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Prof. Jean Alves Cabral Macedo
Naturologista
Teólogo
www.professorjean.com.br
[email protected]
(Campina Grande 27/11/2013)
Manifesto Pessoal nº 002 (M002) 1
Minhas Crenças em Nov/2013
Uma das poucas alegrias da vida numa época de ansiedade é o fato de
sermos forçados a tomar consciência de nós mesmos. Quando a sociedade
contemporânea, nesta fase de reversão de padrões e valores, não consegue
dar-nos uma nítida visão do que somos e do que devemos ser, nas palavras
de Matttew Arnold, vemo-nos lançados à busca de nós mesmos. A dolorosa
insegurança que nos rodeia torna-se um incentivo a indagar: será que nos
passou despercebido algum importante manancial de força e orientação?
Rollo May2
1. A Necessidade de Fundamentos na Psique Existencial.
Todas as pessoas possuem um fundamento que estrutura o seu modo de agir na vida.
Esta estrutura é denominada de “quadro mental”. Ainda que não tenhamos consciência ou
uma clara compreensão do que significa isto, não há quem não tenha um quadro
mental estruturante; de sorte que toda a nossa vida depende de valores e fatores que nos
apontam numa direção funcional.
A vida é constituída de fundamentos e eles estão em tudo e em toda parte!
Negar isto é se tornar absurdamente contrário às Leis Naturais e, por esta negação,
cair no ridículo de um argumento sem substância e para que nada serve.
Ocorre que ao falarmos de fundamentos, imediatamente surge a consideração sobre
as bases que nos fazem pensar que o fundamento evangélico é o ideal para a nossa vida.
E este princípio de consideração é o que mais se eleva nos debates acerca da matéria,
sobretudo, liberdade absoluta da multiplicidade de crenças que são amplamente
amparadas em nossa Constituição Federal de 1988.
Diga-se de passagem, que é exatamente pelo direito inalienável do ser humano poder
crer na divindade que quiser e de defender a idéia que quiser, que os evangélicos podem
realizar em toda parte sua obra de crescimento, sem os constrangimentos de uma
Inquisição Romanista ou Ditadura Militar.
Nosso argumento não seguirá a vertente jurídica, mas, é imperativo lembrar deste
item porque ele está na base de nosso direito de uma defesa ampla acerca de nossas
posturas assim como os demais crentes em outras confissões podem fazê-lo.
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Os Estudos publicados pelo Prof. Dr. Jean Alves Cabral Macedo, são catalogados em série e objetivam atender às
demandas de orientação referentes à sua banca de educação, sobretudo, na área de saúde, teologia, administração,
psicologia e pedagogia. Os direitos são reservados. A cópia é franqueada livremente desde que seja preservada a fonte
e a íntegra deste material.
2
MAY, Rollo. O Homem à Procura de Si Mesmo. Editora Vozes, Petrópolis, RJ, 1987, p. 9.
E é aqui que nasce a nossa principal linha de compreensão: “há crentes de toda
espécie de doutrina neste Mundo” – e é nossa compreensão pessoal de que somente na
avaliação comparativa dos argumentos de cada crença se poderá achar o fundamento
verdadeiro para a nossa experiência.
Por assim dizer, estamos alinhados com uma visão bíblica, evangélica e cristocêntrica
da vida humana, portanto, discordamos de todas as demais que não se afiliam a esta base
– o que, novamente repetiremos – não por um sentimento de inimizade, pois não somos
inimigos de pessoa alguma que pense diferente de nós, mas porque defendemos uma
postura de fundamentos que estão na base de nossa compreensão de questões tais como
“significado da vida”, “sentido de viver” e “lógica da existência.
Uma excelente ilustração do que significa esta nossa abordagem é a que lemos em
White nesta passagem:
No mais alto sentido a obra da educação e da redenção são uma; pois, na educação, como na
redenção, “ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus
Cristo”. “Foi do agrado do Pai que toda plenitude nEle habitasse” (1ª Coríntios 3:11;
Colossenses 1:19).
Sob condições mudadas, a verdadeira educação ainda se conforma com o plano do Criador, o
plano da escola edênica. Adão e Eva recebiam instrução pela direta comunhão com Deus; nós
contemplamos “a iluminação do conhecimento de Sua glória” na face de Cristo.
Os grandes princípios de educação são imutáveis. “permanecem firmes para sempre” (Salmo
111:8), visto que são os princípios do caráter de Deus. Deve ser o primeiro esforço do professor
bem como seu constante objetivo auxiliar o estudante a compreender estes princípios e entrar
com Cristo naquela relação especial que fará daqueles princípios uma força diretriz na vida.
O professor que aceita este objetivo é em verdade um cooperador de Deus, um coobreiro de
Deus. 3
Assim, vamos definir o que significa exatamente este negócio de fundamentos da
vida?
A idéia de que eu tenho da essencialidade de ter fundamentos para a minha vida me
soa como uma idéia genial e altamente benéfica.
Uma das minhas concepções mais claras é de que precisamos definir a nossa vida
dentro de prioridades que sejam construídas num plano de valores importantes e que não
sejam urgentes, porque assim estaremos na direção certa por atuarmos com coisas
importantes, mas sem o estresse da urgência!
A serenidade desta idéia me alegra o espírito!
É o que Hyrum W. Smith disse em seu fantástico Gerencie Sua Vida (Ed. Mandarim,
SP, 1996):
3
WHITE, Ellen Gould. Educação. Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP, 1997, p. 30.
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Cada um de nós vive segundo um conjunto específico de ‘valores dominantes’. Na base do ser
que você é, estes valores dominantes são elementos mais importantes para você – pela razão
que for. Pelo fato de estarem neles incluídos os seus traços e as suas convicções – como
honestidade, amor e crença num poder superior -, os quais são os tijolos estruturais da sua
personalidade, talvez você não consiga explicar a importância dos mesmos; eles simplesmente
são importantes para você. (p, 63).
Minhas crenças pessoais derivam evidentemente da Bíblia Sagrada e sem ela eu não
estaria nem escrevendo este material!
Mas, uma Declaração de Crenças é algo muito mais profundo do que muitas pessoas
podem supor; significa literalmente que são valores inegociáveis, ou seja, para defendê-las
eu não tenho receio de morrer! E este dogmatismo é a causa de não perdermos o juízo
diante dos grandes embates da vida.
Isto foi o que servos de Deus fizeram ao longo de suas vidas, como declara Paulo:
Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque fazendo assim,
salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes. (1ª Timóteo 4:16)
Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despenseiro de Deus, não
arrogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobiçoso de torpe ganância;
antes, hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, justo, piedoso, que tenha domínio de si, apegado à
palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto
ensino como para convencer os que o contradizem. (Tito 1:7-9)
2. Minhas Crenças Atuais.
A minha declaração de crenças pessoais foi formalmente publicada no Cartório de
Títulos e Documentos da Comarca de Fortaleza Pergentino Maia (1º Ofício e 3º de Notas)
sob o nº de Protocolo 258486 em ligação com o Protocolo nº 260359.
No referido documento eu declaro para todos os devidos fins jurídicos ou não que fui
ingresso na Igreja Adventista do Sétimo Dia em 05/02/2006 e oficialmente retirei-me dela
de livre e espontânea vontade, sem qualquer constrangimento ou disciplina por qualquer
quebra de decoro no dia 23/05/2008. Há um documento daquela agremiação religiosa no
Protocolo Cartorial mencionado que atesta esta verdade.
Naquela ocasião apresentei um conjunto de crenças que eram as mesmas
defendidas pela Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra; porém, como aqui eu publico
todas as minhas posições oficiais acerca de todos os fundamentos da minha vida, declaro
que a confissão ali definida fica substituída por esta que aqui vou enunciar e,
efetivamente registrar em Cartório quando do registro deste Memorial. São crenças oficiais
em minha vida conforme entendo hoje pelo estudo das Sagradas Escrituras:
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DOUTRINA DOS PRINCÍPIOS ELEMENTARES.
(1) As Sagradas Escrituras: Creio que a Bíblia, publicada sob a chancelaria da
Sociedade Bíblica do Brasil, com 66 livros da tradução clássica do protestantismo,
é a Palavra Escrita de Deus, e que este Santo Livro só pode ser compreendido
mediante a comunhão sincera do leitor com o Seu Autor Divino. Compreendo que
este Santo Livro contém a revelação essencial para a vida presente e para a
imortalidade, conforme declaradas em Cristo. Para mim a Bíblia é a base da
revelação do ideal de Deus Pai no governo do Universo, o código de valores para
o caráter, a norma de avaliação da experiência, o centro de compreensão de
doutrinas e o registro essencial dos atos de Deus na História. Seu grande foco é a
exposição da realidade que o Seu Unigênito Filho ocupa na existência do Universo,
bem como Sua vinda ao nosso Mundo, Sua vida, morte, ressurreição e atos atuais
no Santuário Celestial, onde assentado à direita do Pai Todo Poderoso lidera a
restauração do Universo conforme o ideal original manifesto na Criação. É para
mim a Palavra de Deus inspirada e infalível (João 5:39; João 17:17; 1ª Coríntios
4:6; 2ª Timóteo 3:16-17; 2ª Pedro 1:21; Lucas 24:44; João 8:31-32; Romanos 15:46; Salmo 119:105; Tiago 1:5,6; Jeremias 34:16; Mateus 22:29).
(2) A Divindade: Creio em Deus o Pai, em Seu Filho que é conhecido como “o
Messias ou o Cristo – Ungido esperado por Israel” (que chamo de Yehôshua’
Mashiah) que é meu Salvador e Senhor, e na Obra do Espírito Santo que é o único
poder capaz de regenerar a minha vida capacitando-me para estar pronto para a
vontade de Deus. Sou um adorador do Deus Pai por ser meu Criador, sou adorador
do único Filho gerado pelo Pai (unigênito) porque o Pai assim me ordenou nas
Escrituras e, compreendo que o Espírito do Pai e do Filho Se manifesta na vida
humana como o Consolador. (Mateus 11:27; 1ª Coríntios 8:5-6; 2ª Coríntios 13:13;
João 16:7-16; Deuteronômio 6:4-9; João 17:3; Judas 1:20-21; Apocalipse 14:6-7;
2ª João 1:7-10; Atos 17:22-31; Romanos 1:20-23; Isaías 26:3-4; João 16:7-13;
João 17:1-3; 14:6-9; 15:1-5; 14:23).
(3) A Finalidade Moral da Vida Humana: Creio que o ser humano é um Santuário
para habitação do Espírito Santo de Deus Pai e do Seu Filho e que, possuindo
sete dimensões harmoniosas e complementares entre si, pode ter o
desenvolvimento do equilíbrio mediante a obediência as Leis Naturais, que são
Leis de Deus. As sete dimensões são: físico, emocional, mental, espiritual, familiar,
social e ecológica. A finalidade moral da existência humana é ser morada do
Espírito de Deus (Pai e Filho) em toda a Sua plenitude, dentro dos limites de
receptação determinadas pelo Criador. As escolhas humanas determinam o tipo
de existência que cada pessoa terá e, estas escolhas influenciam outras pessoas,
de sorte que o ser humano é responsável por suas escolhas moralmente diante do
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Deus Eterno. (1ª Tessalonicenses 5:23; Romanos 12:1-3; Mateus 4:23; João
10:10; Gênesis 4:6-7; Romanos 14:12; 1ª Coríntios 10:29; 2ª Coríntios 13:5-6;
Deuteronômio 30:19-20; Ezequiel 18:20-28; João 15:1-5; 1ª João 5:10-12).
(4) A Natureza Humana: Creio o ser humano não possui uma alma, mas que é uma
alma vivente, indivisível, e que na morte não fica vivo, mas em estado de absoluta
ausência, permanecendo nela em estado de espera até que o dia em que o Deus
Pai Todo-Poderoso promoverá a Segunda Vinda de Cristo e então, tal pessoa será
revivida para a vida eterna ou, depois do milênio que ocorrerá após a referida
segunda vinda de Cristo será ressuscitada para a perdição eterna. Não creio nos
postulados espíritas, espiritualistas, na teosofia, no ocultismo ou no esoterismo,
não creio na adoração ou comunicação com os mortos e sob hipótese alguma creio
em doutrinas que insultam a morte vicária de Cristo em favor da espécie humana
na cruz do Calvário, tentando anular a Sua morte expiatória colocando em seu
lugar uma suposta reencarnação salvífica. Para mim a ilusão da imortalidade do
espírito humano se dá mediante a influência espiritual malévola de Satanás, o
adversário de Deus e da espécie humana que, segundo a narrativa bíblica, nossos
primeiros pais se permitiram dominar caindo em pecado e foram possuídos da
dominação ilegítima e despótica deste inimigo de Deus, tornando-se desde então
sujeitos à morte. Seus descendentes partilham dessa natureza caída e de suas
conseqüências. Nascem com fraquezas e tendências para a desobediência das
Leis Naturais e Morais, que são Leis de Deus. Mas Deus, em Cristo somente,
reconciliou consigo o Mundo e por Este meio único pode pôr Seu Espírito nos seres
humanos, restaurando-os da queda existencial onde estão. Para mim o ser
humano foi criado originalmente bom e justo, mas perdeu essa natureza por cair
voluntariamente em pecado (Gênesis 1:26-31 e 2:7; Eclesiastes 12:7; Eclesiastes
3:19-22 e 9:4-10; Hebreus 9:27-28; 1ª Tessalonicenses 4:13-18; Apocalipse 20:110; Gênesis 3:1-3; Romanos 8:20-21; Efésios 6:8-12; Deuteronômio 18:9-14).
(5) O Grande Conflito Universal: Creio que há um grande conflito entre forças do
bem e do mal. Compreendo que há um ser denominado Satanás (Adversário)
pelas Escrituras Bíblicas, que comanda uma imensa rebelião contra o governo de
Deus o Pai e Seu Filho Unigênito, mas sei que, pelo testemunho das Escrituras,
este ser está derrotado nos seus interesses e aguarda, conforme a presciência de
Deus, a sua própria aniquilação para todo o sempre conjuntamente com todos os
demais seres que conspiram e cooperam contra o Reino de Deus. Esse conflito se
originou no Céu quando Lúcifer (portador de luz, depois denominado Satanás), um
ser criado, dotado de liberdade de escolha, por exaltação própria, decidiu opor-se
à decisão de Deus Pai de exaltar Seu Filho Unigênito à condição de digno de
adoração. Satanás, enciumado desta decisão e do decreto divino induziu com
grande inteligência os anjos celestiais a uma rebelião que está agora próxima de
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seu fim. Para favorecer Seus filhos leais neste conflito, o Pai, mediante Cristo,
comunica-Se a Si mesmo numa manifestação espiritual capaz de estar na mente
e no corpo das pessoas e também envia Seus santos anjos para proteger, amparar
e ajudar na guia da vida. É nosso alto privilégio participar deste conflito como
combatentes do Reino de Deus e selar nossa vida com esta escolha. (Efésios 6:1218; Ezequiel 28:12-19; Isaías 14:12-19; Apocalipse 12:7-12; Gênesis 3:1-7; Mateus
4:1-11; Marcos 9:14-29,38-41; 2ª Coríntios 4:3-6; 2ª Coríntios 2:7-11; 1ª Coríntios
10:14-22; 2ª Coríntios 6:11-18; 1ª Pedro 5:6-11; Hebreus 1 e 2).
(6) A Criação: Creio que Deus o Pai é o Criador de todas as coisas, que gerou Seu
Filho Unigênito nos dias da eternidade e determinou que nEle habitasse toda a
Sua própria plenitude infinita e que, mediante esta Sua decisão executiva
universal, determinou-Lhe que criasse todas as coisas que são visíveis e invisíveis,
submetendo todas as coisas ao Seu poder de Filho, para a glória de Deus Pai.
Compreendo que o primeiro casal criado na Terra possuía a imagem e semelhança
divina e foi-lhes dado o domínio sobre o Mundo, conferindo-lhes a
responsabilidade existencial de cuidar dele. Quando o Mundo foi concluído era
”muito bom”, proclamando a glória de Deus. O pecado dos nossos primeiros pais
desviou a Criação deste ideal supremo e lançou a Terra em desgraça que somente
Cristo pode restaurar ao seu propósito original. (1ª Coríntios 8:4-6; Filipenses 2:511; 1ª Coríntios 15:24-27; Colossenses 1:12-19 (2:6-10); Provérbios 8:22-36;
Gênesis 1:26-27 (2:18-25); Romanos 8:18-23; João 3:16-18; 17:3; 1:14-18; 1ª
Timóteo 2:5).
DOUTRINA DA SALVAÇÃO.
(7) O Plano da Redenção e da Restauração: Creio que todos os seres humanos
devem atender ao chamado espiritual que Deus tem feito diariamente em nossas
consciências, buscando compreender o plano da Redenção e as implicações
reveladas na Bíblia acerca do Grande Conflito Cósmico que envolve todas as
forças do bem e do mal e, mediante a sincera intenção da alma, se humilharem
diante de Deus o Pai, confessando que Ele e Seu Filho Unigênito são dignos de
toda adoração, de toda honra e de toda a glória existencial, venerando-Os,
exaltando-Os e obedecendo Seus mandamentos com alegria e inteireza de
coração. O Plano da Redenção foi produzido antes mesmo da fundação do Mundo
e previa que o Filho Unigênito de Deus renunciaria à sua condição de ser da
mesma natureza existencial do Pai para tornar-Se parte da Criação, ser humilhado
até a morte e ser efetivamente aniquilado da existência mediante o punitivo
sacrifício expiatório que realizou no Calvário. Este sacrifício tornou Cristo um Ser
com o Nome que Se tornou maior que todos os outros, sendo superado apenas
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pelo Pai e confirmou a decisão do Pai de, no passado, exaltá-Lo à condição de
digno de adoração, além de torná-Lo definitivamente o Senhor de toda Criação,
sendo superado apenas pelo Pai a Quem Se agrada em servir e obedecer ainda
hoje e sempre. A espécie humana não foi deixada à mercê do pecado, mas tem
sido incentivada por todos os meios que a Mente Divina pode conceber para ser
alcançada e restaurada à imagem do que era o plano original para a mesma. (João
3:16-18; 17:1-3; 14:6-9; Isaías 55:6-8; 2ª Coríntios 5:18-21; Isaías 45:22; 30:15;
Atos 4:10-12; 15:12; Romanos 5:1, 8-10; 8:1; 1ª Coríntios 1:18; Efésios 2:1-9;
Hebreus 1:1-14; Filipenses 2:5-11 e 1ª Coríntios 15:24-28).
(8) Liberdade Pessoal e Predestinação: Creio que todos os seres humanos quando
nascem são escravos de Satanás porque vêm ao Mundo com toda sua inclinação
em rebeldia contra as Leis Naturais e Morais de Deus (1ª João 5:19; Salmo 51:4,5;
Romanos 8:19-22), mas compreendo que o sacrifício expiatório de Cristo torna
esta dominação satânica relativa (Josué 24:15; 1ª Reis 18:21; 1ª Coríntios 10:12)
e, em certas condições determinadas pelo Senhor absolutamente encerrada na
vida humana (João 6:35,45; 3:16-18; 17:3; 14:6-9; Marcos 10:35; João 6:37;
Apocalipse 3:5), de sorte que a libertação verdadeira e única só pode ser
conquistada quando a pessoa une sua vida, em um concerto (aliança) sério e
solene com Deus Pai, em nome de Seu Filho Unigênito (Romanos 10:9-11) .
Compreendo que as pessoas que estão fora deste concerto são todas aquelas que
se confessam humanistas e não teocêntricas. E compreendo também que cada
pessoa recebe do Pai mediante Seu próprio Espírito Santo uma sucessão de
momentos (João 16:7-13) para poder fazer suas escolhas em direção a uma
destas duas posições: ou ao ideal de Deus manifesto em Seu Filho (João 3:1618), ou em direção ao egocentrismo marcadamente característico como básico de
toda sorte de humanismo e satanismo conceitual. Desta forma, compreendo que
todos nós fomos predestinados para a vida eterna (Efésios 1:11; 1ª Timóteo 2:35), porque o Filho de Deus sempre foi o Cordeiro de Deus que tira o pecado do
Mundo e já estava destinado à morte vicária que suportou vitoriosamente desde
antes da fundação do Mundo (Efésios 1:4; Hebreus 4:3; 9:26; João 17:24; 1ª Pedro
1:20; Apocalipse 13:8). Os que vierem a receber o galardão da condenação eterna
por ocasião de Sua segunda vinda ao Mundo, para o aniquilamento, serão aqueles
que desdenharam da providência divina em providenciar antes mesmo do
surgimento do pecado o caminho por onde todos poderiam viver (Mateus 7:13;
Filipenses 1:27-30; 3:18-20; 2ª Tessalonicenses 1:3-12; Hebreus 10:28-31). A
liberdade humana só existe no sentido de escolher a que potestade o ser humano
deseja servir, se a Cristo ou a Satanás (Josué 24:15; Mateus 7:13-14; Romanos
10:9-11). E a luta pela posse da alma (mente) humana, se dá no dia-a-dia, nas
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questões em que temos que decidir quais valores e princípios de vida desejamos
(Filipenses 2:12; 1ª Pedro 1:19; Efésios 1:13).
(9) A Experiência da Salvação: Creio que a experiência da salvação é manifesta em
três momentos da vida da pessoa que escolheu ser discípula no Reino de Deus
(Filipenses 2:12). Primeiramente no momento da aceitação mental que leva a
escolha de ser um servo de Deus (humildade) (Romanos 10:9-11), em segundo
lugar, quando a pessoa passa a viver em estado de oração, serviço ativo em favor
de seus semelhantes e em comunhão com outros companheiros de jornada
espiritual (Efésios 2:8-10; Colossenses 3:16; Efésios 5:19), e, em terceiro lugar,
quando a pessoa reconhece sua impossibilidade de viver uma vida perfeita por
seus esforços pessoais e busca continuadamente, mesmo em face de sucessivas
quedas na conduta, o poder e a iluminação do Espírito Santo de Deus (Efésios
6:18; Romanos 2:7; Lucas 8:15). A experiência da salvação é dinâmica e está
sujeita diretamente ao poder do Pai Todo Poderoso que mediante Seu próprio
Espírito (João 16:7-13), diante do que Cristo conquistou, vem habitar
pessoalmente na vida humana, restaurando Sua situação original (João 14:23; 1ª
Coríntios 3:16-17). Este processo não se dá sem uma luta do indivíduo consigo
mesmo, pois é necessário um novo nascimento interior na pessoa que é
confrontada com a questão da soberania do Pai em sua vida (João 3:3-5; Efésios
1:3-14). É preciso que a pessoa renuncie a todos os seus pensamentos, gostos e
ideais, permitindo que o Pai ponha os dEle dentro de sua mente, de suas emoções
e experiência real prática na vida (Lucas 14:26-27,33; Lucas 9:26; Marcos 8:3438).
(10)
A Casa de Deus Somos Nós: Creio que a Casa de Deus está em dois lugares
do Universo: no terceiro Céu, onde declara a Bíblia que está literalmente o Seu
trono e que está em nossas vidas (2ª Coríntios 12:2; Salmo 11:4; 103:19; Hebreus
8:1). Não creio em capelas, em templos feitos por mãos humanas e não atribuo a
qualquer lugar específico qualquer tipo de valor espiritual (Atos 7:48; 17:24; João
4:20-24), porque “onde dois ou mais estiverem reunidos no Nome de Cristo, Ele
estará lá” (Mateus 18:20). Compreendo que houve no Velho Concerto Levítico um
Templo onde Deus colocou Seu Nome (1ª Reis 5:5; 1ª Reis 8:18, 29, 35, 44; mas
no Novo Concerto o Templo somos nós mesmos (1ª Coríntios 3:16-17) e o Pai
deseja morar em nós de forma espiritual, conforme se declara em João 4:20-24;
14:23. Não encontro em todo o Novo Concerto, qualquer ordem direta para se
construir capelas e templos como se vê em toda parte na sociedade, mas a ordem,
em meu entendimento é a de que edifiquemos vidas para a Sua honra e glória
(Efésios 2:18-22; Romanos 12:1-3; Efésios 4:11-16). O projeto e o programa de
Deus para os nossos dias não é o de estar em denominações religiosas ou em
igrejas institucionais, mas é claramente manifesto nas Escrituras do Novo
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Testamento que o Seu projeto e o Seu programa é o de habitar em nossas vidas
e em nossos corpos, restaurando assim a finalidade moral da vida humana.
(11)
O Temor de Deus e a Adoração: Creio que o temor do Senhor é o início da
sabedoria e esse temor não é medo de Deus (2ª Crônicas 19:7; Salmo 111:10; Jó
28:28; Provérbios 1:7; 14:26-27; 15:16,33; 16:6; 22:4; 23:17; 2ª Coríntios 5:11),
mas uma solene reverência e veneração por Sua Pessoa e neste aspecto o Seu
Nome deve ser cuidadosamente respeitado (Êxodo 20:7; Deuteronômio 5:11;
Salmo 68:4; 135:3). Compreendo que toda pessoa que tem este temor na alma,
adora ao pai em espírito e em verdade (João 4:20-24), adota o nome “Pai” e o
nome “Yehoshua” como dignos de adoração (João 17:3; 14:6-9; Apocalipse 14:67; Filipenses 2:5-11; 1ª Coríntios 8:4-8; Hebreus 1:5-7; 1:1-3). Este temor leva o
ser humano a adorar ao Pai e ao Filho na força do Espírito Santo (João 15:26; Atos
1:8; 2:18,33,38; Romanos 15:13,30). A adoração significa literalmente: clamar pelo
nome (Salmo 105:1; Isaías 12:4); prestar homenagens (Salmo 69:30; 1ª Coríntios
10:31); exaltar a personalidade (Salmo 99:5,9); agradecer e enaltecer como mais
importantes em nossa vida (João 17:3; 14:6-9; 1ª Coríntios 10:31).
(12)
A Doutrina do Santuário Celestial: Creio que há um lugar específico no
Universo chamado Nova Jerusalém ou Santuário de Deus (Gálatas 4:26;
Apocalipse 3:12; 21:2), onde está o trono do Altíssimo (Mateus 5:34; 23:22;
Hebreus 12:12; Apocalipse 7:15; 22:1,3). Creio que o Senhor Yehoshua entrou
neste trono após a Sua ressurreição (Mateus 16:19; Atos 7:55) e está lá para
interceder por todos os seres humanos desde aquela data (Romanos 8:34;
Hebreus 7:22-26). Acredito que houve na Antiga Aliança de Deus com Israel um
pacto em que o Sacerdócio Levítico, os Dez Mandamentos de Êxodo 20 e
Deuteronômio 5, bem como toda a infra-estrutura cerimonialística, bem como a
Torah e seus aspectos internos, o Talmude, que é uma coletânea de comentários
rabínicos sobre as Escrituras Hebraicas, tudo isto, denominado de “A Lei e o
Testemunho”, estão abolidos diante da Nova Aliança que é coordenada e presidida
pelo Sumo Sacerdote da Ordem de Melquisedeque, a saber, Yehoshua, o Filho
Unigênito do Pai (Hebreus capítulos 3 a 12). Acredito que há uma obra em
desenvolvimento desde que o Anjo de Apocalipse 14:6-7 iniciou um vôo
anunciando para a Terra que “é chegada a hora do juízo” de Deus. Este juízo, ou
obra de Deus, é um processo que encerra aspectos muito peculiares que explicito
no enunciado da crença sobre o juízo de Deus.
(13)
A Segunda Vinda e Cristo: Creio que haverá em breve a segunda vinda de
Cristo (Yehoshua) (Mateus 24:30-31; Atos 18-11), literal (Apocalipse 1:7), corpórea
e visível (Mateus 24:30; Marcos 13:26; Lucas 21:27), e definitiva para a História
terrestre (Nau 1:2; 1ª Coríntios 15:24-28), quando Ele estabelecerá o Seu Reino
Milenar e governará (Lucas 1:30-35) com cetro de ferro (Hebreus 1:8; Salmo 110:2;
Página 9
Apocalipse 12:5; 19:15; 2:27; Salmo 2:9) todos os seres humanos. Esta segunda
vinda está predita nas Escrituras como a bendita esperança (Tito 2:13) de vida
eterna para todos que sempre buscaram a Deus com profunda sinceridade de
coração (João 5:24; 15:1-5).
(14)
Vida, Morte e Ressurreição de Cristo: Creio que Cristo (Yehôshua’
Mashiah) nasceu de uma virgem, por intervenção direta de Deus Pai no corpo
desta mulher (Miriã) e que a natureza dEle foi rigorosamente humana, semelhante
fisicamente aos homens, mas moralmente, por haver sido gerado diretamente do
Pai dentro dela, a natureza de Adão antes da queda registrada em Gênesis 1-3
(Lucas 1:26-55). Cristo é, literalmente, o segundo Adão da espécie humana,
trazido à existência neste planeta por uma obra sobrenatural a fim de reconciliar a
Humanidade toda com o Pai Todo Poderoso (Romanos 5; 1ª Coríntios 15:21-22,
45). Em Cristo jamais houve qualquer tipo de pecado (Hebreus 9:28; 4:15;
Romanos 5:15-21). Para mim, o nascimento, a vida, obra, ensinamentos,
ministério, milagres, atitudes, sacrifício, morte, ressurreição, e atual comando
celeste é simplesmente o centro de toda a vida universal e minha única esperança
de vida eterna (João 17:3; 14:6; João 3:16-17; 1ª Timóteo 2:5). Ele é meu Senhor
e salvador (Romanos 10:9), meu Intercessor no Tribunal Celeste (Hebreus 7:25),
meu Rei (Lucas 1:30-33). Compreendo que nenhuma de Suas prerrogativas e
atributos ele as possui de Si mesmo, mas em tudo deu graças e atribuiu a glória
ao Pai Todo Poderoso (João 14:28; Mateus 11:27; Lucas 22:29; João 5:30; 8:16).
Para mim a Sua ressurreição é a garantia de que eu poderei ter a vida eterna e
que ele está me defendendo de mim mesmo, do pecado, do Mundo e do Diabo.
Crer na Sua pessoa e nestas questões aqui enunciadas é ter a certeza e a garantia
da vida eterna aqui agora (João 5:24; 3:16-18; Romanos 10:9). Creio que ele
retornará a este Mundo para restaurar definitivamente todas as coisas e esta Sua
segunda vinda será em grande poder e glória (Mateus 24:30-31).
(15)
O Juízo Divino: Creio que o juízo divino se dá aqui e agora em nossa vida
terrestre mediante a nossa genuína e visceral confissão de fé na obra vicária e no
senhorio de Cristo (Romanos 10:9). Se uma pessoa confessar a autoridade de
Cristo sobre sua vida está, imediatamente, sem qualquer sombra de dúvidas,
perdoado de toda sorte de iniqüidades e não entra em juízo, mas já passou da
morte para a vida naquele exato instante (João 5:24; 3:36; 6:47,54; Romanos 8:1;
5:1). O juízo divino é bem claro nas Escrituras, nas palavras do próprio Cristo ao
declarar que qualquer pessoa que permanece nEle não entra em juízo ou
condenação, mas já está com a vida eterna, portanto, compete-nos confessar este
princípio e manter a vida em ligação contínua com Ele, sempre repetindo em nossa
mente que renunciamos a nós mesmos e escolhemos à Ele como nosso Salvador
e Senhor (Romanos 10:9; João 3:16).
Página 10
(16)
A Nova Terra: Creio que após a aniquilação do pecado na Terra (Naum 1:9;
Apocalipse 20:14), Deus Pai nos trará um novo Céu e uma nova Terra nos quais
habitarão a Justiça perfeita (2ª Pedro 3:13; Isaías 65:17; 66:22; Apocalipse 21:1).
Esta Nova Terra (Apocalipse 21:1) terá uma Santa Cidade: a Nova Jerusalém e
tudo será restaurado no padrão original de Deus (Apocalipse 21 e 22; Atos 3:21).
(17)
Os Dois Concertos: Creio que a Bíblia está dividida em dois grandes
concertos que Deus fez com a espécie humana e que denominamos de velho e
novo testamento (ou aliança, ou pacto, ou concerto). No primeiro concerto havia
uma estrutura sacerdotal humana falível, um santuário terrestre, uma lei e
legislação fraca e impotente, bem como o sangue de animais e um ritual de
expiação do pecado absolutamente simbólicos. No novo concerto, porém, a
estrutura sacerdotal é Cristo, o santuário somos nós mesmos onde ocorre a
salvação e a obra de santificação, a lei de Deus é escrita em nosso coração como
um princípio espiritual onde o próprio Deus e Seu Filho habitam em nós e vivem a
vida perfeita em nós, sem que precisemos guardar este ou aquele mandamento
por nosso próprio esforço pessoal, o sangue que nos purifica é o sangue de Cristo
e o ritual de expiação está abolido pelo sacrifício feito por Cristo na cruz do
Calvário. Vivemos hoje debaixo do sacerdócio da Ordem de Melquisedeque cujo
Sumo Sacerdote é Cristo. Todas as regras que existiam na Torah e que exigiam
dos fiéis uma obediência para que pudessem ser salvos estão abolidas e em seu
lugar foi implantado o princípio da salvação a pela graça que recebemos mediante
a fé. (Hebreus 7-10; Gálatas 2:16-21; 3:10-27).
(18)
Morte, Ressurreição e Espiritismo: Creio que o ser humano está sujeito a
morte, pois o salário do pecado é a morte (Romanos 6:23). Mas, Deus o Pai, que
é o único que possui a imortalidade (1ª Timóteo 6:16; João 1:1; 1ª João 4:12),
estabeleceu um critério universal que diz: “a alma que pecar esta morrerá”
(Ezequiel 18:4,20). A única possibilidade de vida eterna está em Cristo (João 14:6;
17:3; Romanos 10:9) e qualquer outra proposta está fracassada antes mesmo de
ser proposta (Isaías 53). Até a segunda vinda de Cristo a morte é um estado de
inconsciência para todas as pessoas (Mateus 9:24; João 11:11-14; Eclesiastes 9:5;
Salmo 115:17). Somente na volta de Cristo haverá a ressurreição de mortos para
a vida ou perdição eterna (Daniel 12:2; 1ª Timóteo 4:16; Mateus 25:31-46). Refugo
e desprezo a doutrina da reencarnação, porque ela nega o sacrifício expiatório de
Cristo (1ª João 1:6-9; 2:1-3) e, porque ela apregoa que os mortos estão vivos,
perpetuando um ensinamento defendido pelo Diabo nas origens do pecado
(Gênesis 3:1-5). Rejeito a teoria de que os que morrem vão para um tipo de inferno,
porque somente na segunda vinda de Cristo será feito o acerto de contas para
depois ser dada a devida destinação para o indivíduo (Hebreus 9:27). A
ressurreição será corpórea e literal (1ª Coríntios 15:42). Para mim, toda e qualquer
Página 11
manifestação que for atribuída a um espírito de um morto é, na verdade, uma
manifestação literal e direta de Satanás ou de algum demônio sob seu comando
(Isaías 8:19; Deuteronômio 18:11; 2ª Coríntios 11:14; Salmo 115:17; Eclesiastes
9:5). Confesso que não pretendo e não tenho qualquer ligação com qualquer teoria
ou proposta que aponte na direção do espiritismo, teosofia, reencarnação, ou
qualquer outra teoria religiosa ou filosófica que defenda a imortalidade da espécie
humana sob qualquer circunstância que não seja o sangue libertador de Cristo
(Efésios 2:13; Hebreus 9:14; 13:20; 1ª Pedro 1:18-25; 1ª João 1:7; Apocalipse 1:5).
DOUTRINA ECLESIÁSTICA.
(19)
A Igreja: Creio que a verdadeira Igreja de Deus está sob o comando pessoal
e literal de Cristo e não de qualquer ser humano (Efésios 1:22; 5:23; Colossenses
1:18). Para mim, Cristo não é um Ser distante de Sua Igreja, mas rigorosamente e
literalmente presente (Mateus 28:18-20). As denominações religiosas são para
mim apenas empreendimentos rigorosamente humanos que podem ou não ter a
benção de Deus, dependendo de seus princípios e espírito de serviço correto
(Efésios 2:20-22; 1ª Pedro 2:5). Toda organização religiosa que faz das pessoas
um negócio e negocia com seus pecados, enriquecendo financeiramente às custas
da fé das pessoas é, estruturalmente, para mim, uma instituição a serviço do Diabo
(2ª Pedro 2:1-4; 1ª Timóteo 3:1-3; Tito 1:7,11; 1ª Pedro 5:2-3). A Igreja Verdadeira
se define em Hebreus 12:24-28 e fora dela não pode haver qualquer Igreja
respeitável. Se uma denominação religiosa atua como uma instituição que provê
caridade e pregação contra a miséria humana (Tiago 1:27), se ela defende a
educação, a pregação e a promoção da saúde (Mateus 4:23; 9:35), então tem
utilidade no Mundo e pode ser respeitada, caso contrário, considero-a como uma
instrumentalidade de enriquecimento ilícito, porque aos servos de Deus está
proibido este tipo de enriquecimento (2ª Timóteo 2:4). A Igreja Verdadeira está
diretamente sediada nos Céus (Hebreus 12:24-28) e Deus não está morto (Salmo
42:2; 84:2; Romanos 12:1-3; 1ª Timóteo 4:10; Hebreus 9:14). Creio que a Igreja é
uma comunidade espiritual, em forma de irmandade, associativa, com governo
representativo, mas não é necessariamente uma denominação religiosa
estabelecida como uma espécie de empresa (Atos 4:32-35; 2:37-47). É uma
comunidade de pessoas que assumem em seus corações um compromisso solene
de servir na Causa do Evangelho conforme ensinam as Escrituras (Mateus 28:1820; 9:35; 4:23; Romanos 12:1-3; Colossenses 3:16). Os líderes devem ser pessoas
escolhidas pela comunidade (Atos 6:1-7), mas devem ser cheios da visão e da
prática ética decorrente do chamado interior para este tipo de liderança que não é
o mesmo visto no Mundo (1ª Timóteo 3:1-16; Efésios 4:11-6). O grande objetivo
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da Igreja é apenas um só: edificar as vidas de seus membros e possibilitar que
todos sejam abençoados com a visão do Reino de Deus e em torno desta
abordagem, influenciar a sua vida mais íntima na restauração da imagem de Deus
na humanidade (Efésios 2:17-22; Colossenses 4:2-6; 1ª Tessalonicenses 2:3-13).
A Igreja não existe para enriquecer seus líderes e isto é considerado na Palavra
de Deus um erro grave em qualquer suposto “ministério” que assim se defina (Atos
20:26-35; 2ª Timóteo 2:4; 1ª Pedro 5:1-4; Hebreus 13:7,13). Assim, conforme
Deus, mediante Seu Espírito Santo vai administrando a vida da Igreja no seu
propósito maior de edificar vidas, idéias e projetos, planos e métodos vão sendo
descortinados no campo da educação, da pregação e da saúde (Mateus 4:23;
9:35; 1ª Tessalonicenses 5:23 e Romanos 12:1-3). A Igreja possui com certeza
uma estrutura de organização (Atos 15), e cada um de nós deve procurar
congregar (Hebreus 10:25), porém, devemos atentar para a vida e obra dos
pastores que sejam dignos desta tarefa (Hebreus 13:7,13; 1ª Timóteo 3:1-5). Mas
a nossa obediência a estes líderes não pode ser cega, porque cada um de nós
dará conta de si mesmo diante de Deus (Romanos 14:12; 2ª Coríntios 13:5-6).
(20)
O Evangelho do Reino: Creio que a vinda de Cristo a este Mundo também
contemplou uma estrutura de política celeste que a Bíblia chama de Reino de Deus
e que se opõe estruturalmente ao sistema de governo da Terra (João 18:36). Este
Reino é uma Nação de fato e tem Embaixadores na Terra (2ª Coríntios 5:20; 8:23).
Este Reino possui Governo Central literal e não uma fantasia governativa
(Apocalipse 19:6; Salmo 99:1; 96:10). A maior de todas as missões que o Reino
conferiu aos seus embaixadores é a pregação do evangelho do Reino. A palavra
“evangelho” significa exatamente “boas-novas”. E as boas novas do Reino de Deus
é a de que “Deus está em Cristo reconciliando consigo o Mundo” (2ª Coríntios 5:1421). No desempenho da sua missão a Igreja tem a incumbência de levar o anúncio
deste evangelho a todas as pessoas da Terra (Mateus 24:13; Apocalipse 14:6-7)
e, junto com a missão de edificar vidas, esta missão consiste no exercício correto
da gestão eclesiástica, dentro dos limites operacionais determinados pelo nosso
Modelo maior, que é evidentemente Cristo (Atos 10:38; 1ª João 2:6) e, a obra do
Evangelho é sempre tríplice no sentido de que deve a Igreja pregar, educar e curar
aqueles a quem se dirige (Mateus 4:23; 9:35), contemplando desta forma as
potencialidades primárias do físico, mental e espiritual (Romanos 12:1-3; 1ª
Tessalonicenses 5:23).
(21)
A Vinda do Consolador: Creio que o Consolador prometido por Cristo em
João 16:7-13 é um “poder” e não uma “personalidade” extraordinária à ele mesmo
ou a Deus Pai. Esta doutrina assim como a concebo é muito diferente da que tem
sido proferida pela cristandade, mas não anula em absolutamente nada os valores
do evangelho e nem da adoração a Deus Pai (1ª Coríntios 8:5-6; João 17:3). Para
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mim, o Espírito Santo não é Deus, mas Deus nosso Pai é Espírito (João 4:20-24),
para mim, Cristo é a encarnação deste Espírito diante dos homens (1ª João 4:13;
Hebreus 9:14; Filipenses 1:19; 1ª Pedro 1:11-12). Quando Cristo declara que um
“outro Consolador” virá aos homens após a Sua ida para junto do Pai (João
14:16,26), Ele usa uma figura de linguagem que pode ser também entendida como
“Espírito da verdade que procede do Pai” (João 15:26), ou ainda a declaração
literal de que Ele mesmo e o Pai virão e “farão morada na pessoa” (João 14:23),
tanto que Cristo deixa claro que o Pai é maior do que Ele e este tal Espírito procede
de sua intervenção, portanto é um poder menor (João 14:23-28), mas, a despeito
disto tudo, este Espírito está no interior do Pai e emana dEle (1ª Coríntios 2:10-16;
1ª Tessalonicenses 4:8). O Espírito sempre é descrito como “o Espírito de Deus”
e não como uma terceira personalidade que ocupa um lugar proeminente de “digno
de adoração”, pois somente o Pai e o Filho podem ser adorados (João 17:3; 4:2024; Hebreus 1:1-10; Romanos 10:9-10). Somos orientados a procurar viver dentro
da perspectiva deste Espírito e desenvolver pelo nosso esforço pessoal as
características mais sublimes de tal espiritualidade (Gálatas 5:5, 16-25; Efésios
1:13,17; 3:16; 5:18; 6:17; Filipenses 1:19; 2ª Timóteo 1:14; Tito 3:5). Este Espírito
penetra no mais profundo de nossa pessoa (Hebreus 4:12) e nos torna convertidos
(Hebreus 6:4). Trair este Espírito e perder toda possibilidade de ser salvo porque
tal poder é a própria emanação da Divindade de forma espiritual em nós e a
garantia de Sua presença em nós (Hebreus 10:29; 1ª Coríntios 3:16-17; João
14:23; Mateus 12:31-32). Para mim não existe uma terceira personalidade na
Divindade, mas em Cristo nos chegamos ao Pai em um mesmo Espírito, porque
assim está escrito (Efésios 2:13-22).
(22)
O Discipulado Espiritual: Creio que cada pessoa que está conectada copm
o Espírito de Deus e de Seu Filho Yehoshua deverá ser submetido a uma dura
disciplina espiritual de destruição da natureza carnal e da edificação de uma
natureza espiritual (Romanos 8:7; Gálatas 5:17; Efésios 4:17-32). Esta disciplina
espiritual se estrutura mediante uma ligação pessoal entre irmãos que compõem
“um corpo” local da congregação onde residimos (Hebreus 10:25; Efésios 2:1322). No dia-a-dia deste discipulado uma relação de unidade espiritual íntima é
produzida entre irmãos sinceros e que se tornam grandes amigos (João 17). Esta
unidade ocorre dentro de uma forma administrativa do relacionamento prevista na
Bíblia como uma relação de juntas e ligamentos relacionais (Efésios 4:11-16;
Colossenses 2:19). Mas, deve sempre ficar muito claro que este tipo de discipulado
não anula a individualidade das pessoas ou as torna escravas de algum esquema
de manipulação de suas vidas pela manipulação de uma liderança que se
apresente como senhora deste serviço de manipular vidas (Romanos 14:12; 2ª
Página 14
Coríntios 13:5-6), antes, a edificação das vidas é o centro de todo o discipulado e,
tal edificação se dá pela ação do próprio Espírito de Deus (João 16:7-13).
(23)
A Ceia do Senhor: Creio que uma cerimônia muito especial foi estabelecida
pelo Senhor Yehôshua e a denominamos de Ceia do Senhor (Mateus 26:26-28; 1ª
Coríntios 11:24-26; 10:26). Trata-se de um ritual de lembrança e celebração da
salvação que Cristo comprou para todos nós ao morrer e ressuscitar (1ª Coríntios
11:21,27-29; 2ª Coríntios 13:5-6; Romanos 14:12). Deve ser feita em duas partes,
onde lavamos os pés uns dos outros e pedimos perdão uns aos outros e, depois
deste ato de humilhação pessoal, podemos participar na Mesa com os
companheiros, em igualdade absoluta de condições, tendo apenas no Senhor (em
Seu sangue e corpo) a autoridade suprema. Sua celebração inicia-se com o exame
da nossa própria consciência em relação ao modo como estamos vivendo e da
necessidade de confessarmos diante de Deus os nossos pecados e para com as
pessoas que magoamos de alguma forma, o pedido de perdão com a devida
reparação. Na verdade esta ordenança representa um memorial da
condescendência de Cristo em nosso favor (Filipenses 2:7; Mateus 20:28; Gálatas
5:13; Mateus 25:40); representa a mais profunda purificação de nossa vida (João
13:10); representa uma associação entre os irmãos para o perdão (Mateus 6:1415; João 13:14; representa ainda a nossa confissão e o nosso compromisso de
companheirismo com Cristo e com os irmãos (João 13:1,8,34; Gálatas 5:13;
Filipenses 2:3). Tal Ceia pode ser denominada “Ceia do Senhor” (1ª Coríntios
11:20), “Mesa do Senhor” (1ª Coríntios 10:21), “o Partir do pão” (Atos 20:7; 2:42)
e ainda a Eucaristia que representa ações de graças e benção presentes no
serviço cerimonial (Mateus 26:26-27; 1ª Coríntios 10:16; 11:24). Esta Ceia
substituiu completamente a Páscoa Israelita. Ainda representa para cada um de
nós a comemoração da nossa libertação do pecado (Êxodo 12:3-8; João 6:54; 1ª
Coríntios 11:24; Isaías 53:4-12). O pão e o suco de uva puro representam o corpo
e o sangue de Cristo (João 10:7; 14:6; 15:1; 6:32-35, 50-54). Por fim esta Ceia
representa a maior de todas as esperanças dos fiéis de Deus em todos os tempos,
a restauração de todas as coisas, mediante a afirmação de que cremos que O
Senhor está retornando a este Mundo para acabar completamente com o pecado
(1ª Coríntios 11:26; Mateus 26:29; Apocalipse 19:9).
(24)
Dons e Ministérios Espirituais: Creio que Deus concede mediante a Sua
própria presença em nós (presença do Espírito Santo) dons espirituais (Mateus
25:14-15; 13:34; 2ª Coríntios 5:15; Efésios 4:7-8; 1ª Coríntios 12:11). À Igreja é
necessário não faltar nenhum dom (1ª Coríntios 1:4,7). É Deus quem opera tudo
em todos, ou seja, não é uma terceira personalidade da Divindade, mas o próprio
Deus que é Espírito (João 4:20-24) e disto podemos saber em 1ª Coríntios 12:46,11. A estrutura funciona assim: somos Corpo de Cristo (1ª Coríntios 12:18) e
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todas as partes estão interligadas e dependentes umas das outras (1ª Coríntios
12:21-26). Os dons são diversos (1ª Coríntios 12:27-31; Efésios 4:11-16). O maior
de todos os dons é o do amor (1ª Coríntios 13:13; Gálatas 5:22-23; Efésios 5:9).
O que a doutrina dos dons espirituais nos ensina de mais valioso é que devemos
viver com total e absoluto compromisso com Deus e Sua Causa na Terra
(Romanos 11:36 até 12:3). Já os ministérios espirituais são mais amplos do que
os dons. Eles implicam em uma ação exclusiva na obra missiológica da Igreja (1ª
Pedro 2:7-10; Mateus 28:18-20; Apocalipse 14:6-12). Os ministérios espirituais
existem para preservar a unidade da Igreja (Efésios 2:21), garantir o testemunho
permanente da Igreja na sociedade nos serviços oficiais da congregação que são
os de pregar, educar e curar (Mateus 4:23; 9:35), louvar e aconselhar
(Colossenses 3:16), além daqueles que já são consagrados nas Escrituras, tais
como o do apostolado, pastoreio, professorado, diaconato, dentre outros que o
próprio Deus estabelece para fazer a edificação de Seu povo.
(25)
A Obra de Deus; Creio que a obra de Deus é “crermos nAquele que Ele
enviou” (João 6:29). Então a maior de todas as obras que existem na face da Terra
não é a de Presidente da República, de Presidente da ONU, de líder de empresa,
ou qualquer outra coisa que se possa imaginar. A maior de todas as coisas desta
vida não é ser rico, poderoso, forte ou famoso (Jeremias 17:5), mas, a maior glória
que pode haver nesta vida é servir a Deus na Sua obra (2ª Coríntios 9:8; 2ª
Tessalonicenses 1:11; 1ª Tessalonicenses 5:13; Gálatas 6:4; 2ª Timóteo 3:17; 1ª
Timóteo 1:7). Nesta convicção e nesta direção é que construímos a nossa ação
ministerial que deve ser bem entendida da seguinte forma: “Lembrando-nos sem
cessar da obra da vossa fé, do trabalho do amor, e da paciência da esperança em
nosso Senhor Jesus Cristo, diante de nosso Deus e Pai” (1ª Tessalonicenses 1:3);
“Porque bem vos lembrais, irmãos, do nosso trabalho e fadiga; pois, trabalhando
noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o
evangelho de Deus.” (1ª Tessalonicenses 2:9).
(26)
O Sustento da Obra de Deus: Creio que a Obra de Deus, que já identificamos
nas crenças nº 25, 22, 20 e 19, se dá mediante os Ministérios específicos de
militância diária e vitalícia. O Ministério Pastoral é um destes e não deve ser jamais
considerado absoluto, apenas Deus é absoluto! O sistema de dízimos, em meu
entendimento baseado na leitura de Hebreus 7 e de todas as implicações que
haviam em relação ao Sacerdócio Levítico e Melquisedequiano está
definitivamente abolido para sustentar pastores e líderes de igrejas (Hebreus 7).
Os dízimos devem ser entregues ao Sumo Sacerdote da Ordem em vigor, que é,
a partir da Nova Aliança, a de Melquisedeque, e o Sumo Sacerdote é Cristo e, por
este expediente, baseados em Mateus 25, devemos entregá-los aos que estão
padecendo de fome, pobreza ampla e outras mazelas que desfiguram a imagem
Página 16
de Deus na vida humana. Se toda riqueza que os pastores da atualidade têm
agregado fosse utilizada dentro deste escopo nosso planeta não conheceria a
fome e nem a miséria que hoje vemos descampada em toda parte. Evidentemente
esta crença que defendo é um “tiro” na base de sustentação das máfias que
operam na manipulação da vida religiosa cristã e entendo que é uma crença
impopular. Mas, entendo que a dificuldade neste assunto é em relação a estes
pontos aqui enunciados e, principalmente com relação ao que seja “a obra de
Deus” de fato!
(27)
A Autoridade e Submissão na Igreja: Há uma questão claramente
enunciada no Novo testamento e que devemos estar atentos, trata-se da
“autoridade” dos pastores, na qualidade de guias da comunidade eclesiástica que
nominamos “Igreja”. Isto está explícito em Hebreus 13:7,17. Entendo que a
atribuição pastoral deve ser exclusivamente focada na administração da pregação
da Palavra e na Oração (Atos 6:4) e, este foco deve contemplar a edificação de
vidas (Efésios 2:20-22; 1ª Pedro 2:5). Enquanto um pastor assumir esta atitude
com sua vida e seu compromisso para com a comunidade, podemos ter para com
ele atitude de pleno respeito e poderemos cumprir o que exige Hebreus 13:7,17;
porém, no momento em que este foco é perdido e a questão de arrecadação de
dinheiro se torna a tônica de seu trabalho, não poderemos estar submissos a um
perfil destes (2ª Pedro 2:1-3; Atos 20:29; Mateus 7:15; 10:16. A submissão só se
justifica quando o orientador (pastor) trabalha em conformidade com a Bíblia, com
o Colégio de Anciãos (ou de líderes) da Congregação e, assume diante de todas
as pessoas uma liderança pró-ativa em torno de propostas de edificação do caráter
dos discípulos. Fora disto é apenas um comércio religioso e nada mais!
(28)
A Unidade no Corpo do Senhor: Questão defendida de forma bem
cuidadosa na doutrina nº 23, encontra seu amplo amparo na oração de Cristo
descrita em João 17. A unidade da Igreja se dá pela amizade sincera, pelo respeito
aos princípios norteadores da vida da comunidade e sobretudo pela busca de Deus
neste relacionamento. Não deve ser apenas e tão-somente uma unidade de
“programas” e “cultos”, onde as pessoas se encontram e depois cada uma vai para
a sua própria casa. Deve ser uma unidade conceitual, doutrinária, familiar, de
projetos inteligentes e interessantes na disseminação da vida que a própria Igreja
recebe. Esta unidade, em meu entendimento só pode ser perfeitamente
conquistada em grupos pequenos de relacionamento. Em um grupo com centenas
ou milhares de pessoas não é possível celebrar tal unidade de forma precisa e
esta é uma das razões da falência moral e social das denominações religiosas de
nosso tempo.
(29)
A Visão do Denominacionalismo e de Outras Crenças: Prioritariamente
três pontos devem ser bem estabelecidos em relação a minha maneira de entender
Página 17
as diversas crenças que estão por toda parte à luz deste código de crenças que
publico aqui. A primeira questão é a de que “cada um de nós dará conta de si
mesmo diante de Deus” (Romanos 14:12); a segunda é a de que “onde dois ou
mais se reunirem no Nome de Cristo” ele estará presente, o que não significa que
Ele vai concordar com o que for feito, mas estará presente (Mateus 18:20) e, neste
ponto, o princípio de que “toda boa dádiva e todo dom perfeito vem do Pai das
luzes em Quem não mudança, nem sombra de variação” (Tiago 1:16-17) encerra
a minha concepção do que seja uma denominação religiosa ou mesmo qualquer
outro segmento religioso sob o ponto de vista de meu julgamento pessoal – e sou
rigorosamente pontual neste item, porque se uma denominação que defende um
erro em uma determinada doutrina, salvar uma vida, para mim há algo de Deus ali
(1ª João 3:16; 1ª Timóteo 6:18; Tiago 2:8; Tiago 4:17; Efésios 2:10). Terceiro, não
aceito a postura fanática de certos grupos que defendem que a “sua visão”,
sobretudo, que a “sua Igreja” é “a” certa por conta de questões de doutrina, quando
a verdade sobre o Reino de Deus é que ele “não é comida nem bebida, mas justiça,
paz, e alegria no Espírito Santo” (Romanos 14:17) e, a tarefa de convencer as
pessoas do pecado, do juízo e da justiça não é humana, mas espiritual (João 16:713). Toda e qualquer denominação religiosa que não defender estes três
fundamentos como base estrutural de sua existência no Mundo eu considero “nada
no Reino de Deus” e, se ela me desconsidera, pouco me importa!
DOUTRINA SOCIAL.
(30)
Uma Postura Política Claramente Definida: Creio que a política faz parte da
vida humana como uma necessidade dos tempos e não espiritual. Trata-se de uma
questão óbvia de sobrevivência social e coletiva. Considerando-se que todos
vivemos sob a tutela de um Estado de Direito, negar a autoridade que estabelece
leis e que faz com sejam cumpridas é ser um imbecil completo. O Criador mesmo,
diz a Bíblia é Quem estabelece as autoridades que governam a Terra (Daniel 2:21;
Romanos 13:1-7). Estar sujeito as autoridades é obrigação moral do discípulo e
rebelar-se é iniciar um caminho sem a benção divina. Por outro lado, eu creio que
os fiéis devem se envolver no debate político no aspecto em que a defesa de leis
justas e projetos que possam ser amparados pela Palavra de Deus sejam
devidamente contemplados e, na luta contra as potestades de nosso tempo
(Efésios 6:12), os fiéis de Deus devem estar presentes onde o maior ciclo de poder
acontece, para poderem testemunhar em “toda parte” sobre os valores do Reino
(1ª Timóteo 6:12; Atos 1:8; Mateus 24:14).
(31)
O Matrimônio e a Família: Em uma só sentença a Bíblia encerra o significado
superior da família dizendo que “se alguém não cuida dos seus, especialmente
Página 18
dos da família, tem negado a fé e é pior do que um incrédulo” (1ª Timóteo 5:8) e,
em relação ao matrimônio declara: “seja venerado entre vós o matrimônio e o leito
sem mácula” (Hebreus 13:4). Tal a minha crença! Todavia, esta crença envolve os
grandes princípios da Mordomia, da Educação, e do Trabalho, porque é na família
onde estes valores maiores acontecem e as pessoas são formadas para a glória
de Deus, para serem úteis na sociedade, abençoarem as suas famílias e,
sobretudo, serem felizes. Portanto, deixar de lado estas referências seria um erro.
(32)
Os Fundamentos da Educação: A Educação está amplamente explícita por
toda a Bíblia, começando com a sua própria definição de livro sagrado que existe
para educar os fiéis de Deus (1ª Timóteo 3:16-17). A maior de todas as referências
educativas da Bíblia pode ser encontrada originalmente na expressão declarada
em Deuteronômio 6:1-9, onde os Fundamentos da Educação Israelita são
delineados e toda a condição da experiência humana em família é definida. Tal
modelo, estudado com cuidado indicará que a Educação ocorre sempre através
do exemplo, da instrução, do companheirismo e da disciplina, sendo estas quatro
bases a chave de segurança para o sucesso educacional. Por fim, a obra da
Educação não objetiva outra coisa senão a formação de discípulos para o Senhor
(Mateus 28:18-20; 7:24-28).
(33)
A Conduta: A questão da conduta é muito complexa, se considerarmos que
todas as pessoas vêm de uma estrutura cultural com diversos costumes e hábitos
que se consolidaram numa educação paganizada e cheia de tendências geradas
com Satanás. Este assunto envolverá as pessoas desde a música que ouvem, até
a roupa que vestem, vai envolver os hábitos alimentares até a maneira como
constroem suas casas, enfim, toda a experiência humana. Creio que as pessoas
devem analisar com espírito de temor e tremor a sua própria salvação e
restauração em Deus (Filipenses 2:12). A nossa conduta deve ser construída e
considerada sempre sob o prisma dos valores do Reino de Deus e não pela
simples satisfação carnal humana e tais princípios podem ser conhecidos em
Gálatas 5:22 e Efésios 5:1-21. Compete aos que são espirituais considerar as
questões referentes aos costumes e verificar onde tais costumes não se chocam
com os princípios do Reino e poderiam ligar as pessoas da Igreja de Cristo com
as coisas de Satanás (2ª Coríntios 6:14-18.
(34)
A Mordomia: É a Doutrina que ensina que somos Mordomos das coisas de
Deus e que não podemos dispor delas como bem quisermos sem a anuência do
Senhor, que pode ser conhecida no estudo de Sua Palavra e pelo testemunho do
Espírito de Deus que está em nós. Valores tais como ostentação e luxo são
proibidos (Oséias 4:12), a simplicidade é a regra máxima (1ª Tessalonicenses
4:11-12) e, por último, somos mordomos de Deus com relação aos “nossos bens”
(Provérbios 3:9-10 e 11:25), com relação aos “nosso tempo” (Salmo 90:10-12;
Página 19
Efésios 5:16), com relação ao “nosso dinheiro” (2ª Coríntios 9:6-10), com relação
as pessoas necessitadas que nos cercam (2ª Coríntios 8:1-11; Atos 4:32-35).
(35)
O Trabalho e as Finanças Pessoais: A Bíblia é terminantemente contra
aqueles que vivem como vagabundos e não trabalham (Provérbios 6:6-11;
Eclesiastes 9:10). O trabalho deve ser feito como “ao Senhor”, com satisfação de
bem servir (Colossenses 3:23; Tito 2:9-10). O trabalho é um dom de Deus
(Eclesiastes 5:19), mas a cobiça não (Eclesiastes 6:7). Não devemos viver as
custas das outras pessoas como vagabundos (1ª Tessalonicenses 2:9; 2ª
Tessalonicenses 3:10). Igualmente o dinheiro não deve ser usado para coisas
indignas e injustas (Ezequiel 18:8; 1ª Timóteo 6:10; Isaías 55:2).
DOUTRINA HISTÓRICA E PROFÉTICA
(36)
A Firme Palavra Profética: A firme palavra dos profetas (2ª Pedro 1:19-21) é
a base de toda a compreensão da realidade acerca da experiência humana na
Terra, sobretudo com relação a são doutrina (Tito 1:9 e Hebreus 2:2). Sem profecia
o povo se corrompe (Provérbios 29:18). Nas profecias da Bíblia está manifesto o
Espírito de Cristo (Apocalipse 19:10; 22:7,18-19).
(37)
A Lei de Deus: A Lei de Deus deve ser entendida direta e objetivamente como
“A Torah” em sua plenitude, calçada na Bíblia na estrutura dos livros que compõem
o “Velho Testamento”. A palavra “Torah” significa objetivamente “A Lei”, com a
conotação direta e de “uma direção”, mas, dentro da estrutura dos textos que
compõem o Mundo Israelita ela (palavra lei) toma outras conotações, como por
exemplo: (a) vontade de Deus (Salmo 1:2; 19:7,119; Isaías 8:20; 42:12; Jeremias
31:33); (b) instituição mosaica diferenciada do Evangelho (Mateus 11:13; 12:5;
João 1:17; Atos 25:8); (c) a lei de Moisés (Mateus 5:17; Hebreus 9:19; 10:28); (d)
num sentido mais restrito a observância dos rituais ou cerimoniais do culto levítico
(Efésios 2:15; Hebreus 10:1). É neste ponto que Paulo declara que “ninguém será
justificado diante de Deus por obras da Lei” (Romanos 3:19-20), porém, existe uma
“Lei de Deus” que está gravada nos corações dos seres humanos (Romanos 2:1215). Sem as Leis de Deus existentes na Natureza, na Sociedade, na Vida Espiritual
e na Igreja, o Estado e a vida da Nação se degeneram em desgraça pois está
escrito que “o que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração é
abominável” (Provérbios 28:9).
(38)
O Milênio e o Fim do Pecado: Entre o fim da Era Evangélica e o Principio da
Nova Terra que chegará pela segunda vinda de Cristo, haverá um período de mil
anos denominado milênio (Apocalipse 20). Após a Segunda vinda visível do
Senhor, ocorrerá o arrebatamento dos salvos aos ares, mas não para o Céu e,
após serem transformados em glória, estes serão os santos regenerados
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completamente pelo próprio Senhor. Em seguida, das alturas o Senhor descerá
com esta Igreja gloriosa, para intervir na grande batalha, conhecida por
Armagedom, e estabelecer Seu reinado milenar, assentando-se sobre o Trono de
Davi e reinando com os santos sobre os sobreviventes desta catastrófica batalha
(Atos 1:9-11; João 14:1-3; Atos 3:20; João 19: 25-27; 1ª Tessalonicenses 4:16;
Apocalipse 1:7; Mateus 25:31-32; Lucas 1:32). Este Reino Milenar de Cristo sobre
a Terra ocorrerá então durante o Milênio, que é o período de restauração de todas
as coisas ou regeneração. O Planeta será renovado, os santos, como Reis e
Sacerdotes, reinarão sobre a Terra com Cristo, sobre as nações sobreviventes.
Será uma Era de Paz e prosperidade. Satanás será preso por mil anos em um
lugar denominado “abismo” e todos os inimigos de Deus serão julgados. Após os
mil anos, Satanás será solto por um pouco de tempo; sairá a enganar as nações,
mas elas serão destruídas quando da tentativa de atacar a Capital do Reino
Milenar, Jerusalém terrena. Satanás finalmente será lançado no Lago de Fogo e a
destruição do último inimigo, a morte (Apocalipse 11:15; Zacarias 14:4-9; Daniel
2:34,35,44,45; Apocalipse 5:9-10; 19:19,20; 20:4-15; Atos 3:21; Mateus 19:28; 1ª
Coríntios 15:24-28; Isaías 2:2; Miquéias 4:1- 4; Daniel 7: 18,22,27).
(39)
Israel no Plano Divino: Em Romanos 9, 10 e 11, o Apóstolo Paulo trata da
eleição de Israel no passado, da sua rejeição do evangelho no presente, e da sua
salvação futura. Esses três capítulos foram escritos para responder à pergunta que
os crentes israelitas faziam acerca de como as promessas de Deus a Abraão e à
Nação de Israel poderiam permanecer válidas, quando a nação de Israel, como
um todo, não parecia ter parte no evangelho. SÍNTESE. Há três elementos
distintos no exame que Paulo faz de Israel no plano divino da salvação. O primeiro
argumento (Romanos 9:6-29) é um exame da eleição de Israel no passado em que
Paulo afirma (a) em Romanos 9:6-13, que a promessa de Deus a Israel não falhou,
pois a promessa era só para os fiéis da nação e que tal ocorrido visava somente o
verdadeiro Israel, aqueles que eram fiéis à promessa (ver Gênesis 12:1-3; 17:19),
mas, que sempre há um Israel Puro e Santo dentro de Israel, que tem recebido a
promessa, outrossim, (b) em Romanos 9:14-29, Paulo chama a nossa atenção
para o fato de que Deus tem o direito de fazer o que Ele quer com os indivíduos e
as nações e que tem o direito de rejeitar a Israel, se este desobedecer a Ele e o
direito de usar de misericórdia para com os gentios, oferecendo-lhes a salvação,
se Ele assim decidir. No segundo momento, Paulo (Romanos 9:30 – 10:21)
analisa a rejeição presente do evangelho por Israel e declara que o grande erro de
não voltar-se para Cristo, não se deve a um decreto incondicional de Deus, mas à
sua própria incredulidade e desobediência (ver Romanos 10:3). Finalmente, o
terceiro ponto explica (Romanos 11:1-36) que a rejeição de Israel é apenas parcial
e temporária, porque Israel enquanto instituição histórica presente diante de Deus
Página 21
nos últimos dias, por fim aceitará a salvação divina em Cristo, e, neste momento
Paulo argumenta que: (a) Deus não rejeitou o Israel verdadeiro, pois Ele
permaneceu fiel ao "remanescente" que permaneceu fiel a Ele, aceitando a Cristo
(Romanos 11:1-6); (b) no entanto, no tempo atual, Deus endureceu a maior parte
de Israel, porque os israelitas não querem aceitar a Cristo (Romanos 11:7-10; ver
Romanos 9:31 – 10:21) e, (c) Deus transformou a transgressão de Israel (entendase a crucificação de Cristo) numa oportunidade de proclamar a salvação a todo o
mundo (Romanos 11:11,12,15), porém, (d) durante esse tempo presente de
incredulidade nacional em Israel, a salvação de indivíduos, tanto os judeus como
os gentios (Romanos 10:12,13) depende somente da fé em Jesus Cristo
(Romanos 11:13-24), até que (e) a fé em Cristo, por uma parte do Israel nacional
que acontecerá no futuro (Romanos 11:25-29) e dos gentios incluirá no Seu Reino
todos os seres humanos que crêem em Cristo e se submetem ao Seu senhorio
(Romanos 11:30-36; 10:12,13; 11:20-24).
(40)
As Três Bestas do Apocalipse e a Queda das Nações: a Doutrina de que
no Apocalipse existem três Bestas diferentes uma da outra é questão muito
importante para o entendimento dos tempos em que estamos mergulhados e para
que a Igreja em sua missão de evangelizar saiba onde e como deve atuar. Em
Apocalipse 11:7 se declara que uma Besta sobe do “abismo”, em Apocalipse 13:1
declara a Bíblia que existe uma outra que sobe do “mar” e em Apocalipse 13:11 se
declara que subiu uma terceira besta que vem da “terra”. Creio que todas estas
instituições político-econômicas, que ocupam lugar na História Terrestre e
conspiram contra os fiéis de Deus e o Reino de Deus, servem aos interesses de
Satanás, que é o Dragão (Apocalipse 12:7-11) e Inimigo de Cristo, que alimenta e
nutre estas entidades. Para mim elas são um reflexo de sua ação na Terra. Tais
entidades são: (a) uma Sociedade Secreta que dominou a Revolução Francesa –
Besta do Abismo; (b) a Igreja Católica Apostólica Romana – Besta do Mar; e (c) a
Nação Norte-Americana – Besta da Terra. (Apocalipse 11, 13, 17 em conexão com
Daniel 2, 7, 8, 9, 11, 12).
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