escolares de letramento. Eles leem frases e, nelas, localizam informações. Além disso, identificam a finalidade e o gênero de textos que circulam em contextos ligados à vida cotidiana, como bilhetes, receitas e convites. Isso mostra que ainda não podem ser considerados leitores autônomos, pois ainda necessitam desenvolver habilidades que lhes permitam interagir com textos diversos. Leia o texto abaixo. Nova Escola. n 232, p. 37, maio 2010. (P070208B1_SUP) (P070208B1) Nesse texto, a expressão do menino no primeiro quadrinho mostra que ele está A) apavorado. B) irritado. C) nervoso. D) raivoso. Este item avalia a habilidade de os estudantes interpretarem texto com auxílio de material gráfico diverso, no caso, uma tirinha. Para a resolução deste item, os alunos devem compreender que o suporte escolhido é um texto constituído de linguagem mista. Assim, a construção de seu sentido deve considerar os elementos verbais e não verbais que o constituem. O suporte escolhido, por ser de fácil compreensão e muito presente no cotidiano escolar, facilita a tarefa a ser realizada pelo estudante. Os estudantes que escolheram a alternativa A (gabarito) demonstram ter desenvolvido a habilidade, reconhecendo que o personagem, no primeiro quadrinho, encontra-se apavorado diante da descoberta de que não havia devolvido o livro na data correta. Para isso, conjugaram a informação verbal contida no balão, marcada principalmente pela expressão “cruzes!”, que revela surpresa, à imagem do menino boquiaberto e com olhos arregalados. Os estudantes que assinalaram as alternativas B e D realizaram uma inferência não autorizada pelo texto, na medida em que interpretaram a expressão facial do garoto como indicativo de raiva ou irritação pelo fato de ter se esquecido de devolver o livro. Tal leitura não é pertinente, pois sua expressão revela surpresa, susto, e não sentimentos semelhantes à fúria. Por fim, a escolha pela alternativa C parece indicar que os estudantes compreenderam que, diante da situação apresentada, o menino estava ansioso, tenso, apreensivo em relação às possíveis consequências decorrentes do atraso. Essa interpretação pode ter sido reforçada pelo segundo quadrinho, em que se percebem as gotículas de suor � 85,5% de acerto A B C D 85,5% 3,2% 7,6% 1,3% Língua Portuguesa - 5º ano do Ensino Fundamental | SAEGO 2013 na face do menino, novamente boquiaberto, revelando, por parte do personagem, nervosismo diante do fato. No entanto, essa informação não corresponde ao que foi solicitado no comando. Torna-se fundamental que, nesta etapa de escolarização, os estudantes já sejam capazes de associar recursos linguísticos e extralinguísticos para a interpretação de textos mistos, compreendendo que a conjugação desses elementos contribui para a construção do sentido do texto. Leia os textos abaixo. Texto 1 Lições de moral 5 10 A principal lição de moral aprendida com os “Os Três Porquinhos” é que o trabalho duro e dedicação recompensam. Enquanto os dois primeiros porcos construíram casas rapidamente para ter tempo livre para brincar, o terceiro porquinho trabalhou na construção da sua casa de tijolos. Comparado aos outros dois porcos, um esforço extra feito pelo terceiro porco fez com que a sua casa durasse. A ideia de que tomar um tempo para executar uma tarefa da maneira correta tem sido adotada por muitas organizações de trabalho e pregada por professores e pais de crianças de muitas gerações. [...] A versão moderna de “Os Três Porquinhos” foi adaptada por Joseph Jacobs, no qual fez alterações para atrair um público mais jovem. De acordo com Roli Books, na história original, o “Lobo Mau” foi cozido em uma panela e comido pelos três porcos. Ao invés do horrível fim do lobo, Jacobs adaptou o conto, e assim o “Lobo Mau” apenas desceu pela chaminé e queimou sua cauda. Na interpretação da Disney, o lobo fica dentro de uma panela de pressão, mas foge da dor através da chaminé. Disponível em: <http://www.ehow.com.br/moral-historia-tres-porquinhos-sobre_6978/>. Acesso em: 19 abr. 2013. Fragmento. Texto 2 Disponível em: <http://www.not1.xpg.com.br>. Acesso em: 18 abr. 2013. (P050429E4_SUP) (P050431E4) O Texto 2 é engraçado porque A) o lobo acredita que os porquinhos estão doentes. B) o lobo não conseguiu derrubar a casa. C) os porquinhos estão rindo do lobo. D) os porquinhos não sabem o motivo de o lobo fugir. Este item avalia a habilidade de identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados, o que está relacionado, entre outros elementos, à quebra da expectativa construída pelo leitor ao longo do texto. Nesse sentido, para identificar os aspectos humorísticos, é necessário compreender a passagem que surpreende o leitor, que está na contramão do fluxo textual. Os dois textos utilizados no suporte, embora pertençam a gêneros distintos, apresentam relação intertextual, já que ambos, de alguma forma, fazem referência à história infantil dos três porquinhos. O comando do item requer que os estudantes identifiquem em que consiste o efeito de humor presente no segundo texto. Para que possam interpretar corretamente o cartum e seu efeito de humor, é necessário que acionem seus conhecimentos de mundo acerca da história, de modo a identificarem os personagens apresentados e a relação entre eles, entendendo o porquê de o lobo ter ido até a casa dos porquinhos. Além disso, devem compreender, no segundo balão, que a gripe suína é uma doença que se caracteriza por ser uma variação da gripe comum e apresentar como hospedeiro natural o porco, que pode transmitir a doença a outras espécies. Assim, os estudantes que mobilizaram esses conhecimentos extratextuais, aplicando-os ao contexto em questão, possivelmente, reconheceram que o fato de o lobo achar que os porquinhos estão com gripe suína o fez desistir de atacá-los, e que isso é o que torna o texto engraçado. Os estudantes que escolheram a alternativa B não se ativeram à resposta dada pelo porquinho no segundo balão e pautaramse, exclusivamente, em seus conhecimentos sobre a história e a imagem apresentada no cartum. Assim, pelo fato de a casa dos porquinhos aparecer intacta e o lobo estar fugindo, consideraram que este não conseguiu derrubar a casa, o que conferiria um tom cômico ao texto. Já os que optaram pelo distrator C, também parecem não ter desenvolvida a habilidade em questão, pautando-se tão somente na imagem dos porquinhos rindo, associando esse fato à comicidade do texto. Por fim, a escolha pela alternativa D demonstra uma leitura superficial do texto, na medida em que os estudantes não foram capazes de conjugar os conhecimentos necessários à compreensão do cartum. Esses educandos, provavelmente, guiaram-se apenas pela pergunta feita no primeiro balão e associaram esse questionamento ao humor do texto. 72 72,1% de acerto A B C D 72,1% 6,1% 7,1% 12,7% Língua Portuguesa - 5º ano do Ensino Fundamental | SAEGO 2013 Básico 0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 de 125 a 175 pontos Neste padrão, manifestam-se habilidades que evidenciam uma maior autonomia na leitura de alguns gêneros textuais que circulam no contexto escolar e que apresentam temáticas familiares aos estudantes. Nota-se que, neste padrão, eles começam a desenvolver habilidades básicas de leitura, como localização de informações explícitas, reconhecimento de elementos da narrativa e do assunto do texto. Além disso, realizam operações relativas à inferência de sentido de palavra ou expressão, de uso de pontuação, de informações em textos com estrutura simples e de efeitos de humor. Também, identificam a finalidade de textos. No que se refere à variação linguística, reconhecem expressões características da linguagem coloquial. Constata-se, portanto, que começam a desenvolver uma série de habilidades que lhes permitirão avançar para um nível mais complexo de leitura. Leia o texto abaixo. O jabuti e o jacaré Quando índio conta história de bicho, quase sempre o esperto é o macaco ou o jabuti. Esta é mais uma do jabuti. Só que desta vez ele não é muito esperto, não. Dizem que um dia o jabuti fez uma flauta com o osso da canela de uma onça. Ele tocava muito bem, e todos os bichos ficavam com inveja. Principalmente o jacaré, que certa vez pediu: – Amigo jabuti, será que você me empresta um pouco a sua flauta para eu experimentar e ver se consigo tocar? Num instante eu devolvo. O jabuti emprestou. O jacaré agarrou a flauta, pulou com ela dentro d’água e sumiu. O jabuti ficou muito zangado, cansou de pedir a flauta de volta, mas nem sinal dela. MACHADO, Ana Maria. O jabuti e o jacaré. In: Histórias à brasileira. São Paulo: Companhia das Letrinhas. p. 57. Fragmento. (P050357B1_SUP) (P050358B1) De acordo com esse texto, a flauta era feita de osso de A) macaco. B) jabuti. C) onça. D) jacaré. Este item avalia a habilidade de o estudante localizar Os respondentes que assinalaram a letra B, informações explícitas em um texto, o que significa provavelmente, confundiram o agente da ação, ser capaz de localizar informações que se encontram nesse caso, quem fez a flauta, o jabuti, com o na superfície textual, claramente apresentadas no animal cujo osso serviu de instrumento utilizado na texto. No caso desse item, o suporte escolhido foi um construção: a onça. conto voltado ao público infantojuvenil, um gênero conhecido dos alunos e muito trabalhado na escola. Por fim, os que escolheram a letra D também O texto em questão caracteriza-se por ser de fácil são personagens dessa história. Nesse caso, o compreensão para esta etapa de escolaridade, equívoco pode ter sido cometido pelo fato de uma vez que apresenta linguagem simples, de curta o jacaré, que também participa da história, ter extensão e, ainda, o próprio gênero abordado, pedido a flauta emprestada. bastante familiar nas esferas escolares. se confundiram em relação aos animais que A opção por qualquer um dos distratores A tarefa solicitada prevê que os estudantes demonstra dificuldade em realizar procedimentos completem o comando do item com uma das básicos de leitura que são alicerces para outras alternativas apresentadas. Para isso, devem retomar habilidades mais sofisticadas. o texto e localizar a informação específica solicitada pelo comando, encontrada no segundo parágrafo. Aqueles que procederam à leitura do texto, acompanhando o fluxo da narrativa, foram capazes de retomar a informação solicitada pelo item, assinalando a alternativa C – o gabarito. Os estudantes que marcaram a alternativa A, possivelmente, escolheram esse distrator pelo fato de o animal macaco ter sido mencionado inicialmente no texto. No entanto, essa informação não apresenta relação com o que é apresentado no comando. 80 80,4% de acerto A B C D 2,4% 9,5% 80,4% 5,4% Língua Portuguesa - 5º ano do Ensino Fundamental | SAEGO 2013 Leia os textos abaixo. Texto 1 Texto 2 Quanto pesa sua mochila? 5 10 15 Você já parou para pensar quanto pesa sua mochila? Então, aproveite e pare na farmácia do caminho para pesá-la. O material escolar que todos têm de levar para a escola diariamente muitas vezes supera os cinco quilos. Pode ser pouco para um adulto, mas certamente mais do que muitas crianças poderiam carregar sem comprometer sua coluna. Agora, imagine todo esse peso colocado em cima de suas costas. Ruim, né? E isso sem falar que você, provavelmente, costuma levar todo o peso da mochila em um ombro só, o que pode ser mais prejudicial. A melhor forma de carregar a mochila é bem apoiada nas costas e presa nos dois ombros, pelas alças. CHC, ano 10, n.66, jan. / fev. 1996. Zá, ano 1, n. 1, jul. 1996, p. 24. Fragmento. (P050060ES_SUP) (P050060ES) Esses dois textos são parecidos porque A) falam sobre a questão do peso das mochilas. B) comparam os alunos com tartarugas. C) mostram a importância de cuidar do material. D) trazem o peso adequado das mochilas. Este item também se encontra no padrão de desempenho básico e avalia a habilidade de reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema. 80 80,4% de acerto A B 80,4% 5% C D 4,2% 7,5% Leia o texto abaixo. Papagaio Um homem foi à loja comprar um animal, e o vendedor falou: – Chegou na hora certa, temos um papagaio especial. Se você levantar a perna esquerda dele, ele fala Inglês. Se levantar a perna direita, ele fala Francês. Aí o comprador perguntou: – E se eu levantar as duas? O papagaio disse: – Aí eu caio, ora! Disponível em: <http://criancas.uol.com.br/piadas/livro-de-piadas/papagaio.jhtm>. Acesso em: 4 jun. 2012. (P050540BH_SUP) (P050540BH) O que torna esse texto engraçado é A) a pergunta do comprador. B) a resposta do papagaio. C) o fato de o papagaio falar Inglês. D) o homem ter chegado na hora certa. Este item também é representativo deste padrão de desempenho e avalia a habilidade de identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados. 77 77,8% de acerto A B C D 8,4% 77,8% 7,1% 4,8% Língua Portuguesa - 5º ano do Ensino Fundamental | SAEGO 2013 Proficiente 0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 de 175 a 225 pontos Analisando-se as habilidades representativas deste Padrão de Desempenho, observa-se que há indícios de apropriação de elementos que estruturam o texto, manifestada em operações de retomada de informações por meio de pronomes pessoais retos, por substituição lexical e por reconhecimento de relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por advérbios, locuções adverbiais e por marcadores de causa e consequência. Com relação às operações inferenciais, eles depreendem informações implícitas, o sentido de palavras ou expressões, o efeito do uso da pontuação e de situações de humor. No que diz respeito ao tratamento das informações globais, esses estudantes identificam o assunto de textos que abordam temáticas que lhes são familiares; identificam elementos da estrutura narrativa e distinguem fato de opinião. Acrescenta-se ainda a capacidade de interpretarem textos que integram linguagem verbal e não verbal, cuja temática se relaciona ao cotidiano do estudante. Percebe-se que, neste padrão, os estudantes revelam estar em contato mais intenso com eventos de letramento, pois conseguem identificar a finalidade de alguns textos que circulam em uma sociedade letrada. Uma das habilidades que melhor evidencia a ampliação da complexidade das operações cognitivas realizadas pelos estudantes que se encontram neste padrão é a capacidade de construir relações de intertextualidade, comparando textos que tratam do mesmo tema. Constata-se, assim, que os estudantes que se encontram neste intervalo de proficiência conseguem mobilizar habilidades para atuar sobre o texto, indo além das informações apresentadas em sua superfície, atingindo camadas mais profundas de significado. Leia os textos abaixo. Texto 1 Segredos das rochas Para saber mais sobre as criaturas do passado, os cientistas estudam algumas pistas, chamadas fósseis. No caso dos dinossauros, são ossos, dentes e pedaços de pele que ficaram conservados entre camadas da terra. Com o passar de milhões de anos, essas camadas de terra se transformam em rochas, que ficam com marcas de folhas, pedacinhos de ossos e dentes ou até esqueletos inteiros. Outro sinal importante são as pegadas. Com esse tipo de fóssil é possível descobrir se uma espécie de dino era veloz ou pesada, se andava em bandos e como se movia. Os especialistas que estudam fósseis de animais e vegetais são os paleontólogos. Recreio. Detetives do passado. São Paulo: Abril, ano 1, n. 15, 22 jun. 2000. p.15. Texto 2 O local das descobertas Santa Maria, Rio Grande do Sul Staurikosaurus Pricei É um dos quatro dinossauros mais antigos já encontrados. Viveu entre 220 e 221 milhões de anos atrás. Sua ossada foi achada em 1936 por paleontólogos da Universidade Harvard. Era carnívoro. Podia atingir até 2 metros de comprimento e 1 metro de altura. OLTRAMARI, Alexandre. O mundo perdido. Veja. São Paulo: Abril, n.12, 1998. (P050091EX_SUP) (P050091EX) O que há em comum entre esses textos? A) Descrevem os tipos de rochas. B) Informam sobre a vida de um paleontólogo. C) Relatam a caçada aos dinossauros. D) Tratam da descoberta de fósseis de dinossauros. Este item avalia a habilidade de reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido. Trata-se de uma habilidade que pode apresentar considerável nível de dificuldade, visto que é necessário, primeiramente, compreender cada um dos textos para, então, relacioná-los, percebendo suas semelhanças e diferenças. Os textos escolhidos para o suporte são curiosidades abordadas em textos jornalísticos que tratam de um assunto de interesse para essa faixa etária, o que pode facilitar a resolução do item. Espera-se que os estudantes sejam capazes de reconhecer que o que aproxima os dois textos está na descoberta de fósseis de dinossauros, o que os levaria a assinalar, portanto, a letra D. Para isso, seria preciso, entre outros procedimentos, que o estudante associasse a ossada encontrada no segundo texto a um tipo de fóssil abordado no primeiro. 64 64,1% de acerto A B C D 10,3% 10,5% 13,1% 64,1% Língua Portuguesa - 5º ano do Ensino Fundamental | SAEGO 2013 Os estudantes que optaram pelo distrator A, provavelmente, concentraram-se somente na leitura do primeiro texto, no qual temos a descrição, no segundo parágrafo, das rochas originadas das camadas de terra onde foram achados os vestígios de dinossauros. Já aqueles que escolheram a alternativa B, possivelmente, pautaramse em uma informação pontual presente nos dois textos, mas que não se configura como uma aproximação entre eles. Além disso, não há dados sobre a vida dos paleontólogos, conforme expresso no distrator. Por fim, a escolha da alternativa C justifica-se pela incompreensão dos estudantes em relação ao fato relatado no texto dois. Os estudantes podem ter entendido que a descoberta dos fósseis de dinossauros derivou-se de uma procura (“caçada”) por vestígios desses animais, e não de um achado decorrente do trabalho de especialistas. A habilidade de leitura aferida nesse item é de suma importância para a formação de leitores proficientes, capazes de ir além do texto, relacionando ideias e refletindo sobre elas, de modo a perceber que os textos estão em constante diálogo. Leia o texto abaixo. A professora pediu para que os alunos escrevessem uma redação para o Dia das Mães. No final, deveriam colocar a frase: “Mãe só tem uma!”. Todos os alunos fizeram a redação. Uns elogiavam as mães, outros contavam alguma história, mas todos colocaram no final a frase: “Mãe só tem uma!”. Faltou o Joãozinho. Aí a professora pediu para ele ler seu trabalho. Então o Joãozinho levantou-se e começou a ler: – Tinha uma festa lá em casa e a minha mãe pediu para eu buscar duas garrafas de suco na geladeira. Eu fui até a cozinha, abri a geladeira e falei: “Mãe, só tem uma!”. Disponível em: <http://criancas.uol.com.br/piadas/livro-de-piadas/querida-mamae.jhtm>. Acesso em: 22 abr. 2013. (P050445E4_SUP) (P050446E4) No trecho “– Tinha uma festa lá em casa...”, o travessão foi usado para A) apresentar um trecho importante. B) destacar uma explicação do narrador. C) indicar a fala do personagem. D) introduzir um comentário do narrador. Este item avalia a habilidade de identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações. O suporte escolhido facilita a leitura e a construção de sentido dos estudantes, uma vez que a anedota é um gênero muito presente no cotidiano dos alunos e apresenta linguagem simples. Além disso, o travessão, sinal cuja finalidade foi questionada pelo comando, está muito presente nos textos narrativos, usualmente explorados nas séries iniciais. O travessão pode ser usado para diversas finalidades. No entanto, a mais elementar e de uso mais recorrente está relacionada à indicação da fala de um personagem, no caso dos textos narrativos. Assim, os estudantes que assinalaram o gabarito, letra C, demonstram ter desenvolvido a habilidade, reconhecendo que, em uma anedota, esse sinal de pontuação marca a fala de um personagem. Os estudantes que assinalaram a alternativa A, possivelmente, consideraram o travessão um sinal utilizado para enfatizar uma informação. Ou podem, ainda, ter considerado que o travessão introduz o desfecho inesperado dessa história e, por isso, apresentaria um trecho importante do texto. No entanto, desconsideraram o contexto narrativo do texto. Aqueles que assinalaram a alternativa B, possivelmente, associaram o travessão a uma função explicativa, possível em outros contextos de uso desse sinal, mas inadequado nesse caso. Por fim, os estudantes que optaram pela alternativa D, assim como aqueles que escolheram a letra B, podem ter se equivocado na identificação do narrador e do personagem e, por isso, assinalaram uma tarefa que é do narrador, sem reconhecer que o travessão marca a fala do personagem. 68 68,1% de acerto A B C D 11,9% 9,4% 68,1% 8,7% Língua Portuguesa - 5º ano do Ensino Fundamental | SAEGO 2013 Leia o texto abaixo. Você já ouviu a história do Cavalo de Troia? Ela é contada na “Ilíada”, um poema muito antigo que narra uma guerra entre a Grécia e a cidade de Troia. A briga teria começado quando um príncipe de Troia sequestrou a mulher de um rei grego. Diz a lenda que os gregos venceram a guerra com um truque: deixaram um cavalo gigante de madeira na porta de entrada de Troia, como se fosse um presente. Os troianos levaram o cavalo para dentro e ele estava cheio de soldados gregos! É por isso que a gente diz que ganhou um “presente de grego” quando recebe alguma coisa ruim. [...] Disponível em: <http://www.turmadosaber.com.br/chiquinho/vchiq_grecia.asp>. Acesso em: 10 abr. 2012. Fragmento. (P050389BH_SUP) (P050389BH) De acordo com esse texto, os gregos utilizaram o cavalo gigante de madeira para A) entrar com os soldados em Troia. B) presentear o príncipe de Troia. C) propor o fim da guerra. D) resgatar a mulher do rei. Este item relaciona-se à habilidade de inferir uma alternativa B, de que o cavalo de madeira foi deixado informação implícita em um texto. É uma habilidade como um presente aos troianos. No entanto, a complexa, já que se refere a uma informação que informação apresentada, imediatamente, em seguida não está presente na superfície textual, mas sim no texto, de que o “presente” estava cheio de nas entrelinhas. O percurso cognitivo realizado pelo soldados, demonstra que a guerra prosseguiu. estudante deve partir da leitura do texto e, a partir de pistas fornecidas no corpo textual, o estudante Finalmente, os estudantes que escolheram a deve inferir fatos que não estão explícitos. alternativa D, provavelmente, inferiram que o cavalo Os estudantes que marcaram o gabarito, alternativa baseando-se no fato do sequestro. Essa dedução, A, compreenderam que o cavalo gigante de madeira por sua vez, não está correta, visto que, pela leitura foi utilizado como uma estratégia dos gregos para do texto, fica claro que os gregos pretendiam atacar entrar com os soldados em Troia e atacá-los. Troia e vencer a guerra. Esses estudantes demonstram ter consolidado a de madeira foi usado para resgatar a mulher do rei, habilidade avaliada pelo item. Diante do exposto, observa-se que a habilidade Aqueles que optaram pelo distrator B levaram em fundamental para o amadurecimento da conta a informação apresentada no texto de que capacidade leitora dos estudantes. o cavalo foi deixado em Troia como se fosse um presente e, ainda, a expressão “presente de grego”. No entanto, essa inferência não está de acordo com o texto, já que não parece possível que os gregos quisessem presentear o príncipe troiano após ele ter sequestrado a mulher de um rei grego. A escolha da alternativa C pressupõe uma inferência possível, porém não plausível de acordo com o texto. Possivelmente, os educandos guiaram-se pela mesma informação daqueles que escolheram a de estabelecer inferências é complexa, mas 54 54,9% de acerto A B C D 54,9% 14,3% 9% 19,4% Leia o texto abaixo. A menina corajosa 5 10 15 Esta história aconteceu com a minha bisavó paterna e foi contada pela filha dela, que é minha avó. Quando criança, minha bisavó morava num sítio. Seu pai sustentava a família trabalhando na roça. Todos os dias, ela ia levar comida para o pai no roçado, um lugar longe de casa. Sua cachorrinha sempre ia com ela. Um dia, quando levava a marmita para o pai, andando bem tranquila pela trilheira, num lugar onde a mata era fechada, viu que a cachorrinha começou a choramingar e a se enrolar nas próprias pernas. A menina percebeu que alguma coisa estranha estava acontecendo. Olhou para os lados e viu uma onça bem grande, com o bote armado, a ponto de pular do capinzeiro em cima dela. No que viu a onça, a menina ficou encarando a danada. Pouco a pouco, sempre olhando para o bicho, ela foi se afastando para trás sem se virar. Quando pegou uma boa distância, a menina correu em disparada até se sentir segura. Quando chegou em casa, estava sem voz. Depois de muito tempo é que conseguiu falar. Os homens da fazenda pegaram as armas e foram procurar a onça. Mas não a encontraram. Minha bisavó foi muito corajosa, porque na hora em que ela viu a onça, conseguiu lembrar do que o povo dizia: “Onça não ataca de frente, porque tem medo do rosto da pessoa. Quem quiser se ver livre dela basta encarar a danada e não lhe dar as costas”. TOMAZ, Cristina Macedo. De boca em boca. São Paulo: Salesiana, 2002. (P050102A9_SUP) (P050107A9) A frase que expressa uma opinião sobre a bisavó é: A) “Quando criança, minha bisavó morava num sítio.”. (ℓ. 2) B) “Seu pai sustentava a família trabalhando na roça.”. (ℓ. 2-3) C) “Sua cachorrinha sempre ia com ela.”. (ℓ. 4) D) “Minha bisavó foi muito corajosa,...”. (ℓ. 15) Este item está alocado no padrão de desempenho proficiente. Ele avalia a habilidade de distinguir um fato da opinião relativa a esse fato. 64 64,4% de acerto A B C D 17,6% 9,2% 6,3% 64,4% Língua Portuguesa - 5º ano do Ensino Fundamental | SAEGO 2013 Leia os textos abaixo. Texto 1 As vitaminas As vitaminas são compostos orgânicos, presentes nos alimentos, essenciais para o funcionamento normal do metabolismo e, em caso de falta, pode levar a doenças. [...] A disfunção de vitaminas no corpo é chamada de hipovitaminose ou avitaminose. O excesso pode trazer problemas, no caso das vitaminas lipossolúveis, de mais difícil eliminação, é chamado de hipervitaminose. Atualmente é reconhecido que os seres humanos necessitam de 13 vitaminas diferentes. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Vitamina>. Acesso em: 22 maio 2010. Fragmento. Texto 2 Como obter vitaminas a partir dos alimentos Esses alimentos têm vantagem dupla: são gostosos e ricos em vitaminas. Ponha-os na sua lista de compras. Vitamina C Folato Betacaroteno B12 Vitamina E B6 Brócolis Pimentão vermelho Couve-debruxelas Mamão Lentilha Cenoura Amêijoas Batata Grão-de-bico Abóbora Truta arco-íris Aspargos Espinafre Amêndoas Óleo de girassol Manteiga de amendoim Feijão preto Suco de laranja Batata-doce Salmão vermelho Carne bovina Banana Grão-de-bico Frango Seleções Reader’s Digest. maio 2009, p. 66. *Adaptado: Acordo Ortográfico. (P050412B1_SUP) (P050412B1) O assunto comum entre esses dois textos é A) a falta de vitaminas no organismo. B) as vitaminas presentes nos alimentos. C) o preparo de comidas saudáveis. D) os alimentos que causam doenças. Observe outro exemplo de item representativo deste padrão de desempenho. Este item avalia a habilidade de reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido. 59 59% de acerto A B C D 20,9% 59% 12,3% 5,6% Avançado 0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425 450 475 500 acima de 225 pontos Neste padrão, os estudantes demonstram uma maior capacidade de interagir com textos de estrutura mais complexa e de temática menos familiar. No que diz respeito aos textos narrativos, eles conseguem identificar os personagens, o conflito gerador do enredo e o desfecho. Na dimensão relativa à apropriação de elementos que estruturam o texto, manifestam-se habilidades de retomada de informações por meio de pronomes demonstrativos, possessivos, de substituição lexical, além do reconhecimento de relações lógico-discursivas, marcadas por expressões adverbiais. Quanto à variação linguística, esses estudantes identificam interlocutores por meio de marcas linguísticas. No que concerne à realização de inferências, reconhecem o efeito de humor produzido pelo uso de ambiguidade e do emprego de notações. As habilidades desenvolvidas neste padrão revelam um leitor mais maduro, capaz de lidar com uma maior gama de gêneros textuais. Língua Portuguesa - 5º ano do Ensino Fundamental | SAEGO 2013 Leia o texto abaixo. Princesa Linda Laço-de-fita Sempre foi linda, vestiu roupas lindas e morou num quarto lindo, de um castelo lindíssimo, no reino de Flax. Passou a vida na janela desse quarto, recebendo visitas de príncipes que vinham de muito longe e de bem perto para também pedi-la em casamento. Mas, sendo linda como era, e muito vaidosa da própria lindeza, não aceitava nenhum pedido, pois nenhum príncipe era forte, rico ou... lindo o suficiente para casar com ela. Com o passar dos anos, os príncipes cansaram desse papo furado e desistiram de pedi-la em casamento. Hoje em dia, ela já está bem velhinha, ainda linda, uma linda velhinha. Sozinha, na janela, espera algum príncipe passar e parar para conversar. SOUZA, Flávio de. Príncipes e princesas, sapos e lagartos: histórias modernas de tempos antigos. São Paulo: FTD, 1996. (P050077EX_SUP) (P050078EX) O que fez com que essa história acontecesse? A) A princesa ficar sempre na janela conversando. B) A princesa recusar os pedidos de casamento. C) As lindas roupas usadas pela princesa no castelo. D) As visitas feitas pelos príncipes à princesa no castelo. Este item avalia a habilidade de identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa. Essa habilidade requer que os estudantes identifiquem na estrutura narrativa o fato que desencadeia o enredo, sendo necessário, para tanto, o acompanhamento das ações dos personagens e a análise de suas motivações e consequências. O texto utilizado para aferição dessa habilidade é uma releitura dos contos clássicos, surpreendendo o leitor no seu desfecho inusitado quanto ao destino da princesa. Para resolver este item, os estudantes deveriam acionar o conhecimento prévio de que personagens são aqueles que realizam as ações dentro das narrativas e, ainda, serem capazes de identificar, na hierarquia das ações, qual delas dá origem às demais. Os educandos que assinalaram a alternativa B, o gabarito, demonstraram dominar a habilidade avaliada, pois perceberam o desenvolvimento do enredo a partir de um fato que modifica o percurso narrativo, isto é, o ponto que marca o enredo da trama: o fato de a princesa não aceitar os pedidos de casamento é o evento que desencadeia os demais. Em relação aos distratores A, C e D é possível notar a importância que os estudantes deram aos elementos que se encontram na orientação da narrativa, em virtude da caracterização da personagem principal e de suas atitudes, citadas no início do texto. 46 46,1% de acerto A B C D 23,5% 46,1% 10,9% 17,1% Leia o texto abaixo. Entrevista com o escritor João Carrascoza 5 10 15 De onde surgiu seu interesse por Literatura? Meu interesse pela Literatura surgiu quando eu ainda era criança. Meu pai contava histórias para eu e meus irmãos dormirem, e eu adorava ouvi-las. Era um mundo mágico em que eu desejava penetrar todas as noites. Depois, quando aprendi a ler, descobri que havia muitos livros em casa e me encantei ao ver que as histórias podiam ganhar vida também no papel. Fui me tornando um leitor e, um dia, pulei para o lado dos que escrevem livros. Fale um pouco de sua carreira. Como escritor, eu gosto de contar histórias para crianças, para jovens, para adultos. Por isso, acabei escrevendo obras para todos esses públicos. E continuo. Meu primeiro livro publicado se chamou “As flores do lado de baixo”, uma história sobre o nascimento das pedras preciosas. Daí vieram outras e outras e hoje já escrevi dezesseis livros. A gente vai escrevendo e, quando vê, já tem uma obra volumosa. Mas o mais importante nessa carreira não é publicar. É escrever com paixão. De onde você tira suas ideias para escrever seus livros? As ideias vêm da vida, das nossas vivências, do nosso jeito de olhar as coisas que acontecem ao nosso redor, do mundo em que vivemos e morremos um pouquinho a cada dia. As ideias, por mais estranho que pareça, não vêm só na razão, do pensamento, elas vêm também do coração. E, claro, as ideias vêm das outras pessoas, das histórias que elas nos contam. Disponível em: <http://www.cronopios.com.br/cronopinhos/critico.asp?id=77>. Acesso em: 2 mar. 2012. Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfica. (P050285BH_SUP) (P050285BH) Qual é o assunto desse texto? A) A abordagem da leitura durante a alfabetização. B) A fonte de inspiração literária do escritor. C) A infância do escritor João Carrascoza. D) A profissão de escritor e suas experiências. Neste item, avalia-se a habilidade de identificar o tema de um texto, uma habilidade de leitura básica e fundamental no processo de formação de leitores que diz respeito à construção do sentido global de um texto, a partir da conexão de suas partes. Para tanto, o suporte escolhido foi uma entrevista com um escritor brasileiro contemporâneo. O texto apresenta uma linguagem simples, o que facilita a compreensão dos estudantes da faixa etária investigada. Os estudantes que assinalaram a alternativa D revelam ter desenvolvido essa habilidade, reconhecendo que o tema central do texto é a vida profissional do escritor, seguindo algumas pistas linguísticas como as palavras “Literatura”, “carreira”, “ideias” e “livros”, que caracterizam o universo profissional de um escritor. Por outro lado, os respondentes que escolheram as demais alternativas – os distratores – pautaram-se, possivelmente, em informações pontuais citadas no texto que, embora estejam relacionadas a ele, não se configuram como seu tema principal. 31 31,8% de acerto A B C D 9,2% 28,9% 27,6% 31,8% Língua Portuguesa - 5º ano do Ensino Fundamental | SAEGO 2013 Aqueles que optaram pelo distrator A, provavelmente, basearam-se apenas na primeira resposta da entrevista, quando o entrevistado relata sua experiência com a leitura ainda na infância. Já os que escolheram a alternativa B, possivelmente, fixaram-se na última pergunta, em que o escritor cita suas fontes de inspiração. Por fim, a escolha pela alternativa C também revela uma compreensão global equivocada, pois, embora o texto aborde, no primeiro parágrafo, alguns fatos relacionados à infância do autor, esse não é o eixo temático do texto. Leia o texto abaixo. MC DONNEL, Patrick. Mutts: os vira-Latas. São Paulo: Devir, 1956. (P050214BH_SUP) (P050080E4) No último quadrinho, o cachorro está A) aborrecido. B) animado. C) decepcionado. D) espantado. Este item é outro exemplo do padrão de desempenho avançado. Nele, avalia-se a habilidade de interpretar um texto com auxílio de material gráfico diverso, no caso, uma tirinha. � 56,2% de acerto A B C D 27,9% 3,8% 8,8% 56,2% Leia o texto abaixo. Entrevista com o escritor João Carrascoza 5 10 15 De onde surgiu seu interesse por Literatura? Meu interesse pela Literatura surgiu quando eu ainda era criança. Meu pai contava histórias para eu e meus irmãos dormirem, e eu adorava ouvi-las. Era um mundo mágico em que eu desejava penetrar todas as noites. Depois, quando aprendi a ler, descobri que havia muitos livros em casa e me encantei ao ver que as histórias podiam ganhar vida também no papel. Fui me tornando um leitor e, um dia, pulei para o lado dos que escrevem livros. Fale um pouco de sua carreira. Como escritor, eu gosto de contar histórias para crianças, para jovens, para adultos. Por isso, acabei escrevendo obras para todos esses públicos. E continuo. Meu primeiro livro publicado se chamou “As flores do lado de baixo”, uma história sobre o nascimento das pedras preciosas. Daí vieram outras e outras e hoje já escrevi dezesseis livros. A gente vai escrevendo e, quando vê, já tem uma obra volumosa. Mas o mais importante nessa carreira não é publicar. É escrever com paixão. De onde você tira suas ideias para escrever seus livros? As ideias vêm da vida, das nossas vivências, do nosso jeito de olhar as coisas que acontecem ao nosso redor, do mundo em que vivemos e morremos um pouquinho a cada dia. As ideias, por mais estranho que pareça, não vêm só na razão, do pensamento, elas vêm também do coração. E, claro, as ideias vêm das outras pessoas, das histórias que elas nos contam. Disponível em: <http://www.cronopios.com.br/cronopinhos/critico.asp?id=77>. Acesso em: 2 mar. 2012. Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfica. (P050285BH_SUP) (P050285BH) Qual é o assunto desse texto? A) A abordagem da leitura durante a alfabetização. B) A fonte de inspiração literária do escritor. C) A infância do escritor João Carrascoza. D) A profissão de escritor e suas experiências. Este item também é um exemplo do padrão de desempenho avançado. Nele, investiga-se a habilidade de inferir o sentido de uma expressão. 52 52,3% de acerto A B C D 26,5% 10,4% 8,3% 52,3% Língua Portuguesa - 5º ano do Ensino Fundamental | SAEGO 2013 Leia o texto abaixo. Um prêmio para a paz 5 10 Do que é que a gente precisa para viver feliz? De uma casa legal, de comida nutritiva, de médicos para quando se está doente, de escola para os pequenos e emprego para os grandes... e de paz, né? Sem paz não dá para viver bem! Mas o problema é que existem muitos lugares no mundo em que as pessoas não conseguem viver em paz! Ainda bem que existe gente trabalhando para acabar com os conflitos, né? E para recompensar esse pessoal que sua a camisa para melhorar o mundo, existe o Prêmio Nobel da Paz! Esse prêmio foi criado por um sueco chamado Alfred Nobel. Quer dizer, não foi o próprio Nobel quem criou o prêmio, porque ele morreu um pouco antes, em 1886. Mas a ideia – e a grana! – para a premiação dos “pacíficos” foram do Nobel, sim! [...] O primeiro Nobel da Paz foi concedido em 1901 e dividido entre duas pessoas, o suíço Jean Henri Dunant, que fundou a Cruz Vermelha; e o francês Frédéric Passy, criador da Sociedade Francesa Para a Paz. Disponível em: <http://www.canalkids.com.br/portal/barra/clubv.php?u=../cidadania/index.htm>. Acesso em: 16 abr. 2013. Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfica. (P050411E4_SUP) (P050413E4) O trecho desse texto em que foi usada a linguagem informal é: A) “... escola para os pequenos e emprego para os grandes... e de paz, né?”. (ℓ. 2-3) B) “Esse prêmio foi criado por um sueco chamado Alfred Nobel.”. (ℓ. 7) C) “O primeiro Nobel da Paz foi concedido em 1901...”. (ℓ. 10) D) “... o francês Frédéric Passy, criador da Sociedade Francesa Para a Paz.”. (ℓ. 11-12) Este item está alocado também no padrão de desempenho avançado e avalia a habilidade de identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto. 45 45,1% de acerto A B C D 45,1% 20% 19,3% 13,3% Leia os textos abaixo. Texto 1 Lições de moral 5 10 A principal lição de moral aprendida com os “Os Três Porquinhos” é que o trabalho duro e dedicação recompensam. Enquanto os dois primeiros porcos construíram casas rapidamente para ter tempo livre para brincar, o terceiro porquinho trabalhou na construção da sua casa de tijolos. Comparado aos outros dois porcos, um esforço extra feito pelo terceiro porco fez com que a sua casa durasse. A ideia de que tomar um tempo para executar uma tarefa da maneira correta tem sido adotada por muitas organizações de trabalho e pregada por professores e pais de crianças de muitas gerações. [...] A versão moderna de “Os Três Porquinhos” foi adaptada por Joseph Jacobs, no qual fez alterações para atrair um público mais jovem. De acordo com Roli Books, na história original, o “Lobo Mau” foi cozido em uma panela e comido pelos três porcos. Ao invés do horrível fim do lobo, Jacobs adaptou o conto, e assim o “Lobo Mau” apenas desceu pela chaminé e queimou sua cauda. Na interpretação da Disney, o lobo fica dentro de uma panela de pressão, mas foge da dor através da chaminé. Disponível em: <http://www.ehow.com.br/moral-historia-tres-porquinhos-sobre_6978/>. Acesso em: 19 abr. 2013. Fragmento. Texto 2 Disponível em: <http://www.not1.xpg.com.br>. Acesso em: 18 abr. 2013. (P050429E4_SUP) (P050431E4) O Texto 2 é engraçado porque A) o lobo acredita que os porquinhos estão doentes. B) o lobo não conseguiu derrubar a casa. C) os porquinhos estão rindo do lobo. D) os porquinhos não sabem o motivo de o lobo fugir. Este item também representa o padrão de desempenho avançado e investiga a habilidade de identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. 31 31,9% de acerto A B C D 24,4% 31,9% 10,4% 31%