O que faz a UE: JUSTIÇA para as vítimas PT “Não percebo o que está a acontecer…” “Tenho de voltar a página…” Ao abrigo das novas disposições da UE, todos os países da UE devem assegurar que as vítimas de crimes e de acidentes são informadas sobre os processos judiciais e têm direito a apresentar um recurso. Que significa isto na prática? ▪▪ Informar as vítimas numa linguagem simplificada É frequente as pessoas desconhecerem os seus direitos e não estarem informadas sobre os procedimentos judiciais que lhes dizem respeito. As informações disponíveis estão muitas vezes em linguagem jurídica ou numa língua estrangeira. As vítimas deveriam poder recorrer a um intérprete se necessário. Todos os documentos importantes devem ser lidos ao interessado se este não souber ler. ▪▪ Informar as vítimas atempadamente sobre os pormenores do processo Muitas vezes as vítimas querem participar nos procedimentos judiciais, assistir ao julgamento e até testemunhar. Porém, só o podem fazer se tiverem informações coerentes e fiáveis sobre o seu processo, nomeadamente o local e a data do julgamento. Antes… “Sou letão e o meu pai foi assassinado durante uma estadia na Escócia. Não falamos inglês e por isso não chegámos a perceber como funciona o sistema jurídico escocês. Como não temos muitos meios não pudemos deslocar nos à Escócia para reclamar o corpo. Ninguém nos explicou como contratar um advogado ou onde podíamos pedir uma indemnização. O meu pai era um homem bom, merecia outra coisa.” Comissão Europeia Justiça “Não tenho meios para assistir ao julgamento…” ▪▪ Informar as vítimas sobre o resultado do seu processo As vítimas envolvidas num procedimento judiciário deveriam ser informadas sobre o resultado do mesmo. Se o Ministério Público tiver decidido não abrir um processo, as vítimas deveriam poder recorrer dessa decisão. Conhecer o resultado do julgamento pode ser essencial para superar o trauma e voltar a uma vida normal. Por outro lado, as vítimas deveriam ser informadas da eventual libertação do seu agressor ou do fim da sua guarda policial. É de evitar que as vítimas fiquem a par desses factos por um acaso ou por que encontraram o agressor. ▪▪ Permitir que as vítimas optem por se encontrar com os agressores Desta forma os agressores podem assumir a responsabilidade pelos seus actos. Estes encontros são organizados por profissionais que dispõem da devida formação para garantir a segurança física e psicológica das vítimas. ▪▪ Prestar assistência legal As vítimas têm o direito de assistir ao julgamento, mesmo se para tal for necessário disponibilizar lhes apoio judiciário e pagar lhes as despesas de viagem. Os bens furtados devem ser restituídos às vítimas. … e depois “A minha mulher morreu num acidente de viação quando estávamos a passar férias em Itália. Quando voltei para França, fui regularmente informado sobre o julgamento e o seu resultado final. Como sou invisual recebi toda a documentação em Braille. Também recebi os objectos pessoais da minha mulher e fui notificado quando o outro condutor foi libertado. Estou desesperado mas estas informações dão-me algum conforto.” Alguma pergunta? Contacte Europe Direct 00 800 67 89 10 11 - http://europa.eu/europedirect/