OPINIÃO 2 JORNAL n Sábado e domingo, 7 e 8 de fevereiro de 2004 n BOM DIA, LEITOR ADVOCACIA O JP e os políticos Exército, militares O prefeito Pipa cluir de forma justa e preGermanos não gostou na cisa a sua verdade dos faprimeira reportagem do tos. Todo político que se Jornal do sentir prejudicado Povo sobre seu O JP man- por algum comenrecuo quanto à tário, análise ou tém uma definição do posição editorial relação Comude legal. pode e deve procuamistosa Tanto que ligou rar a redação para para a redação expor seus argucom os e para vários políticos e mentos. repórteres Há ainda ouestes apresentando tros espaços, como aprendeoutro entendiartigos, cartas, noram a mento. A redatas oficiais (estas ção avaliou as respeitar a com espaços cominformações e prados), mas um indepenmanteve a consimples telefonedência do clusão de que ma ou e-mail pode JP houve um reevitar a perpetuacuo político, ção de um erro ou sim, por parte do prefeito. a soma de mais uma verPeriodicamente, políti- são. O JP procura manter cos buscam apresentar uma relação amistosa com suas versões dos fatos e o todos os políticos e estes JP contempla todas elas, aprenderam a respeitar a fazendo os devidos alertas independência editorial do para que o leitor possa con- JP. A GENTE NÃO Há um ano no JP ESQUECE 1 Zona norte segue sofrendo sem água 1 Projeto Empreender: Sebrae incentiva restaurantes a fecharem parceria 1 Areeiras extraem no Jacuí sem licença da Fepam COM QUEM FALAR NO JP REDAÇÃO PUBLICIDADE ASSINATURAS Ricardão Cristina Juliana 3722-1919 3722-1919 3722-2500 Ramal 219 Ramal 235 ADMINISTRAÇÃO GUIAFONE JP Lisiane Gilmar 3722-1919 3722-1919 Ramal 254 Ramal 234 PABX LINHA DO ASSINANTE LINHA DIRETA DA REDAÇÃO FAX 3722-1919 3722-5588 CLASSIFONE 3723-5000 3722-2500 3722-7501 E-MAIL [email protected] JP na internet: www.jornaldopovo.com.br JORNAL DO POVO Fundado em 29/6/1929 DIÁRIO REGIONAL - CIRCULA DE SEGUNDA A SÁBADO DIRETORIA Diretor-geral Eládio Dios Vieira da Cunha Diretora de relações com a comunidade Helena Vieira da Cunha Diretor-editor Liberato Dios GERÊNCIAS Administração Carlos Alberto Neubauer Redação José Ricardo Gaspar do Nascimento Circulação e qualidade Luciana Ramos Produtos Gilmar Ayres da Cruz JORNAL DO POVO LTDA CNPJ 90.512.682/0001-04 Rua 7 de Setembro, 1015 CEP 96.508-011 Cachoeira do Sul - RS Associado à ADI ASSOCIAÇÃO DOS JORNAIS DIÁRIOS DO INTERIOR DO RS ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE JORNAIS Troféu Ouro no PGQP HDIA DO ZARUR MARIANO [email protected] SOCIEDAD INTERAMERICANA DE PRENSA Sucursal em Porto Alegre: GRUPO DE DIÁRIOS Rua Garibaldi, 659 - Conj. 102 / Fone (51) 3221-3290 Representante em Brasília CENTRAL DE COMUNICAÇÃO SCS-Setor Comercial Sul - Qd. 02 - Bl. “C” - Sala 318 Ed. 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Para tirar o cheiro do bucho, cozinhe-o junto com uma laranja com casca, cortada ao meio. Se preferir, coloque partes iguais de água e leite na panela em que for cozinhar. Marta Gall Diretora da Escola Municipal Alarico Ribeiro Passe livre para os estudantes Na educação, existe toda uma campanha para evitar a evasão escolar e a reprovação, bem como obter o sucesso do aluno na escola. Sobre este tema e sensibilizada pela luta dos estudantes, reflito: Está na Constituição Federal que é um dever e obrigação dos pais ou tutores propiciar que seus filhos tenham acesso ao ensino, sob pena de responder por crime de responsabilidade. E na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que o Estado deve garantir ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria, com progressiva extensão ao ensino médio. Também consta como princípios e fins da educação nacional a gratuidade do ensino público e valorização da experiência extra-escolar. Como pode o ensino ser público e gratuito e nossos alunos terem que pagar a passagem, de ônibus coletivo urbano, para participarem das atividades escolares? Como mãe e educadora percebo que estamos numa encruzilhada, pois ao mesmo tempo que a Constituição nos responsabiliza pela educação dos nossos filhos, não dispomos de todos os recursos necessários para que a lei seja cumprida, pois muitas vezes o aluno depende do transporte coletivo urbano e o mesmo é pago. É muito difícil para o chefe de família, que tem seus filhos em escola pública, na maioria das vezes, possuidor de um salário insuficiente para as despesas da casa, ter que pagar o transporte coletivo. A experiência que trago nos meus 20 anos de magistério e quase seis anos de diretora é que a escola sendo pública e gratuita, mesmo assim, nossos alunos muitas vezes são excluí- dos de participarem de atividades extraclasse ou que possam lhe trazer mais conhecimento, pela falta de recursos para o transporte. Obrigandose a escola a ter que criar alternativas para transportar seus alunos ou solicitar apoio aos empresários dos transportes, que quando podem, gentilmente, colaboram para que o sucesso da escola não seja frustrado. Percebemos que o poder público se compromete em parte com o transporte escolar, deixando comunidades e famílias em pânico, porque o aluno é obrigado a estar na escola, e para seu sucesso deveria participar de todas as atividades, inclusive as extraclasse. A escola é pública e gratuita, mas o transporte mantido pelo Governo exclui uma grande maioria, principalmente os moradores do perímetro urbano do nosso município. Existe uma saída para os nossos alunos: um projeto municipal de passe livre para os estudantes. O passe livre para o estudante, matriculado em escola pública, traz a idéia de que todo estudante tenha direito e não só garantia do acesso à escola, mas também a locais que complementem a educação como bibliotecas, museus e centros culturais. A luta pelo direito ao passe livre está se espalhando pelo Brasil e é pauta de encontros dos movimentos estudantis. Muitas vitórias já foram alcançadas, como, por exemplo, o fato de algumas cidades já concederem meia passagem ou descontos no transporte coletivo urbano e outras já terem implantado o passe livre, mesmo contra os interesses dos empresários do ramo, quando o ônus fica sobre a responsabilidade dos mesmos. Estes consideram que seja um dever do poder público. A preocupação não deve ser quem pagará a conta, pois existe há vários anos uma dívida da sociedade para com a educação. A história nos permite constatar que a escola atendia somente segmentos minoritários da população. O acesso era exclusivamente para os filhos das elites, que tinham condições de pagar os estudos de seus filhos. Somente por volta dos anos 30 a situação começou a mudar, quando o poder público concentrou-se em expandir o ensino para todas as crianças, buscando a universalização do conhecimento. Apesar de estarmos avançando em matéria de educação, a escola brasileira ainda enfrenta graves problemas como a qualidade e questionamentos quanto à gratuidade, entre outros. Toda gratuidade é um benefício social. E os benefícios sociais inserem-se na política constitucional de assistência social, a qual é um ônus dos poderes públicos e da sociedade como um todo. Portanto, convido os colegas do magistério a fazerem uma reflexão, tanto entre a nossa classe quanto com nossos alunos, sobre o real conceito da gratuidade do ensino público. É um desafio para os educadores, para os pais, para os estudantes e para a sociedade unir-se à luta dos movimentos estudantis (da Ames, de grêmios estudantis, de centros acadêmicos...), para debater o tema passe livre para os estudantes, em nosso município, para que este direito se amplie e se firme para amenizar as desigualdades sociais existentes ao longo da história para com a educação, e que o passe livre seja implantado em nosso município, como fator de transformação da sociedade e de responsabilidade do poder público.