“Malgré Nous, Nous Étions Là” © Sérgio Granadeiro para Jornal Expresso Malgré Nous, Nous Étions Là Movimento 1 Há projectos que se inventam e outros que surgem imbuídos de urgência e vitalidade. Lançamo-nos convictos de que deveríamos falar das cumplicidades, das aventuras que a vida e a criação nos têm lançado, das dúvidas, do viver permanentemente em companhia... E, eu não querendo falar do que é nosso, a Leonor a repetir que quer falar de amor, que está cansada de estar em palco para reflectir as agruras da vida. Fui dizendo que sim sem saber muito bem o que é que realmente queria dizer... Depois a minha inclinação para o caos e o excesso, fez-me imaginar três duetos com características próprias que coabitariam no tempo mas em espaços diferentes. Depois as condicionantes dos intérpretes partilhados tornaram o sonho a curto prazo impossível. Depois a dúvida que me colava à pele, porque é que estou no palco outra vez, qual é o interesse !?!? O coração quer mas o corpo não acompanha. Depois a Leonor, sempre e sempre positiva e exigente, depois o coração a fazer esquecer o corpo e o nosso dueto a falar sozinho de nós sem imposição de matéria nem de materiais. Acontece porque é assim que deve acontecer!!!! Depois o Gonçalo M. Tavares, o Bernardo Sassetti, o Paulo Américo, o Nuno Meira, o Albino, a Maria de Assis, o Miguel Honrado, a Lira e nós a percebermos que malgré nous, nous étions là. Agora já não podemos voltar atrás!! Paulo Ribeiro Movimento 2 1) Dançar para chegar à conclusão 2) Há movimentos melhores que outros 3) A indústria dos músculos não aceita a excepção do músculo 4) Hesitar entre a perfeição e o desastre 5) O lado melhor é o lado pior 6) Pedidos para me tornar pior: por favor torna-te claro 7) Há perguntas melhores que outras 8) O movimento é possível 9) Intensidade errada alojada na perfeição 10) Treinar a nudez. e a felicidade é mais importante que a realidade, portanto Gonçalo M. Tavares in Livro da Dança 2 Malgré Nous, Nous Étions Là 1. FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA Direcção e Coreografia PAULO RIBEIRO Co-Criação LEONOR KEIL Apoio na dramaturgia GONÇALO M. TAVARES Música BERNARDO SASSETTI, GILBERT BECAUD, BARBARA, TRAVADINHA Desenho de luz NUNO MEIRA Vídeo PAULO AMÉRICO Operação de luz CRISTÓVÃO CUNHA Operação de som e vídeo PEDRO TEIXEIRA Interpretação PAULO RIBEIRO, LEONOR KEIL Co-produção COMPANHIA PAULO RIBEIRO CENTRE CHORÉGRAPHIQUE NORMANDIE NATIONAL DE CAEN Produção executiva COMPANHIA PAULO RIBEIRO (SANDRA CORREIA) Duração 55 minutos (sem intervalo) Público-alvo maiores de 12 anos Estrutura financiada pelo MINISTÉRIO DA CULTURA – Instituto das Artes Residente no TEATRO VIRIATO, Viseu Apoios CÂMARA MUNICIPAL DE VISEU CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOS TEATRO VIRIATO TEATRO NACIONAL S. JOÃO CENTRO CULTURAL DE BELÉM CENTRO CULTURAL VILAFLOR TEATRO ACADÉMICO GIL VICENTE TEATRO MUNICIPAL DE BRAGANÇA TEATRO MUNICIPAL DA GUARDA Agradecimento HOTEL MONTEBELO / BASSE- 2. SOBRE O ESPECTÁCULO “Há algo de único neste espectáculo a que assisti no belo Teatro Virgínia, em Torres Novas. Esse algo de único não está na estrutura da peça, nem tão-pouco no dispositivo cénico, nem nos fragmentos dos textos de Gonçalo M. Tavares que interrompem a fluência do movimento. O que existe de único são o Paulo e a Leonor, a relação entre eles e a maneira como essa relação pode ser transformada em matéria performativa. (...) Malgré Nous, Nous Étions Là tem a marca da sinceridade. Uma sinceridade em equilíbrio entre a ironia e um certo sarcasmo.” EXPRESSO – Actual - Daniel Tércio, 13 de Julho de 2007 3 Malgré Nous, Nous Étions Là 3. HISTORIAL DA COMPANHIA PAULO RIBEIRO A Companhia Paulo Ribeiro é uma companhia portuguesa de dança contemporânea, fundada em 1995, na sequência de vários anos de trabalho do coreógrafo Paulo Ribeiro junto de algumas das mais prestigiadas companhias de dança contemporânea europeias. Nestes treze anos de actividade (1995-2008), esta companhia conquistou um importante lugar entre as mais reconhecidas companhias de dança contemporânea portuguesas, apresentando-se regularmente nas principais salas de espectáculo nacionais, bem como por toda a Europa, Brasil e Estados Unidos da América. Com dezanove produções realizadas que despertaram sempre o interesse da crítica e do público, soma actualmente mais de três centenas de apresentações, para uma audiência global que ronda as 75.000 pessoas, tendo recebido alguns dos mais importantes prémios nacionais e estrangeiros. É, desde 1998, a companhia residente no Teatro Viriato, em Viseu, cujo projecto criou e implementou, onde para além da sua actividade de criação, produção e itinerância artísticas, desenvolve ainda um importante projecto pedagógico junto da comunidade local, que inclui aulas regulares de dança e teatro e também projectos específicos para o público escolar, agora também num novo espaço em Viseu – Lugar Presente. 4. BIOGRAFIA RESUMIDA DOS INTERVENIENTES PAULO RIBEIRO Natural de Lisboa, Paulo Ribeiro, antes de se afirmar como coreógrafo, fez carreira como bailarino em várias companhias na Bélgica e na França. A sua estreia no domínio da criação coreográfica, deu-se, em 1984, em Paris, no âmbito da companhia Stridanse, da qual foi co-fundador, e que o levou à participação em diversos concursos naquela cidade, obtendo, em 1984, o prémio de Humor e, em 1985, o 2º prémio de Dança Contemporânea, ambos no Concurso Volinine. De regresso a Portugal, em 1988, começa por colaborar com a Companhia de Dança de Lisboa e com o Ballet Gulbenkian, para os quais cria, respectivamente, “Taquicardia” (Prémio Revelação do jornal “Sete”, em 1988) e “Ad Vitam”. Com o solo “Modo de utilização”, interpretado por si próprio, representa Portugal no Festival Europália 91, em Bruxelas. A sua carreira de coreógrafo expande-se no plano internacional, a partir de 1991, com a criação de obras para companhias de renome: Nederlands Dans Theater II (“Encantados de servi-lo” e “Waiting for Volúpia”), Nederlands Dans Theater III (“New Age”); Grand Théâtre de Genève (“Une Histoire de Passion”); Centre Chorégraphique de Nevers, Bourgogne (“Le Cygne Renversé”). Para o Ballet Gulbenkian, criará ainda: “Inquilinos”, “Quatro Árias de Ópera” (em colaboração com Clara Andermatt, João Fiadeiro e Vera Mantero), “Comédia Off -1”. Entretanto, Paulo Ribeiro foi galardoado, em 1994, com o Prémio Acarte/Maria Madalena de Azeredo Perdigão pela obra “Dançar Cabo Verde”, encomenda de “Lisboa 94 – Capital Europeia de Cultura”, realizada conjuntamente com Clara Andermatt. E, em 1995, funda a Companhia Paulo Ribeiro, subsidiada pelo Ministério da Cultura, para a qual tem vindo, regularmente, a criar coreografias: “Sábado 2”, “Rumor de Deuses”, “Azul Esmeralda”, “Memórias de Pedra – Tempo Caído”, “Orock”, “Ao Vivo”, “Comédia Off -2”, “Tristes Europeus – Jouissez Sans Entraves”, “Silicone Não”, “Memórias de um Sábado com rumores de azul”, “Malgré Nous, Nous Étions Là” e “Masculine”. O trabalho com a sua própria companhia permitiu-lhe desenvolver melhor a sua linguagem pessoal como coreógrafo. A obra “Rumor de Deuses” foi distinguida, em 1996, com os prémios de “Circulação Nacional”, atribuído pelo Instituto Português do Bailado e da Dança, e “Circulação Internacional”, atribuído pelo Centro Cultural de Courtrai, ambos inseridos no âmbito do concurso “Mudanças 96”. Paulo Ribeiro tem recebido ainda vários outros prémios relevantes: “Prix d’Auteur”, nos V Rencontres Chorégraphiques Internationales de Seine Saint-Denis, (França); “New Coreography Award”, atribuído pelo Bonnie Bird Fund-Laban Centre (Grã-Bretanha), “Prix d’Interpretation Collective”, atribuído pela ADAMI (França); Prémio Bordalo da Casa da Imprensa (2001). 4 Malgré Nous, Nous Étions Là Em acumulação com o seu trabalho de coreógrafo, Paulo Ribeiro desempenhou, entre 1998 e 2003, o cargo de Director-geral e de Programação do Teatro Viriato/CRAE (Centro Regional das Artes do Espectáculo das Beiras), que obteve, em 1999, o “Prémio Almada” do Instituto Português das Artes do Espectáculo, pela actividade desenvolvida na área da Dança. Foi Director do Ballet Gulbenkian entre 2003 e 2005, para o qual criou, nesse período, as obras “White” e “Organic Beat”, “Organic Spirit”, “Organic Cage” e com o qual recebeu o prémio Bordalo da Casa da Imprensa Portuguesa 2004. Remontou para o Ballet de Lorraine a obra “White Feeling”, originalmente criada para o Ballet Gulbenkian, apresentada em Nancy, em Outubro de 2006. Em Setembro de 2006, reassumiu novamente as funções de director geral e artístico do Teatro Viriato. LEONOR KEIL Nasceu em Lisboa em 1973. Iniciou os seus estudos em Dança na Escola de Dança de Maputo (Moçambique) concluindo a sua formação na Escola de Dança do Conservatório Nacional de Lisboa. Como intérprete de Dança destaca a sua colaboração com Joana Providência, Madalena Vitorino, Marta Lapa, João Fiadeiro, Paulo Ribeiro, Francisco Camacho, José Wallenstein, Cláudio Hochman, John Mowat e Companhia TPO (Itália). Foi assistente de ensaios do coreógrafo João Fiadeiro na obra "Branco sujo" e de Paulo Ribeiro na obra: "New Age" para o NDT 3, Holanda. No cinema destaca a sua participação em duas curtas-metragens “É só um minuto“ de Pedro Caldas e “Contra Ritmo” de João Figueiras. No âmbito do seu trabalho com a Companhia Paulo Ribeiro, da qual é intérprete regular desde 1995, foi-lhe atribuída uma Menção Honrosa pela sua interpretação na obra "Rumor de Deuses" nos "V Rencontres Chorégraphiques Internationales de Seine Saint Denis, 1996" e em 1999 foi-lhe atribuído o prémio "Revelação - José Ribeiro da Fonte" pelo Instituto Português das Artes do Espectáculo. Em 2002, foi uma das intérpretes escolhidas para participar no programa “Vif du Sujet” do Festival d’Avignon, para o qual convidou o coreógrafo Javier de Frutos (solo “Solitary Virgin”). Desde 2003, é a responsável pelo desenvolvimento de projectos de âmbito pedagógico e pelos espectáculos. 5. CARREIRA DO ESPECTÁCULO por ordem cronológica ANO 2006 2007 2008 DIA 17 e 18 Outubro 9 de Dezembro 22 de Maio 31 de Março 28 de Abril 11 de Maio 23 de Junho 5 e 6 de Outubro 13 de Outubro CIDADE Viseu Lagos Coimbra Guimarães Bragança Guarda Torres Novas Porto Caen/França 26 de Outubro 30 de Novembro e 1 de Dezembro 20 e 21 Dezembro 19 de Janeiro 9 de Fevereiro 29 de Fevereiro 31 Maio / 1 Junho 31 OUtubro Lisboa Faro Idem Santiago (ES) Leiria Almada VN Famalicão Zagreb São Miguel LOCAL DE APRESENTAÇÃO Teatro Viriato Centro Cultural de Lagos Teatro Académico Gil Vicente Centro Cultural Vila Flor Teatro Municipal de Bragança Teatro Municipal da Guarda Teatro Virgínia Teatro Nacional S. João Centre Chorégraphique National de Caen / BasseNormandie Centro Cultural de Belém Centro de Artes Performativas – CAPa Idem Salón Teatro Teatro José Lúcio da Silva Teatro Municipal Casa das Artes de Famalicão Dance Week Festival Teatro Micaelense, Açores 5 Malgré Nous, Nous Étions Là 6. LOGÓTIPOS A INCLUIR EM TODOS OS MATERIAIS DE DIVULGAÇÃO Estrutura financiada por Residente em Co-produtor Apoios Agradecimento CONTACTOS: Companhia Paulo Ribeiro Teatro Viriato, Largo Mouzinho de Albuquerque, Apartado 1057, 3511-901 Viseu Tel. +351 232480110 Fax. +351 232480111 www.pauloribeiro.com NIF: 503.499.650 Albino Moura Responsável de Produção e Difusão TM. 00 351 914542306 [email protected] 6