Guia Didático 6 MATEMÁTICA Sumário Apresentação ....................................................................................................3 Projeto Apoema .................................................................................................4 1. Ensino de Matemática .....................................................................................6 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 A razão de aprendermos Matemática..........................................................................................................6 Uma proposta para ensinar e aprender Matemática....................................................................................7 O papel do professor ..................................................................................................................................8 O papel do aluno........................................................................................................................................9 Nossas escolhas para um livro didático de Matemática .............................................................................9 2. Competências e habilidades ..........................................................................10 3. Organização do Projeto .................................................................................12 3.1 Estrutura ................................................................................................................................................. 12 3.2 Quadros de conteúdos ............................................................................................................................. 14 4. Orientações deste volume .............................................................................20 4.1 Objetivos de cada unidade ....................................................................................................................... 20 4.2 Comentários das atividades ..................................................................................................................... 22 5. Avaliação ....................................................................................................24 5.1 Respostas ................................................................................................................................................ 30 6. Bibliografia .................................................................................................31 6.1 Educação matemática.............................................................................................................................. 31 6.2 História da Matemática ............................................................................................................................ 31 6.3 Conteúdos da Matemática ....................................................................................................................... 32 Apresentação Vivemos numa época em que as informações podem ser acessadas com poucos comandos e em telas transparentes que interagem de modo assustador. Equipamentos e ferramentas computacionais menores e mais poderosos são criados a cada instante, tornando outros ultrapassados. Testemunhamos transformações diversas, que acabam modificando formas e meios de acesso ao conhecimento. No caso da educação, exemplos de ensino a distância são realidade, e livros digitais ou com apelos computacionais estão tomando o espaço dos tradicionais. Será que o folhear das páginas de um livro de papel será totalmente substituído pelo arrastar do dedo em uma tela? E o papel do professor diante dessa verdadeira revolução, perderá o valor? Não acreditamos numa resposta definitiva ou mesmo temporária para essas duas perguntas. Entretanto, estamos convictos de que o papel do professor jamais terá fim, mesmo que sofra algumas transformações geradas por tantas outras. Talvez o giz vire um pincel ou apenas um toque num quadro digital, talvez o livro possa de fato ser apresentado em outro formato; quem sabe a participação dos alunos será de um modo diferente, as avaliações on-line, as pesquisas direcionadas diretamente para sites confiáveis... Apesar disso tudo, algo parece que não será extinto, muito pelo contrário, sofrerá valorização cada vez maior: o trabalho do professor. Alguém precisará organizar, gerenciar e filtrar as informações que produzem conhecimentos, promover a interação necessária dos objetos digitais com os alunos para que eles possam, assim, sistematizar conteúdos de forma significativa. Não adianta apresentar-lhes belíssimas imagens da natureza ou mesmo criadas por computador, se não conduzirmos adequadamente uma reflexão sobre elas. Se a ideia é abordar o assunto simetria, por exemplo, boas perguntas serão necessárias para que os alunos pensem em respostas motivadoras. Um livro didático até poderá propor algumas dessas questões condutoras, mas, sem a interpretação e a motivação dada pelo professor, não haverá construção alguma. Professor, o Projeto Apoema foi elaborado para ser um referencial importante para o trabalho em sala de aula. A disciplina de Matemática sofreu inúmeras modificações nos últimos anos. Poucos perceberam que sua importância aumentou substancialmente em razão das transformações tecnológicas já mencionadas aqui. Apoema é uma palavra da língua tupi que significa “aquele que vê mais longe”; então, acreditamos que pensar e praticar a matemática de forma autônoma são o grande desafio que se espera de todos os envolvidos, que veem mais longe. Assim, uma coleção de livros de Matemática deve ter o apelo que estimula o folhear das páginas pelo aluno, além de organizar objetivamente seu trabalho, professor. O autor PROJETO APOEMA BAGAGEM CULTURAL gráficos Recursos visuais e info a r lora exp m possibilita interdisciplinaridade. BAGAGEM CULTURAL CONHEÇA OS RECURSOS E AS POSSIBILIDADES DO PROJETO. A GRANDE PIRÂMIDE desta unidade, das Como foi estudado no inícioAntigo, a única que Sete Maravilhas do Mundo nte intacta, resiste até hoje, praticame a em é a Pirâmide de Quéops. Construíd devido a sua e, surpreend ela c. 2650 a.C., mil anos. arquitetura, mesmo após 5 CHIPRE ISRAEL Alexandria Suez Cairo Guizé Local da Pirâmide de Quéops LÍBIA base face lateral EGITO Lago Nasser SUDÃO 300 0 30 anos Assuan Abu Simbel face lateral , alguns de pedra calcária foram utilizados . pesando cerca de 20 toneladas o elh rm Ve 2,6 milhões de blocos face lateral o Nil Cerca de r Ma face lateral A base da Pirâmide de Quéops é quadrada. Observe a planificação de uma pirâmide desse tipo. o foram usados na construçã Sharm el-Sheikh Rio 100 mil trabalhadores Ilustrações: Alex Argozino LÍBANO Mar Mediterrâneo km es ag y im ett e/G fac PIRÂMIDE DE QUÉOPS 232,805 m m Ga Base Faces laterais on st ey a-K m m 46 1,0 22 foi o tempo que a pirâmide levou para ser construída e la ter a VOCÊ SABIA QUE AS QUATRO FACES DESSA PIRÂMIDE TÊM UM SIGNIFICADO? uma das Segundo estudiosos, cada do faces representaria uma estação natureza ano, os quatro elementos daquatro (terra, fogo, água e ar) e as DNA. do as letras combinad 232,805 m Ostill/Shutterstock l de apenas Embora a sigla seja composta uma base por três letras, o DNA é formado adenina, nitrogenada, que pode ser guanina, citosina ou timina. IMAGENS, COM BASE NOS TEXTOS E NAS RESPONDA AO QUE SE PEDE. as 1) Quais figuras geométric podemos identificar na Pirâmide de Quéops? Pirâmide 2) Quantas faces laterais ade faces de Quéops tem? O número polígono laterais tem relação com o da base? 3) Pesquise como está a Pirâmide sofreu de Quéops hoje. Sua estrutura dos anos? alguma alteração ao longo Em caso afirmativo, explique. de Pirâmide de Quéops vista perto. É possível observar nitidamente os blocos de pedra calcária. base 75 74 MATEMÁTICA E CIDADANIA MATEMÁTICA E CIDADANIA Explorando regiões do nosso planeta Vivemos em um mundo onde a tecnologia é uma aliada cada vez mais presente do ao alcance das mãos . É o muncom um simples clique. Você já deve conhece busca muito utilizado r o Google, um site de pelos internautas. Por meio de um de seus Google Earth, é possível serviços, conhecido como que uma pessoa, em sua casa, sentada diante qualquer ponto de nosso do computador, veja planeta por meio de imagens de satélite. 2013 Google Earth 2013 Google Earth 2013 Google Earth 2013 Google Earth A prática e a formação s cidadãs são valorizada tos tex de por meio relacionados à disciplina. As imagens mostram parte da Terra vista do espaço. Em sequência, aproximações cada vez elas vão representando maiores, até exibirem o local do Estádio do Maracan de Janeiro, palco da grande ã na cidade do Rio final e da cerimônia de encerramento da Copa do Mundo de 2014. Assim, usando apenas um computador e uma conexão com a Internet planta de uma cidade podemos ver a em terceira dimensão. *UNTAMENTECOMUMCOLEG APRODUZAUMTEXTOQUEFA LESOBRETECNOLOGIAEPRESE NATUREZA RVA¥ÎODA s s%MRELA¥ÎOÌSIMAGENSAPRESENTADASJUNTOCOMOTEXTOV OCÐPERCEBEUALGUMAREFE RÐNCIAÌ -ATEMÉTICA 86 87 SUPERANDO DESAFIOS a) 2 1 litros 4 b) 3 3 litros 4 c) 9 litros 12 d) 12 litros 4 2 (Prova Brasil) A figura ao lado representa uma figura dividida em partes iguais. A parte pintada de preto corresponde a que fração da figura? a) 1 2 c) 2 6 b) 1 6 d) 6 2 Explorando MDMat – UFRGS http://mdmat.mat.ufrgs.br/anos_iniciais/ Homepage vinculada à UFRGS com alguns objetos digitais de aprendizagem. Para essa unidade em especial, clique em “Números e operações”, em seguida, clique em “Frações” para ter acesso às atividades relacionadas ao conteúdo de frações. Editora Ciência Moderna Questões de avaliações oficiais, vestibulares e do Enem preparam os alunos e os desafiam a ir além. Robson utilizou 3 de 1 litro de tinta para pintar a sala de sua casa. Sabendo que o restante da casa 4 equivale a 3 vezes a área pintada da sala, quantos litros de tinta ele precisará para pintar os outros cômodos? http://mdmat.mat.ufrgs.br/anos_iniciais/ Acesso em 28/05/2013 GUIA DIDÁTICO SUPERANDO DESAFIOS 1 (Saresp) EXPLORANDO Matemática e Origami Trabalhando Frações Autor: Eliane Moreira da Costa Editora: Ciência Moderna 40 páginas Sugestões de livros, sites, filmes, vídeos, jogos etc. para explorar ao máximo cada assunto. [...] Trabalhar o ensino de Matemática pelo Origami fundamenta-se em dois pressupostos: é possível ensinar Matemática de forma lúdica e prazerosa; a construção da linguagem matemática deve ser feita cuidadosamente, a partir da compreensão dos conceitos à que se refere. Reconhecidamente, um dos grandes desafios para os professores tem sido ensinar matemática para quem não gosta de matemática. Entre os alunos, alguns assuntos, como por exemplo as frações, costumam ter um alto índice de rejeição. Por esta razão, escolhi o trabalho com frações como tema deste volume. Nele são apresentadas algumas atividades para aulas de matemática, relacionando frações ao Origami. E vice-versa. Os modelos aqui escolhidos são bem simples, interessantes e fáceis de construir. Alguns, bem populares. O importante – para os professores interessados em tornar suas aulas mais criativas e atraentes – é a certeza de que este recurso pode render excelentes resultados. 197 4 Para não esquecer PARA NÃO ESQUECER O esquema a seguir apresenta o conteúd o desta unidade. Utilize-o para fazer um resumo de cada tópico, que pode ser um texto com exemplos e exercícios, como forma de organizar seu estudo. Resumo esquemático dos conteúdos desenvolvidos, que facilita e organiza o estudo. Dica: para aprender Matemática, devemos estudar um pouquinho todos os dias, assim o conhecimento será realmente efetivo. Geometria: noções algumas noções de Geometria conhecendo a história formas geométricas não planas formas geométricas planas cubo retângulo paralelepípedo quadrado cilindro triângulo círculo vista de um objeto 90 x 32° ! a) 116° por ! é: A medida do ângulo indicado d) 50° c) 40° b) 30° a) 20° em seis ângu2 Um ângulo raso foi dividido a seguir. figura na los de mesma medida, quatro nde compree o O ângulo destacad nde a: dessas medidas e correspo ser A figura a seguir deverá questões 6 e 7. utilizada para as A D x k O y z Ilustrações: Setup d) 120° c) 110° b) 100° a) 90° raso, assinale 3 Em relação ao mesmo ângulo ente a mecorretam a alternativa que indica o na figura abaixo. dida do ângulo destacad d) 160° 4 Em relação ao ângulo indicado que: seguir, é correto afirmar na figura a a) 100° B 14 Assinale a alternativa que indica corretamente a medida do menor ângulo, representado pelas semirretas que têm origem no centro do relógio a seguir: C que indica correta6 Assinale a alternativa x " y, conformente a soma das medidas me figura anterior. d) 180° c) 150° b) 120° a) 90° é correto afirmar 7 Se a medida k for 40°, que a medida y será: d) 180° c) 90° b) 140° a) 40° c) 150° b) 120° d) 232° c) 128° b) 112° Atenção! a) é um ângulo reto. b) é um ângulo agudo. c) é um ângulo obtuso. d) é um ângulo raso. Seção de atividades de revisão no final de cada unidade, que possibilitam também uma autoavaliação. Ilustrações: Eduardo Belmiro ta a medida 1 Na figura abaixo, ! represen congruentes de cada um dos seis ângulos um ângulo raso. obtidos pela divisão de RESGATANDO CONTEÚDOS ta uma peça 16 A imagem ao lado represen ângulo # é igual a quadrado, con10 Se a medida de um de cerâmica, no formato do ângulo compleento de pisos. 34° 12' 45", a medida feccionada para revestim por quatro mentar de # é: Observe que ela é formada e oito tratamanho 54° 12' 45" c) mesmo de os 55" quadrad 47' a) 54° é a medida do ând) 55° 47' 15" pézios. Descubra qual #. b) 55° 48' 15" gulo indicado pela letra do complemento 11 A medida do suplemento é 65° 30' é: de um ângulo cuja medida c) 55° 30' a) 65° 30' d) 145° 30' 30' b) 155° ntes formam 12 Duas retas que são concorre deles tem que um ! quatro ângulos, sendo a alternativa que medida 112°. Assinale medidas dos ouas ente corretam indica representadas as tros três ângulos. 17 Na figura abaixo, estão indicar as de um relógio. Para e 12° 68° divisões 112°, c) e, para indicar a) 68°, 68° e 112° horas, fazemos 12 divisões d) 62°, 62° e 118° divisões. b) 98°, 98° e 22° os minutos, fazemos 60 complemento de 13 O triplo da medida do Então, a medida um ângulo é igual a 111°. desse ângulo é: d) 53° c) 65° b) 43° a) 44° do ângulo x indi5 Determinando a medida obtemos: cado na figura a seguir, a) 45° b) 44° c) 64° d) 54° 15 Às duas horas exatamente, o menor ângulo formado pelos ponteiros do relógio tem medida 60°. Assinale a alternativa que indica outro horário em que o ângus também é 60°. lo formado pelos ponteiro 35° 25' 18" e 8 Considerando que # $ afirmar que: ! $ 27° 41' 32", é correto a) # – ! $ 7° 43' 46" b) # – ! $ 7° 42' 46" c) # – ! $ 7° 43' 45" d) # – ! $ 7° 42' 42" 35° 25'18" e 9 Considerando que # $ afirmar que: ! $ 27° 41' 32", é correto a) # " ! $ 67° 43' 50" 40" 6' 63° $ ! " # b) 50" 6' 63° $ ! " # c) d) # " ! $ 63° 26' 50" graus correspona) Qual é a medida em circunferência? dente a uma volta nessa menor ângulo forb) Qual é a medida do azuis? mado pelas semirretas menor ângulo forc) Qual é a medida do vermelhas? mado pelas semirretas tas azuis re18 Na figura abaixo, as semirre dois ângulos que presentam os lados de entares. As sesão adjacentes e complem as são as bismirretas tracejadas vermelh Determine a . ângulos setrizes desses dois por essas duas medida do ângulo formado bissetrizes. Setup S RESGATANDO CONTEÚDO a) 16 horas b) 9 horas e 50 minutos c) 22 horas d) 14 horas e 20 minutos 81 80 Avaliação - Matemática AVALIAÇÕES TURMA: ESCOLA: PROFESSOR: Sugestões de avaliação estão disponíveis para o Projeto. DATA: 1. Um livro tem 243 páginas. Márcia já leu 35 páginas e deverá terminar de lê-lo em 16 dias. Se ela dividir o número de páginas por dia igualmente, quantas páginas deverá ler por dia? 2. Calcule: a) 25 " 36 c) 2³ + 3² % 2² e) 2² & 3² b) 144 % 49 d) 6² " 9² % 144 f) 3² % 2³ " 9 CONTEÚDO DIGITAL 4. Para embarcar em um avião com destino a Nova York, um passageiro pode levar até 27 kg na bagagem. Para cada quilo a mais, são cobrados 22 reais. Mariana tem 35 kg na bagagem. Quanto de taxa ela terá de pagar para poder embarcar? GUIA DIDÁTICO 3. Em um bufê, são utilizadas 4 laranjas para fazer um bolo “delícia de laranja”. Cada bolo rende 8 fatias. Sabendo que uma festa tem 280 convidados, quantas laranjas o bufê utilizará para preparar os bolos, de modo que cada pessoa coma exatamente 1 fatia? 27 Objetos educacionais digitais, disponíveis no Portal Projeto Apoema, que exploram as potencialidades das novas tecnologias. www.editoradobrasil.com.br/ apoema GUIA DIDÁTICO NOME: 5 1. Ensino de Matemática Fruto da criação e invenção humanas, a Matemática não evoluiu de forma linear e logicamente organizada. Desenvolveu-se com movimentos de idas e vindas, com rupturas de paradigmas. Frequentemente um conhecimento foi amplamente utilizado na ciência ou na tecnologia antes de ser incorporado a um dos sistemas lógicos formais do corpo da Matemática. Exemplos desse fato podem ser encontrados no surgimento dos números negativos, irracionais e imaginários. Uma instância importante de mudança de paradigma ocorreu quando se superou a visão de uma única geometria do real, a geometria euclidiana, para aceitação de uma pluralidade de modelos geométricos, logicamente consistentes, que podem modelar a realidade do espaço físico. Parâmetros Curriculares Nacionais, 1998, p. 25. GUIA DIDÁTICO Ao pensarmos no ensino e na aprendizagem da Matemática, devemos ter em mente, mesmo que de forma provisória, uma concepção do que vem a ser a atividade humana denominada Matemática. Um livro ou uma coleção de livros de Matemática com finalidade didática carrega concepções não apenas do que vem a ser a Matemática, mas também do que é ensinar e aprender essa disciplina. Algumas vezes podemos utilizar palavras, frases ou mesmo textos diversos para tentar expressar tais concepções. Na maioria das vezes, isso se torna completamente desnecessário, bastando observar com criticidade como as atividades são propostas, como a teoria é desenvolvida, como são as sugestões de avaliação e também como os alunos são convidados a atuar diante das situações apresentadas. 6 Com o objetivo de esclarecer o professor quanto à metodologia que, de alguma forma, permeia o Projeto Apoema Matemática, procuramos nos posicionar em relação aos seguintes aspectos relacionados: a razão de aprendermos Matemática; uma proposta para ensinar e aprender Matemática; o papel do professor e do aluno; nossas escolhas para um livro didático de Matemática. 1.1 A razão de aprendermos Matemática O descompasso entre o que representa a Matemática na escola e a matemática na vida das pessoas é algo que chama a atenção de diversos pesquisadores. Na escola, a Matemática é uma ciência, ensinada em um momento definido por alguém de maior competência. Na vida, a Matemática é parte da atividade de um sujeito que compra, que vende, que mede e encomenda peças de madeira, que constrói paredes, que faz o jogo na esquina. CARRAHER, Terezinha et al. Na vida dez, na escola zero. 10. ed. São Paulo: Cortez, 1995. p. 19. Será que temos o hábito, como professores, de dar espaço para os alunos exporem seus conhecimentos prévios, principalmente aqueles presentes em sua vida cotidiana? Pelo fato de sermos professores, estamos realmente tão distantes do conhecimento dos alunos sobre aquilo que ensinamos? A lição deixada na citação parece caminhar para a diminuição das distâncias entre quem aprende e quem ensina. Quem trabalha com o ensino de Matemática tem o hábito de ressaltar sua beleza presente em formas geométricas curiosas, em belas demonstrações, em regularidades curiosas na aritmética etc. Tudo isso é válido e deve ser utilizado para motivar os alunos a aprender Matemática. O que não pode acontecer é o exagero de dar mais ênfase a essa fração do conhecimento em detrimento de outras partes tão ou mais importantes. Uma razão de aprendermos Matemática parece estar fortemente ligada à beleza de suas regularidades e formas, mas há também outras motivações para estudá-la: o incomparável senso lógico que reside em sua construção, a indubitável capacidade de desenvolvimento intelectual que potencializa, nas pessoas, formas diferentes de resolução de problemas diversos e enfrentamentos de dificuldades, pela habilidade desenvolvida na elaboração de argumentos convincentes. Parâmetros Curriculares Nacionais, 1998, p. 34. 1.2 Uma proposta para ensinar e aprender Matemática A educação escolar caracteriza-se pela preparação do aluno para a vida, construindo a ética necessária ao convívio social e à cidadania, por meio de estratégias que visam mobilizar e desenvolver várias competências cognitivas básicas, como observação, comparação, compreensão, análise, síntese, memorização, formulação de hipóteses, planejamento e resolução de problemas. Valoriza-se, assim, o desenvolvimento cognitivo do aluno, preparando-o para a vida na sociedade moderna. Uma escola orientada ao desenvolvimento de competências propõe aos alunos tarefas desafiantes, incitando-os a colocar em prática seus conhecimentos. Isso exige pedagogia ativa, visão interativa da aprendizagem, que valorize a postura reflexiva, e capacidade de observação e de aprendizagem com outros alunos e com as próprias experiências. ... muitos alunos não têm nem os recursos pessoais, nem as ajudas externas necessárias para utilizar plenamente seus conhecimentos, quando essa mobilização [mobilização das capacidades e dos conhecimentos] não foi o objeto de nenhum treinamento. Sabe-se agora que a transferência de conhecimentos ou sua integração em competências não são auto- máticas e passam por um trabalho, isto é, um acompanhamento pedagógico e didático sem o qual nada ocorrerá, a não ser para os alunos com grandes meios para isso. PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artmed, 1999, p. 44. Fazemos aqui uma interpretação das palavras desse pesquisador: é necessário dar tempo para acomodar o conhecimento trabalhado, respeitando as etapas didáticas para que isso possa de fato ocorrer. Howard Gardner, formulador da teoria das inteligências múltiplas, defende que a inteligência é uma composição de pelo menos oito competências distintas, localizadas em diferentes áreas do cérebro e das quais somos dotados em diferentes graus: linguística, lógico-matemática, espacial, corporal-cinestésica, musical, interpessoal e naturalista. Embora não tenhamos como objetivo detalhá-las, é importante observar que essas ideias influenciam a educação de modo geral, pois ampliam e equilibram os espaços do trabalho pedagógico. Em busca de um novo olhar para o conhecimento, as novas concepções da inteligência humana e os estudos de neurocientistas, psicólogos e pesquisadores de diversas áreas do saber impulsionam as reflexões sobre como educar para a compreensão. Essas perspectivas fazem distinção entre conhecimento e compreensão – a compreensão não é um modelo mental estático, pois implica aquisição do conhecimento, sua interiorização e aplicação em novas situações. Em outras palavras, o aluno compreende algo quando é capaz de aplicar o conhecimento em outros contextos, quando consegue estabelecer relações entre uma situação e outra. Assim, constrói novos conhecimentos com base nesses conceitos, reelabora explicações em diferentes níveis. Daí a importância de a escola e os materiais didáticos estarem organizados a fim de educar para a compreensão. Passa-se a trabalhar não só com situações didáticas, mas com GUIA DIDÁTICO Para atender às demandas do trabalho contemporâneo é inegável que a Matemática pode dar uma grande contribuição à medida que explora a resolução de problemas e a construção de estratégias como um caminho para ensinar e aprender Matemática na sala de aula. Também o desenvolvimento da capacidade de investigar, argumentar, comprovar, justificar e o estímulo à criatividade, à iniciativa pessoal e ao trabalho coletivo favorecem o desenvolvimento dessas capacidades. 7 o desenvolvimento da inteligência, ou seja, com estruturas que suportam o raciocínio. Precisamos construir um ensino que objetive levar o aluno a estabelecer “pontes” entre seu conhecimento prévio e o conhecimento novo a ser trabalhado. É fundamental a aprendizagem ter um contexto para que possa ser de fato significativa. 1.3 O papel do professor Estamos em pleno século XXI, a era em que a velocidade das informações parece aumentar a cada dia. A rapidez no acesso a dados quaisquer pode ser confundida com a assimilação de um conteúdo ou conhecimento. A dinâmica produzida na tela dos computadores e as belas imagens processadas e reproduzidas facilmente se contrapõem, de forma dura e nefasta, ao ritmo e aos recursos tecnológicos de nossas aulas. GUIA DIDÁTICO Por mais que tentemos utilizar recursos tecnológicos em sala de aula – quando os recursos financeiros possibilitam –, ainda assim teremos problemas de dinâmica. Mesmo que queiramos ou possamos utilizar tecnologia de ponta em nossas atividades, como faremos, por exemplo, para ensinar o aluno a resolver uma equação do 2º grau ou de que modo dinamizaremos o processo que leva o aluno a utilizar adequadamente os produtos notáveis? 8 Parece evidente que não podemos mais “dar” aulas em que o aluno é convidado apenas a prestar atenção no que dizemos, geralmente reproduzindo o que nos disseram quando estávamos nos bancos escolares. Pensemos em como nós, professores, consideramos os alunos. Se eles são vistos como “recipientes” capazes de armazenar quantidades de informações, então o ensino e o papel do professor serão fundamentados na transmissão correta dessas informações. Por esse “método”, os alunos são forçados a se deparar com fatos, regras e princípios que devem assimilar para poder aplicá-los. Nesse contexto, atribuímos algum significado ao que fazemos em sala de aula e, em seguida, cobramos dos alunos o que “aprenderam” – tudo de forma passiva e previsível. Não podemos concordar com isso. Seria o mesmo que fazer o “pacto da mediocridade” em que de um lado se faz de conta que ensina, do outro se faz de conta que aprende. Precisamos pensar em outra forma, outro “método”. Numa reflexão sobre o ensino de Matemática é de fundamental importância ao professor: t identificar as principais características dessa ciência, de seus métodos, de suas ramificações e aplicações; t conhecer a história de vida dos alunos, seus conhecimentos informais sobre um dado assunto, suas condições sociológicas, psicológicas e culturais; t ter clareza de suas próprias concepções sobre a Matemática, uma vez que a prática em sala de aula, as escolhas pedagógicas, a definição de objetivos e conteúdos de ensino e as formas de avaliação estão intimamente ligadas a essas concepções. Parâmetros Curriculares Nacionais, 1998, p. 35-36. Devemos, como professores, ter em mente que os alunos interpretam termos e conceitos de maneira original, que, em geral, não corresponde ao que esperamos. Por isso, precisamos ser claros sobre o que de fato desejamos. Além disso, ao contrário do que se possa pensar, o trabalho do professor e seu real papel não perdem importância. O professor passa a ter outras funções, que descrevemos a seguir. t Organizador da aprendizagem: o professor deve, além de conhecer as reais condições socioculturais dos alunos, ter em mente as expectativas deles. Um ponto importante, nesse papel, é a escolha de situações e problemas que possibilitarão a construção dos conhecimentos. t Consultor do processo: cabe ao professor fornecer informações necessárias para que o aluno, com autonomia, construa o conhecimento. t Controlador e incentivador: deve estabelecer condições e prazos para a realização das atividades, sem esquecer-se de dar o tempo necessário aos alunos. Quanto ao papel de incentivador da aprendizagem, espera-se que estimule a cooperação entre os alunos. Acreditamos na perspectiva de trabalho em que o aluno é considerado protagonista da construção da própria aprendizagem. Assim, o papel do professor assume dimensões novas, como as apontadas anteriormente. Para que as aulas de Matemática não sejam monótonas, precisamos ter criatividade no encaminhamento dos conteúdos, encontrar meios de envolver cada vez mais o aluno no processo e dar condições para que, mesmo provisoriamente, ele tire conclusões, isto é, sistematize o conhecimento. 1.4 O papel do aluno Qual é o verdadeiro papel do aluno no processo ensino-aprendizagem de Matemática? As necessidades cotidianas fazem com que os alunos desenvolvam capacidades de natureza prática para lidar com a atividade matemática, o que lhes permite reconhecer problemas, buscar e selecionar informações, tomar decisões. Quando essa capacidade é potencializada pela escola, a aprendizagem apresenta melhor resultado. Por isso é fundamental não subestimar o potencial matemático dos alunos, reconhecendo que resolvem problemas, mesmo que razoavelmente complexos, ao lançar mão de seus conhecimentos sobre o assunto e buscar estabelecer relações entre o já conhecido e o novo. Parâmetros Curriculares Nacionais, 1998, p. 37. Se estamos propondo um trabalho de construção do conhecimento matemático, o papel do aluno não é, evidentemente, de mero espectador. O aluno deve investigar, questionar e sistematizar o conhecimento, não só respondendo às questões, mas também formulando-as. Ele é o agente principal da construção de seu conhecimento, ao buscar estabelecer possíveis conexões entre o que já conhece e o que está sendo construído. 1.5 Nossas escolhas para um livro didático de Matemática Sabemos que as propostas curriculares embasadas em pesquisas ligadas a universidades e demais instituições relacionadas à área da Matemática levam algum tempo para se concretizar na sala de aula. Assim, não é objetivo desta nossa escolha romper completamente com a prática desenvolvida pelo “mestre e mediador” ao longo dos anos, levando-o a perder referência. Ao mesmo tempo desejamos que haja avanços consideráveis, acompanhando as mudanças repentinas no mundo. São transformações sensíveis e, por isso, acreditamos que o ensino deva mudar, pois a vida está constantemente se transformando. Não mudar significa ficar ao largo de nossa própria evolução. Temos consciência da imensa responsabilidade que devemos assumir diante das rápidas mudanças que afloram à nossa volta. Há muito tempo o ensino deixou de significar mera transmissão de informações, passando a ensinar a pensar ou aprender a aprender. O Projeto Apoema Matemática nasceu da discussão dos pressupostos e das considerações abordadas até aqui. Não acreditamos, entretanto, ser possível contemplar tudo o que foi exposto, já que o ser humano está em constante evolução, mas devemos considerar esses pontos fundamentais para nossa reflexão ao “fazer Matemática” com os alunos. Entendemos que um livro didático, elaborado com o objetivo de ser um instrumento auxiliar no ensino e na aprendizagem GUIA DIDÁTICO t Mediador: deve promover as condições para cada aluno intervir a fim de expor sua solução, questionar quando necessário e contestar. 9 de Matemática deva, entre outros pontos, valorizar e potencializar: t o conhecimento prévio dos alunos; t o trabalho em grupo e individual de forma autônoma; t a criatividade tanto do professor quanto do aluno; t a capacidade de argumentação do aluno; t a construção do conhecimento matemático; t o desenvolvimento do raciocínio matemático; t o estabelecimento de relações entre blocos temáticos; t a curiosidade e o espírito investigativo; t o gosto pela aprendizagem da Matemática. GUIA DIDÁTICO Não podemos esquecer que, mesmo antes de o aluno ser aluno, ele convive com algum tipo de conhecimento matemático. Assim, a escola, o livro didático e o professor devem fortalecer essa ligação entre a Matemática desenvolvida na escola e aquela vivenciada fora dela, mas com o cuidado de não passar a falsa ideia de que tudo o que se aprende em Matemática tem aplicação imediata. 10 A Matemática faz-se presente na quantificação do real – contagem, medição de grandezas – e no desenvolvimento das técnicas de cálculo com os números e com as grandezas. No entanto, esse conhecimento vai muito além, criando sistemas abstratos, ideais, que organizam, inter-relacionam e revelam fenômenos do espaço, do movimento, das formas e dos números, associados quase sempre a fenômenos do mundo físico. Parâmetros Curriculares Nacionais, 1998, p. 25. Com base nessas reflexões e em outras resultantes do trabalho em sala de aula, elaboramos o Projeto Apoema Matemática objetivando a construção de um referencial importante para a edificação do conhecimento matemático. 2. Competências e habilidades Recentemente foi divulgada uma resolução com objetivo de normatizar e expor, de forma clara, as habilidades e competências esperadas no Ensino Fundamental: a Matriz de Referência – Matemática. Reproduzimos a seguir as ideias principais para que possamos refletir cada vez mais sobre nossa atuação como professores preocupados com as mudanças na educação. É importante observar que o foco considera a resolução de problemas um método. As habilidades e competências estão definidas em unidades chamadas "descritores". Ao todo, são 37 descritores divididos em quatro temas. Descritores do Tema I. Espaço e Forma D1 – Identificar a localização/movimentação de objeto, em mapas, croquis e outras representações gráficas. D2 – Identificar propriedades comuns e diferenças entre figuras bidimensionais e tridimensionais, relacionando-as com suas planificações. D3 – Identificar propriedades de triângulos pela comparação de medidas de lados e ângulos. D4 – Identificar relação entre quadriláteros, por meio de suas propriedades. D5 – Reconhecer a conservação ou modificação de medidas dos lados, do perímetro, da área em ampliação e/ou redução de figuras poligonais usando malhas quadriculadas. D6 – Reconhecer ângulos como mudança de direção ou giros, identificando ângulos retos e não retos. D7 – Reconhecer que as imagens de uma figura construída por uma transformação homotética são semelhantes, identificando propriedades e/ou medidas que se modificam ou não se alteram. D8 – Resolver problema utilizando a propriedade dos polígonos (soma de seus ângulos internos, número de diagonais, cálculo da medida de cada ângulo interno nos polígonos regulares). multiplicação, divisão e potenciação). D10 – Utilizar relações métricas do triângulo retângulo para resolver problemas significativos. D26 – Resolver problema com números racionais que envolvam as operações (adição, subtração, multiplicação, divisão e potenciação). D11 – Reconhecer círculo/circunferência, seus elementos e algumas de suas relações. D27 – Efetuar cálculos simples com valores aproximados de radicais. Descritores do Tema II. Grandezas e Medidas D28 – Resolver problema que envolva porcentagem. D12 – Resolver problema envolvendo o cálculo de perímetro de figuras planas. D13 – Resolver problema envolvendo o cálculo de área de figuras planas. D29 – Resolver problema que envolva variações proporcionais, diretas ou inversas entre grandezas. D14 – Resolver problema envolvendo noções de volume. D30 – Calcular o valor numérico de uma expressão algébrica. D15 – Resolver problema envolvendo relações entre diferentes unidades de medida. D31 – Resolver problema que envolva equação de segundo grau. Descritores do Tema III. Números e Operações / Álgebra e Funções D32 – Identificar a expressão algébrica que expressa uma regularidade observada em sequências de números ou figuras (padrões). D16 – Identificar a localização de números inteiros na reta numérica. D17 – Identificar a localização de números racionais na reta numérica. D18 – Efetuar cálculos com números inteiros envolvendo as operações (adição, subtração, multiplicação, divisão e potenciação). D19 – Resolver problema com números naturais envolvendo diferentes significados das operações (adição, subtração, multiplicação, divisão e potenciação). D20 – Resolver problema com números inteiros envolvendo as operações (adição, subtração, multiplicação, divisão e potenciação). D21 – Reconhecer as diferentes representações de um número racional. D22 – Identificar fração como representação que pode estar associada a diferentes significados. D23 – Identificar frações equivalentes. D24 – Reconhecer as representações decimais dos números racionais como uma extensão do sistema de numeração decimal identificando a existência de “ordens” como décimos, centésimos e milésimos. D25 – Efetuar cálculos que envolvam operações com números racionais (adição, subtração, D33 – Identificar uma equação ou uma inequação de primeiro grau que expressa um problema. D34 – Identificar um sistema de equações do primeiro grau que expressa um problema. D35 – Identificar a relação entre as representações algébrica e geométrica de um sistema de equações de primeiro grau. Descritores do Tema IV. Tratamento da Informação D36 – Resolver problema envolvendo informações apresentadas em tabelas e/ou gráficos. D37 – Associar informações apresentadas em listas e/ou tabelas simples aos gráficos que as representam e vice-versa. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/web/prova-brasil-e-saeb/33>. Acesso em: jul. 2013. É necessário que nós, professores, ao analisarmos essa Matriz de Referência, tenhamos uma visão abrangente do que esperamos conquistar com nosso trabalho em sala de aula ao final do Ensino Fundamental. A leitura e a discussão dos temas e dos descritores correspondentes dão muito mais objetividade à nossa função. GUIA DIDÁTICO D9 – Interpretar informações apresentadas por meio de coordenadas cartesianas. 11 3. Organização do Projeto Organizamos este projeto contemplando momentos diversos que possibilitam um trabalho variado tanto do professor quanto do aluno. 3.1 Estrutura Cada um dos quatro livros do Projeto Apoema Matemática encontra-se dividido em oito unidades. Cada unidade, por sua vez, está organizada em capítulos. Na abertura de cada unidade, você encontra um pequeno resumo do assunto a ser desenvolvido. Para o aluno, na primeira página da abertura há uma reflexão sobre a utilização do conteúdo trabalhado, e, na segunda página, três questões para conduzir uma pequena discussão a respeito do tema. Ao iniciar o capítulo, você encontra, de forma resumida, os objetivos principais. Descrevemos a seguir as seções de textos e atividades em que os conteúdos dos capítulos e unidades são trabalhados. Algumas são esporádicas, outras podem ser encontradas em todos os capítulos. AGORA É COM VOCÊ GUIA DIDÁTICO Propomos atividades que objetivam auxiliar na compreensão dos assuntos abordados, além de fornecer momentos de verificação da aprendizagem. Assim, conforme sua escolha, algumas dessas atividades podem ser resolvidas na sala de aula, enquanto outras podem ser encaminhadas como tarefa a fim de desenvolver a autonomia dos alunos. Há um bom número de atividades nessa seção. 12 TRABALHO EM EQUIPE Algumas atividades são elaboradas para o trabalho coletivo. Nessa seção desejamos que os alunos cooperem na busca de solução para as situações propostas. Além disso, espera-se criar, neles, o hábito de expressar o próprio pensamento, compreender o pensamento do outro, discutir possíveis e esperadas dúvidas e incorporar soluções alternativas, reestruturando e ampliando procedimentos adotados no enfrentamento de problemas diversos. BAGAGEM CULTURAL Na forma de infográfico, são apresentados textos e imagens sobre curiosidades que objetivam conduzir os alunos à percepção da Matemática em outros contextos. Esses contextos relacionam conteúdos de duas ou mais disciplinas. Assim, esperamos que os alunos passem a ver a Matemática não mais de forma isolada, mas dinâmica, presente em outras áreas do conhecimento. DIVERSIFICANDO LINGUAGENS A disciplina de Matemática tem linguagem própria, símbolos, formas e representações peculiares. Por sua vez, revistas e jornais – em geral, presentes na vida dos alunos – apresentam diversidade no tratamento de informações. Ao propormos algumas atividades com tirinhas ou mesmo diagramas de palavras, por exemplo, queremos evidenciar também os conteúdos e as situações matemáticas que são apresentados por essas formas de expressão, tão comuns no cotidiano das pessoas. Do aluno, em tais momentos, é exigida a interpretação e a compreensão do que a tirinha ou o diagrama apresenta. CONEXÕES Essa seção é reservada para a história dos conteúdos e dos personagens que os construíram ou para curiosidades que envolvam tanto a Matemática quanto outro assunto abordado. Sugerimos que a leitura seja feita coletivamente envolvendo a turma no conhecimento de aspectos relevantes da história da disciplina. Nessa seção, são apresentados textos amplamente ilustrados, que proporcionam leitura agradável e rica em informações, relacionando várias áreas do conhecimento. É uma oportunidade ímpar de ampliar o conhecimento dos alunos sobre a necessidade de aprender Matemática para a interpretação e a busca de soluções de situações diversas da vida das pessoas. Para exercer a cidadania, é indispensável saber calcular, efetuar medidas, argumentar, raciocinar, compreender informações estatísticas e tomar decisões. COM A PALAVRA, O ESPECIALISTA O conhecimento de qualquer disciplina ocorre também pelo contato com o trabalho de profissionais diversos. Experiências de vida, de trabalho, de estudo precisam ser passadas aos alunos como exemplos a ser seguidos, referências a ser consideradas. Embora essa seção não ocorra com muita frequência em cada volume deste projeto, ela é extremamente importante, pois amplia, nos alunos, a visão de mundo e das pessoas. Para não esquecer Ao final de cada unidade, apresentamos um quadro-resumo em forma de mapa conceitual. O objetivo é os alunos perceberem, por meio desse importante esquema, as relações entre os assuntos da unidade estudada. É a visão geral do conteúdo apresentado. A utilização de esquemas também representa uma forma de leitura que auxilia na compreensão dos diversos tópicos. Explorando Ao final dos conteúdos desenvolvidos, o aluno encontra algumas referências de en- SUPERANDO DESAFIOS Uma das características que podem ser encontradas no aluno do Ensino Fundamental II é o prazer de ser desafiado. Nessa seção, o aluno é convidado a ir além das atividades propostas no livro, resolvendo questões que o preparam para vestibulares, concursos e avaliações do governo. A Matemática representa um contexto rico de ideias, problemas diversos, desafios e enigmas instigantes que possibilitam ao aluno se colocar diante de situações completamente diferentes e que exigem soluções muitas vezes inesperadas e extremamente criativas. Essa é uma forma de valorizar a capacidade e as potencialidades do aluno. RESGATANDO CONTEÚDOS Embora haja, ao longo dos capítulos, atividades diversas, sugerimos um grupo de atividades no final de cada unidade. A ideia é que, com a resolução dos exercícios, os alunos possam verificar, com autonomia, a compreensão dos conteúdos apresentados na unidade. Essa é também uma forma de relacionar os assuntos tratados separadamente nos capítulos. Sugerimos que as atividades sejam encaminhadas apenas após a conclusão da unidade. Também é importante que os alunos sejam motivados a fazê-las e que organizem as resoluções no caderno, discutindo entre eles possíveis respostas antes da resolução coletiva. GUIA DIDÁTICO MATEMÁTICA E CIDADANIA tretenimento – livros, filmes e sites –, relacionadas aos assuntos abordados na unidade. Em cada referência, uma pequena resenha dá ao aluno uma ideia do que trata cada item. Essa é uma forma de estimular a leitura, a visualização e até a brincadeira, explorando diferentes modos de abordagem de conteúdos matemáticos. 13 3.2. Quadros de conteúdos Apresentamos a seguir um resumo dos conteúdos trabalhados ao longo dos quatro volumes do Ensino Fundamental II, ou seja, um panorama dos temas abordados na disciplina de Matemática. 6o ano UNIDADE CAPÍTULO Os números naturais t Processos de contagem – história dos números t Noções sobre os sistemas de numeração egípcio e romano t Sistema de numeração decimal – leitura, escrita e história dos números indo-arábicos t Sequência dos números naturais t Sucessor, antecessor e números naturais consecutivos t Aplicações dos números naturais t Reta numérica Funções dos números t t t t t t Sistema de numeração decimal t Sistema de numeração dividido por classes t Arredondamentos e aproximações Adição e subtração t t t t Ideias da adição e da subtração Problemas envolvendo adição e subtração de números naturais Expressões numéricas Cálculo mental nas adições e subtrações Multiplicação, divisão, potenciação e radiciação t t t t t t t As ideias da multiplicação Divisão – ideias e algoritmos Multiplicação e divisão – operações inversas Relação fundamental da divisão Expressões numéricas envolvendo as quatro operações fundamentais Potenciação – significado, representação e cálculos Raiz quadrada de números naturais Noções fundamentais t Conhecendo a história t As formas da natureza e as formas criadas pelo ser humano t Ponto, reta, plano e segmento de reta Formas geométricas planas e não planas t Cubos e paralelepípedos t Perspectivas e vistas t Formas geométricas planas Divisibilidade e números primos t Critérios de divisibilidade t Números primos e decomposição em fatores primos t Decomposição em fatores primos Divisores de um número natural t Fatores ou divisores de um número natural t Divisores comuns e máximo divisor comum Múltiplos de um número natural t Sequência dos múltiplos de um número t Mínimo múltiplo comum 1. Números e sistemas de numeração GUIA DIDÁTICO 2. Geometria: noções 14 3. Múltiplos e divisores CONTEÚDO Aplicações dos números naturais Contagem, ordenações e códigos Classificação dos números Os números e o nosso dinheiro Comparação de números Reta numérica 6o ano CAPÍTULO A ideia de ângulo t t t t Polígonos t Polígonos – características e nomenclatura t Polígonos regulares t Quadriláteros – classificação A ideia de fração t t t t Equivalência e comparação entre frações t Frações equivalentes t Simplificação de frações t Comparação de frações Adição e subtração de frações t Adição e subtração de frações com o mesmo denominador t Adição e subtração de frações com denominadores diferentes Fração de fração t Multiplicação de frações t Divisão de frações Frações decimais e números decimais t t t t Adição e subtração com números decimais t Adição de números decimais t Subtração de números decimais Multiplicação e divisão com números decimais t Multiplicação de números decimais t Divisão de números naturais com quociente decimal t Divisão de números decimais Unidades de comprimento e de massa t Unidades de comprimento t Perímetros de figuras geométricas planas t Unidades de massa Unidades de área t Unidades de área t Áreas de figuras geométricas planas t Área do quadrado Unidades de volume e capacidade t t t t t Medida de tempo t Unidades de medida de tempo Noções de Estatística t Porcentagem t Pesquisas, tabelas e gráficos 4. Formas geométricas planas 5. Frações 6. Números decimais 7. Grandezas e medidas 8. Estatística CONTEÚDO Identificação, elementos e representação Medidas de ângulos Classificação de ângulos Retas paralelas e retas concorrentes Frações como partes do inteiro Representação e leitura Tipos de fração: próprias, aparentes e impróprias Frações de uma quantidade Notação decimal Números decimais na forma de fração decimal Propriedades dos números decimais Comparações entre números decimais Unidades de volume Volumes do cubo e do paralelepípedo Unidades de capacidade Unidades de volume Relação entre L e dm³ GUIA DIDÁTICO UNIDADE 15 7o ano UNIDADE CAPÍTULO Os números inteiros t Os números positivos e os números negativos t Exemplos de aplicações de números inteiros Adição e subtração de números inteiros t Adição de números inteiros t Propriedades da adição de números inteiros t Subtração de números inteiros Multiplicação de números inteiros t Multiplicação de números inteiros t Propriedades da multiplicação de números inteiros Divisão de números inteiros t Divisão de números inteiros t Expressões numéricas com números inteiros Ângulos t Retomada da ideia de ângulo apresentada no volume anterior t Unidade de medida de ângulo t Frações do ângulo Operações com medidas de ângulos t Adição e subtração de ângulos t Multiplicação e divisão de um ângulo por um número natural Ângulos e retas t Classificação de ângulos t Ângulos entre retas concorrentes Números racionais t Formação do conjunto t Reta numérica t Comparação de números racionais Adição e subtração de racionais t Adição de números racionais t Propriedades da adição de números racionais t Subtração de números racionais Multiplicação e divisão de racionais t Multiplicação de números racionais t Propriedades da multiplicação de números racionais t Divisão de números racionais Potenciação e radiciação de racionais t Potenciação de números racionais t Radiciação de números racionais O conceito de área t Medida de superfície t Área do quadrado t Área do retângulo Área do triângulo e do paralelogramo t Área do paralelogramo t Área do triângulo Área do losango e do trapézio t Área do losango t Área do trapézio Iniciando a Álgebra t Ideias iniciais da Álgebra t Termos semelhantes t Soma algébrica de termos semelhantes Equações t Equação t Resolução de uma equação Resolução de problemas t Resolução de problemas Inequações t Desigualdades t Inequações 1. Números inteiros 2. Geometria: ângulos 3. Números racionais GUIA DIDÁTICO 4. Geometria: áreas 16 5. Álgebra CONTEÚDO 7o ano UNIDADE CAPÍTULO CONTEÚDO Razões e proporções t O conceito de razão t O conceito de proporção Grandezas proporcionais t Regra de sociedade t Problemas de regra de três t Problemas de regra de três composta Porcentagens e juros simples t Retomando porcentagem trabalhada no volume anterior t Juros simples Gráficos estatísticos t Informações em gráficos t A construção de gráficos estatísticos Calculando média t Média aritmética t Média ponderada 6. Proporções 7. Introdução à Matemática Financeira 8. Estatística 8o ano CAPÍTULO Os números inteiros e os números racionais t Números racionais t Representação dos números irracionais Os números reais t Números irracionais t Números reais t Comprimento da circunferência Potenciação com expoentes inteiros t t t t Radiciação: raiz quadrada t Raiz quadrada t Decomposição em fatores primos Segmentos, ângulos e retas t t t t t Triângulos t Classificação dos triângulos quanto aos lados t Classificação dos triângulos quanto aos ângulos Soma das medidas dos ângulos num triângulo t Soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo t Soma das medidas dos ângulos externos de um triângulo Congruência de triângulos t Congruência de triângulos t Casos de congruência de triângulos Expressões algébricas t Expressão algébrica e valor numérico t Termos semelhantes t Monômios e polinômios Operações com polinômios de uma variável t Adição e subtração de polinômios t Multiplicação e divisão de polinômios Produtos notáveis t Desenvolvimento de produtos notáveis Fatoração de polinômios t Fator comum t Fatoração por agrupamento t Simplificação de expressões algébricas 1. Números reais 2. Potenciação e radiciação 3. Geometria: Triângulos 4. Álgebra: cálculo algébrico 5. Produtos notáveis e fatoração CONTEÚDO Potenciação Propriedades da potência Potências de base 10 Notação científica Segmentos Ângulos Retas Ângulos entre retas concorrentes Ângulos entre retas com uma transversal GUIA DIDÁTICO UNIDADE 17 8o ano UNIDADE CAPÍTULO CONTEÚDO Quadriláteros t Soma dos ângulos internos de um quadrilátero t Soma dos ângulos externos de um quadrilátero Quadriláteros notáveis t Classificação dos quadriláteros t Propriedades do paralelogramo Equações do 1 grau t Resolução de equações e problemas do 1o grau t Resoluções de equações literais t Resolução de equações fracionárias Sistemas de equações t Resolução de sistemas de equações do 1o grau pelo método da substituição t Resolução de sistemas de equações do 1o grau pelo método da adição Interpretação geométrica t Representação dos pontos no plano cartesiano t Interpretação geométrica de uma resolução de um sistema de equações do 1o grau Circunferência e círculo t t t t Segmentos e quadriláteros t Propriedades de segmentos tangentes a uma circunferência t Circunferência inscrita num quadrilátero Ângulos e arcos na circunferência t Arco e ângulo central t Medidas do ângulo inscrito t Quadrilátero inscrito numa circunferência 6. Geometria: quadriláteros o 7. Álgebra: equações 8. Geometria: circunferência Elementos e nomenclatura da circunferência Partes do círculo Posições relativas de retas e circunferências Posições relativas entre circunferências 9o ano UNIDADE CAPÍTULO Potenciação 1. Potenciação e radiciação Radiciação Cálculo com radicais CONTEÚDO t t t t t t t t t t GUIA DIDÁTICO Cálculo algébrico 2. Álgebra: cálculo algébrico Fatoração Teorema de Tales 3. Geometria: semelhança de triângulos Semelhança de triângulos O triângulo retângulo Razões trigonométricas no triângulo retângulo 18 t t t t t t t t t t t Potência com expoentes inteiros Notação científica Propriedades da potenciação Raiz quadrada Potência com expoente racional e raiz cúbica Simplificações com radicais Adição e subtração Multiplicação e divisão Potenciação e radiciação Recapitulação dos casos de produtos notáveis abordados no volume anterior Cubo de uma soma e cubo de uma diferença Fator comum e por agrupamento Fatoração por produtos notáveis Segmentos proporcionais Teorema de Tales e suas propriedades Semelhança de triângulos e propriedades Os três casos de semelhança de triângulos Relações métricas no triângulo retângulo O teorema de Pitágoras Razões seno, cosseno e tangente Razões trigonométricas para ângulos notáveis 9o ano 4. Álgebra: equações do 2o grau CAPÍTULO Equações do 2o grau t Resolução de equações incompletas t Resolução de equações por trinômios quadrados perfeitos t Resolução de equações por fórmulas Propriedades de raízes e coeficientes t O discriminante – discussão das raízes t Soma e produto das raízes Equações redutíveis ao 2 grau e problemas t Resolução de problemas por meio de equações do 2o grau t Equações biquadradas t Equações irracionais O tratamento da informação t Tabelas e gráficos t Distribuição de frequências: variáveis discretas t Distribuição de frequências: variáveis contínuas Medidas de tendência central t Média aritmética e ponderada t Mediana e moda Contagem e probabilidades t Principio fundamental da contagem t Ideias iniciais de probabilidade Áreas de quadriláteros e triângulos t Áreas do retângulo, do quadrado e do paralelogramo t Áreas do triângulo, do losango e do trapézio Polígonos convexos t Cálculo do número de diagonais de um polígono convexo t Soma das medidas dos ângulos internos e externos de um polígono convexo Polígonos regulares t Medida dos ângulos internos e externos de polígonos regulares t Polígonos inscritíveis e circunscritíveis t Relações métricas no triângulo equilátero, no hexágono regular e no quadrado inscritos e circunscritos Círculo e circunferência t Comprimento da circunferência e de um arco de circunferência t Área do círculo e de um setor circular Relações métricas na circunferência t Relação entre cordas e entre secantes t Relação entre secante e tangente t Potência de um ponto Introdução às funções t Relação entre grandezas: conceito de função t Representação gráfica no plano cartesiano Noções de função afim t Função afim t Gráfico da função afim Noções de função quadrática t t t t Lei dos cossenos t Obtenção da lei dos cossenos t Aplicações da lei dos cossenos Lei dos senos t Obtenção da lei dos senos t Aplicações da lei dos senos o 5. Estatística e probabilidade 6. Geometria: polígonos e circunferências CONTEÚDO 7. Estudo de funções 8. Geometria: triângulos quaisquer Função quadrática Representação gráfica no plano cartesiano Coordenadas do vértice da parábola Problemas de máximo e de mínimo GUIA DIDÁTICO UNIDADE 19 4. Orientações deste volume 4.1 Objetivos de cada unidade UNIDADE 1 Números e sistemas de numeração t Identificar os números naturais. t Distinguir as funções do número. t Comparar números naturais. t Representar um número natural. t Conhecer características do sistema de numeração decimal. t Obter o antecessor e o sucessor de um número natural. t Associar a adição às situações de juntar e de acrescentar. t Associar a subtração às situações de tirar, de completar e de comparar. t Resolver problemas relacionados à adição e à subtração de números naturais. t Associar a multiplicação a situações que representam adição de parcelas iguais. t Verificar as propriedades da multiplicação de números naturais. t Associar a divisão com a multiplicação. GUIA DIDÁTICO t Resolver problemas relacionados à multiplicação e à divisão de números naturais. 20 t Resolver expressões numéricas contendo adição, subtração, multiplicação e divisão com números naturais. t Associar a potenciação a situações que representam multiplicações de fatores iguais. t Compreender a raiz quadrada de um número natural associando-a ao quadrado de um número natural. UNIDADE 2 Geometria: noções t Compreender as noções fundamentais de Geometria: ponto, reta e plano. t Diferenciar uma figura geométrica plana de uma figura geométrica não plana. t Reconhecer que as figuras geométricas são abstrações de formas e objetos concretos. t Identificar vértices, arestas e faces em formas geométricas não planas. t Reconhecer e diferenciar algumas formas geométricas não planas: cubos e paralelepípedos. t Identificar vistas de objetos e formas geométricas não planas. t Reconhecer e diferenciar algumas formas geométricas planas: quadrado, retângulo, triângulo e círculo. UNIDADE 3 Múltiplos e divisores t Reconhecer quando um número é ou não divisível por outro número natural. t Conhecer algumas regras de divisibilidade: por 2, por 3 e por 5. t Reconhecer e determinar quando um número natural é primo. t Reconhecer números compostos. t Expressar um número composto como o produto de fatores primos. t Determinar os divisores naturais de um número natural. t Obter os divisores comuns de dois números naturais. t Determinar o máximo divisor comum entre números naturais. t Determinar os múltiplos naturais de um número natural. t Obter os múltiplos comuns de dois números naturais. t Determinar o mínimo múltiplo comum entre números naturais. UNIDADE 4 UNIDADE 6 Formas geométricas planas Números decimais t Compreender as noções de ângulo. t Reconhecer uma fração decimal. t Distinguir vértice, lados e abertura de um ângulo. t Transformar uma fração decimal em número decimal. t Compreender a ideia de ângulo reto. t Transformar um número decimal em fração decimal. t Classificar e diferenciar ângulo agudo, ângulo obtuso e ângulo reto. t Comparar números decimais. t Obter o ângulo entre duas retas concorrentes. t Efetuar a adição e a subtração de números na forma decimal. t Identificar e diferenciar retas perpendiculares e retas paralelas. t Efetuar a divisão e a multiplicação de números na forma decimal. t Reconhecer polígonos convexos. t Distinguir vértices e lados de um polígono. t Conhecer o nome dos polígonos com base na quantidade de vértices e lados. t Identificar e diferenciar quadriláteros: trapézios, paralelogramos, retângulos, quadrados e losangos. t Resolver expressões numéricas com números decimais. t Solucionar problemas relacionados às operações com números decimais. UNIDADE 7 Grandezas e medidas t Compreender que medir é comparar. Frações t Conhecer a ideia de fração como parte de um todo. t Representar frações. t Calcular fração de quantidade. t Comparar frações de mesmo denominador e frações de denominadores diferentes. t Distinguir frações próprias, frações impróprias e frações aparentes. t Reconhecer frações equivalentes como representações diferentes de um mesmo número racional. t Simplificar frações. t Efetuar a adição e a subtração de frações com denominadores iguais e com denominadores diferentes. t Efetuar a multiplicação de frações. t Efetuar a divisão de frações. t Identificar unidades não padronizadas de medidas de comprimento. t Utilizar unidades padronizadas de medidas de comprimento: metro, quilômetro, centímetro, milímetro. t Identificar instrumentos de medidas de comprimento e obter medidas com esses instrumentos. t Obter medidas de perímetros de figuras geométricas planas. t Conhecer as unidades de medidas de massa: quilograma, grama e tonelada. t Reconhecer que medir uma superfície é compará-la com uma unidade padrão de medida. t Conhecer as unidades de medidas de superfície: metro quadrado, centímetro quadrado e quilômetro quadrado. t Calcular a área de alguns quadriláteros: retângulo e quadrado. t Reconhecer unidades de medidas de volume. GUIA DIDÁTICO UNIDADE 5 21 t Obter volumes de algumas formas geométricas não planas: cubo e paralelepípedo. t Conhecer as unidades padronizadas de capacidade. t Relacionar o litro com o decímetro cúbico. t Identificar unidades de medida de tempo: dia, hora, minutos e segundos. UNIDADE 8 Estatística t Associar porcentagem com número decimal e fração decimal. t Calcular porcentagens de quantidades. t Resolver problemas utilizando porcentagens. t Desenvolver as primeiras noções de Estatística. t Identificar tabelas e gráficos estatísticos. t Interpretar informações de tabelas e gráficos estatísticos. 4.2 Comentários das atividades p. 74 e 75 – Bagagem cultural Esse infográfico possibilita um trabalho interdisciplinar envolvendo Matemática e História. É importante explorar com os alunos cada texto e imagem antes de eles responderem às questões. GUIA DIDÁTICO 1. Quais figuras geométricas podemos identificar na Pirâmide de Quéops? 22 Podemos identificar a própria pirâmide como uma forma espacial: sua base tem a forma de quadrado; e as faces laterais, a forma de triângulo. 2. Quantas faces laterais tem a Pirâmide de Quéops? O número de faces laterais tem relação com o polígono da base? Ela apresenta quatro faces laterais. Cada face tem a forma de um triângulo, cuja base coincide com um dos lados do quadrado, que é o polígono da base da pirâmide. Isso pode ser mais bem observado na planificação da pirâmide. 3. Pesquise como a Pirâmide de Quéops está atualmente. Houve alguma alteração em sua estrutura ao longo dos anos? Em caso afirmativo, explique. Sim, houve um desgaste provocado pela ação do vento ao longo do tempo, principalmente no seu ápice (o vértice da pirâmide). Professor, a pesquisa pode ser estendida para as pirâmides de Gizé, no Egito: Quéops, Quéfren e Miquerinos. Os alunos podem obter as medidas lineares, a área das faces laterais e os volumes das pirâmides, para que tenham ideia da grandiosidade desses monumentos. p. 88 e 89 – Com a palavra, o especialista Essa entrevista mostra a importância das manifestações culturais dos povos indígenas. É uma ótima oportunidade para abordar a Etnomatemática por meio de pesquisas que envolvam artesanato e pintura indígenas que usam formas geométricas. Além das culturas de diversos povos, é importante observar e discutir com os alunos como as formas geométricas estão sempre visíveis na natureza, estão relacionadas à vida deles etc. Mostrar a importância da Matemática em todas as culturas é uma forma de atraí-los para o estudo dessa disciplina, tão presente em nosso cotidiano. p. 231 – Matemática e cidadania O assunto desta seção aborda uma situação relativamente frequente na vida dos alunos. Nas escolas, as cantinas costumam utilizar balinhas como troco, e, por isso, é importante ler o texto com os alunos para ouvir suas reclamações a respeito desse problema. Cabe a você, professor, relacionar as questões propostas no final desse texto, que envolvem o conteúdo da unidade – operações com números decimais –, para observar se eles entenderam a matéria corretamente. As duas primeiras p. 268 e 269 – Matemática e cidadania O texto sobre a economia de água levanta um assunto muito abordado nas escolas. Cabe a você, também, relacionar esse problema com a Matemática. O texto acrescenta alguns dados que talvez os alunos desconheçam, como a quantidade de água perdida em uma torneira pingando. Esses dados estão relacionados com o tema desta unidade e trazem informações importantes para a conscientização dos alunos. A maioria das questões serve para provocar a discussão em sala de aula, porém a resposta à pergunta sobre armazenamento de água deve ser pesquisada por eles. Há uma maneira de fazer isso muito utilizada no Nordeste brasileiro: a cisterna. Ela pode ser instalada no interior de uma casa e funciona assim: as calhas recolhem a água das chuvas, que percorre um caminho de filtração e acaba depositada na caixa-d’água para ser utilizada. Dessa maneira, parte da água usada na casa será de chuva, portanto alguns litros da água que vem da rua serão economizados. Por meio desse exemplo e de outros que os alunos trarão, é possível conscientizá-los de que economizar água é possível e faz muito bem ao nosso planeta. p. 270 e 271 – Bagagem cultural Esse infográfico possibilita um trabalho interdisciplinar envolvendo Matemática e Ciências. A medida da circunferência do contorno, de nosso abdômen e o cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC) servem para sabermos se nossa saúde está em risco e, caso isso seja constatado, adotarmos medidas para cuidar desse bem tão precioso. Para utilizar o infográfico na aula, é importante ler os quadros informativos associados às imagens e discutir, com os alunos, seus significados e qual é a relação deles com a Matemática. Por exemplo, podemos perguntar por que não medimos a circunferência abdominal em quilômetros. Espera-se que eles compreendam que quilômetro é uma unidade de medida muito grande para medir a circunferência abdominal, por isso, utilizamos o centímetro. Peça que levem uma fita métrica para essa aula sobre o infográfico e solicite que meçam a própria circunferência abdominal e também que calculem seus IMCs. Dessa maneira, haverá interação mais efetiva com os textos informativos. p. 287 – Matemática e cidadania Esse texto sobre população envolve o assunto abordado na unidade Estatística. Essa área da Matemática cuida da coleta, análise e interpretação de dados. Com base nesses dados e na interpretação deles, é possível tirar conclusões que servirão para a tomada de decisões. O número de habitantes, a porcentagem de desemprego e a qualidade de vida são alguns dos índices obtidos por meio da Estatística para se saber quais medidas podem ser mantidas e quais podem ser melhoradas. O texto aborda a evolução da população em nosso país e a capacidade do censo de refletir a realidade. É importante a leitura conjunta com os alunos. Comente a importância dos índices mencionados e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que realiza pesquisas e medições no Brasil. p. 288 – Com a palavra, o especialista Essa entrevista, feita com um estatístico, fornece um panorama geral da área: sua importância e vasta utilização atualmente como ferramenta de pesquisa, organização e análise de informações para tomada de decisões em diversas áreas do conhecimento. GUIA DIDÁTICO perguntas, que provocam relatos de acontecimentos reais, servem para estimular a discussão em sala de aula e para a conscientização de que receber troco com balas é errado. A última questão deve ser usada para fixar o conteúdo apresentado na unidade, lembrando que o panfleto precisa ser requisitado alguns dias antes do trabalho com o texto. 23 5. Avaliação Nesse sentido, é preciso repensar certas ideias que predominam sobre o significado da avaliação em Matemática, ou seja, as que concebem como prioritário avaliar apenas se os alunos memorizam as regras e esquemas, não verificando a compreensão dos conceitos, o desenvolvimento de atitudes e procedimentos e a criatividade nas soluções, que, por sua vez, se refletem nas possibilidades de enfrentar situações-problema e resolvê-las. Outra ideia dominante é a que atribui exclusivamente ao desempenho do aluno as causas das dificuldades nas avaliações. Parâmetros Curriculares Nacionais, 1998, p. 54. GUIA DIDÁTICO Mesmo que se tenha iniciado o presente Guia Didático pela Metodologia, acreditamos que não se pode externar a concepção do ensino e da aprendizagem da Matemática sem a forma de enxergar o que se entende por avaliação. Não estamos falando apenas da avaliação do aluno, mas da avaliação muito mais abrangente: inicia com a escolha do livro didático a ser utilizado; passa pelo entendimento de que a avaliação é um componente rico em fornecer subsídios para a aprendizagem; aponta importantes indícios acerca de como a Matemática é ou será ensinada; leva em consideração as reais condições de trabalho do aluno e do professor; propicia mudanças na forma de agir do professor; e respeita o tempo de aprendizagem do aluno e o contexto social em que ele está inserido. 24 Evidentemente, quando se entende que o ensino e a aprendizagem da Matemática ocorrem de forma dinâmica, desde a maneira de concebê-la até o modo de abordar seus conteúdos, torna-se inaceitável deixar de pensar profundamente na avaliação, no que se deve avaliar e como isso será feito. Para compreender a avaliação mais amplamente, basta olharmos um pouco mais as mudanças ocorridas nas últimas décadas. Paulo Abrantes, em Avaliação e educação matemática, organizou um importante tra- balho a respeito da avaliação, que foi editado pelo MEM/USU-Gepem. Nesse projeto é possível encontrar algumas das principais ideias que remetem a conceitos diferentes sobre avaliação. Classicamente são externados três significados distintos: avaliação como medida, como distância e como interpretação. Avaliação como medida – Enquanto o ensino ficou associado à transmissão de conhecimentos, a aprendizagem era vista como a capacidade de o aluno reproduzir aquilo que o professor havia “ensinado”. Nesse contexto, o processo de aprendizagem tinha forte ligação com a memorização, sendo dada ênfase ao resultado, e não ao modo pelo qual ocorreu a aprendizagem. Nessa perspectiva temos a avaliação como medida. Tal medida era explicitada por uma nota e relacionada com a média das notas do grupo a que o aluno pertencia. Ensino e aprendizagem Avaliação Vamos supor que essa forma de conceber a avaliação seja adotada. Nesse caso, é importante perceber que ela acaba ocorrendo no fim de determinado período de aulas. Se um aluno tem uma nota baixa, a responsabilidade geralmente recai sobre ele mesmo. A influência prática do professor é ínfima, dependendo quase exclusivamente do aluno. Os resultados são expressos por notas que, mesmo elevadas, não significam que a aprendizagem de fato ocorreu. Avaliação como distância – Nessa perspectiva, estabeleceu-se um conjunto de objetivos previamente definidos como referência, deixando de considerar o modelo do professor. Em forma de testes, as questões eram preparadas com base em matrizes de objetivos/conteúdos. O resultado, nesse tipo de avaliação, passava simplesmente a ser uma medida da distância entre a resposta do aluno e o objetivo previamente definido. Nessa visão de avaliação, duas novas formas foram introduzidas: avaliação de diagnóstico (modo de avaliar que visava verificar se o aluno tinha ou não os pré-requisitos necessários para aprender os tópicos seguintes do programa) e avaliação formativa (ocorria durante o processo ensino-aprendizagem, com a finalidade de verificar se os alunos estavam ou não prontos para alcançar aqueles objetivos previamente estabelecidos). Curtos períodos de ensino eram seguidos por momentos formais de avaliação e, além disso, conforme os resultados obtidos, atividades de remediação eram propostas. aprendizagem Avaliação Atividades de t diversos momentos da avaliação; remediação Ensino e aprendizagem Avaliação Avaliação como interpretação – Nessa visão, para aprendizagem, não são importantes apenas respostas corretas ou incorretas dos alunos numa avaliação, mas também os processos que os levam a elaborar essas respostas. A função do professor não é controlar, mas interpretar e identificar possíveis problemas no processo ensino-aprendizagem. Importa encontrar e compreender os motivos que geram possíveis erros. Nesse caso, o erro passa a ser considerado uma fonte de informação essencial para tomadas de decisões e mudanças de métodos. Além disso, a avaliação como interpretação não é previamente demarcada no calendário escolar. Ela é contínua e estreitamente ligada ao processo como um todo. Ensino e aprendizagem Caminhamos cada vez mais no sentido da concepção da avaliação como interpretação, pois é muito mais que uma medida. Representa a percepção do aluno no desenvolvimento de atitudes, na aquisição e no domínio de conceitos e procedimentos matemáticos. Não acreditamos, porém, em uma forma única de avaliação. Aspectos como participação em aula, colaboração, comportamento nas atividades em grupo, interesse e desempenho nos diversos momentos fazem parte do processo de avaliação, pois fornecem dados mais reais sobre o desenvolvimento dos alunos. Assim, acreditando numa avaliação cujo objetivo seja voltado à dimensão educativa, somos favoráveis a: Avaliação t diferentes instrumentos, tais como atividades do livro, atividades individuais, em duplas, em pequenos grupos, em pesquisas; t observação contínua das atitudes do aluno, de suas intervenções orais, na lousa e no desenvolvimento de pequenas tarefas; t instrumentos previamente preparados para registros de observações cotidianas; t autoavaliação do aluno, de tal modo que até seja possível obter uma avaliação do professor sob a ótica do aluno. Em relação à autoavaliação, propomos algumas questões que podem ser ampliadas em discussão com toda a turma. A discussão possibilita melhor compreensão daquilo que se pretende com a autoavaliação, e conscientiza o aluno em relação a seu desempenho e suas atitudes. É numa situação de aprendizagem que ele começa a se dar conta de suas potencialidades e dificuldades. Além disso, propicia que reflita sobre seu papel no processo ensino-aprendizagem. GUIA DIDÁTICO Ensino e E como devemos encarar a avaliação? 25 QUESTÕES PARA AUTOAVALIAÇÃO I – AVALIANDO AS ATITUDES t Quanto às tarefas individuais que foram propostas, realizei: ( ) muitas vezes. ( ) poucas vezes. t Conteúdos ou atividades que achei interessantes: t Conteúdos ou atividades que não achei interessantes: ( ) nunca. t Quanto às atividades propostas em grupo, procurei auxiliar meus colegas: ( ) muitas vezes. ( ) poucas vezes. ( ) nunca. t Quando algum colega apresentou alguma dúvida: ( ) ajudei sempre. ( ) nunca ajudei. ( ) não soube o que fazer. t Quando tenho alguma dúvida em sala de aula: ( ) não faço perguntas. ( ) pergunto. ( ) não sei o que fazer. t Durante a explicação do professor sobre determinado assunto: ( ) sempre estou atento. ( ) nem sempre estou atento. ( ) não presto atenção. II – AVALIANDO O CONTEÚDO DESENVOLVIDO GUIA DIDÁTICO t Assuntos ou atividades que apresentei dificuldades de desenvolver: 26 t Assuntos ou atividades que considerei de resolução imediata sem ter dificuldades: Essas são apenas algumas ideias que podem compor a autoavaliação. Para ampliar uma reflexão sobre a avaliação, reproduzimos a seguir cinco princípios de avaliação que constam no trabalho publicado por Paulo Abrantes. 1 – A avaliação deve gerar, ela própria, novas situações de aprendizagem. 2 – A avaliação deve ser consistente com os objetivos, os métodos e os principais tipos de atividades do currículo. 3 – A avaliação deve ter um caráter positivo, isto é, focar aquilo que o aluno já é capaz de fazer em vez daquilo que ele ainda não sabe, não se requerendo necessariamente o mesmo nível de desenvolvimento a todos os alunos. 4 – A avaliação, nas formas e instrumentos que utiliza, não deve estar dependente das possibilidades de se atribuírem classificações quantitativas aos alunos. 5 – A avaliação deve ocorrer num ambiente de transparência e confiança, no qual as críticas e sugestões sejam encaradas como naturais. Boletim MEM/USU Gepem. p. 17 e 18 (s.d.). Em relação à avaliação dos conteúdos desenvolvidos ao longo do 6º ano do Ensino Fundamental, além das ideias vistas anteriormente, sugerimos a seguir uma sugestão de avaliação, que pode ser utilizada no 1º bimestre. Quanto aos bimestres seguintes, as sugestões de avaliação estarão disponíveis para download no Portal Projeto Apoema. Avaliação - Matemática NOME: TURMA: ESCOLA: PROFESSOR: DATA: 1. Um livro tem 243 páginas. Márcia já leu 35 páginas e deverá terminar de lê-lo em 16 dias. Se ela dividir o número de páginas por dia igualmente, quantas páginas deverá ler por dia? 2. Calcule: a) 25 ! 36 c) 2³ + 3² " 2² e) 2² # 3² b) 144 " 49 d) 6² ! 9² " 144 f) 3² " 2³ ! 9 4. Para embarcar em um avião com destino a Nova York, um passageiro pode levar até 27 kg na bagagem. Para cada quilo a mais, são cobrados 22 reais. Mariana tem 35 kg na bagagem. Quanto de taxa ela terá de pagar para poder embarcar? GUIA DIDÁTICO 3. Em um bufê, são utilizadas 4 laranjas para fazer um bolo “delícia de laranja”. Cada bolo rende 8 fatias. Sabendo que uma festa tem 280 convidados, quantas laranjas o bufê utilizará para preparar os bolos, de modo que cada pessoa coma exatamente 1 fatia? 27 5. Maria tem 3 notas de 50 reais, 2 notas de 20 reais, 1 nota de 10 reais, 5 notas de 5 reais e 13 notas de 2 reais. Quanto dinheiro Maria tem? 6. O valor da expressão 2 4 ! 5 9 " 16 é: a) 15 b) 17 c) 19 d) 13 e) 14 7. Resolva a expressão (2³ + 4) · 2 – 3² + 6 e marque a alternativa que contém a resposta correta. a) 12 b) 15 c) 21 d) 27 e) 25 a) Quantas faces em forma de retângulo há nesse sólido? b) Qual é o número de arestas? GUIA DIDÁTICO 9. De acordo com as indicações na figura à direita, represente as vistas frontal, lateral e superior do bloco geométrico. 28 10. O bloco à direita foi formado pelo empilhamento de cubos; cada cubo tem 1 cm de medida da aresta. a) Determine as medidas do comprimento, da largura e da altura desse bloco. b) Quantos cubos foram utilizados nesse empilhamento? Ilustrações: DAE 8. O sólido ao lado é denominado de prisma hexagonal. Responda: Ilustrações: DAE 11. Utilizando cubos de 1 cm de medida da aresta, Marta resolveu formar um paralelepípedo de 6 cm de comprimento por 5 cm de largura e 3 cm de altura. Quantos cubos ainda precisam ser empilhados para formar o paralelepípedo? 12. Na figura ao lado os 6 segmentos formam um hexágono. Ligando dois vértices não consecutivos podemos obter outros segmentos. Qual é o número de segmentos obtidos? 13. Observando a sequência de figuras geométricas, indique quantos cubos são necessários para formar a: a) figura 5 dessa sequência; b) figura 8 dessa sequência. fig. 2 14. Na tabela a seguir, indique se a figura é plana ou não plana. Figura Plana ou não plana? fig. 3 fig. 4 GUIA DIDÁTICO fig. 1 29 5.1 Respostas 1. 13 páginas por dia 2. a) 11 b) 5 7. c 8. a) 6 faces b) 18 arestas 9. Vista superior: ; vista frontal: ; vista lateral: c) 13 d) 105 e) 36 f) 4 3. 140 laranjas 10. a) 4 cm de altura, 5 cm de largura e 3 cm de comprimento b) 60 cubos 4. 176 reais 11. 30 cubos 5. 251 reais 12. 9 segmentos 6. a 13. a) 7 cubos b) 10 cubos GUIA DIDÁTICO 14. Não plana; Plana; Plana; Não plana; Não plana; Plana; Não plana. 30 6. Bibliografia UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Boletim de Educação Matemática (Bolema). Rio Claro. 6.1 Educação matemática UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO. Boletim Gepem (Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Matemática). Seropédica. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental – Matemática. Brasília, 1998. BRITO, Márcia R. F. (Org.). Solução de problemas e a matemática escolar. Campinas: Alínea, 2006. BRUN, Jean (Org.). Didática das matemáticas. Trad. Maria José Figueiredo. Lisboa: Instituto Piaget, 1996. ZETETIKÉ: REVISTA DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA. Campinas: Cempem-Unicamp, 1993-. 6.2 História da Matemática ALDER, Ken. A medida de todas as coisas: a odisseia de sete anos e o erro encoberto que transformaram o mundo. Trad. Adalgisa Campos da Silva. Rio de Janeiro: Objetiva, 2003. ALMEIDA, Manoel de Campos. Origens da Matemática. Curitiba: Champagnat, 1998. BRUTER, Claude-Paul. Compreender as matemáticas: as dez noções fundamentais. Lisboa: Instituto Piaget, 1998. BERLINSKI, David. O advento do algoritmo: a ideia que governa o mundo. Trad. Leila Ferreira de Souza Mendes. São Paulo: Globo, 2002. CARAÇA, Bento de Jesus. Conceitos fundamentais da Matemática. Lisboa: Gradiva, 1998. BOYER, Carl B. História da Matemática. São Paulo: Edgar Blücher, s.d. CARRAHER, Terezinha et al. Na vida dez, na escola zero. São Paulo: Cortez, 1995. DANZIG, Tobias. Número: a linguagem da ciência. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1970. CHEVALLARD, Yves; BOSCH, Marianna; GASCÓN, Josep. Estudar matemáticas: o elo perdido entre o ensino e a aprendizagem. Trad. Daisy Vaz de Moraes. Porto Alegre: Artmed, 2001. EVES, Howard. Introdução à história da Matemática. Trad. Hygino H. Domingues. Campinas: Unicamp, 1995. D’AMBROSIO, Ubiratan. Da realidade à ação: reflexões sobre educação matemática. São Paulo: Summus, 1986. DAVIS, Philip J.; HERSH, Reuben. A experiência matemática. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1989. FIORENTINI, Dario. (Org.). Formação de professores de Matemática: explorando novos caminhos com outros olhares. Campinas: Mercado das Letras, 2003. FONSECA, Maria da Conceição F. R. (Org.). Letramento no Brasil: habilidades matemáticas. São Paulo: Global; Instituto Paulo Montenegro, 2004. MIGUEL, Antonio; MIORIM, Maria Ângela. História na educação matemática: propostas e desafios. Belo Horizonte: Autêntica, 2004. GARBI, Gilberto G. A rainha das ciências: um passeio histórico pelo maravilhoso mundo da Matemática. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2006. HOGBEN, Lancelot. Maravilhas da Matemática: influência e função da Matemática nos conhecimentos humanos. Porto Alegre: Globo, 1956. IFRAH, Georges. História universal dos algarismos: a inteligência dos homens contada pelos números e pelo cálculo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997. t. 1 e 2. MLODINOW, Leonard. A janela de Euclides: a história da Geometria. Trad. Enézio E. de Almeida Filho. São Paulo: Geração Editorial, 2004. TÓPICOS de história da Matemática para uso em sala de aula. São Paulo: Atual, 1992. (Vários volumes). GUIA DIDÁTICO BICUDO, Maria Aparecida Viggiani (Org.). Pesquisa em educação matemática: concepções e perspectivas. São Paulo: Unesp, 1999. 31 6.3 Conteúdos da Matemática ASIMOV, Isaac. No mundo dos números. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1986. BESSON, Jean-Louis (Org.). A ilusão das estatísticas. Trad. Emir Sader. São Paulo: Unesp, 1995. BORIN, Júlia. Jogos e resolução de problemas: uma estratégia para as aulas de Matemática. São Paulo: Caem-USP, 1995. CARDOSO, Virginia C. Materiais didáticos para as quatro operações. São Paulo: Caem-USP, 1996. DINIZ, Maria Ignez de S. V.; SMOLE, Kátia Cristina S. O conceito de ângulo e o ensino de Geometria. São Paulo: Caem-USP, 1996. GUIA DIDÁTICO ENZENSBERG, Hans Magnus. O diabo dos números. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. 32 LINS, Rômulo C.; GIMENEZ, Joaquim. Perspectivas em Aritmética e Álgebra para o século XXI. Campinas: Papirus, 1997. LOPES, Maria Laura Mouzinho (Coord.). Tratamento da informação: explorando dados estatísticos e noções de probabilidade a partir das séries iniciais. Rio de Janeiro: Instituto de Matemática-UFRJ, 1996. (Projeto Fundão). OCHI, Fusako H. et al. O uso de quadriculados no ensino de Geometria. São Paulo: Caem-USP, 1997. REVISTA DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). (Vários volumes). SMOLE, Kátia Cristina S. et al. Era uma vez na Matemática: uma conexão com a literatura infantil. São Paulo: Caem-USP, 1996. GRANGER, Gilles Gaston. O irracional. Trad. Álvaro Lorencini. São Paulo: Unesp, 2002. SOUZA, Eliane Reame de; DINIZ, Maria Ignez de S. V. Álgebra: das variáveis às equações e funções. São Paulo: Caem-USP, 1996. KALEFF, Ana Maria M. R. Vendo e entendendo poliedros. Niterói: EdUFF, 1998. . et al. A Matemática das sete peças do Tangram. São Paulo: Caem-USP, 1997.