ÍNDICE Preâmbulo 3 1 – Envolvente Sócio -Económica 6 2 – O Programa Operacional da Região de Lisboa e Vale do Tejo 11 3 – Sistema de Gestão, Acompanhamento e Controlo do Programa 17 4 - Sistema de Informação do Programa Operacional 26 5 – Sistema de Publicidade do Programa Operacional 27 6 – Coerência, Racionalidade Global e Avaliação Intercalar do PORLVT 29 7 – Execução Financeira do PORLVT 7.1 – Execução Global 7.2 – Subprograma A – Reforço do Coesão do Território Regional e 35 35 Melhoria da Qualidade de Vida 38 Regional 40 7.3 – Subprograma B - Acções de Desenvolvimento de Valor Estratégico 7.4 – Dinamização Regional Relatório de Execução Final 42 Pág. 1 8 – Realização Física do PORLVT 8.1 – Ambiente 8.2 – Transportes e Acessibilidades 8.3 – Infra-Estruturas e Equipamentos 8.4 – Reabilitação e Valorização Urbana 8.5 – Acções Imateriais 9 – Avaliação Global da Execução do PORLVT 9.1 – Análise Territorial 9.2 – Domínios de Intervenção 9.3 – Análise por Promotores 44 44 46 48 50 51 52 52 54 56 10 – Avaliação dos Impactes do PORLVT 10.1 – Ambiente 10.2 – Transportes e Acessibilidades 10.3 – Equipamentos Colectivos 10.4 – Acções Imateriais 11 – Respeito por outras políticas comunitárias 58 58 64 67 71 73 75 Quadros e Anexos Relatório de Execução Final Pág. 2 PREÂMBULO Apesar dos progressos económicos e sociais que a Região de Lisboa e Vale do Tejo vem registando, no início da execução do QCA II, em 1994, ainda eram evidentes as carências em diversos domínios, designadamente os fenómenos de desigualdades e de exclusão, quer a nível territorial quer social. O Programa Operacional da Região de Lisboa e Vale do Tejo (PORLVT) constituiu uma das sete intervenções regionais específicas integradas no Eixo 4 - Fortalecer a Base Económica Regional - do QCA II para o período 1994-99, tendo abrangido um território composto por 51 municípios. Durante o seu período de vigência, o PORLVT aprovou um total de 789 projectos correspondentes a 570,8 milhões de EUROS, dos quais 408,1 milhões (71,5%) foram comparticipados pelo FEDER. A Intervenção Operacional consubstanciou-se em três sub-programas, que procuraram atingir outros tantos objectivos estratégicos: • Sub-Programa A: Reforço da Coesão do Território Regional e Melhoria da Qualidade de Vida (vertente de actuação ao nível local, privilegiando os centros urbanos de média e pequena dimensão); • Sub-Programa B: Acções de Desenvolvimento de Valor Estratégico Regional (privilegiam-se as acções supra-municipais, que visem uma melhoria das acessibilidades, do ambiente e dos equipamentos sócioeconómicos); • Sub-Programa C: Dinamização Regional (pretende valorizar-se a competitividade dos sistemas produtivos, apostando na inovação). Relatório de Execução Final Pág. 3 O nível de despesa pública realizada e contabilizada pelas entidades gestoras do Programa foi de 569,5 milhões de EUROS, o que permitiu atingir uma taxa de execução global de 101%, sendo este um excelente indicador de execução financeira, tanto mais que se ultrapassaram os montantes inicialmente aprovados pela Comunidade, tendo-se também ultrapassado as metas de realização física em diversos domínios. Os bons níveis de execução financeira e física do Programa resultaram, entre outros factores, da boa operacionalização e eficiência do sistema de gestão, acompanhamento e controlo do Programa Operacional, bem como da capacidade mobilizadora de diversos agentes e instituições na implementação da intervenção (sobretudo autarquias e associações sem fins lucrativos), o que permitiu criar uma dinâmica de parceria coresponsabilizadora de diversos protagonistas na implementação de acções estratégicas de desenvolvimento. Foram diversos os domínios em que se fizeram sentir os efeitos do PORLVT. Pela dimensão do investimento e pelo seu carácter estratégico e/ou inovador destacam-se três. Em primeiro lugar, o ambiente que absorveu aproximadamente 210 milhões de EUROS de investimento (maioritariamente nas sub-regiões Oeste e Vale do Tejo), contribuindo decisivamente para a melhoria dos padrões de qualidade ambiental da Região, particularmente nos segmentos das águas residuais urbanas (cujo taxa de cobertura passou de 41% em 1994 para 72% em 2000) e dos resíduos sólidos (todos os resíduos passaram a ter um destino apropriado na Região, eliminando-se as lixeiras). O sector dos transportes mobilizou também uma grande fatia de recursos (cerca de 1/3 do total), tendo sido construídas infra-estruturas de grande impacte e de largo espectro territorial (sobretudo na AML e no Vale do Tejo); uma melhor articulação e coesão das malhas viárias decorre, também, das pequenas acções apoiadas. Relatório de Execução Final Pág. 4 No sector dos equipamentos colectivos, embora as acções apoiadas ainda não tenham conseguido ultrapassar todas as carências quantitativas e qualitativas da Região, foram fundamentais na promoção da qualidade de vida da população e na valorização e qualificação dos centros urbanos, sobretudo nas valências de equipamentos desportivos. A segunda metade da década de 90 ficará seguramente assinalada pela afectação de recursos e investimentos muito significativos na Região de Lisboa e Vale do Tejo, para o qual muito contribuiu o PORLVT, possibilitando a promoção do desenvolvimento integrado e sustentado dos diversos concelhos e sub-regiões. A presente publicação pretende apresentar, de forma sucinta, os principais objectivos e o sistema de gestão, acompanhamento e informação do PORLVT. Ilustram-se, igualmente, os impactes sócio-económicos e territoriais esperados e verificados, bem como a sua execução física e financeira. Abril de 2002 O Presidente António Fonseca Ferreira Relatório de Execução Final Pág. 5 1 – ENVOLVENTE SÓCIO-ECONÓMICA O Programa Operacional da Região de Lisboa e Vale do Tejo (PORLVT) abrangeu toda a Região de Lisboa e Vale do Tejo (NUT II), o que compreende uma área de cerca de 12.006 Km2 (cerca de 13,4% da superfície total do Continente) distribuída por 51 municípios. De acordo com os resultados preliminares dos Censos 2001, a Região de Lisboa e Vale do Tejo ∗ possuía 3.447.173 habitantes, o que corresponde a 35% do total da O PORLVT como instrumento de apoio população existente no país. ao desenvolvimento dos 51 municípios da RLVT. A Região de Lisboa e Vale do Tejo lidera o crescimento económico do país, apresentando os maiores índices de produtividade. O perfil produtivo regional reflecte a preponderância do comércio e dos serviços, a qual é induzida pela concentração de actividades económicas e de recursos humanos e institucionais mais qualificados. A actividade industrial, apesar de ser numerosa e diversificada, tem vindo a diminuir a sua contribuição para o produto e para o emprego regional (particularmente na AML), fruto de um processo de reestruturação produtiva favorável à deslocação de algumas actividades para outras regiões do país. A Região de Lisboa e Vale do Tejo encontra-se dotada com as melhores infra-estruturas de acessibilidades Características, rodoviárias, ferroviárias, portuárias e aeroportuárias, possuindo, assim, melhores acessibilidades ao nível debilidades da Região de Lisboa e Vale nacional e internacional. Contudo, subsistem consideráveis disfunções na articulação intermodal e do Tejo. estrangulamentos em algumas parcelas do território regional e, em particular, na AML. Apesar da Região de Lisboa e Vale do Tejo permanecer bem dotada do ponto de vista de equipamentos de apoio à população, persistem grandes distorções no acesso a equipamentos, fruto da sua excessiva concentração em Lisboa e do ∗ Os valores apresentados pelos Censos 2001 não contemplam o concelho do Gavião, na medida em que este foi recentemente transferido da Região de Lisboa e Vale do Tejo para a Região do Alentejo. Relatório de Execução Final Pág. 6 potencialidades e crescimento rápido de algumas áreas periféricas. Também em relação a infra-estruturas de saneamento básico se evidencia a existência de graves carências, quer em áreas densamente urbanizadas (caso da Península de Setúbal) quer em áreas de povoamento disperso (como o Oeste), o que constitui uma ameaça ao ambiente e à qualidade de vida da população. Dinâmica A ocupação do solo na Região de Lisboa e Vale do Tejo tem vindo a caracterizar-se, grosso modo, pela distribuição espacial desordenada e pouco disciplinada de população e actividades; a forte concentração de RLVT, demográfica embora positiva com da dinâmicas territoriais distintas. pessoas e actividades nesta região leva a que as questões de ordenamento do território se coloquem aqui com maior acuidade. De acordo com os Censos 2001, a taxa de crescimento dos edifícios entre 1991 e 2001 foi de 11,3% nesta região, valor semelhante à média nacional, mas substancialmente superior à taxa de crescimento populacional. A evolução demográfica recente da Região de Lisboa e Vale do Tejo permite evidenciar a dinâmica desta Região, com uma taxa de crescimento populacional entre 1981 e 1991 semelhante à média nacional (ligeiramente inferior a 5%). Esta tendência recente de ligeira subida contraria o período anterior caracterizado pela estagnação demográfica. Contudo, ocorreram dinâmicas de evolução muito distintas nas diversas subregiões e concelhos que constituem a Região de Lisboa e Vale do Tejo durante a última década do séc. XX. Evolução da População na RLVT Sub-Região 1991 AML 2.540.276 2001 Var. % 2.662.949 4,8 A Área Metropolitana de Lisboa como um todo voltou a registar um acréscimo populacional (ainda que longe Oeste 315.699 338.747 7,3 dos va lores registados nas décadas de 60 e 70), consequência do alargamento dos fenómenos de V.Tejo RLVT 434.820 3.290.795 445.477 3.447.173 2,5 4,8 suburbanização e de periurbanização a uma segunda coroa de concelhos, quer da margem norte (casos de Portugal 9.867.147 10.318.084 4,6 Sintra, Mafra e V. F. Xira) quer sobretudo da margem sul da AML (Seixal, Alcochete, Palmela, Sesimbra); o crescimento destes concelhos é suficiente para contrabalançar a forte quebra populacional da cidade de Lisboa. Relatório de Execução Final Pág. 7 A sub-região Oeste acentuou o processo de crescimento populacional já evidenciado durante períodos anteriores. De facto, exceptuando os concelhos de Óbidos e da Nazaré, em todos os restantes municípios desta sub-região se registaram acréscimos populacionais, que assumiram maior expressão nas Caldas da Rainha e Componentes da Evolução Demográfica (%) nos espaços contíguos à Área Metropolitana de Lisboa. Por sua vez, o Vale do Tejo consegue inverter a tendência para a quebra populacional, registando um Sub-Região C. Efect. C. Natur. C. Mig. AML 4,8 1,4 3,4 Oeste 7,3 -1,2 8,5 medida em que coexistem três tipos de situações: concelhos com forte dinâmica demográfica (Benavente, V.Tejo RLVT 2,5 4,8 -3,1 0,5 5,6 4,3 Entroncamento e Ourém), concelhos com quebras populacionais significativas (na sua maioria localizados no Portugal 4,6 0,9 3,7 acréscimo de 2,5%. Não obstante, este valor esconde profundas assimetrias no interior da sub-região, na leste e nordeste da sub-região) e os restantes caracterizados pela estagnação ou ligeira subida populacional. A evolução demográfica positiva das três sub-regiões que constituem a RLVT deve-se, fundamentalmente, à componente migratória, uma vez que o crescimento natural ou é quase nulo ou apresenta valores negativos. Este facto resulta do decréscimo acentuado da taxa de natalidade, levando ao envelhecimento progressivo da população na Região, à semelhança do que sucede no resto do país. A dinâmica territorial da Região de Lisboa e Vale do Tejo é, em grande medida, determinada pela modelação do sistema urbano regional. Este é dominado pela Área Metropolitana de Lisboa, que compreende aproximadamente 2.663 mil habitantes (77% do valor total de residentes em toda a Região). A AML apresenta uma crescente especialização em funções terciárias superiores, concentrando um número significativo de infraestruturas e equipamentos; contudo, subsistem diversos problemas de ordenamento do território e de exclusão social fruto de um crescimento urbano muito rápido. Relatório de Execução Final Pág. 8 A cidade de Lisboa emerge como a cabeça do sistema urbano regional, não só pelo facto de ser o maior aglomerado populacional do país mas, sobretudo, pelo facto de aí se concentrarem a maioria das actividades económicas, de recursos humanos qualificados e equipamentos e infra-estuturas. A cidade de Setúbal tem vindo a afirmar-se como segundo pólo da AML, apresentando forte taxa de crescimento populacional e habitacional. Fora da AML, podem distinguir-se dois sistemas urbanos sub-regionais fundamentais. O sistema urbano do Oeste, com 339 mil habitantes, baseado num modelo polinucleado, caracteriza-se por possuir uma estrutura de povoamento bastante dispersa (o que tem colocado alguns problemas na dotação de equipamentos e infra-estruturas) onde, apesar de tudo, emergem cinco centros urbanos com um dinamismo assinalável (Caldas da Rainha e Torres Vedras, num primeiro nível hierárquico, e Peniche, Alcobaça e Nazaré, num segundo nível) associados a processos de industrialização difusa, sustentada por um modelo de desenvolvimento endógeno . O sistema urbano do Vale do Tejo, com 445 mil habitantes, também polinucleado, localiza-se numa posição de charneira entre o litoral atractivo e o interior repulsivo, por um lado, e o norte e o sul por outro, assumindo ainda a agricultura um papel relevante na respectiva base económica. No Vale do Tejo existem 9 centros urbanos sedes de concelho com o título de cidade, sendo de destacar, pela sua dimensão demográfica e económica, 4 centros/eixos urbanos (Santarém, que pelo facto de ser capital de distrito, corresponde ao primeiro nível e Tomar, Abrantes e o eixo Torres Novas / Entroncamento que correspondem ao nível hierárquico seguinte). Relatório de Execução Final Pág. 9 REGIÃO DE LISBOA E VALE DO TEJO Sistema urbano regional VARIAÇÃO DA POPULAÇÃO NA RLVT (1991-2001) Ferreira do Zêzere Ourém Tomar Nazaré Sardoal Torres Novas Alcobaça Constância Alcanena Caldas da Rainha Peniche Entroncamento Abrantes Gavião V.N. Barquinha Golegã Óbidos Chamusca Rio Maior Santarém Bombarral Alpiarça Lourinhã Cadaval Almeirim Cartaxo Torres Vedras Alenquer Sobral de M. Agraço Arruda dos Vinhos Azambuja Salvaterra de Magos V.F. Xira Benavente Mafra Área Metropolitana de Lisboa - Norte Área Metropolitana de Lisboa - Sul Coruche Oeste Lezíria do Tejo Médio Tejo Loures Sintra Cascais Amadora Lisboa Pólo Central Alcochete Oeiras Montijo Moita Almada Seixal Barreiro 1ª Ordem Palmela 2ª Ordem Setúbal 3ª Ordem Supra-locais Locais Sesimbra 0 Fonte : CCRLVT/CEDRU Fonte : Censos 2001, INE Relatório de Execução Final Pág. 10 Pólos Estruturantes 25 km Pólos Complementares Concertação Inter Sub-Sistemas Urbanos 2 – O PROGRAMA OPERACIONAL DA REGIÃO DE LISBOA E VALE DO TEJO O Programa Operacional da Região de Lisboa e Vale do Tejo (PORLVT), constituiu uma das sete intervenções regionais específicas integradas no Eixo 4 - Fortalecer a Base Económica Regional - do segundo Quadro Comunitário de Apoio (QCA II) para Portugal no período 1994-99. O PORLVT como instrumento A área de actuação do PORLVT abrangeu todos os 51 municípios integrados na NUTE II da Região de Lisboa financeiro, mobilizando cerca de 515 e Vale do Tejo. A programação inicial da Intervenção Operacional, aprovada pela Decisão Comunitária milhões de EUROS de investimento. C(94)381/5, de 25.02.1994, (FEDER nº 94.12.09.010 e ARINCO nº 94.PT.16.010) previa um investimento público de 514.650 mil EUROS (cerca de 100,9 milhões de contos), dos quais cerca de 75% teriam origem no FEDER. O valor final, aprovado pela Decisão Comunitária C(1999)2174, de 20.07.1999, ascendeu a 561 163 mil EUROS (cerca de 111,186 milhões de contos) O PORLVT procurou dar resposta a três objectivos estratégicos para a Região, que foram previamente definidos no Plano de Desenvolvimento Regional de Portugal para o período 1994-99: Ø Reforçar a coesão do território regional e melhorar a qualidade de vida; Ø Incrementar a competitividade da economia regional; Ø Dinamizar a estrutura produtiva. O Para atingir estes objectivos estratégicos, o PORLVT consubstanciou-se em outros tantos Sub-Programas: PORLVT Pág. 11 três objectivos estratégicos e outros tantos Sub-Programas. Relatório de Execução Final compreendeu ð Sub-Programa A - Reforço da Coesão do Território Regional e Melhoria da Qualidade de Vida A concretização deste Sub-Programa procurou melhorar a qualidade de vida dos centros urbanos de pequena e média dimensão, através da sua dotação em equipamentos e infra-estruturas. Pretendeu-se, pois, responder às tendências recentes da população portuguesa na ocupação e organização do território, a qual tem mostrado uma forte apetência pelos espaços urbanos não metropolitanos, designadamente pelas sedes de concelho. O Sub-Programa A programou para o período de 1994-99 um investimento de cerca de 228 milhões de EUROS, cerca de 44,3% do total do PORLVT. Por forma a tornar mais operativa a sua execução, este Sub-Programa foi estruturado em três unidades: Área Metropolitana de Lisboa (correspondente às NUTE da Finalidades e montante financeiro do Grande Lisboa e da Península de Setúbal, às quais acrescem os concelhos de Mafra e da Azambuja), Vale do Sub-Programa A. Tejo (NUTE da Lezíria e do Médio Tejo, exceptuando Azambuja) e Oeste (NUTE do mesmo nome, exceptuando Mafra). Era constituída por uma só medida que integrava cinco domínios essenciais: • Acessibilidades e transportes - contemplando o incremento e fecho das malhas municipais, a melhoria das condições de circulação urbana, a beneficiação e remodelação dos caminhos rurais e a criação de estruturas de apoio aos transportes; • Saneamento básico e aproveitamento hidráulico - contemplando quer a construção, beneficiação ou remodelação de redes e órgãos das redes (incluindo estruturas orientadas para a realização e gestão de sistemas, laboratórios direccionados para o controlo e a monitorização dos parâmetros de qualidade definidos) quer a construção de pequenas barragens e represas; • Valorização do património - englobando quer as acções de recuperação e valorização de conjuntos e elementos com valor arquitectónico, histórico e urbanístico quer acções de protecção e valorização de espaços naturais; Relatório de Execução Final Pág. 12 Domínios de Programa A. intervenção do Sub- • Equipamentos sociais - integrando acções no âmbito da construção ou remodelação de estabelecimentos de ensino básico, de cultura, lazer e desporto e de outros equipamentos de utilização colectiva; • Infra-estruturas de apoio à actividade produtiva - englobando quer infra-estruturas de áreas e loteamentos industriais quer construção, beneficiação ou remodelação de equipamentos de apoio ao turismo e à promoção local. ð Sub-Programa B - Acções de Desenvolvimento de Valor Estratégico Regional Este Sub-Programa visou o reforço da coesão supra-local, através da aposta em estratégias que valorizem as redes de sinergias e de complementaridades entre os diversos centros urbanos da Região de Lisboa e Vale do Tejo. Reforçada a coesão regional e a requalificação do sistema urbano, desenvolveram-se efeitos Finalidades e montante financeiro do multiplicadores para o processo de desenvolvimento de toda a região. Sub-Programa B. A programação financeira inicial do PORLVT consignou a este Sub-Programa, cerca de, 235 milhões de EUROS de investimento, o que representou 45,6% do total. A concretização dos objectivos definidos para o Sub-Programa B foi efectuada através de acções enquadradas por três Medidas: ? Medida 1 – Transportes e Acessibilidades – que representou cerca de 34% do investimento previsto para o Sub-Programa, pretendeu atingir os seguintes objectivos específicos: ? • aumentar a grande articulação entre as redes viárias fundamental e regional; • criar, melhorar e complementar infra-estruturas de apoio ao sistema de transportes. Medida 2 – Ambiente – absorveu aproximadamente 56% da despesa pública do Sub-Programa B, pretendendo atingir os seguintes objectivos específicos: • Pág. do Medidas e específicos. desenvolvimento de sistemas integrados de abastecimento de água, com origem controlada; Relatório de Execução Final Estrutura 13 Sub-Programa respectivos B por objectivos ? • desenvolvimento de sistemas integrados de águas residuais (incluindo o tratamento final); • desenvolvimento de sistemas integrados de tratamento de resíduos sólidos. Medida 3 – Equipamentos Sócio-Económicos – que representou cerca de 10% do investimento previsto para o Sub-Programa, procurou atingir os seguintes objectivos específicos: • potenciar o aproveitamento das capacidades e recursos locais, designadamente através da promoção da educação, dos recursos turísticos e dos recursos patrimoniais; • contribuir para o fortalecimento da economia regional, agindo quer no domínio da implantação física das empresas, quer no domínio da respectiva inserção nos mercados. ð Sub-Programa C - Dinamização Regional Com este Sub-Programa pretendeu-se promover o desenvolvimento integrado e sustentado da Região, Finalidades e montante financeiro do contemplando várias dimensões, através da conjugação de dois tipos de dinamismos: por um lado, os de Sub-Programa C. natureza endógena, que se relacionam com a capacidade de potencialização dos recursos existentes e, por outro, os exógenos, que resultarão da captação de investimentos exteriores ao seu espaço, designadamente em sectores inovadores. Visou-se, fundamentalmente, o aumento da competitividade regional através da valorização da flexibilidade, da inovação dos sistemas produtivos, e do acesso à informação. O Sub-Programa C, para o período de 1994 a 1999, previa um investimento total da ordem dos 52 milhões de EUROS (10,1% do Total do PORLVT), organizando-se em duas grandes linhas de intervenção: ? Medida 1 – Promoção da Actividade Económica - que representou cerca de 72% do investimento previsto para o Sub-Programa, teve como objectivos específicos os seguintes: Relatório de Execução Final Estrutura do Medidas e específicos. Pág. 14 Sub-Programa respectivos C por objectivos • promover o envolvimento dos agentes económicos, sociais e institucionais em dinâmicas geradoras de desenvolvimento; • apoiar núcleos de dinamização, inovação e de prestação de serviços, que contribuam para a criação de um enquadramento favorável às empresas e reforcem os factores dinâmicos de competitividade; • estimular iniciativas que contribuam para o fortalecimento da posição concorrencial das empresas e para a consolidação do perfil produtivo regional. ? Medida 2 – Assistência Técnica – absorveu 28% do investimento previsto para o Sub-Programa, pretendendo atingir os seguintes objectivos específicos: • apoiar a realização de estudos de suporte à tomada de decisão sobre acções de desenvolvimento; • criar instrumentos de apoio ao planeamento e ao ordenamento do território. Programação/reprogramação do PORLVT Decisão Comunitária Subprogramas/Medidas Pela Decisão Comunitária C(1998) 1048, de 6.05.1998, o Programa Operacional da Região de Lisboa e Vale do Tejo, foi reforçado, passando a ser de 545 850 mil EUROS de investimento público, dos quais 397.875 mil EUROS tinham origem no FEDER. Viu, ainda, pela Decisão Comunitária C(1098) 3602, de 23.11.1998, .nº C(94) 381/5-25.02 nº C(98) 1048- 6.05 Un.: mil euros nº C(98) 3602-23.11 nº C(99) 2174-20.07 A - Reforço da Coesão do Território Regional e Melhoria da Qualidade de Vida 229 200 231 501 240 835 240 835 B - Acções de Desenvolvimento de Valor Estratégico Regional 235 822 271 539 281 799 283 213 contemplado um novo reforço financeiro, passando, assim, o montante de investimento público do Programa B1 - Transp.e Acessibil.. 80 179 93 212 96 686 96 686 132 060 144 787 147 612 147 612 B3 - Eq. sócio-económicos 23 583 33 540 37 501 38 915 C - Dinamiz. Reg. 49 628 42 810 38 019 37 115 C1 - Prom. da Act. Econ. 34 859 27 951 23 132 22 228 C2 - Assistência Técnica 14 769 14 859 14 887 14 887 514 650 545 850 560 653 561 163 Operacional, ser de 560.653 mil EUROS, dos quais 407.875 mil EUROS tinham origem no FEDER. A B2 - Am biente Decisão Comunitária C(1999) 2174, de 20.07.1999, aprovou uma reprogramação do Programa, que consistiu no ajustamento da programação em anos anteriores, ajustando-a à execução, e numa reafectação de verbas do Subprograma C – Dinamização Regional, para o Subprograma B - Acções Específicas de Valorização Territorial. O investimento público passou a ser de 561 163 mil EUROS, mantendo-se o mesmo montante de subvenção comunitária do FEDER. Relatório de Execução Final Pág. 15 TOTAL Sub-Programa A Sub-Programa B Sub-Programa C Reforço da Coesão do Território e Melhoria da Qualidade de Vida Acções de Desenvolvimento de Valor Estratégico Regional Dinamização Regional LÓGICA PROGRAMA ORGANIZACIONAL DO OPERACIONAL DA REGIÃO DE LISBOA E VALE DO TEJO. CONTRATUALIZAÇÕES: à à à AML Oeste Vale do Tejo Relatório de Execução Final MEDIDAS: à à à Transportes e Acessibilidades Ambiente Equipamentos Sócio Económicos MEDIDAS: à à Promoção da Actividade Económica Assistência Técnica Pág. 16 3 – SISTEMA DE GESTÃO, ACOMPANHAMENTO E CONTROLO DO PROGRAMA O Decreto-Lei nº 99/94, de 19 de Abril, definiu a estrutura orgânica relativa à gestão, acompanhamento, avaliação e controlo de execução do Quadro Comunitário de Apoio (QCA) para as intervenções estruturais comunitárias relativas a Portugal. O Despacho Conjunto dos membros do governo com responsabilidade no FEDER de 3 de Junho de 1994 criou as unidades de gestão dos três sub-programas do PORLVT, definindo, simultaneamente, as respectivas composições e competências. Por conseguinte, as funções de Coordenação, Gestão, Acompanhamento, Avaliação e Controlo da execução do PORLVT exerciam-se sempre a dois níveis: o global do QCA e o específico do Programa Operacional. A Coordenação e Gestão Global do QCA, da competência da Comissão de Gestão dos Fundos Comunitários, sendo presidida pelo Director-Geral do Desenvolvimento Regional e tendo, como outros participantes, dirigentes responsáveis pela gestão nacional do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, do Fundo Social Europeu, do Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola (Secção Orientação), do Instrumento Financeiro de Orientação das Pescas (IFOP) e do Fundo de Coesão. Coordenação, O Acompanhamento da Execução Global do QCA incumbia a uma Comissão de Acompanhamento para análise dos impactes sócio-económicos da execução do QCA, reunindo ordinariamente duas vezes por ano e, extraordinariamente, a pedido dos representantes da CE ou das autoridades portuguesas; esta Comissão é presidida pelo Presidente da Comissão de Gestão, integrando membros de diversas entidades. O acompanhamento da execução do QCA foi sustentado por um sistema de informação de base geográfica. Relatório de Execução Final Pág. 17 Gestão Acompanhamento Global do QCA II. e No que diz respeito às funções de coordenação e gestão específicas do PORLVT, estas assentaram numa estrutura presidida pelo Presidente da CCRLVT; a gestão específica do PORLVT incumbia a um Gestor com as seguintes competências: • propor a regulamentação e assegurar a organização dos processos de candidatura ao financiamento pela intervenção respectiva; • assegurar o cumprimento por cada projecto das normas nacionais e comunitárias aplicáveis; Competências do Gestor específico do • assegurar que são cumpridas as condições de cobertura orçamental dos projectos; PORLVT. • aprovar candidaturas de projectos, uma vez obtido o parecer da unidade de gestão; • apreciar da conformidade de pedidos de pagamento que sejam apresentados pelos executores de projectos e efectuar os pagamentos; • assegurar que seja instituído um sistema de controlo adequado a uma verificação dos processos de candidaturas e de pagamentos conforme os normativos aplicáveis; • elaborar o relatório de execução do Programa Operacional. Nas suas funções o Gestor foi apoiado por Unidades de Gestão, que possuíam as seguintes competências: • propor, aos membros do governo com responsabilidade nos fundos comunitários envolvidos, a aprovação do seu regulamento interno; • Competências das Unidades de Gestão dar parecer sobre os projectos de decisão do Gestor relativos a candidaturas ao financiamento pelo Programa Operacional; • dar parecer sobre os projectos de relatório de execução feitos pelo Gestor; • acompanhar e dar parecer sobre o sistema de controlo e avaliação. Estas Unidades de Gestão reúnem e apresentam uma composição própria de acordo com cada um dos SubProgramas do PORLVT: Relatório de Execução Final Pág. 18 do PORLVT. ð Composição da Unidade de Gestão do Sub-Programa A: § o Gestor do Programa; § dois representantes dos municípios da AML; § dois representantes dos municípios da sub-região do Oeste; § dois representantes da sub-região do Vale do Tejo (um da Lezíria e outro do Médio Tejo). Composição das três Unidades Gestão do PORLVT. Na sequência da estruturação do Sub-Programa A em três unidades territoriais, este Sub-Programa foi contratualizado (através de contratos-programa) com as entidades associativas representativas dos municípios daquelas unidades territoriais: i) a Junta Metropolitana de Lisboa; ii) as Associações dos Municípios da Lezíria e do Médio do Tejo; iii) a Associação de Municípios do Oeste. Deste modo, permitiu-se a criação de três foruns de envolvimento, de discussão e de concertação das estratégias e prioridades de cada município, as Reuniões das Unidades de Gestão quais estavam balizadas pelo regulamento e objectivos do PORLVT. Ano ð Composição da Unidade de Gestão do Sub-Programa B: Sub-Programa A* B C § o Gestor do Programa; 1994 1 5 5 § um representante da Direcção-Geral do Desenvolvimento Regional; 1995 48 5 6 § um representante da Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano; 1996 46 3 4 § um representante dos municípios da sub-região da Área Metropolitana de Lisboa; 1997 48 5 5 § um representante dos municípios da sub-região do Oeste; 1998 38 4 4 § um representante dos municípios da sub-região do Vale do Tejo. 1999 36 4 4 2000 30 0 0 Total 247 26 28 ð Composição da Unidade de Gestão do Sub-Programa C: § o Gestor do Programa; § um representante do Conselho da Região; § um representante da Direcção-Geral do Desenvolvimento Regional; Relatório de Execução Final * Inclui AML, Oeste e V.Tejo Pág. 19 de § um representante da Associação Empresarial da Região de Lisboa; § um representante do Núcleo Empresarial de Santarém; § um representante da Associação Empresarial da Região de Setúbal; § um representante do Núcleo Empresarial de Leiria (suplente). No caso dos Sub-Programas B e C, sempre que estivessem em análise assuntos do seu interesse directo, outras entidades podiam integrar as respectivas Unidades de Gestão, tais como os Directores Regionais de Organismos Desconcentrados da Administração Central (Educação, Saúde, Ambiente, Junta Autónoma de Estradas, Indústria e Energia e Instituto Português do Património Arquitectónico e Arqueológico). Durante os anos de vigência do PORLVT foram realizadas diversas reuniões das três Unidades de Gestão do PORLVT. Composição Unidade O acompanhamento específico da execução do PORLVT e a avaliação dos seus impactes sócio-económicos e de competências da Acompanhamento específica do PORLVT. incumbia a uma Unidade de Acompanhamento. Esta era presidida pelo Director-Geral do Desenvolvimento Regional e integrava as seguintes entidades: Presidente da Comissão de Coordenação da Região de Lisboa e Vale do Tejo; os membros das Unidades de Gestão da Intervenção Operacional; representantes das entidades responsáveis pela gestão nacional dos fundos comunitários envolvidos; representantes da Comissão Europeia e do Banco Europeu de Investimento; Presidente do Conselho da Região; representantes das Direcções Regionais dos Departamentos ministeriais envolvidos. Competia à Unidade de Acompanhamento, para além do previsto na Decisão (CEE) Dez reuniões Acompanhamento nº C (94) 376, acompanhar a realização de toda a intervenção operacional. Durante o período de vigência do PORLVT esta Unidade de Acompanhamento reuniu dez vezes (geralmente duas vezes por ano). Relatório de Execução Final Pág. 20 1994 e 2000. da do Unidade PORLVT de entre Nas diversas reuniões da Unidade de Acompanhamento eram analisados e aprovados os relatórios anuais de execução do Programa Operacional, bem como eram expostas e delineadas as principais linhas de orientação a seguir pelo Programa durante os diversos anos da sua execução. Nas reuniões efectuadas durante os anos de 1997,1998 e 1999 foram também aprovadas as propostas de reprogramação financeira do Programa, tendo em consideração o seu reforço orçamental. A prestação de informações sobre algumas directivas comunitárias foi também objecto de análise nessas reuniões (caso da Directiva 91/271/CEE). O controlo ao nível da gestão do PORLVT é denominado de Primeiro Nível e abrangia o controlo prévio e concomitante das decisão tomadas pelos órgãos de gestão e controlo sobre os beneficiários finais. O controlo foi exercido pelos órgãos de gestão do PORLVT e, quando necessário, por outros organismos designados por despacho dos respectivos membros do Governo. As entidades gestoras do Programa Operacional da Região de Lisboa e Vale do Tejo efectuaram o Acções de Controlo de Primeiro Nível acompanhamento dos projectos e controlo junto dos beneficiários finais, de forma sistemática. Aquando da do PORLVT (órgãos de gestão interna). apresentação dos pedidos de pagamento da comparticipação financeira FEDER era efectuada a análise documental, apresentada pelo beneficiário, consistindo numa análise preliminar sobre a elegibilidade das despesas públicas apresentadas, bem como dos documentos que as fundamentavam. Ao longo do período de vigência do Programa Operacional, a Estrutura de Apoio Técnico efectuou diversas acções de controle e acompanhamento físico dos projectos. Este controlo envolveu verificações que visaram fundamentalmente dois tipos de comprovações: • documental • física Relatório de Execução Final Pág. 21 A comprovação documental era efectuada pela Estrutura de Apoio Técnico, quando da apresentação pelos beneficiários de cada pedido de pagamento e incidia especificamente na análise da documentação apresentada, isto é, sobre as facturas, recibos e especificações técnicas do objecto de despesa e a sua adequação ao projecto. Estas acções foram complementadas através de um controlo administrativo e financeiro sobre um vasto conjunto de projectos escolhidos, tendo em consideração, como principais parâmetros, a dimensão, localização e tipo de projecto. Este controlo administrativo e financeiro visou a confirmação da correcção e rigor dos procedimentos estabelecidos e da sua conformidade com o que se encontra regulamentado, nomeadamente no que se refere a instrução, apreciação, pareceres, aprovações, pagamentos e, se a contabilização dos apoios reflecte com veracidade, as operações relacionadas com os projectos. A evidência deste controlo é efectuada através do preenchimento do “Relatório de Controlo Administrativo/Financeiro”. A comprovação física é efectuada por visitas de equipas técnicas ao local da realização do projecto, e teve como objectivo a verificação das condições em que o projecto foi, está ou irá ser desenvolvido, bem como a sua adequação ao previsto. Estas acções são efectuadas através da Estrutura de Apoio Técnico, Gabinetes de Apoio Técnico e, eventualmente, por outras entidades, sendo elaborado, como evidência da comprovação, o relatório sobre o desenvolvimento dos trabalhos, de acordo com o modelo “Relatório de Acompanhamento/Verificação” Este controlo foi completado através de um sistema de auditorias externas, promovidas pelas entidades responsáveis pela gestão nacional dos Fundos Comunitários ou, ainda, por outros mecanismos de controlo e Relatório de Execução Final Pág. 22 fiscalização instituídos pelo ministro responsável pela Intervenção Operacional e também através de mecanismos previstos no Decreto-Lei nº 99/94 respeitantes ao Controlo de Segundo Nível e de Alto Nível. Em 1998 e 1999 foram efectuadas auditorias por Missões de Controlo da DGXVI com a finalidade de analisar os sistemas de procedimentos e gestão do Programa. Do mesmo modo, foram realizadas diversas acções de controlo pelos Tribunais de Contas Nacional e Europeu, pela Inspecção-Geral da Administração do Território e pela Inspecção Geral de Finanças. Simultaneamente, ao longo do período de vigência do PORLVT, vários Auditorias e mecanismos diversos de projectos foram objecto de acompanhamento físico por entidades externas. controlo externo do PORLVT. Dentro das conclusões produzidas pelos relatórios das diversas inspecções efectuadas pelas entidades competentes, destacam-se: Acções de Controlo e Acompanhamento Físico dos Projectos do PORLVT q organização dos dossiers do projecto q cumprimento das disposições nacionais sobre mercados públicos q a necessidade de aposição de carimbo de financiamento, nos documentos de despesa apresentados; Entidade 95 96 97 98 99 00 ? Est.Apoio Técn. 59 113 128 62 109 83 554 q a necessidade dum maior e melhor acompanhamento físico e financeiro das candidaturas Entid. Externas 3 3 2 4 18 1 2 1 DGXVI comparticipadas; T.Contas Europ. q a discrepância entre a programação contida na candidatura e a efectivamente executada 10 IGAT Operacional, com o intuito de melhorar o sistema e, particularmente, na candidatura a que o mesmo dizia respeito. Assim, foi reforçada a incidência na análise de pontos considerados, por parte dos auditores, como “pontos fracos”, na fase de análise e de acompanhamento físico e financeiro dos projectos. Relatório de Execução Final Pág. 23 I.Geral Finanças TOTAL 19 1 59 128 24 14 13 23 145 115 4 10 10 T.Contas Nac. As conclusões de cada relatório, foram tidas em conta, nos procedimentos desenvolvidos pelo Programa 12 36 128 84 659 Para a Gestão do Programa Operacional foram utilizados um conjunto de documentos e impressos, em que se teve particular atenção na sua elaboração, as observações formuladas pelas entidades envolvidas no controlo, salientando-se: • fluxograma de circuitos instituídos para a gestão e acompanhamento do Programa; • formulário de apreciação técnica da candidatura; • formulário do pedido de pagamento e lista de documentos justificativos; • relatório de controlo administrativo/financeiro; • documento que menciona os procedimentos a utilizar pela Estrutura de Apoio Técnico, com listagem de documentos que devem constar no dossier individual do projecto; • norma de serviço que estabelece competências no acompanhamento físico e financeiro dos projectos. O conjunto dos documento teve como objectivo disponibilizar a forma como se realizam as diversas tarefas inerentes à gestão e acompanhamento de projectos. Deste modo, foram reforçados os procedimentos que visaram a correcta organização processual dos projectos co-financiados pelo FEDER, de acordo com os normativos aplicáveis e de um sistema de acompanhamento físico dos projectos, de forma a garantir que os documentos têm um substracto material e que correspondem efectivamente a trabalhos aprovados. Procurou-se fazer um maior número de acções de acompanhamento físico e financeiro das obras comparticipadas, que tiveram um maior volume a nível do Subprograma A – Reforço da Coesão do Território Regional e Melhoria da Qualidade de Vida e uma menor incidência no Subprograma C – Dinamização Regional, que é justificável, face ao carácter específico deste último. Relatório de Execução Final Pág. 24 Os documentos de despesa apresentados pelas entidades privadas, eram carimbados como tendo sido financiados pelo Programa. As candidaturas que deslizaram ao nível da programação, para os anos seguintes, foram objecto de reprogramação. Nas situações em que foram detectadas irregularidades, foram adoptadas as necessárias medidas, em articulação com a Direcção-Geral do Desenvolvimento Regional (controle de 2ª nível), de acordo com o fixado no Despacho Conjunto nº A-67/95-XII, de 25.09. Relatório de Execução Final Pág. 25 4 – SISTEMA DE INFORMAÇÃO DO PORLVT O sistema de informação montado para o acompanhamento e monitorização do PORLVT procurou responder às necessidades básicas de gestão, possibilitando uma análise contínua dos níveis de execução física e financeira dos projectos, ao mesmo tempo que procurou contemplar a possibilidade de aferição dos impactes resultantes dos projectos apoiados. Importância do sistema de informação, Contudo, nem sempre se revelou fácil identificar os impactes dos projectos desenvolvidos pelo PORLVT. acompanhamento e monitorização do PORLVT. Efectivamente, é difícil operacionalizar um sistema de informação continuamente actualizado e que consiga dar resposta à execução de avaliações ex-ante, intercalares e ex-post. A disponibilização da informação foi efectuada através de uma base de dados comum a todo o QCA II – SIDREG. Procurou proceder-se a uma harmonização do carregamento da informação, embora existissem algumas dificuldades, fruto do esforço que este sistema exige à Comissão de Coordenação e a outros organismos da Administração Central e Local. ORGANIZAÇÃO ESQUEMÁTICA DOS FLUXOS DE INFORMAÇÃO DO PORLVT. Relatório de Execução Final Pág. 26 5 – SISTEMA DE PUBLICIDADE DO PORLVT Visando a adequação nas disposições nacionais e comunitárias em matéria de publicidade e informação dos projectos apoiados pelo FEDER, o Programa Operacional da Região de Lisboa e Vale do Tejo solicitou a todas as entidades executoras o cumprimento das normas de publicidade dos apoios concedidos, estabelecidos nos normativos comunitários Regulamento (CE) nº 2082/93, de 20.07 e Decisão 94/342/CE, de 31 de Maio, transpostos pelo Despacho Conjunto de 31 de Janeiro de 1996 dos Srs. Ministros do Equipamento, do Planeamento e Administração do Território, da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e para a Qualificação e o Emprego. vigência do PORLVT, um conjunto de acções de informação e divulgação do Programa Operacional da Região de Lisboa e Vale do Tejo. Estas acções compreenderam quatro grupos de actividades essenciais, apresentandose seguidamente alguns exemplos. Primeiramente, foi dado o apoio a acontecimentos e manifestações com impacto na Região de Lisboa e Vale do Tejo, através de patrocínios e subsídios, como por exemplo: FERSANT; • EXPO-OESTE; • Feira Nacional da Agricultura; • Feira do Cavalo • Festa da Língua Portuguesa em Sintra; • Feiras municipais diversas. Relatório de Execução Final Programa da C Medida para divulgação do PORLVT. O Sub-Programa C, através da Medida 2 (Assistência Técnica) permitiu desenvolver, ao longo do período de • Importância Pág. 27 2 do Sub- promover a Em segundo lugar, o PORLVT organizou e/ou apoiou Seminários e Congressos, tais como: • Conferência O Atlântico – Passado, Presente e Futuro; • Seminário Associativismo e Desenvolvimento Local; • Seminário Desenvolvimento Industrial e Território ; • Congresso Mundial Youth and Changing Cities; • II Fórum da Região de Lisboa e Vale do Tejo. Por outro lado, durante o período de vigência do PORLVT foram editados desdobráveis, brochuras e outras publicações sobre o Programa Operacional: • Publicação semestral Info-Lisboa e Vale do Tejo; • Edição de brochuras diversas; • Execução e distribuição de brindes diversos alusivos ao PORLVT. Finalmente, foi efectuada a promoção e divulgação do PORLVT através dos meios informativos locais, regionais e nacionais, tais como: • Jornais nacionais (Expresso, Público, Diário de Notícias, etc.); • Jornais regionais (Jornal Mirante, Revista Lisboa-Futuro, etc.); • Revistas e publicações diversas. Relatório de Execução Final Pág. 28 6 – COERÊNCIA, RACIONALIDADE GLOBAL E AVALIAÇÃO INTERCALAR DO PORLVT A racionalidade global do PORLVT dependeu, em grande medida, da sua coerência externa (confronto entre os seus objectivos/estratégias e os objectivos globais de desenvolvimento da Região de Lisboa e Vale do Tejo) e a sua coerência interna (articulação entre eixos, objectivos e medidas do PORLVT). No que se refere à coerência externa, constata-se que o PORLVT apresentou uma boa articulação com os Boa articulação entre os objectivos do objectivos globais identificados pelo Plano de Desenvolvimento Regional para o período de 1994/99. Ainda PORLVT e o PDR (1994/99). assim, existiram alguns domínios, caso das vertentes da valorização dos recursos humanos e da modernização da gestão do território, que não encontraram uma resposta directa ou suficientemente forte nos objectivos definidos à priori para o PORLVT. Em todo o caso, tal situação, por si só, não fez perigar o alcance das metas do desenvolvimento regional definidas para o país, já que existiram outros programas operacionais mais vocacionados para a intervenção naqueles domínios. Objectivos do PORLVT* Promover a progressiva integração da RLVT e o equilíbrio do sist. urbano regional Reforçar a coesão do território regional e melhorar qualid.vida Incrementar a competitividade da economia regional Dinamizar a estrutura produtiva • interacção Orientações estratégicas para o desenvolvimento da RLVT Promover o Promover a Promover a qualid. desenvolvimento valorização do de vida e a valoriz. económico e social potencial humano e dos recursos naturais a consolidação da e do patr. histórico e estrutura social cultural Aperfeiçoar e modernizar a gestão do território OBJECTIVOS DO PORLVT vs ••• ••• • ••• • ••• •• • •• • •• •• •• •• • • • interacção forte ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA RLVT • • • interacção muito forte Fonte: CEDRU/CCRLVT (Estudo de Avaliação Intercalar do PORLVT) Relatório de Execução Final Pág. 29 O Estudo de Avaliação Intercalar do Programa Operacional da Região de Lisboa e Vale do Tejo efectuou um confronto entre os eixos de intervenção do PORLVT e os eixos estratégicos definidos para o desenvolvimento da Região; conseguiram, assim, detectar-se os domínios pr ivilegiados e aqueles onde os impactes foram Participação activa do PORLVT em necessariamente menores. diversos Desse confronto, constatou-se que o PORLVT teve uma participação bastante importante nos domínios do eixos estratégicos de desenvolvimento para a RLVT. reforço do equilíbrio do sistema urbano regional e do reforço da função polarizadora da Região no contexto nacional. À excepção da agricultura, os impactes do PORLVT far-se-ão também sentir nas actividades económicas, com ênfase no turismo, até pelo privilegiar da dimensão ambiental pela Intervenção Operacional. Simultaneamente, os impactes do PORLVT são significativos na valorização patrimonial, do urbanismo e da melhoria da qualidade de vida das populações. Ao invés, confirma-se a fraca incidência do PORLVT em alguns domínios como o da agricultura e pescas, o dos recursos humanos e o do aperfeiçoamento e modernização da gestão do território. No caso da agricultura e das pescas, não havendo intervenção directa do PORLVT, os impactes positivos verificáveis resultam na Menor melhoria das condições de vida locais e da melhoria da promoção dos recursos e produtos de excelência. No agricultura e pescas, na qualificação caso dos recursos humanos, os impactes mais significativos decorrem da melhoria da dotação de equipamentos nas áreas do ensino, desporto escolar e cultura. Por último, no caso da modernização da gestão do território, os maiores impactes decorrem da realização de eventuais estudos de protecção ambiental e ordenamento territorial e, sobretudo, do maior protagonismo exercido pelas associações de municípios na gestão do SubPrograma A, fortalecendo a experiência e o dinamismo destas na actuação inter-municipal. Relatório de Execução Final Pág. 30 dos incidência recursos do PORLVT humanos e aperfeiçoamento da gestão territorial. na no Relativamente à coerência interna do PORLVT, uma primeira conclusão a retirar tendo por base o confronto dos eixos de intervenção do PORLVT com os seus objectivos, é a de que existiu uma razoável adequabilidade, A coerência sendo de salientar uma certa discriminação positiva em favor do objectivo reforçar a coesão do território contribui regional e melhorar a qualidade de vida em virtude de poder beneficiar de impactes bastante significativos eficácia. para interna o do PORLVT aumento da sua decorrentes da concretização das acções associadas a várias medidas, designadamente à melhoria do ambiente e sistemas de saneamento básico, o desenvolvimento e qualificação das acessibilidades e transportes e o incremento da dotação de equipamentos culturais. Eixos de Interve nção do PORLVT Reforçar a coesão do território regional e melhorar a qualidade de vida Melhorar o ambiente e os sistemas de saneamento básico Desenvolver e qualificar as acessibilidades e transportes Incrementar a dotação de equipamentos culturais Incrementar a oferta de infraestruturas de apoio à actividade produtiva Valorização do património e renovação urbana Dinamização empresarial e promoção do potencial endógeno da região Desenvolver estudos e/ou projectos e Assistência técnica • interacção • • interacção forte Objectivos do PORLVT Incrementar a competitividade da Dinamizar a estrutura produtiva economia regional ••• •• • ••• ••• •• ••• •• • •• •• •• •• •• •• • •• ••• • • • EIXOS DE INTERVENÇÃO DO PORLVT vs OBJECTIVOS DO PORLVT • • • interacção muito forte Fonte : CEDRU/CCRLVT (Estudo de Avaliação Intercalar do PORLVT) Comparando também os objectivos definidos pelos eixos de intervenção do PORLVT com os objectivos preconizados por cada uma das Medidas dos três Sub-Programas do PORLVT constata-se que os níveis de interacção foram globalmente satisfatórios. Relatório de Execução Final Pág. 31 No relatório final do estudo de avaliação intercalar do PORLVT apresentado em Janeiro de 1997 foram efectuadas três tipos de recomendações. Em primeiro lugar foram elaboradas recomendações para a Unidade de Acompanhamento do Programa, das quais se destacam as seguintes: • necessidade de reforçar a dotação orçamental do Programa, em particular das Medidas 1 e 2 do Sub- Programa B; • flexibilização do regime dos concursos públicos e das empreitadas para os projectos de pequena e média dimensão por forma a não atrasar a sua execução; • melhoria das complementaridades das intervenções com outros programas sectoriais do QCA II e do Fundo de Coesão. No que concerne às recomendações para as Unidades de Gestão destacam-se as seguintes: • aperfeiçoamento dos procedimentos relativos à contratualização de candidaturas; • definição de critérios coerentes na selecção/eliminação de candidaturas, tendo também por referência as principais opções de desenvolvimento e planeamento do território; • promoção de um maior número de projectos de âmbito intermunicipal, que visem o desenvolvimento de acções estruturantes à escala supra-local; • melhoria dos indicadores físicos de execução das acções, o que deveria passar por um maior acompanhamento dos projectos e dos respectivos livros de obra, o que iria permitir uma maior adequação do sistema de informação da Intervenção Operacional. Foram ainda efectuadas diversas recomendações específicas para cinco domínios essenciais: ambiente/saneamento básico, transportes/acessibilidades, infra-estruturas/equipamentos sócio-económicos, renovação urbana e acções imateriais do Sub-Programa C. Muitas das recomendações específicas desta avaliação intercalar foram levadas em consideração nos restantes anos de execução da Intervenção Operacional. Relatório de Execução Final Pág. 32 No que diz respeito ao Sub-Programa A, as articulações foram particularmente elevadas nos eixos de intervenção relacionados com o ambiente, as acessibilidades e a renovação urbana. Para os primeiros dois eixos, os impactes foram mais evidentes nas sub-regiões do Oeste e Vale do Tejo, enquanto que para o património e a renovação urbana a AML possuiu um maior protagonismo. Articulações diversas entre os eixos de intervenção do PORLVT e os objectivos De certo modo, o Sub-Programa B incidiu em eixos de intervenção semelhantes ao Sub-Programa A; contudo, de cada um dos seus Sub-Programas. a maior dimensão dos seus projectos acentuou os seus impactes, particularmente no que se refere ao ambiente, acessibilidades e equipamentos colectivos. De realçar também a articulação deste Sub-programa com o eixo referente à construção de infra-estruturas de apoio à actividade produtiva. Já distintas foram as articulações apresentadas pelo Sub-Programa C, o que se compreende dado o seu carácter inovador e a sua filosofia orientada para as acções imateriais; daí que a dinamização empresarial, a promoção do potencial endógeno e a realização de estudos tenham sido aqui privilegiados. Eixos de Intervenção do PORLVT Melhorar Ambiente e os sistemas de saneam. básico Desenvolver e qualificar as acessibilidades e transportes Incrementar a dotação de equipamentos culturais Aumentar a oferta de infraest. apoio à actividade produtiva Valorização do património e renovação urbana Dinamização empresarial e promoção do potencial endógeno da região Desenvolver estudos e/ou projectos e Assistência técnica • interacção Sub-Programa A AML Oeste Sub-Programa B Vale Tejo Medida 1 Sub-Programa C Medida 3 Medida 1 ••• Medida 2 • •• •• • •• •• •• • • ••• •• • • • •• • ••• •• •• • • • • interacção forte •• ••• • • •• • • • • interacção muito forte Pág. EIXOS DE INTERVENÇÃO DO PORLVT vs OBJECTIVOS DAS MEDIDAS DO PORLVT ••• Fonte : CEDRU/CCRLVT (Estudo de Avaliação Intercalar do PORLVT) Relatório de Execução Final Medida 2 33 O Programa Operacional viu, durante a sua vigência, um reforço financeiro envolvendo 19 513 mil euros, o que representa sòmente, cerca de, 3,8% da dotação inicial, ficando aquém dos valores que estariam subjacentes às recomendações efectuadas quando do processo de avaliação. A abordagem estratégica efectuada no âmbito do Subprograma B – Acções de Desenvolvimento de Valor Estratégico Regional, foi de privilegiar os designados sistemas intermunicipais nas questões relacionadas com o ambiente. É neste contexto, que foram apoiados, a título de exemplo, 3 sistemas na área dos resíduos sólidos, contemplando 17 municípios e uma população de, aproximadamente, 400 milhares de habitantes, no Vale do Tejo. Algumas das recomendações, não questionando a sua pertinência , têm, no entanto, um âmbito que ultrapassa a capacidade e competências das entidades envolvidas na gestão do Programa Operacional da Região de Lisboa e Vale do Tejo, porquanto envolve alterações de carácter legislativo e regulamentares que não são atribuições das entidades em causa. Relatório de Execução Final Pág. 34 7 – EXECUÇÃO FINANCEIRA DO PORLVT 7.1 – Execução Global O Programa Operacional da Região de Lisboa e Vale do Tejo teve como investimento total programado para o Durante a sua vigência, o PORLVT seu período de vigência (1994-99) o montante de 561.163 mil EUROS, sendo a totalidade deste valor aprovou 789 projectos no valor de 570 imputável a despesa pública. As subvenções comunitárias previstas, com origem no FEDER, ascenderam a milhões de EUROS, dos quais 71,5% 407.875 mil EUROS (72,7% do total da despesa pública programada), sendo de 153.288 mil EUROS (27,3%) foram comparticipados pelo FEDER. a contribuição nacional total; destes, 129.254 mil EUROS (84,3%) são provenientes das Autarquias Locais. O PORLVT prolongou a sua execução financeira e física pelos anos de 2000 e 2001, tendo os montantes aprovados e executados ultrapassado os valores programados. Assim, foram aprovados 789 projectos para os três Sub-Programas, correspondentes a um investimento elegível de 570.746 mil EUROS, dos quais 408.107 mil EUROS foram comparticipados a fundo perdido pelo FEDER, o que corresponde a uma taxa de comparticipação global de 71,5%. O investimento médio por projecto foi de 723,4 mil Euros, escondendo este valor grandes assimetrias entre os valores elevados registados nos Sub-Programas B (sobretudo nas Medidas Transportes/Acessibilidades e Ambiente) e A (especialmente na AML) e os pequenos montantes registados nas acções imateriais do Sub-Programa C. Entre o início do Programa e a sua conclusão, a despesa pública realizada e contabilizada pelas entidades gestoras foi de 569.480 mil EUROS, o que corresponde a 99,7% da despesa pública aprovada pelas entidades gestoras do programa e a 101,4% relativamente ao programado pela Comunidade Europeia. Relatório de Execução Final Pág. 35 Investimento Elegível e Investimento Médio por Sub-Programa SubRegião Invest. Eleg. Nº % Proj. (×1000€) I.Médio (×1000€) A AML Oeste V.Tejo 359 85 113 161 246.371 101.444 60.405 84.521 43,2 17,8 10,6 14,8 686,3 1193,5 534,6 525,0 B Acessib. Ambiente Equipam. C A.Econ. A.Técn. 177 35 78 64 253 125 128 287.718 97.940 149.401 40.376 36.657 21.659 14.997 50,4 17,2 26,2 7,1 6,4 3,8 2,6 1625,5 2798,3 1915,4 630,9 144,9 173,3 117,2 PORLVT 789 570.746 100,0 723,4 Os níveis de execução do PORLVT apresentaram-se, pois, bastante elevados, reflectindo uma boa mobilização por parte dos diversos promotores da região aos objectivos estratégicos e operativos do Programa Operacional Níveis de execução financeira elevados da Região de Lisboa e Vale do Tejo. Ainda assim, no caso do Sub-Programa C verificou-se um ligeiro do PORLVT. desfasamento entre os montantes aprovados e executados relativamente à programação. 600.000 500.000 INVESTIMENTO PROGRAMADO, APROVADO E 400.000 EXECUTADO POR SUB -PROGRAMA 300.000 (Milhares de Euros) 200.000 100.000 0 SUBP.A Inv. Programado SUBP.B SUBP.C Inv. Aprovado PORLVT Inv. Executado Apesar dos diversos pontos fortes do Programa Operacional, foram detectados alguns entraves à sua execução (expressos nos vários Relatórios de Execução Anuais, bem como no Relatório de Avaliação Intercalar), dos quais se destacam os seguintes: • o esforço financeiro que se exigiu às Câmaras Municipais foi dificilmente suportável para os projectos estruturantes de grande dimensão; Relatório de Execução Final Pág. 36 • as limitações técnicas e humanas de alguns promotores, sobretudo no que se refere a agentes e associações de carácter não lucrativo, dificultaram a obtenção de taxas de execução financeira elevadas em alguns anos, Alguns entraves à boa execução do sobretudo para o Sub-Programa C; PORLVT durante o seu período de • as grandes carências ainda existentes na infra-estruturação da região e as limitações orçamentais dos vigência. promotores colocaram limitações à celeridade da execução do Programa Operacional; • o processo administrativo das empreitadas e concursos públicos, ao abrigo da actual legislação, foi frequentemente incompatível com o suporte humano e técnico da Admin istração Local. 100.0 75.0 TAXA DE EXECUÇÃO DO PORLVT POR SUB -PROGRAMAS (%) 50.0 25.0 0.0 SUBP.A SUBP.B AP / PR Relatório de Execução Final EX / PR SUBP.C PORLVT EX / AP Pág. 37 7.2 – Sub-Programa A – Reforço da Coesão do Território Regional e Melhoria da Qualidade de Vida O investimento público previsto para este Sub-Programa, no período 1994-99, foi de 240.835 mil EUROS, o que representa cerca de 42,9% do total do PORLVT para o mesmo período. Contudo, o investimento aprovado pelas entidades gestoras do programa até ao seu encerramento foi ligeiramente superior (246.371 mil EUROS), Sub-Programa A em números constituindo 102,2% do valor programado. Durante o período de vigência do Sub-Programa A foram aprovados 359 projectos, tendo sido registados Ø 359 projectos aprovados; Ø Despesa aprovada: 246,4 milhões € Ø Taxas de Execução de: 245.813 mil EUROS de despesas, o que corresponde a uma taxa de execução de 99,7% relativamente ao • 99,7% em relação ao aprovado. investimento aprovado e a 101,81% relativamente ao investimento programado. • 102% em relação ao programado. O Sub-Programa A apresentou, na sua globalidade, um bom desempenho traduzido em elevadas taxas de execução nas três sub-regiões ao longo dos diversos anos; para este facto, muito contribuiu a contratualização deste Sub-Programa com as associações de municípios. 100 75 TAXA DE EXECUÇÃO DO SUB-PROGRAMA A POR MEDIDAS (%) 50 25 0 AML Oeste AP / PR Relatório de Execução Final EX / PR Vale do Tejo EX / AP Pág. 38 Apresentam-se seguidamente, de forma sintética, as taxas de execução financeira do Sub-Programa Reforço da Coesão do Território Regional e Melhoria da Qualidade de Vida, por sub-região de intervenção. ⇒ ÁREA METROPOLITANA DE LISBOA Taxas de execução financeira do Sub- Ø Foram aprovados 85 projectos nesta Medida, correspondentes a 101.444 mil EUROS de despesa Programa A nas três sub-regiões. pública e que constituíram 102,3% da despesa pública programada para a AML na decisão comunitária; Ø Os 101.229 mil EUROS executados nos diversos projectos ao longo do período de vigência da Intervenção Operacional representaram 102,1% e 99,7% em relação, respectivamente, aos montantes públicos previstos pela Comunidade e aprovados pelas entidades gestoras do Sub-Programa. ⇒ VALE DO TEJO Ø A relação entre a despesa pública aprovada (84.521) e a despesa pública programada na Comunidade foi de 102,2%, tendo as entidades gestoras aprovado 161 projectos nesta sub-região; Ø Durante o Programa Operacional, a despesa registada na sub-região foi de 84.256 mil EUROS, representando 99,6% do valor aprovado e 101,9% dos montantes previstos pelas instâncias comunitárias. ⇒ OESTE Auditório-Casa do Fado e da Guitarra Ø A despesa pública aprovada através de 113 projectos, no valor de 60.405 mil EUROS, representa 102,2% da que foi programada na decisão comunitária para a sub-região Oeste; Ø A despesa pública realizada e contabilizada nas entidades gestoras ao longo da execução do Programa (60.327 mil EUROS) atingiu 102,1% da despesa pública programada e 99,8% da despesa pública aprovada. Relatório de Execução Final Pág. 39 7.3 – Sub-Programa B – Acções Específicas de Valorização Territorial O investimento público previsto para este Sub-Programa, para o período 1994-99, foi de 283.213 mil EUROS, o que representa cerca de 50,5% do total do programa para o mesmo período; o peso relativo dos montantes aprovados através de 177 projectos para o Sub-Programa B (287.718 mil Euros) foi semelhante, representando Sub-Programa B em números este valor 101,5% do montante previsto pela Comunidade. O investimento realizado neste Sub-Programa (287.058 mil EUROS) possibilitou atingir uma taxa de execução financeira de 101,3% relativamente aos montantes programados para o período 1994/99 e 99,7% dos valores aprovados para o Sub-Programa Acções de Desenvolvimento de Valor Estratégico Regional. Ø 177 projectos aprovados; Ø Despesa aprovada: 287,7 milhões € Ø Taxas de Execução de: • 99,7% em relação ao aprovado. • 101,3% em relação ao programado. A Medida Transportes e Acessibilidades foi a que mais rapidamente atingiu níveis de execução elevados, tendo sido posteriormente seguida pelas restantes duas medidas. 100 75 TAXA DE EXECUÇÃO DO SUB-PROGRAMA B POR MEDIDAS (%) 50 25 0 Acessibilidades Ambiente AP / PR Relatório de Execução Final EX / PR Equipamentos EX / AP Pág. 40 Apresentam-se, seguidamente e de forma sintética, as taxas de execução financeira, por medida, do SubPrograma B. ⇒ TRANSPORTES E ACESSIBILIDADES Ø A despesa pública aprovada através de 35 projectos, no valor de 97.940 mil EUROS, representa 101,2% da que foi programada na decisão comunitária para esta Medida; Ø A despesa pública realizada e contabilizada nas entidades gestoras ao longo da execução do Programa (97.654 mil EUROS) atingiu 101% da despesa pública programada e 99,7% da despesa pública aprovada. Taxas de execução financeira do SubPrograma B por Medida. ⇒ AMBIENTE Ø A relação entre a despesa pública aprovada (149.401) e a despesa pública programada na Comunidade foi de 101,2%, tendo as entidades gestoras aprovado 78 projectos na Medida Ambiente; Ø Durante o Programa Operacional, a despesa registada nesta Medida foi de 149.114 mil EUROS, representando 99,8% do valor aprovado e 101% dos montantes previstos pelas instâncias comunitárias. ⇒ EQUIPAMENTOS SÓCIO-ECONÓMICOS Ø Foram aprovados 64 projectos nesta Medida, correspondentes a 40.376 mil EUROS de despesa pública e que constituíram 103,7% da despesa pública programada na decisão comunitária; Ø Os 40.289 mil EUROS executados nos diversos projectos ao longo do período de vigência da Intervenção Operacional representaram 103,5% e 99,7% em relação, respectivamente, aos montantes públicos previstos pela Comunidade e aprovados pelas entidades gestoras do Sub-Programa. Relatório de Execução Final Pág. 41 ETAR da Ericeira 7.4 – Sub-Programa C – Dinamização Regional O investimento público previsto para o Sub-Programa C foi de 37.115 mil EUROS, representando 6,6% da programação do PORLVT para o período 1994-99. Durante os anos de vigência foram aprovados 253 projectos, cujo investimento elegível aprovado (36.657 mil EUROS) corresponde a somente 6,4% do aprovado para a totalidade da Intervenção Operacional e a 98,7% dos valores programados pela Comunidade. Os montantes executados neste Sub-Programa (36.608 mil EUROS) permitiram atingir um nível de execução Sub-Programa C em números Ø 253 projectos aprovados; Ø Despesa aprovada: 36,7 milhões € Ø Taxas de Execução de: de 98,6% relativamente aos valores programados e 99,8% relativamente aos valores aprovados pelas entidades • 99,8% em relação ao aprovado. gestoras. • 98,6% em relação ao programado. Ao longo dos anos, o Sub-Programa C apresentou um nível de desempenho inferior aos restantes, o que, em grande medida, se justificou pelo atraso no arranque da Medida 1 - Promoção da Actividade Económica. 100 75 TAXA DE EXECUÇÃO DO 50 SUB-PROGRAMA C POR MEDIDAS (%) 25 0 Prom .Actividade Económica AP / PR Relatório de Execução Final Assistência Técnica EX / PR EX / AP Pág. 42 Apresentam-se, seguidamente e de forma sintética, as taxas de execução financeira, por medida, do SubTaxas de execução financeira do Sub- Programa Dinamização Regional. Programa C por Medida. ⇒ PROMOÇÃO DA ACTIVIDADE ECONÓMICA Ø A despesa pública aprovada através de 125 projectos, no valor de 21.659 mil EUROS, representa 97,4% da que foi programada na decisão comunitária para esta Medida; Ø A despesa pública realizada e contabilizada nas entidades gestoras ao longo da execução do Programa (21.639 mil EUROS) atingiu 97,3% da despesa pública programada e 99,9% da despesa pública aprovada. ⇒ ASSISTÊNCIA TÉCNICA Ø Foram aprovados 128 projectos nesta Medida, correspondentes a 14.997 mil EUROS de despesa pública e que constituíram 100,7% da despesa pública programada na decisão comunitária; Ø Os 14.968 mil EUROS executados nos diversos projectos ao longo do período de vigência da Intervenção Operacional representaram 100,5% e 99,8% em relação, respectivamente, aos montantes públicos previstos pela Comunidade e aprovados pelas entidades gestoras do Sub-Programa. Acervo da Fac.Belas Artes da U. Lisboa Relatório de Execução Final Pág. 43 8 – REALIZAÇÃO FÍSICA DO PORLVT 8.1 – Ambiente Entre outros objectivos, o PORLVT procurou melhorar as infra-estruturas básicas da Região de Lisboa e Vale do Tejo, contribuindo para o reforço da dimensão ambiental no processo de desenvolvimento. Dadas as limitações orçamentais do PORLVT e as carências da AML em infra-estruturas de saneamento de grande dimensão, as acções apoiadas nesta sub-região articularam-se com as do Fundo de Coesão. Os projectos Importância do PORLVT para o reforço da dimensão ambiental na RLVT. aprovados pelo PORLVT para o domínio do ambiente distribuem-se por três segmentos essenciais: abastecimento de água, drenagem e tratamento de águas residuais urbanas e resíduos sólidos. De entre as infra-estruturas apoiadas pelos projectos do PORLVT para o segmento do abastecimento de água destaca-se a construção de 8 Estações de Tratamento, 79 captações, 152 reservatórios e 60 estações elevatórias; apesar de algumas infra-estruturas aprovadas não terem sido concluídas até ao final de 2001, os valores executados ultrapassaram em alguns casos a programação inicial. Execução Física no Segmento do Abastecimento de Água INDICADOR Barragem ETA Captação Reservatório Estação Elevatória Rede de Distribuição Relatório de Execução Final UNIDADE Nº Nº Nº Nº Nº Metros QUANT. APROV. 2 9 77 162 68 747.557 QUANT. REALIZ. 2 8 79 152 60 708.290 Pág. 44 Rede de Esgotos No segmento das águas residuais urbanas, as infra-estruturas aprovadas ultrapassaram largamente a programação inicial. Previam-se 24 Estações de Tratamento de Águas Residuais, tendo sido construídas 82, na sua maioria com um nível de tratamento secundário. Destaque ainda para a construção de 134 estações elevatórias, de 785 Km de rede de águas residuais urbanas e de 37 Km de rede de águas pluviais. Bons níveis de realização física na Execução Física no Segmento das Águas Residuais Urbanas INDICADOR Etar Primária Etar Secundária Etar Terciária Remodelação ETAR Secud. Fossas Sépticas Estação Elevatória Rede Águas Pluviais Rede Águas Residuais UNIDADE Nº Nº Nº Nº Nº Nº Metros Metros QUANT. APROV. 6 69 15 2 5 141 38.066 798.963 maioria dos segmentos do ambiente. QUANT. REALIZ. 6 62 14 2 5 134 37.251 785.810 Em relação ao tratamento de resíduos sólidos, o PORLVT apresentou-se como um instrumento fundamental para ultrapassar as graves carências do Vale do Tejo, que no final do Programa passou a dispor de três aterros, onde são tratados todos os resíduos produzidos na sub-região. Realce também para a conclusão de um aterro sanitário em V. F. Xira e de uma estação de Compostagem em Setúbal. Execução Física no Segmento dos Resíduos Sólidos INDICADOR Aterro Sanitário Centro de Tratamento Estação de Transferência Relatório de Execução Final UNIDADE Nº Nº Nº QUANT. APROV. 4 1 1 QUANT. REALIZ. 3 1 1 Pág. 45 Estação de Compostagem 8.2 – Transportes e Acessibilidades Num território com as caracte rísticas da Região de Lisboa e Vale do Tejo, existe uma inevitável complementaridade e uma articulação de intervenções, de agentes e de meios no domínio dos transportes e acessibilidades (sobretudo os realizados nos âmbitos do Plano Rodoviário Nacional e da intervenção da EXPO 98). Importância do PORLVT na melhoria das acessibilidades regionais, articulação com outras intervenções. Este domínio apresentou, desde o início do Programa, uma limitação orçamental relevante, uma vez que a medida Transportes e Acessibilidades do Sub-Programa B financiou quatro projectos de grande monta, estruturantes para a Região: o Terminal Multimodal do Vale do Tejo, a Via de Cintura da Área Metropolitana de Lisboa, um troço do Eixo Viário Norte/ Sul e a ligação da Radial da Buraca à Av. Norton de Matos. Estes quatro projectos, num valor superior a 60 milhões de EUROS, pela sua dimensão e características poderiam ter sido da responsabilidade directa da Administração Central, libertando assim verbas para acções de menor dimensão, mas fundamentais para promover a articulação entre os eixos viários estruturantes. Não obstante, os projectos aprovados e executados ultrapassaram em diversos casos as metas iniciais. A título exemplificativo, refira-se que a programação inicial apontava para a construção/ remodelação de 400 Km de estradas municipais e de 40 Km de estradas regionais estruturantes, tendo sido executados cerca de 1 187 Km de construção/ beneficiação de estradas e caminhos municipais e 136 Km de construção/ beneficiação de estradas e caminhos regionais; verifica-se ainda que, no segmento das infra-estruturas rodoviárias, a taxa de realização física dos projectos foi bastante elevada. Relatório de Execução Final Pág. 46 Infra-Estruturas Rodoviárias em Execução Física no Segmento das Infra-Estruturas Rodoviárias INDICADOR Construção Auto-Estradas Remod. Outras Estradas PRN Construção de EM/CM Remodelação de EM/CM Construção de ER/CR Remodelação de ER/CR UNIDADE Km Km Km Km Km Km QUANT. APROV. 1 1 190 1 056 22 116 QUANT. REALIZ. 1 1 189 998 20 116 Taxa de realização física elevada nos segmentos das infra-estruturas rodoviárias e viárias urbanas. Também no segmento das infra-estruturas viárias urbanas a taxa de realização física dos projectos foi bastante elevada. Pelo seu carácter inovador e estratégico para a Região deve destacar-se o Terminal Multimodal do Vale do Tejo, localizado nos Riachos e que pretende transformar o eixo urbano Torres Novas/ Entroncamento num grande centro logístico nacional, e a remodelação/ampliação do Aeroporto de Tires, por forma a libertar o Aeroporto da Portela de algum tráfego de pequeno porte. Execução Física no Segmento das Infra-Estruturas Viárias Urbanas INDICADOR Construção de Rede Viária Remodel. de Rede Viária Construção Parques Estac. Remodel. Parques Estac. Centros Multimodais Remodel. de Aeroportos Relatório de Execução Final UNIDADE Km Km Nº Nº Nº Nº QUANT. APROV. 136 1.096 7 2 1 1 QUANT. REALIZ. 106 1.094 7 2 1 1 Pág. 47 Infra-Estruturas Viárias Urbanas 8.3 – Infra-Estruturas e Equipamentos O domínio das infra-estruturas e equipamentos contemplou duas vertentes de actuação fundamentais. Suportou-se, por um lado, a construção de equipamentos sociais de apoio à população, tendo por objectivo valorizar as potencialidades regionais e, por outro, a construção de equipamentos de apoio à actividade Duas vertentes de actuação fundamentais em equipamentos: produtiva, com o propósito de contribuir para o fortalecimento da economia regional, agindo no domínio da • Apoio à actividade produtiva. implantação física das empresas e na promoção das actividades económicas da Região . • Apoio à população. Relativamente às infra-estruturas e equipamentos de apoio à produção, até ao final do Programa Operacional foram aprovados e construídos 10 loteamentos/ zonas industriais, com 167 lotes, abrangendo uma área de 187 ha; nestas áreas industriais construíram-se 8 Km de rede de água, 11 Km de rede de esgotos, 79 Km de arruamentos e 5 ETARs. Destaque também para a conclusão de 6 mercados municipais, 2 parques/ pavilhões de exposições e núcleo de empresas. Execução Física no Segmento dos Equipam. de Apoio à Actividade Produtiva INDICADOR Const. Loteam./Zonas Indust. Número de Lotes Área dos Loteam. Indust. ETAR Arruament. Industriais Const. Mercados Municipais Remodel. Merc. Municipais Const. Parques/ Pavilhões Const. Núcleos Empresas Relatório de Execução Final UNIDADE Nº Nº Ha Nº Metros Nº Nº Nº Nº QUANT. APROV. 11 183 205,35 5 80.000 2 4 5 2 QUANT. REALIZ. 10 167 186,68 5 79.065 2 4 2 1 Pág. 48 Centro de Negócios de Ourém A vertente de equipamentos colectivos procurou, simultaneamente, expandir e reforçar a cobertura territorial e qualificar os serviços prestados em diversos domínios, desde o desporto à cultura, passando pelo turismo e pelo ensino. De um modo geral, a realização física do primeiro segmento está em consonância com os Cumprimento objectivos e metas inicialmente previstos para o Programa Operacional. O número e diversidade de equipamentos aprovados foi bastante apreciável; destaque para a construção de novas piscinas (19), a das metas físicas programadas, sobretudo no segmento dos equipamentos colectivos. construção e remodelação de campos de jogos (18), de escolas básicas (12), de cinemas e teatros (7), de polidesportivos (6) e de museus (5). Execução Física no Segmento dos Equipamentos de Apoio à População INDICADOR Constr. Escolas Básicas Remodel. Escolas Básicas Const. Inf. Desport. Descob. Const. Inf. Desport. Cobert. Const. Museus Remodel. Museus Const. Bibliotecas Remodel. Bibliotecas Const. Cinemas/Teatros Remodel. Cinemas/Teatros Const. Centros Culturais Remodel. Centros Culturais Const. Polidesportivos Remodel. Polidesportivos Const. Piscinas Const. Campos de Jogos Remodel. Campos de Jogos Const.e Rem. P. de Campismo Relatório de Execução Final UNIDADE Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº QUANT. APROV. 8 5 2 2 5 1 6 1 4 5 1 1 10 1 22 12 11 3 QUANT. REALIZ. 7 5 2 2 4 1 6 1 3 4 1 0 5 1 19 8 10 1 Pág. 49 Centro de Estágio e Formação Desportiva de Rio Maior 8.4 – Reabilitação e Valorização Urbana Os projectos aprovados neste sector contemplaram três vertentes de actuação essenciais: - arranjos urbanísticos, visando promover a melhoria da imagem dos núcleos urbanos, consubstanciada no incremento da funcionalidade do espaço urbano; - valorização do património, designadamente através da recuperação e requalificação de edifícios (ainda que insuficientes), na reabilitação classificados ou de interesse público; - Três vertentes de actuação essenciais circulação urbana, traduzindo uma vertente de actuação ampla e intimamente relacionada com as acessibilidades urbanas, consubstanciadas através da conservação de vias municipais, do arranjo de urbana: arranjos urbanísticos, valorização patrimonial e circulação urbana. passeios e de áreas envolventes. Durante o seu período de vigência, o PORLVT efectuou 15 acções de recuperação de zonas históricas, 23 recuperações de edifícios e 53 arranjos urbanísticos. Contudo, as intervenções aprovadas foram, na maioria das situações, intervenções pequenas e pontuais, faltando-lhes uma visão global e integradora que permitisse dar prossecução a uma eficaz e coerente política de cidades. Deste modo, torna-se importante que o Terceiro Quadro Comunitário de Apoio consiga suprir esta lacuna. Execução Física no Segmento da Reabilitação e Valorização Urbana INDICADOR Recuperação Zonas Históricas Recuperação de Edifícios Arranjos Urbanísticos Mobiliário Urbano Áreas com Interesse Paisagístico Relatório de Execução Final UNIDADE Nº Nº Nº Nº M2 QUANT. APROV. 16 29 53 18 85.279 QUANT. REALIZ. 15 23 53 18 85.179 Pág. 50 Arranjos Urbanísticos 8.5 – Acções Imateriais O Sub-Programa C apresentou-se como uma intervenção inovadora para a Região de Lisboa e Vale do Tejo, privilegiando as acções imateriais, cada vez mais fundamentais no incremento da capacidade competitiva das economias regionais. Sub-Programa Os projectos aprovados constituíram um sistema cujo resultado final contribuirá para a correcção das fragilidades do tecido empresarial e para a dinamização das actividades instaladas, para o fomento das iniciativas de carácter inovador e aumento da capacidade de competir em mercados alargados. Os indicadores de realização física do Sub-Programa C apresentam naturalmente diversas limitações, dado o carácter imaterial e qualitativo das acções desenvolvidas. Ainda assim, os indicadores disponíveis permitem destacar o número de estudos realizados e de edições publicadas, assim como a promoção da Região e respectivos agentes através de acções de divulgação, de marketing, de missões empresariais, sendo que a participação em feiras assumiu também relevância. Principais Indicadores de Execução Física das Acções do Sub-Programa C INDICADOR Estudos Acções de Prom./ Divulgação Acções de Marketing Missões Empresariais Participação em Feiras Seminários Edição de Publicações Relatório de Execução Final UNIDADE Nº Nº Nº Nº Nº Nº Nº QUANT. APROV. 154 126 7 2 10 2 108.000 QUANT. REALIZ. 232 70 7 0 7 1 108.000 Pág. 51 C como intervenção inovadora, mas cuja avaliação é difícil e complexa. 9 – AVALIAÇÃO GLOBAL DA EXECUÇÃO DO PORLVT 9.1 – Análise Territorial O PORLVT constitui um instrumento essencial na prossecução do processo de desenvolvimento integrado e sustentado da Região de Lisboa e Vale do Tejo. Os três Sub-Programas que o compõem procuraram criar complementaridades e sinergias, por forma a responder a algumas das carências e estrangulamentos das três sub-regiões. Os Sub-Programas do PORLVT procuraram criar complementaridades e sinergias por forma a ultrapassar alguns dos pontos fracos da Região. A concretização do Sub-Programa A permit iu melhorar a qualidade de vida dos centros urbanos de pequena e média dimensão, através da sua dotação em equipamentos e infra-estruturas; este Sub-programa representou 43,2% do investimento total do PORLVT, evidenciando uma maior importância na sub-regiã o Oeste (cerca de Estrutura do Investimento Aprovado por Sub-Programas e Medidas (%) metade do total). SUB./Med. AML Oeste V.Tejo RLVT No período de vigência do PORLVT, metade do investimento aprovado foi canalizado para o Sub-Programa B, sendo de destacar a importância da medida Ambiente para as sub-regiões Oeste e Vale do Tejo, enquanto na AML se destacaram alguns investimentos de maior dimensão desenvolvidos no âmbito da medida Transportes e Acessibilidades. Por sua vez, o Sub-Programa C contemplou diversas dimensões, através da conjugação de dinamismos de natureza endógena e exógena. Embora o seu peso percentual tenha sido bastante inferior aos outros dois SubProgramas, este apresentou um carácter inovador importante, sobretudo na Área Metropolitana de Lisboa. Relatório de Execução Final Pág. 52 A B Acessib. Ambiente Equipam. 43,3 48,3 29,8 13,6 4,8 49,0 46,1 3,7 36,1 6,3 39,6 55,2 11,0 34,2 10,0 43,2 50,4 17,2 26,2 7,1 C A.Econ. A.Técn. 8,4 4,5 3,9 4,9 3,3 1,6 5,2 3,3 1,9 6,4 3,8 2,6 100,0 100,0 TOTAL 100,0 100,0 50,0 40,0 REGIONALIZAÇÃO DO INVESTIMENTO 30,0 AML ELEGÍVEL APROVADO (%) OESTE 20,0 V.TEJO 10,0 SUBP.A SUBP.B SUBP.C PORLVT Do ponto de vista territorial, tendo por base as três sub-regiões que compõem a Região de Lisboa e Vale do Tejo, verificou-se que 41% do investimento elegível aprovado se localizou na Área Metropolitana de Lisboa. O Vale do Tejo e o Oeste concentraram, respectivamente, 37,4% e 21,6% do investimento elegível aprovado. Tendo em consideração a dimensão demográfica de cada uma das três sub-regiões, conclui-se que o PORLVT terá impactes mais significativos na dinâmica territorial do Oeste e, fundamentalmente, do Vale do Tejo, na Investimento Elegível, Investimento Médio e Capitação por Sub-Região medida em que aí as capitações do in vestimento aprovado foram mais elevadas (363,6 e 479,3 EUROS por Invest. Eleg. Nº (×1000€) % Proj. Região habitante, respectivamente). AML 257 234.078 Oeste V.Tejo 196 336 123.169 213.497 RLVT 789 Apesar de, na AML, os montantes de investimento por habitante terem sido consideravelmente inferiores à média regional, verificou-se que o investimento médio por projecto foi mais elevado (910,8 mil EUROS), traduzindo o carácter mais selectivo e menos extensivo do Programa Operacional nesta sub-região, o que também se deveu aos recursos disponíveis para a AML no âmbito de outros instrumentos financeiros. Relatório de Execução Final Pág. 53 Sub- I.Médio Capit. (×1000€) (€) 41,0 910,8 87,9 21,6 37,4 628,4 635,4 363,6 479,3 570.746 100,0 723,4 165,6 9.2 – Domínios de Intervenção O PORLVT assumiu-se como um instrumento estratégico de apoio ao desenvolvimento integrado e sustentado da Região de Lisboa e Vale do Tejo, por forma a diminuir e ultrapassar as carências ainda existentes em diversos domínios. Cerca Tendo por base uma tipologia de classificação dos projectos aprovados, constata-se que as acções associadas ao ambiente e aos transportes absorveram a maior fatia de investimento (aproximadamente 70%), o que indicia de 70% do investimento do PORLVT concentrou-se nos sectores do ambiente e dos transportes. impactes muito significativos nestes domínios. De resto, no caso do sector do ambiente, o PORLVT constituiu o principal instrumento financeiro de apoio às autarquias do Oeste e do Vale do Tejo para superar as graves carências ainda existentes, sobretudo no que se refere à construção de infra-estruturas de saneamento básico. Os equipamentos de apoio à população foram também um sector de intervenção importante do PORLVT (cerca de 12,5%), contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população e para a qualificação dos Diversificação das intervenções centros urbanos. Neste âmbito, foi dado particular relevo à construção de equipamentos desportivos em várias apoiadas pelo PORLVT por diversos áreas do território regional. sectores e domínios. As intervenções apoiadas contemplaram ainda outros domínios, embora com uma importância relativa inferior à dos sectores e domínios anteriormente referidos, tais como o turismo, a renovação urbana e a construção de espaços de apoio à actividade económica. Relatório de Execução Final Pág. 54 36,8 32,0 INVESTIMENTO ELEGÍVEL APROVADO POR DOMÍNIOS DE INTERVENÇÃO (%) 6,9 6,5 5,5 5,9 3,4 1,7 Tu ris mo Tr an sp. Ou tro s Re n.U rb. Am bie nte De spo rto Ed uc ./C ult . 1,4 Apesar de, em todas as sub-regiões da Região de Lisboa e Vale do Tejo, os sectores do ambiente e das acessibilidades terem assumido uma maior preponderância, existiram algumas especificidades territoriais que Estrutura do Investimento Elegível Aprovado por Domínios (%) importa relevar. Na AML existiu uma maior diversidade de investimentos, tendo o sector dos transportes e acessibilidades um peso superior ao do ambiente, o que se deveu à realização de algumas acções de maior dimensão; nesta subregião, os sectores da renovação urbana e da cultura assumiram também algum protagonismo. No Oeste e Vale do Tejo, os sectores dos transportes e acessibilidades e do ambiente absorveram mais de 3/4 do investimento aprovado, sendo este último responsável por quase metade da despesa pública aprovada (sobretudo no caso do Oeste). Os restantes sectores apresentam um menor protagonismo nestas sub-regiões, embora não se deva ignorar a importância do desporto no Vale do Tejo e da renovação urbana no Oeste. Relatório de Execução Final Pág. 55 Domínios AML Oeste V.Tejo RLVT Ambiente Desporto 23,1 7,4 49,3 5,3 44,5 7,2 36,8 6,9 Educ./Cult. Indústria 11,0 0,4 1,9 1,6 1,5 2,5 5,5 1,4 Ren.Urb. 8,6 5,7 2,9 5,9 Serviços Transp. 3,7 35,3 2,1 27,7 3,9 30,7 3,4 32,0 Turismo Outros 1,2 9,3 1,5 5,0 2,5 4,2 1,7 6,5 100,0 100,0 TOTAL 100,0 100,0 9.3 – Análise por Promotores A mobilização de agentes diversos constitui um dos aspectos mais positivos do PORLVT, até pela capacidade de criar, a médio e longo prazo, um quadro sustentável de actores e uma atitude de co-responsabilização nas opções estratégicas de desenvolvimento que se colocam à Região. Mobilização de diversos agentes na Ao longo do período de execução do PORLVT sobressai o grande protagonismo das autarquias, responsáveis realização de acções de investimento, por 87,3% do investimento elegível aprovado. Na realidade e, à semelhança do Quadro Comunitário de Apoio com ênfase para as autarquias. anterior, esta Intervenção Operacional constituía o principal instrumento financeiro de apoio ao investimento das autarquias e, nalguns casos (sobretudo dos pequenos municípios) o único. Contudo, o PORLVT mobilizou muitos outros agentes, designadamente as Associações Empresariais, Associações de Municípios e outras entidades sem fins lucrativos, responsáveis pela realização de um número elevado de acções, particularmente no que se refere ao Sub-Programa C. 4,9 1,3 1,2 3,6 1,8 87,3 INVESTIMENTO ELEGÍVEL APROVADO POR CATEGORIA DO EXECUTOR (%) Relatório de Execução Final Ad.Central Assoc.Emp. Assoc.Mun. Autarquias Outros Reg.Tur. Pág. 56 A importância das autarquias na realização de despesas do PORLVT foi comum às três sub-regiões, tendo os restantes agentes desempenhado um papel complementar e gerador de algumas sinergias. Estrutura do Investimento Elegível Aprovado por Tipo de Executor (%) No caso da sub-região do Vale do Tejo, o peso relativo das autarquias foi ligeiramente inferior, o que se explica pela realização de dois grandes investimentos – Terminal Multimodal do Vale do Tejo e Aterro Sanitário Intermunicipal da Resitejo – por outras entidades sem fins lucrativos. Embora com um significado estatístico menor, as associações empresariais de base territorial na Área Metropolitana de Lisboa e na sub-região Oeste e a Associação de Municípios do Oeste desempenharam também um papel importante na concretização dos objectivos do PORLVT nos respectivos territórios. Relatório de Execução Final Pág. 57 Tipol. Exec. AML Oeste V.Tejo RLVT Adm. Central Assoc. Emp. 2,7 4,5 0,3 3,3 0,0 2,7 1,2 3,6 Assoc. Mun. 0,9 3,4 1,8 1,8 Autarquias Reg.Turismo 90,0 0,5 92,1 0,7 81,6 2,4 87,3 1,3 11,4 100,0 4,9 100,0 Outros TOTAL 1,4 0,1 100,0 100,0 10 – AVALIAÇÃO DOS IMPACTES DO PORLVT 10.1 – Ambiente O sector do ambiente constituiu um domínio de actuação privilegiada do PORLVT. Com efeito, durante a execução do Programa Operacional, as Unidades de Gestão do Programa aprovaram 209 projectos neste sector para a Região de Lisboa e Vale do Tejo, correspondentes a aproximadamente 210 milhões de EUROS de investimento elegível. O saneamento básico como um sector privilegiado de intervenção Os projectos aprovados para o sector do Ambiente na Região de Lisboa e Vale do Tejo distribuira-se por do PO, mobilizando 210 milhões de Euros. quatro segmentos essenciais: abastecimento de água, drenagem e tratamento de esgotos, tratamento de resíduos sólidos e valorização e requalificação ambiental; algumas acções corresponderam a intervenções integradas de abastecimento de água e de drenagem de águas residuais urbanas, tendo existido ainda um número considerável de estudos no sector do ambiente apoiados pelo Sub-Programa C. Durante o período de execução do PORLVT, os maiores impactes das acções apoiadas no sector do ambiente fizeram-se sentir nas sub-regiões do Vale do Tejo e Oeste, na medida em que as principais infra-estruturas de saneamento da AML foram comparticipadas pelo Fundo de Coesão. Os municípios do Oeste e da AML privilegiaram as acções tendentes a melhorar os respectivos sistemas de drenagem e tratamento de águas residuais, enquanto no Vale do Tejo existiu um maior equilíbrio entre os três segmentos do ambiente, sendo de destacar a importância dos investimentos realizados no segmento dos resíduos sólidos. Relatório de Execução Final Pág. 58 Acções distribuídas por 4 segmentos: • Abastecimento de Água; • Drenagem/Tratamento de Esgotos; • Tratamento de Resíduos Sólidos; • Valorização ambiental. SEGMENTO AML (Mil. Euros) Val. Ambiental 4.575 Água/Esgotos 2.720 Água 10.667 Esgotos 30.071 R.Sólidos 5.125 Estudos 1.003 TOTAL 54.163 OESTE V. TEJO RLVT (%) (Mil. Euros) (%) (Mil. Euros) (%) (Mil. Euros) (%) 8,4 996 1,0 5.572 2,7 5,0 2.623 4,3 2.156 2,3 7.500 3,6 19,7 13.163 21,7 29.072 30,6 52.902 25,2 55,5 42.921 70,8 38.723 40,7 111.716 53,2 9,5 1.599 2,6 23.363 24,6 30.088 14,3 1,9 356 0,6 763 0,8 2.122 1,0 100,0 60.663 100,0 95.076 100,0 209.903 100,0 No segmento do abastecimento de água, os investimentos levados a cabo procuraram responder a dois ESTRUTURA DO INVESTIMENTO APROVADO, POR SEGMENTO DO AMBIENTE, DO PORLVT Investimento no abastecimento de água problemas essenciais. Em primeiro lugar, as autarquias da Região de Lisboa e Vale do Tejo procuraram destinado a melhorar a cobertura em superar as carências ainda existentes em sistemas formais de abastecimento de água em alguns núcleos pequenos populacionais de pequena dimensão e, por outro lado, foram efectuados redimensionamentos em alguns sistemas nas principais cidades. núcleos e a reforçar sistemas dos principais núcleos urbanos, por forma a prevenir possíveis carências e estrangulamentos na distribuição de água. A maioria do investimento aprovado no sector do ambiente destinou-se ao segmento da drenagem e tratamento de águas residuais urbanas por forma a resolver as graves carências ainda existentes neste segmento na Região de Lisboa e Vale do Tejo. Com efeito, em 1994, apenas 41% da população residente via os seus esgotos terem um destino e tratamento adequados, sendo os restantes lançados directamente no solo, nas bacias hidrográficas ou no Oceano, sem qualquer tratamento, constituindo, deste modo, uma importante fonte de poluição ambiental e de ameaça à saúde pública. A sub-região do Vale do Tejo é a que se encontrava numa situação mais preocupante, embora nas restantes sub-regiões, incluindo a AML, o diagnóstico seja pouco favorável, na medida em que em nenhuma das sub-regiões se atingia um nível de cobertura de 50%. Depósito de Água de Sesimbra Relatório de Execução Final Pág. 59 os De uma forma geral, os projectos aprovados pelo PORLVT incidiram sobre soluções integradas de Investimentos muito significativos no saneamento, dando ênfase à construção de novas ETARs; contudo, a construção e/ou ampliação de redes segmento de drenagem e tratamento de (privilegiando as redes separativas), a construção de emissários e de estações elevatórias foram também esgotos, sobretudo em ETARs. objectos de intervenção. Os objectivos passaram, fundamentalmente, pela tentativa de diminuiç ão das fontes de poluição das linhas de água e, nalguns casos, das áreas litorais junto à foz dos rios. Nas sub-regiões do Oeste e, fundamentalmente, da Área Metropolitana de Lisboa, foram aprovados diversos projectos do Fundo de Coesão que permitiram alterar significativamente os níveis de cobertura em tratamento de esgotos. Deste modo, com base nos diversos projectos aprovados pelo PORLVT e pelo Fundo de Coesão é possível realizar uma projecção dos níveis de cobertura em tratamento de efluentes urbanos na Região de Lisboa e Vale do Tejo. As previsões apontam para uma melhoria muito significativa dos níveis de atendimento da população em drenagem e tratamento de águas residuais urbanas na Região, que passará de 41% em 1994 para cerca de ETAR de Santarém 75% em 1999, ocorrendo uma convergência nos níveis de atendimento entre as três sub-regiões. Na AML, os avultados investimentos no âmbito do Fundo de Coesão permitiram resolver os principais Evolução Esperada nos Níveis de problemas nos concelhos de Loures, Oeiras, Sintra, Cascais, Sesimbra e Setúbal; na margem sul, apesar dos Cobertura em Trat. Esgotos na RLVT (%) Unid.Geog. AML 1994 45 1994/99 27 2000 72 atendimento, sendo o município de S.M.Agraço o mais carenciado. No Vale do Tejo ocorreram também Oeste Vale do Tejo 33 22 47 44 80 66 melhorias muito significativas em quase todos os concelhos, sendo os municípios de Ferreira do Zêzere, Tomar RLVT 41 31 72 progressos, subsistem problemas graves, designadamente nos municípios ribeirinhos da Moita, Barreiro, Seixal e Almada, tal como em V.F.Xira, na margem norte. No Oeste ocorreu uma melhoria generalizada nos níveis de e Coruche os mais carenciados na actualidade. Relatório de Execução Final Pág. 60 Níveis de cobertura em tratamento de esgotos na RLVT Situação em 1994 Situação em 2000 Ferreira do Zêzere Ourém Nazaré Ferreira do Zêzere Ourém Nazaré Tomar Tomar Sardoal Sardoal Torres Novas Alcobaça Vila Nova Barquinha Entroncamento Alcanena Caldas da Rainha Caldas da Rainha Constância Golegã Peniche Lourinhã Rio Maior Alpiarça Chamusca Lourinhã Cadaval Azambuja Cartaxo Almeirim Salvaterra de Magos Legenda Sintra Alcochete Montijo 25-49 % Palmela Cascais Amadora Oeiras Lisboa Alcochete Moita Palmela Barreiro 70-89 % >=90 % Setúbal Sesimbra 5 Km 0 Km Relatório de Execução Final Almada Seixal Barreiro Sesimbra Coruche Montijo 50-69 % Moita Seixal Salvaterra de Magos Sintra Montijo Almada Almeirim Benavente Loures 0-24 % Amadora Oeiras Lisboa Chamusca Alenquer Sobral de Monte Agraço Vila Franca Arruda Mafra de Xira dos Vinhos Coruche Benavente Cartaxo Torres Vedras Alenquer Loures Alpiarça Azambuja Sobral de Monte Agraço Vila Franca Arruda Mafra de Xira dos Vinhos Cascais Santarém Bombarral Cadaval Torres Vedras Constância Golegã Peniche Bombarral Setúbal 20 Km 10 Km Pág. 61 Gavião Abrantes Óbidos Santarém Rio Maior Vila Nova Barquinha Entroncamento Alcanena Gavião Abrantes Óbidos Torres Novas Alcobaça Montijo No segmento dos resíduos sólidos, o PORLVT apoiou a construção de três aterros sanitários na sub-região do Vale do Tejo, levando à constituição de três sistemas integrados de tratamento de resíduos: RESITEJO, RESIURBE e AMAGMSTRS. Estes três projectos contemplaram a construção de sistemas de drenagem e tratamento de águas lixiviantes e de biogás, a construção de camadas de impermeabilização, assim como de Construção de três aterros sanitários equipamentos e infra-estruturas de apoio. no Vale do Tejo através do PORLVT. A construção destes projectos permitiu resolver a grave carência da sub-região do Vale do Tejo no segmento dos resíduos sólidos, na medida em que até aqui todos os resíduos produzidos tinham como destino lixeiras a céu aberto, que constituíam um foco de poluição ambiental e uma ameaça à saúde pública. Nas sub-regiões do Oeste e Área Metropolitana de Lisboa, as intervenções foram, fundamentalmente, apoiadas pelo Fundo de Coesão, destacando-se a construção de uma incineradora e de uma estação de compostagem Complementaridade com intervenções do Fundo de Coesão nas sub-regiões da AML e Oeste. intermunicipais na Grande Lisboa, de dois aterros sanitários intermunicipais na Península de Setúbal e de um aterro sanitário no Oeste. Na cidade de Setúbal, o PORLVT apoiou a conclusão da Estação de Compostagem iniciada durante o anterior Quadro Comunitário de Apoio. Com estas novas infra-estruturas, todos os resíduos sólidos produzidos na Região de Lisboa e Vale do Tejo passaram a ter um destino e tratamento adequado, levando à selagem e recuperação ambiental dos espaços anteriormente ocupados pelas lixeiras. Neste segmento as prioridades devem ser dadas à consolidação da política dos 3 Rs (Reduzir, Reciclar e Reutilizar) através da criação de mais estações de triagem, reciclagem, de ecocentros e ecopontos. Aterro Sanitário da RESITEJO Relatório de Execução Final Pág. 62 as Impactes do PORLVT no tratamento de resíduos sólidos urbanos na RLVT Situação em 1994 Situação em 2000 Ferreira do Zêzere Ourém Nazaré Ferreira do Zêzere Ourém Nazaré Tomar Tomar Sardoal Sardoal Torres Novas Alcobaça Alcanena Caldas da Rainha Vila Nova Barquinha Entroncamento Caldas da Rainha Constância Golegã Peniche Rio Maior Santarém Peniche Chamusca Lourinhã Alpiarça Cartaxo Almeirim Alpiarça Cartaxo Torres Vedras Alenquer Salvaterra de Magos Coruche Salvaterra de Magos Vila Franca de Xira Coruche Benavente Loures Sintra Almeirim Alenquer Sobral de Monte Agraço Arruda Mafra dos Vinhos Benavente Loures Chamusca Cadaval Azambuja Sobral de Monte Agraço Vila Franca Arruda Mafra dos Vinhos de Xira Cascais Santarém Rio Maior Azambuja Torres Vedras Sintra Legenda Amadora Oeiras Lisboa Alcochete Cascais Amadora Lisboa Alcochete Oeiras Montijo Almada Moita Seixal Montijo Inceneração Montijo Almada Palmela Compostagem Moita Seixal Barreiro Palmela Barreiro Aterro Sesimbra Constância Golegã Bombarral Cadaval Setúbal Relatório de Execução Final Lixeira Sesimbra Pág. 63 Gavião Abrantes Óbidos Bombarral Lourinhã Vila Nova Barquinha Entroncamento Alcanena Gavião Abrantes Óbidos Torres Novas Alcobaça Setúbal Montijo 10.2 – Transportes e Acessibilidades Para o sector dos transportes e acessibilidades o PORLVT aprovou 187 projectos, totalizando 182.388 Dimensão Financeira dos Projectos no Sector dos Transportes milhares de EUROS, o que correspondeu a aproximadamente 1/3 do total do Programa Operacional. A maioria das acções aprovadas (154) contemplaram intervenções de pequena e média dimensão (inferiores a 1 milhão de EUROS), na sua maior ia apoiadas pelo Sub-Programa A e destinadas à construção e requalificação de estradas municipais, cujos impactes serão sentidos, fundamentalmente, à escala concelhia e sub-regional. Dimensão Financ. Nº de Proj. do Projecto >=10.000 4 5.000/10.000 2 1.000/5.000 27 500/1.000 65 <500 89 TOTAL 187 Invest. Mil.Euros 50.210 14.114 44.914 45.557 27.594 182.388 Eleg. % 27,5 7,7 24,6 25,0 15,1 100,0 Contudo, seis projectos (na prática cinco conjuntos de acções, uma vez que a Via de Cintura da AML contemplou diversas intervenções) absorveram 35% do total do investimento elegível do PORLVT no sector Cerca de 35% do investimento no sector dos transportes e acessibilidades, assumindo um carácter estratégico para o desenvolvimento da Região, ainda dos que tenham, desde muito cedo, esgotado parte significativa das verbas para este sector. cinco grandes acções. transportes concentrou-se O Terminal Multimodal do Vale do Tejo, com um investimento de 13,1 milhões de Euros, procurou dotar a sub-região do Vale do Tejo de uma infra-estrutura que combinasse as vantagens do transporte rodoviário e ferroviário. Este Terminal localiza-se em Riachos, no eixo urbano e industrial Torres Novas/Entroncamento, beneficia da sua localização estratégica e das boas acessibilidades rodoviárias (IP1, IP6 e IC3) e ferroviárias (Linha do Norte, Linha do Leste e da Beira Baixa) contemplando duas áreas distintas: área destinada à movimentação de mercadorias e parqueamento de contentores e área destinada a estruturas de apoio diversas (camionistas, serviços aduaneiros, entidades fiscalizadoras, oficinas, etc.). Terminal Multimodal do V.Tejo Relatório de Execução Final Pág. 64 em Um projecto estruturante no domínio dos transportes apoiado pelo PORLVT consistiu na recuperação, modernização e ampliação do Aeródromo Municipal de Cascais. Tratou-se de um investimento relevante com o propósito de criar uma infra-estrutura aeroportuária preparada para receber tráfego da aviação geral e secundário, constituindo uma alternativa à Portela, essencial num contexto de separar esse tráfego do tráfego comercial de grande porte da Portela e da crescente saturação deste último aeroporto. O investimento de 10,6 milhões de Euros contemplou a ampliação da aerogare e respectivo apetrechamento em equipamentos e serviços, e ainda diversos equipamentos e serviços fundamentais em operações de tráfego aéreo. A construção da 2ª Fase do Eixo Viário Norte/Sul pela Câmara Municipal de Lisboa entre o Viaduto da Palma de Baixo até ao final do Viaduto de Campolide e o Nó da Lusíada (segundo troço entre o Km 0 e 1870) no valor de 15,3 milhões de Euros constituiu também uma acção apoiada pelo PORLVT. Este eixo viário Aeródromo de Tires fundamental na circulação urbana e metropolitana, além de permitir uma melhor distribuição de tráfego na cidade, descongestionando a segunda circular, estabelece a ligação entre as auto-estradas do norte e do sul. Este eixo contempla o Nó da Lusíada que permite estabelecer ligações à Estrada da Luz, ao Hospital de Santa Maria e à Universidade Católica, o Nó de Sete-Rios com ligações à Av. Combatentes, à Av. Forças Armadas, à Praça de Espanha e de Sete-Rios e o Nó de Campolide que permite a ligação a diversas urbanizações e estabelecer uma ligação entre o centro da cidade e Monsanto. Também na cidade de Lisboa, o PORLVT apoiou a construção do IC17-CRIL-Ligação da Radial da Buraca às Av. Ceuta e Norton de Matos. Esta obra, no valor de 7,6 milhões de Euros, contemplou a construção de uma via principal com três faixas de circulação em cada sentido e de duas obras de arte, uma passagem inferior e um viaduto (ligação Monsanto/ Calhariz), assim como a construção dos acessos à Av. Ceuta e o alargamento da Av. Norton de Matos. Tratou-se de um investimento relevante na articulação entre as acessibilidades Relatório de Execução Final Pág. 65 Eixo Viário Norte/Sul urbanas e regionais, uma vez que permitiu a interligação da cidade de Lisboa com a CRIL, garantindo, simultaneamente, uma melhor acessibilidade e fluidez de tráfego com os concelhos limítrofes. Importância das pequenas e médias O PORLVT apoiou também a construção de quatro troços da Via de Cintura da AML/Norte no valor total de 21,6 milhões de Euros : Troço Santa Eulália/Bocal de Baixo e Troço 11-A (Mafra), Troço 18 e 18-A (Loures) intervenções para o fecho e articulação de malhas viárias. e Troço Fervença/Lumarinho (Sintra). Este eixo viário insere-se numa lógica de vias circulares na AML, à semelhança da CRIL e da CREL, procurando envolver os municípios da segunda coroa de urbanização (Cascais, Sintra, Mafra, Loures e V.F. Xira), por forma a colmatar uma lacuna do Plano Rodoviário Nacional no que se refere à Grande Lisboa. Esta Via Circular permitirá, assim, estabelecer uma maior fluidez de tráfego nos referidos municípios, ao mesmo tempo que descongestiona as áreas de maior densidade de tráfego, como a CREL e a CRIL Apesar da importância estratégica deste conjunto de cinco acções não deve ser ignorado o número elevado de acções apoiadas pelo PORLVT destinadas à melhoria das acessibilidades urbanas, municipais e intra-regionais, tendo estas impactes consideráveis no fecho de malhas viárias e na articulação entre os níveis superiores e inferiores do sistema de acessibilidades regional. Relatório de Execução Final E.M. 352 Pág. 66 10.3 – Equipamentos Colectivos O Programa Operacional da Região de Lisboa e Vale do Tejo, ao procurar atingir objectivos de dimensão regional, supra-municipal e local, dando uma particular atenção aos efeitos das infra-estruturas e equipamentos, entendeu os equipamentos colectivos como um dos domínios estratégicos de intervenção, na O investimento em equipamentos medida em que estes são essenciais para o reforço da coesão do território regional, para a melhoria da colectivos como forma de promover a qualidade de vida das populações e como instrumentos de valorização e qualificação dos centros urbanos. qualificação urbana e a coesão social. Durante o período de vigência do PORLVT foram aprovados 82 projectos no sector dos equipamentos colectivos, correspondentes a uma despesa pública de 70.623 milhares de EUROS. Dadas as limitações orçamentais da Intervenção Operacional e as carências ainda existentes na Região nos domínios do ambiente e Investimentos consideráveis no sector das acessibilidades, parte significativa dos investimentos realizados na construção, remodelação e do apetrechamento de equipamentos sociais e culturais foram efectuados através das intervenções sectoriais do construção de piscinas. desporto e, em particular, QCA II, designadamente nos domínios da educação, saúde e cultura. Os projectos aprovados para o sector dos equipamentos colectivos na Região de Lisboa e Vale do Tejo contemplaram os domínios da educação e, fundamentalmente, da cultura e do desporto; este último mobilizou em diversos municípios do Oeste e Vale do Tejo montantes de investimento consideráveis. Com efeito, os equipamentos desportivos foram responsáveis pela execução de 39,4 milhões de EUROS de investimento elegível, o que, em grande medida, se explica pelo esforço que as autarquias vêm demonstrando na procura de melhorar a oferta existente e na crescente importância atribuída pela população ao desporto como forma de ocupação dos tempos livres e de cuidar da saúde. Relatório de Execução Final Pág. 67 Piscinas de Almeirim na No domínio do desporto, o PORLVT deu particular relevo à construção de piscinas cobertas e descobertas, sendo poucos os municípios do Oeste e Vale do Tejo que durante o período de vigência da Intervenção Operacional não construíram este equipamento (destaque para a construção de piscinas de 25 metros e de tanques de aprendizagem cobertos com a dimensão de 16,6m x 10m). Foram também apoiados campos de futebol, pistas de atletismo, campos de ténis e pavilhões polidesportivos que permitirão à Região de Lisboa e Vale do Tejo elevar os níveis de cobertura e os padrões de qualidade dos seus equipamentos. De resto, em alguns municípios (caso de Rio Maior) a concentração de equipamentos desportivos de grande fôlego e de largo espectro permite o desenvolvimento de acontecimentos de alta Campo de jogos de Alcobaça competição de nível nacional e internacional. Ainda assim, importa nos próximos anos ultrapassar algumas carência no domínio do desporto, nomeadamente PORLVT as que dizem respeito à construção de pistas de atletismo de piso sintético, de grandes campos de jogos com complementar bancadas e polidesportivos cobertos para grandes competições nos principais centros urbanos da Região sectoriais (sobretudo no Oeste e Vale do Tejo), assim como deve ser completada a rede de piscinas cobertas, por forma a sociais, caso da cultura. permitir que todas as sedes de concelho e aglomerados equivalentes fiquem cobertos com esta valência. No domínio da cultura, o PORLVT assumiu-se como um instrumento complementar do Programa Operacional da Cultura, procurando fomentar sinergias e complementaridades, numa lógica de aumento da eficácia das intervenções, dado estar-se perante um cenário de escassez de recursos face às necessidades existentes. Contrariamente ao domínio do desporto, os principais investimento em equipamentos culturais efectuaram-se na Área Metropolitana de Lisboa. Os investimentos efectuados contemplaram diversos segmentos e tipos de Relatório de Execução Final Pág. 68 como de instrumento das intervenções outros equipamentos equipamentos, sendo de destacar a construção de bibliotecas municipais, museus/centros culturais, a recuperação de cine-teatros e de outros edifícios de reconhecido valor arquitectónico e patrimonial. Nalguns municípios optou-se pela construção e remodelação de espaços polivalentes, contemplando diversas valências. Os investimentos efectuados permitirão melhorar substancialmente as infra-estruturas e equipamentos destinados à realização de actividades culturais, criando, assim, condições físicas essenciais à implementação dessas actividades. Não obstante, as intervenções apoiadas ainda não permitem, na maioria dos agrupamentos territoriais da Região de Lisboa e Vale do Tejo, apresentar um conjunto de equipamentos culturais estruturantes, que Convento das Gaeiras possibilitem gerar um quadro sustentado de acções culturais de qualidade que consigam projectar a imagem dos centros urbanos e da região para o exterior. Em relação a outros domínios dos equipamentos colectivos – educação, saúde e acção social – os municípios da Região de Lisboa e Vale do Tejo utilizaram outros instrumentos financeiros disponíveis, nomeadamente os das intervenções sectoriais do QCA II e os programas nacionais, através de contratos-programa de promotores com os ministérios respectivos. Contudo, no sector da educação há a registar o apoio a oito projectos de construção de equipamentos e infraCine-Teatro do Gavião estruturas em escolas do ensino básico, maioritariamente localizadas na AML. Relatório de Execução Final Pág. 69 Principais equipamentos colectivos apoiados pelo PORLVT Ferreira do Zêzere Ourém Área Metropolitana de Lisboa Nazaré Tomar Sardoal Torres Novas Alcobaça Alcanena Caldas da Rainha Gavião Entroncamento Sub-Região Vale do Tejo Abrantes Óbidos Constância Golegã Peniche Sub-Região Oeste Vila N.Barquinha Santarém Rio Maior Piscinas cobertas Bombarral Lourinhã Cadaval Alpiarça Chamusca Piscinas descobertas de 25 metros Azambuja Cartaxo Almeirim Grande Campo de Jogos Relvado Alenquer Torres Vedras Salvaterra de Magos Mafra Sobral Mte Agraço Vila Franca Arruda Vinhos de Xira Pista de Atletismo de Piso Sintético Coruche Polidesportivo Coberto Museu/Centro Cultural Benavente Loures Sintra Biblioteca Cascais Amadora Oeiras Lisboa Alcochete Montijo Recuperação de Cine-Teatro Montijo Almada Moita Seixal Barreiro Palmela Setúbal Sesimbra 5 Km 0 Km Relatório de Execução Final 20 Km 10 Km Pág. 70 10.4 – Acções Imateriais O Sub-Programa C do PORLVT – Dinamização Regional – apoiou 253 acções imateriais, que procuraram criar um enquadramento empresarial capaz de disponibilizar funções de apoio à actividade produtiva e empresarial, através da criação de recursos externos às empresas. Concomitantemente, este Sub-Programa O Sub-Programa C como instrumento apoiou a construção de instrumentos orientadores de políticas de desenvolvimento a levar a cabo na Região. de valorização das componentes imateriais e inovadoras do processo de O número elevado e a diversidade de acções apoiadas torna difícil a avaliação de impactes deste Sub- desenvolvimento. Programa, até pelo seu carácter imaterial . Contudo a adesão e o número elevado de agentes envolvidos permite reconhecer a importância que este Sub-Programa teve para a Região. Um dos projectos apoiados pelo Sub-Programa C do PORLVT consistiu na definição de Linhas Orientadoras da Estratégia de Desenvolvimento da RLVT, em estreita articulação com o contributo da CCRLVT para a elaboração do PNDES, o que acabou por conduzir à concretização do Plano Estratégico da Região de Lisboa, Oeste e Vale do Tejo para o período 2000-2010. Tratou-se de um instrumento essencial, que permitiu traçar • Cartografia 10K • Tecnologia Informática • Censos 2001 • Observatório do Oeste • SIG das Águas do Oeste uma linha de rumo e definir as grandes opções de desenvolvimento estratégico para a primeira década do novo • Tecnologia Informática • Rota dos Museus milénio, sendo por isso um documento fundamental no apoio às entidades promotoras e gestoras do QCA III. • Cartografia dos Aglomerados Urbanos • Espaço Internet O objectivo central deste Plano é proporcionar à população que reside e trabalha nesta Região uma melhor qualidade de vida, padrões de bem-estar material, humano e social mais elevados, ao nível médio dos países europeus mais desenvolvidos. A diversidade territorial existente na Região de Lisboa, Oeste e Vale do Tejo fez com que este Plano identificasse linhas estratégicas e domínios de intervenção específicos para cada uma das sub-regiões que a compõem. Relatório de Execução Final Pág. 71 SIG da Sub-Região Oeste Reconhecendo a importância estratégica que o Rio Tejo assume para a Região, a Comissão de Coordenação da Região de Lisboa e Vale do Tejo em conjugação com dois investigadores decidiu desenvolver um documento (Valtejo) que viria a ser publicado e a constituir a base de uma medida estratégica de desenvolvimento do QCA III. O objectivo central da intervenção é valorizar o Tejo, de modo a criar condições de sustentabilidade e de afirmação do território do Vale do Tejo. Este objectivo pressupõe uma visão global e integradora, bem como estratégias de promoção de selectividades e complementaridades e uma estratégia de concertação e participação, numa perspectiva de partenariado. O Valtejo identificou três grandes domínios de intervenção, Debate realizado em Santarém com um alcance estratégico relevante: • valorização das actividades económicas tradicionais; • valorização dos lazeres e do turismo; • valorização dos aglomerados populacionais. A complementaridade entre os Sub-Programas B e C ficou patente nos projectos referentes à Rota da Vinha e do Vinho, na medida em que estes contemplaram quer a vertente de promoção e divulgação quer a vertente de recuperação de algumas adegas. Tratou-se de potenciar um produto com grande impacte na economia regional (o vinho) e articular a integração deste produto com o sector turístico. Tendo por base este pano de Fundo, as Regiões de Turismo e os Produtores/ Engarrafadores decidiram avançar com acções inovadoras, agrupadas pelas quatro áreas de actuação das Regiões de Turismo: • Região de Turismo da Costa Azul, envolvendo 9 adegas, estimando-se cerca de 70 mil visitantes por ano; • Região de Turismo do Oeste, mobilizando 16 adegas, estimando-se as visitas em 2 mil pessoas por ano; • Região de Turismo do Ribatejo, envolvendo 14 adegas, prevendo-se cerca de 2 mil visitantes por ano; • Região de Turismo dos Templá rios, contemplando 9 adegas. Relatório de Execução Final Pág. 72 Prospecto da Rota da Vinha e do Vinho do Ribatejo 11 – RESPEITO POR OUTRAS POLÍTICAS COMUNITÁRIAS Durante a vigência do Programa Operacional da Região de Lisboa e Vale do Tejo, foi dada atenção particular à verificação do cumprimento da legislação nacional e comunitária em matéria de concursos públicos, concorrência e ambiente. As Unidades de Gestão procederam sistematicamente à divulgação e actualização da regulamentação nacional e comunitária ligadas aquelas matérias. Ao nível da adequação à política comunitária do ambiente, as Unidades de Gestão dos Subprogramas com incidência directa em matéria do ambiente, tiveram, na sua composição, representantes do Ministério do Ambiente, sendo necessário o seu parecer favorável, como condição indispensável à aprovação das candidaturas. A importância colocada ao nível da gestão do Programa Operacional da Região de Lisboa e Vale do Tejo, relativamente às questões ambientais, consideradas um domínio prioritário no âmbito do Programa Operacional, reflecte-se no volume de investimento aprovado nas áreas do abastecimento de água, águas residuais e resíduos sólidos. Em relação às questões de contratos públicos, deve-se referir o controlo exercido pela Estrutura de Apoio Técnico, na fase de análise das candidaturas e dos pedidos de pagamento, a fim de se garantir o respeito pela legislação nacional e comunitária e a transparência e isenção de procedimentos. A verificação do Relatório de Execução Final Pág. 73 cumprimento das regras de concorrência, os mercados públicos, constituíram balizas fundamentais em todo o processo de análise, parecer e aprovação das candidaturas, bem como ao nível de acompanhamento. O Decreto-Lei nº 405/93, de 12 de Dezembro, alterado posteriormente pelo Decreto-Lei nº 59/99, de 2 de Março, que regula o regime jurídico das empreitadas de obras públicas, é o instrumento legislativo que enquadra as normas específicas em matéria de concursos e procede à transposição das Directivas nº 93/37/CE e nº 97/52/CE. Na análise da candidatura e no processo de acompanhamento desenvolvido ao longo do Quadro Comunitário de Apoio 2, foi dada particular atenção à verificação do seu cumprimento, por parte das entidades beneficiárias. No âmbito das atribuições que lhe são conferidas, a Inspecção-Geral da Administração do Território, Inspecção-Geral de Finanças e Tribunal de Contas, têm como competências fiscalizar e acompanhar a utilização dos fundos oriundos da União Europeia. Este controlo é exercido sobre as acções financiadas e se as mesmas foram empreendidas de forma correcta, prevenindo o combate a irregularidades e onde se inclui a verificação do cumprimento da legislação sobre mercados públicos. Relatório de Execução Final Pág. 74 QUADROS Relatório de Execução Final Pág. 75