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Segunda-feira, 3 de março de 2014
silviane mannrich
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Silviane Mannrich
Neusa Lopes de Oliveira
A lageana Neusa Maria Lopes
de Oliveira, de 74 anos, dedicase ao trabalho voluntário há 10
anos. Ela transformou o trauma
de perder uma filha, em força e
dedicação para ajudar aqueles
que sofrem com o tratamento de
uma doença devastadora: o câncer. Ela é a presidente e fundadora da Casa de Apoio Colibri, que
recebe pessoas em tratamento
contra o câncer.
Neusa perdeu uma filha devido há um câncer no cérebro há 12
anos. Pouco tempo depois, ela sentiu a necessidade de se reunir com
outras mães na mesma situação e
saber delas como estavam vivenciando estas perdas. Ela convidou
algumas amigas e no dia 23 de
maio de 2003 aconteceu a primeira
reunião de mães, participaram 12,
destas, seis tinham perdido seus filhos com câncer.
“Naquele momento eu estava
buscando o conhecimento. Conversamos sobre os nossos filhos e as
nossas dificuldades nos hospitais.
Então surgiu a ideia de encontrar
uma casa para receber as pessoas
com câncer. É uma doença que as
pessoas na verdade não conhecem,
você só conhece quando vivencia”,
afirma Neusa.
Surgia então, a Casa de Apoio Colibri. A primeira sede era alugada e
tinha seis camas. Ela foi montada
somente com doações. “No mês
seguinte recebemos a primeira paciente e o nome da filha dela era
Mara, o mesmo nome da minha filha, e isso me tocou muito, foi uma
mensagem da minha filha dizendo:
- Mamãe é isso ai, toca em frente”,
salienta Neusa.
Em uma parceira com o hospital,
a Casa Colibri recebe os pacientes
em tratamento contra a doença.
Seis meses depois, a casa ficou pequena e a sede mudou para um lugar maior, com quatro quartos. Mas
o sonho era ter uma sede própria.
zz Sede Própria| O desejo da sede
própria veio há quatro anos. “Felizmente, ganhamos o terreno da
doutora Vilma Carrilho Machado
e a Carmen Zanotto, que naquela
época era secretária da Saúde, conseguiu uma verba. Então montamos
a nossa sede na avenida Belisário
Ramos”, comenta a presidente.
A casa tem capacidade para
atender 24 pacientes e está com o
projeto de ampliação para dobrar
Eu não poderia viver
sem trabalhar nesta
Casa. Nas perdas, busque
um trabalho, doe um pouco
do seu tempo para aqueles
que sofrem.
Neusa se dedica a ajudar pessoas e suas famílias durante o tratamento contra o câncer. No quadro ao fundo, sua filha Mara
o número de leitos. Os pacientes
recebem o atendimento de um nutricionista, psicólogo, terapeuta
ocupacional e ainda conta com 25
funcionários voluntários.
A casa sobrevive através da produção de cobertores de soft e outros
artesanatos que são comercializados em um café colonial realizado
no final do ano. Também recebe a
ajuda de colaboradores.
Todos os pacientes recebem atendimento gratuito.
JonildaWagner
A jornalista e escritora lageana fala
sobre sua carreira, vida ao lado do
marido, o piloto Ricardo Sell Wagner e
a convivência com Licurgo Costa,
autor de O Continente das Lagens.
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Neusa Lopes de Oliveira JonildaWagner