ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL – ESAB CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO BANCÁRIA E NEGÓCIOS JONATHAN DALLA CORTE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO NA COOPERATIVA DE CRÉDITO SICREDI CELEIRO: benefícios da internet aos associados VILA VELHA– ES 2011 JONATHAN DALLA CORTE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO NA COOPERATIVA DE CRÉDITO SICREDI CELEIRO: benefícios da internet aos associados Monografia apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Gestão Bancária e Negócios da Escola Superior Aberta do Brasil como requisito para obtenção do título de Especialista em Gestão Bancária e Negócios, sob orientação da Profa. Mestranda Janaína Costa Binda. VILA VELHA– ES 2011 JONATHAN DALLA CORTE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO NA COOPERATIVA DE CRÉDITO SICREDI CELEIRO: benefícios da internet aos associados Monografia Aprovada em ............... de .............2011 Banca Examinadora VILA VELHA– ES 2011 3 RESUMO O objetivo do presente estudo é demonstrar os benefícios do uso da tecnologia de informação e da internet para os associados da Cooperativa de Crédito Sicredi Celeiro. A pesquisa classifica-se como exploratória, , tem abordagem qualitativa, com coleta de dados por pesquisa bibliografia e documental. Foram coletadas informações para a caracterização de assuntos importantes para o desenvolvimento deste trabalho, tais como: sistema de informação, tecnologia de informação, internet, cooperativismo, cooperativa de crédito, cooperativa de crédito Sicredi Celeiro e o último assunto é benefícios da tecnologia de informação e internet aos associados da cooperativa de crédito Sicredi Celeiro. As informações foram tiradas de sites expecíficos nos assuntos abordados, referências bibliográficas e trabalhos de conclusão de cursos, com as informações foi possível caracterizar e informar os leitores deste trabalho do quanto a tecnologia de informação e a internet são meios de comunicação muito importantes para o desenvolvimento e o crescimento das organizações e principalmente são necessárias para o setor bancário, pois beneficiam clientes e associados em muitas maneiras, e o sistema bancário pode oferecer seus produtos e serviços com muito mais agilidade, eficiência, mais conforto e praticidade. No caso da cooperativa de crédito Sicredi Celeiro estes meios de comunicação aprimoraram e estreitaram a relação entre cooperativa e associados, através dos benefícios a eles oferecidos. Palavras-chave: Internet.Cooperativa de Crédito.Benefícios 4 SUMÁRIO INTRODUÇÃO....................................................................................................... 05 CAPITULO 1 – SISTEMA DE INFORMAÇÃO...................................................... 07 1.1 TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO................................................................... 10 1.2 INTERNET........................................................................................................ 13 CAPITULO 2 – SISTEMA BANCÁRIO BRASILEIRO........................................... 20 CAPITULO 3 – COOPERATIVISMO..................................................................... 24 3.1 COOPERATIVA DE CRÉDITO........................................................................ 29 CAPITULO 4 – COOPERATIVA DE CRÉDITO SICREDI CELEIRO.................... 33 CAPITULO 5 – BENEFÍCIOS DA TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E DA INTERNET AOS ASSOCIADOS DA COOPERATIVA DE CRÉDITO SICREDI CELEIRO................................................................................................................ 38 CONCLUSÃO......................................................................................................... 44 REFERÊNCIAS...................................................................................................... 47 5 INTRODUÇÃO O estudo apresentado tem como tema Tecnologia de informação na Cooperativa de Crédito Sicredi Celeiro: benefícios da internet aos associados. Trata da influência que a tecnologia de informação tem dentro do sistema bancário brasileiro, tendo a internet como meio de tecnologia mais utilizado para beneficiar os clientes, e no caso da cooperativa de crédito Sicredi Celeiro, beneficiar seus associados. A relevância deste trabalho está em demonstrar os benefícios que a internet proporciona aos associados e também demonstrar a importância que a internet tem no mundo de hoje dentro do sistema bancário brasileiro. Diante deste contexto indaga-se: Quais os benefícios gerados pela tecnologia de informação e internet aos associados da Cooperativa de Credito Sicredi Celeiro? Para encontrar as respostas deste problema, propôs-se o seguinte objetivo geral: Demonstrar os benefícios que a tecnologia de informação e a internet proporcionam aos associados da Cooperativa de Credito Sicredi Celeiro. Buscando atingir o objetivo geral proposto traçaram-se alguns objetivos específicos como: a) caracterizar tecnologia de informação e internet; b) caracterizar a Cooperativa de Crédito; c) caracterizar a Cooperativa de Crédito Sicredi Celeiro; e d) demonstrar os benefícios da tecnologia de informação e da internet para associados da Cooperativa de Crédito Sicredi Celeiro. Com o mundo em constantes mudanças, é de total importância que as empresas busquem aprimorar seu atendimento, tendo mais eficiência e eficácia nessa prestação de serviços. E como o sistema bancário brasileiro não pode ficar para trás nessas mudanças é necessário à evolução na prestação dos serviços e na demonstração dos seus produtos, neste trabalho será abordado os benefícios que a internet proporciona, o estudo estará ligado a uma cooperativa de crédito. 6 Hoje como citado acima, as mudanças são constantes e por isso no que tratar de prestação de serviços, principalmente na área financeira, quanto mais comodidade puder ser oferecido ao associado, mais satisfação ele terá em relação à cooperativa de crédito que ele participa no caso deste estudo a cooperativa de crédito será a Sicredi Celeiro. Portanto, este trabalho consiste em demonstrar o quanto é importante o atendimento ao associado, buscando sempre conhecer suas necessidades, proporcionando mais tempo livre para realizar suas atividades preferidas, mudar para agilizar o tempo do associado, ou melhor, participar da organização do dia a dia do associado sem que ele perca muito tempo realizando algo, o melhor atendimento ao associado é principalmente respeitá-lo e dar a ele oportunidade de ser beneficiado por utilizar os serviços da cooperativa de crédito Sicredi Celeiro A pesquisa para elaboração deste trabalho é do tipo básica e exploratória. Terá uma abordagem qualitativa, e coleta de dados por pesquisa bibliográfica e documental.. A pesquisa documental segundo Gil (2008, p. 45) é: A pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica. A diferença essencial entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental valese de materiais que não recebem ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetos de pesquisa. O trabalho de conclusão de curso (TCC) está organizado da seguinte forma: primeiro a introdução e em seguida a fundamentação teórica dividida em 5 capítulos. O capítulo 1 aponta conceitos, utilidades e os benefícios, de sistemas de informação, tecnologia de informação e internet, o capítulo 2 descreve o sistema bancário brasileiro, seu histórico e suas mudanças conforme o desenvolvimento de novas tecnologias. O capítulo 3 contempla o cooperativismo e as cooperativas de crédito, trazendo seus históricos e seus ideais, o capitulo 4 caracteriza a cooperativa de crédito Sicredi Celeiro e o capitulo 5 engloba os benefícios da tecnologia de informação e da internet aos associados da cooperativa de crédito Sicredi Celeiro. 7 CAPÍTULO 1 – SISTEMAS DE INFORMAÇÕES Sistemas de informação, segundo O’Brien (apud SPERB, NETO, 2008, np) “é um conjunto organizado de pessoas, hardware, software, redes de comunicações e recursos de dados que coleta, transforma e dissemina informações em uma organização”. Sistema de Informação segundo Rezende, (2005, p. 20) é: Conjunto de partes que interagem entre si, integrando-se para atingir um objetivo ou resultado; partes que interagenes e interdependentes que conjuntamente formam um todo unitário com determinados objetivos e efetuam determinadas funções; em informática, é o conjunto de sofware, hardware e recursos humanos; componentes da tecnologia da informação e seus recursos integrados; empresa ou organização e seus vários subsistemas o funções organizacionais. Para Rezende (2005, p. 21) “sistema de Informação são todos os sistemas que produzem ou geram informações, que são dados trabalhados (ou com valor atribuído ou agregado a eles) para execução de ações e para auxiliar processos de tomada de decisões”. Sistema de Informação segundo Meireles, (2004, p. 14) “[...] se trata de um esforço organizado para prover informações que permitam à empresa decidir e operar.” O sistema de informação da empresa é provido de indicadores que: induzem a estratégia em toda a organização e são, portanto, top/down; são adequados para responder ao gestor se ele está ou não atingindo suas metas; induzem os comportamentos desejados nos funcionários ou outros prestadios da empresa; expressam o que deve ser feito; informam às pessoas como elas estão se saindo, individualmente e em grupo; comunicam os resultados das ações realizadas (projetos e processos); estimulam a melhoria contínua; reduzem a dissonância de focos, isto é, os desentendimentos quanto a objetivos; e disseminam o uso universal de conceitos por meio de uma linguagem comum. (KAPLAN, NORTON, 1997; HRONEC, 1994 apud MEIRELES, 2004, p. 36). Toda organização é um sistema, segundo Rezende (2005), o funcionamento dos processos, atividades, o envolvimento de pessoas e toda manipulação das informações, fazem com que a organização e as suas relações formam os sistemas de informação, junto com suas funções organizacionais, meio ambiente interno e externo, de acordo com Rezende (2005), as organizações para terem um 8 funcionamento pleno, necessitam estar envolvidas com o meio ambiente interno e externo e com seus recursos, as funções organizacionais ajudam a formar a base para os sistemas de informação, para o seu desenvolvimento dentro das organizações, expressando os dados na forma de detalhes. De acordo com Rezende (2005), nas organizações existem alguns módulos de subsistemas que sempre estarão presentes, que são: produção e serviços, comercial ou marketing, financeiro, materiais ou logística, recursos humanos e jurídico legal, essas são atividades agrupadas sempre presentes nas organizações. Segundo Rezende (2005, p. 25): São atividades agrupadas ou funções presentes em todas as organizações, que darão a base para o desenvolvimento do planejamento de informações, dos sistemas de informação organizacional e dos projetos de tecnologia da informação e de software. Ainda de acordo com Rezende (2005, p. 26) “todo sistema, usando ou não recursos de tecnologia da informação, que guardam dados e gera informação pode ser genericamente considerado Sistema de Informação”. As informações estão disponíveis em grande volume e em muitos meios de comunicação, fazendo com que todos tenham que fazer a seleção e organização das informações para que possam ser utilizadas corretamente. Para as organizações pode haver alguns problemas organizacionais, devido às informações que possuem, para solucionar esses problemas usa-se os sistemas de informação. (REZENDE, 2005). Os sistemas de informação auxiliam nas tomadas de decisões dentro das organizações. Segundo Rezende, (2005, p. 27): Os Sistemas de Informação, independentemente de seu nível ou classificação, tem como maior objetivo auxiliar os processos de tomada de decisões nas organizações. Se os Sistemas de Informação não se propuserem a atender a esse objetivo, sua existência não será significativa para as organizações. Os sistemas de informação têm seu foco direcionado para o principal negócio ou atividade organizacional, direcionado para alguns quesitos importantes como a 9 qualidade, produtividade, efetividade, rentabilidade, perenidade, competitividade e inteligência organizacional, de acordo com Rezende (2005). As características atuais dos Sistemas de Informação segundo Rezende (2005, p. 27-28) apresentam-se da seguinte maneira: [...] grande volume de dados e informações; complexidade de processamentos, muitos clientes ou usuários envolvidos; contexto abrangente, mutável e dinâmico; interligação de diversas técnicas e tecnologias, suporte à tomada de decisões organizacionais; auxílio na qualidade, produtividade, efetividade, competitividade e inteligência organizacional. “Um sistema de informação eficiente pode ter um grande impacto na corporativa e no sucesso da empresa. Este impacto pode beneficiar a empresa, os cliente ou usuários e qualquer indivíduo ou grupo que interagem com os Sistemas de Informação” (OLIVEIRA, 1998; STAIR, 1998 apud REZENDE, 2005, p. 28). A administração de sistemas de informação segundo Meireles (2004) é uma ação administrativa que segue de acordo com o PEI – Planejamento Estratégico da Informação, ele é a sobrevivência da organização, precisa de uma informação ótima, ou seja, informação certa, no tempo, no lugar e na forma desejada. Ao ser desdobrado o PEI, produz o Plano Diretor da Informática que contém os elementos que expressam a estratégia da informação que, geralmente ocupa-se da expansão, ampliação, modernização ou do planejamento e implantação dos Sistemas de Informação. Lesca (1994 apud Siqueira, 2005, p. 5) define sistemas de informação como: O conjunto interdependente das pessoas, das estruturas da organização, das tecnologias de informação (hardware e software), dos procedimentos e métodos que deveriam permitir à empresa dispor, no tempo desejado, das informações de que necessita (ou necessitará) para seu funcionamento atual e para sua evolução. Para Siqueira (2005, p. 5) “os sistemas de informação podem ser classificados como pessoal, departamental, organizacional, interorganizacional e globais”. Os sistemas de informação podem ser classificados por um nível estrutural e esses níveis 10 estruturais são estratégico, tático e operacional, se classificam de acordo com as informações que processam (SIQUEIRA, 2005). Para agregar qualidade a um sistema de informação segundo Siqueira (2005) é preciso que seja definido a qualidade para o sistema que será desenvolvido. O autor coloca ainda, que existe algumas características que devem abranger os sistemas de informação, como a utilidade, a funcionalidade, confiabilidade, usabilidade, eficiência, manutenibilidade e portabilidade. Os sistemas de informações agilizam e organizam informações e dados para as organizações. É um recurso que facilita o trabalho das organizações e aprimora seus serviços em relação a clientes e associados. Os sistemas de informações possuem muitas características importantes dentre as principais, fornecer e agilizar informações para o controle e na tomada de decisões. (LAUDON; LAUDON apud SPERB; NETO, 2008). 1.1 TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO Um dos grandes vetores das transformações no cenário competitivo é a contínua evolução da tecnologia Albano (apud MORAES; TERENCE; ESCRIVÃO FILHO, 2004) conclui que em virtude de sua grande disseminação, a evolução da tecnologia afetou de modo significativo todas as atividades humanas e fez crescer o grau de incerteza e imprevisibilidade do futuro. Dentre as novas tecnologias, destaca-se a Tecnologia da Informação (TI), que passou a ser um importante componente competitivo para as organizações. Para Mcgee e Prusak (apud MORAES;TERENCE, ESCRIVÃO FILHO, 2004) a tecnologia de informação alterou o mundo dos negócios de forma irreversível. Desde que foi introduzida sistematicamente, em meados da década de 50, houve uma mudança radical no modo de operar das organizações. 11 A tecnologia de informação é considerada relevante para as organizações, segundo Albertin (2000) ela proporciona a inovação de produtos e serviços e viabiliza o surgimento de importantes capacidades dentro das organizações como, por exemplo: entrega on-line de informação, o acesso eletrônico a serviços, habilidade de solicitar e obter serviços específicos, pagamento e apresentação eletrônica de contas e habilidade de utilizar vários produtos de software, sem que seja preciso realimentar os dados. Para Albertin (2001) a tecnologia de informação trata-se de uma das maiores e mais poderosas influências no planejamento das organizações, pois ela colabora com a estratégia das empresas em oferecer vantagens competitivas, diferenciar produtos e serviços e principalmente melhorar o relacionamento com seus clientes. A tecnologia de informação possibilita que as organizações das mais variadas áreas de atuação, possam estar cada vez mais perto dos seus clientes e associados, pois a tecnologia possui muitas formas de conectar os clientes com os produtos e serviços oferecidos pelas organizações. Para Walton (apud MORAES; TERENCE; ESCRIVÃO FILHO, 2004), a tecnologia da informação abrange muitos produtos de hardware e software que são capazes de processar, coletar, armazenar e acessar imagens e números, que podem ser usados para controlar equipamentos, processos de trabalho, conectar pessoas de várias funções dentro das empresas e também de muitas empresas entre si. Segundo Balarine (apud MORAES; TERENCE; ESCRIVÃO FILHO, 2004, p. 30-31), “a tecnologia da informação corresponde a objetos (hardware) e veículos (software) destinados a criar sistemas de informações que, por sua vez, resultam da implementação da TI através do uso de computadores e da telecomunicação.” Para Campos Filho (1994, p. 38) a tecnologia de informação se refere a: De modo mais amplo, pode-se afirmar que a tecnologia da informação refere-se a um conjunto de hardware e software que tem como função, o processamento das informações, que implica coletar, transmitir, estocar, recuperar, manipular e exibir dados, tarefas que podem estar incluídas em microcomputadores, conectados a redes ou não, mainframes, scanners 12 (leitoras) de códigos de barra, estações de trabalho, softwares como planilhas eletrônicas ou banco de dados, além de outros. De acordo com Kemener, 1997 e Callon, 1996 (apud TURBAN; WETHERBE; MC LEAN, 2002, p.90) “A tecnologia da informação contribui de diversas formas para a inovação necessária na gestão estratégica”. Algumas dessas formas são: A tecnologia da informação cria aplicações inovadoras que proporcionam vantagens estratégicas diretas para as empresas. A TI da suporte a mudanças como a reengenharia, o que se traduz em vantagem estratégica. Ela possibilita uma descentralização eficiente ao agilizar as comunicações e simplifica e reduz o tempo de desenvolvimento de produtos mediante a utilização de ferramentas de engenharia com suporte nos computadores. A TI proporciona a conexão entre uma empresa e seus sócios e parceiros de negocio com eficácia e eficiência. Segundo Turban; Wetherbe e Mc Lean, (2002) a tecnologia de informação é importante para a redução de custos e fornece mediante a coleta e análise de informações uma inteligência competitiva. Rezende (2005, p. 32) conceitua tecnologia de informação como ”recursos tecnológicos e computacionais para guarda de dados e geração de informação’’. “A tecnologia de informação está fundamentada nos seguintes componentes: hardware e seus dispositivos e periféricos; software e seus recursos; sistemas de telecomunicações; gestão de dados e informações.” (REZENDE, 2005, p. 32). Rezende (2005, p. 33) afirma que para a efetiva gestão da tecnologia de informação é fundamental: A análise de viabilidade (custos, benefícios mensuráveis, benefícios não mensuráveis, riscos e respectivos resultados), contemplando ainda as óticas da realidade econômica, financeira e político-social das organizações com o estado da arte e sucateamento das tecnologias disponíveis no mercado, além das questões sociopolíticas do ambiente organizacional que podem aflorar decorrentes do impacto da tecnologia de informação implantada. O foco principal na análise desses extremos está na adequação à necessidade da organização. Segundo informações de Febraban (2011), no ano de 2002 foi realizada uma pesquisa para saber quanto os bancos investiram em tecnologia de informação nos últimos anos, a pesquisa revelou que o volume de investimentos dos bancos em Tecnologia da Informação (TI) somou mais de R$ 3,53 bilhões em 2002 - 13,2% a 13 mais em relação a 2001. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o setor injetou mais do que o dobro da média nacional. Os softwares adquiridos de terceiros registraram a maior variação (37,3%), seguido pelos desenvolvidos no próprio banco (23,5%) e pela aquisição de hardware (9,1%). De acordo com Sperb e Farraro Neto (2008) a dependência das informações torna o uso dos sistemas de informação algo essencial para a sobrevivência das organizações e seu correto uso deve trazer benefícios a curto, médio e longo prazo para os empresários. Porém a aplicação da Tecnologia de Informação precisa ser moldada de acordo com as necessidades de cada organização. Empresas que pretendem investir em TI precisam estar cientes de que qualquer projeto deve estar alinhado com os objetivos do negócio. 1.2 INTERNET A Internet é uma gigantesca rede mundial de computadores, de acordo com Favaro (2005) esses computadores são de todos os portes e interligados por diversos meios de telecomunicação, a internet funciona como uma rodovia, pois a informação contida das mais diversas formas trafega em alta velocidade entre todos os computadores, podemos assim chamá-la de “super rodovia da informação”. Segundo Turban, Mc Lean e Wetherbe (2002, p. 76) a internet é: Um sistema mundial de redes de computadores – uma rede de redes, na qual usuários de qualquer computador podem, se tiverem permissão, obter informação de qualquer outro computador ( e às vezes falar com usuários de outro computador). [...é uma entidade pública, cooperativa e autosustentável, a que têm acesso centenas de milhões de pessoas no mundo todo. . Segundo o site (BRASIL ESCOLA, 2011): 14 A internet surgiu a partir de um projeto da agência norte-americana Advanced Research and Projects Agency (ARPA), com objetivo de conectar os computadores dos seus departamentos de pesquisa. A internet nasceu apartir da ARPANET, que interligava quatro instituições: Universidade da Califórnia, LA e Santa Bárbara; Instituto de Pesquisa de Stanford e Universidade de Utah. Os pesquisadores e estudiosos do assunto receberam o projeto à disposição, para trabalhar. Este estudo perdurou na década de 70, nasceu o TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol), esse é um grupo de protocolos que é à base da Internet desde os anos 70 até os dias atuais. A universidade da Califórnia de Berkley implantou os protocolos TCP/IP ao Sistema Operacional UNIX, possibilitando a integração de várias universidades à ARPANET. Nesta época, ínicio da década de 80, redes de computadores integrados à rede da ARPA, no ano de 1985, a entidade americana National Science Foundation (NSF) interligou os supercomputadores do seu centro de pesquisa, a NSFNET, que no ano seguinte entrou para a ARPANET. A ARPANET e a NSFNET passaram a ser as duas espinhas dorsais de uma nova rede que junto com os demais computadores ligados a elas, era a INTERNET. Alguns anos depois, a NSFNET passou a ser mantida como apoio das organizações IBM, MCI (empresas de telecomunicações) e MERIT (instituição responsável pela rede de computadores de instituições educacionais de Michigan), que formaram uma associação conhecida como Advanced Network and Services (ANS). Em 1990 o ARPANET foi desativado, criando-se em seu lugar o Backbone Defense Research Internet (DRI), a ANSNET passou a ser o backbone principal da internet nos anos de 1991 e 1992, nesta mesma época iniciou-se o desenvolvimento de um backbone europeu (EBONE), interligando alguns países da Europa à Internet. A partir de 1993 a internet deixou de ser uma instituição de natureza apenas acadêmica e passou a ser explorada comercialmente, tanto para a construção de novos backbones por empresas privadas, como para fornecimento de serviços diversos, aberturas essa a nível mundial. 15 Existem muitas dúvidas sobre a internet, como por exemplo, quem controla seu funcionamento, é difícil acreditar que não há nenhuma organização que controle essa ampla rede mundial. Não há um gerenciamento centralizado para a internet, é uma reunião de milhares de redes e organizações individuais, cada uma delas é administradora do seu próprio usuário. Cada rede colabora com outras redes para dirigir o tráfego da internet, de modo que as informações possam percorrê-las. Essas redes e organizações juntas formam o mundo conectado da internet. Para que redes e computadores cooperem deste modo, é necessário que haja um acordo geral sobre alguns itens como procedimentos na internet e padrões para protocolos. Esses procedimentos e padrões encontram-se em RFCs (Requests for Comment ou solicitações para comentários), sobre os quais os usuários e organizações estão de acordo. Diversos grupos orientam o crescimento da Internet ajudando a estabelecer padrões e orientando as pessoas sobre a maneira adequada de usar a Internet. Talvez o mais importante seja a Internet Society, um grupo privado sem fins lucrativos. A Internet Society suporta o trabalho da Internet Activities Board (IAB), a qual controla muita das emissões por trás das cenas e arquitetura da Internet. A Internet Engineering Task Force da IAB é responsável pela supervisão do envolvimento dos protocolos TCP/IP da Internet. A Internet Research Task Force da IAB trabalha na tecnologia da rede. A IAB também é responsável pela designação de endereços IP da rede através de Internet Assigned Numbers Authority. Além disso, dirige a Internet Registry (Central de Registros da Internet), que controla o Domain Name System (Sistema de Nomes de Domínio) e trata da associação de nomes de referência a endereços IP World Wide Web Consortium (W3 Consortium, Consórcio da Teia Mundial) desenvolve padrões para a evolução da parte de crescimento mais rápido da Internet, a Teia Mundial (World Wide Web). Um consórcio da indústria, controlado pelo Laboratory for Computer Science no Massachusetts Institute of Technology, colabora com organizações por todo o mundo, como o CERN, os originadores da teia. (BRASIL ESCOLA, 2011). Ele serve como um depósito de informações sobre a teia para desenvolvedores e usuários, 16 implementa padrões da teia e realiza protótipos, e usa aplicações exemplo para demonstrar nova tecnologia. Enquanto essas organizações são importantes como um tipo de "cola" para manter a Internet unida, no coração da Internet estão redes locais individuais. Essas redes podem ser encontradas em empresas privadas, universidades, agências governamentais e serviços comerciais. São fundadas separadamente uma das outras através de várias formas, como taxas de usuários, suporte de associados, impostos e doações. As redes são conectadas de vários modos. Para fins de eficiência, as redes locais unem-se em consórcios conhecidos como redes regionais. Uma variedade de linhas arrendadas conecta redes regionais e locais. (BRASIL ESCOLA, 2011). As linhas arrendadas que conectam redes podem ser tão simples como uma única linha telefônica ou tão complexa como um cabo de fibra ótica com enlaces de microondas e transmissões de satélites. Backbones (alicerces) - linhas de capacidade extremamente alta - transportam grandes quantidades tráfego da Internet. Esses backbones são sustentados por agências governamentais e por corporações privadas. Alguns backbones são mantidos pela National Science Foundation. Como a Internet é uma organização livre, nenhum grupo a controla ou a mantém economicamente. Pelo contrário, muitas organizações privadas, universidades e agências governamentais sustentam ou controlam parte dela. Todos trabalham juntos, numa aliança organizada, livre e democrática. Organizações privadas, variando desde redes domésticas até serviços comerciais e provedores privados da Internet que vendem acesso à Internet. (BRASIL ESCOLA, 2011). O governo federal sustenta alguns backbones de alta velocidade que transportam o tráfego da Internet pelo país e pelo mundo, através de agências como o National Science Foundation. O VBNS extremamente rápido (very high-speed Backbone Network Services), por exemplo, fornece uma infra-estrutura de alta velocidade para 17 a comunidade da pesquisa e educação unindo centros de supercomputadores e que possivelmente, também fornecerá um backbone para aplicações comerciais. (BRASIL ESCOLA, 2011). Redes regionais fornecem e mantêm acesso dentro de uma área geográfica. Redes regionais podem consistir de pequenas redes e organizações dentro da área que se uniram para oferecer um serviço melhor. Os Centros de Informações em Rede (Network Information Centers), ou NICs, ajudam as organizações a utilizar a Internet. O InterNIC, uma organização mantida pela National Science Foundation, auxilia os NICs em seu trabalho. A Internet Registry registra os endereços e conexões entre endereços e nomes de referências. Os nomes de referências são nomes fornecidos às redes conectadas à Internet. A Internet Society é uma organização privada, sem fins lucrativos, que elabora recomendações tecnológicas e de arquitetura pertinentes à Internet, como sobre como os protocolos TCP/IP e outros protocolos da Internet devem funcionar. Esse órgão orienta a direção da Internet e seu crescimento. Os provedores de serviços da Internet vendem conexões mensais à Internet para as pessoas. Eles controlam seus próprios segmentos da Internet e também podem fornecer conexões de longa distância chamadas backbones. As companhias telefônicas também podem fornecer conexões de longa distância à Internet. (BRASIL ESCOLA, 2011). A internet é mais que e-commerce, e-mail e e-business (comércio, correio ou negócios eletrônicos). O “e” tem mais a ver com economic opportunites (oportunidades econômicas) a empresas, empregados e consumidores de uma maneira nunca vista antes. Isto mostra claramente que a tecnologia está reformulando a economia e transformando negócios e consumidores. (BIBLIOTECA SEBRAE ONLINE, 2011 np). Foi somente no ano de 1990 que a Internet começou a alcançar a população em geral. Neste ano, o engenheiro inglês Tim Bernes-Lee desenvolveu a World Wide 18 Web, possibilitando a utilização de uma interface gráfica e a criação de sites mais dinâmicos e visualmente interessantes. A partir deste momento, a Internet cresceu em ritmo acelerado. Muitos dizem que foi a maior criação tecnológica, depois da televisão na década de 1950. (BRASIL ESCOLA, 2011) A década de 1990 tornou-se a era de expansão da internet. Para facilitar a navegação pela internet, surgiram vários navegadores (browsers) como, por exemplo, a Internet Explorer da Microsoft e o Netscape Navigator. O surgimento acelerado de provedores de acesso e portais de serviços online contribuíram para este crescimento. A internet passou a ser utilizada por vários segmentos assou a ser utilizada por vários segmentos sociais. (BRASIL ESCOLA, 2011) Segundo Castells (2003, p. 34) a internet tem culturas que caracterizam-se por: “Uma estrutura em quatro camadas: a cultura tecnomeritocrática, a cultura hacker, a cultura comunitária virtual e a cultura empresarial. Juntas, elas contribuem para uma ideologia da liberdade que é amplamente disseminada no mundo da Internet”. A internet está transformando a prática das empresas em sua relação com fornecedores e compradores, em sua administração, em seu processo de produção e em sua cooperação com outras firmas, em seu financiamento e na avaliação de ações em mercados financeiros. Os usos adequados da Internet tornaram-se uma fonte decisiva de produtividade e competitividade para negócios de todo o tipo (CASTELLS, 2003, p. 56). A internet é muito importante para as organizações e para pessoas comuns também, afinal, através dela todos podem ter acesso às informações de vários lugares do mundo de uma forma mais rápida. A internet segundo Favaro (2005) é revolucionária, ela cria, gerencia e distribui informações num âmbito mundial. Segundo Favaro, (2005), com a internet qualquer pessoa pode oferecer algum serviço de informação aumentando assim a perspectiva no mercado para profissionais e empresas dispostos a oferecer seus serviços de informações nos mais variados assuntos. A internet está ligada com tudo que se referir a agilidade, rapidez e funcionamento, gerenciamento de informações. Isso aumenta ainda mais nos casos de bancos, pois 19 através dela os bancos podem oferecer um serviço maior aos seus clientes e associados. De acordo com o site (FEBRABAN, 2011), a informatização bancária teve início no final da década de 70, quando se verificou uma demanda intensa para a automatização das agências. Naquela época o banco brasileiro já era bem diferente dos modelos de outros países. A cobertura era nacional e não regional, como nos Estados Unidos, por exemplo, e a gama de serviços, muito maior. O sucesso do setor só é possível em razão da ousadia e criatividade de seus colaboradores e empresas de tecnologia que atuam no País. 20 CAPITULO 2 – SISTEMA BANCÁRIO BRASILEIRO O acesso ao mercado financeiro brasileiro de acordo com Molina (2004) era livre até 1966, sendo que até então, capitais externos podiam ser os únicos donos de um banco no país. O que segundo o autor, explica a presença de bancos como o Citibank, Boston, Chase e Lloyds, cujo ingresso no mercado brasileiro e de muitos anos atrás. O sistema bancário brasileiro opera sobre as bases jurídico-legais instituídas ainda na década de 60, por um programa do governo conhecido como Paeg – Plano de Ação Econômica do Governo, segundo Moura (apud MOLINA, 2004, 74) “tal plano criou leis como a da Reforma Bancária e do Mercado de Capitais, que deram origem ao Banco Central e ao Conselho Monetário Nacional, e que são, ainda hoje, a espinha dorsal do atual sistema financeiro nacional”. O programa (Paeg) provocou várias mudanças no sistema bancário brasileiro, entre as quais segundo Rodrigues (apud MOLINA, 2004) da para destacar um reforço da tendência de concentração no sistema bancário que vinha acontecendo há alguns anos, mais precisamente desde os anos 50. Ainda de acordo com o autor apesar das mudanças, o sistema bancário brasileiro foi sendo praticamente fechado ao capital estrangeiro, pois através de restrições adotadas pelas autoridades monetárias e, posteriormente, formalizadas em lei com a Constituição de 1988. Ao longo das décadas de 70 e 80, de acordo com Molina (2004) houve uma continuidade da tendência de concentração do setor bancário brasileiro, que se estabilizou em meados de 1976. Ao passo em que o sistema bancário brasileiro foi se tornando mais concentrado, ocorreu uma significativa incorporação tecnológica que teve início ainda no final dos anos 60, segundo Molina (2004) teve a criação do primeiro CPD - Centro de Processamento de Dados, e seguiu se difundindo nas décadas posteriores. A partir deste processo, Molina (2004, p. 77), cita duas fases que podem ser diferenciadas: 21 [...] a primeira abrangendo toda a década de 70 e parte da década de 80, caracterizada pela automação de processos de controle interno do banco, atingindo o setor de contabilidade e registro das agências, que foi paulatinamente se reduzindo com a implementação de sistemas de coleta e transmissão de dados conectados a uma unidade central, o CPD. Estas transformações foram decisivas, conforme cita Molina (2004, p. 78), na segunda fase do processo: A segunda fase começa a partir da metade da década de 80, com o avanço da tecnologia de base microeletrônica, que permitiu a automação de processos de trabalho no interior das agências, ao possibilitar o lançamento eletrônico dos registros das transações diretamente pelo funcionário do setor de atendimento. A evolução do processo de automação segundo Molina (2004), ainda na segunda metade da década de 80, permitiu-se a instalação dos primeiros "caixas eletrônicos", o que traria uma drástica redução do número de funcionários das agências, principalmente entre os funcionários que exerciam a função de caixas. Na década de 90, o setor de processamento de dados, ainda segundo Molina (2004) começou a ser substituído pelos computadores centrais, sendo que a tecnologia digital empregada possibilitou a instalação de computadores nos postos de trabalho de muitas agências, cada um desses computadores aptos ao desenvolvimento de diferentes funções. Para Molina (2004), o processo de incorporação tecnológica, intensificado na metade da década de 80 e o início dos anos 90, permitiu a implementação de um sistema informatizado, que tinha a rapidez como foco, e esta acompanhavam o ritmo de desvalorização da moeda, desvalorização imposta pelos altos índices de inflação registrados na época. Esse sistema permitiu que os bancos obtivessem uma significativa e alta lucratividade proporcionada pela inflação, o que acabou financiando novos investimentos em tecnologia. O aumento dos investimentos em tecnologia foram bancados pelos lucros provenientes do processo inflacionário, esse processo foi decisivo para a implementação da automação bancária, o que de certa forma possibilitou a 22 disseminação dos caixas eletrônicos e terminais de auto-atendimento, isso aconteceu na segunda metade da década de 80, de acordo com Molina (2004). O processo permitiu ainda que os bancos começassem a realizar grandes demissões de funcionários. “A partir de 1987, num cenário de altas taxas de inflação, também teve início um processo de desconcentração do setor bancário, que durou até 1993, às vésperas do Plano Real”.(MOLINA, 2004, p. 79). O sistema bancário brasileiro sofreu grandes transformações nos últimos vinte anos, segundo Molina (2004), essas transformações iniciaram-se a partir do final dos anos 80, passando pelos anos 90 e principalmente a partir da metade desta década, ele afirma ainda que essas transformações iniciaram devido ao Plano Real, ao lograr êxito na estabilização da economia, esse plano impôs um forte processo de ajuste aos bancos instalados no país. O Plano Real segundo Molina (2004) afetou o funcionamento dos bancos no Brasil, o sistema bancário brasileiro precisou de um rápido esforço de reestruturação interna e reorganização das estratégias para realização de suas atividades. Os bancos tiveram que se adaptar ao fim das receitas inflacionárias, que historicamente se situavam num patamar em torno de 2% do PIB, chegando a atingir 4% entre 1990 e 1993. Segundo Corazza (apud MOLINA, 2004), as receitas tiveram perdas que originaramse da própria inflação, porém essas perdas não representaram uma queda significativa na lucratividade dos bancos. Esse fato explica-se pela substituição das receitas inflacionárias por receitas de serviços bancários, o sistema bancário brasileiro precisou ter um esforço muito grande para se adaptar as atividades de um novo cenário. Outro fator essencial, que o cenário do sistema bancário brasileiro ao lado da estabilização macroeconômica formou nessa época, foi a entrada de novos bancos estrangeiros no mercado brasileiro. Com a entrada desses novos bancos estrangeiros os grandes bancos nacionais tiveram que se adaptar, ao mesmo tempo, a um ambiente macroeconômico de inflação muito diferente daquele da década de 80, e a um sistema novo e maior de competitividade causado pela entrada desses fortes concorrentes internacionais, (MOLINA, 2004). 23 O sistema bancário brasileiro é representado por entidades muito importantes para o controle da economia brasileira, uma dessas entidades é a FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos é a principal entidade representativa do setor bancário brasileiro. Foi fundada em 1967, na cidade de São Paulo, com o compromisso de fortalecer o sistema financeiro e suas relações com a sociedade e contribuir para o desenvolvimento econômico, social e sustentável do País. O objetivo da Federação é representar seus associados em todas as esferas – Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e entidades representativas da sociedade – para o aperfeiçoamento do sistema normativo, a continuada melhoria da produção e a redução dos níveis de risco. Também busca concentrar esforços que favoreçam o crescente acesso da população em relação a produtos e serviços financeiros (FEBRABAN, 2011). O sistema bancário brasileiro evolui muito nos últimos anos, o mercado financeiro está muito aquecido e com muito mais recursos para soluções de problemas economicamente falando do que em anos anteriores. Conforme Molina (2004, np) “entre competição e concentração, os bancos no Brasil são considerados hoje, curiosamente, como mais modernos e competitivos do que eram antes”. 24 CAPITULO 3 – COOPERATIVISMO O cooperativismo segundo o site www.cooperativismodecredito.com.br é um movimento mundial, baseado em um ideal, concretizado em princípios. No Brasil, esses princípios estão expressos basicamente na constituição Federal de 1988 e Lei 5.764 de 1.971. O cooperativismo não visa lucros, os direitos e deveres de todos são iguais e o resultado alcançado é repartido entre os cooperados, de acordo com a respectiva participação nas operações e atividades. Atualmente existem cooperativas dos mais diversos ramos: consumo, crédito, agropecuária, saúde, trabalho, educação e outros. O Cooperativismo possui legislação própria, a lei 5.764/71 e a lei complementar 130/2009. O cooperativismo, por definição, reúne valores e práticas que o vinculam a uma existência sustentável. Como movimento sócio-econômico que visa ao bemestar social, cultiva, em essência, a democracia, a solidariedade, a independência e a autonomia. Trata-se, por assim dizer, de uma verdadeira filosofia de vida. Se uma grande pedra se atravessar no caminho e vinte pessoas querem passar, não conseguirão se um por um procurar removê-la individualmente. Mas se vinte pessoas se unem e fazem força ao mesmo tempo, sob a orientação de um deles, conseguirão, solidariamente, tirar a pedra e abrir caminho para todos. Segundo PE. Theodor Amstad (apud MEIRELLES, 2008, p.. 8). O cooperativismo é a união das coisas, ou melhor, de pessoas em prol de algo, a sociedade de cooperação representa a união de pessoas e justifica-se ora por necessidade ora por oportunidade. Segundo Mariani (apud PORTO, 2006, np) cooperativismo: [...] é um sistema integrado, onde cada partícula depende da outra para garantir a sua própria existência. Assim também o homem. Foi ele quem descobriu a vantagem da ajuda mútua, fazendo com que surgissem experiências riquíssimas da cooperação em todas as civilizações. De acordo com abordagem do autor, a principal vantagem de viver em uma sociedade cooperativista é a ajuda mútua. Segundo Meirelles (2008), da filosofia de cooperação mútua nasce o cooperativismo conduzido por idealistas como Robert 25 Owen, Louis Blanc, Charles Fourier dentre outros, que defendiam propostas baseadas em idéias de igualdade, associativismo e auto-gestão. Com surgimento do processo de industrialização na Europa (Revolução Industrial), fez com que os artesãos e trabalhadores rurais migrassem para as grandes cidades, atraídos pelas fábricas e em busca de condições de vida melhores. Essa migração desordenada ainda de acordo com Meirelles (2008) provocou excesso de oferta de mão de obra nos grandes centros urbanos e resultou na exploração do trabalhador de forma abusiva e desumana. Ao se sentirem prejudicados pelo novo modelo industrial que substituiu o trabalho artesanal, tecelões do bairro de Rochdale, em Manchester, na Inglaterra, decidiram pela criação de uma sociedade de consumo, baseada no na ajuda mútua. Conforme Meirelles (2008, p. 15): Portanto, em 21 de dezembro de 1844, fundaram a “Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale”. Estes tecelões fundaram um armazém em conjunto contando com um capital inicial de 28 libras, cada tecelão contribuiu com uma libra. Assim nasceu a primeira cooperativa de consumo da história. Idealizada para oferecer aos seus associados artigos de primeira necessidade, a Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale transformouse na semente do movimento cooperativista. Ainda segundo Meirelles (2008), os 28 pioneiros na ocasião da constituição da cooperativa formal em Rochdale, na Inglaterra, em 1844, estabeleceram alguns princípios que são observados até hoje. E no ano de 1995, no Congresso da Aliança Cooperativa Internacional - ACI em Manchester, Inglaterra, houve alteração na redação dos Princípios Cooperativistas idealizados pelos fundadores da primeira cooperativa. Os princípios atuais de acordo com Meirelles (2008, p. 16) são: 1. Da livre e aberta adesão dos sócios: As cooperativas são organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas interessadas em utilizar seus serviços e dispostas a aceitar as responsabilidades da sociedade, sem discriminação social, racial, política, religiosa e sexual. 2. Gestão e controle democrático dos sócios: 26 As cooperativas são organizações democráticas controladas por seus associados, que participam ativamente na fixação de suas políticas e nas tomadas de decisões. 3. Participação econômica do sócio: Os associados contribuem eqüitativamente e controlam democraticamente o capital de sua cooperativa. Ao menos parte desse capital é, geralmente, de propriedade comum da cooperativa. Os associados geralmente recebem benefícios limitados pelo capital subscrito, quando houver, como condição de associação. Os sócios destinam as sobras para algumas das seguintes finalidades: desenvolver sua cooperativa, possibilitando a formação de reservas, onde ao menos parte das quais sejam indivisíveis; beneficiar os associados na proporção de suas transações com a cooperativa; e sustentar outras atividades aprovadas pela sociedade (associação). 4. Autonomia e independência: As cooperativas são autônomas, organizações de auto-ajuda, controladas por seus membros. Nas relações com outras organizações, inclusive governos, ou quando obtêm capital de fontes externas, o fazem de modo que garantam o controle democrático pelos seus associados e mantenham a autonomia da cooperativa. 5. Educação, treinamento e informação: As cooperativas fornecem educação e treinamento a seus sócios, aos representantes eleitos, aos administradores e empregados, para que eles possam contribuir efetivamente ao desenvolvimento de sua cooperativa. 6. Cooperação entre as cooperativas: As cooperativas servem seus associados mais efetivamente e fortalecem o movimento cooperativista, trabalhando juntas através de estruturas locais, regionais, nacionais e internacionais. 7. Interesse pela comunidade: As cooperativas trabalham para o desenvolvimento sustentável de suas comunidades através de políticas aprovadas por seus associados. O cooperativismo surgiu desde a época dos tecelões, de acordo com Porto (2006) foram os tecelões que aperfeiçoaram o sistema de cooperativismo fundando os princípios básicos do cooperativismo. Ainda de acordo com o autor esses princípios foram adotados por cooperativas surgidas em diversos países do mundo. Com o tempo ocorreram algumas modificações, mas o cooperativismo sempre manteve sua essência. Segundo Pinto (1999, p. 15): O movimento cooperativista surgiu no Século XVIII, pretendendo apresentar-se como alternativa ao capitalismo, afastando o patrão, o empregado e o intermediário, assegurando aos cooperados a propriedade dos instrumentos de produção e a participação nos resultados do empreendimento. Hoje o cooperativismo está cada vez mais forte, o seu crescimento talvez tenha sido pela forma como o trabalho é desenvolvido. As pessoas se comprometem mais a 27 executar algo, quando estão mais envolvidas, quando de alguma forma terão benefícios adquiridos. Os primórdios do Cooperativismo Brasileiro encontram-se em 1610, com a fundação das primeiras reduções jesuíticas no Brasil, o início da construção de um estado cooperativo em bases integrais. Por mais de 150 anos, esse modelo deu exemplo de sociedade solidária, fundamentada no trabalho coletivo, onde o bem-estar do indivíduo e da família se sobrepunha ao interesse econômico da produção. A ação dos padres jesuítas se baseou na persuasão, movida pelo amor cristão e no princípio do auxílio mútuo (mutirão). (MARIANI apud MEIRELES, 2008, p. 22). O cooperativismo está organizado em um sistema mundial que busca garantir a unidade da doutrina e da filosofia cooperativista. De acordo com Meirelles (2008), a organização máxima do cooperativismo é a ACI – Aliança Cooperativa Internacional, em seguida vem às organizações continentais como a OCA - Organização das Cooperativas das Américas e as organizações nacionais, todas com o objetivo de defender os interesses do cooperativismo pelo mundo. É através destas organizações que o cooperativismo, é representado a nível internacional, pois esses órgãos administrativos visam a integração, a valorização e o desenvolvimento do sistema cooperativista (MEIRELLES, 2008). No Brasil, segundo Meirelles (2008), o cooperativismo é representado de acordo com a Lei 5.764/71, pela OCB - Organização das Cooperativas Brasileiras, essa organização tem com principal função a representação política, bem como fiscalizar e controlar as demais Organizações Cooperativistas Estaduais. Segundo Meirelles (2008), para representar, administrar, fiscalizar e controlar as cooperativas municipais foi criado um modelo nacional com representações estaduais, o SESCOOP - Serviço de Aprendizagem do Cooperativismo. O SESCOOP foi criado a partir da autorização do governo federal, com do artigo 174 da Constituição Federal de 1988, que fixa a responsabilidade do Estado em apoiar e estimular o Cooperativismo. O SESCOOP passa a ser um instrumento de extrema importância no que se tange à elevação dos índices de profissionalização da gestão das sociedades cooperativas, permitindo acelerar os investimentos que elas vêm fazendo para o aperfeiçoamento de todo o processo administrativo e operacional, essenciais ao desafio da competitividade e da globalização. Finalmente, o SESCOOP deverá contribuir para alavancar o trabalho de 28 desenvolvimento e promoção social no âmbito das cooperativas, notadamente visando à incorporação dos jovens, filhos de empregados e cooperados, ao ambiente cooperativista. (MEIRELLES, 2008, p. 17 – 18). Sociedades cooperativas de acordo com Cavalcante (2007, np) são: Instituições cujo papel é prestar serviço a seus associados, procurando utilizar-se do econômico para alavancar o social. É atendendo essa premissa que o cooperativismo vem ao longo dos anos contribuindo para o desenvolvimento de um mundo mais justo e igual. O cooperativismo evoluiu muito e conquistou espaço próprio definido por uma nova forma de pensar, o homem, o trabalho e o desenvolvimento social, (CAVALCANTE, 2007) o cooperativismo foi aceito pelos governos e reconhecido como forma democrática para soluções de problemas socioeconômicos. Para Mendonça (apud MEIRELLES, 2008) o cooperativismo é a solução do futuro, é um sistema-síntese. Que possibilita a capitalização sem capitalismo e a socialização sem socialismo, o cooperativismo são sociedades sem fins lucrativos, que lucram, porém segundo o autor com acumulação por parte do associado, não da entidade e como cada pessoa tem voto independente do capital, o homem cooperativado exerce sua soberania política. As pessoas são as referências no cooperativismo, que tem no capital apenas o respaldo operacional. As individualidades cedem espaço para a construção conjunta da prosperidade, independente de origem, cor ou credo de qualquer ordem. Os ganhos, obtidos com equilíbrio e isonomia pelo trabalho coletivo, são de todos. Tais vantagens, todavia, considerando a dupla condição de associado (dono) e usuário, não se confundem com lucro, resultado próprio de empreendimentos cujo capital prepondera e está a serviço de poucas pessoas. As pessoas cooperam para satisfazer necessidades econômicas recíprocas, em diferentes campos, a preço justo e à luz de outros diferentes preceitos éticos. Informações disponíveis no site www.cooperativismodecredito.com.br. 29 3.1 COOPERATIVA DE CRÉDITO Cooperativa de crédito segundo informações contidas no site www.cooperativismodecredito.com.br é uma associação de pessoas, que buscam através de ajuda mútua, sem fins lucrativos, uma melhor administração de seus recursos financeiros. São sociedades de pessoas com forma e natureza jurídica própria, de natureza civil, sem fins lucrativos, não sujeita à falência, constituída para prestar serviços a seus associados. A cooperativa de crédito tem como principal objetivo prestar assistência creditícia e a prestação de serviços de natureza bancária a seus associados com condições mais favoráveis e beneficiárias. De acordo com informações contidas no site as cooperativas de créditos são instituições de crédito organizadas sob forma de sociedade cooperativa, mantida pelos próprios cooperados, que exercem papel de donos e usuários. As cooperativas são eficientes para o fortalecimento da economia, a democratização do crédito e a desconcentração de renda. São a união de pessoas com interesses em comum que buscam satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais de forma organizada economicamente e democrática. Nas cooperativas de crédito todas as operações feitas pelos associados, são revertidas em benefício através de preços justos. Os recursos aplicados na cooperativa de crédito ficam na própria comunidade, o que contribui para o desenvolvimento das localidades onde está inserida. Sendo integrada por no mínimo 20 pessoas, uma cooperativa é uma empresa de dupla natureza que contempla o lado econômico e o social de seus associados. O cooperado é ao mesmo tempo, dono e usuário da cooperativa. Enquanto dono, ele vai administrar a empresa, e enquanto usuário ele utiliza os seus serviços. 30 No Brasil as cooperativas de crédito são equiparadas às instituições financeiras de acordo com a Lei 4.595/64 e seu funcionamento deve ser autorizado e regulado pelo Banco Central do Brasil. Seus administradores estarão expostos a Lei dos crimes contra o Sistema Financeiro Nacional (Lei 7.492) em caso de uma gestão ruim ou em casos de gestão temerária de instituição financeira. Ao se unirem em centrais e confederações, as cooperativas obtém ganhos de escala e de complementariedade, o que melhora a viabilidade econômica delas. Algumas destas uniões de cooperativas se tornam tão grandes que se autodenominam sistemas, movimentos ou corporações cooperativas. Na Espanha, por exemplo, existe a Corporação Cooperativa de Mondragón, que atua no setor industrial e que reúne centenas de cooperativas de produção, de consumo e uma de crédito, além de universidades, centros de pesquisa, seguradoras, etc. No Canadá, existe o Movimento de Desjardins de caixas populares, que une quase mil cooperativas de crédito e um total de mais de 5 milhões de membros. (COOPERATIVISMO DE CRÉDITO, 2011). Por sua inserção comunitária, de onde emergem, as cooperativas estão naturalmente para fazer o bem nos locais em que estão estabelecidas. Há uma preocupação de gerar progresso conforme a aptidão das populações e de acordo com o potencial econômico da região cooperativada. Pelo fato de os membros, associados, viverem ali mesmo, todas as ações de desenvolvimento buscam harmonia com o meio-ambiente. É o que se designa de imperativo ambiental, ou ecoeficiência, preocupação ligada à sustentabilidade em longo prazo. As cooperativas lideram inúmeras iniciativas de caráter sócio-cultural. Aliás, é difícil imaginar que um evento cultural, um encontro esportivo, uma mobilização para arrecadar fundos com propósitos humanitários não tenham envolvimento dos associados, dirigentes e colaboradores das cooperativas. O apoio jamais se limita à simples entrega de fundos financeiros. De acordo com informações do site Cooperativismo De Crédito (2011) nas cooperativas de crédito, na maioria das vezes, a própria organização é confiada aos 31 representantes das cooperativas. A qualidade de vida, portanto, é um pressuposto sempre em evidência na ação cooperativa. A manifestação cooperativa pode assumir diferentes formas operacionais. A mutualidade, com efeito, envolve desde atividades de produção e comercialização até o oferecimento de itens para consumo e prestação de serviços, nas mais diversas áreas profissionais, inclusive no setor financeiro, onde se inserem as Cooperativas de Crédito. Entre nós, já são 13 os ramos cooperativos reconhecidos. Cooperativas de crédito são instituições financeiras constituídas sob a forma de sociedade cooperativa, de acordo com Pinheiro (2008, p. 16) essas cooperativas tem por objetivos: A prestação de serviços financeiros aos associados, como concessão de crédito, captação de depósitos à vista e a prazo, cheques, prestação de serviços de cobrança, de custódia, de recebimentos e pagamentos por conta de terceiros sob convênio com instituições financeiras públicas e privadas e de correspondente no País, além de outras operações específicas e atribuições estabelecidas na legislação em vigor. As cooperativas de crédito são um importante instrumento de desenvolvimento em muitos países. As cooperativas possuem características próprias, segundo Ferraz (apud MEIRELLES, 2008), essas características são, sociedade de pessoas e não de capital, o voto tem peso igual para todos e não somente capital social, o associado (cooperado) é o próprio dono e não mero cliente são esses associados que decidem o preço dos produtos, na cooperativa não existe distinção entre os clientes, esses avançam pela cooperação e não pela competição. Para Mendonça (apud MEIRELLES, 2008, p. 22) a cooperativa é: Cooperativa é uma associação autônoma de pessoas que se unem voluntariamente, para satisfazer as aspirações e necessidade, econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de uma empresa de propriedade coletiva e democraticamente gerida. As cooperativas de baseiam em valores de ajuda mútua e responsabilidade, democracia, igualdade, equidade e solidariedade. Na tradição de seus fundadores, os membros da cooperativa acreditam nos valores éticos da honestidade, transparência, responsabilidade social e preocupação com seu semelhante. 32 As cooperativas de crédito segundo Pinheiro (2008), com o advento da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, equipararam às demais instituições financeiras. O art. 55 desse diploma legal transfere ao Banco Central do Brasil as atribuições cometidas por lei ao Ministério da Agricultura, no que concerne à autorização de funcionamento e fiscalização de cooperativas de crédito de qualquer tipo, bem como da seção de crédito das cooperativas que a tenham. Segundo Pinheiro. (2008), a Resolução nº 11, de 20 de dezembro de 1965, autorizou a constituição e o funcionamento de cooperativas de crédito, sob duas modalidades: cooperativas de crédito de produção rural com objetivo de operar em crédito e cooperativas de crédito com quadro social formado unicamente de empregados de determinada empresa ou entidade pública ou privada. O berço do cooperativismo segundo Meirelles (2008, p. 19 - 20) foi: Nova Petrópolis é o berço do Cooperativismo de Crédito da América Latina. Em 28 de Dezembro de 1902 foi fundada pelo Padre Suíço Theodor Amstad o modelo Cooperativo que deu origem ao Sistema Sicredi que hoje propagou-se pelo país inteiro. No Parque Aldeia do Imigrante encontram-se entre outras atrações o Museu da Cooperativa que existe até hoje, a SICREDI PIONEIRA. A cooperativa de crédito se distingue de uma empresa de acordo com Pinto (1999, p. 17) pela “modalidade singular de associação, embora desenvolvendo atividade econômica de proveito comum para os associados, não visa lucro, nem deve transformar em fonte de renda para aqueles que a organizam e a dirigem”. As Cooperativas, por suas características de valorização da individualidade do associado e da cultura local, exercem um importante papel econômico e social em suas comunidades e respectivas regiões como geradoras de muitas oportunidades de trabalho e renda. 33 CAPÍTULO 4 – COOPERATIVA DE CRÉDITO SICREDI CELEIRO Histórico da Cooperativa de Crédito Sicredi Celeiro disponível no site www.sicredi.com.br: Em 1902, 28 de dezembro, é constítuida a primeira cooperativa de crédito brasileira, na localidade de Linha Imperial, município de Nova Petrópolis - Rio Grande do Sul. Em 1964 sob a denominação de Caixas Populares Raiffeisen, surgem 66 cooperativas de crédito com papel expressivo no sistema financeiro do Rio Grande do Sul. De 1964 a 1980 com a aprovação da reforma bancária - Lei 4595/64 - e a institucionalização do crédito rural - Lei 4829/65, as restrições normativas e a perda de competitividade fazem desaparecer mais de 50 cooperativas de crédito no Rio Grande do Sul, mais precisamente no período compreendido entre 1970 e 1980. No ano de 1980 em 27 de outubro, é constituída a Cooperativa Central de Crédito Rural do Rio Grande do Sul Ltda. - COCECRER-RS, patrocinada pelas 9 cooperativas de crédito remanescentes, com o objetivo de reorganizar o Sistema e assumir parte das funções do Estado no financiamento rural. Em 1981 a partir do segundo semestre, são constituídas as 3 primeiras cooperativas de crédito rural do Paraná, após a reforma bancária de 1964. As primeiras operações são realizadas pela Cooperativa de Crédito Agropecuária do Oeste Ltda., hoje SICREDI Toledo PR. No ano de 1982 em 30 de agosto, realiza-se o seminário que aprova as diretrizes para a constituição e o funcionamento das cooperativas de crédito no Paraná. Uma iniciativa da OCEPAR, Cooperativas Centrais, BNCC e EMATER-PR. Em 1985, 20 de janeiro, as 10 cooperativas de crédito singulares em atividade no Paraná constituem a Cooperativa Central de Crédito Rural do Paraná - COCECRERPR, hoje Central SICREDI PR. E Em 1987, novembro e dezembro, mais 7 cooperativas de crédito e 5 cooperativas agropecuárias de 2º grau filiam-se à COCECRER-PR. 34 Após dois anos,1989 em julho, são constituídas 9 cooperativas de crédito rural no Mato Grosso do Sul. Em 1990 As 9 cooperativas constituem a Cooperativa Central de Crédito Rural do Mato Grosso do Sul - COCECRER-MS, com sede em Campo Grande. No Mato Grosso, começam a ser organizadas cooperativas de crédito mútuo. No ano de 1992 em 10 de julho, por decisão de todas as cooperativas, a COCECRER-RS e suas filiadas unificam-se sob a denominação de SICREDI, em representação ao Sistema de Crédito Cooperativo. Em 1995, 16 de outubro, autorizadas pelo Conselho Monetário Nacional, as cooperativas filiadas à Central do SICREDI-RS constituem o Banco Cooperativo SICREDI S.A., primeiro banco cooperativo privado brasileiro, para ter acesso a produtos e serviços bancários vedados às cooperativas pela legislação vigente e administrar, em maior escala, os seus recursos financeiros. Em 1996, 03 de junho é inaugurada, em Porto Alegre - Rio Grande do Sul, a agência matriz do Banco Cooperativo SICREDI. Em 13 de dezembro, as cooperativas dos estados do Paraná e Rio Grande do Sul decidem unir-se para fortalecer o Banco Cooperativo SICREDI, tornando-o, assim, um banco interestadual. No ano seguinte, 1997 em 19 de agosto, iniciam-se as atividades do Banco Cooperativo SICREDI em Curitiba - Paraná. Em 22 de dezembro é inaugurada a sede própria do SICREDI-RS e Banco Cooperativo SICREDI, em Porto Alegre. No mesmo ano, iniciam-se as negociações com as Centrais das Cooperativas de Crédito do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul para expansão do Sistema. Em 1998, de 08 e 09 de dezembro são inauguradas, respectivamente, as unidades de atendimento do Banco Cooperativo SICREDI em Campo Grande-MS e Cuiabá-MT. Em 1999 em iniciativa inédita no sistema financeiro privado do país, as cooperativas de crédito do Sistema, através do Banco Cooperativo SICREDI, são autorizadas a realizar operações de crédito rural com encargos equalizados pelo Tesouro Nacional. No ano de 2000 em 31 de março é constituída a Confederação Interestadual das Cooperativas Ligadas ao SICREDI - Confederação SICREDI, com 35 o objetivo de prestar serviços ao Sistema e entidades conveniadas. Em 30 de novembro, o Conselho Monetário Nacional aprova a resolução nº 2788/00, facultando aos bancos cooperativos a sua transformação em bancos múltiplos. Em 2001, 02 de janeiro, iniciam-se as atividades da Corretora de Seguros. Em 31 de janeiro, o Banco Cooperativo SICREDI concretiza sua participação na BC CARD Administradora de Cartões dos Bancos Cooperativos Ltda. Em 2002, a Cooperativa Central de Economia e Crédito Mútuo dos Médicos da Aliança Cooperativista do Estado de São Paulo - ALCRED Central-SP (hoje Central SICREDI SP) e suas filiadas passam a integrar o SICREDI. Assim, inicia a operação do SICREDI no estado de São Paulo. Em 28 de dezembro, o cooperativismo de crédito comemora 100 anos na América Latina e o SICREDI inaugura o monumento "A Força do Cooperativismo", em Nova Petrópolis-RS. Em 2003 em 26 de junho, o SICREDI inicia suas atividades em Santa Catarina, com a inauguração da SICREDI Serra-Mar. Em 25 de junho, o Conselho Monetário Nacional aprova a Resolução n° 3106/03, que permite a livre admissão de associados às cooperativas de crédito. A resolução torna o cooperativismo de crédito ainda mais acessível à comunidade, dispensando a exigência de vínculo profissional ou de ramo de atividade econômica. No ano de 2005 o SICREDI dá mais um importante passo para consolidar a sua política de expansão no País. Iniciam-se as atividades das primeiras cooperativas de crédito do Sistema nos estados de Goiás e Tocantins. Além disso, o SICREDI recebeu a autorização do Banco Central para operar no Pará e em Rondônia e constituir a sua Administradora de Consórcios. Em 2006 o SICREDI, através do Banco Cooperativo SICREDI S.A., adquire as quotas de participação do Bancoob na BC Card Ltda., empresa que até então era de propriedade conjunta destes Bancos Cooperativos. Com esta transação, a empresa passa a ter a seguinte razão social: Administradora de Cartões SICREDI Ltda. Inicia a operação da primeira Administradora de Consórcios de cooperativas de crédito no Brasil, a Administradora de Consórcios SICREDI, empresa controlada pelo Banco Cooperativo SICREDI S.A. 36 O Sicredi Celeiro tem como missão sendo sistema cooperativo, valorizar o relacionamento, oferecer soluções financeiras para agregar renda e contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos associados e da sociedade. Os valores do Sicredi Celeiro são: - Preservação irrestrita da natureza cooperativa do negócio; - Respeito à individualidade do associado; - Valorização e desenvolvimento das pessoas; - Preservação da instituição como sistema; - Respeito às normas oficiais e internas; - Eficácia e transparência na gestão; Ampliando a história da Cooperativa de Crédito Sicredi Celeiro de acordo com as informações contidas no site, o Sistema de Crédito Cooperativo - Sicredi opera com 124 cooperativas de crédito e mais de 1.000 pontos de atendimento em onze estados brasileiros (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Pará, Rondônia, Goiás, São Paulo e Bahia). A organização em sistema, com cinco Cooperativas Centrais, Confederação, Banco Cooperativo e empresas controladas (Administradora de Cartões, Administradora de Consórcios e Corretora de Seguros), além da Sicredi Participações S.A., com atuação de forma integrada, proporciona ganhos de escala, fortalecimento da marca e maior competitividade. Hoje, o Sicredi possui no Brasil mais de um milhão e setecentos mil associados. Com origem essencialmente no setor primário, o Sicredi atua nos centros urbanos, por intermédio das cooperativas de livre admissão e/ou por meio de cooperativas de crédito segmentadas, que são aquelas ligadas a categorias profissionais ou segmentos econômicos específicos. Com o fortalecimento institucional do Sicredi e de outras instituições de mesma natureza, foi crescendo a abrangência de atuação do cooperativismo de crédito, com a significativa ampliação do volume de recursos administrados, o aumento do contingente de associados e a disponibilização de uma maior gama de produtos e serviços. 37 As cooperativas de crédito integrantes do SICREDI são organizadas em sistema, o que lhes assegura uma marca corporativa forte e ganha de escala em todos os níveis, que determinam crescimento sustentado e a sua perpetuação. Para atender às necessidades dos associados, as cooperativas de crédito do SICREDI contam com empresas corporativas que atuam com a função principal de oferecer apoio técnico e maior especialização ao negócio. São empresas que garantem produtos e serviços com especialidade, qualidade e ganhos de escala às cooperativas de crédito. Com a visão de "ser reconhecido pela sociedade como instituição financeira cooperativa, com excelência operacional e de gestão, voltada para o desenvolvimento econômico e social", as cooperativas de crédito do SICREDI atuam na captação, administração e empréstimo de recursos financeiros e prestação de serviços, agregando renda aos seus associados. 38 CAPÍTULO 5 - BENEFÍCIOS DA TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E DA INTERNET AOS ASSOCIADOS DA COOPERATIVA DE CRÉDITO SICREDI CELEIRO Informações retiradas do site www.sicredi.com.br, para descrever algumas vantagens, benefícios que os associados possuem dentro do Sistema Sicredi Celeiro. Relacionamento: no SICREDI, o associado é o dono do negócio. Por isso as cooperativas buscam o envolvimento dos associados e participam ativamente da comunidade em que estão inseridas. Instituição financeira da comunidade: as cooperativas de crédito retêm os recursos financeiros na sua área de atuação, em benefício dos associados e da comunidade. Ato cooperativo: decorrente das relações entre o associado e a cooperativa, gera alto grau de competitividade. Por ser o associado dono e usuário do negócio, o ato cooperativo se diferencia das relações entre fornecedor e consumidor, com benefícios reconhecidos em lei. Modelo agregador de renda: em função da natureza cooperativa, da organização em sistema e da forma como atuam no mercado, as cooperativas de crédito integrantes do SICREDI agregam renda aos seus associados e, indiretamente, à comunidade. Autonomia das cooperativas: um considerável grau de autonomia no âmbito local e regional. Organização sistêmica: as cooperativas de crédito integrantes do SICREDI possuem uma marca corporativa forte e contam com empresas especializadas e ganhos de escala em todos os níveis, que determinam o crescimento sustentado e a sua continuidade. Responsabilidade solidária: como integrantes do Sistema, as cooperativas de crédito diminuem seus riscos e se fortalecem, contando com instrumentos que oferecem segurança e confiabilidade aos associados e à comunidade. 39 Os associados da cooperativa de crédito Sicredi Celeiro possuem alguns direitos e obrigações, de acordo com site www.sicredi.com.br, sendo os seguintes direitos: Tomar parte nas assembléias gerais, discutir e votar assuntos que nelas sejam tratados, bem como examinar e pedir informações sobre a documentação das mesmas, prévia ou posteriormente a sua realização; Votar e ser votado para funções e cargos eletivos na cooperativa, respeitados, na segunda hipótese, o perfil e demais condições oficiais e regimentais exigidas para o posto; Valer-se das operações e serviços oferecidos pela cooperativa, cuja remuneração e preços, quando não definidos em normas oficiais, são fixados de acordo com as regras aprovadas pelo SICREDI; Usufruir das vantagens previstas em lei, no estatuto das cooperativas e em normas internas do SICREDI; Propor ao Conselho de Administração mudanças estatutárias e regimentais, bem como a adoção de providências de interesse da cooperativa ou do SICREDI, inclusive em decorrência de eventual irregularidade verificada na administração da sociedade ou de infração normativo-estatutária cometida por associado; Demitir-se da cooperativa quando lhe convier. E obrigações: Cumprir e fazer cumprir fielmente a legislação própria, as disposições do estatuto da cooperativa e as demais normas internas do SICREDI, especialmente as que decorrem de deliberações da Assembléia Geral e do Conselho de Administração; Cumprir fiel e pontualmente as obrigações e compromissos assumidos com ou pela cooperativa; Zelar pelos interesses da cooperativa e das coirmãs, não adotando comportamento que implique abalo de sua imagem ou do SICREDI; Ter sempre em vista que a cooperação é obra de interesse comum ao qual não se devem sobrepor os interesses individuais isolados, especialmente em questões que envolvam remuneração ou preços de operações de crédito e serviços, bem como atos de administração e fiscalização; 40 Preferencialmente, investir suas economias na cooperativa e com ela realizar suas operações financeiras em geral; Não exercer, dentro da cooperativa, atividade que caracterize discriminação de qualquer ordem e manter a neutralidade política; Como pode-se perceber o associado Sicredi Celeiro tem muitos direitos e obrigações, mas possui muitas vantagens dentro do sistema cooperativo, essas vantagens voltadas para os sistemas de informação e internet tornan-se benefícios em prol deste associado. A internet nos dias de hoje consegue trazer ao associado, muito mais que informações, traz comodidade, agilidade, segurança, praticidade, rapidez e principalmente tranquilidade para realizar suas transações financeiras. Os sistemas de informação e a internet são meios de comunicação que facilitam cada vez mais a vida dos associados, para que eles tenham todos os serviços disponíveis e todas as soluções,, como, quando e onde precisar O jeito diferente de responder aos anseios dos associados e da comunidade de um modo geral influencia automaticamente na cooperativa de crédito Sicredi Celeiro, pois como organizações tradicionais, quando se trata de beneficiar associados, as cooperativas Sicredi sempre procuram mudar a forma de atuar. Fazendo com que outros bancos tentam aproximar seus métodos de satisfazer, beneficiar seus clientes, aos utilizados pelas cooperativas (COOPERATIVISMO DE CRÉDITO, 2011). Na área financeira, por exemplo, os bancos vêm divulgando intenções de se relacionar mais condignamente com os seus clientes, ao mesmo tempo em que ensaiam patamares de preços mais acessíveis na entrega de suas soluções. É o cooperativismo batizando o mercado. (COOPERATIVISMO DE CRÉDITO, 2011). Os benefícios que a internet pode trazer aos associados são muitos e simples, porém as cooperativas precisam estar sempre atentas para as mudanças de comportamento do mundo atual. As formas de beneficiar um associado ou cliente estão cada vez mais ampliadas e focadas, com as transformações que ocorrem a cada momento é preciso que as empresas, organizações estejam cada vez mais 41 preparadas para se adaptarem ao mercado conforme citam Moravski, Brandalise, Soares e Varella (2009, p. 22): Num ambiente de constantes transformações, cada vez mais universalizado, avanço da comunicação e da tecnologia de informação, as empresas precisam se adaptar, buscando sempre acompanhar o mercado, manterem-se atualizadas e atender bem aos clientes, sem alterar seus objetivos fundamentais. Ponto fundamental para uma empresa é saber como está sendo vista pelo seu cliente, como estão sendo prestados seus serviços e produtos, principalmente na situação atual em que se encontram as empresas, onde os preços, a qualidade e a sobrevivência são ditados pelo mercado. De acordo com Moravski, Brandalise, Soares e Varella (2009) as empresas precisam estar atentas às mudanças do mundo atual, pois o mercado está bastante competitivo, e as empresas precisam trabalhar em função de melhorias para poderem atender mais e melhor seus clientes. Sterne (2001) comenta que é preciso que as organizações se concentrem nos seus clientes, adquirindo suas experiências, projetando processos de negócios com esses clientes, negócios que causem impactos, o autor comenta ainda que as organizações precisam oferecer cada vez mais serviços personalizados que melhorem o funcionamento das atividades diárias dos clientes e associados. Na busca constante pela satisfação dos clientes, todas as organizações, públicas, privadas, com sistema de cooperativa, como no caso da Cooperativa de Crédito Sicredi Celeiro, buscam todas as formas para satisfazer seus clientes e associados. Um dos meios mais utilizados para atender esse associado de uma maneira mais eficiente e eficaz é a internet, através dela a Sicredi Celeiro pode oferecer muitos serviços para que os associados possam realizar suas tarefas, com mais comodidade e tranquilidade, muitas vezes esse associado nem necessita sair da sua casa ou trabalho para realizar suas transações financeiras. (COOPERATIVISMO DE CRÉDITO, 2011). A internet pela sua agilidade de realização dos processos se torna um diferencial competitivo com muitas vantagens no mercado financeiro atual, segundo Sterne (2001, p. 30): 42 Tornar sua empresa mais fácil para fazer negócio é a grande vantagem competitiva de hoje. Os clientes esperam o melhor preço. Eles esperam serviço rápido. Eles esperam conseguir respostas em vez de ficarem esperando até amanhecer. E eles irão reunir-se para comprar de você se você puder poupá-los de 10 minutos aqui e 20 minutos ali. O fato de estar se beneficiando com os serviços prestados, faz com que os associados de certa forma se fidelizem mais a sua cooperativa. Com todas as mudanças que estão ocorrendo no mundo atualmente, as cooperativas precisam estar atentas para satisfazerem todos os seus associados, pois segundo Kotler e Keller (apud MORAVSKI; BRANDALISE; SOARES; VARELLA, 2009, p.12): “Os clientes de hoje são mais difíceis de agradar. Mais inteligentes e conscientes em relação aos preços existentes, eles perdoam menos e são abordados por mais concorrentes com ofertas iguais ou superiores”. De acordo com Kotler e Keller (apud MORAVSKI; BRANDALISE; SOARES; VARELLA, 2009, p. 13): [...] o cliente adquire algo para atender suas necessidades, porém observando seu custo benefício para a sua aquisição, dessa forma, quanto maior for seu benefício em relação ao custo, mais motivado fica o cliente para adquiri-lo, assim como ele cria mais expectativas de valores, que terão de ser satisfeitos para comprovar esse beneficio. Os associados das cooperativas de crédito Sicredi Celeiro estão sendo beneficiados de uma maneira muito mais eficiente do que antigamente. Os associados realmente se sentem beneficiados quando podem realizar suas atividades sem perda de tempo, pois de acordo com Sterne (2001, p. 30) “[...] não temos tempo disponível. Não temos tempo a perder. Estamos trabalhando muitas horas e tendo mais acúmulo de responsabilidades porque o passo acelera e o espaço aumenta”. Se esses associados tiverem um desperdiço de tempo muito menor, e com custo muito baixo ou em algumas vezes com custo zero, com certeza se tornaram associados satisfeitos com os serviços oferecidos. A internet é um meio das cooperativas oferecerem seus produtos e serviços com um custo muito baixo para o associado. É importante que as empresas conheçam os custos benefícios dos seus produtos e serviços, que tem para oferecer a seus clientes, assim, como, é 43 importante desenvolverem manifestações de valores de uso destes, como forma de criar expectativas e interesse por parte dos clientes. Os clientes por sua vez, sempre estão em busca de valores que os estimulem a comprar, cabendo a empresa tentar atendê-los da melhor forma, evidenciando sempre mais os benefícios. Segundo (MORAVSKI; BRANDALISE; SOARES; VARELLA, 2009, p. 23). A cooperativa de crédito Sicredi Celeiro, está cada vez mais empenhada em buscar alternativas de satisfazer os seus associados, o diferencial maior está na forma de atendimento. Segundo Moravski, Brandalise, Soares e Varella (2009, p. 8): Atualmente muitas empresas estão em busca de medir a satisfação de seus clientes, por que o diferencial encontra-se no atendimento a esses clientes. Ou seja, para empresas de todos os tamanhos, pequena, média, grande, privadas, S.A ou cooperativas, que querem e pretendem permanecer no mercado, um bom atendimento e uma boa qualidade, é primordial. Os benefícios oferecidos aos associados estão sempre ligados a satisfação que ele terá em relação aos serviços e produtos oferecidos prestados. A definição de satisfação para Kotler e Keller, (apud MORAVSKI; BRANDALISE; SOARES; VARELLA, 2009, p. 8), é: Satisfação é a sensação de prazer ou desapontamento resultante da comparação entre o desempenho (ou resultado) percebido de um produto e as expectativas do comprador. Se o desempenho não alcança as expectativas, o cliente ficará insatisfeito. Se alcançá-las, ele ficará satisfeito. Se o desempenho for além das expectativas, o cliente ficará altamente satisfeito ou encantado. Os benefícios que a internet proporciona ao associado, não estão somente nas informações que disponibiliza, através dela o associado pode criar, editar e compartilhar conteúdos e dúvidas sobre os assuntos da própria cooperativa. Como já foram citados, os benefícios estão sempre ligados ao custo que terão por isso os associados da cooperativa de crédito Sicredi Celeiro, podem ficar tranquilos, pois os benefícios que adquirem não estão sendo tirados dos seus bolsos. A tecnologia nos sistemas de cooperativas e principalmente na cooperativa de crédito Sicredi Celeiro é uma ferramenta que assegura qualidade, competitividade, redução de custos e principalmente auxilia a cooperativa no momento de satisfazer os desejos e anseios dos associados, beneficiando-os cada vez mais e melhor. 44 CONCLUSÃO O presente trabalho foi desenvolvido com base em apontar quais os benefícios gerados pela tecnologia de informação e internet aos associados da Cooperativa de Credito Sicredi Celeiro? Ou seja, com o objetivo de demonstrar tais benefícios com isso foram delineados alguns objetivos específicos que orientaram a pesquisa, iniciada pela caracterização de tecnologia de informação e internet. Sendo citados autores como Rezende (2005), onde conceitua sistemas de informação como conjunto de partes que interagem entre si, com objetivo de alcançar um resultado e Favaro (2005) no qual aponta a internet como uma gigantesca rede mundial de computadores de todos os portes, interligados por diversos meios de telecomunicação, a internet funciona como uma rodovia, pois a informação contida das mais diversas formas trafega em alta velocidade entre todos os computadores, podemos assim chamá-la de “super rodovia da informação”. Outro assunto abordado foi a apresentação do Sistema Bancário Brasileiro, servindo como fundamento para atingir o objetivo de caracterização de cooperativa de crédito e mais especificamente a caracterização da cooperativa de crédito Sicredi Celeiro. Segundo Mariani (apud PORTO, 2006) cooperativismo é um sistema integrado, onde cada partícula depende da outra para garantir a sua própria existência. Entende-se que o cooperativismo evoluiu e conquistou um espaço próprio, definido por uma nova forma de pensar o homem, o trabalho e o desenvolvimento social. Por sua forma igualitária e social o cooperativismo foi e continua sendo aceito por todos os governos e reconhecido como fórmula democrática para a solução de problemas sócio-econômicos . Neste contexto está inserida a cooperativa de crédito Sicredi Celeiro, é uma das cooperativas de crédito mais abrangentes no mercado financeiro atual. Tem características próprias de cooperativa, visando à união dos associados no bem comum. Sua missão como cooperativa é valorizar o relacionamento, oferecer soluções financeiras para agregar renda e contribuir para a melhoria da qualidade de 45 vida dos associados e da sociedade. Os seus valores são preservações irrestritas da natureza cooperativa do negócio, respeito à individualidade do associado, valorização e desenvolvimento das pessoas, preservação da instituição como sistema, respeito às normas oficiais e internas e eficácia e transparência na gestão. Por fim, demonstrando os benefícios da tecnologia de informação e da internet aos associados da Cooperativa de Credito Sicredi Celeiro, nos dias de hoje, muito mais que informações, traz comodidade, agilidade, segurança, praticidade, rapidez e principalmente tranquilidade para realizar suas transações financeiras. Os sistemas de informação e a internet são meios de comunicação que facilitam cada vez mais a vida do associado, para que ele tenha todos os serviços disponíveis e todas as soluções, como, quando e onde precisar. O jeito diferente de responder aos anseios dos associados e da comunidade de um modo geral influencia automaticamente na cooperativa de crédito Sicredi Celeiro, pois como organizações tradicionais, quando se trata de beneficiar associados, as cooperativas Sicredi Celeiro sempre procuram mudar a forma de atuar. Fazendo com que outros bancos tentam aproximar seus métodos de satisfazer, beneficiar seus clientes, aos utilizados pelas cooperativas (COOPERATIVISMO DE CRÉDITO, 2011). De acordo com Sterne (2001), não se pode esquecer a satisfação do cliente e nem compará-la com o encantamento do mesmo, pois o encantamento termina muito rápido sem que este cliente divulgue sua própria satisfação, mesmo que momentânea, para outros clientes, a satisfação se constrói a cada dia, a cada momento que se resolve aprimorar seus produtos e serviços, principalmente se esses forem transmitidos por informações eletrônicas. O associado está cada vez mais buscando a comodidade, a agilidade e eficiência nas suas atividades financeiras, pois as constantes mudanças do mundo atual exigem que ele esteja sempre um passo a frente. E assim através da internet que a Sicredi Celeiro pode oferecer aos seus associados todas as vantagens que ele busca para seu dia a dia. Essas informações estão contidas no capítulo cinco deste trabalho. 46 Diante do exposto, caberia ressaltar, a importância dos sistemas de informação e internet para o mercado financeiro atual, sem esses meios de comunicação ficaria muito difícil para o mercado financeiro atingir suas metas e ampliar cada vez mais seus clientes e associados. Em se tratando da Cooperativa de Crédito Sicredi Celeiro, não é diferente, pois os associados possuem muitos benefícios que fazem com que eles consigam levar suas vidas cotidianas normalmente ou seja, não necessitam deixar suas tarefas diárias relativamente mais importantes, para dirigirse até a agência ficando tempo nas filas podendo realizar suas transações financeiras sem sair de casa ou do trabalho.nos mais variados horários. 47 REFERÊNCIAS A FEBRABAN. Disponível em: <http://www.febraban.org.br/a febraban>. Acesso em 02 de junho de 2011. ALBERTIN, A L. Comércio eletrônico: modelo, aspectos e contribuições de sua aplicação. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000. ______. Comércio eletrônico: modelo, aspectos e contribuições de sua aplicação, 3. ed. São Paulo: Atlas, 2001. ASSOCIADO SICREDI. Disponível em:< http://www.sicredi.com.br/>. Acesso em : 05 de maio de 2011. CAMPOS FILHO, M. P. Os sistemas de informação e as modernas tendências da tecnologia e dos negócios. 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