HISTÓRIA DA GASTRONOMIA
De Caçador a Gourmet; Franco (2001)
A História da Gastronomia; Leal (1998)
Disciplina: Alimentos e Bebidas
Profª. Alissandra Nazareth
Curso de Turismo UFSCar Campus Sorocaba
Gastronomia: significado
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Estudo das leis do estômago;
Sentido mais amplo: arte de preparar iguarias, tornando-as mais
digestivas, de modo a se obter mais prazer;
Acessível a classes sociais mais privilegiadas;
Combinação da tradição (saber do povo é ligada à terra, à
exploração dos produtos da região e das estações) com a criação
(invenção, renovação e experimentação);
A cozinha é traço marcante na cultura de um povo: retrata
características físicas do local onde se vive, sua formação étnica,
crenças religiosas e políticas;
História marcada por uma sucessão de trocas, conflitos, desavenças
e reconciliações entre a cozinha comum e a arte de cozinhar;
A evolução da culinária está ligada à variação do clima, colheita e
tempo de guerra e paz, pois isso interfere na vida das pessoas.
Pré-História (4000 a.c.)
 Hábitos/alimentação carnívora: grupos para matar, para driblar a presa,
canibalismo. As presas capturadas eram mantidas garantindo carne fresca e
iniciando a domesticação dos animais.
 Comida definindo as migrações / o fogo tem papel decisivo na conservação /
inscrições rupestres;
 Uma das principais descobertas foi o cultivo da terra e tirar dela os alimentos;
 Inicialmente o homem semeou e colheu trigo, cevada, milho, batata, feijão,
mandioca e arroz;
 A fixação do homem levou-a a criar mobiliários, instrumentos, comercio e o
desenvolvimento social;
 Os primeiros instrumentos para armazenar e conservar alimentos foram de
cerâmica.
Pré-História
 Os alimentos puderam ser fervidos, manter sólidos em temperaturas
constantes, condimentá-los com ervas e sementes aromáticas,
iniciando a culinária;
 Nasce o caldo substancial dos povos agricultores, surgindo outros
caldos, sopas, mingaus, pirões e bebidas aquecidas;
 Aparecem as bebidas fermentadas fabricadas com raízes, e
servidas quentes para reforçar a resistência, tratar dos doentes ou
para magias;
 Surgem os vinhos de frutas (framboesa, amora e cerejas silvestres);
 O sal passa a ser extraído de ardósias e depois do mar;
 Foi inventado o forno de barro compacto.
Idade Antiga - Egito
 O pão é um alimento que existe há 2000 anos;
 Os egípcios foram os inventores da padaria artística e do pão de ázimo, sem
fermento;
 O pão era a base alimentar de todas as classes sociais da civilização ocidental;
 Mais tarde foi substituído pela carne que por ser cara era reservada para os
dias de festas;
 Além do pão os egípcios consumiam vinho, mel e um certo tipo de cerveja e
cebola no culto religioso;
 Depois foram acrescidos na alimentação aves, peixes, ostras, ovos e frutos
variados;
 Comer lentilhas na passagem do ano para atrair fartura, sorte e prosperidade
era costume no antigo Egito.
Idade Antiga – Grécia
 A arte de comer torna-se a arte de receber, refinando a cozinha;
 A comida era preparada por cozinheiros escravos, que tinham posição de
destaque em relação aos demais escravos;
 O trabalho de cozinheiro passou a ser feito pelos padeiros que tornavam
famosos ao produzirem pães enriquecidos com sementes, ervas
aromáticas, frutas e óleos vegetais. Eles transformaram-se em chefes de
cozinha, auxiliados por outros serviçais;
 O principal alimento era o peixe, enriquecido com centeio, arroz, aveia e
condimento como sálvia, tomilho, alho-poró, cebolinha, alcaparras, raiz
forte, orégano e coentro;
 Os ricos comiam boi, carneiro, cabra e porco;
 O alface era usado como calmante.
Idade Antiga – Grécia
 A pastelaria grega era a base de trigo, mel, azeite, pinhões,
tâmaras, amêndoas e sementes de papoula;
 Bebiam leite, vinho e misturas à base de mel;
 Os utensílios de cozinha eram de cerâmica e as caçarolas e
caldeirões de bronze ricamente decorados.
Idade Antiga – Roma

A cozinha grega foi levada até os romanos durante as guerras de conquistas na
Sicília. Romanos herdaram os cozinheiros gregos, os melhores da região;

Os romanos tinham costumes semelhante aos gregos em relação às refeições e à
hospitalidade. Sua cozinha ultrapassou a grega;

Os jantares gregos eram divididos em duas partes: a primeira dedicada à refeição
(mesas baixas e retangulares, onde se comia em silêncio) e a segunda ao simpósio ou
comessatio (mesas menores e redondas), onde as mulheres não compareciam. Festa!

Os romanos faziam banquetes e aparece o chefe de cozinha: prisioneiros de guerra
que passavam a fazer trabalhos culinários. Se tornavam importantes e eram
reconhecidos como artistas. Recebiam altos salários. Tê-los era sinal de ascensão
social;

Com o tempo os banquetes romanos formam se transformando em verdadeiras
orgias. Entre os gregos, pano de fundo para debates filosóficos, literários e políticos;

Os festins, eram tão exagerados e demorados que havia intervalo para os convidados
tomarem banho e fazerem massagens. Os vomitórios marcaram a decadência
gastronômica: quantidade em detrimento da qualidade.
Idade Antiga – Roma
 Os romanos comiam frangos, patos, gansos, galinhas-d`angola e
pavões; pássaros silvestres, como codornas, perdizes, gralhas,
avestruzes, flamingos, garças e papagaios; peixes, rãs, mexilhões,
ouriços e ostras. Frutas, como cereja, abricó, limão e melão;
 Ou seja, cozinha variada e refinada, fruto do intercâmbio com outros
povos, culturas e hábitos, em virtude de um período de estabilidade e
prosperidade, até a queda do império romano;
 Os pobres comiam uma polenta feita com cereais ou farinha de grão-
de-bico;
 As cerimônias de casamento, as noivas comiam um pão especial para
a ocasião, significando vida em comum, a responsabilidade que se
iniciava. Desse costume vem o bolo de casamento. O primeiro ato da
sua nova condição de casada era partir o bolo.
Idade Média

Os monges simplificaram a preparação e enriqueceram a qualidade: herdaram os
conhecimentos da cozinha romana e transmitiram a tradição para outros povos;

O vinho foi aprimorado nos mosteiros com o desenvolvimento de videiras nobres, maçã, malte
e cerveja;

Desenvolveram legumes, frutas, exploram minas de sal, praticaram a pecuária, curtiram o
couro e aprimoraram a conservação de alimentos e pão;

Plantavam, aumentavam sua produção, mantiveram fazendas-modelo. Nas feiras vendiam
seus produtos, carnes salgadas e especiarias;

Comiam peixe como o arenque, que era salgado e vendido em vários mercados europeus. O
peixe era muito valorizado, pois era barato, popular e ainda, a base da dieta dos cristãos;

A cozinha apresentava mais luxo que sabedoria. Os ingredientes eram justapostos, sem
preocupação com a combinação. O que importava era a apresentação dos pratos e não como
os alimentos eram preparados;

Usavam temperos, especiarias, noz-moscada, gengibre, canela, cravo, sementes de girassol,
cominho, hortelã, cebolinha, anis e açafrão.

Açúcar e trigo sarraceno foram trazidos das cruzadas, que propiciaram um grande comércio
no oriente médio, entre muçulmanos e romanos.
Idade Média

Nos festins e banquetes serviam vitelas, cabritos, veados, javalis, cisnes, gansos,
pavões, perdizes e galos, frutas frescas, salgados e doces; Comer muito e com
voracidade era um vício comum. A carne era cortada com o próprio punhal,
comiam com as mãos, e os restos eram jogados no chão para os cachorros;
 As damas não participavam, chegavam ao final, para as sessões de música e
poesia;

No século XIII o forno voltou a ser usado, permitindo uma cocção lenta e os
guisados foram redescobertos. Também aparecem os molhos; São preparadas
salsichas, vinagres, mostardas e as caldeiradas de peixes de água doce;

São dessa época o iogurte, sorvetes, melões, café, geléias de pétalas de rosas,
de violetas, de frutas, bolos, doces com amêndoas e mel, e o nougat (massa doce
folhada);

Na China aparece o talharim e o espaguete (massa de farinha de trigo e soja):
Marco Polo comeu essas tirinhas temperadas com gordura de peixe, levou a
receita para a Itália e esta se tornou o prato nacional do país;

O arroz foi levado da Ásia para o ocidente.
Idade Moderna

Popularização dos talheres (objetos pessoais levados em estojos)/ Importância das
especiarias;

As viagens de navegação levavam sementes, raízes e cereais e traziam as
novidades de lá;

Recebemos cana-de-açúcar (o açúcar ficou mais barato),

Os temperos eram usados com maior moderação e os aromáticos foram
acrescentados às bebidas, surgindo os licores.

Mais requinte e educação, ao contrário da ostentação e brutalidade da Idade Média.
Idade Moderna
 No século XVI, a cozinha francesa sofreu grande influência da
italiana;
 Os parisienses saiam de casa para jantar nos cabarés, locais
de encontros dos artistas e escritores;
 Na Europa haviam hotéis e tavernas com uma table d`hotê –
menu servido em hora determinada, pelo qual se paga um valor
fixo por cabeça.
Idade Moderna

La Tour D`Argent: albergue-taberna de alto nível fundado no século XVI, existente até
hoje;

No século XVII surge o serviço separado de pratos: sopas, entradas, assados, saladas
e por fim sobremesa;

La Varenne (cozinheiro de Luis XIV) – revolucionou a culinária com os molhos
franceses como o bechamel;

Em meados do século XVII, os franceses descobriram o café, depois que um visitante
oriental levou-o de presente para o rei Luís XIV;

As casas de cafés se espalharam rapidamente por Paris, onde eram servidos também
chás e chocolates que eram consumidos no final da tarde (recomendados para
combater doenças venéreas e o café sem açúcar é fortificante), até que o governo
inglês, para incentivar o comércio com o oriente, baixou o preço do chá: declínio
dessas casas;

Outro alimento dessa época foi o peru, levado pelos padres jesuítas que vieram para a
América;

Mistura de frutas e açúcar aos pratos salgados.
Idade Moderna
 Foi criado o grande fogão de cozinha, de doze a vinte bocas, que
substituiu o fogão a lenha e pôde cozinhar em fogo brando ou forte;
 O champanhe passa a ser produzido (Denominação de Origem
Controlada);
 Os costumes franceses passam a ser espalhar para outros países
da Europa;
 Aparece o primeiro estabelecimento de um parisiense conhecido por
Boulanger (padeiro em Francês), em Paris (1767), que vendia sopas
quentes restauradoras;
 Foi aberto em 1782 em Paris o “La Grande Taverne de Londres”, do
chef Beauvilliers e era freqüentado pela aristocracia e oferecia um
serviço a la carte, com longa lista de pratos para o cliente escolher,
com destaque para as saladas e assados.
Idade Moderna
O champanhe:
 Com o aparecimento de Don Perignon (monge beneditino) em 1670,
houve uma "revolução" na produção do champanhe;
 A Don Perignon deve-se a descoberta dos cinco principais elementos
que em muito contribuíram para o champanhe tal como ele é hoje:





A mistura de diferentes vinhos da região, conseguindo assim um produto
mais harmonioso;
A separação e prensagem em separado das uvas pretas que predominam
em Champagne, obtendo assim um cristalino sumo de uva;
O uso de garrafas de vidro mais espesso para melhor permitirem a
pressão da segunda fermentação em garrafa;
O uso da rolha de cortiça, vinda de Espanha, que permitiu substituir o
anterior sistema, pauzinhos de cânhamo embebidos em azeite;
A escavação de profundas adegas, hoje galerias com vários quilômetros
de extensão e usadas por todos os produtores, para permitir o repouso e
envelhecimento do champanhe a uma temperatura constante.
Idade Contemporânea (1789)
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Napoleão: preocupado com seu exército, ofereceu alto prêmio para quem
criasse uma técnica para conservar alimentos: surgiu a conserva em vidros,
enlatados: impulso à indústria;
Após Napoleão: grandes chefs e cozinheiros foram trabalhar nos
restaurantes de Paris, depois de perderem seus empregos nos palácios, em
virtude do enfraquecimento da nobreza com a revolução;
Aparecimento do serviço à francesa: os pratos são servidos de uma única
vez;
Jantares cada vez mais tarde: valorizou o serviço do chá da tarde;
Pós-guerra (1918): a cozinha francesa teve uma queda, menor quantidade e
qualidade dos alimentos disponíveis. EUA e Japão em alta;
Após a guerra: materiais de cozinha se aperfeiçoaram, o gás e a eletricidade
entraram na cozinha: fogões, liquidificadores, batedeiras e equipamentos
que possibilitaram a conservação;
Procura pelo fast-food e self-service (tendência), restaurantes de alimentos
em massa e pizzarias: cadeias de restaurantes: refeições baratas e rápidas;
Grandes restaurantes em hotéis;
Metade do século XX: Nouvelle Cuisine: realçar o sabor natural dos
alimentos, valorizar a técnica.
A História da Gastronomia no Brasil
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Índio + Colonizador Branco + Escravo Negro: Cozinha Brasileira;
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Cozinha dos nativos: mandioca (farinha, biju/caldo de carne ou de peixe) +
palmito (inhame veio mais tarde da África);
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Aipim, batata, abóbora, milho, feijão, fava, amendoim, cará;
•
Abacaxi, goiaba, cajá, maracujá, imbu, mamão, mangaba, caju (bananas,
laranja, lima e limão: não são brasileiros);
•
Moqueca e paçoca: herança dos índios / milho (angu) e fubá: palavras
introduzidas pelos africanos;
•
Churrasco: origem indígena: técnica de assar o peixe ou a carne diretamente no
fogo. Assavam também os alimentos nas covas;
•
A bebida era fabricada a partir da fermentação da mandioca, do aipim, da
batata-doce e do milho. Das frutas: caju, ananás e jenipapo. As destiladas foram
trazidas pelos portugueses.
A História da Gastronomia no Brasil
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O preparo das bebidas era ocupação feminina, além das panelas e
dos fornos de barro;
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Os portugueses também trouxeram o carnaval, a quaresma, o São
João e o natal, com suas danças, músicas e comidas próprias;
•
O pirão (influência indígena) era o alimento mais consumido, pois os
era imposto aos escravos pelos portugueses: farinha de mandioca +
caldo fervente, de carne ou de peixe;
•
O pirão passou a indicar o próprio alimento: também significava
subsistência, mulher bonita e alimento indispensável em uma festa
(os escravos o comiam com pimenta malagueta).
A História da Gastronomia no Brasil
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Fortes influências: arroz, feijão, cuscuz, banana, quiabo, inhame,
erva-doce, gengibre, açafrão, gergelim, amendoim africano, melancia
e coco;
Galinha: trazida para o Brasil pelo português. Não era comida pelo
povo, reservada às classes mais favorecidas, aos domingos ou dias
de festa. Recheadas com farinha torrada, manteiga e especiarias.
Ocasional, não fazia parte do cardápio habitual. Na África a galinha é
sagrada, não se come;
Doces: mais associados à idéia de passatempo que de sustento
(pão-de-ló). Índios e negos os conheciam pelas mãos das
portuguesas. Mais tarde, passou a se tornar diário na mesa do
brasileiro;
Entre os escravos: melaço, rapadura, açúcar mascavo, garapa;
Curiosidade: a liberdade do escravo podia ser trocada por farinha.
Eles a estocavam e, nos períodos de seca, esse produto era escasso
e caro. No mais, viviam da caça, da pesca e da roça (as frutas eram
roubadas) e vendiam toucinho e carne seca.
A História da Gastronomia no Brasil
• Cachaça / agregada ao alho: protegia da malária e de
doenças respiratórias;
• Era misturada à canela, à goma de tapioca, à noz
moscada, à cebolas assadas, ao mel, à frutas secas, à
raspas de raízes: remédio;
• Cozimentos misturados: influência portuguesa (azeite
doce x azeite de dendê);
• A cozinha brasileira se afirma: o Brasil se liberta de
portugal (um povo que defende seus pratos defende seu
território).
A História da Gastronomia no Brasil
• Decadência do açúcar (XVIII): depois de reinar por 3
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séculos: seus preços caíram na Europa: Café;
Com a proibição do tráfico negreiro, os europeus vieram
para a lavoura, influenciando nossa cozinha;
Vinda da família real: vida social tornou-se intensa:
saraus e novos jantares/pratos para atender a corte;
Bebidas: vinhos, champanhes e cervejas: fábricas se
instalaram: relação com outros países;
Século XIX: cosmopolismo: danças, figurinos, músicas,
lazer e comportamento;
Café: produto mais exportado até 1930.
A gastronomia no mundo hoje: O
fenômeno da globalização
• Globalização
x regionalização (cuisine du marché:
cozinha de mercado);
• Industrialização / desenvolvimento da agronomia /
técnicas de refrigeração / enlatamento / comércio e
exportação;
• Movimento de grande inovação na culinária: pratos
recriados, de acordo com possibilidades locais, dando
origem a novas interpretações: vale tudo desde que haja
leveza e harmonia.
A cozinha regional na América
• América Espanhola: baseada nos índios;
• Milho, aipim, trigo e batatas;
• Paella (típica da Espanha), peixes marinados em limão;
• Abacaxi, laranja, banana e abacate: este último é bem
popular, utilizado em saladas temperadas com azeite,
vinagre, mostarda e sal ou molhos para frutos do mar e em
recheio de aves;
• Destaque: tequila, vinho do Chile, rum paraguaio e café
colombiano.
A cozinha regional na América
•
Estados Unidos:
• Pratos congelados, preparações em escala industrial, sanduíches;
• Diversidade
gastronômica de muitos grupos étnicos que se
estabeleceram no país: italianos, indianos, gregos, alemães,
escandinavos, russos e chineses;
• Hambúrguer, cachorro-quente, cheesecake e sorvete;
• Dia de Ação de Graças (sopa de abóbora, peru assado acompanhado de
crambery sauce, batatas-doces cobertas com marshmallow e cebolas
cozidas);
• Sobremesa: torta de abóbora ou de maça, servida com sorvete;
• Breakfast (desjejum tipicamente inglês: ovos fritos, bacon, pão, torradas,
mingaus, manteigas, geléias, sucos de frutas, chás, café e leite;
• Nas proximidades do México, influência da comida: chilli com carne:
feijão, carne e queijo;
• Califórnia: legumes, verduras e frutas frescas (pato à califórnia);
• Sobremesas: bolos, tortas de maça verde, limão e blueberry, brownies.
A cozinha regional na Europa
•
Alemanha:
• Pratos fortes, substanciosos, ricos em gorduras e molhos
grossos, para quebrar o frio da região;
• Pratos muitos distintos de região para região;
• Carne de porco, repolho, batatas (de todos os tipos, com ou sem
casca, recheadas, em purê, etc.), presuntos, chouriços, salsichas
de fígado, paletas defumadas e joelho de porco;
• No litoral: peixes (salmões, trutas e carpas);
• Mistura de sal com açúcar (geléias de frutas para acompanhar
carnes salgadas, assados recheados com frutas, sopa de
cerveja);
• Confeitaria: strudel (massa folheada com recheio de doce de
frutas).
A cozinha regional na Europa
•
Espanha:
• Grande influência da cozinha romana e árabe;
• Azeite de oliva, alho, açafrão, alcachofra;
• Paella: risoto preparado com frango, porco, crustáceos, mariscos
e açafrão;
• Gazpacho: sopa fria de pepino com temperos variados;
• No litoral: pescado, muito preparado com azeite;
• Puchero: cozido muito suculento, com diferentes carnes,
linguiças, verduras, legumes e grão-de-bico.
A cozinha regional na Europa
•
França:
• Influenciou quase todas as demais. É a base da cozinha
internacional, sem perder suas raízes regionais;
• Sucesso: fartura de recursos naturais e agrícolas e ainda: enorme
prazer de comer que os franceses tem;
• Depois da revolução francesa: grandes chefes: Escoffier e
Carême;
• Vinhos de excelentes qualidades, variedades de queijos, creme
de leite, champignon, temperos finos e especiarias, creme do tipo
fondue;
• Cassoulet: sopa clássica: feijões e favas, couve, alho, pimenta,
salsa, fígado de ganso ou de porco, legumes;
• Sobremesas: charlotte, torta de maça ou de ameixas, creme de
abóbora, pastéis de ameixas e sopa de cerejas.
A cozinha regional na Europa
•
•
Inglaterra:
• Breakfast;
• Lanches tradicionais à tarde: chás;
• Apreciam muito as tortas e sobremesas açucaradas: Maryland: massa
recheada de geléia de framboesa, passas e amêndoas;
Itália:
• Simplicidade e sabor;
• Além das massas: arroz, polenta de farinha de milho, pão;
• Minestrone: sopa feita com legumes, feijão branco, queijo e condimentos;
• Risoto (sendo o de vitela o mais comum);
• Pizza napolitana (massa fina, assada em forno de pão);
• Molhos famosos: tomate, bolonhesa, alho e óleo: condimentos:
manjericão, sálvia, orégano, entre outros;
• Sopa de pescado (peixe abundante, estreita faixa de mares de pesca).
A cozinha regional na Europa
•
Portugal:
• Muito montanhoso, pouco pasto para gado: extenso litoral;
• Pratos de frutos do mar e sobremesas a base de ovo (quindins,
fios de ovos, ambrosia e papo-de-anjo);
• Sardinha: especialidade: comida fresca, grelhada, em conserva;
• Bacalhau: sopas, ensopados, gratinados, omeletes, tortas, com
ovos;
• Vinho: boa produção: tintos, brancos e vinhos do porto.
A cozinha regional na Ásia
•
China:
• Arte muito importante para os chineses: grandes tratados sobre
alimentação: talento dos cozinheiros, utilização de cores;
• As diferenças e os contrastes estão presentes: pétalas de rosa, o
crocante com o cremoso, o temperado servido com o doce;
• Cozimento rápido (pobreza de combustíveis);
• Base: peixes, algas, aves, porcos, brotos de bambu e de soja,
legumes, cogumelos secos, gengibre, casca de frutas cítricas,
castanhas, arroz de soja;
• Bebida: chás, aguardente de arroz, vinho do tipo xerez. O leite é
pouco usado e o queijo escasso.
A cozinha regional na Ásia
•
Índia:
• Hábitos relacionados a questões religiosas;
• Os sacerdotes são vegetarianos, os comerciantes e artesãos
podem comer peixes e carnes e os mais humildes se alimentam
só de arroz;
• Curry: contém gengibre, pimenta dedo-de-moça, pimenta
vermelha, canela em rama, cominho, pimenta-do-reino,
cardamomo, cravo, erva-doce, cúrcuma e coentro em grãos.
Todos esses temperos, juntamente com outros, são torrados,
moídos e usados em dosagens diferentes para preparar o curry;
• Chutney: condimento de paladar agridoce.
A cozinha regional na Ásia
•
Japão:
• Requinte de texturas e cores, meticulosa preparação, valorização
dos sabores;
• Peixes, crustáceos, mariscos e algas; arroz; legumes e soja;
• Dieta vegetariana: no século X, proibição da matança de animais
pelo budismo;
• Saquê: fermentado natural. Classificado na mesma categoria do
vinho; arroz e água; sinal de hospitalidade e atenção;
• Chás (influência dos chineses) / cerimônia e meditação;
• Sopa, sashimi, sushi, shiitake, yakisoba, tempura, peixes cozidos,
assados e grelhados, verduras e conservas;
• Carne de cachorro.
A cozinha regional na Ásia
•
Líbano e Síria:
• Cozinha farta: quanto mais se come, mais o anfitrião fica satisfeito;
• Pratos frios / óleos e pastas: gergelim, grão-de-bico (homus), berinjela
(babaganuche), coalhada seca;
• Quibe: frito, assado ou cru; servido com cebola, azeite e hortelã; Esfirras;
• Tabule: salada de trigo sarraceno, limão, cebola, tomate e pimenta;
• Kafta: espetinho de carne moída grelhado ou assado ao forno;
• Enroladinhos de repolho; abobrinhas, pimentões e berinjelas recheados;
• Zattar; chancliche; arak (destilado de diversas matérias-primas e
aromatizado com anis);
• Confeitaria açucarada, rica em caldas e mel: trouxinhas de tâmaras,
pastéis de nozes regados com mel.
A cozinha regional no Brasil
•
A cozinha Amazônica (originalidade:
• Peixes, ervas e temperos;
• Caldeirada: peixes de água doce, vários temperos e farinha de
mandioca;
• Peixes preparados com leite de coco, moquecas, maniçoba
(feijoada paraense), tacacá (tucupi + goma + camarão + jambu),
pato ao tucupi (molho extraído da raiz da mandioca brava).
•
A cozinha baiana:
• Acarajé, cuscuz, bobó, vatapá, caruru; azeite de dendê, leite de
coco e muita pimenta.
A cozinha regional no Brasil
•
A cozinha mineira:
• Café, bolo de fubá, roscas, pão de queijo, queijo, rapadura,
biscoito de polvilho;
• Feijão, angu, farinha de milho ou mandioca, arroz, feijão tropeiro;
• Tutu de feijão; frango ao molho pardo; frango com quiabo;
• Goiabada com queijo.
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Cozinhas do Rio e São Paulo:
• Pizza e cuscuz paulista;
• Feijoada carioca.
Cozinha gaúcha:
• Churrasco, chimarrão, arroz de carreteiro (guisado com charque,
acompanhado de farofa de banana verde).
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