Padrões de Desempenho Estudantil
Abaixo do Básico
Básico
Proficiente
Os Padrões de Desempenho são categorias definidas a partir de
cortes numéricos que agrupam os níveis da Escala de Proficiência,
com base nas metas educacionais estabelecidas pelo SAEGO. Esses
cortes dão origem a quatro Padrões de Desempenho, os quais
apresentam o perfil de desempenho dos estudantes:
Abaixo do Básico
Avançado
Além disso, as competências e
habilidades agrupadas nos Padrões
não esgotam tudo aquilo que os
estudantes desenvolveram e são
capazes de fazer, uma vez que as
habilidades avaliadas são aquelas
consideradas essenciais em cada
Básico
Proficiente
Avançado
etapa de escolarização e possíveis
de serem avaliadas em um teste
de múltipla escolha. Cabe aos
docentes, através de instrumentos
de observação e registros
Desta forma, estudantes que se encontram em um Padrão de
utilizados em sua prática cotidiana,
Desempenho abaixo do esperado para sua etapa de escolaridade
identificarem outras características
precisam ser foco de ações pedagógicas mais especializadas, de
apresentadas por seus estudantes
modo a garantir o desenvolvimento das habilidades necessárias ao
e que não são contempladas nos
sucesso escolar, evitando, assim, a repetência e a evasão.
Padrões. Isso porque, a despeito
Por outro lado, estar no Padrão mais elevado indica o caminho
para o êxito e a qualidade da aprendizagem dos estudantes.
Contudo, é preciso salientar que mesmo os estudantes
posicionados no Padrão mais elevado precisam de atenção, pois é
necessário estimulá-los para que progridam cada vez mais.
dos traços comuns a estudantes
que se encontram em um mesmo
intervalo de proficiência, existem
diferenças individuais que
precisam ser consideradas para a
reorientação da prática pedagógica.
São apresentados, a seguir, exemplos de itens* característicos de cada Padrão.
*O percentual de respostas em branco e nulas
não foi contemplado na análise.
Língua Portuguesa - 5º ano do Ensino Fundamental | SAEGO 2013
Abaixo do Básico
0
25
50
75
100
125
150
175
200
225
250
275
300
325
350
375
400
425
450
475
500
até 125 pontos
As habilidades presentes neste Padrão de Desempenho são muito elementares e relacionam-se,
essencialmente, à apropriação do código alfabético. Apesar disso, os estudantes cujas médias de
proficiência encontram-se nesse padrão revelam ter desenvolvido algumas habilidades indicativas da
participação em eventos sociais e escolares de letramento. Eles leem frases e, nelas, localizam informações.
Além disso, identificam a finalidade e o gênero de textos que circulam em contextos ligados à vida
cotidiana, como bilhetes, receitas e convites. Isso mostra que ainda não podem ser considerados leitores
autônomos, pois ainda necessitam desenvolver habilidades que lhes permitam interagir com textos
diversos.
Leia o texto abaixo.
Nova Escola. n 232, p. 37, maio 2010. (P070208B1_SUP)
(P070208B1)
Nesse texto, a expressão do menino no primeiro quadrinho mostra que ele está
A) apavorado.
B) irritado.
C) nervoso.
D) raivoso.
Este item avalia a habilidade de os estudantes interpretarem texto
com auxílio de material gráfico diverso, no caso, uma tirinha. Para a
resolução deste item, os alunos devem compreender que o suporte
escolhido é um texto constituído de linguagem mista. Assim, a
construção de seu sentido deve considerar os elementos verbais e
não verbais que o constituem. O suporte escolhido, por ser de fácil
compreensão e muito presente no cotidiano escolar, facilita a tarefa a
ser realizada pelo estudante.
Os estudantes que escolheram a alternativa A (gabarito) demonstram
ter desenvolvido a habilidade, reconhecendo que o personagem, no
primeiro quadrinho, encontra-se apavorado diante da descoberta de
que não havia devolvido o livro na data correta. Para isso, conjugaram
a informação verbal contida no balão, marcada principalmente
pela expressão “cruzes!”, que revela surpresa, à imagem do menino
boquiaberto e com olhos arregalados.
Os estudantes que assinalaram as alternativas B e D realizaram uma
inferência não autorizada pelo texto, na medida em que interpretaram
a expressão facial do garoto como indicativo de raiva ou irritação pelo
fato de ter se esquecido de devolver o livro. Tal leitura não é pertinente,
pois sua expressão revela surpresa, susto, e não sentimentos
semelhantes à fúria.
Por fim, a escolha pela alternativa C parece indicar que os estudantes
compreenderam que, diante da situação apresentada, o menino estava
ansioso, tenso, apreensivo em relação às possíveis consequências
decorrentes do atraso. Essa interpretação pode ter sido reforçada
pelo segundo quadrinho, em que se percebem as gotículas de suor
�
85,5% de acerto
A
B
C
D
85,5% 3,2% 7,6% 1,3%
Língua Portuguesa - 5º ano do Ensino Fundamental | SAEGO 2013
na face do menino, novamente boquiaberto, revelando, por parte do
personagem, nervosismo diante do fato. No entanto, essa informação
não corresponde ao que foi solicitado no comando.
Torna-se fundamental que, nesta etapa de escolarização, os estudantes
já sejam capazes de associar recursos linguísticos e extralinguísticos
para a interpretação de textos mistos, compreendendo que a
conjugação desses elementos contribui para a construção do sentido
do texto.
Leia os textos abaixo.
Texto 1
Lições de moral
5
10
A principal lição de moral aprendida com os “Os Três Porquinhos” é que o trabalho
duro e dedicação recompensam. Enquanto os dois primeiros porcos construíram casas
rapidamente para ter tempo livre para brincar, o terceiro porquinho trabalhou na construção
da sua casa de tijolos. Comparado aos outros dois porcos, um esforço extra feito pelo terceiro
porco fez com que a sua casa durasse. A ideia de que tomar um tempo para executar uma
tarefa da maneira correta tem sido adotada por muitas organizações de trabalho e pregada
por professores e pais de crianças de muitas gerações. [...]
A versão moderna de “Os Três Porquinhos” foi adaptada por Joseph Jacobs, no qual
fez alterações para atrair um público mais jovem. De acordo com Roli Books, na história
original, o “Lobo Mau” foi cozido em uma panela e comido pelos três porcos. Ao invés do
horrível fim do lobo, Jacobs adaptou o conto, e assim o “Lobo Mau” apenas desceu pela
chaminé e queimou sua cauda. Na interpretação da Disney, o lobo fica dentro de uma
panela de pressão, mas foge da dor através da chaminé.
Disponível em: <http://www.ehow.com.br/moral-historia-tres-porquinhos-sobre_6978/>. Acesso em: 19 abr. 2013. Fragmento.
Texto 2
Disponível em: <http://www.not1.xpg.com.br>. Acesso em: 18 abr. 2013.
(P050429E4_SUP)
(P050431E4) O
Texto 2 é engraçado porque
A) o lobo acredita que os porquinhos estão doentes.
B) o lobo não conseguiu derrubar a casa.
C) os porquinhos estão rindo do lobo.
D) os porquinhos não sabem o motivo de o lobo fugir.
Este item avalia a habilidade de identificar efeitos de ironia ou humor
em textos variados, o que está relacionado, entre outros elementos,
à quebra da expectativa construída pelo leitor ao longo do texto.
Nesse sentido, para identificar os aspectos humorísticos, é necessário
compreender a passagem que surpreende o leitor, que está na
contramão do fluxo textual.
Os dois textos utilizados no suporte, embora pertençam a gêneros
distintos, apresentam relação intertextual, já que ambos, de alguma
forma, fazem referência à história infantil dos três porquinhos.
O comando do item requer que os estudantes identifiquem
em que consiste o efeito de humor presente no segundo
texto. Para que possam interpretar corretamente o cartum
e seu efeito de humor, é necessário que acionem seus
conhecimentos de mundo acerca da história, de modo a
identificarem os personagens apresentados e a relação entre
eles, entendendo o porquê de o lobo ter ido até a casa dos
porquinhos. Além disso, devem compreender, no segundo
balão, que a gripe suína é uma doença que se caracteriza
por ser uma variação da gripe comum e apresentar como
hospedeiro natural o porco, que pode transmitir a doença a
outras espécies.
Assim, os estudantes que mobilizaram esses conhecimentos
extratextuais, aplicando-os ao contexto em questão,
possivelmente, reconheceram que o fato de o lobo achar que
os porquinhos estão com gripe suína o fez desistir de atacá-los,
e que isso é o que torna o texto engraçado.
Os estudantes que escolheram a alternativa B não se ativeram
à resposta dada pelo porquinho no segundo balão e pautaramse, exclusivamente, em seus conhecimentos sobre a história
e a imagem apresentada no cartum. Assim, pelo fato de a
casa dos porquinhos aparecer intacta e o lobo estar fugindo,
consideraram que este não conseguiu derrubar a casa, o que
conferiria um tom cômico ao texto.
Já os que optaram pelo distrator C, também parecem não
ter desenvolvida a habilidade em questão, pautando-se tão
somente na imagem dos porquinhos rindo, associando esse
fato à comicidade do texto.
Por fim, a escolha pela alternativa D demonstra uma leitura
superficial do texto, na medida em que os estudantes não
foram capazes de conjugar os conhecimentos necessários à
compreensão do cartum. Esses educandos, provavelmente,
guiaram-se apenas pela pergunta feita no primeiro balão e
associaram esse questionamento ao humor do texto.
72
72,1% de acerto
A
B
C
D
72,1% 6,1% 7,1% 12,7%
Língua Portuguesa - 5º ano do Ensino Fundamental | SAEGO 2013
Básico
0
25
50
75
100
125
150
175
200
225
250
275
300
325
350
375
400
425
450
475
500
de 125 a 175 pontos
Neste padrão, manifestam-se habilidades que evidenciam uma maior autonomia na leitura de alguns
gêneros textuais que circulam no contexto escolar e que apresentam temáticas familiares aos estudantes.
Nota-se que, neste padrão, eles começam a desenvolver habilidades básicas de leitura, como localização
de informações explícitas, reconhecimento de elementos da narrativa e do assunto do texto.
Além disso, realizam operações relativas à inferência de sentido de palavra ou expressão, de uso de
pontuação, de informações em textos com estrutura simples e de efeitos de humor. Também, identificam a
finalidade de textos.
No que se refere à variação linguística, reconhecem expressões características da linguagem coloquial.
Constata-se, portanto, que começam a desenvolver uma série de habilidades que lhes permitirão avançar
para um nível mais complexo de leitura.
Leia o texto abaixo.
O jabuti e o jacaré
Quando índio conta história de bicho, quase sempre o esperto é o macaco ou o jabuti. Esta é
mais uma do jabuti. Só que desta vez ele não é muito esperto, não.
Dizem que um dia o jabuti fez uma flauta com o osso da canela de uma onça. Ele tocava muito
bem, e todos os bichos ficavam com inveja. Principalmente o jacaré, que certa vez pediu:
– Amigo jabuti, será que você me empresta um pouco a sua flauta para eu experimentar e ver
se consigo tocar? Num instante eu devolvo.
O jabuti emprestou. O jacaré agarrou a flauta, pulou com ela dentro d’água e sumiu. O jabuti
ficou muito zangado, cansou de pedir a flauta de volta, mas nem sinal dela.
MACHADO, Ana Maria. O jabuti e o jacaré. In: Histórias à brasileira. São Paulo: Companhia das Letrinhas. p. 57. Fragmento. (P050357B1_SUP)
(P050358B1)
De acordo com esse texto, a flauta era feita de osso de
A) macaco.
B) jabuti.
C) onça.
D) jacaré.
Este item avalia a habilidade de o estudante localizar
Os respondentes que assinalaram a letra B,
informações explícitas em um texto, o que significa
provavelmente, confundiram o agente da ação,
ser capaz de localizar informações que se encontram
nesse caso, quem fez a flauta, o jabuti, com o
na superfície textual, claramente apresentadas no
animal cujo osso serviu de instrumento utilizado na
texto. No caso desse item, o suporte escolhido foi um
construção: a onça.
conto voltado ao público infantojuvenil, um gênero
conhecido dos alunos e muito trabalhado na escola.
Por fim, os que escolheram a letra D também
O texto em questão caracteriza-se por ser de fácil
são personagens dessa história. Nesse caso, o
compreensão para esta etapa de escolaridade,
equívoco pode ter sido cometido pelo fato de
uma vez que apresenta linguagem simples, de curta
o jacaré, que também participa da história, ter
extensão e, ainda, o próprio gênero abordado,
pedido a flauta emprestada.
bastante familiar nas esferas escolares.
se confundiram em relação aos animais que
A opção por qualquer um dos distratores
A tarefa solicitada prevê que os estudantes
demonstra dificuldade em realizar procedimentos
completem o comando do item com uma das
básicos de leitura que são alicerces para outras
alternativas apresentadas. Para isso, devem retomar
habilidades mais sofisticadas.
o texto e localizar a informação específica solicitada
pelo comando, encontrada no segundo parágrafo.
Aqueles que procederam à leitura do texto,
acompanhando o fluxo da narrativa, foram capazes
de retomar a informação solicitada pelo item,
assinalando a alternativa C – o gabarito.
Os estudantes que marcaram a alternativa A,
possivelmente, escolheram esse distrator pelo fato
de o animal macaco ter sido mencionado inicialmente
no texto. No entanto, essa informação não apresenta
relação com o que é apresentado no comando.
80
80,4% de acerto
A
B
C
D
2,4% 9,5% 80,4% 5,4%
Língua Portuguesa - 5º ano do Ensino Fundamental | SAEGO 2013
Leia os textos abaixo.
Texto 1
Texto 2
Quanto pesa sua mochila?
5
10
15
Você já parou para pensar quanto pesa sua
mochila? Então, aproveite e pare na farmácia do
caminho para pesá-la. O material escolar que
todos têm de levar para a escola diariamente
muitas vezes supera os cinco quilos.
Pode ser pouco para um adulto, mas
certamente mais do que muitas crianças
poderiam carregar sem comprometer sua coluna.
Agora, imagine todo esse peso colocado em
cima de suas costas. Ruim, né? E isso sem falar
que você, provavelmente, costuma levar todo o
peso da mochila em um ombro só, o que pode
ser mais prejudicial. A melhor forma de carregar
a mochila é bem apoiada nas costas e presa nos
dois ombros, pelas alças.
CHC, ano 10, n.66, jan. / fev. 1996.
Zá, ano 1, n. 1, jul. 1996, p. 24. Fragmento.
(P050060ES_SUP)
(P050060ES) Esses
dois textos são parecidos porque
A) falam sobre a questão do peso das mochilas.
B) comparam os alunos com tartarugas.
C) mostram a importância de cuidar do material.
D) trazem o peso adequado das mochilas.
Este item também se encontra no padrão de desempenho básico e
avalia a habilidade de reconhecer diferentes formas de tratar uma
informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema.
80
80,4% de acerto
A
B
80,4% 5%
C
D
4,2% 7,5%
Leia o texto abaixo.
Papagaio
Um homem foi à loja comprar um animal, e o vendedor falou:
– Chegou na hora certa, temos um papagaio especial. Se você levantar a perna esquerda
dele, ele fala Inglês. Se levantar a perna direita, ele fala Francês.
Aí o comprador perguntou:
– E se eu levantar as duas?
O papagaio disse:
– Aí eu caio, ora!
Disponível em: <http://criancas.uol.com.br/piadas/livro-de-piadas/papagaio.jhtm>. Acesso em: 4 jun. 2012. (P050540BH_SUP)
(P050540BH) O que torna esse texto engraçado é
A) a pergunta do comprador.
B) a resposta do papagaio.
C) o fato de o papagaio falar Inglês.
D) o homem ter chegado na hora certa.
Este item também é representativo deste padrão de desempenho e
avalia a habilidade de identificar efeitos de ironia ou humor em textos
variados.
77
77,8% de acerto
A
B
C
D
8,4% 77,8% 7,1% 4,8%
Língua Portuguesa - 5º ano do Ensino Fundamental | SAEGO 2013
Proficiente
0
25
50
75
100
125
150
175
200
225
250
275
300
325
350
375
400
425
450
475
500
de 175 a 225 pontos
Analisando-se as habilidades representativas deste Padrão de Desempenho, observa-se que há indícios
de apropriação de elementos que estruturam o texto, manifestada em operações de retomada de
informações por meio de pronomes pessoais retos, por substituição lexical e por reconhecimento
de relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por advérbios, locuções adverbiais e por
marcadores de causa e consequência.
Com relação às operações inferenciais, eles depreendem informações implícitas, o sentido de palavras ou
expressões, o efeito do uso da pontuação e de situações de humor.
No que diz respeito ao tratamento das informações globais, esses estudantes identificam o assunto de
textos que abordam temáticas que lhes são familiares; identificam elementos da estrutura narrativa e
distinguem fato de opinião. Acrescenta-se ainda a capacidade de interpretarem textos que integram
linguagem verbal e não verbal, cuja temática se relaciona ao cotidiano do estudante.
Percebe-se que, neste padrão, os estudantes revelam estar em contato mais intenso com eventos de
letramento, pois conseguem identificar a finalidade de alguns textos que circulam em uma sociedade
letrada.
Uma das habilidades que melhor evidencia a ampliação da complexidade das operações cognitivas
realizadas pelos estudantes que se encontram neste padrão é a capacidade de construir relações de
intertextualidade, comparando textos que tratam do mesmo tema.
Constata-se, assim, que os estudantes que se encontram neste intervalo de proficiência conseguem
mobilizar habilidades para atuar sobre o texto, indo além das informações apresentadas em sua superfície,
atingindo camadas mais profundas de significado.
Leia os textos abaixo.
Texto 1
Segredos das rochas
Para saber mais sobre as criaturas do passado, os cientistas estudam algumas pistas,
chamadas fósseis. No caso dos dinossauros, são ossos, dentes e pedaços de pele que ficaram
conservados entre camadas da terra.
Com o passar de milhões de anos, essas camadas de terra se transformam em rochas, que
ficam com marcas de folhas, pedacinhos de ossos e dentes ou até esqueletos inteiros.
Outro sinal importante são as pegadas. Com esse tipo de fóssil é possível descobrir se uma
espécie de dino era veloz ou pesada, se andava em bandos e como se movia.
Os especialistas que estudam fósseis de animais e vegetais são os paleontólogos.
Recreio. Detetives do passado. São Paulo: Abril, ano 1, n. 15, 22 jun. 2000. p.15.
Texto 2
O local das descobertas
Santa Maria, Rio Grande do Sul
Staurikosaurus Pricei
É um dos quatro dinossauros mais antigos já encontrados. Viveu entre 220 e 221 milhões de
anos atrás. Sua ossada foi achada em 1936 por paleontólogos da Universidade Harvard. Era
carnívoro. Podia atingir até 2 metros de comprimento e 1 metro de altura.
OLTRAMARI, Alexandre. O mundo perdido. Veja. São Paulo: Abril, n.12, 1998.
(P050091EX_SUP)
(P050091EX)
O que há em comum entre esses textos?
A) Descrevem os tipos de rochas.
B) Informam sobre a vida de um paleontólogo.
C) Relatam a caçada aos dinossauros.
D) Tratam da descoberta de fósseis de dinossauros.
Este item avalia a habilidade de reconhecer diferentes formas de
tratar uma informação na comparação de textos que tratam do
mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e
daquelas em que será recebido. Trata-se de uma habilidade que pode
apresentar considerável nível de dificuldade, visto que é necessário,
primeiramente, compreender cada um dos textos para, então,
relacioná-los, percebendo suas semelhanças e diferenças.
Os textos escolhidos para o suporte são curiosidades abordadas em
textos jornalísticos que tratam de um assunto de interesse para essa
faixa etária, o que pode facilitar a resolução do item.
Espera-se que os estudantes sejam capazes de reconhecer que o que
aproxima os dois textos está na descoberta de fósseis de dinossauros,
o que os levaria a assinalar, portanto, a letra D. Para isso, seria
preciso, entre outros procedimentos, que o estudante associasse a
ossada encontrada no segundo texto a um tipo de fóssil abordado no
primeiro.
64
64,1% de acerto
A
B
C
D
10,3% 10,5% 13,1% 64,1%
Língua Portuguesa - 5º ano do Ensino Fundamental | SAEGO 2013
Os estudantes que optaram pelo distrator A, provavelmente,
concentraram-se somente na leitura do primeiro texto, no qual
temos a descrição, no segundo parágrafo, das rochas originadas das
camadas de terra onde foram achados os vestígios de dinossauros.
Já aqueles que escolheram a alternativa B, possivelmente, pautaramse em uma informação pontual presente nos dois textos, mas que
não se configura como uma aproximação entre eles. Além disso, não
há dados sobre a vida dos paleontólogos, conforme expresso no
distrator.
Por fim, a escolha da alternativa C justifica-se pela incompreensão dos
estudantes em relação ao fato relatado no texto dois. Os estudantes
podem ter entendido que a descoberta dos fósseis de dinossauros
derivou-se de uma procura (“caçada”) por vestígios desses animais, e
não de um achado decorrente do trabalho de especialistas.
A habilidade de leitura aferida nesse item é de suma importância
para a formação de leitores proficientes, capazes de ir além do texto,
relacionando ideias e refletindo sobre elas, de modo a perceber que os
textos estão em constante diálogo.
Leia o texto abaixo.
A professora pediu para que os alunos escrevessem uma redação para o Dia das Mães. No
final, deveriam colocar a frase: “Mãe só tem uma!”.
Todos os alunos fizeram a redação. Uns elogiavam as mães, outros contavam alguma história,
mas todos colocaram no final a frase: “Mãe só tem uma!”. Faltou o Joãozinho. Aí a professora pediu
para ele ler seu trabalho. Então o Joãozinho levantou-se e começou a ler:
– Tinha uma festa lá em casa e a minha mãe pediu para eu buscar duas garrafas de suco na
geladeira. Eu fui até a cozinha, abri a geladeira e falei: “Mãe, só tem uma!”.
Disponível em: <http://criancas.uol.com.br/piadas/livro-de-piadas/querida-mamae.jhtm>. Acesso em: 22 abr. 2013. (P050445E4_SUP)
(P050446E4)
No trecho “– Tinha uma festa lá em casa...”, o travessão foi usado para
A) apresentar um trecho importante.
B) destacar uma explicação do narrador.
C) indicar a fala do personagem.
D) introduzir um comentário do narrador.
Este item avalia a habilidade de identificar o efeito de sentido
decorrente do uso da pontuação e de outras notações. O suporte
escolhido facilita a leitura e a construção de sentido dos estudantes,
uma vez que a anedota é um gênero muito presente no cotidiano dos
alunos e apresenta linguagem simples. Além disso, o travessão, sinal
cuja finalidade foi questionada pelo comando, está muito presente
nos textos narrativos, usualmente explorados nas séries iniciais.
O travessão pode ser usado para diversas finalidades. No entanto, a
mais elementar e de uso mais recorrente está relacionada à indicação
da fala de um personagem, no caso dos textos narrativos. Assim,
os estudantes que assinalaram o gabarito, letra C, demonstram ter
desenvolvido a habilidade, reconhecendo que, em uma anedota, esse
sinal de pontuação marca a fala de um personagem.
Os estudantes que assinalaram a alternativa A, possivelmente,
consideraram o travessão um sinal utilizado para enfatizar
uma informação. Ou podem, ainda, ter considerado que o
travessão introduz o desfecho inesperado dessa história e, por
isso, apresentaria um trecho importante do texto. No entanto,
desconsideraram o contexto narrativo do texto.
Aqueles que assinalaram a alternativa B, possivelmente, associaram o
travessão a uma função explicativa, possível em outros contextos de
uso desse sinal, mas inadequado nesse caso.
Por fim, os estudantes que optaram pela alternativa D, assim como
aqueles que escolheram a letra B, podem ter se equivocado na
identificação do narrador e do personagem e, por isso, assinalaram
uma tarefa que é do narrador, sem reconhecer que o travessão marca
a fala do personagem.
68
68,1% de acerto
A
B
C
D
11,9% 9,4% 68,1% 8,7%
Língua Portuguesa - 5º ano do Ensino Fundamental | SAEGO 2013
Leia o texto abaixo.
Você já ouviu a história do Cavalo de Troia?
Ela é contada na “Ilíada”, um poema muito antigo que narra uma guerra entre a Grécia e a
cidade de Troia.
A briga teria começado quando um príncipe de Troia sequestrou a mulher de um rei grego.
Diz a lenda que os gregos venceram a guerra com um truque: deixaram um cavalo gigante de
madeira na porta de entrada de Troia, como se fosse um presente. Os troianos levaram o cavalo
para dentro e ele estava cheio de soldados gregos!
É por isso que a gente diz que ganhou um “presente de grego” quando recebe alguma coisa ruim. [...]
Disponível em: <http://www.turmadosaber.com.br/chiquinho/vchiq_grecia.asp>. Acesso em: 10 abr. 2012. Fragmento. (P050389BH_SUP)
(P050389BH) De
acordo com esse texto, os gregos utilizaram o cavalo gigante de madeira para
A) entrar com os soldados em Troia.
B) presentear o príncipe de Troia.
C) propor o fim da guerra.
D) resgatar a mulher do rei.
Este item relaciona-se à habilidade de inferir uma
alternativa B, de que o cavalo de madeira foi deixado
informação implícita em um texto. É uma habilidade
como um presente aos troianos. No entanto, a
complexa, já que se refere a uma informação que
informação apresentada, imediatamente, em seguida
não está presente na superfície textual, mas sim
no texto, de que o “presente” estava cheio de
nas entrelinhas. O percurso cognitivo realizado pelo
soldados, demonstra que a guerra prosseguiu.
estudante deve partir da leitura do texto e, a partir
de pistas fornecidas no corpo textual, o estudante
Finalmente, os estudantes que escolheram a
deve inferir fatos que não estão explícitos.
alternativa D, provavelmente, inferiram que o cavalo
Os estudantes que marcaram o gabarito, alternativa
baseando-se no fato do sequestro. Essa dedução,
A, compreenderam que o cavalo gigante de madeira
por sua vez, não está correta, visto que, pela leitura
foi utilizado como uma estratégia dos gregos para
do texto, fica claro que os gregos pretendiam atacar
entrar com os soldados em Troia e atacá-los.
Troia e vencer a guerra.
Esses estudantes demonstram ter consolidado a
de madeira foi usado para resgatar a mulher do rei,
habilidade avaliada pelo item.
Diante do exposto, observa-se que a habilidade
Aqueles que optaram pelo distrator B levaram em
fundamental para o amadurecimento da
conta a informação apresentada no texto de que
capacidade leitora dos estudantes.
o cavalo foi deixado em Troia como se fosse um
presente e, ainda, a expressão “presente de grego”.
No entanto, essa inferência não está de acordo com
o texto, já que não parece possível que os gregos
quisessem presentear o príncipe troiano após ele
ter sequestrado a mulher de um rei grego.
A escolha da alternativa C pressupõe uma inferência
possível, porém não plausível de acordo com o
texto. Possivelmente, os educandos guiaram-se pela
mesma informação daqueles que escolheram a
de estabelecer inferências é complexa, mas
54
54,9% de acerto
A
B
C
D
54,9% 14,3% 9% 19,4%
Leia o texto abaixo.
A menina corajosa
5
10
15
Esta história aconteceu com a minha bisavó paterna e foi contada pela filha dela, que é
minha avó. Quando criança, minha bisavó morava num sítio. Seu pai sustentava a família
trabalhando na roça. Todos os dias, ela ia levar comida para o pai no roçado, um lugar longe
de casa. Sua cachorrinha sempre ia com ela.
Um dia, quando levava a marmita para o pai, andando bem tranquila pela trilheira, num
lugar onde a mata era fechada, viu que a cachorrinha começou a choramingar e a se enrolar
nas próprias pernas. A menina percebeu que alguma coisa estranha estava acontecendo.
Olhou para os lados e viu uma onça bem grande, com o bote armado, a ponto de pular do
capinzeiro em cima dela.
No que viu a onça, a menina ficou encarando a danada. Pouco a pouco, sempre olhando
para o bicho, ela foi se afastando para trás sem se virar. Quando pegou uma boa distância,
a menina correu em disparada até se sentir segura.
Quando chegou em casa, estava sem voz. Depois de muito tempo é que conseguiu falar.
Os homens da fazenda pegaram as armas e foram procurar a onça. Mas não a encontraram.
Minha bisavó foi muito corajosa, porque na hora em que ela viu a onça, conseguiu
lembrar do que o povo dizia: “Onça não ataca de frente, porque tem medo do rosto da
pessoa. Quem quiser se ver livre dela basta encarar a danada e não lhe dar as costas”.
TOMAZ, Cristina Macedo. De boca em boca. São Paulo: Salesiana, 2002. (P050102A9_SUP)
(P050107A9) A frase que expressa uma opinião sobre a bisavó é:
A) “Quando criança, minha bisavó morava num sítio.”. (ℓ. 2)
B) “Seu pai sustentava a família trabalhando na roça.”. (ℓ. 2-3)
C) “Sua cachorrinha sempre ia com ela.”. (ℓ. 4)
D) “Minha bisavó foi muito corajosa,...”. (ℓ. 15)
Este item está alocado no padrão de desempenho proficiente. Ele
avalia a habilidade de distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
64
64,4% de acerto
A
B
C
D
17,6% 9,2% 6,3% 64,4%
Língua Portuguesa - 5º ano do Ensino Fundamental | SAEGO 2013
Leia os textos abaixo.
Texto 1
As vitaminas
As vitaminas são compostos orgânicos, presentes nos alimentos, essenciais para o funcionamento
normal do metabolismo e, em caso de falta, pode levar a doenças. [...] A disfunção de vitaminas no
corpo é chamada de hipovitaminose ou avitaminose. O excesso pode trazer problemas, no caso
das vitaminas lipossolúveis, de mais difícil eliminação, é chamado de hipervitaminose. Atualmente
é reconhecido que os seres humanos necessitam de 13 vitaminas diferentes.
Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Vitamina>. Acesso em: 22 maio 2010. Fragmento.
Texto 2
Como obter vitaminas a partir dos alimentos
Esses alimentos têm vantagem dupla: são gostosos e ricos em vitaminas.
Ponha-os na sua lista de compras.
Vitamina C
Folato
Betacaroteno
B12
Vitamina E
B6
Brócolis
Pimentão
vermelho
Couve-debruxelas
Mamão
Lentilha
Cenoura
Amêijoas
Batata
Grão-de-bico
Abóbora
Truta arco-íris
Aspargos
Espinafre
Amêndoas
Óleo de
girassol
Manteiga de
amendoim
Feijão preto
Suco de
laranja
Batata-doce
Salmão
vermelho
Carne bovina
Banana
Grão-de-bico
Frango
Seleções Reader’s Digest. maio 2009, p. 66. *Adaptado: Acordo Ortográfico.
(P050412B1_SUP)
(P050412B1) O
assunto comum entre esses dois textos é
A) a falta de vitaminas no organismo.
B) as vitaminas presentes nos alimentos.
C) o preparo de comidas saudáveis.
D) os alimentos que causam doenças.
Observe outro exemplo de item representativo deste padrão de
desempenho. Este item avalia a habilidade de reconhecer diferentes
formas de tratar uma informação na comparação de textos que
tratam do mesmo tema em função das condições em que ele foi
produzido e daquelas em que será recebido.
59
59% de acerto
A
B
C
D
20,9% 59% 12,3% 5,6%
Avançado
0
25
50
75
100
125
150
175
200
225
250
275
300
325
350
375
400
425
450
475
500
acima de 225 pontos
Neste padrão, os estudantes demonstram uma maior capacidade de interagir com textos de estrutura
mais complexa e de temática menos familiar.
No que diz respeito aos textos narrativos, eles conseguem identificar os personagens, o conflito gerador do
enredo e o desfecho.
Na dimensão relativa à apropriação de elementos que estruturam o texto, manifestam-se habilidades de
retomada de informações por meio de pronomes demonstrativos, possessivos, de substituição lexical,
além do reconhecimento de relações lógico-discursivas, marcadas por expressões adverbiais.
Quanto à variação linguística, esses estudantes identificam interlocutores por meio de marcas linguísticas.
No que concerne à realização de inferências, reconhecem o efeito de humor produzido pelo uso de
ambiguidade e do emprego de notações.
As habilidades desenvolvidas neste padrão revelam um leitor mais maduro, capaz de lidar com uma maior
gama de gêneros textuais.
Língua Portuguesa - 5º ano do Ensino Fundamental | SAEGO 2013
Leia o texto abaixo.
Princesa Linda Laço-de-fita
Sempre foi linda, vestiu roupas lindas e morou num quarto lindo, de um castelo lindíssimo, no
reino de Flax. Passou a vida na janela desse quarto, recebendo visitas de príncipes que vinham
de muito longe e de bem perto para também pedi-la em casamento. Mas, sendo linda como era, e
muito vaidosa da própria lindeza, não aceitava nenhum pedido, pois nenhum príncipe era forte, rico
ou... lindo o suficiente para casar com ela. Com o passar dos anos, os príncipes cansaram desse
papo furado e desistiram de pedi-la em casamento. Hoje em dia, ela já está bem velhinha, ainda
linda, uma linda velhinha. Sozinha, na janela, espera algum príncipe passar e parar para conversar.
SOUZA, Flávio de. Príncipes e princesas, sapos e lagartos: histórias modernas de tempos antigos. São Paulo: FTD, 1996. (P050077EX_SUP)
(P050078EX) O
que fez com que essa história acontecesse?
A) A princesa ficar sempre na janela conversando.
B) A princesa recusar os pedidos de casamento.
C) As lindas roupas usadas pela princesa no castelo.
D) As visitas feitas pelos príncipes à princesa no castelo.
Este item avalia a habilidade de identificar o conflito gerador do enredo e
os elementos que constroem a narrativa. Essa habilidade requer que os
estudantes identifiquem na estrutura narrativa o fato que desencadeia
o enredo, sendo necessário, para tanto, o acompanhamento das ações
dos personagens e a análise de suas motivações e consequências.
O texto utilizado para aferição dessa habilidade é uma releitura dos
contos clássicos, surpreendendo o leitor no seu desfecho inusitado
quanto ao destino da princesa.
Para resolver este item, os estudantes deveriam acionar o conhecimento
prévio de que personagens são aqueles que realizam as ações dentro
das narrativas e, ainda, serem capazes de identificar, na hierarquia das
ações, qual delas dá origem às demais. Os educandos que assinalaram
a alternativa B, o gabarito, demonstraram dominar a habilidade avaliada,
pois perceberam o desenvolvimento do enredo a partir de um fato que
modifica o percurso narrativo, isto é, o ponto que marca o enredo da
trama: o fato de a princesa não aceitar os pedidos de casamento é o
evento que desencadeia os demais.
Em relação aos distratores A, C e D é possível notar a importância que
os estudantes deram aos elementos que se encontram na orientação
da narrativa, em virtude da caracterização da personagem principal e de
suas atitudes, citadas no início do texto.
46
46,1% de acerto
A
B
C
D
23,5% 46,1% 10,9% 17,1%
Leia o texto abaixo.
Entrevista com o escritor João Carrascoza
5
10
15
De onde surgiu seu interesse por Literatura?
Meu interesse pela Literatura surgiu quando eu ainda era criança. Meu pai contava histórias
para eu e meus irmãos dormirem, e eu adorava ouvi-las. Era um mundo mágico em que eu
desejava penetrar todas as noites. Depois, quando aprendi a ler, descobri que havia muitos
livros em casa e me encantei ao ver que as histórias podiam ganhar vida também no papel.
Fui me tornando um leitor e, um dia, pulei para o lado dos que escrevem livros.
Fale um pouco de sua carreira.
Como escritor, eu gosto de contar histórias para crianças, para jovens, para adultos. Por
isso, acabei escrevendo obras para todos esses públicos. E continuo. Meu primeiro livro
publicado se chamou “As flores do lado de baixo”, uma história sobre o nascimento das
pedras preciosas. Daí vieram outras e outras e hoje já escrevi dezesseis livros. A gente vai
escrevendo e, quando vê, já tem uma obra volumosa. Mas o mais importante nessa carreira
não é publicar. É escrever com paixão.
De onde você tira suas ideias para escrever seus livros?
As ideias vêm da vida, das nossas vivências, do nosso jeito de olhar as coisas que
acontecem ao nosso redor, do mundo em que vivemos e morremos um pouquinho a cada
dia. As ideias, por mais estranho que pareça, não vêm só na razão, do pensamento, elas
vêm também do coração. E, claro, as ideias vêm das outras pessoas, das histórias que elas
nos contam.
Disponível em: <http://www.cronopios.com.br/cronopinhos/critico.asp?id=77>. Acesso em: 2 mar. 2012. Fragmento.
*Adaptado: Reforma Ortográfica. (P050285BH_SUP)
(P050285BH) Qual
é o assunto desse texto?
A) A abordagem da leitura durante a alfabetização.
B) A fonte de inspiração literária do escritor.
C) A infância do escritor João Carrascoza.
D) A profissão de escritor e suas experiências.
Neste item, avalia-se a habilidade de identificar o tema de um texto,
uma habilidade de leitura básica e fundamental no processo de
formação de leitores que diz respeito à construção do sentido global
de um texto, a partir da conexão de suas partes.
Para tanto, o suporte escolhido foi uma entrevista com um escritor brasileiro
contemporâneo. O texto apresenta uma linguagem simples, o que facilita a
compreensão dos estudantes da faixa etária investigada.
Os estudantes que assinalaram a alternativa D revelam ter
desenvolvido essa habilidade, reconhecendo que o tema central
do texto é a vida profissional do escritor, seguindo algumas pistas
linguísticas como as palavras “Literatura”, “carreira”, “ideias” e “livros”,
que caracterizam o universo profissional de um escritor.
Por outro lado, os respondentes que escolheram as demais
alternativas – os distratores – pautaram-se, possivelmente, em
informações pontuais citadas no texto que, embora estejam
relacionadas a ele, não se configuram como seu tema principal.
31
31,8% de acerto
A
B
C
D
9,2% 28,9% 27,6% 31,8%
Língua Portuguesa - 5º ano do Ensino Fundamental | SAEGO 2013
Aqueles que optaram pelo distrator A, provavelmente, basearam-se
apenas na primeira resposta da entrevista, quando o entrevistado
relata sua experiência com a leitura ainda na infância. Já os que
escolheram a alternativa B, possivelmente, fixaram-se na última
pergunta, em que o escritor cita suas fontes de inspiração.
Por fim, a escolha pela alternativa C também revela uma compreensão
global equivocada, pois, embora o texto aborde, no primeiro
parágrafo, alguns fatos relacionados à infância do autor, esse não é o
eixo temático do texto.
Leia o texto abaixo.
MC DONNEL, Patrick. Mutts: os vira-Latas. São Paulo: Devir, 1956. (P050214BH_SUP)
(P050080E4)
No último quadrinho, o cachorro está
A) aborrecido.
B) animado.
C) decepcionado.
D) espantado.
Este item é outro exemplo do padrão de desempenho avançado. Nele,
avalia-se a habilidade de interpretar um texto com auxílio de material
gráfico diverso, no caso, uma tirinha.
�
56,2% de acerto
A
B
C
D
27,9% 3,8% 8,8% 56,2%
Leia o texto abaixo.
Entrevista com o escritor João Carrascoza
5
10
15
De onde surgiu seu interesse por Literatura?
Meu interesse pela Literatura surgiu quando eu ainda era criança. Meu pai contava histórias
para eu e meus irmãos dormirem, e eu adorava ouvi-las. Era um mundo mágico em que eu
desejava penetrar todas as noites. Depois, quando aprendi a ler, descobri que havia muitos
livros em casa e me encantei ao ver que as histórias podiam ganhar vida também no papel.
Fui me tornando um leitor e, um dia, pulei para o lado dos que escrevem livros.
Fale um pouco de sua carreira.
Como escritor, eu gosto de contar histórias para crianças, para jovens, para adultos. Por
isso, acabei escrevendo obras para todos esses públicos. E continuo. Meu primeiro livro
publicado se chamou “As flores do lado de baixo”, uma história sobre o nascimento das
pedras preciosas. Daí vieram outras e outras e hoje já escrevi dezesseis livros. A gente vai
escrevendo e, quando vê, já tem uma obra volumosa. Mas o mais importante nessa carreira
não é publicar. É escrever com paixão.
De onde você tira suas ideias para escrever seus livros?
As ideias vêm da vida, das nossas vivências, do nosso jeito de olhar as coisas que
acontecem ao nosso redor, do mundo em que vivemos e morremos um pouquinho a cada
dia. As ideias, por mais estranho que pareça, não vêm só na razão, do pensamento, elas
vêm também do coração. E, claro, as ideias vêm das outras pessoas, das histórias que elas
nos contam.
Disponível em: <http://www.cronopios.com.br/cronopinhos/critico.asp?id=77>. Acesso em: 2 mar. 2012. Fragmento.
*Adaptado: Reforma Ortográfica. (P050285BH_SUP)
(P050285BH) Qual
é o assunto desse texto?
A) A abordagem da leitura durante a alfabetização.
B) A fonte de inspiração literária do escritor.
C) A infância do escritor João Carrascoza.
D) A profissão de escritor e suas experiências.
Este item também é um exemplo do padrão de desempenho
avançado. Nele, investiga-se a habilidade de inferir o sentido de uma
expressão.
52
52,3% de acerto
A
B
C
D
26,5% 10,4% 8,3% 52,3%
Língua Portuguesa - 5º ano do Ensino Fundamental | SAEGO 2013
Leia o texto abaixo.
Um prêmio para a paz
5
10
Do que é que a gente precisa para viver feliz? De uma casa legal, de comida nutritiva,
de médicos para quando se está doente, de escola para os pequenos e emprego para os
grandes... e de paz, né? Sem paz não dá para viver bem! Mas o problema é que existem
muitos lugares no mundo em que as pessoas não conseguem viver em paz! Ainda bem
que existe gente trabalhando para acabar com os conflitos, né? E para recompensar esse
pessoal que sua a camisa para melhorar o mundo, existe o Prêmio Nobel da Paz!
Esse prêmio foi criado por um sueco chamado Alfred Nobel. Quer dizer, não foi o próprio
Nobel quem criou o prêmio, porque ele morreu um pouco antes, em 1886. Mas a ideia – e
a grana! – para a premiação dos “pacíficos” foram do Nobel, sim! [...]
O primeiro Nobel da Paz foi concedido em 1901 e dividido entre duas pessoas, o
suíço Jean Henri Dunant, que fundou a Cruz Vermelha; e o francês Frédéric Passy, criador
da Sociedade Francesa Para a Paz.
Disponível em: <http://www.canalkids.com.br/portal/barra/clubv.php?u=../cidadania/index.htm>. Acesso em: 16 abr. 2013. Fragmento.
*Adaptado: Reforma Ortográfica. (P050411E4_SUP)
(P050413E4) O
trecho desse texto em que foi usada a linguagem informal é:
A) “... escola para os pequenos e emprego para os grandes... e de paz, né?”. (ℓ. 2-3)
B) “Esse prêmio foi criado por um sueco chamado Alfred Nobel.”. (ℓ. 7)
C) “O primeiro Nobel da Paz foi concedido em 1901...”. (ℓ. 10)
D) “... o francês Frédéric Passy, criador da Sociedade Francesa Para a Paz.”. (ℓ. 11-12)
Este item está alocado também no padrão de desempenho avançado
e avalia a habilidade de identificar as marcas linguísticas que
evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
45
45,1% de acerto
A
B
C
D
45,1% 20% 19,3% 13,3%
Leia os textos abaixo.
Texto 1
Lições de moral
5
10
A principal lição de moral aprendida com os “Os Três Porquinhos” é que o trabalho
duro e dedicação recompensam. Enquanto os dois primeiros porcos construíram casas
rapidamente para ter tempo livre para brincar, o terceiro porquinho trabalhou na construção
da sua casa de tijolos. Comparado aos outros dois porcos, um esforço extra feito pelo terceiro
porco fez com que a sua casa durasse. A ideia de que tomar um tempo para executar uma
tarefa da maneira correta tem sido adotada por muitas organizações de trabalho e pregada
por professores e pais de crianças de muitas gerações. [...]
A versão moderna de “Os Três Porquinhos” foi adaptada por Joseph Jacobs, no qual
fez alterações para atrair um público mais jovem. De acordo com Roli Books, na história
original, o “Lobo Mau” foi cozido em uma panela e comido pelos três porcos. Ao invés do
horrível fim do lobo, Jacobs adaptou o conto, e assim o “Lobo Mau” apenas desceu pela
chaminé e queimou sua cauda. Na interpretação da Disney, o lobo fica dentro de uma
panela de pressão, mas foge da dor através da chaminé.
Disponível em: <http://www.ehow.com.br/moral-historia-tres-porquinhos-sobre_6978/>. Acesso em: 19 abr. 2013. Fragmento.
Texto 2
Disponível em: <http://www.not1.xpg.com.br>. Acesso em: 18 abr. 2013.
(P050429E4_SUP)
(P050431E4) O
Texto 2 é engraçado porque
A) o lobo acredita que os porquinhos estão doentes.
B) o lobo não conseguiu derrubar a casa.
C) os porquinhos estão rindo do lobo.
D) os porquinhos não sabem o motivo de o lobo fugir.
Este item também representa o padrão de desempenho avançado
e investiga a habilidade de identificar a finalidade de textos de
diferentes gêneros.
31
31,9% de acerto
A
B
C
D
24,4% 31,9% 10,4% 31%
Download

5º ano do Ensino Fundamental