Nº 1 JUN 07
SUMÁRIO
3
EDITORIAL
33 DOSSIER
Ambiente
48 VIDA ASSOCIATIVA
Agenda
4
ACTUALIDADE
6
NOTÍCIAS
35 DOSSIER
Desporto
50 CENTRO CULTURAL MUNICÍPIO DO CARTAXO
22 REPORTAGEM
DFJ Vinhos
37 DOSSIER
Gastronomia
24 FESTA DO VINHO 2007
39 DOSSIER
Ordenamento
51
27 CAPITAL DO VINHO
Entrevista com João Maia Abreu, presidente da Viticartaxo
29 OLHAR POR DENTRO
31 DOSSIER
Museu Rural e do Vinho
do Concelho do Cartaxo
41 DOSSIER
Fotografia
43 DOSSIER
Protecção Civil e Bombeiros
CENTRO CULTURAL MUNICÍPIO DO CARTAXO
Entrevista com Mário Franco, músico de Jazz
53 CENTRO CULTURAL MUNICÍPIO DO CARTAXO
Agenda
54 TOPONÍMIA
55 CONTACTOS ÚTEIS
45 VIDA ASSOCIATIVA
FICHA TÉCNICA
PROPRIEDADE E EDIÇÃO:
Câmara Municipal do Cartaxo
Praça 15 de Dezembro
2070-050 Cartaxo
Telef: 243 700 250
Fax: 243 700 268
E-mail: [email protected]
www.cm-cartaxo.pt
DIRECTOR:
Paulo Caldas
REDACÇÃO E COORDENAÇÃO EDITORIAL:
Gabinete de Imagem e Comunicação
da C.M.C.
FOTOGRAFIA:
GIC/Neno Press - www.nenopress.com
Stock.xchng
Gabinete de Desporto da C.M.C.
PROJECTO GRÁFICO E PAGINAÇÃO:
GIC/Mentol - Atelier de Comunicação
www.mentol.net
IMPRESSÃO:
Palma - Artes Gráficas, lda.
TIRAGEM:
12 000 exemplares
DEPÓSITO LEGAL:
N.º 84121/94
ISSN 0872-9182
Distribuição Gratuita
EDITORIAL
Com esta nova edição do boletim municipal, num novo
formato e em papel reciclado, voltamos a prestar aos nossos
munícipes informação de algumas das actividades que temos
vindo a desenvolver neste primeiro semestre de 2007 com
vista a alcançar o objectivo de afirmar o Cartaxo como um
centro de qualidade de vida.
Há, ainda, um longo caminho a percorrer. Mas sabemos o
que queremos e como o devemos fazer, com a colaboração e
o apoio da população.
A qualidade de vida não passa apenas pelas grandes intervenções, normalmente com maior visibilidade e impacto imediato. É
preciso pensar no futuro. Nosso e dos nossos filhos.
A modernização, em curso, dos serviços da Câmara Municipal e o respeito pelo ambiente são factores de extrema importância em
que o actual executivo pretende continuar a apostar.
Uma aposta que só pode ser ganha com o contributo de quem aqui vive, aqui trabalha e aqui coloca as esperanças de futuro. Por
isso, os novos assuntos e temas abordados nesta edição, constituem mais um pequeno contributo para um melhor conhecimento
do município e da sua autarquia.
A construção de um Cartaxo Moderno dotado de boas infra-estruturas e com uma dinâmica social activa depende de todos nós.
Mais informação, permite mais intervenção.
Forte abraço amigo,
Paulo Caldas
Presidente da Câmara do Cartaxo
ACTUALIDADE
Cartaxo dinamiza movimento cívico
AdnA defende novo aeroporto na Ota
A defesa da construção do novo aeroporto internacional de
Lisboa na Ota está a mobilizar o concelho e a região. Os
espaços de reflexão e de debate generalizam-se, permitindo
aprofundar os prós e contras da implementação desta importante obra pública a norte de Lisboa.
Após a tomada de posição favorável do executivo camarário
do Cartaxo quanto ao desenvolvimento da infra-estrutura
aeroportuária na Ota, aprovada, por unanimidade, no dia 2 de
Abril, a autarquia decidiu encetar um conjunto de contactos
com os municípios da região e outras entidades, para a criação
de um movimento cívico. O presidente do município, Paulo
Caldas, foi o principal dinamizador da iniciativa, que resultou
na constituição da adnA – Associação Desenvolvimento e
Novo Aeroporto, no dia 3 de Maio, no Cartaxo.
Responderam ao desafio lançado pelo município cartaxeiro
autarcas, regiões de turismo e associações empresariais, que
se uniram para assumir um compromisso cívico de defesa
da Ota como a melhor localização para o futuro aeroporto.
Considerando o seu contributo para a valorização do
crescimento e desenvolvimento da região, a adnA apresentou
como principais objectivos a abertura de espaços de reflexão,
elaboração de estudos e expansão do conhecimento sobre o
projecto. A finalidade é preparar, de forma estruturada, planificada e consubstanciada, a região e o país para este grande
projecto nacional.
Na apresentação pública desta associação, o presidente da
Câmara do Cartaxo defendeu que “a Ota representa o maior
desaf io que se coloca ao conjunto dos municípios que, desde a
Região Centro até à Área Metropolitana de Lisboa, terão necessariamente que conquistar o seu futuro de forma articulada e
solidária”. Presente esteve também Henrique Neto, representante do movimento Pró-Ota e vice-presidente da Associação
Industrial Portuguesa, que sustentou que a localização na Ota
“é aquela que melhor promove o país como um todo no plano da
Europa, no plano da Península Ibérica e no plano Atlântico”.
Partindo de uma reavaliação de estudos sobre a necessidade
ACTUALIDADE
de construção de um novo aeroporto e sua localização, elaborados ao longo de mais de 30 anos, a adnA entende ser da
maior importância estratégica para o país o célere processo de
início da construção da nova infra-estrutura na Ota. Para a
região, o desenvolvimento da “cidade aeroportuária” a norte de
Lisboa é fundamental para potenciar o seu desenvolvimento
sustentado, nomeadamente no seio dos municípios, através
das revisões dos Planos Directores Municipais (PDM), assim
como nos organismos regionais e nacionais, através de outros
instrumentos de planeamento e ordenamento do território.
A Comissão Executiva deste movimento cívico a favor da localização do novo aeroporto na Ota é composta por: Paulo Caldas
(presidente da Câmara do Cartaxo), Silvino Sequeira (presidente da Câmara de Rio Maior), Maria da Luz Rosinha (presidente da Câmara de Vila Franca de Xira), Carlos Lourenço
(presidente da Câmara de Arruda dos Vinhos e presidente
da Associação de Municípios do Oeste), Henrique Neto
(representante do Movimento Pró-Ota e vice-presidente da
A. I. P.), José Eduardo Carvalho (presidente da Nersant e vice­‑presidente da AIP) e Miguel Sousinha (presidente da Região
de Turismo Fátima-Leiria). Entre os membros do movimento
contam-se doze municípios, quatro regiões de turismo e duas
associações empresariais.
Parlamentares, Primeiro‑Ministro, Presidente da N.A.E.R e
municípios vizinhos.
Considerando as vantagens proporcionadas pela deslocação da
centralização para o norte de Lisboa, Paulo Caldas acredita
que “o concelho tem muito a ganhar com a construção do novo aeroporto na Ota, assim como toda a região”, a qual deverá aproveitar,
em conjunto, as potencialidades desta nova infra-estrutura.
O facto de a sul do Tejo se verificar apenas uma concentração
de desenvolvimento num território de 4 mil hectares constituiu
outro dos principais argumentos da defesa do futuro aeroporto
a norte de Lisboa.
Potencialidades para o concelho e para a região
A Câmara do Cartaxo entende que o novo aeroporto da Ota
é vital para o desenvolvimento sustentado do país e para a sua
afirmação na Europa Moderna. A existência de uma “cidade
aeroportuária”, constituída pela região da Grande Lisboa e por
toda a zona a norte da capital, com um planificado ordenamento
de actividades e de dinâmicas, são factores que irão beneficiar
favoravelmente o concelho do Cartaxo e toda a região do Vale
do Tejo e Oeste. Tendo em conta que os estudos e alternativas de
carácter específico estão elaborados, os financiamentos comunitários assegurados e o financiamento e esforço público da
Administração Central também já está avaliado, a Câmara do
Cartaxo defende que “não há mais tempo para jogos de interesses
e de palavras”, como consta no documento enviado, em Abril,
aquando da tomada de posição do executivo, ao Presidente da
República, Presidente da Assembleia da República e Grupos
Para o Cartaxo, a localização do aeroporto na Ota é uma
realidade, estando o seu PDM já a prever essa situação, contrariando assim eventuais especulações imobiliárias. A preparação do concelho para uma nova vida devidamente planeada,
projectada e assente em valores de qualidade de vida são princípios a considerar nesta nova realidade, que deverá valorizar,
sobretudo, o respeito pelo equilíbrio rural-urbano, consolidando perímetros urbanos com loteamentos de qualidade e de
cércea baixa (máximo quatro pisos).
NOTÍCIAS
Avipronto vai investir 30 milhões de euros no concelho
Plano de Pormenor do Casal Branco aprovado
PONTÉVEL
EN
36
5-2
PARCELA/NOVA CONSTRUÇÃO
CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL
E INCUBADORA DE EMPRESAS
CARTAXO
A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de
Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) aprovou, em Março, o
Plano de Pormenor do Casal Branco, na freguesia de Pontével.
A decisão é fundamental para a implementação da Zona de
Actividades Económicas (ZAE) e foi tomada após o desenvolvimento de um conjunto de estudos e de consultas a várias
entidades com influência na actividade económica.
Após a fase de discussão pública e a aprovação do Plano de
Pormenor pela Câmara e Assembleia Municipal, o documento
seguirá, uma vez mais, para a CCDR-LVT, para a aprovação final
e conclusão do projecto. A implementação da ZAE do Casal
Branco é um processo que já se arrasta há cerca de seis anos,
mas que agora poderá ser uma realidade, permitindo concretizar
uma importante infra-estrutura para o concelho que, juntamente
com a futura Área de Localização Empresarial do Falcão, irá
contribuir para o desenvolvimento sustentado do município,
valorizando o emprego, o crescimento económico e a qualidade
de vida. A conclusão dos processos é também fundamental para
a Avipronto – Produtos Alimentares S.A., a primeira empresa a
instalar-se nesta área empresarial e que prevê um investimento
de mais de 30 milhões de euros no concelho e a criação de cerca
de 600 postos de trabalho. Recorde-se que o acordo de colaboração entre a administração da Avipronto e a Câmara do Cartaxo
foi assinado em Fevereiro e que Armando Almeida, presidente
do Conselho de Administração da Avipronto, garantiu, nesta
cerimónia, que a empresa está preparada para ir para o terreno
assim que estejam formalizados todos os processos na Câmara
Municipal. Segundo as perspectivas da autarquia, no mês de
Setembro já haverá condições para o início dos trabalhos nos
terrenos do Casal Branco, que deverão acolher, além da Avipronto,
mais 15 empresas, criando um total de cerca de dois mil postos
de trabalho.
NOTÍCIAS
Câmara Municipal prescinde
da antecipação de receitas da EDP
Perante a alteração dos parâmetros legais que regulamentam a cedência de créditos
não vencidos, a Câmara do
Cartaxo decidiu prescindir da
antecipação de receitas das
rendas da EDP, tendo comunicado essa decisão ao Tribunal
de Contas e aos Ministérios da
Administração Interna e das
Finanças, no mês de Março.
O presidente da autarquia
assegura que o equilíbrio orçamental da Câmara está salvaguardado e que o executivo está empenhado em concretizar o
seu programa de investimentos, em prol do desenvolvimento
do concelho e do bem-estar da população.
Da mesma forma, o Município tem primado por não ultrapassar a sua capacidade de endividamento, tendo, inclusive,
aumentado essa capacidade no primeiro trimestre do ano
em curso.
Curso de Mergulho
A Câmara Municipal do Cartaxo, em parceria com a Escola de
Mergulho Casco Antiguo, promoveu o I Curso de Mergulho
Amador do Cartaxo no passado mês de Maio.
Esta formação enquadrou-se numa política desportiva de
inovação, dinamismo e diversificação da oferta desportiva
do concelho. A aprendizagem progressiva e por módulos
permitiu aos participantes acompanhar as aulas teóricas e
práticas, de uma forma confortável e sustentada.
O curso foi administrado nas Piscinas Municipais do Cartaxo
(aulas práticas), no Auditório Municipal da Quinta das Pratas
(aulas teóricas) e na Praia de Peniche (aulas de mar).
PSP e GNR mantêm-se no concelho
Câmara garante forças de segurança
A manutenção das duas forças de segurança no concelho do
Cartaxo foi anunciada no dia 2 de Março pelo Ministro da
Administração Interna, António Costa. A decisão enquadrase no programa de reestruturação das forças de segurança do
Governo e permite continuar a salvaguardar a proximidade entre
os agentes policiais e os munícipes.
No concelho do Cartaxo, a Polícia de Segurança Pública (PSP)
será responsável pela segurança da freguesia do Cartaxo e a Guarda
Nacional Republicana (GNR) pelas restantes freguesias.
Paulo Caldas, satisfeito, considera que esta decisão do Governo
foi a mais sensata e a que melhor serve o futuro do concelho
perante o seu crescimento e desenvolvimento, a proximidade com
a Grande Lisboa, o futuro aeroporto da Ota e a consolidação das
duas novas áreas de localização empresarial.
Apesar da falta de meios humanos na PSP e na GNR, a Câmara
reafirma o excelente trabalho desenvolvido pelas forças de segurança no concelho, que tem vindo a contribuir para a diminuição
dos níveis de criminalidade e para a manutenção da segurança e
do bem-estar da população.
Na sequência desta decisão do Governo, a Câmara pretende
continuar a empenhar-se no reforço dos meios humanos e dos
equipamentos para as duas forças de segurança.
NOTÍCIAS
Até final de 2007
Vila Chã de Ourique
comemora centenário
A freguesia de Vila Chã de Ourique
assinalou o seu 100º aniversário, no dia
29 de Janeiro, na presença de autarcas,
munícipes e individualidades locais.
A sessão solene simbolizou o início de
um conjunto de actividades comemorativas, que vão decorrer ao longo do
ano, e onde estão integradas exposições,
tasquinhas, comemorações do 9º aniversário de Elevação a Vila, Rainha das
Vindimas, comemorações da Batalha de
Ourique, um colóquio sobre o vinho e o
tradicional almoço de convívio entre os
reformados da freguesia. Na cerimónia
do 100º aniversário da freguesia, Luís
Nepomuceno, presidente da Junta de
Freguesia, fez uma breve caracterização
da localidade, destacando a importância
do saneamento básico, do funcionamento
em pleno das duas escolas, jardim-de‑infância e ATL e ainda a existência de
outras valências sociais, que conferem à
freguesia uma melhor qualidade de vida.
“Aquilo que somos hoje é fruto do trabalho de
homens e mulheres desta terra que, ao longo
dos tempos, foram traçando o caminho da
freguesia”, adiantou Luís Nepomuceno.
Paulo Caldas, presidente da Câmara
do Cartaxo, valorizou a importância do
crescimento equilibrado e harmonioso
de Vila Chã de Ourique, mas também
das outras sete freguesias. “Homens e
mulheres de labor e com determinação”
representam um contributo fundamental
para o progresso do concelho e foram,
por isso, enaltecidos pelo presidente da
autarquia.
Carnaval no Cartaxo
Nem a chuva, que teimava cair neste dia
de festa, demoveu as crianças das escolas
do Cartaxo de sair à rua, para formar um
desfile de Carnaval colorido e animado,
onde não faltaram os fatos divertidos e
as tradicionais serpentinas.
À semelhança dos anos anteriores,
participaram nesta iniciativa, que
teve lugar no dia 16 de Fevereiro,
as crianças das escolas do 1º ciclo,
dos Jardins-de-Infância e ATL’s do
concelho. O desfile partiu do Largo
do Valverde e seguiu pelas ruas Stael
Machado e Batalhoz, até à Praça 15
de Dezembro.
Dia da Mulher
Desde 1975, o dia 8 de Março é uma
data especial, particularmente, para a
mulher. Simboliza a luta pela igualdade
de direitos e pretende alertar para o
seu valor e para o papel que exerce na
sociedade. Porque a sua mera função de
mãe, esposa e dona de casa está a cair
cada vez mais em desuso nas sociedades
modernas, este dia marca a construção de
uma comunidade mais justa e mais livre.
Tendo em conta a importância deste dia,
a Câmara do Cartaxo não quis deixar
passar em branco esta data, fazendo
chegar, a cerca de 1.500 mulheres, uma
mensagem de homenagem, inscrita num
postal.
NOTÍCIAS
Páscoa Desportiva e Cultural
Entre os dias 26 de Março e 5 de Abril decorreu, no Cartaxo,
mais uma edição da “Páscoa Desportiva e Cultural”.
Este programa tem por objectivo ocupar os tempos livres das
crianças e dos jovens do concelho, dos 6 aos 14 anos, e fomentar
a prática de actividades lúdicas, recreativas e desportivas, entre
as quais, canoagem, atletismo, dinâmicas de grupo, orientação,
ateliers, tiro ao arco e actividades com cordas. Os participantes
tiveram também oportunidade de assistir a demonstrações de
cães polícias e de visitar o quartel dos Bombeiros Municipais
do Cartaxo e o Parque do Palácio da Pena.
Apoio a doentes com Alzheimer
Protocolo no âmbito do PETI
A Câmara do Cartaxo associou-se ao Centro de Saúde do
Cartaxo e à Associação Portuguesa de Familiares e Amigos
de Doentes de Alzheimer (A.P.F.A.D.A.) para a assinatura
de um protocolo, no dia 1 de Fevereiro, que visa a valorização
e o apoio aos doentes que sofrem deste tipo de patologias.
O protocolo tem por objectivo assegurar um trabalho de
parceria multidisciplinar e operacionalizado, desenvolvido por
técnicos do Centro de Saúde do Cartaxo e da A.P.F.A.D.A.
(Núcleo de Lisboa e Núcleo do Ribatejo), assumindo a
autarquia uma colaboração fundamental ao nível da rede
social e de apoio financeiro.
No âmbito da Prevenção e Eliminação da Exploração do
Trabalho Infantil – PETI, foi assinado, no dia 6 de Fevereiro,
um protocolo de colaboração entre a Câmara do Cartaxo e o
Ministério do Trabalho e Solidariedade Social.
A parceria tem por objectivo criar um trabalho multidisciplinar junto das crianças e dos jovens em risco, através de
mecanismos de encaminhamento dos menores em situação
de trabalho infantil para medidas formativas e educativas,
que lhes permita concluir a escolaridade obrigatória.
No âmbito desta parceria, o município assume ajudar técnica
e financeiramente as medidas estabelecidas, assegurando o
transporte escolar e o apoio à acção social escolar.
Cartaxo na RECEVIN
O Cartaxo, juntamente com os municípios de Ribadavia (Espanha) e Spata
(Grécia), passou a integrar a RECEVIN
- Rede Europeia das Cidades do Vinho,
cuja adesão foi aprovada, por unanimidade, na Assembleia Geral realizada
entre os dias 16 e 18 de Fevereiro, em
Icod de los Vinos, Tenerife (Espanha).
Para além de ter dado conhecimento
dos vários projectos desenvolvidos no
âmbito do projecto Cartaxo – Capital do
Vinho, a autarquia informou que estava
disponível para acolher uma futura
reunião de trabalho da RECEVIN.
Para a Câmara do Cartaxo, esta adesão
significa a abertura de uma porta importante para a promoção do vinho do
Cartaxo, assim como, permite envolver
parceiros de diferentes nacionalidades
num projecto conjunto de valorização
da vitivinicultura.
NOTÍCIAS
Prova emblemática regressa à estrada
Quilómetro Lançado de Valada
A Câmara do Cartaxo, em colaboração com o Automóvel
Clube de Portugal e a Junta Freguesia de Valada, organizou, no
dia 18 de Março, mais uma edição do Quilómetro Lançado de
Valada. A emblemática prova voltou à Estrada Nacional 3-2,
que liga a Ponte do Reguengo a Valada, assumindo-se como o
único evento do país a reunir veículos anteriores a 1918.
Com um acentuado cariz histórico, a iniciativa ficou marcada
também pelo espírito aventureiro, que, além da vertente competitiva, permitiu aos concorrentes e visitantes apreciar uma das
freguesias mais ricas do concelho, no que diz respeito ao património natural e cultural. A prova contou com a presença de
três dezenas de carros e motos de fabrico até 1918, tendo sido
os concorrentes divididos em duas categorias: construídos até
1904 e de 1905 até 1918.
Em 1906 a vitória coube a José Aguiar, num Fiat, com uma
média de 82,568 km/hora. Nesta edição, Filipe Vasconcelos,
sagrou-se vencedor da prova, com um Dodge, de 1915. Em
segundo ficou Fernando Paulo Martins, com um Rolls – Royce
Silver Ghost, de 1913, e em terceiro Amorim Nunes, com um
Ford T (dois lugares), de 1915.
Das viaturas construídas até 1904, o melhor tempo foi conseguido por Tiago Gouveia, com um Peugeot de 1899. Nas
motos, venceu Norberto Filho, com uma Wanderer, de 1911.
O facto da prova ter sido alargada extra-competição, a viaturas
fabricadas até 1924, permitiu a presença de um veículo emblemático e único no mundo: um Mercedes 28/95 Skiff, conduzido
por Luís Alberto Santos.
Cartaxo na ExpoCriança
Inauguração da Sala da Catequese
O livro “A Menina do Mar”,
de Sophia de Mello Breyner
Andresen, serviu de mote
ao mais importante certame
nacional dedicado à criança, a
ExpoCriança. A feira realizou‑se pelo oitavo ano consecutivo,
de 7 a 11 de Março, no Centro
Nacional de Exposições e
Mercados Agrícolas (CNEMA) em Santarém, ao qual a
Câmara do Cartaxo também se associou.
Durante cinco dias, o evento acolheu um ciclo de conferências e workshops, actividades lúdicas e pedagógicas,
vários expositores com material didáctico, mobiliário,
alimentação, vestuário e acessórios destinados aos
mais pequenos.
A cor amarela do exterior, a
luminosidade das salas e o ferro
da escadaria são elementos que
conferem à nova sala de catequese da Paróquia do Cartaxo
conforto
e
modernidade.O
novo edifício, requalificado pela
Câmara do Cartaxo, representou
um investimento na ordem dos
84 mil e 600 euros e foi inaugurado no dia 27 de Janeiro, numa
cerimónia onde marcou presença um conjunto significativo de
paroquianos, com destaque para a juventude.
O Padre Vítor Alcobia, responsável pela Paróquia do Cartaxo,
enalteceu as novas instalações, salvaguardando que é um espaço
que “está de portas abertas a toda a comunidade que pretender
promover a paz, a caridade, a alegria e o sentido de voluntariado”.
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NOTÍCIAS
José Peseiro visitou escolas do Cartaxo
José Peseiro, treinador de futebol, visitou escolas do Cartaxo,
Valada e Vila Chã de Ourique, no dia 6 de Março.
A ansiedade e a azáfama era muita, mas José Peseiro conversou
com todos os jovens individualmente, com a bonomia que
o caracteriza. A vinda do treinador às escolas do Cartaxo
inseriu-se no âmbito do desenvolvimento do Plano Nacional
de Leitura, em que as crianças são convidadas a interagir com
figuras conhecidas da sociedade.
Projecto concretizado até 2009
Parque Central requalifica o coração da cidade
Maqueta do projecto
Planta síntese
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O Parque Central – União dos Jardins é um dos principais projectos
que a Câmara do Cartaxo quer concretizar até 2009. O Estudo
Prévio, elaborado pelo arquitecto Manuel Salgado, foi apresentado
em Março e contempla um conjunto de intervenções no “coração”
da cidade do Cartaxo.
Além da reabilitação e valorização paisagística, o projecto prevê
a anulação da Estrada Nacional 3, no troço desde o edifício
Beethoven até aos semáforos junto aos Correios, a criação de
alamedas pedonais, zonas verdes e parques infantis. A área
reservada ao estacionamento vai também sofrer alterações, estimando-se a criação de cerca de duas centenas de lugares gratuitos
à superfície e um parque de estacionamento subterrâneo, junto ao
edifício da Câmara, com capacidade para cerca de 300 lugares. A
actual Praça de Touros será coberta, tornando-se um espaço polivalente e multiusos, o Mercado Municipal será modernizado e a
Rua Batalhoz encerrada ao trânsito, desde a Rua Júlio Montez até
à Praça 15 de Dezembro. O objectivo principal é garantir que toda
a área central seja utilizada quotidianamente pelos munícipes e
pelos visitantes, seja para o comércio e serviços, seja para lazer,
com grande mobilidade, acessibilidade e numa prática de cidadania activa. A ligação da zona da Ribeira do Cartaxo ao centro da
cidade será também valorizada. O projecto representa um investimento global de 10 milhões de euros e depende de apoios comunitários a conquistar no âmbito do QREN (2007-2013), bem como
da possibilidade deste investimento ser desenvolvido no âmbito
da parceria público-privada constituída pela Empresa Municipal
RUMO 2020. “ O Parque Central será um verdadeiro centro cívico”,
sublinha Paulo Caldas.
NOTÍCIAS
Transporte de utentes para
Unidade de Saúde Familiar
A Câmara do Cartaxo, em colaboração com as Juntas de
Freguesia, colocou gratuitamente uma viatura à disposição
dos utentes da Unidade de Saúde Familiar (USF) D. Sancho I,
em Pontével.
A carrinha de nove lugares serve exclusivamente para transportar os utentes das seis freguesias que abrangem este
sistema de saúde (Pontével, Vale da Pinta, Ereira e Lapa),
totalizando cinco viagens diárias de ida e volta à unidade de
saúde de Pontével. Para reforçar os cuidados domiciliários,
o município disponibilizou uma outra viatura para apoio a
doentes no seu lar.
Considerando as várias freguesias servidas pela USF e a
actual rede de transportes, a autarquia mostrou-se disponível
para colaborar no reforço das acessibilidades. Assim, foi
possível “encontrar uma solução rápida e ef icaz, porque todos
os munícipes do concelho têm obrigatoriamente de ter médico de
família sempre acessível”, sublinhou Paulo Caldas. A USF D.
Sancho I está em funcionamento desde Fevereiro de 2007
e conta com uma equipa de seis médicos, responsáveis por
mais de nove mil utentes, sete enfermeiros, seis administrativos e dispõe de consultas de psicologia, fisioterapia e
terapia ocasional.
A Câmara do Cartaxo considera as USF como estruturas
importantes na aproximação de clínicos e utentes e garante
continuar a colaborar com a ARS e com as Juntas de
Freguesia, no sentido de proporcionar um serviço de saúde
de maior qualidade.
Cartão Municipal Sénior
Os munícipes do Cartaxo vão poder beneficiar, a curto
prazo, do Cartão Municipal Sénior. Este projecto pretende
valorizar a qualidade de vida da população, sobretudo a mais
idosa, proporcionando um vasto conjunto de vantagens em
diversos serviços e actividades promovidas pela autarquia.
Para aceder a este cartão basta ter uma idade igual ou superior
a 60 anos, ser pensionista e/ou reformado, residir e ser eleitor
no concelho há, pelo menos, dois anos e ter uma média de
rendimento per capita do agregado familiar igual ou inferior
a 75 por cento do salário mínimo nacional. A autarquia está
actualmente em negociações com farmácias, grandes superfícies
comerciais e outras empresas do concelho com o objectivo de
obter benefícios para os utentes do referido cartão.
Escolas recebem computadores
Três estabelecimentos de ensino do concelho foram contemplados com a campanha “Computadores para as escolas”,
promovida pelo hipermercado Modelo.
Trata-se das escolas básicas do 1.º ciclo de Vale da Pedra e de
Pontével e da Escola Secundária do Cartaxo, assim como da
Escola Básica do 1.º ciclo de Vila Nova de S. Pedro, concelho
de Azambuja. Esta acção concretiza-se pelo quarto ano consecutivo e já permitiu oferecer cerca de 1.500 computadores aos
estabelecimentos de ensino do país. De acordo com a empresa,
entre os principais objectivos da campanha está o reforço da
relação entre o hipermercado e a comunidade local e o apoio à
formação dos jovens, sobretudo ao nível das novas tecnologias.
Dia Internacional dos Museus
No dia 18 de Maio, os museus de Norte
a Sul do país abriram as suas portas ao
público. A Câmara do Cartaxo não ficou
indiferente a este dia e celebrou-o com a
promoção de visitas gratuitas ao Museu
Rural e do Vinho e com a inauguração
da exposição “O Mundo Rural”, patente
até 30 de Junho.
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O
artesanato
apresentado
nesta
exposição é da autoria e concepção
do artesão Júlio Romão (natural de
Raposos, freguesia de Famalicão,
concelho da Nazaré) e retrata ambientes
rurais, manifestações culturais, de
lazer e religiosas, como aconteciam na
sua região.
Saliente-se ainda, que os visitantes do
museu podem desfrutar de apresentações
geográficas, etnográficas e históricas
do concelho, bem como de um vasto
espólio de objectos que documentam
tradições e costumes, principalmente
da actividade vitivinícola da região
do Cartaxo.
NOTÍCIAS
II Volta ao Distrito de Santarém
Contrato de Limpeza Pública
A limpeza das zonas urbanas do concelho vai ser entregue a
empresas privadas da área da higiene. A Divisão de Ambiente
e Serviços Urbanos (DASU) considera a decisão fundamental
para resolver as dificuldades técnicas e humanas existentes
e acredita que a introdução mecânica trará resultados mais
eficientes. A manutenção da via pública, reduzida aos passeios,
estende-se ao leito rodoviário. A decisão abrange as freguesias
de Pontével e Vila Chã de Ourique, onde os aglomerados
populacionais são maiores.
A limpeza mecânica ocorre já três vezes por mês, no Cartaxo, e
uma vez em Pontével e Vila Chã de Ourique.
A Volta ao Distrito de Santarém/RTP regressou à estrada, entre
os dias 15 e 18 de Março, numa extensão de 577 kms, divididos
por quatro etapas, com as equipas participantes a percorrerem
os 21 concelhos do distrito.
A cidade do Cartaxo recebeu a segunda etapa deste evento, a 16
de Março, e viu o ciclista Robert Hunter, da equipa Barloworld,
cortar a meta em primeiro. O público teve oportunidade de
confraternizar com algumas equipas nacionais e internacionais,
bem como alguns dos melhores ex-ciclistas nacionais, entre os
quais Joaquim Gomes e Marco Chagas. À semelhança do ano
passado, a Câmara do Cartaxo associou-se a esta competição,
que representa uma oportunidade de promoção do concelho e
uma forma de valorizar a prática do desporto.
Bispo de Santarém no Cartaxo
D. Manuel Pelino Domingues, Bispo de Santarém, visitou o
Cartaxo, entre os dias 28 de Fevereiro e 11 de Março, com o
objectivo de contactar com as instituições sociais, desportivas,
educativas, recreativas e de saúde. Recebido por populares e
por autarcas, D. Manuel Pelino elogiou a hospitalidade das
populações, salientando que “há um grande acolhimento e apreço,
que nos faz sentir bem nestas visitas, tornando-as, por isso, gratif icantes”. Na sua visita pastoral, D. Manuel Pelino teve oportunidade de conhecer a rede social da freguesia do Cartaxo,
registando as suas principais dificuldades e mais-valias.
Cartaxo acolhe Feira Medieval
A Escola Secundária do Cartaxo, numa iniciativa da turma
do 12º D, recriou uma Feira Medieval, no passado dia
11 de Maio.
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O certame contou com a “presença” de nobres ilustres da
época, clérigos, almocreves, mercadores e mendigos, vestidos
a rigor, que durante todo o dia assistiram aos jogos, desfiles e
representações teatrais que caracterizam este tipo de eventos.
A I Feira Medieval surge no âmbito da disciplina de Área de
Projecto e contou a colaboração dos alunos do 8.º Ano, que
apresentaram uma banca alusiva ao século XVIII, e com o
coro Cant’Arte.
No âmbito da iniciativa ficou a saber-se que com uma grande
componente religiosa e comercial, as feiras juntavam mercadores de todo o mundo para venderem os seus produtos. A
palavra latina feria, que significa dia santo, feriado, deu origem
à portuguesa feira, à espanhola feria ou à inglesa fair.
NOTÍCIAS
Escola EB1 de Vale da Pedra ampliada
Edifício recuperado e requalificado no que diz respeito ao tecto,
telhado, beirados, sanitários, paredes exteriores e interiores e
iluminação, a que se juntam os novos equipamentos, são as mais
recentes novidades da renovada Escola Básica do 1º Ciclo de Vale
da Pedra, inaugurada a 17 de Março.
A Câmara Municipal do Cartaxo, em colaboração com a Junta de
Freguesia respondeu assim à necessidade de requalificar e ampliar
este equipamento escolar. A intervenção na escola de Vale da Pedra
foi a primeira a ser contemplada no âmbito da Carta Educativa do
concelho.
Joaquim Edgar, presidente da Junta de Freguesia, afirmou que este
foi “um dia feliz para todos”, já que o novo equipamento irá proporcionar melhores condições de trabalho e de estudo às crianças,
numa freguesia que regista um grande crescimento populacional.
Finda a cerimónia de inauguração da escola, autarcas e população
dirigiram-se para o Centro Social da freguesia, onde foi apresentado publicamente o projecto da nova creche da Associação
Comunitária de Vale da Pedra (ACVP), um equipamento candidatado ao Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos
Sociais (PARES). O objectivo desta candidatura é conseguir que
esta obra, cujo orçamento inicial é de cerca de 500 mil euros, seja
financiada em 60 por cento pelo Estado, ficando os restantes 40
por cento a cargo da Câmara e da Junta de Freguesia.
Apresentado como ambicioso e moderno, “este projecto vai
permitir acolher 66 crianças, proporcionar-lhes melhores condições
e criar mais postos de trabalho”, referiu António Marinho,
vice-presidente da ACVP.
Festa dos Fazendeiros recria tradições
Isabel Alçada em Pontével
Pontével recebeu a 51.ª Festa dos
Fazendeiros, no dia 15 de Abril.
A iniciativa tem como objectivo
enaltecer as tradições e as actividades do mundo rural, recriando
as tarefas desenvolvidas no campo,
os mercados de venda de produtos
agrícolas e as actividades de lazer
e de divertimento, como os bailes
ao som do acordeão. O cortejo
das viaturas rurais é o ponto alto
desta festa de cariz popular e etnográfico, que contou este ano
com duas dezenas de representações. A decoração das janelas
é uma manifestação espontânea da população, que neste dia
contribuiu também para o reviver do passado. A vertente
desportiva está também associada a esta festa, com a realização
da tradicional Estafeta Pedestre Santarém – Pontével.
Os alunos do agrupamento D.
Sancho I passaram a tarde de
19 de Abril com a escritora
Isabel Alçada, no auditório da
Sociedade Filarmónica Incrível
Pontevelense.
O
convite
partiu da Escola Internacional
de Línguas de Santarém,
inserido no desenvolvimento
do Plano Nacional de Leitura
e contou com o apoio da
Câmara Municipal do Cartaxo e da Junta de Freguesia
de Pontével.
A escritora de “Uma Aventura…”, que passou parte da sua
infância no concelho do Cartaxo, conversou com alunos e
seguiu atentamente a apresentação dos trabalhos elaborados
pelas escolas e preparados especialmente para este dia.
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NOTÍCIAS
Investimentos vão duplicar
Cartaxo opta por modelo
autónomo para águas e saneamento
O município do Cartaxo não vai integrar o projecto intermunicipal Águas do Ribatejo para seguir um modelo de gestão
autónomo, que defenda os interesses da população do concelho
e promova a qualidade de vida.
A posição assenta numa estratégia coerente e mais favorável
de gestão das águas e do saneamento, que tem como principal
objectivo satisfazer as necessidades dos munícipes, com a prestação de um serviço de qualidade. Os investimentos previstos e
já lançados a concurso “não vão parar”, assegurou o presidente
da autarquia, que pretende atingir com este modelo quatro
objectivos concretos: duplicar o valor do investimento apresentado no modelo da CULT – Comunidade Urbana da Lezíria
do Tejo (atingindo os 12 milhões de euros), aplicar uma tarifa
mais baixa, assegurar um modelo mais competitivo, sem colocar
em causa os direitos dos trabalhadores, e garantir Fundos de
Coesão já conquistados, desenvolvendo esforços para assegurar
também outros financiamentos no âmbito do QREN.
A defesa dos interesses dos munícipes foi um dos principais
factores que levou o Cartaxo a optar por um modelo diferente do
da CULT, tendo Paulo Caldas afirmado, na reunião de Câmara
de 23 de Abril, que “a solidariedade da Câmara para com os seus
munícipes será sempre superior à solidariedade para com os parceiros
da CULT ou para com os partidos políticos”, não admitindo, no
entanto, que acusem o Cartaxo pelo atraso ou prejuízo dos
parceiros autárquicos das Águas do Ribatejo, sobretudo, porque
este projecto já se arrasta há quatro anos e, desde o início, tem
vindo a ser caracterizado por diversas vicissitudes, bem conhecidas publicamente.
Actualmente, a autarquia encontra-se a estudar técnica,
económica e financeiramente o dossier de Águas e Saneamento,
no que se refere aos diferentes modelos de gestão deste sector,
podendo a decisão resultar do actual estudo de parceria com a
EPAL, para o abastecimento de água em alta, com garantia de
qualidade do produto e de serviço para os próximos 30 anos,
em condições de preço e investimentos a definir e uma eventual
concessão de serviços. No entanto, qualquer que seja o modelo
a adoptar, a autarquia pretende garantir os objectivos apresentados e continuar a salvaguardar a criação de condições que
valorizem a qualidade de vida e o bem-estar da população das
oito freguesias.
Câmara delega competências nas Juntas de Freguesia
No passado dia 3 de Abril, foi assinado entre a Câmara
Municipal do Cartaxo e as oito freguesias do concelho
(Cartaxo, Ereira, Lapa, Pontével, Valada, Vale da Pedra, Vale
da Pinta e Vila Chã de Ourique), os protocolos de delegação
de competências. Com esta medida, a autarquia vai transferir
para as Juntas de Freguesia cerca de um milhão de euros do seu
orçamento municipal. Este valor representa um crescimento de
20 por cento das verbas descentralizadas para as oito freguesias
em relação ao ano passado e destina-se a satisfazer as principais necessidades da população, no que diz respeito à conservação de ruas e passeios, limpeza de valetas e bermas, gestão de
espaços ajardinados e colocação e manutenção de sinalização
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toponímica. Desde 2000, já foram descentralizadas verbas que
ultrapassam os oito milhões e meio de euros.
Tendo em conta que as Juntas de Freguesia fazem parte da
equipa que está a projectar o desenvolvimento equilibrado e
sustentado do concelho do Cartaxo, Paulo Caldas, presidente
do Município, adiantou que as verbas consideradas nos protocolos “são aplicadas de forma mais rápida e ef icaz pelos presidentes
de Juntas, por estabelecerem uma relação de proximidade com a
população”.
Este protocolo é uma forma de reconhecimento e confiança,
por parte da Câmara, face ao papel desempenhado pelas
Juntas de Freguesia.
NOTÍCIAS
Viver Mais, Viver Melhor
A Casa Municipal da Juventude iniciou, no passado mês de
Maio, um conjunto de novas actividades inseridas no programa
Viver Mais, Viver Melhor, como consequência do elevado
grau de motivação e interesse manifestado pela população
envolvida.
A necessidade de dinamizar e diversificar a oferta conduziu a
um levantamento de opinião, onde foram abertas sugestões de
novas actividades. Os Clubes – Viver Mais, Viver Melhor 2007
englobam grupos de Teatro, Jardinagem, Culinária, Bordados
e Caminhadas.
O projecto teve início no ano de 2000, com 100 participantes,
excedendo desde logo a expectativa da coordenadora, Filipa
Xavier, quanto ao número de inscrições. O sucesso do programa
confirmou-se no ano lectivo 2006/2007, com um total de 361
inscritos com idades superiores a 50 anos.
A evolução demográfica do país tende para um envelhecimento
crescente da população. Atenta a esta realidade, a Câmara
Municipal do Cartaxo lançou um programa cujos principais
objectivos se prendem com a ocupação dos tempos livres da
população adulta com mais de 50 anos, a promoção de um
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envelhecimento mais activo e saudável, a diminuição do isolamento social e a promoção de uma participação mais activa na
comunidade.
O projecto oferece, para além dos recém-criados clubes, quatro
actividades de ocupação dos tempos livres: a sensibilização para
os benefícios da actividade física e a sua importância para uma
vida saudável, actividade que decorre semanalmente, com aulas
de natação e gerontomotricidade, nas Piscinas Municipais e no
Ateneu Artístico Cartaxense; as artes decorativas bem como a
pintura têm como principal objectivo despertar a curiosidade,
a criatividade, a motivação, o gosto pela produção e aprendizagem através de aulas quinzenais na Galeria José Tagarro; e a
informática que visa a formação na área, despertando a curiosidade, o gosto pelo saber e por se manter activo e actualizado.
Estas aulas ocorrem nas instalações da Casa da Juventude, na
Quinta das Pratas, uma vez por semana.
O programa tem a duração de um ano lectivo e decorre entre os
meses de Outubro e Junho. As inscrições decorrem durante o
mês que antecede o início das actividades na Casa da Juventude
do Cartaxo.
NOTÍCIAS
Comissão de Toponímia
A primeira Comissão Municipal de Toponímia, empossada no
passado dia 5 de Fevereiro, aprovou, por unanimidade, 18 nomes
de ruas, associados aos temas da Liberdade e do Vinho, para
cinco novos loteamentos, no Cartaxo: Capela Norte, Quinta das
Correias, Ponte da Pedra, Maria Conceição Mendonça e Terreiro
da Feira. A autarquia, em conjunto com a Comissão de Toponímia,
pretende construir uma base de dados que englobe todas as ruas
com toponímia e números de polícia; criar um mapa interactivo
do Cartaxo e lançar um sítio electrónico com todas as informações
referentes à comissão, novos topónimos, confluências de ruas,
numeração e biografias das personalidades contidas na toponímia
do município.
A designação dos lugares esteve sempre ligada aos valores
culturais das populações como reflexão sobre a importância dos
acontecimentos, das pessoas, dos costumes, dos eventos e dos
lugares. Para além da componente cultural, a toponímia apresenta-se como referência geográfica das localidades e da sua
história, por isso, considera-se que resgatar nomes de grandes
personalidades da terra, explorando e identificando as raízes locais,
é uma forma de perpetuá-los no tempo. A comissão é presidida
por Paulo Caldas, que delegou no seu chefe de gabinete, José
Arruda e também composta por Francisco Casimiro, vereador do
urbanismo e da cultura, António Góis, presidente da Assembleia
Municipal, António Mourão, Rogério Coito, João Afonso, chefe
do Centro de Distribuição Postal do Cartaxo (CTT), pelo representante do Instituto Politécnico de Santarém, pelo representante
da Escola Secundária do Cartaxo e por todos os presidentes das
Juntas de Freguesia.
Leitura e novas tecnologias para os mais pequenos
Biblioteca escolar inaugurada em Pontével
As crianças da Escola Básica do 1º
ciclo de Pontével beneficiam, desde
Maio, de um espaço onde os livros e as
novas tecnologias permitem aprofundar
conhecimentos e aprendizagens. A
“Bibliotével Professora Manuela Serra”
está implementada numa das salas do
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edifício da escola básica e é dirigida
também às crianças do pré-escolar da
freguesia.
Candidatada
pelo
Agrupamento
D. Sancho I ao Programa Rede de
Bibliotecas Escolares, esta nova infra‑estrutura foi comparticipada em
11 mil euros (6 mil euros para aquisição
de mobiliário e 5 mil euros para fundo
documental). Por representar, muitas
vezes, o primeiro contacto das crianças
com os livros, esta biblioteca representa
“uma grande mais-valia para os mais
pequenos”, frisou Luís Bruno, presidente
do Agrupamento D. Sancho I, aquando
da inauguração do equipamento, no dia
26 de Maio. A importância da concretização da Carta Educativa do concelho foi
abordada também nesta sessão de inauguração, tendo Paulo Caldas, presidente
da Câmara do Cartaxo, garantido que os
projectos contemplados no documento
“são uma prioridade deste mandato”.
Para marcar a abertura deste novo
espaço, o conhecido apresentador de
televisão e escritor de literatura infantil,
Júlio Isidro, foi a Pontével apresentar às
crianças algumas das histórias publicadas
no seu livro “É Tudo Primos e Primas”.
NOTÍCIAS
Vale da Pedra festeja
19º aniversário de elevação a freguesia
Vale da Pedra assinalou no dia 27 de Maio, o seu 19º aniversário, na presença de autarcas, individualidades locais e
população.
Demonstrando o enorme orgulho que sente por uma terra
marcada pela tradição e pelos costumes das suas gentes,
Joaquim Edgar, presidente da Junta de Freguesia, frisou que,
actualmente, a população “pode contar com uma freguesia em
franco crescimento”.
Durante a cerimónia, o autarca destacou a importância do
saneamento básico, das acessibilidades, do funcionamento em
pleno da renovada escola EB do 1º ciclo, da creche e ATL e
de outros recursos que concedem à freguesia de Vale da Pedra
uma melhor qualidade de vida.
Segundo Rute Ouro, vereadora da Câmara do Cartaxo, Vale
da Pedra é actualmente “uma freguesia em desenvolvimento, com
uma situação geográf ica privilegiada, servida por vias de comunicação suf icientes e que sabe gerir os meios económicos e urbanos ao
seu dispor”.
Organizada pelo grupo Agir, com a colaboração da Câmara
Municipal do Cartaxo, Junta de Freguesia de Vale da Pedra,
Centro Social e Rancho Folclórico da freguesia, a festa
começou com uma missa campal, celebrada pelo Padre António
José Brito, a que se seguiu um espectáculo onde participaram
o Rancho Folclórico de Vale da Pedra, grupo de Taekwondo,
Capoeira, Grupo Cénico da Casa do Povo de Pontével, Vasco
Casimiro, Ermelinda Duarte e Fátima Monteiro.
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Breve História da Freguesia
Começou por se chamar Foros de Vale da Pedra e, posteriormente, Casais de Vale da Pedra, adoptando o topónimo
de Vale da Pedra quando foi elevada a freguesia.
Dizem os mais velhos que o nome provém de uma zona
rochosa, fenómeno único na freguesia, mais concretamente devido à existência de uma grande pedra, com
inscrições romanas, que se situa numa quinta com o
mesmo nome.
A freguesia de Vale da Pedra guarda na memória várias
lembranças, como é o caso do Setil, que embora seja
o lugar mais pequeno da freguesia em termos geográficos, assume, no entanto, grande projecção em termos
ferroviários. Também a Vala Real, situada na Ponte
do Reguengo, teve em tempos grande importância na
economia desta povoação, no que diz respeito à riqueza
piscatória e ao escoamento dos produtos agrícolas, como
é o caso do arroz.
NOTÍCIAS
Investimento e resultados líquidos da autarquia sobem
Contas e relatório de actividades de 2006 aprovados
A Conta de Gerência e o Relatório de Actividades de 2006
da Câmara do Cartaxo foram aprovados pelo executivo e pela
Assembleia Municipal, no dia 23 de Abril. O executivo da
autarquia faz uma avaliação positiva dos indicadores económicofinanceiros do ano transacto, cujo resultado líquido sofreu um
aumento significativo, passando de 1 milhão 467 mil e 975
euros negativos, em 2005, para 410 mil e 421 euros positivos,
em 2006.
Considerando que o município está “a trilhar um caminho pela
positiva”, Paulo Caldas, presidente da Câmara, distinguiu o
crescimento dos proveitos operacionais em 2006, situados nos
12 milhões de euros. Por outro lado, os custos operacionais reduziram significativamente, resultado, sobretudo, da diminuição da
aquisição de bens e serviços, com uma redução de cerca de 50
por cento, comparativamente a 2005.
A tendência positiva da gestão da autarquia reflecte-se também
no balanço final, onde se verifica uma subida de cerca de 8 por
cento do Activo, ultrapassando os 41 milhões e 600 mil euros.
No ano de 2006, o património municipal aumentou quase 2%
em relação ao ano anterior. Quanto ao exigível de médio/longo
prazo, registou-se um acréscimo de 37 por cento, justificado pelo
aumento do valor dos empréstimos, para pagamento do Nó de
Acesso e vias rápidas de ligação ao Nó e à variante EN 365-2
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(3 milhões de euros). O exigível de curto prazo teve um acréscimo
de 6 por cento, justificado pela diminuição das dívidas a terceiros
e pelas amortizações de curto prazo.
Em suma, as despesas correntes decresceram cerca de 3,22 por
cento em relação ao ano anterior, apesar das despesas com o
pessoal, os juros, outros encargos e outras despesas correntes
terem registado um aumento. Em contrapartida, a aquisição de
bens e de serviços registou um decréscimo bastante significativo,
o que evidencia que o plano de contenção da despesa, apesar de
apresentado em Setembro de 2006, ainda surtiu algum efeito no
exercício desse mesmo ano.
Quanto ao investimento municipal, o ano de 2006 foi fundamental para a consolidação financeira, tendo a autarquia reunido
condições para retomar o desenvolvimento e continuar “a ganhar
fôlego para o QREN”, como afirmou o presidente do município.
O volume de investimento ultrapassou os 4 milhões e 300 mil
euros em 2006 (mais 70 por cento do que o registado no ano
anterior).
Endividamento e pagamento a fornecedores
O endividamento municipal diminuiu cerca de 2 por cento em
2006, tendo sido parte da dívida a fornecedores renegociada,
através da elaboração de acordos de pagamento para fornecedores com um montante elevado em dívida e de um aditamento
ao factoring municipal, que permitiu que os fornecedores com
montantes médios e elevados em dívida recebessem. Estes valores
continuam reflectidos nas contas correntes e totalizam cerca de 6
milhões de euros, que foram pagos e abatidos à dívida aos fornecedores. No seguimento do seu programa de consolidação financeira, a autarquia pagou, durante o primeiro trimestre de 2007,
cerca de 2,2 milhões de euros da sua dívida. Os pagamentos aos
fornecedores e empreiteiros abrangeram cerca de meia centena
de pequenas e médias empresas do concelho e da região, tendo
sido também satisfeito o compromisso de pagamento de cerca
de meio milhão de euros às colectividades e associações recreativas do concelho. O objectivo da autarquia é pagar toda a dívida
de obra (cerca de 13 milhões de euros) até final do mandato.
Esta política tem tido reflexos positivos na capacidade de endividamento da Câmara Municipal, que se situa nos 40 por cento,
com um limite de endividamento de quase 606 mil euros.
NOTÍCIAS
Redução dos custos de telecomunicações
Plano de Mobilidade
As comunicações móveis da Câmara do Cartaxo sofreram
uma redução superior a 50 por cento, fruto da participação
da autarquia num projecto promovido pela Comunidade
Urbana da Lezíria do Tejo (CULT) que, após negociação com
as três operadoras de telecomunicações, permitiu aos diversos
municípios da Lezíria do Tejo beneficiar de tarifários mais
baixos. Relativamente às comunicações fixas, a Câmara do
Cartaxo aderiu a um novo plano de preços, que se traduziu
numa redução de custos de, aproximadamente, 35 por cento.
À semelhança do que foi feito para as comunicações móveis,
a CULT está também a preparar um concurso para as comunicações fixas dos respectivos municípios.
A Câmara do Cartaxo está a desenvolver o Plano de
Mobilidade Sustentável para o concelho. O projecto assenta
no desenvolvimento de um conjunto de acções para a mobilidade urbana e na implementação do modelo “Cartaxo
Capital” de uma região.
A indicação das acessibilidades, a gestão da circulação, o transporte colectivo, comercial e de cargas, a gestão e controlo do
estacionamento, o desenvolvimento do plano de mobiliário
urbano e do plano de publicidade municipal, assim como, a
elaboração de uma regulamentação municipal são alguns dos
objectivos específicos do plano de mobilidade, que deverá
estar concluído em 2008.
Primeiras auditorias internas já foram realizadas
Certificação de qualidade dos serviços da autarquia
As primeiras auditorias internas, no âmbito da implementação
da qualidade, decorreram na Câmara Municipal, durante o
mês de Maio. A avaliação incidiu nos serviços que estão em
processo de certificação de qualidade e serve de preparação
para a auditoria externa marcada para o mês de Junho.
A implementação de um Sistema de Gestão de Qualidade
(SGQ) inicia-se com a identificação dos processos operativos
que caracterizam as actividades da organização, que devem
demonstrar conformidade com a norma (referencial que tem
como objectivo a melhoria contínua e a satisfação dos munícipes) e tem como fim a implementação de acções de forma a
atingir os resultados planeados.
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Com esta política de qualidade, o município do Cartaxo visa
melhorar a qualidade de vida dos munícipes, assente na satisfação das suas necessidades. Neste sentido, a autarquia definiu
como linhas de acção o desenvolvimento dos serviços, tendo
em atenção as crescentes necessidades dos munícipes; a aplicação dos recursos humanos, técnicos, materiais e financeiros
de forma eficaz e eficiente; proporcionar aos seus colaboradores
a formação adequada ao seu desenvolvimento e crescimento; e
a implementação de um sistema de gestão de qualidade que
ajude na melhoria contínua dos serviços, permitindo que o
concelho do Cartaxo esteja entre os 20 municípios portugueses
com melhor qualidade de vida até 2020.
NOTÍCIAS
Cartaxo apresenta projecto no âmbito do PROT-OVT
Parque de Ciência e Tecnologia na ALE do Falcão
A Câmara do Cartaxo tem mantido conversações com algumas
entidades empresariais que sejam compatíveis com a filosofia
deste parque e já obteve receptividade positiva por parte da
Tagusgás, que manifestou interesse em transferir a sua sede
para esta zona de actividades económicas e de serviços. Outras
empresas vocacionadas para as novas energias já foram abordadas no sentido da deslocalização dos seus núcleos empresariais, entre as quais a EDP.
A centralidade geográfica do futuro Parque de Ciência e
Tecnologia representa uma das grandes mais-valias deste
projecto, que beneficia da proximidade com a capital de
distrito, o futuro aeroporto da OTA e a Área Metropolitana
de Lisboa e possibilita um acesso rápido à A1. Considerando o
conjunto de vantagens associadas à criação deste “centro vivo”
O facto de o PNPOT (Programa Nacional da Política de
Ordenamento do Território) traçar as grandes linhas orientadoras e estruturantes que deverão ser concretizadas através dos
instrumentos de planeamento e ordenamento do território, o
PROT-OVT (Plano Regional de Ordenamento do Território
do Oeste e Vale do Tejo) torna-se fundamental para um desenvolvimento integrado e sustentado do concelho e da região.
Actualmente, decorre um conjunto de reuniões para discussão
destas questões, designadamente dos investimentos a realizar,
os quais estão a ser estudados em função do novo aeroporto na
Ota. No caso do concelho do Cartaxo, a autarquia apresentou,
na reunião sobre o PROT-OVT que decorreu no auditório da
Nersant, em Torres Novas, no dia 18 de Maio, o projecto de
concretização de um Parque de Ciência e Tecnologia, na Área
de Localização Empresarial (ALE) do Falcão, junto ao nó de
acesso à A1.
O objectivo é criar um parque moderno, que valorize as componentes da inovação, da ciência, da tecnologia, do ambiente e
das energias renováveis, ocupando entre 10 a 15 hectares da
área total da ALE.
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no Valleypark, e por representar um investimento fundamental
para o desenvolvimento das áreas da ciência e da tecnologia de
toda a região, Paulo Caldas, presidente da Câmara do Cartaxo,
defende a integração deste projecto intermunicipal, único na
Lezíria do Tejo, no PROT-OVT.
A futura Escola de Negócios do Vale do Tejo ficará também
integrada no Parque de Ciência e Tecnologia, estando já a
decorrer uma parceira com o ISEG – Instituto Superior de
Economia e Gestão, para a sua concretização. Nos restantes
120 hectares de área da ALE, o master plan prevê a concretização de três pólos distintos: área logística, indústria e serviços
e área residencial, de valorização turística.
Vila Chã de Ourique acolhe uma das maiores empresas exportadoras de vinho
DFJ Vinhos de portas abertas para o mundo
Os edifícios erguidos há mais de um século por António
Francisco Ribeiro Ferreira, nos campos da lezíria da freguesia de
Vila Chã de Ourique, acolhem hoje uma das maiores empresas
nacionais de exportação de vinho. As características das instalações desta quinta, apelidada no passado de “catedral do vinho
do Ribatejo”, levaram a DFJ Vinhos a optar por este espaço
para desenvolver a sua actividade no sector vitivinícola.
As imponentes estruturas foram modernizadas e requalificadas
para responder às exigências do século XXI, mas sem esconder
os traços do trabalho de outros tempos e a capacidade empreendedora da família que as projectou. “Além de muito abastado,
António Francisco Ribeiro Ferreira era também um homem
com uma grande visão de futuro”, começou por contar José
Neiva Correia, enólogo e actualmente único proprietário da
DFJ Vinhos.
Entre as características mais curiosas e “fora do comum naquela
época”, o empresário destaca os tanques construídos em alvenaria e revestidos a cristal da Bavária, com capacidade para 2,5
milhões de litros, e a destilaria. “Custa a acreditar, mas fazer
álcool vínico a 96º é algo que se fala em Portugal há cerca de duas
décadas e aqui já se fazia há 100 anos”, acrescenta José Neiva
Correia.
DFJ Vinhos exporta 90 por cento da produção
É por reconhecer e valorizar a história e a tradição desta quinta,
que a DFJ Vinhos tem vindo a conjugar a modernização
dos equipamentos com a preservação da traça dos edifícios.
Adquirida em 1998 à família Carvalho e Silva, descendente
da Ribeiro Ferreira, a Quinta da Fonte Bela está actualmente
preparada para engarrafar os vinhos produzidos pela DFJ
Vinhos em todas as regiões de Portugal, com excepção dos
vinhos verdes. Exporta 90 por cento da sua produção e lidera o
mercado do vinho português no Reino Unido. Apesar de considerar difícil “comprar vinhos em português”, José Neiva defende
que Portugal “tem vinhos e castas únicas que nos permitem ocupar
um espaço privilegiado nos vinhos internacionais”, no entanto,
a estratégia a seguir num mercado cada vez mais globalizado
deverá ser a de “fazer melhor e mais barato, porque cada vez mais
o consumidor quer ter o melhor produto pelo preço mais baixo”,
revela.
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REPORTAGEM
Concorrência impõe novas exigências
José Neiva Correia
A DFJ Vinhos tem 35 marcas no mercado, envolvendo 73
vinhos diferentes. Uma diversidade que pretende ir ao encontro
de um dos principais objectivos da empresa: “ocupar nichos de
mercado, produzindo vinhos para cada tipo de consumidor”.
Produzir vinhos de qualidade
O Ribatejo é a segunda região mais competitiva a nível internacional e José Neiva acredita que a fusão de regiões vitivinícolas,
prevista para este ano, “será muito vantajosa, sobretudo para nós,
que vamos passar a adoptar a designação de Lisboa”. O empresário,
que passa “quase mais tempo” no estrangeiro que em Portugal,
defende que “é imperioso estarmos conscientes de que não há espaço
para tanta empresa de vinhos”. A criatividade e o empenho são
duas palavras-chave que José Neiva impõe quando fala da DFJ
Vinhos, assim como “conhecer todos os cantos da nossa aldeia, os
seus hábitos, gostos e capacidade f inanceira”.
Enfrentar as dificuldades do mercado global implica também
produzir vinhos que sejam fáceis de consumir. “Quando faço
um vinho, faço-o de forma a que o consumidor o entenda, porque
ele não é um especialista, e como tal, esse vinho tem que ter uma cor
bonita, um aroma a fruto e alguma madeira. No fundo, ser suave e
ter persistência”, explicou José Neiva.
A par das qualidades do néctar, a imagem da garrafa é outro
dos factores determinantes. “Sai caro produzir uma garrafa
bonita e elegante, com uma rotulagem irrepreensível e apelativa,
mas compensa”, acrescentou.
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A forte concorrência dos mercados leva a DFJ Vinhos a ter
pessoas do sector comercial “a correr o mundo inteiro” a promover
os seus vinhos, porque hoje “não basta ir apenas às feiras, como
acontecia há bem pouco tempo”, constata José Neiva, que admite
“não ter inventado nada”, limitando-se apenas a observar o que
os outros fazem.
O facto da DFJ Vinhos não ter área de vinha, recorrendo à
compra das uvas dos pequenos e médios vitivinicultores para
produzir os seus vinhos, coloca-a numa posição mais confortável em relação a outras empresas do sector porque adquire a
quantidade de frutos consoante as perspectivas de venda.
Por ser também produtor, juntamente com os irmãos, José Neiva
está consciente das dificuldades dos pequenos vitivinicultores,
“que se confrontam com a subida do preço dos equipamentos e dos
combustíveis e com a descida progressiva do preço dos vinhos”.
Mas, apesar do panorama não o ser o mais favorável, José Neiva
defende que “é necessário encarar o sector de outra forma, porque
o concelho do Cartaxo pode produzir vinhos apreciados com agrado
em qualquer país do mundo”. O segredo está em “prepará-los para
corresponder ao gosto de cada consumidor”.
XIX Festa do Vinho
O vinho em festa
A Festa do Vinho nasceu há 19 anos no Cartaxo. De cariz
mais popular, tem como grandes objectivos a preservação da
identidade histórica e cultural do concelhoe das suas oito
freguesias, promover o Cartaxo enquanto Capital do Vinho,
promover o vinho de qualidade produzido pelos vitivinicultores
do concelho, bem como promover a gastronomia tradicional.
Tudo isto aliado ao objectivo de captar a atenção de públicos
vindos de fora do concelho, nomeadamente de toda a região
de Lisboa. O evento contou, este ano, com algumas novidades, como o alargamento do período em que decorreu, que
permitiu a integração da prova de atletismo “Grande Prémio
Rui Silva” e das comemorações do Dia da Liberdade no seu
programa. Outra das novidades foi o lançamento das I Jornadas
Gastronómicas, subordinadas ao tema “O Vinho na Cozinha
e na Mesa”.Esta iniciativa enogastronómica visou recuperar
receitas confeccionadas com vinho, bem como o aparecimento
de novas propostas. Os restaurantes, que aderiram ao desafio
da autarquia, apresentaram, de 28 de Abril a 27 de Maio, aos
fins-de-semana, como complemento à sua ementa habitual
algumas propostas de pratos cuja confecção inclua o vinho.
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O concelho do Cartaxo é conhecido pela sua tradição vinícola.
De acordo com os dados de 1999, é o segundo maior produtor
de vinho da Lezíria do Tejo (149.299 hl), o maior produtor de
VQPRD tinto (7.083 hl), o terceiro maior produtor de VQPRD
branco (7.083 hl) e o maior produtor de vinho regional (69.582
hl). Também no sector da restauração, o consumo de vinhos do
Ribatejo aumentou. Por outro lado, em competições com outras
regiões, de segmentos mais elevados em termos de preços e a
Adega Cooperativa do Cartaxo e a DFJ têm vencido concursos
nacionais de vinhos tintos e brancos.
O desenvolvimento do concelho esteve, desde sempre, ligado
à cultura da vinha e à produção de vinhos, pelo que, em 2002
lançou-se “Cartaxo - Capital do Vinho”, um projecto cujo
objectivo principal é, segundo Paulo Caldas, “salvaguardar a
identidade natural do concelho”.
O vinho é, cada vez mais, um produto que se pretende associar
à qualidade da oferta gastronómica. O Cartaxo pretende
colocar-se, naturalmente, nesta categoria. Ligado, não só
à promoção do vinho, mas também à tradição, qualidade
de vida e turismo, actividade económica e emprego, o
“Cartaxo - Capital do Vinho” pretende ser uma marca onde
o vinho é a ligação entre a tradição e a modernidade que se
pretende para este concelho.
VII Grande Prémio Atletismo Rui Silva
O queniano Festus Langat venceu a 7.ª edição do Grande Prémio
de Atletismo Rui Silva, com 29,45 minutos. Youssef El Kalay,
do SL Benfica, cortou a meta em segundo lugar com o tempo
de 29, 52 minutos, seguido de José Maduro, Maratona CP, com
29, 58 minutos. A prova feminina foi ganha pela atleta individual Alina Ivanova (33,24 min.), seguida por Sharon Charop,
também individual (33,44 min.) e Marisa Barros, SC Braga
(34,00 min.). A prova, organizada pela Câmara Municipal do
Cartaxo, é já um grande evento desportivo, integrado no calendário nacional da Federação Portuguesa de Atletismo, marcado
pela presença de atletas profissionais de renome e pela grande
afluência de público. A competição integrou a programação da
XIX Festa do Vinho e cumpriu o objectivo de reforçar o valor
cultural e social da prática desportiva, promovendo a modalidade junto da população, sobretudo, dos mais jovens.
Associação de Municípios Portugueses do Vinho
O Museu Rural e do Vinho foi palco da assinatura da escritura
que constitui a Associação de Municípios Portugueses do
Vinho (AMPV ), no dia 30 de Abril, integrado no programa
da Festa do Vinho 2007. A tomada de posse dos corpos sociais
teve lugar no Centro Cultural Município do Cartaxo. Entre
os principais objectivos da AMPV, segundo José Miguel
Noras, presidente da Assembleia Intermunicipal, destaca-se a
“sensibilização cívica e cada vez mais vigilante” na salvaguarda
da identidade dos territórios onde o vinho assume um papel
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preponderante. Paulo Caldas, que preside à associação em
nome do município do Cartaxo, defendeu que “só actuando
em conjunto se consegue dinamizar o sector e reforçar parcerias
junto das entidades nacionais”. Das 52 autarquias aderentes,
formalizaram o acordo Arruda dos Vinhos, Bombarral, Borba,
Cadaval, Cantanhede, Cartaxo, Gouveia, Lamego, Mealhada,
Moura, Palmela, Peso da Régua, Ponte da Barca, Redondo,
Reguengos de Monsaraz, Tábua, Santa Marta de Penaguião,
Sousel e Vidigueira.
Colóquio “A Reforma
do Sector Vitivinícola e as suas Consequências”
A proposta da Comissão Europeia “Para um sector Vitivinícola
Europeu Sustentável” esteve em discussão, no passado dia 30
de Abril, no Centro Cultural do Cartaxo. O debate contou
com a presença do eurodeputado Luís Capoulas Santos, que
na sua intervenção apresentou os prós e contras de algumas
das medidas da proposta mencionada, especialmente, as que
têm surtido mais controvérsia. Capoulas Santos mostrou-se
preocupado quanto à reforma do sector agrícola, que prevê,
entre outras medidas, financiar o arranque das vinhas, acabar
com o regime da destilação e proibir a produção de vinho
com recurso à sacarose.
António Paiva, membro do Comité das Regiões e presidente
da Câmara Municipal de Tomar, defendeu que, para além do
sector vitivinícola, também “o espaço rural está a ser colocado
em segundo plano”. Para o autarca, a Comissão “deve esclarecer
qual o papel do sector do vinho no espaço rural”.
A comercialização dos vinhos, a abertura aos mercados
externos, a preservação do património vitícola europeu e as
dificuldades enfrentadas pelos pequenos produtores foram
também temáticas abordadas pelos oradores, suscitando uma
conversa dinâmica.
Espectáculos ao vivo
O certame contou com a habitual animação, este ano a
cargo da cantora brasileira Joanna, que subiu ao palco
na noite de 28 de Abril. Com uma carreira de sucesso, a
cantora interpretou músicas do seu novo álbum “Pintura
Intima”, bem como músicas de Amália Rodrigues, Rui
Veloso e João Pedro Pais.
José Cid encheu a noite de domingo, 29 de Abril, com
músicas do seu novo álbum. Considerado um ícone da
música portuguesa, tem sido redescoberto pela nova
geração, a quem dedicou “Rock Rural”, de 1975.
A banda juvenil 4taste animou o penúltimo dia da Festa
do Vinho ao interpretar os grandes êxitos da sua ainda
curta carreira musical.
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CAPITAL DO VINHO
João Maia Abreu, presidente da Viticartaxo
“A qualidade do vinho do
Cartaxo tem melhorado
substancialmente”
A Viticartaxo – Associação de Vitivinicultores da Região do Cartaxo
e de Azambuja foi fundada em 1986. Vocacionada para o apoio
técnico e para a promoção profissional dos seus sócios, esta
associação tem alargado o seu campo de actuação, representando
hoje vitivinicultores de vários pontos da região do Ribatejo. O
presidente João Maia Abreu descreve o panorama do sector no
concelho e aponta alguns dos desafios que se colocam aos produtores locais.
>> Quais os principais objectivos da Viticartaxo?
Esta associação tem como objectivos fundamentais a defesa dos
interesses dos seus sócios, a prestação de assistência técnica,
na vinha e no vinho, e também a formação profissional dos
seus sócios. Neste último campo, a Viticartaxo tem vindo a
promover anualmente vários cursos de formação, no âmbito do
sector da vinha e do vinho.
>> Quantos sócios tem a associação?
Actualmente tem entre 800 a 900 sócios, sendo a grande
maioria da região do Cartaxo e de Azambuja. No entanto,
embora a Viticartaxo tenha começado com os vitivinicultores
destes dois concelhos, o seu campo de actuação tem vindo a
ser alargado, contando actualmente com associados desde
Alenquer até Santarém e, do outro lado do Tejo, desde Samora
Correia até Chamusca e Coruche.
>> E em termos de corpo técnico da Viticartaxo?
Temos três engenheiras a trabalhar connosco na assistência
técnica aos agricultores. Nestes últimos tempos, este apoio
tem-se focalizado mais na protecção e produção integrada em
vinha. A evolução do sector tem sido evidente e a Viticartaxo
tem feito um trabalho muito significativo nesse campo, promovendo também uma formação actualizada dos vitivinicultores,
que têm aderido muito bem às várias mudanças verificadas
nesta área. A provar isso estão os quatro cursos anuais que
organizamos, os quais têm sido muito participados.
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CAPITAL DO VINHO
>> Os vitivinicultores estão sensibilizados para a protecção e produção
integradas?
A sensibilização para essa prática tem corrido bem e representa
também uma das nossas grandes apostas. Os produtores têm
aderido a esse tipo de programas, onde se verifica uma significativa limitação à utilização de produtos químicos, ainda que os
incentivos tenham vindo a diminuir de ano para ano, por força
da diminuição gradual das ajudas inicialmente estabelecidas.
>> A que área de vinha em protecção e produção integradas a Viticartaxo dá
assistência?
Em 2006, demos assistência a uma área de 1410 hectares de
vinha em protecção e produção integradas. Trata-se de uma
área significativa, que vem permitindo à Viticartaxo continuar
a assegurar a sua actividade, uma vez que a prestação de serviços
de assistência técnica e as contribuições dos sócios são as
principais fontes de receita da Associação.
>> Que tipo de dificuldades enfrenta a Associação?
As dificuldades económico-financeiras do país têm repercussões na actividade dos sócios e nós acabamos por receber
também os reflexos dessa crise, como é óbvio. Mas o importante
é não desistir facilmente e tentar descobrir outros caminhos,
sobretudo, ao nível de outras prestações de serviços. Para a
maioria dos sócios, o apoio que damos é fundamental para
a sua actividade, porque representa um conjunto de serviços
que o Estado não consegue prestar de forma tão próxima aos
vitivinicultores.
>> Qual a sua opinião sobre o panorama do sector no concelho?
O panorama é um pouco preocupante, porque o preço do
vinho tem vindo a decrescer para os produtores e isso tem
feito com que muito deles se confrontem com dificuldades.
Existem também muitos vitivinicultores que não têm capacidade de engarrafamento, o que dificulta a sua entrada no
grande comércio dos vinhos. Por outro lado, não se pode
ignorar o abandono de algumas vinhas e o envelhecimento dos
produtores.
>> Que desafios se colocam aos vitivinicultores locais?
Primeiro, é necessário ter a noção de que se vive num mercado
cada vez mais global, onde há uma concorrência muito
grande. Por isso, o comércio dos vinhos tem de ser feito hoje
de uma maneira totalmente diferente daquela que era feita no
passado, porque é difícil fazer dinheiro vendendo o vinho a
granel, como se fazia há muitos anos. Neste campo, é fundamental o incentivo das entidades governamentais, para incrementar uma nova dinâmica a este sector, uma vez que a vinha
e o vinho constituem um dos sectores em que o país pode ser
concorrencial.
>> A qualidade dos vinhos do concelho tem aumentado?
A qualidade do vinho do Cartaxo tem melhorado substancialmente e é preciso dizer também que tem havido um acréscimo de
engarrafadores na nossa zona. Esse número tem contribuído para
que se produzam vinhos de qualidade assinalável e que têm vindo
a entrar nos mercados nacional e internacional.
>> O que pensa do projecto Cartaxo – Capital do Vinho?
A Viticartaxo apoiou este projecto desde a primeira hora e
considero que a Câmara Municipal tem feito um trabalho muito
importante e meritório na área do sector do vinho.
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OLHAR POR DENTRO
Olhar por Dentro
Continuar a proporcionar aos munícipes um melhor conhecimento da organização dos serviços da Câmara
Municipal é o principal objectivo da publicação de mais um espaço denominado “Olhar por Dentro”.
GABINETE DE APOIO PESSOAL AO PRESIDENTE (GAP)
Ao Gabinete de Apoio Pessoal ao Presidente compete prestar
assessoria técnico-administrativa, designadamente nos
domínios do secretariado, da informação e relações públicas.
Pretende fazer a ligação com os órgãos colegiais do município
e as Juntas de Freguesia, assim como, coordenar o sistema
de circuito de documentos a serem levados a despacho do
presidente.
Marcações para atendimento pelo Sr. Presidente:
243700253
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GABINETE DE PLANEAMENTO E CONTROLO (GEPCOM)
O Gabinete de Planeamento e Controlo visa colaborar na
elaboração dos planos de actividades anuais e plurianuais,
respectivos orçamentos e relatórios de actividades; acompanhar,
controlar e avaliar a execução dos planos de actividades e
orçamentos. Propor, à presidência, a adopção de medidas
de reajuste entre o programado e o executado, ou medidas
de alteração das condições que fundamentaram as acções
programadas; acompanhar os processos de transferência de novas
competências para o município, especificamente nos casos que
OLHAR POR DENTRO
possam conduzir a alterações na estrutura dos investimentos
planeados; acompanhar os processos de transferência de
novas competências do município para as freguesias; apreciar
e dar parecer sobre posturas e regulamentos que interfiram
com o processo de desenvolvimento do concelho, propondo
alterações pertinentes; sugerir, à presidência, a adopção de
directrizes e prioridades na definição da política municipal;
acompanhar a evolução global do concelho nos aspectos
demográfico, económico, físico e sócio-cultural; acompanhar,
técnica e administrativamente, os processos de obras em
curso, municipais e intermunicipais, financiadas pelos fundos
comunitários; colaborar em auditorias internas determinadas
pelo executivo ou pela presidência e desempenhar quaisquer
outras actividades que lhe venham a ser solicitadas.
CONTACTO:
Manuel Silva | 243700250 (extensão 381)
GABINETE JURÍDICO
Ao Gabinete Jurídico compete emitir informações e pareceres
que lhe sejam solicitados; colaborar na elaboração de propostas,
normas, regulamentos e posturas; apoiar, juridicamente, os
membros da Câmara em acções judiciais; elaborar textos de
análise e interpretação de normas jurídicas que incidem sobre
a actividade municipal; apoiar o município nas relações com
as outras entidades e desempenhar outras actividades do foro
jurídico, solicitadas pelos membros dos órgãos da autarquia.
CONTACTO:
Maria de Lourdes Sardinha | 243700250 (extensão 375)
NÚCLEO DE INFORMÁTICA
O Núcleo de Informática tem por objectivo, em conjugação
com as respectivas divisões da estrutura e respectivos
serviços, coordenar e acompanhar, do ponto de vista técnico
e informático, todas as áreas de actividade da Câmara, tendo
em vista a desburocratização e simplificação de procedimentos
técnico-administrativos; o controlo e manutenção das soluções
hardware e software a funcionarem em cada serviço municipal,
bem como, projectos municipais de bases de dados, com os
vários projectos de interligação municipal, desenvolvidas por
outras entidades.
CONTACTO:
Patrícia Almeida | 243700250 (extensão 351)
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SERVIÇO MUNICIPAL DE PROTECÇÃO CIVIL
A protecção civil municipal é uma actividade desenvolvida pelas
autarquias locais, pelos cidadãos e por todas as entidades públicas e privadas do município. Este serviço visa prevenir riscos
colectivos inerentes a situações de acidente grave ou catástrofe, atenuar os seus efeitos, assegurar a segurança e protecção
de pessoas e bens. Colabora ainda com o Corpo de Bombeiros
Municipais em caso de incêndio, inundações, desabamentos e outros acidentes O Serviço Municipal de Protecção Civil
tem como principais objectivos socorrer e assistir no território
municipal as pessoas e outros seres vivos em perigo e proteger
bens e valores culturais, ambientais e de elevado interesse público, apoiar a reposição da normalidade da vida das pessoas nas
áreas do município afectadas por acidente grave ou catástrofe.
A actividade da protecção civil municipal pode ser exercida
para além do território municipal, em cooperação com outros municípios portugueses e outras entidades de diferente
âmbito territorial.
CONTACTO:
Carlos Cláudio | 243700288
SERVIÇO HIGIO-SANITÁRIO
Ao gabinete higio-sanitário compete emitir pareceres no âmbito
da saúde pública, como por exemplo, no caso de queixas sobre
pessoas que possuem grande número de animais. Nestes casos o
veterinário do gabinete, desloca-se para verificar as condições de
espaço e de higiene existentes. O serviço tem ainda como funções, supervisionar supermercados e superfícies comerciais em termos de condições de higiene e dos alimentos comercializados. Ao
veterinário compete também emitir pareceres sobre a instalação
de qualquer organismo relacionado com animais (clínicas veterinárias, lojas), bem como a deslocação às freguesias para efeitos de
vacinação animal. Presentemente o Serviço Higio-Sanitário, conjuntamente com outras entidades, desenvolve acções de prevenção
da Gripe das Aves. Este Serviço procede à recolha de aves, em
parceria com a GNR e, depois de cumpridos os procedimentos
adequados de recolha e acondicionamento dos cadáveres de aves,
efectua a sua entrega no Laboratório Nacional de Investigação
Veterinária. Todos os detentores de aves obrigatoriamente devem
proceder à declaração da respectiva existência à Junta de Freguesia
da área de residência ou ao veterinário municipal.
CONTACTO:
Luis Alves (veterinário) | 243703047
DOSSIER
museu ruralnºe1 do vinho
Sala de visitas da região
Ao longo da história, o vinho apresenta-se como
elemento responsável por um vasto número de
atitudes e de acontecimentos sociais, culturais,
técnicos e económicos. Neste domínio a museologia oferece um grande contributo para divulgar
estes conceitos e respectivos conteúdos.
O Museu Rural e do Vinho do Concelho do Cartaxo,
instalado numa antiga quinta vitivinícola adquirida
e restaurada pelo Município para instalar um
espaço museológico, funciona como centro de
estudos de memórias da cultura do vinho e da
sua divulgação através de uma narrativa museológica inserida no contexto rural onde a produção
do vinho foi dominante e criou uma imagem de
marca, nacional e internacional.
DOSSIER
museu rural e do vinho
nº 1
A partir da investigação sobre a história local
e regional, nomeadamente no que respeita à
vitivinicultura, e de uma importante colecção de
objectos agrícolas constituída por compra, oferta
e empréstimo dos agricultores do concelho do
Cartaxo, foi possível organizar um programa
museológico e criar um percurso expositivo em
vários espaços da Quinta das Pratas, no início
dos anos oitenta do século passado.
Neste Museu o património cultural vitivinícola
é encarado numa perspectiva multidisciplinar
e transversal onde se estudam e expõem as
diferentes manifestações culturais relacionadas
com a vinha e o vinho: desde as geológicas,
botânicas, químicas, técnicas e tecnológicas
atéàs antropológicas, gastronómicas, artísticas,
literárias, entre outras. Promove-se, assim, a
investigação sobre patrimónios e memórias da
vinha e do vinho: os saberes fazer (tanoeiros), as
alfaias agrícolas, as festas (adiafa), os rituais, as
canções, os adágios, o traje, as manifestações
artísticas e literárias. No seu percurso expositivo
apresenta uma síntese do património cultural
(tangível e intangível) da vinha e do vinho do
território da região através de vários objectos,
elementos iconográficos e textos.
O Museu Rural e do Vinho do Concelho do
Cartaxo funciona, ao mesmo tempo, como sala
de visitas e ponto de partida para a descoberta
do território vitivinícola: desde o património
cultural com os seus monumentos rurais, nomeadamente as adegas, as casas e quintas agrícolas até ao património natural com diferentes
paisagens (a geometria e as cores das vinhas
que mudam segundo a época do ano, os touros e
cavalos, duas figuras típicas que se misturam na
paisagem vinhateira da zona do Campo).
É um Museu participativo que envolve os agentes
económicos associados à produção e à comercialização do vinho, bem como às outras actividades que se encontram a montante e a jusante.
Na sua missão existe também como alvo cativar
os públicos, desenvolver o turismo e a economia
local e regional, de modo a que os visitantes
venham ao concelho do Cartaxo e à região para
conhecer o património cultural, passear, saborear
a gastronomia e comprar produtos locais.
Este tipo de equipamento cultural funciona,
assim, como uma âncora para as actividades
económicas e para o desenvolvimento do turismo
cultural.
António Nabais
DOSSIER
ambiente
nº 1
Compostagem
podendo ser adquirido numa loja de jardinagem
ou ser construído. Idealmente, o compostor
deverá ter a dimensão de 1m3, várias aberturas
para a entrada de ar e uma tampa para evitar as
agressões climatéricas e controlar a humidade.
O compostor não tem fundo, está assente directamente no solo permitindo a entrada de decompositores e a saída de lixiviados. É ainda aconselhável que esteja envolto numa rede para impedir
o acesso de roedores. Existem vários modelos,
um exemplo, que se poderá construir facilmente
em casa, é o seguinte:
A compostagem doméstica é um processo que
permite a natural degradação dos resíduos orgânicos que são produzidos nas nossas cozinhas e
jardins. Podemos destinar muitos destes resíduos
ao processo de compostagem com a vantagem
de se obter ainda um adubo rico em nutrientes,
o composto, que se poderá utilizadar num jardim
ou horta familiar. Para promover a compostagem
apenas necessitamos de ter uma pequena área
de terreno livre e um compostor.
Relativamente ao primeiro elemento, a habitação
no concelho do Cartaxo muitas vezes contempla já
o privilégio de ter um pequeno quintal. O segundo
elemento necessário, o compostor, é o recipiente
onde se colocarão os resíduos. Deverá ter uma
estrutura robusta (de madeira, metal ou plástico),
Como se referiu, a compostagem destina-se
apenas a compostos orgânicos biodegradáveis,
resíduos como plástico, papel, vidro, etc., nunca
poderão ser colocados no compostor mas
sim num Ecoponto. Para que o processo de
compostagem ocorra nas melhores condições
DOSSIER
ambiente
nº 1
deverão ainda ser evitados os resíduos
especificados na caixa 1.
Entre os resíduos que poderão ser colocados no
compostor, é importante fazer a distinção entre
os chamados Resíduos Verdes e os Resíduos
Castanhos. Esta distinção tem a ver com a
proporção de azoto/carbono e com o teor de
humidade. A pilha dos resíduos deverá alternar
camadas de 10 a 20 cm destas duas classes
de resíduos. Como exemplos temos os resíduos
especificados na caixa 2. Na base da pilha de
resíduos deverá ser colocada uma camada de
ramos grossos para assegurar a circulação de ar
(factor importante para o desenvolvimento dos
microorganismos necessários à compostagem).
Posteriormente, a primeira camada deverá ser de
Resíduos Castanhos e alguma terra, seguindose camadas alternadas de Resíduos Verdes e
Resíduos Castanhos, como se referiu.
No acompanhamento do processo de compostagem é importante verificar regularmente a
humidade do composto. Para tal, poder-se-á
recorrer ao seguinte teste: se apertar o composto
e caírem algumas gotas será porque este tem
humidade a mais, se a sua mão ficar totalmente
seca, significa que o teor de humidade é insuficiente e deverá adicionar alguma água. O ideal
será que ao apertar o composto as suas mãos
fiquem ligeiramente húmidas. Normalmente
são necessários alguns meses até à obtenção
do composto, poderá obtê-lo mais rapidamente
remexendo regularmente a pilha de compostagem. Caso tenha questões ou dúvidas relativamente ao procedimento da compostagem poderá
contactar a Divisão de Ambiente e Serviços
Urbanos da Câmara Municipal do Cartaxo.
Luis Gaspar
CAIXA 1
CAIXA 2
colocar no compostor
Não colocar no compostor
• Carne, peixe ou ossos
• Ovos, lacticínios e gorduras
• Ervas daninhas com sementes
• Folhas de pinheiro ou eucalipto
• Excrementos de animais
• Cascas de frutos secos
• Plantas doentes
• Madeiras tratadas com produtos químicos
• Plantas tratadas com herbicidas
• Ramos grandes
• Cortiça
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Resíduos castanhos
Legumes
Hortaliças
Restos e cascas de frutos
Cascas de frutos secos
Borras de café
Restos de pão
Massa
Cascas de ovos esmagadas
Cereais
Restos de comida cozinhada (excepto as que se
referiram anteriormente)
Resíduos verdes
Feno
Palha
Aparas de madeira e serradura
Aparas de relva e erva seca
Folhas secas
Ramos pequenos
Pequenas quantidades de cinzas de madeira
DOSSIER
desporto
nº 1
O Desporto
“não acrescenta anos à vida, mas vida aos anos”
Nos dias que correm é indiscutível o contributo
da actividade física regular no bem-estar físico,
psíquico e social, e da criação de hábitos
desportivos e de um estilo de vida saudável
e activo.
O exercício físico regular, bem como o desenvolvimento de atitudes positivas decorrentes
de uma prática desportiva são tidos como das
principais componentes preventivos da saúde.
Para a criança, a actividade física é um meio
de se libertar de algumas pressões (disciplina
escolar, obediência, agressividade natural).
A prática regular de exercício físico estimula
o crescimento e permite o desenvolvimento
DOSSIER
desporto
nº 1
harmonioso da musculatura e das principais
funções vitais: cardíaca, vascular e pulmonar.
O organismo utilizará melhor a alimentação e
a relação gasto/consumo prevenindo assim
o risco de obesidade e problemas a ela associados.
Um jovem desportista nunca se deve limitar a
uma só disciplina física, porque as crianças e
os adolescentes, na sua maioria, estão ainda
á procura da sua personalidade e dos seus
gostos. Com o desporto, o jovem aprenderá a
dominar, livremente, o seu instinto de poder, a
aceitar a supremacia dos outros, a integrar-se
num colectivo, sabendo, ao mesmo tempo, que
o desfecho de qualquer actividade poderá ser
diferente da próxima vez. O desporto é para
os jovens uma excelente forma de adquirirem
a plenitude das suas capacidades físicas e dá‑lhes, também, o sentimento de participação
social.
Tal como para os adultos, a prática de um
desporto deve ser um prazer e nunca um
constrangimento.
Quanto às pessoas idosas, é preciso continuar
com a actividade desportiva moderada. Fazer
exercício três vezes por semana, durante meia
hora, já é bastante positivo, convém praticá-lo
em grupo, para lutar contra o isolamento, que,
muitas vezes está ligado ao sedentarismo.
Este é o responsável, não apenas pela rápida
degradação física, mas também pela perda
progressiva das faculdades de adaptação a
novas situações.
Atenção: Consulte regularmente o seu médico,
comece devagar e avance gradualmente. A
prática de um desporto “ não acrescenta anos à
vida, mas vida aos anos”.
Gabinete de Desporto
da Câmara Municipal do Cartaxo
DOSSIER
gastronomianº 1
Magusto
Feijoada de Caracoletas
Receita antiga, tradicional, simples e pouco
dispendiosa, fazia parte do almoço dos
camponeses durante a semana de trabalho.
Normalmente era confeccionada na rua numa
fogueira.
Reza a tradição que esta receita era confeccionada
antigamente pelos homens e mulheres do povo de
poucos recursos, em substituição da carne que
estes não poderiam comprar.
Ingredientes:
• 5 couves portuguesas
• 2,5 dl de azeite
• 8 alhos
• 1 pão de milho e 4 bolas
• Sal
• 3 postas de bacalhau
Modo de preparação:
Migam-se as couves e cozem-se, quando
estiverem cozidas escorrem-se. O pão já
previamente colocado no molho, esfarela-se com
as mãos, juntando-se de seguida as couves, o
azeite, bastante alho picado e sal, voltando ao
lume e deixa-se ferver para acabar o magusto.
O bacalhau assa-se, de preferência em lume de
lenha ou carvão para ficar mais gostoso, levando,
depois, bastante alho picado e azeite.
Ingredientes:
• Cebola
• Azeite
• Tomate
• Pimento
• Salsa
• Cravinho
• Pimentão
• Noz moscada
• Caracoletas
• Feijão
Modo de preparação:
Lava-se muito bem as caracoletas, cozem-se
e tiram-se as cascas. Faz-se um refogado com
cebola e azeite, junta-se o tomate, o pimento, a
salsa, o cravinho, o pimentão e a noz moscada.
Por fim junta-se as caracoletas (já sem casca) e o
feijão e deixa-se apurar.
DOSSIER
gastronomia
nº 1
Açorda de Sável
Cabidela de Galinha
A açorda de sável é um prato tradicional da região
do Ribatejo, muito em particular, por motivos
óbvios, das zonas ribeirinhas do Rio Tejo.
A tradição gastronómica da região está
directamente relacionada com a agricultura, o que
faz com que esta receita tenha sido e continue a
ser muito utilizada pelas gentes do campo.
Ingredientes:
• 1 kg de pão de trigo
• 1 ramo de coentros
• 1 limão
• 1 cebola
• 1 dente de alho
• 1 folha de louro
• Cabeça, rabo, ovas e 2 postas de sável
• 1 dl de azeite
• Pimenta, louro e sal q.b.
Modo de preparação:
Coloca-se ao lume água temperada com os
coentros, a cebola, o dente de alho picado,a
folha de louro e sal. Quando ferver, coloca-se o
peixe. Corta-se o pão e ensopa-se no caldo do
peixe coado. Desfazem-se as ovas, juntam-se ao
preparado anterior e abre-se um buraco no meio
onde se deita 1 dl de azeite. Mantém-se ao lume
mexendo até a açorda estar cozida. Tempera-se
com sumo de limão e pimenta. Acompanha com
sável bem frito.
Ingredientes:
• 1 galinha
• 1 dl de azeite
• 3 colheres de sopa de vinagre
• 1 cebola
• 2 dentes de alho
• 1 folha de louro
• Arroz
• 1 ramo de Salsa
• Colorau e sal q.b.
Modo de preparação:
Faz-se um refogado com o azeite, a cebola, a
folha de louro e o alho. Depois junta-se a galinha,
sal, salsa e colorau. Entretanto aquece-se água.
Quando a galinha estiver cozida, junta-se o
sangue, acrescenta-se a água e deixa-se ferver
mais um pouco. Finalmente junta-se o arroz,
deixando cozer um pouco, e vinagre a gosto.
DOSSIER
ordenamento
nº 1
Instrumentos de gestão e ordenamento do território
O Plano Nacional da Política de Ordenamento
do Território (PNPOT) estabelece as opções
para a organização do território nacional, tendo
em conta o sistema urbano, as infra-estruturas
e os equipamentos, bem como as áreas de
interesse agrícola, ambiental e patrimonial,
em termos nacionais. Consolida o quadro de
referência a considerar na elaboração dos
demais instrumentos de gestão territorial.
Os Planos Sectoriais (PS) programam ou
concretizam as politicas de desenvolvimento
económico e social num espaço específico,
com incidência territorial, nos domínios dos
transportes, comunicações, energia e recursos
geológicos, educação e formação, cultura,
saúde, habitação, turismo, agricultura, comércio,
indústria, florestas e do ambiente.
Os Planos Especiais de Ordenamento do
Território (PEOT) visam a salvaguarda de
recursos e valores naturais, assegurando a
permanência dos sistemas indispensáveis à
utilização sustentável do território. Os PEOT
podem ter as seguintes tipologias:
a. Plano de Ordenamento de Albufeiras e Águas Públicas
Define os princípios e regras de utilização
das águas públicas e da ocupação, uso
e transformação do solo nas zonas de
protecção das albufeiras classificadas;
b. Plano de Ordenamento das Áreas Protegidas
Regulamenta e promove a gestão racional
dos recursos naturais e a valorização do
património natural e construído;
c. Plano de Ordenamento da Orla Costeira
Define os condicionamentos, vocações,
uso e localização de infra-estruturas
de apoio na orla costeira e orienta o
desenvolvimento de actividades conexas;
d. Plano de Ordenamento do Parque Arqueológico
Estabelece os regimes de património
arqueológico.
Os Planos Regionais de Ordenamento do
Território (PROT) estabelecem, de acordo com
as directrizes definidas a nível nacional, as
orientações para o ordenamento do território
regional e definem as redes regionais de
transportes e infra-estruturas que constituem
o quadro de referência para a elaboração
dos planos municipais de ordenamento de
território. O Cartaxo é um dos 33 municípios
que compõem o plano regional de ordenamento
do território do oeste e vale do Tejo (PROT-OVT)
que se encontra em fase de elaboração.
DOSSIER
ordenamento
Os Planos Intermunicipais de Ordenamento
do Território (PIOT) são instrumentos de
elaboração facultativa que promovem a
articulação entre áreas territoriais que, pela sua
interdependência, necessitam de coordenação
integrada. Abrangem a totalidade ou parte das
áreas territoriais pertencentes a dois concelhos
vizinhos.
Os Planos Municipais de Ordenamento do
Território (PMOT), da responsabilidade das
autarquias locais, estabelecem o regime de
uso do solo, definindo modelos de ocupação
humana e organização de redes e sistemas
urbanos. OS PMOT compreendem:
a. Plano Director Municipal (PDM)
Estabelece a estrutura espacial, a
classificação e os parâmetros de ocupação
do solo, e desenvolve a qualificação dos
solos urbano e rural. São de elaboração
obrigatória e devem ser revistos sempre
que as condições socio-económicas e
ambientais se alterem significativamente
ou passados dez anos da entrada em vigor.
No município do Cartaxo, o PDM encontra‑se em fase de revisão. Foi elaborado o
nº 1
Relatório de Situação, que aguada parecer
da Comissão Mista de Coordenação, e
contém a caracterização do município, as
opções de desenvolvimento e perspectivas
de ordenamento.
b. Plano de Urbanização (PU)
Define a organização espacial de parte
determinada do território municipal
incluída em perímetros urbanos.
c. Plano de Pormenor (PP)
Define, com detalhe, a ocupação do
território municipal e serve de base
aos projectos de execução das infraestruturas, da arquitectura dos edifícios e
dos espaços exteriores.
No concelho do Cartaxo acabou, a 14 de
Junho, a fase de discussão pública o Plano
de Pormenor do Parque de Negócios do Casal
Branco, na freguesia de Pontével. O término
da fase de discussão pública implica a
realização de uma sessão para apresentação e
discussão do referido plano que será divulgada
na comunicação social atempadamente. O
documento encontrar-se disponível para consulta
pública, no seu devido tempo, na Divisão de
Planeamento e Administração Urbanística deste
município, todos os dias úteis durante o horário
de expediente.
DOSSIER
fotografia
nº 1
Fotografia digital – que modelo escolher?
Sendo já aceite como uma realidade dos nossos
tempos, a fotografia digital ainda está rodeada
de dúvidas. Ao analisar as todas as novidades
que apareceram no mercado apenas nos
últimos meses, ficaríamos surpreendidos com
os números verdadeiramente incríveis. Portanto,
há que planear a compra de uma nova máquina
de acordo com as reais necessidades, que nos
permita fazer as imagens que desejamos.
O êxito dessa decisão está na postura mais
realista possível da sua avaliação, quanto ao tipo
de fotografia que se pretende fazer: fotografar os
familiares e amigos, fotos das férias, natureza,
desporto, arquitectura, fotografia para imprensa,
etc.
Nesta primeira abordagem ao tema vamos
dedicar-nos aos que pretendem fazer fotografia
dos familiares e amigos, passando pelas férias,
que estão à porta.
DOSSIER
fotografia
nº 1
Que diferenças existem entre os vários tipos de
máquinas?
Existem compactas digitais de foco fixo, ou
seja, com lente fixa sem objectiva, e compactas
digitais com objectiva. Estas últimas são muito
mais aconselhadas, pelo facto de se conseguir,
com a mesma máquina, tirar fotos na sua sala,
por exemplo, com todos os elementos da família
e, do mesmo local, fazer um zoom e conseguir
apanhar isolado um qualquer elemento do outro
lado da sala. As distâncias focais das lentes são
vistas em milímetros (mm) e quanto menor for o
número, maior é o ângulo que consegue ver.
Que máquina devo comprar, já que tenho uma
Compacta de Rolo (Compacta Analógica) e quero
passar para o Digital?
Se pretender o mesmo tipo de utilização, o mais
indicado é a Compacta Digital, que opera basicamente da mesma maneira e que lhe poderá dar
prestações equivalentes à sua antiga máquina.
Qual o número de Mega Pixeis (MP) que a máquina
deverá ter?
Temos que ter em atenção que quanto maior
for o número de MP da nossa máquina, maior
é a ampliação que podemos fazer, mas reveja
as suas necessidades e repare que nos últimos
anos poucas foram as grandes ampliações que
efectuou, por norma fez o Formato 10x15 cm e o
15x20 cm. Se assim foi, uma máquina que tenha
entre os 4 MP e os 6 MP poderá ser o suficiente
para si.
Que marca deverei comprar?
Em relação à marca que deve comprar, as poucas
diferenças que existem prendem-se com o tipo
de assistência prestada por cada uma.
Se as suas pretensões forem a fotografia criativa,
se quiser aprender fotografia ou quiser fazer
ampliações maiores a recomendação vai para
que considere as compactas mais avançadas ou
as Reflex Digitais.
Estamos abertos a sugestões. As opiniões e
comentários serão respondidos com a brevidade
possível.
Vitor Neno
[email protected] / www.nenopress.com
DOSSIER
protecção civil
nº 1 e bombeiros
Cuidados a ter com as ondas de calor
Para o corrente ano estão previstas seis ondas
de calor para o território continental, fenómeno
que requer alguns cuidados com a saúde,
nomeadamente para os grupos de maior risco,
principalmente para as crianças nos primeiros
anos de vida, e os idosos. As ondas de calor
caracterizam-se por temperaturas máximas
superiores à média das temperaturas máximas
registadas para um determinado período,
prolongando-se por vários dias.
Saiba quais os riscos do calor, como proteger-se e
os sintomas aos quais deve dar especial atenção
em caso de exposição prolongada ao calor.
Quais os riscos do Calor?
A exposição a calor intenso é uma agressão para
o organismo, podendo conduzir à desidratação,
ou agravamento de doenças crónicas, a um
esgotamento ou um golpe de calor.
Deve ter em atenção certos sintomas associados
a um esgotamento por calor, tais como cãibras
musculares, cansaço, fraqueza, desmaio, náuseas
e vómitos, respiração rápida e superficial, grande
transpiração, palidez, pele fria e húmida, pulso
fraco e rápido e dor de cabeça.
O RISCO MAIS GRAVE
O golpe de calor é a situação mais grave e
pode provocar danos irreversíveis à saúde
e até levar à morte.
Os principais sintomas são febre alta, dores
de cabeça, tonturas, pulso rápido e forte,
náuseas, confusão, perda de consciência,
contracções musculares e pele vermelha,
quente e seca, sem suor.
São mais vulneráveis ao calor:
• Crianças nos primeiros anos de vida
• Idosos
• Portadores de doenças crónicas
(Cardiovasculares, respiratórias, renais, diabetes
e alcoolismo)
• Obesos
• Acamados
• Pessoas com problemas de saúde mental
• Pessoas que tomam medicamentos, tais como,
anti-hipertensores, antiarrítmicos, diuréticos,
antidepressivos, neurolépticos, entre outros
DOSSIER
protecção civil e bombeiros
Proteja-se do Sol e do calor
• Evite a exposição directa ao Sol, em especial,
entre as 11 e as 16 horas
• Na praia, mesmo debaixo do chapéu-de-sol não
está protegido. A água do mar também reflecte
os raios solares podendo provocar queimaduras
solares
• Sempre que se expuser ao Sol ou andar ao ar
livre, use protector solar
• Use chapéu e óculos escuros (especialmente
para pessoas de pele clara). Proteja a cabeça
das crianças com chapes de abas
• Use roupa solta, de preferência de algodão e
de cores claras
• Evite que os idosos vistam de negro ou usem
fibras sintéticas ou lã, porque aumentam a
transpiração
• Nos dias de grande calor, os bebés e os idosos
não deverão ir à praia
• Diminua os esforços físicos e repouse
frequentemente em locais à sombra, frescos e
arejados
• Em ambientes quentes, evite actividades que
exijam muito esforço físico, nomeadamente
alguns desportos
Beba e faça uma alimentação equilibrada
• Aumente a ingestão de água ou de sumos de
fruta natural, sem açúcar, mesmo sem ter sede
• Incentive os idosos a beberem, pelo menos,
mais um litro de água do que é habitual
• Evite bebidas alcoólicas (para além da
desidratação são rapidamente absorvidas pelo
organismo, levando facilmente a estados de
embriaguês), gaseificadas, com cafeína ou com
açúcar, porque podem provocar desidratação
• Faça refeições ligeiras, com pouca gordura e
condimentos
• Coma em poucas quantidades, várias vezes
ao dia
nº 1
OS RECÉM-NASCIDOS, AS CRIANÇAS, AS PESSOAS
IDOSAS A AS PESSOAS DOENTES PODEM NÃO
SENTIR SEDE. OFEREÇA-LHES ÁGUA!
Refresque-se
• Permaneça 2 a 3 horas por dia num ambiente
fresco. Se isso não for possível em sua casa,
visite centros comerciais, museus, cinemas ou
outros locais com ar condicionado
• No período de maior calor tomar um banho
de água tépida. Evite, no entanto, mudanças
bruscas de temperatura
Em casa
• Evite que o calor entre. Corra as persianas ou
portadas e mantenha o ar a circular
• Abra as janelas durante a noite para que o ar
circule e a casa arrefeça
• Use menos roupa na cama, sobretudo, dos
bebés e doentes acamados
Em viagem
• Se o carro não tiver ar condicionado não feche
completamente as janelas
• Leve água ou sumos sem açúcar
• Sempre que possível viaje de noite
• Evite percursos longos
• Evite a permanência em viaturas expostas ao
Sol, em especial, de crianças, doentes ou idosos.
• Proteja-se do sol, cobrindo as janelas do
veículo com telas apropriadas para não dificultar
a condução
• Se transportar animais domésticos dê-lhes
água e não os deixe fechados
Não hesite em pedir ajuda a um familiar ou vizinho no
caso de se sentir mal com o calor.
Informe-se periodicamente sobre o estado de saúde
das pessoas isoladas, idosas ou com dependência
que vivam perto de si e ajude-as a protegerem-se
do calor.
VIDA ASSOCIATIVA
III Festével
A festa do teatro amador em Pontével
Pelo terceiro ano consecutivo, o Festével – Festival de Teatro
de Amadores do Concelho do Cartaxo promoveu, durante um
mês, as artes de representar em palco e a qualidade do trabalho
desenvolvido por várias companhias de teatro nacionais.
Entre 5 de Maio e 2 de Junho subiram ao palco do Auditório
Luís Eugénio Filipe, em Pontével, quatro grupos, que levaram
à cena seis peças. A Contacto – Companhia de Teatro Água
Corrente, de Ovar, apresentou “A Lição” e “A Lanterna
Mágica”, o Teatro Experimental de Lagos veio a Pontével
com “Cabaret – Café Teatro”, o Teatro Passagem de Nível,
da Amadora, trabalhou os textos de Paulo Ferreira e encenou
“(N)a tua ausência”, e o Grupo Cénico da Casa do Povo de
Pontével exibiu as peças “A birra do morto” e, a encerrar, “Um
episódio da guerra”, do dramaturgo Marcelino Mesquita,
natural do concelho do Cartaxo.
Organizado pelo Grupo Cénico da Casa do Povo de Pontével,
este festival tem como principal objectivo valorizar a vertente
lúdica e cultural, associada às mais diversas abordagens do
quotidiano e do imaginário. A presença de um público significativo nos diferentes espectáculos e a variedade de temáticas
abordadas neste evento foram dois dos factores destacados pela
organização, que fez um balanço positivo da iniciativa.
Recordar Marcelino Mesquita
Em sinal de homenagem ao dramaturgo Marcelino Mesquita
(1856 – 1919), o Grupo Cénico da Casa do Povo de Pontével
levou à cena uma peça da sua autoria, no último dia do
Festével.
Reconhecido pelo trabalho desenvolvido no âmbito do teatro,
o dramaturgo natural do concelho do Cartaxo conta com uma
extensa obra dramática. “Um episódio da guerra” é drama
45
em um acto, escrito propositadamente para ser representado
numa récita de beneficência, realizada no Pinhal de Azambuja,
durante a 1ª Grande Guerra Mundial (1914 – 1918).
Em ano de comemorações do 150º aniversário do nascimento
de Marcelino Mesquita, o Grupo Cénico da Casa do Povo
de Pontével decidiu estrear esta peça, que será apresentada
também no Centro Cultural do Cartaxo, no dia 7 de Julho.
VIDA ASSOCIATIVA
Festival de Folclore
Infantil encanta espectadores
Teve lugar na cidade do
Cartaxo, no dia 27 de Maio, o
Festival de Folclore Infantil.
O evento contou com a
presença de cinco grupos que
desfilaram desde a Junta de
Freguesia até ao jardim da
Câmara Municipal. Após o
cortejo, os ranchos actuaram
para mais de três centenas de
espectadores que assistiram
encantados ao festival.
Para além do Rancho Infantil
do Cartaxo, participaram neste espectáculo o Rancho Infantil
da Casa do Povo de Freixo (Ponte de Lima), o Rancho
Infantil da Casa do Povo de Fátima, o Rancho Infantil de
Argoncilhe (Vila da Feira) e o Rancho Infantil Danças e
Cantares de Alverca.
Concerto pela Banda da Força Aérea
O Auditório Luis Eugénio
Filipe, em Pontével, ficou
com lotação esgotada na
noite de 25 de Maio, por
ocasião do concerto da
Banda de Música da Força
Aérea Portuguesa, que veio
ao concelho do Cartaxo
a convite da Associação
Humanitária da Freguesia
de Pontével.
O espectáculo integrou as comemorações do 10º aniversário da
instituição, que desde o início do ano está a promover
um conjunto de actividades lúdicas e culturais. A Banda,
composta por cerca de uma centena de músicos e dirigida
pelo conceituado Capitão José Serra, interpretou nesta noite
obras de Marcos Romão, Weber, Ruy Coelho, J. Horner,
T. Hoshide, Ferer Ferran, Manfred Schneider, F. Bernaerts
e R. V. Der Velde.
Nova sede da Associação Humanitária de Pontével
A estrutura da nova sede da Associação Humanitária da
Freguesia de Pontével (AHFP) já está implementada,
num terreno contíguo à Unidade de Saúde de Pontével.
A primeira fase das intervenções teve início em Dezembro
de 2006 e terminou no final do primeiro trimestre deste
46
ano, representando um valor de cerca de 50 mil euros.
Além do apoio técnico, a Câmara do Cartaxo atribuiu à instituição um subsídio de 25 mil euros para o arranque da obra e
tem estado a acompanhar com atenção o evoluir dos trabalhos.
Os agentes empresariais e a população do concelho deram
também um contributo importante na concretização desta
fase, disponibilizando materiais e mão-de-obra.
A infra-estrutura, avaliada em cerca de 250 mil euros, representa uma prioridade da autarquia, que está a desenvolver
esforços para a concretizar nos próximos dois anos, uma vez
que se trata de um equipamento social fundamental, não
só para a freguesia de Pontével, como também para todo o
concelho.
A AHFP é uma instituição de solidariedade social, responsável
por serviços de transporte de doentes entre o domicílio e os
organismos prestadores de saúde, cujo trabalho foi reforçado
com a parceria estabelecida, no início deste ano, entre a
instituição, a Câmara do Cartaxo/Bombeiros Municipais e o
Núcleo da Cruz Vermelha Portuguesa do Cartaxo.
VIDA ASSOCIATIVA
Câmara do Cartaxo atribuiu verbas
ao associativismo e também às instituições sociais
As colectividades do concelho foram contempladas, este ano,
com um valor total superior a 1 milhão de euros. Os protocolos
de apoio ao desenvolvimento desportivo e cultural foram aprovados, por unanimidade, pelo executivo da Câmara, no passado
dia 2 de Abril, contemplando as maiores verbas de sempre.
As colectividades desportivas receberam um valor global a
rondar os 613 mil euros e as de âmbito cultural e recreativo um
montante que ascende os 570 mil euros. Apesar das dificuldades económico-financeiras, o associativismo desportivo foi
contemplado com mais 60 mil euros que no ano passado e mais
380 mil euros que em 2005. Da mesma forma, as verbas atribuídas à cultura têm registado um percurso global favorável,
tendo estas colectividades recebido este ano mais 50 mil euros
que em 2006 e mais 220 mil euros que em 2005.
Fundamentais para assegurar a diversidade cultural e a actividade desportiva, sobretudo a formação dos jovens, as verbas
atribuídas pela Câmara do Cartaxo à meia centena de associações e colectividades contempladas com este apoio representam também um contributo para a valorização da dinâmica e
da identidade do município. Os apoios protocolados destinamse a investimentos de manutenção das actividades, desenvolvimento de projectos, construção e beneficiação de instalações e
aquisição de transportes.
Prémios Inatel
Ouriquense vence Taça do Ribatejo
Os Centros de Cultura
e Desporto das regiões Centro
e Sul, filiados no Inatel, receberam, no passado dia 18 de
Fevereiro, os apoios anuais
para trajes e instrumentos
musicais, numa cerimónia
realizada no Centro Cultural
Município do Cartaxo, organizada pela delegação do
Inatel de Santarém.
A iniciativa esteve integrada nos Planos Nacionais de Apoio
à Música Amadora, Grupos de Folclore e Teatro Amador,
tendo o concelho do Cartaxo sido contemplado através da
Sociedade Filarmónica Ereirense, do Grupo de Cavaquinhos
da Sociedade Filarmónica Cartaxense e do Rancho Folclórico
da Casa do Povo da Ereira.
O Estrela Futebol Clube
Ouriquense venceu, no dia 12 de
Maio, a final da Taça do Ribatejo,
frente ao União de Santarém,
por 1-0, no Estádio Manuel de
Mello, em Almeirim.
O golo marcado por Tocha, aos
36 minutos, garantiu à equipa de
Vila Chã de Ourique a primeira
Taça do Ribatejo da sua história.
O Ouriquense foi mais forte na primeira parte do jogo e teve
as melhores oportunidades. No segundo tempo, a União de
Santarém entrou mais forte e esteve perto do empate, evitado
por uma grande defesa do guarda-redes Tiago Travessa. O
domínio do jogo por parte do Ouriquense acabou por ser
superior, permitindo à equipa do concelho do Cartaxo
garantir a vantagem até ao final da partida.
47
VIDA ASSOCIATIVA | AGENDA
Associação Cultural e Recreativa de Vale da Pedra
Grupo Columbófilo Valadense
DATA DE FUNDAÇÃO: 30 Agosto 1978
DATA DE FUNDAÇÃO: 25 Setembro 1953
A Associação Cultural e Recreativa de Vale da Pedra pretende
desenvolver a prática desportiva na freguesia junto dos mais
novos.
O Grupo Columbófilo Valadense dedica toda a sua actividade à
prática de provas de competição com pombos correio. As várias
modalidades de competição estão classificadas da seguinte forma:
concorrente geral, velocidade e meio fundo.
Casa do Benfica do Cartaxo
DATA DE FUNDAÇÃO: 26 Setembro 2002
Grupo Columbófilo Vila Chã de Ourique
DATA DE FUNDAÇÃO: 18 Setembro 1974
Sob a égide do Sport Lisboa e Benfica, a Casa do Benfica do
Cartaxo, pretende promover as relações de convívio social,
principalmente as de cariz cultural, desportivo e recreativo, entre
os seus associados.
O Grupo Columbófilo de Vila Chã de Ourique dedica-se à
prática de provas distritais, nacionais e internacionais com pombos
correio.
CCRA – Centro Cultural e Recreativo Amendoeirense
Grupo Desportivo de Pontével
DATA DE FUNDAÇÃO: 18 Junho 1974
DATA DE FUNDAÇÃO: 15 Agosto 1936
Data a designar Apresentação das Actividades de Ginástica
Setembro Baile das Vindimas
Outubro Torneio de Chinquilho
16 de Dezembro Festa de Natal para as Crianças
Setembro Torneio das Vindimas, para equipas séniores
Participação da equipa de Cicloturismo em diversos passeios
organizados por outras colectividades em vários pontos do País
O Centro Cultural e Recreativo Amendoeirense é uma associação
recreativa cujo objectivo é promover a diversão dos seus associados,
através de representações, festas, bailes, jogos lícitos e teatro
amador.
O Grupo Desportivo de Pontével tem como fim promover o
desenvolvimento cultural e a educação física dos seus associados.
O grupo tem perto de 510 sócios que se dividem em contribuintes
(infantis e efectivos) e auxiliares de Mérito, Beneméritos e
Honorários.
Estrela Futebol Clube Ouriquense
Grupo Ornitológico “O Cartaxo”
DATA DE FUNDAÇÃO: 01 Julho 1937
DATA DE FUNDAÇÃO: 10 Julho 1995
Julho Torneio de 20 empresas
Novembro XII ExpoAves Cartaxo 2007
O futebol tem sido a modalidade que mais tem dinamizado o
Estrela Futebol Clube Ouriquense, que conta com a participação
de vários atletas, repartidos por diversas equipas de formação
(escolinhas, infantis, iniciados, juvenis e juniores) e pela equipa
sénior. Actualmente com 405 associados, a colectividade promove
também actividades de cicloturismo e campismo, tendo sido o
atletismo (uma das modalidades extintas) que mais marcou o clube
e que acolheu Rui Silva.
Todos os anos por altura da Feira dos Santos, o Grupo Ornitológico
organiza a já tradicional ExpoAves. O certame conta com apoio
da Câmara Municipal do Cartaxo, Junta de Freguesia do Cartaxo,
Grupo Columbófilo do Cartaxo e do Comércio local. O Grupo
pretende estudar todos os aspectos de vida das aves: acasalamento
e construção do ninho, nascimento, alimentação, a forma como
encontram e digerem a comida, o voo, a navegação, a migração e
a comunicação.
48
VIDA ASSOCIATIVA | AGENDA
Mushing Clube Portugal
Rancho Folclórico da Freguesia da Lapa
DATA DE FUNDAÇÃO: 12 Agosto 1998
DATA DE FUNDAÇÃO: 28 Julho 1984
13 e 14 Outubro Encontro do Mushing Clube Portugal
Novembro Troféu Beja
Novembro Noite de Mushing
Julho Festa comemorativa do aniversário do Rancho
Data a designar Noite de Fados
Passagem de Ano
O Mushing Clube Portugal, é um clube desportivo sem fins
lucrativos. Tem por objectivo desenvolver a modalidade do
Mushing (corrida de cães de trenó) em Portugal. O Mushing
é uma modalidade desportiva com mais de um século, sendo
uma forma de deslocação com ajuda de um ou mais cães, seja
na neve ou em terra.
O Rancho Folclórico da Freguesia da Lapa é uma associação
sem fins lucrativos. Sendo uma associação de carácter cultural,
recreativo, etnográfico e desportivo, pretende defender,
conservar e divulgar a cultura popular portuguesa.
Rancho Folclórico da Casa do Povo de Pontével
DATA DE FUNDAÇÃO: 19 Setembro 1961
Pulsar
DATA DE FUNDAÇÃO: 10 Julho 1996
Dezembro Feira de Velharias e Coleccionismo
Dezembro Viagens à Volta da Nossa Terra
Julho Colóquio de Encerramento das Comemorações dos
150 anos de Marcelino Mesquita
Setembro/Dezembro Exposição sobre a Vida e a Obra de
Marcelino Mesquita
Setembro Recolha e Edição de Espólios Tradicionais para a
posterior edição de livro
Setembro/Novembro Elaboração de um Calendário com um
Monumento Concelhio ou Tema Rural e do Vinho
Relacionando a visão interdisciplinar do saber e do conhecer,
assentou-se na elaboração de um manifesto como ponto de
partida, dado que não havia no panorama do associativismo
do concelho, uma associação com a configuração e os
objectivos da Pulsar, que se propunha trabalhar para
“defender e enriquecer o património local” com todos
os que se dispusessem a reflectir e agir sobre terrenos tão
diversificados, como: a História, Arquitectura, Vertente
Paisagística, Ecologia e a Actividade Artística.
20 Julho Recepção de Grupo Açoreano
Novembro Pontélvinho
Diversas actuações pelo país
Tendo desde início como principal objectivo, a representação da
vivência do povo nos trabalhos agrícolas do concelho.,o grupo
pretende ainda, defender, conservar e divulgar os costumes e
tradições do povo português.
Sport Lisboa e Cartaxo
DATA DE FUNDAÇÃO: 09 Setembro 1935
26 Junho a 2 Julho Futebol 7 (crianças com 11 anos) em
Aveiro
2 a 8 Julho Futebol 7 (crianças com 12 anos) – torneio
internacional
O clube promove a prática de desporto dos seus associados
e proporciona-lhes meios de distracção e cultura. O clube
conta com 1066 sócios, sendo-lhes interditas todas e quaisquer
manifestações de carácter político ou religioso.
MAIS INFORMAÇÕES EM http://www.cm-cartaxo.pt/cartaxo/noticiaseventos/eventos
49
CENTRO CULTURAL
The Doors abrilhantaram peça de teatro no Cartaxo
“Fúria” estreou no passado dia 1 de Junho, no Centro Cultural
Município do Cartaxo. As 300 pessoas, que encheram a sala de
espectáculos, aplaudiram a peça final do curso de expressão
dramática.
O pano sobe e entram em cena os actores de “Fúria”, peça que
tem na música, uma das muitas paixões do autor e encenador
Bruno Schiappa, a sua essência. “Fúria é um espectáculo que
fala sobre o furor de viver, sobre as coisas que nos movem, como
as emoções ou a vontade de participar em muitas coisas, acabando
por se tornar num isolamento com consequências nos mais variados
aspectos, sublinhada sempre pelo desencanto da música dos The
Doors”, explica o autor.
A grande adesão das pessoas foi um dos factores que contribuiu
para o bom funcionamento do curso, que decorre há dois anos,
uma iniciativa do então vereador da Cultura, Pedro Ribeiro.
O curso de expressão dramática teve como base o Método, uma
técnica desenvolvida pelo actor russo Constantin Stanislavsky,
que assenta na questão de ser autêntico para se poder abordar
o real. “Durante todas as sessões, as pessoas eram confrontadas com
episódios do quotidiano, para perceberem como reagem em relação
às diversas situações, de modo a reproduzi-las em determinada
cena. O conjunto de técnicas do método foi o f io condutor de todo o
curso”, conta Bruno Schiappa.
Bruno Schiappa é actor profissional há 15 anos e professor
de Drama há 11 anos, no Chapitô. Interessado pela complexidade humana, não só em termos da sua natureza, mas no que
é ser humano e cidadão numa época de globalização. “Sou um
cidadão que se preocupa com questões de cidadania e com a questão
psicológica do indivíduo inserido numa sociedade organizada
pelo próprio”, refere. É autor, encenador, bailarino, coreógrafo,
produtor, tem formação em sapateado, canto e mímica, mas
não consegue escolher uma das artes, “porque em qualquer uma
das situações tenho sempre de me munir de estados emotivos e o
que mais gosto de fazer é manipular emoções e contar histórias”,
afirma Schiappa.
Centro Cultural do Cartaxo
Dois anos ao serviço da cultura
O Centro Cultural assinalou o seu 2.º aniversário ao som de
música barroca, no dia 9 de Junho. “Músicos do Tejo” foi o
grupo convidado para subir ao palco nesta noite comemorativa,
onde os violinos, cravos, violoncelo e a voz transportaram o
público para uma das épocas mais influentes e importantes da
música ocidental. O espectáculo reuniu músicos reconhecidos
internacionalmente e foi dirigido por Marcos Magalhães, um
dos cravistas com maior currículo em Portugal.
Durante os últimos dois anos, a actividade do Centro Cultural
foi intensa e diversificada, acompanhando as mais diversas áreas
50
artísticas e de intervenção. Entre Junho de 2005 e Junho de 2007,
o Centro Cultural recebeu 365 eventos de 11 nacionalidades,
juntando mais de 45 mil espectadores. Pela sala principal passaram
38 peças de teatro, 34 espectáculos para a infância, 16 produções
de dança, 33 de música, cinco de “stand up comedy”, duas de
novo circo e uma de ópera. Além da apresentação de espectáculos
reconhecidos nacional e internacionalmente, o Centro Cultural
tem representado também a “casa das colectividades”, pela qual
têm vindo a passar os grupos culturais e recreativos do concelho.
A sala de cinema apresentou quase duas centenas de filmes,
CENTRO CULTURAL| ENTREVISTA
>> Como foi trabalhar com David Binney, João Paulo Esteves da Silva e João
Lencastre?
São pessoas com quem trabalho há algum tempo, especialmente,
o João Paulo Silva com que trabalho há mais anos. Gosto imenso
de trabalhar com ele, há muitas afinidades musicais e, embora ele
não seja o pianista deste trabalho em disco, quis experimentar
colocá-lo nesta pequena tournée. O João Lencastre foi a pessoa
que acompanhou este projecto desde o início, uma vez que o
quinteto sofreu algumas transformações. Ouvi o David Binney,
pela primeira vez, no Hot Club, em 2003, e no final do concerto
apresentei-me e convidei-o para tocar no projecto. Esta é já a
quarta vez que vem tocar comigo.
Mário Franco, músico reconhecido na vertente do jazz, vem ao Cartaxo
apresentar o seu último trabalho, acompanhado do saxofonista
norte-americano David Binney e de João Paulo Esteves da Silva e de
João Lencastre. O espectáculo ao ar livre adopta o sugestivo nome de
“Jazz na Relva”.
>> O espectáculo “Jazz na Relva” está marcado para 6 de Julho, no Cartaxo.
O que pode o público esperar para essa noite?
Vou apresentar, essencialmente, o meu trabalho discográfico
“This Life”, de 2006. Uma primeira parte será dedicada a esse CD
e numa segunda parte vou mostrar algum trabalho original.
envolvendo produções que não se inscrevem no circuito
comercial, apreciadas às quartas-feiras, sem pipocas nem
intervalo, e os grandes êxitos que fizeram sucesso no mundo
inteiro, exibidos de quinta a domingo.
De salientar também os serviços educativos, que têm permitido
cruzar a educação com a arte, através da apresentação de peças
para a infância, da promoção do Curso de Expressão Dramática
e de workshops e visitas guiadas, e os “Café Concerto” e as
exposições, que têm contribuído também para a dinamização
do espaço.
51
>> O que pensa sobre este tipo de espectáculos ao ar livre?
Um espectáculo ao ar livre tem a vertente de dar a conhecer
às pessoas a música ao vivo, neste caso o jazz. É, portanto, um
excelente meio de divulgação porque as pessoas que passam,
ouvem, gostam e assistem. Este tipo de iniciativa, normalmente,
tem bons resultados, por vezes depende das condições acústicas
do local, mas o sítio foi bem escolhido, há muito espaço para o
público e para o palco.
>> Trabalhar com músicos igualmente reconhecidos, como David Binney, Mário
Laginha ou Bernardo Sassetti, foi factor de enriquecimento profissional?
Claro que sim. Existe uma certa linha sonora, que vem do tempo
do António Pinto Vargas, que liga estes pianistas, ainda que cada
um tenha o seu próprio estilo. E isso influenciou o meu trabalho,
ao nível da composição, e contribuiu para a música que hoje faço.
CENTRO CULTURAL | ENTREVISTA
No entanto, a pessoa que mais contribuiu para o meu trabalho foi
o meu professor Pedro Rocha, que não está directamente ligado
ao jazz, mas foi uma pessoa importantíssima porque com ele
aprendi outras maneiras de ver a música. Para além de fazermos
um determinado tipo de música, devemos estar sempre atentos
aos outros géneros. O jazz tem muitos caminhos para seguir e se
nos fecharmos num determinado contexto é como estar a fazer
música para nós mesmos.
>> A que se deve a opção pelo contrabaixo?
Eu aprendi canto, piano, por causa da composição, harpa, guitarra,
mas o instrumento com que resolvi ter uma certa continuidade
foi o contrabaixo. Gosto das frequências baixas e apaixonei-me
pelo som. Comecei por tocar baixo eléctrico e só depois aprendi
a tocar contrabaixo, na Academia dos Amadores de Música,
com o Fernando Flores.
>> Como caracteriza a sua forma de estar na música, em particular no jazz?
A música é algo que se faz todos os dias. O músico molda-se
e à medida que o tempo passa vai definindo o seu território.
Para mim, ainda é cedo para estar a dizer isso. É importante
encontrar-me, mas é mais importante fazer experiências que
me vão dar algo a descobrir e que mais tarde posso aplicar na
música que faço. Eu gosto de estar por fora a tentar encontrar
novos caminhos.
>> Imagina-se noutra área musical que não seja o jazz?
Alguns trabalhos que faço fogem um pouco ao jazz. No final
52
do mês de Junho vou fazer um concerto com o Pedro Caldeira
Cabral, com quem tenho uma grande afinidade pelas constantes
buscas que realiza para as suas composições na guitarra portuguesa. Faço também trabalhos, com o João Paulo Silva, ligados
à música clássica. Percorro todo o trajecto desde a música antiga
até aos dias de hoje.
>> O que acha do panorama do jazz em Portugal?
Estão a aparecer excelentes músicos, há muito mais espectáculos
e mais locais onde se pode tocar jazz, que ganham reputação
num curto espaço de tempo, ainda que alguns sejam obrigados a
fechar por falta de apoio. Ainda estamos um pouco habituados
aos mesmos projectos, mas creio que isso esteja a acabar porque
há novos músicos, com projectos sólidos, dispostos a entrar
nos festivais. Portugal está a afirmar-se como país onde se faz
música de qualidade, especialmente no jazz. Há, inclusivamente,
músicos estrangeiros que vêm tocar connosco, por isso encaro o
panorama do jazz de forma positiva.
>> Que novos projectos tem para o futuro?
A minha última tournée partiu do festival de Valado de Frades
ao qual se juntou o festival de jazz de Matosinhos e o Hot Club,
o que significa que há uma boa aceitação e interesse por parte
do público. Por isso vou continuar com este projecto, fazer novas
gravações e quem sabe uma segunda parte do “This Life”. Tenho
ainda um projecto em trio com o Sérgio Plágio que está a ganhar
corpo e certamente seguirá para estúdio quando estiver pronto,
bem como reportório original par o qual preciso algum tempo.
CENTRO CULTURAL | AGENDA
DOMINGO, 1 JULHO, 16h00
O QUEBRA-NOZES E A LOJA DE BRINQUEDOS | dança
Este trabalho é o resultado das coreografias desenvolvidas nas aulas
da Escola de Ballet do Ateneu Artístico Cartaxense, durante o ano
lectivo que agora termina. A primeira parte foi criada a partir da
selecção de algumas músicas do prólogo e do 2º acto do clássico de
Tchaikovsky, “O Quebra-Nozes”. A segunda é um musical infantil,
“Loja de Brinquedos”. Veja com os seus próprios olhos o grande
talento das pequenas bailarinas do Ateneu Artístico Cartaxense,
numa tarde de encanto e diversão!
SEXTA-FEIRA, 6 JULHO, 22.00H
JAZZ NA RELVA | música
David Binney: dos E.U.A. para o Cartaxo.
Com a chegada das quentes noites de Verão, desta vez levamos
o jazz até ao relvado em frente ao CC. E para esta ocasião ainda
ser mais única, apresentamos um quarteto de qualidade inquestionável: David Binney, saxofonista norte-americano que actuou
ao lado de Aretha Franklin, Uri Caine ou Maceo Parker, junta-se
ao já nosso conhecido Mário Franco (contrabaixo), a João Paulo
Esteves da Silva (piano rhodes) e ao baterista João Lencastre. Uma
noite muito especial, a não perder.
SÁBADO, 7 JULHO, 21.30H
UM EPISÓDIO DA GUERRA | teatro
Marcelino Mesquita cultivou sobretudo o drama histórico, inspirando-se em figuras caracterizadas pela violência passional e por
uma existência trágica. “Um Episódio da Guerra” é um texto
inédito transcrito do espólio do dramaturgo, criado propositadamente para ser representado numa récita de beneficência, realizada
no Pinhal de Azambuja durante a 1ª Guerra Mundial. Venha
assistir ao trabalho do G. Cénico da Casa do Povo de Pontével.
SERVIÇOS EDUCATIVOS
DIAS 2, 3, 4, 5 E 6 DE JULHO, DAS 11.00H ÀS 12.30H
Atelier . Dos 4 aos 6 anos . 20 €
ATELIER DE MOVIMENTO CRIATIVO
A coreógrafa Sílvia Real irá propor inventar pequenas histórias e
contá-las com o corpo. Vamos inventar novas funções e construir
jogos com objectos do nosso quotidiano. Não vamos trabalhar com
o objectivo de construir uma peça final: “Nas crianças, a criatividade
desenvolve-se a partir das suas experiências durante o processo e
não da preocupação com o produto final.”
Mary Ann F. Kohl, autora de vários livros sobre actividades artísticas para crianças.
JULHO - DE SEGUNDA A SEXTA, DAS 14H00 ÀS 18H30
Atelier - Act. mistas p/crianças dos 6 aos 10 anos . € 10
FÉRIAS NO CENTRO CULTURAL
Teatro, escultura, cinema, ecologia e um peddy-papper cultural,
ocuparão de uma forma divertida as Férias que também se querem
culturais. As actividades indicadas para crianças dos 6 aos 10 anos,
decorrerão no Centro Cultural do Cartaxo à excepção do roteiro
ecológico e do peddy-paper que decorrerá nas ruas da cidade.
Propomos duas quinzenas de diversão, monitorizadas e com lanche
incluído, de 2 a 13 de Julho ou de 16 a 27 de Julho, das 14h00
às 18h30.
CENTRO CULTURAL MUNICÍPIO DO CARTAXO
Tel. 243 701 600 / Fax. 243 701 602
[email protected]
www.centroculturalcartaxo.com
Horário da Bilheteira:
De Quarta a Domingo, das 15h às 22h.
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TOPONÍMIA
Rua General Humberto Delgado
Humberto Delgado nasceu a 15 de Maio de 1906, em Boquilobo,
Torres Novas. Cedo ingressou no Colégio Militar, entre 1917 e
1922 e a Escola do Exército, onde se formou em Artilharia, em
1925. Participou no golpe militar de Maio de 1926 que depôs o
regime republicano. Em 1958, como candidato independente,
concorreu às eleições presidenciais. O mote da campanha eleitoral foi lançado com a célebre frase “obviamente demito-o”,
referindo-se a Salazar. Após a derrota nas eleições, criou o
Movimento Nacional Independente (MNI). Perseguido pela
PIDE, o “General sem Medo” exilou-se no Brasil e, em 1965,
aceita encontrar-se, em Badajoz, com oficiais interessados em
derrubar o regime e cai numa cilada, montada por uma brigada
da PIDE.
Avenida Dâmaso Xavier dos Santos – Lavrador
e Liberal
Foi um dos grandes vultos das lutas liberais quando o Cartaxo
serviu de Quartel-General às tropas comandadas pelo marechal
Saldanha. Considerado um autêntico “general civil”, teve uma
acção relevante durante a Batalha de Almoster, sendo-lhe
atribuída a condecoração e comenda da Ordem de “Torre e
Espada”. Amigo de Almeida Garrett e do Marquês de Niza,
disponibilizou celeiros e adegas para a causa liberal. Criador
de gado bravo, as suas ganadarias e o seu ferro ainda hoje são
citados nos fóruns ibéricos de tauromaquia. Foi o presidente da
Câmara Municipal do Cartaxo depois da emancipação administrativa de Santarém, em 1815.
Rua dos Tanoeiros
A tanoaria é uma arte artesanal que nasceu junto às zonas
ribeirinhas, estendendo-se posteriormente às regiões de
produção vinícola. A expansão desta actividade deve-se
ao desenvolvimento do comércio e da cultura vinícola que
remonta à passagem dos Fenícios, Cartagineses e Romanos
pela Península Ibérica. O tratado de Metween (1703) faz
referência aos vinhos portugueses que eram “transportados em
pipas ou tonéis”. São, então, criadas muitas tanoarias para o
fabrico de vasilhame destinado ao transporte do vinho. Assim,
com as madeiras de carvalho, eucalipto e Austrália fabricam-se
pipas, tonéis, canecos, celhas e outros artefactos para a colheita,
tratamento e transporte de vinho.
54
CONTACTOS ÚTEIS
Câmara Municipal do Cartaxo: 243700250/ 96 171 9300 / 91 855 2104 / 93 982 2002 | Atendimento ao Público pelo Presidente (marcações): 243 700 253
Contabilidade: 243 700 262 | Divisão de Águas e Saneamento: 243 700 263 | Divisão de Ambiente e Serviços Urbanos: 243 700 267
Divisão de Obras e Equipamentos Municipais: 243 700 271 | Divisão de Planeamento e Administração Urbanística: 243 700 260
Gabinete de Imagem e Comunicação: 243 700 252 | Serviço de Águas (Piquete): 243779477 / 939210955 | Veterinário Municipal: 243 703 047
Serviço Municipal de Protecção Civil: 243 700 288 | Piscinas Municipais: 243 779 031 | Museu Rural e do Vinho: 243701257
Galeria de Exposições “Pintor José Tagarro”: 96 171 9394 | Biblioteca Marcelino Mesquita: 243702241 | Centro Cultural - Município do Cartaxo: 243 701 600
Casa Municipal da Juventude: 243 701 250 | Pavilhão Gimnodesportivo Inatel: 243703171 Junta de Freguesia do Cartaxo: 243703408
Junta de Freguesia da Ereira: 243719124 | Junta de Freguesia da Lapa: 243799427 | Junta de Freguesia de Pontével: 243799226
Junta de Freguesia de Valada: 243749284 | Junta de Freguesia de Vale da Pedra: 243759415 | Junta de Freguesia de Vale da Pinta: 243719160
Junta de Freguesia de Vila Chã de Ourique: 243789339 | Univa: 243 701 263 | Correios: 243700361 | EDP (avarias): 800 506 506 | GNR: 243703190
PSP: 243702022 | Táxis: 243702592 | Bombeiros Municipais do Cartaxo: 243700800 | Hospital de Santarém: 243300200/243300258 (urgências)
Centro de Saúde do Cartaxo: 243700650 | Unidade de Saúde Familiar de Pontével: 243 700 810 Posto Médico de Vale da Pedra: 243759492
Posto Médico de Valada: 243749247 | Associação Humanitária da Freguesia de Pontével: 243 790 470 | Cruz Vermelha do Cartaxo: 243701050
Santa Casa da Misericórdia do Cartaxo: 243700730 | Farmácia “Abílio Guerra” (Cartaxo): 243702653 | Farmácia “Correia dos Santos” (Cartaxo): 243770997
Farmácia “Pereira” (Cartaxo): 243700130 | Farmácia “Lopes” (Vale da Pedra): 243759368 | Farmácia “Areosa” (Pontével): 243799136
Farmácia “Ereirense” (Ereira): 243719230 | Farmácia “Moderna” (Vila Chã de Ourique): 243789113 | Farmácia “Silva” (Valada): 243749123
Comissão de Protecção de Crianças e Jovens: 243 701 260 / 808 201 738 | Agrupamento Marcelino Mesquita: 243 700 310
Agrupamento D. Sancho I: 243 700 320 | Tribunal Judicial do Cartaxo: 243 701 030 | Repartição de Finanças: 243 702 300
FARMÁCIAS DE SERVIÇO NO CARTAXO
JULHO
Dia
Dia
Dia
Dia
Dia
Dia
Dia
Dia
Dia
Dia
Dia
Abílio Guerra
2
5
7
8
11
17
20
23
26
28
29
Correia dos Santos
3
6
9
12
14
15
18
24
27
30
Pereira
1
4
10
13
16
19
21
22
25
31
AGOSTO
Dia
Dia
Dia
Dia
Dia
Dia
Dia
Dia
Dia
Dia
Abílio Guerra
1
7
10
13
16
18
19
22
28
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Correia dos Santos
2
4
5
8
14
17
20
23
25
26
Pereira
3
6
9
11
12
15
21
24
27
30
Dia
Dia
Dia
Dia
Dia
Dia
Dia
Dia
Dia
Dia
Dia
Abílio Guerra
3
6
8
9
12
18
21
24
27
29
30
Correia dos Santos
4
7
10
13
15
16
19
25
28
Pereira
1
2
5
11
14
17
20
22
23
SETEMBRO
55
26
Dia
29
A Câmara Municipal do Cartaxo é um dos municípios
fundadores da AMPV que tem como missão a afirmação
na identidade histórico-cultural, patrimonial, económica
e social dos municípios portugueses e dos territórios
ligados à produção de vinhos de qualidade.
Objectivos estratégicos:
Valorização do potencial endógeno das regiões e cidades
do vinho, cuja produção do vinho é a sua base produtiva e
a sua identidade histórica.
Promoção e valorização do sector vitivinícola, tornando este
um motor de desenvolvimento e eixo aglutinador que deverá
actuar em conjunto ou em complementariedade com outros
sectores e ou actividades, tais como:
ACTIVIDADES TURÍSTICAS
• Marketing turístico
• Museus do Vinho
• Restauração
• Hotéis, residenciais, etc.
• Rotas do Vinho
• Enoturismo
CONTACTOS
PROMOÇÃO CULTURAL DAS REGIÕES E TERRITÓRIOS:
• Recuperação e reabilitação do património arquitectónico e histórico
• Festas Populares (Festas do Vinho, etc.)
DIVULGAÇÃO:
• Publicações
• Plataformas de informação e de promoção ao nível
da Internet
PROTECÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS:
• Protecção das zonas naturais
• Ordenamento do território
Cooperação e adesão a agências, redes e projectos europeus
de promoção das regiões produtoras de vinho de denominação
de origem e por sua vez a promoção internacional destas
regiões.
MUSEU RURAL E DO VINHO DO CONCELHO DO CARTAXO
Quinta das Pratas 2070 Cartaxo
Telf: 243 700 287 Fax: 243 700 278
Email: [email protected]
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Nº1 JUN 07 - Câmara Municipal do Cartaxo