OPINIÃO
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JORNAL
n Sábado e domingo, 7 e 8 de fevereiro de 2004 n
BOM DIA, LEITOR
ADVOCACIA
O JP e os políticos
Exército, militares
O prefeito Pipa cluir de forma justa e preGermanos não gostou na cisa a sua verdade dos faprimeira reportagem do tos. Todo político que se
Jornal
do
sentir prejudicado
Povo sobre seu
O JP man- por algum comenrecuo quanto à
tário, análise ou
tém uma
definição do
posição editorial
relação
Comude legal.
pode e deve procuamistosa
Tanto que ligou
rar a redação para
para a redação
expor seus argucom os
e para vários
políticos e mentos.
repórteres
Há ainda ouestes
apresentando
tros espaços, como
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mento. A redatas oficiais (estas
ção avaliou as
respeitar a com espaços cominformações e
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indepenmanteve a consimples telefonedência do
clusão de que
ma ou e-mail pode
JP
houve um reevitar a perpetuacuo político,
ção de um erro ou
sim, por parte do prefeito. a soma de mais uma verPeriodicamente, políti- são. O JP procura manter
cos buscam apresentar uma relação amistosa com
suas versões dos fatos e o todos os políticos e estes
JP contempla todas elas, aprenderam a respeitar a
fazendo os devidos alertas independência editorial do
para que o leitor possa con- JP.
A GENTE
NÃO Há um ano no JP
ESQUECE
1 Zona norte segue sofrendo sem água
1 Projeto Empreender: Sebrae incentiva restaurantes a
fecharem parceria
1 Areeiras extraem no Jacuí sem licença da Fepam
COM QUEM FALAR NO JP
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RONI CHARGE
A
RTIGO
DO
POVO
A dica
do JP
NA COZINHA
O bacalhau ficará menos salgado se for fervido
com uma colher de sobremesa de farinha de trigo,
que absorverá o excesso
de sal do alimento. Na
hora de fritar o bacon, prefira cortá-lo em fatias e
depois passe no leite e na
farinha de trigo. Para tirar o cheiro do bucho, cozinhe-o junto com uma
laranja com casca, cortada ao meio. Se preferir,
coloque partes iguais de
água e leite na panela em
que for cozinhar.
Marta Gall
Diretora da Escola Municipal Alarico Ribeiro
Passe livre para os estudantes
Na educação, existe toda uma
campanha para evitar a evasão escolar e a reprovação, bem como obter o
sucesso do aluno na escola. Sobre
este tema e sensibilizada pela luta
dos estudantes, reflito:
Está na Constituição Federal que
é um dever e obrigação dos pais ou
tutores propiciar que seus filhos tenham acesso ao ensino, sob pena de
responder por crime de responsabilidade. E na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB),
que o Estado deve garantir ensino
fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não
tiveram acesso na idade própria,
com progressiva extensão ao ensino
médio. Também consta como princípios e fins da educação nacional a
gratuidade do ensino público e valorização da experiência extra-escolar.
Como pode o ensino ser público e
gratuito e nossos alunos terem que
pagar a passagem, de ônibus coletivo
urbano, para participarem das atividades escolares? Como mãe e educadora percebo que estamos numa encruzilhada, pois ao mesmo tempo que
a Constituição nos responsabiliza
pela educação dos nossos filhos, não
dispomos de todos os recursos necessários para que a lei seja cumprida,
pois muitas vezes o aluno depende do
transporte coletivo urbano e o mesmo é pago. É muito difícil para o chefe
de família, que tem seus filhos em
escola pública, na maioria das vezes,
possuidor de um salário insuficiente
para as despesas da casa, ter que
pagar o transporte coletivo.
A experiência que trago nos meus
20 anos de magistério e quase seis
anos de diretora é que a escola sendo
pública e gratuita, mesmo assim, nossos alunos muitas vezes são excluí-
dos de participarem de atividades
extraclasse ou que possam lhe trazer
mais conhecimento, pela falta de recursos para o transporte. Obrigandose a escola a ter que criar alternativas
para transportar seus alunos ou solicitar apoio aos empresários dos transportes, que quando podem, gentilmente, colaboram para que o sucesso da
escola não seja frustrado. Percebemos
que o poder público se compromete em
parte com o transporte escolar, deixando comunidades e famílias em
pânico, porque o aluno é obrigado a
estar na escola, e para seu sucesso
deveria participar de todas as atividades, inclusive as extraclasse. A escola
é pública e gratuita, mas o transporte
mantido pelo Governo exclui uma
grande maioria, principalmente os moradores do perímetro urbano do nosso
município.
Existe uma saída para os nossos
alunos: um projeto municipal de passe livre para os estudantes. O passe
livre para o estudante, matriculado
em escola pública, traz a idéia de que
todo estudante tenha direito e não só
garantia do acesso à escola, mas também a locais que complementem a
educação como bibliotecas, museus e
centros culturais.
A luta pelo direito ao passe livre
está se espalhando pelo Brasil e é
pauta de encontros dos movimentos
estudantis. Muitas vitórias já foram
alcançadas, como, por exemplo, o fato
de algumas cidades já concederem
meia passagem ou descontos no transporte coletivo urbano e outras já terem implantado o passe livre, mesmo
contra os interesses dos empresários
do ramo, quando o ônus fica sobre a
responsabilidade dos mesmos. Estes
consideram que seja um dever do poder público.
A preocupação não deve ser quem
pagará a conta, pois existe há vários
anos uma dívida da sociedade para
com a educação. A história nos permite constatar que a escola atendia
somente segmentos minoritários da
população. O acesso era exclusivamente para os filhos das elites, que
tinham condições de pagar os estudos de seus filhos. Somente por
volta dos anos 30 a situação começou
a mudar, quando o poder público
concentrou-se em expandir o ensino
para todas as crianças, buscando a
universalização do conhecimento.
Apesar de estarmos avançando
em matéria de educação, a escola
brasileira ainda enfrenta graves problemas como a qualidade e
questionamentos
quanto
à
gratuidade, entre outros. Toda
gratuidade é um benefício social. E
os benefícios sociais inserem-se na
política constitucional de assistência social, a qual é um ônus dos
poderes públicos e da sociedade como
um todo.
Portanto, convido os colegas do
magistério a fazerem uma reflexão,
tanto entre a nossa classe quanto
com nossos alunos, sobre o real conceito da gratuidade do ensino público. É um desafio para os educadores,
para os pais, para os estudantes e
para a sociedade unir-se à luta dos
movimentos estudantis (da Ames,
de grêmios estudantis, de centros
acadêmicos...), para debater o tema
passe livre para os estudantes, em
nosso município, para que este direito se amplie e se firme para amenizar as desigualdades sociais existentes ao longo da história para com
a educação, e que o passe livre seja
implantado em nosso município,
como fator de transformação da sociedade e de responsabilidade do poder público.
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