Staff Tel.Fax: 54-11-4613-5475 / 4637-0942 / 4612-1726 / 54-9-11-4187-5872 Cordenação Geral Gustavo Molinatti [email protected] Página Web Website em espanhol: www.guiadelreciclador.com Website em português: www.guiadoreciclador.com Desenho e Diagramação Estudio Connotar [email protected] Publicidade e contato comercial Gustavo Molinatti [email protected] Para anunciar e contato no Brasil (11) 8173-6943 [email protected] [email protected] Para anunciar e contato na America Latina Gustavo Molinatti [email protected] Redação - Correio de leitores E-mail: [email protected] Fax: 54-11-4637-0942 Envio de artigos técnicos e notícias E-mail: [email protected] Assinatura Gratuita on line : www.guiadoreciclador.com E-mail: [email protected] Fax : 54-11-4637-0942 Colaboradores e agradecimentos especiais desta edição Mauro Silva Ruiz Roberto Domenico Lajolo John Shane, Cathy Martin y Randy Dazo - InfoTrend Daniel Reyes – Uninet Imaging Argentina Daniel Singermann – Multiparts Valdir L. Queiroz Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida sob nenhum conceito sem a permissão por escrito pelo editor. Se realiza todo o esforço possível para assegurar a fidelidade do material editado. De qualquer modo, o editor não assume nenhuma responsabilidade pelos erros nos artigos nem são expressadas as opiniões do editor Gustavo Molinatti Cordenação Geral Colaboradores Leonardo Valente é economista e profissional inscrito do Conselho Profissional de Ciências Informáticas de Buenos Aires. Tem sido produtor de meios especializados em informática, e trabalhado nas áreas de sistemas e marketing de várias empresas. Atualmente dirige a Inkpro.net, uma empresa de reciclagem ISSO 9001 com distribuidores em toda Argentina, que ativamente trabalha no teste de cartuchos sob as normas ASTM. Realiza, também, trabalhos de consultoria e implementação de sistematização e qualidade em empresas do setor. Eng. Cássio Rodrigues é o responsável técnico pelo Instituto que leva seu nome, referência no Mercado de Recondicionadores onde capacita utilizando avançadas metodologias educacionais que permitem o aumento da qualidade nos processos técnicos e operacionais. O ICR atua em todo o território brasileiro assim como Américas Latina, Central e do Norte, levando palestras, cursos e consultorias para recondicionadores, distribuidores, fabricantes de insumos e consumidores de produtos recondicionados. Enrique Stura tem mais de 25 anos de experiência no campo de eletrografia tendo atuado tanto em Desenvolvimento e Produção de fotorreceptores de Sete assim como em Marketing e Vendas de materiais para reprografia. De 1999 até 2005 foi consultor e também diretor técnico da Laser Toner do Brasil Ltda. empresa brasileira de remanufatura de cartuchos para impressoras e copiadoras. Das 2005 até hoje é Diretor técnico da UniNet Argentina na gerência técnica. O trabalho inclui investigação e desenvolvimento de produtos como suporte a UniNet Internacional, criação de manual e notas relacionadas com remanufatura, seminários, treinamento técnico. Software para seguimentos de custos de remanufactura e ajuda a clientes locais e internacionais. Seus trabalhos são publicados em várias revistas internacionais. Horácio Murúa é engenheiro químico e administrador de empresas pela Universidade Mackenzie, com pós graduação em comércio exterior pela Fundação Getúlio Vargas e em História pela Universidade de São Paulo. Foi diretor industrial de diversas empresas multinacionais das áreas químicas e farmacêuticas, realizou diversas conferências sobre temas técnicos em congressos no Brasil, Estados Unidos e América Latina. Possui patente de processos de fabricação, projetou e instalou indústrias no Brasil, Argentina, Uruguai e França. É autor de vários artigos técnicos publicados na área de reciclagem de cartuchos de toner. Consultor de projetos, implantação e validação de processos, atua hoje na Ink Press do Brasil como gerente das áreas de marketing e exportação e é instrutor dos cursos de reciclagem de cartuchos de toner, toner colorido e jato de tinta. Alejandro Campos Responsável pela área técnica da Servicint S.A., empresa com mais de 15 anos de experiência no mercado de insumos, trabalhou por mais de 10 anos em sistemas de impressão de grande formato e gigantografias, dedicando-se há mais de 5 anos ao desenvolvimento de sistemas de reciclagem de jato de tintas, matriciais e Mariela Gentilini Confêrencias Silvia Fiasche Administração e Eventos toners. Adriana Ponce Coelho Cerântola é advogada especializada em meio ambiente, sócia-fundadora de Santos & Cerântola Sociedade de Advogados, docente e palestrante. Estudio Connotar Disenho e Diagramação 4 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 Arqta. Paulina Molinatti Tradução Editorial Gustavo Molinatti Recicla mais? ou recicla menos? O Brasil está atravessando um momento complicado no que se refere ao futuro do setor. Atreveria-me a dizer que isso é algo despercebido por muitos, que supõem que o que está acontecendo são apenas novas dificuldades, não muito diferentes de tantas outras já vividas. O cartucho compatível entra no país quase de maneira incontrolável e é comercializado por múltiplos canais, entre eles praticamente todos os distribuidores de insumos. A nível impositivo goza de maiores benefícios de importação que os insumos que permitem sua fabricação ou reciclagem. Dito de outra maneira, o que acharia se eu dissesse que um país diminui as taxas de importação de carros e aumenta as taxas de importação de peças que permitem a fabricação nacional de carros? E se além disso eu dissesse que esse automóvel “importado” não é uma marca original mas uma cópia barata de outras marcas existentes no mercado? Complicado, não? A esse pesadelo somam-se os fatores políticos-econômicos: por um lado o fato de ter o real super valorizado em 40% com relação ao dólar e a conseqüente “conveniência” de comprar algo importado (sem problemas na entrada) contra algo nacional (sem apoio do Estado como Indústria Nacional). Não me diga que você já viu esse filme? O outro fator, a ameaça de uma – por agora – incipiente inflação. E como se tudo isso fosse pouco, a novidade é que a partir de junho rege uma nova política nacional de resíduos perigosos que, sobre o conceito de logística reversa, obriga os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, entre outros, “produtos eletrônicos e seus componentes” a ingressar em um plano de gerenciamento de resíduos com responsabilidade sobre sua disposição adequada final. O setor de remanufatura tem até o final desse ano para apresentar uma proposta baseada em um “acordo setorial”(isto é, entrar em acordo com muitos recicladores). Vencido esse prazo, ficará sujeito à regulamentação federal. A ABRECI, a principal associação de remanufaturadores do Brasil, tem pouco mais de 100 associados e representa um setor com 120.000 empregos diretos. Algo assim como ser representante de uma empresa que tem 1.000 empregados, mas onde apenas 1 trabalha. E o restante apenas observa. Com esse cenário, muitos se perguntarão o que pode ser feito e o que definitivamente o reciclador observa. É claro que a principal atenção do reciclador recai sobre de que modo podemos aumentar suas vendas imediatas, para o qual nos vemos obrigados a nos render a absurda guerra de preços, o que nos afasta ainda mais dos colegas e nos faz crer que essa é a única maneira de se obter sucesso na empresa. O contexto nos obriga a nos aproximarmos do cartucho compatível, adotando-o como parte de nossa família. Mas esse – não tão inocente “parceiro”asiático, vai pouco a pouco devorando milhares e milhares de cartuchos remanufaturados, reduzindo todos os anos milhares de postos de trabalho e somando milhares de toneladas de lixo ao nosso planeta. Nossa indústria vive um momento crucial, enfrentando desafios profundos que nos obrigam a buscar novos horizontes, ou nos unirmos para conseguir defendêla. É provável que muitos não concordem com essa visão e até não se importem. Mas ainda assim, espero que aceitem a sugestão de um humilde editor: se nos últimos dias você viu mais de um asiático tentando arranhar um idioma parecido ao inglês para vender (milhares) de cartuchos compatíveis e pretende seguir ativo nesse mercado, é hora de responder com sinceridade a somente uma pergunta: Você, quer reciclar mais ou reciclar menos? Nesta Edição Edição Número 45 Tecnica SdeI 14 • ¿Como o Outsourcing Realmente afeta sua empresa? 24 • Inkjet: Há futuro para este Mercado? Meio Ambiente 28 • Fazendo um bom papel SdeI 18 • Atualidade Gestão de impressão: o que podemos esperar em 2011 38 • Evento 20 • 8 Instruções Conferência Soluções de Impressão Belo Horizonte 2011: Analisando novos horizontes Novos Produtos Static Control vence o tornado 40 • 56 Região 2 Instruções de Remanufatura do Cartucho de Toner HP CP1025 62 Notícias Intenacionais Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 5 Novos Produtos As últimas novidades do mercado da American Ink Jet Corporation American Ink Jet Corporation lança novos cartuchos com tinta solvente suave Eco-Jet secagem muito rápido. Billerica, Massachusetts, Abril 26, 2011 – American Ink Jet Corporation (AIJC), um dos promotores líderes mundiais independentes e fabricantes de tintas ink Jet anuncia o lançamento de suas tintas Solvente Suave “eco-Jet” em cartuchos de 440ml para uso em diversos modelos de impressoras ink Jet Roland de grande formato. As tintas Eco-Jet vem em um set com 6 cores e podem ser adquiridas em cartuchos de 440ml, recarregados, “conecte e use”, para uso nas impressoras Roland séries VersaCAMM, Pro II V, Pro II EX, Soljet, Soljet Pro III e Pro II. Uma lista completa dos modelos de impressora pode ser encontrado na página produto de grande formato no site: www.americaninkjet.com Os cartuchos AIJ’s Eco-Jet estão equiparados em cor com as tintas OEM, de modo que requerem novos perfis de cor. Os cartuchos podem ser instalados individualmente a medida que os cartuchos de tinta OEM se acabem e os usuários mudando de tintas OEM não precisam eliminar suas linhas de tinta. As tintas Eco-Jet tem pouco cheiro, oferecem excelente resistência à abrasão e flexibilidade, com tempo de Como todas as tintas AIJ, as tintas Solvente Suave “Eco-Jet” foram formuladas somente com componentes da mais alta qualidade e são fabricadas de acordo com as especificações AIJ garantindo um ótimo desempenho, impressão livre de problemas e consistência precisa entre um lote e outro. Fundada em 1983 a American Ink Jet Corporation é um dos promotores lideres em qualidade e fabricação de tintas para ink Jet. A empresa mantém uma equipe multidisciplinar de pesquisa e desenvolvimento que se aplica a tecnologia C3 Calibrated Color Chemistry para formular tintas com cor cromática, precisão e pureza. Fazendo uso de tintas ou pigmentos, os fabricantes AIJ de tintas tanto padrão como de arquivo trabalham com fabricantes de impressoras, criadores de cabeças de impressão (contínua, piezo e termal) e revestimentos de meios para desenvolver ótimas soluções utilizando intas de injeção com base aquosa. O compromisso de purificação e ultra filtragem com tintas de injeção garantiu a empresa uma reputação na fabricação de tintas mais consistentes e confiáveis. Para más información visite www.americaninkjet.com As últimas novidades do mercado da Future Graphics Future Graphics lança solução de remanufatura para a HP P1102™/P1606™ San Fernando, CA – Future Graphics, líder mundial em soluções de qualidade para remanufaturadores anuncia a venda de toner e OPC co-desenvolvido por MK Imaging para a HP P1102/P1606. As impressoras de primeiro nível HP P1102 e HP P1606 substituem as populares P1005/P1505 e configuram o que a HP chama de tecnologia “conecte e imprima” (“plug and print”). A P1102 de 19ppm usa o cartucho CE285A com rendimento de 1600 páginas (4.2c cpp) enquanto que a P1606 de 26ppm utiliza o cartucho CE278A com rendimento de 2100 páginas (3.4 centavos cpp). O toner e o cilindro OPC MK Imaging especialmente formulado foram testados exaustivamente no departamento de pesquisa e desenvolvimento da FG e demonstraram exce8 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 lente fusão, rendimento e densidade destacados e um fundo limpo. Também estão disponíveis a lâmina de limpeza e o chip de substituição (chips específicos para cada cartucho) que foram homologados para promover desempenho destacado com a utilização dos produtos MK Imaging. O toner e o OPC MK Imaging usam a mesma fórmula para ambos os cartuchos, ainda que a quantidade envasada para a versão 78ª seja maior para atender o cartucho de maior rendimento. O sistema compatível MK Imaging de qualidade superior para a P1102/P1606 já encontra-se disponível e pode ser enviado a qualquer parte do mundo. A Future Graphics é líder global de insumos de imagem Novos Produtos para a remanufatura, combinando o conhecimento de mercado do líder mundial de distribuição de insumos à experiência técnica do maior fabricante de toner e OPC para a indústria de imagens. O resultado é a capacidade quase inigualável de recursos para desenvolver soluções completas de remanufatura antes de qualquer outro no mercado. A FG também é a fonte do OCP e toner de marca superior MK Imaging® e toner colorido e OPC da marca Kaleidochrome®. Para mais informações visite o site www.fgimaging.com As últimas novidades do mercado da Uninet Toner preto Uninet X Generation & componentes para uso na Samsung ML-1665, 1660 A UniNet lança o toner preto X Generation® cilindro, Smartchip e componentes chave para uso nas impressoras monocromáticas Samsumg ML-1665, 1660. nos escritórios, mas tem algumas características impressionantes. Imprime 17ppm (carta) com resolução de 1200 x 600 dpi com um ciclo máximo de 5000 páginas por mês. Essa impressora monocromática ultra compacta é vendida no mundo inteiro como impressora doméstica e para peque- Também tem a função de imprimir a tela do seu computador com um simples apertar de botão na impressora. Essa impressora é vendida no mercado a aproximadamente USD 79,99, e é muito rentável para os remanufaturadores. A Uninet é indicada ao Recharger Readers Choice Awards em três categorias em 2011 Toner Uninet Absolute Black & componentes para uso na Kyocera Ecosys FS132 A UniNet tem o prazer de receber três indicações ao Recharger Magazine’s Readers Choice Award em 2011 nas categorias de Líder em Qualidade: Suprimentos, Melhor Serviço ao consumidor, e melhor website. A UniNet tem o prazer de anunciar o lançamento do toner Absolute Black e cartucho compatível homologado para uso na engenharia monocromática Kyocera Ecosys FS1320. A UniNet está encantada com o reconhecimento dos leitores da Recharger e da indústria para realizações globais e contribuições na comunidade de remanufatura. A UniNet cordialmente pede aos leitores demonstrem seu suporte votando no site. Essa classe de negócios de impressão é a típica impressora monocromática Kyocera, oferecendo um baixo custo para seu dono, em um equipamento econômico, confiável e rápido (37ppm). Oferece duplicador como característica padrão, e um alto ciclo de impressão de páginas por mês (50,000). O único consumível requerido é o toner. A Kyocera Ecosys FS1320 utiliza o cartucho TK-170/172/174 que imprime 7,200 páginas. O período de votação para o 2011 Recharger Readers Choice Awards irá de 1o. de maio a 30 de junho. As Maneiras de votação também estão disponíveis na edição de junho da Recharger Magazina e no web site at www.rechargermag.com 10 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 Novos Produtos Toner Uninet Absolute Black & componentes para uso na Ricoh SP 4100n, 4110, 4210 logia permite a impressão via web diretamente de uma conexão de um telefone celular, PDA, edt. O cartucho de toner OEM é tudo em um e imprime aproximadamente 15,000 páginas com 5% de cobertura em papel carta. Esse equipamento é vendido no mercado a aproximadamente USD 180,00, proporcionando bons lucros para os A UniNet tem o prazer de anunciar o lançamento do toner Absolute Black®, cilindros, Smartchips™ e componentes homologados para uso na impressora monocromática Ricoh SP 4100N “hot spot”. Essa impressora monocromática imprime 31ppm, com resolução de 1200 x 600 dpi e vem com disco rígido de 40 GB. A característica de última tecno- Toner Uninet Absolute Color & componentes para uso na Okidata C9800, 9600 A UniNet anuncia o lançamento do toner Absolute Color®, Smartchips™, cilindros e componentes chave homologados para uso nas impressoras coloridas Okidata series C9800. Essa impressora de alta tecnologia, e tamanho grande é para o profissional que quer ser o melhor. A velocidade remanufaturadores. de impressão de 40ppm em preto e 36ppm em cor, 1200 x 1200 dpi, um disco rígido de 20GB e uma enorme variedade de bandeja de impressão torna esse equipamento impressionante. Pode inclusive imprimir banners de mais de 48 polegadas de comprimento. O cartucho de toner imprime 15,000 páginas e o cilindro imprime 42,000 páginas. Para mais informações sobre os produtos e serviços da UniNet visitem o site www.uninetimaging.com 12 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 Por Cássio Rodrigues ¿Como o Outsourcing REALMENTE afeta sua empresa? Já tivemos vários artigos comentando sobre o outsourcing em si, o que devemos fazer para ter sucesso, o que não devemos... Enfim, todos nós sabemos o foco do negócio. Porém, o que estamos esquecendo para esta modalidade de negócio é: estamos realmente preparados? O objetivo deste artigo é dar algumas dicas sobre como nos preparar para oferecer um backgrounding para o outsourcing, ou seja, “arrumar nossa cozinha”. Por estas tortas e mal traçadas linhas passo um pouco do que vi nos meus 16 anos de experiência com recicladores de cartuchos, sobre o que funcionou e o que deu completamente errado no ramo de terceirização de impressões. Quais áreas são afetadas? Quando o empresário decide adentrar no ramo do outsourcing ele deve ter plena consciência de que toda a empresa sofrerá alterações (para melhor ou às vezes nem tanto), e deve planejar este passo com toda cautela possível. As principais áreas afetadas são: o setor de vendas e a produção, além da possível criação de uma terceira área, a de manutenção de impressoras. Sim, devemos pensar e planejar uma área de manutenção de impressoras, pois sabemos que impressoras quebram... Pior é quando as máquinas instaladas nos clientes são suas. Compras Sabemos que os compradores devem saber o que compram... Isto parece óbvio, mas, como decidir qual impressora usar? Qual será a que melhor se adapta ao cliente? Qual a que trará melhor custo x benefício para a própria empresa? Isto faz com que o comprador conheça mais profundamente sobre as máquinas disponíveis no Mercado, suas características, seus detalhes, rendimento, ciclo de trabalho, custos de manutenção preventiva e corretiva. Todas estas características são cruciais para o custo de página impressa de cada máquina. O custo da remanufatura dos cartuchos deve ser também conhecido e sempre discutido, uma vez que é o fator mais importante no custo de cada página. Custo e principalmente recarregabilidade. Devo lembrar aqui o que aconteceu com algumas empresas que conheço que quase (algumas, infelizmente, efetivamente) quebraram quando apareceu a Lexmark T650... Em 2010 tive várias ligações, e certamente não gostei de ser o porta-vos da triste notícia, sobre as soluções para a remanufatura dos cartuchos desta máquina (e de outras com tecnologia de chip semelhante). Empresários despreparados, desavisados e preocupados, porque compraram estes equipamentos e instalaram nos clientes, sem ter o conhecimento que os cartuchos possuíam um simples (porém extremamente complexo) chip que até hoje não foi totalmente copiado... Imaginem os custos todos pensados na remanufatura destes modelos e você sendo obrigado a comprar cartuchos novos para reabastecer seus clientes? 14 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 Produção A produção de cartuchos é outra área importantíssima no Outsourcing. É por ela que preparamos, literalmente, a imagem de nossos produtos: pela linha de produção preparamos os cartuchos, testamos, comprovamos que os cartuchos estão no mínimo perfeitos, e preparamos para nossos clientes. O que primeiro temos que ter em mente é que o cliente está trocando o seu parque de impressoras por outro virtual, ou seja, ele deixa de ser dono de suas máquinas para pagar por página que é impressa na sua empresa. Até aqui tudo bem, porém o cliente está trocando suas máquinas que, por muitas vezes, usa apenas cartuchos originais. Esta afirmação é extremamente importante porque o cliente possui a imagem de qualidade do cartucho original. Se nossa produção de cartuchos não está apta a fazer cartuchos com qualidade similar à origina, então nem vale a pena entrar no ramo. Fala uma reciclagem nos conhecimentos dos seus funcionários, contrate nossa consultoria, treine seus colaboradores, enfim, tenha como padrão de qualidade o cartucho original. O outsourcing traz ao reciclador uma grande vantagem, a padronização: a padronização de impressoras, de cartuchos, de processos, ou seja, a variedade dos cartuchos remanufaturados é menor, diminuindo não só o custo de compra (algo não mencionado no tema anterior), mas também o prazo e a forma com que os cartuchos são feitos. A produção sabe quais cartuchos serão necessários e pode se adiantar, alterando a linha de produção para produzir cartuchos para estoque, não sob pedidos. A padronização também é interessante porque os erros se tornam mais fáceis de serem detectados e corrigidos, pois as variáveis são menores: pó de toner, cilindros fotocondutores e outras peças, mas de alguns modelos apenas... Isto torna inclusive testes de peças e toner mais simples, uma vez que também a relação produção – empresa fornecedora é mais estreita, facilitando o diálogo em caso de problemas de lote ou qualidade. Por este motivo a troca de fornecedor é também facilitada. A linha de produção pode ser dividida em algumas partes, como seleção, desmontagem, limpeza, enchimento, embalagem e principalmente testes. Inclusive os testes, se possível, que sejam feitos em área fisicamente separada do restante dos outros processos. É importante que a maior parte dos colaboradores saiba fazer todos os processos, para que eventuais problemas por faltas dos colaboradores possam ser minimizados. Não economize em ferramental e máquinas sobressalentes para sua linha de produção de cartuchos. Quanto melhor aparelhada sua produção estiver, melhores cartuchos podem ser produzidos. Cansei de ver empresas com defeitos básicos, como chaves Philips desgastadas, alicates tortos, ferramentas improvisadas que mais danificam que ajudam, e outras “pérolas” que mais atrapalham a remanufatura do que ajudam. Ferramentas são baratas, são fáceis de serem encontradas, e não podem faltar em uma linha de produção que se preze. Não economize nisto. A produção e a área de compras devem estar estritamente ligadas, ou que ao menos, exista uma entidade capaz de unificar as informações sobre recarregabilidade, qualidade, rendimento, tempo de recarga de cada peça, custo da matéria-prima e principalmente custo da página gerada com aquele componente. Pense em uma situação onde o comprador decide por uma impressora cujo custo/página em primeira análise se mostra baixo, porém o tempo que se demora para remanufaturar uma única peça acaba por duplicar este custo? Sua linha de reparo está ok? Antes de falar sobre como sua linha de reparos de impressoras deve ser, precisamos saber por que ela é importante dentro do quadro da sua Empresa: Pense nos gastos extras que teria se sua manutenção fosse terceirizada. Pense nos gastos extras no transporte de máquinas de e para a sua terceirizada. Pense principalmente que esta empresa poderá ser sua própria concorrente... Sobre os gastos extras: a terceirizada também tem seus custos e lucros, que certamente embutirá no preço ofertado pelo serviço de conserto... O lucro deles pode comer seu próprio lucro. Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 15 Sobre os transportes: falando de máquinas pequenas, Até parece besteira, porém quando falamos de equipamentos que pesam mais de 30, 40, 50kg... A complexidade aumenta com o peso dos equipamentos (e por que não com a fragilidade deles?), e certamente o custo de transporte destas máquinas (e o risco de novas quebras), aumentam proporcionalmente. Sobre a concorrência: como você, as empresas de manutenção também perceberam que o outsourcing é um bom negócio, ou seja, estão de olho nos seus clientes e certamente farão de tudo para demovêlo de seu contrato com o cliente e poder oferecer o próprio serviço. Reflita sobre a possibilidade de criar e manter uma área de reparo de impressoras na sua Empresa. Novamente, levante custos, planeje e tome sua decisão baseado em números e fatos, não porque seu amigo que possui uma empresa também montou. Já quem tem esta linha montada, ou está planejando criar uma, as dicas são novamente sobre o ferramental disponível aos técnicos, treinamento dos envolvidos e uma área totalmente separada da área de remanufatura. O ferramental é simples, até mais simples que a de remanufatura de cartuchos de toner. Chaves simples de Fenda e Philips, alicates de ponta, corte, martelete, ferro de solda e outras ferramentas de uso geral são as que devem constar em cima da bancada disponíveis ao uso. Invista em ferramentas de qualidade para seus colaboradores. Os treinamentos para os envolvidos na manutenção devem ser constantes. Caso não tenha acesso aos treinamentos fornecidos pelos fabricantes das originais, valha-se dos treinamentos paralelos, como os do Instituto Cássio Rodrigues, InkPress e outros. Mantenha uma biblioteca de manuais de serviços (virtual ou não), e não se canse de buscar informações sobre novos equipamentos. Um bom assunto foi dito no último parágrafo: pesquisa. Faça constantemente pesquisa nos sites dos fabricantes de equipamentos, como HP, Brother, Canon, Lexmark e outras, em busca dos novos e atuais modelos disponíveis para venda, e em especial, sobre as características de cada equipamento, para que todos os envolvidos nos processos de manufatura, manutenção de impressora, compras e venda de serviço estejam sempre atualizados. Não se esqueça de disponibilizar aos colaboradores esta biblioteca e incentive-os nesta leitura. Certamente seu negócio agradecerá. Vendas São evidentes os benefícios de se treinar constantemente seus vendedores com os equipamentos oferecidos por sua empresa, bem como sobre os suprimentos disponíveis para comercialização. Sua empresa deve ter o conhecimento dos custos, que é uma de suas principais armas, mas o conhecimento das máquinas e suprimentos é realmente importante. Municie seus vendedores com os dados das impressoras que estão oferecendo. Cobre deles o conhecimento sobre estes equipamentos, e não economize em treinamento para eles. Novamente, investimentos nesta área podem lhe trazer grandes resultados financeiros. Finalizando Algumas empresas realmente se prepararam para o Outsourcing, porém são poucas no universo de ofertas deste serviço. A maioria dos empresários foi levada por receio de perderem seus clientes para a concorrência, e principalmente acredita que basta começar a comprar impressoras e instalar nos clientes, passando a cobrar um valor pré-determinado pela página. Uma fórmula mais permeada de sorte do que de sucesso, que já levou muitos à sérios problemas financeiros. Lembrando o artigo sobre empreendedorismo, o planejamento de quais equipamentos usar, o conhecimento das próprias máquinas, seus custos de remanufatura e manutenção, monitoramento constante das novidades e o planejamento estratégico para a venda deste serviço são as chaves do sucesso do Outsourcing, que obviamente se alinham à visão do empresário, tornando um arriscado negócio a uma certeza de sucesso e lucros. marcas, modelos e imagens aqui postadas são utilizadas meramente em caráter informativo Sobre o autor O Instituto Cássio Rodrigues foi fundado em 2006, pelo Eng. Cássio Rodrigues com o intuito de estudar, profissionalizar, qualificar e melhorar o mercado de remanufatura. Seu Fundador, hoje com mais de 16 anos de experiência no ramo e verificando os motivos porque tantas empresas têm dificuldades em manter os padrões de qualidade aliados a falta de conhecimento não apenas no que se refere a questões técnicas, mas também, comercialização, fornecimento e logística, criou o instituto onde o aluno encontra soluções para gerar um verdadeiro crescimento e lograr sucesso profissional. O mercado está mais exigente onde sobreviverão somente os melhores. Contatos para consultorias: [email protected] 16 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 Gestão de impressão: o que podemos esperar em 2011 Em todo o mundo, 2010 foi um ano em que a Gestão de Serviços de Impressão (MPS) se estabeleceu como uma força emergente a termos em conta. Através de um amplo registro de indústria, desde pequenas empresas até organizações educacionais e multinacionais, a demanda de Gestão de Serviços de Impressão cresceu ao ponto da MPS não ser mais considerado um luxo, mas um serviço valioso do qual nenhuma empresa pode se privar. Enquanto a consciência e a demanda crescem, os analistas prevêem que 2011 será o ano em que a MPS irá se estabelecer como um dos serviços fundamentais em todo o mundo. Algumas tendências interessantes estão surgindo para o ano que vem pela frente, incluindo os prognósticos para Gestão de Serviços de Impressão em todo o mundo: Mercados Globais Emergentes De acordo com o IDC (International Data Corporation), as MPS estão surgindo no novo ano para revelar um novo modelo de negócios de Gestão de Serviços de ponta a ponta, na Asia Pacífico. Esse mercado está demonstrando ser um dos maiores mercados emergentes para a indústria MPS, e os vendedores em toda a região começam a ampliar ofertas de serviço para incluílas seja em seu ambiente ou sociedade, levando a MPS aos negócios em toda a região. De acordo com o IDC o mercado de Gestão de Serviços de Impressão na Asia Pacífico (incluindo o Japão) a APEJ espera que cresça a uma taxa anual de 17% entre 2010 e 2014, tendo alcançado os 530 milhões de dólares em 2010 e espera-se que se super os 990 milhões de dólares em 2014. Conexão em redes e computação em Nuvem O avanço da conexão em redes e computação em nuvem também jogou um amplo rol no crescimento da indústria MPS. Isso permitiu aos negócios entregar a gestão de impressoras, fotocopiadoras, escaners e outros equipamen18 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 tos de impressão a empresas especializadas em MPS (algo que aumentou grandemente a demanda de soluções MPS subcontratadas). Elaboração de Estratégias MPS melhoradas Outro prognóstico para o ano é de uma continuação da elaboração de estratégias MPS melhoradas que começam a empreender empresas em 2010. A medida que cresce a necessidade de mais estratégias de recursos de gestão, também cresce a necessidade de uma melhor planificação e responsabilidade. Isso é especialmente verdadeiro no caso de grandes organizações com departamentos enormes e grande proporção de empregados. Oportunidades para Negócios Medianos De acordo com um novo prognóstico da InfoTrends, dos negócios medianos que empregam de 100-999 pessoas espera-se o nível mais alto de crescimento na indústria MPS para os próximos anos até 2014. Esse segmento de mercado é uma oportunidade em grande parte sem explodir para vendedores e provedores MPS, o que faz dele um setor muito valioso em termos de benefício para os próximos anos. O Fator Verde O impacto bioambiental que a indústria de impressão tem sobre o planeta é algo que continua ganhando cons- ciência. Novos estudos e achados destacaram precisamente que é urgente a necessidade de práticas de impressão amigáveis a economia, e empresas de todos os tamanhos começam a considerar formas de tornar verde suas praticas de impressão. A medida que cresce a conscientização global da ecologia, 2011 está posicionado para promover mais consciência e iniciativas de impressão verdes que ajudem as empresas a aprender como utilizar seus recursos de forma sustentável. Gestão de Serviços de Impressão é certo para você? Seu ambiente de impressão está desenhado para produção ou rendimento? Na maioria das organizações, não importa se grandes ou pequenas, uma frota de impressoras, copiadoras, dispositivos multifuncionais e escaners são considerados como custos necessários para fazer negócios. Fato é, contudo, que eles representam uma oportunidade a ser explorada para: Completa utilização de tecnologia adquirida Criar economias e eficiências Focar em sustentabilidade Ajudar a melhorar a segurança e cumprimento Melhorar processos de negócios Mas sejamos cuidadosos já que isso só pode ser alcançado se escolhermos o sócio correto. A maioria das empresas que avaliam a Gestão de Serviços de Impressão não tem o tempo para um processo rigoroso de pré-qualificação para entrevistar milhares de vendedores, de modo que uma maneira de economizar tempo é avaliar vendedores orientados para serviços profissionais versus aqueles que somente fabricam e distribuem hardware. Outro elemento é buscar um vendedor que tenha fortes ligações com companhias como a HP e Microsoft, fabricantes mundiais número e em tecnologia e software respectivamente. Uma forte estratégia de Gestão de Serviços de Impressão pode ser dividida em etapas. Uma proposta estruturada para o desenvolvimento de hardware integrado, software e serviços que o ajudem a administrar documentos no lugar de trabalho, tanto copia impressa como eletrônica. Alguns benefícios podem ser: Criar, administrar, armazenar e distribuir documentos Administrar documentos em papel e digitais, e volume de trabalho mais efetivo em custo Cumprir com requisitos internos e regulatórios Reengenharia de processos de negócios para racionalizar volume de trabalho Reduzir custos operativos e aumentar benefícios Melhorar a segurança para proteger documentos valiosos intelectuais e em papel da destruição ou mal uso. Um dos aspectos mais comuns na avaliação de uma estratégia de Gestão de Serviços de Impressão é a etapa do custo de cálculo. Nessa fase, a maioria das empresas se contenta com simplesmente tomar uma vista dimensional do custo de avaliação. Um simples modelo que os verdadeiros provedores de Gestão de Serviços de Impressão utilizam pode ser dividido nos seguintes elementos: Como pode ver, conduzir uma verdadeira análise de custos de vida pode ser apenas mais complexo do que inicialmente parecia. Ainda que a maioria das organizações possa fazê-lo, na principal atividade de gestão de documento de impressão em oficina e eficácia, em realidade, muitos carecem de tempo, de pessoal, experiência, ferramentas e foco para simplesmente fazê-lo por si mesmo. Sem a condução de uma análise de volume de trabalho e outros exercícios para ganhar uma compreensão adequada de como e por que os documentos em cópia impressa e eletrônicos circulam dentro de vossa organização; como determinar uma sociedade e estratégia adequada para uma sociedade a longo prazo? Um verdadeiro provedor de Gestão de Serviços de Impressão tem um modelo provado de Análise, Recomendação, Implementação e Gestão mutuamente acordados sobre estratégia. Enquanto o impacto financeiro de documentos em cópia impressa e eletrônico é somente uma parte da análise, é o componente mais fácil para aderir. Como mencionamos anteriormente, uma fase proposta tem elementos de Custo Total de Propriedade (TCO – Total Cost of Ownership), melhora de processo, aumento de segurança e uma redução do impacto bioambiental. Benefícios adicionais podem incluir: Gestão de projeto para transição para novos ambientes Instalação e gestão de configuração driver de impressora e programação a nível de dispositivo Gestão de contrato incluindo Acordo a Nível Serviço (Service Level Agreements SLA), atualização de pasta de produto, e soluções de faturamento consolidada segundo os requisitos do cliente, para reduzir o número de pagamentos. Programa de gestão ativo responsável pelo artigo de valoração que contabiliza novas instalações, mudanças, agregados, trocas e resíduos. Gestão do ciclo de vida de modo que as empresas possam tomar melhores decisões bem fundamentadas sobre interrupção de dispositivos ou renovação de próximos contratos. Gestão remota para captar informação sobre utilização de dispositivo até predizer de forma pro ativa, problemas e oportunidades. Gestão de consumíveis com recarga automática de toner, e/ou inventário centralizado em situ. Gestão de segurança para assistir com iniciativas de segurança e conformidade dentro de qualquer organização. Ajudar o suporte de escritório para diminuir a carga sobre o IT. Otimização contínua Ao considerar que o total de gastos em documentos representam em média 6% do total das entradas sobre todas as indústrias, (InfoTrends, 2010) uma estratégia de Gestão de Serviços de Impressão pode ser exatamente o recomendado pelo doutor para a maioria dos negócios em 2011, para racionalizar processos, reajustar recursos, atividades de negócios, estabelecer controles financeiros e em última instância tornar o negócio mais competitivo. Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 19 Eventos Conferência Soluções de Impressão Belo Horizonte 2011 Analisando novos horizontes Dando continuidade ao nosso itinerário de Conferências Soluções de Impressão no Brasil, viajamos no dia 18 de maio para a cidade de Belo Horizonte. Com a maioria de participação de empresários locais, desenvolvemos além das temáticas habituais de MPS e Outsourcing outras questões que fazem o futuro da remanufatura. Belo Horizonte é a terceira maior cidade do Brasil e é a capital de Minas Gerais, estado no sudeste do Brasil, o quarto maior do país em extensão e com uma superfície semelhante a da França. É uma cidade que teve um notável desenvolvimento econômico nos últimos tempos, sendo reconhecida recentemente como uma das 10 melhores cidades para se fazer negócios na América Latina, na frente de cidades como Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba. O estado de Minas Gerais tem a terceira maior economia e é o que produziu o maior número de presidentes, incluindo a atual presidente Dilma Rousseff. O mercado de remanufatura acompanhou esse crescimento regional, com muitas empresas que foram pioneiras dessa indústria a nível nacional. Apesar da maior concentração de firmas do setor estar em Belo Horizonte, há muitas outras distribuídas no interior do estado, atuando em cidade que tem sua própria economia e rede de comércios. Patrocinadores brasileiros e mineiros Como de costume, o evento contou com o patrocínio de empresas brasileiras (Win, Uninet e Diamond) mas também com empresas “mineiras”(Qualy Ink, Minas Laser e Distrivisa), as quais demonstraram um enorme profissionalismo e compromisso com o mercado local. O lugar que escolhemos dessa vez foi a sede central da Associação Comercial de Minas, entidade que agrupa mais de 4000 empresas de todos os tamanhos e de diversas atividades econômicas, as quais presta suporte econômico, jurídico e de treinamento pessoal e de gestão. Em outras palavras, um ambiente ideal para unir colegas e estudas aspectos chave da nossa atualidade. As conferências se dividiram em duas áreas de conteúdo. Por um lado de capacitação em serviços e gestão de impressão (massivamente conhecida no Brasil como “out20 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 sourcing”), e de outro o meio ambiente e debate. As conversas de MPS alcançaram diferentes níveis de complexidade que contemplam etapas de adoção de modelo. O Engenheiro Cassio Rodrigues falou de algumas pautas e conselhos para aquelas empresas que ainda não entraram nesse tipo de negócios e estão avaliando essa possibilidade. Thiarlei Macedo, da empresa Guardian Tecnologia, deu uma visão das ferramentas de software disponíveis em cada areada relativa ao Outsourcing e MPS, como rastreamento, contador de hardware, faturamento, controle de contratos, chamadas técnicas, análises de benefício, segurança da informação e impressão segura. Claudio Martinez, da Sysprinter, enumerou vários exemplos de problemas de impressão, dando em cada caso um comparativo com os resultados de antigamente e como podem ser solucionados com novas tecnologias. Adriana Ponce, advogada especialista em meio ambiente, fez referência a lei aprovada recentemente sobre resíduos perigosos, que entrará em vigor no mês de junho. Essa lei trará conseqüências diretas ao setor de reciclagem e precisará de uma resposta colegiada que lhe permita respeitá-la em matéria ambiental, civil, administrativa e penal. O habitual painel de debate esteve representado por empresários de diferentes setores do mercado, compartilhando sua visão desde sua área de atuação. Participaram do painel Camilo (Remanufaturador, Static Toner), Paulo Pernambuco (ABRECI), Vladimir Bossoni (distribuidor de compatíveis, Katun) e Eduardo Varela (distribuidor, Diamond Brasil). Como fechamento, propusemos em nossa conversa final falar sobre a penetração dos cartuchos compatíveis e as conseqüências que eles trazem ao setor, e que ferramentas dispomos para criar um produto diferenciado. Eventos Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 21 Eventos 22 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 Técnica Inkjet: Há futuro para este Mercado? Por Cássio Rodrigues Tenho estado no Mercado de suprimentos alternativos por 17 anos, e acompanhei as várias fases deste que me trouxe muitos negócios, oportunidades, e, como não poderia deixar de faltar, algumas turbulências. Sinto que estamos, neste momento, em uma área de turbulências. A sensação de que algo não está bem no Setor é generalizada. Tenho conversado com dezenas de remanufaturadores, e o sentimento é semelhante: muita concorrência, desunião, cartuchos que falham demais, pouca recarregabilidade, competição com os CISS ou os “Bulk Inks”, migração para impressoras Laser, aumento da qualidade dos cartuchos originais, necessidade de fotografias, domesticalização do uso da inkjet são alguns dos fatores que está levando a esta insegurança neste ramo. Então o que podemos fazer? Como podemos proteger-nos 24 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 destas intempéries e continuar prosperando no nosso negócio? Tentarei, nas próximas páginas, clarificar um pouco cada um destes fatores, principalmente para nos situarmos quanto ao futuro do Ramo. Obter o sucesso será única e exclusivamente nossa missão. Evolução do Mercado de Inkjet Em 20 anos os cartuchos evoluíram em vários aspectos: tonalidade de suas cores, resistência a luz e intempéries, qualidade das impressões, além do rendimento. Porém, Técnica com este incremento, pudemos verificar o aumento gritante da fragilidade dos novos cartuchos. Os primeiros modelos de cartuchos que apareceram e que foram comercialmente remanufaturados no Brasil foram provavelmente os 51626A (outros anteriormente apareceram, mas o grande sucesso foi este mesmo). Este modelo contava com uma tinta corante, de tonalidade arroxeada, e com 48 orifícios de impressão com aproximadamente 80 mícron de diâmetro e a impressora era extremamente lenta para nossos atuais padrões, bem como seu preço extremamente alto (comparado hoje às nossas impressoras Laser de alto desempenho). Atualmente os modelos vendidos para uso doméstico não passam de R$ 200,00 (as com multifunções podem ser também encontradas por preços semelhantes), e os cartuchos são literalmente peças de arte, como o HP 60, que é carregado com tinta pigmentada, contém centenas de orifícios de tamanho inferior a 15 mícron, imprimem até 10 folhas por minuto. Esta evolução semelhante também é encontrada nos modelos dos outros fabricantes. Os rendimentos dos cartuchos saltaram de 150dpi dos primeiros modelos, para 300dpi (nos 26A), para mais de 2.400 DPI nos modelos atuais. Esta evolução dos cartuchos teve sua grande ascensão nesta última década, mostrando que os fabricantes de originais não pretendem parar os investimentos no setor... Sinal verde... Porém, estes investimentos também levam em consideração o mercado de alternativos, algo que notamos com a fragilidade dos cartuchos atuais, bem como com a dificuldade de recondicioná-los. Pulverização a partir do ano 2000 A variação do Dólar que tivemos nos últimos 20 anos em alguns momentos auxiliou nosso Setor: com o dólar alto, as empresas tinham seus cartuchos originais muito caros, facilitando a venda dos cartuchos não originais, enquanto em épocas de Real fortalecido as importações eram mais facilitadas, porém há alguns anos, apenas a importação das matérias primas era importante, mas nos últimos dois anos, a quantidade de compatíveis importados aumentou assustadoramente, competindo com os originais, mas principalmente competindo com os remanufaturadores. Afinal, quem quer manter uma linha de remanufatura quando comprar e vender compatíveis se torna mais barato? Evolução dos Originais Os cartuchos originais, na última década, evoluíram consideravelmente em todos os aspectos: tintas de melhor definição de cor, circuitos mais precisos, orifícios de saída de tinta menores, gotas de menor tamanho e maior velocidade de impressão. Isto fez com que o mercado de suprimentos alternativos de tinta também evoluísse, só que infelizmente poucos dos fabricantes de tintas conseguiram evoluir ao patamar dos originais. Será mesmo que não evoluíram? Posso dizer que fui um pouco radical nesta afirmação, mas vamos analisar sob a ótica destes mesmos fabricantes: “por que vou desenvolver uma tinta que chegue ao nível dos cartuchos originais, se o Mercado Alternativo ainda não está preparado para usá- Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 25 Técnica Para os remanufaturadores, a aquisição e a recarga dos cartuchos XL pode ser uma boa saída, pois, além de serem mais robustos e agüentarem mais recargas, são muito mais caros que os modelos normais, dando mais margem a lucros para os remanufaturadores. Os fabricantes de cartuchos originais, em especial a HP e a Lexmark possuem em suas linhas cartuchos tidos como de uso geral, ou everyday. Qual será então a estratégia por trás desta linha? las?”... Felizmente, alguns destes fabricantes não pensam assim, porque poucos remanufaturadores sabem que seus concorrentes são os originais, não o concorrente que recarrega cartuchos usando um cinto de utilidades... Esta massa pequena, porém extremamente criteriosa, de clientes, mantém o desenvolvimento de tintas ainda um Negócio viável, porém a grande massa de recarregadores ainda pensa que uma tinta tem que ser igual a todas as outras, e assim ter menos litros de tinta no seu estoque para usar. Outro dia ouvi de um recondicionador, que tinha dificuldades de usar tintas diferentes para recarregar cartuchos diferentes, devido ao processo de seu equipamento de enchimento de cartuchos, que não comportava mais do que um conjunto de tintas... Por um lado dei razão ao cidadão, por saber que em alguns equipamentos a troca de tintas acaba sendo algo dispendioso, não só de tempo, mas de recursos, mas, por outro lado, não concordo com este argumento, pois mostra que o empresário está preocupado apenas consigo, e não em satisfazer o cliente. Novamente, nossos concorrentes são os originais, e se temos armas suficientemente boas para conseguir trabalhar cartuchos para que fiquem com a qualidade semelhante ao OEM, por que não fazê-lo? Competição com os compatíveis Temos visto um grande aumento na oferta de cartuchos compatíveis no Mercado, tornando-se uma opção relativamente viável aos consumidores finais. A qualidade destes cartuchos aumentou significativamente nos últimos anos, porém ainda estão aquém de muitos remanufaturados. A grande quantidade de cartuchos importados também se tornou um entrave a alguns dos remanufaturadores, devido ao seu baixo custo de produção e principalmente pela menor carga de impostos que pagam. Competição com os originais Os fabricantes de cartuchos originais perceberam que podem combater os alternativos baixando o preço de seus cartuchos, e se aproveitando da falta de percepção dos consumidores quanto à quantidade de tinta dos mesmos, porém praticamente todos os cartuchos de tinta possuem seus pares denominados “XL”, ou seja, de alto rendimento. O preço normalmente é pouco convidativo para os consumidores, porém o custo por página acaba sendo menor nestes modelos, além de serem mais robustos que seus pares de menor rendimento. 26 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 Vamos analisar estes cartuchos... Preços mais competitivos (leia-se bem mais baratos), com tintas de coloração mais fraca (mais baratas), carcaças muitas vezes mais fracas. O preço muitas vezes acaba sendo mais competitivo que os remanufaturados ou os compatíveis, e a tinta acaba gerando impressões com a mesma qualidade da maior parte dos recarregadores de cartuchos. Com a carcaça mais frágil, fica então mais complicado sua remanufatura com sucesso, mesmo com a troca da espuma e a colocação de tintas de mais alta qualidade. Isto nos deixa pensando que querem vender a linha “B”como sendo uma linha alternativa aos alternativos... Confuso? Não é confuso, se pensarmos que os fabricantes de originais estão colocando no mesmo patamar os compatíveis e os remanufaturados, quando se trata de qualidade. Uma minha mais acessível de seus cartuchos entra como uma opção viável para alguns usuários que podem pensar que mesmo sendo um pouco mais “fraquinho” que a linha tradicional, ele é um cartucho Original... (“Prefiro usar o OEM “B”que esses alternativos que podem estragar minha impressora”, diria um consumidor descontente com os recarregadores) Campanhas contra falsificados pondo no mesmo balaio os remanufaturados Os fabricantes de originais também massificaram a propaganda antipirataria, porem colocam no mesmo cesto os compatíveis, os remanufaturados e os falsificados. Certamente os fabricantes não querem ter seus negócios prejudicados por suprimentos alternativos, mas o que não está sendo levado em consideração é a geração de empregos e impostos que as empresas de remanufatura proporcionam para a Economia Brasileira. Atualmente a única maneira que nos resta para combater a excessiva oferta de compatíveis é por meio de associações de classe. CISS Embora mais focados nas impressoras Epson, e nos grandes centros, os CISS, ou chamados bulk inks, parecem não afetar muito o negócio de remanufatura, mas sim o gerenciamento de páginas impressas (MPS), focando em impressoras para o mercado SOHO (Small Office – Home Office). Mas, mesmo neste ramo, o uso de tintas não qualificadas acaba corroendo os lucros de quem fornece estes serviços. Algo que devemos manter nossa atenção é com relação às impressoras com circuitos de impressão fixos ou de Técnica grande rendimento e cartuchos sendo somente pequenos reservatórios individuais de tinta. Atualmente, as principais fabricantes possuem modelos com esta tecnologia, e, caso tornem-se uma tendência, poderá ser mais um duro golpe aos remanufaturadores, pois o custo destes cartuchos poderá ser ainda mais baixo. (modelos “XL”), pois são mais robustos, recebem mais tinta e são mais lucrativos. Como podemos manter nosso Mercado? Pela tendência atual de Mercado, o cenário é cada vez mais negro. Porém temos alguns remédios que podemos usar para que, num médio prazo, tenhamos a força tão desejada e o suado lucro não sendo dizimado. • Tenha seus custos muito bem definidos e atualizados, pois somente desta maneira entendemos que a escolha de suprimentos de mais alta qualidade, mesmo mais caros, se mostra mais econômicos para sua Empresa, principalmente porque os retrabalhos certamente diminuirão. • Associe-se: procure sua associação local de remanufaturadores, ou mesmo a associação brasileira. Somente desta forma poderemos criar barreiras contra a importação indiscriminada de compatíveis, que minam nossa Economia. Sobre o autor O Instituto Cássio Rodrigues foi fundado em 2006, pelo Eng. Cássio Rodrigues com o intuito de estudar, profissionalizar, qualificar e melhorar o mercado de remanufatura. • A qualidade não pode ser descartada, mas sempre perseguida. Temos matérias primas de alto desempenho, e equipamentos de alta tecnologia que podem auxiliar no processo de remanufatura dos cartuchos de impressão, e assim podermos finalmente mostrar aos consumidores finais que a opção para o suprimento recondicionado é altamente viável, sem danos aos equipamentos e principalmente com qualidade comparada aos originais. • Não entre em guerra de preços com a concorrência, pois todos os jogadores, inclusive os consumidores, perdem. Perdemos em lucratividade, perdemos em qualidade, perdemos em confiabilidade. Seu Fundador, hoje com mais de 16 anos de experiência no ramo e verificando os motivos porque tantas empresas têm dificuldades em manter os padrões de qualidade aliados a falta de conhecimento não apenas no que se refere a questões técnicas, mas também, comercialização, fornecimento e logística, criou o instituto onde o aluno encontra soluções para gerar um verdadeiro crescimento e lograr sucesso profissional. O mercado está mais exigente onde sobreviverão somente os melhores. Contatos para consultorias: [email protected] • Procure trabalhar com cartuchos de alto desempenho Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 27 Meio Ambiente Por Gustavo Molinatti Fazendo um bom papel De onde vêm as folhas que seus clientes ou sua empresa utilizam para imprimir? Qual é a origem da madeira da cadeira em que está sentado ou do papel do livro ou revista que você está lendo? Muito se fala da necessidade de proteger nossos bosques de um desmatamento descontrolado, mas muito pouco sabemos de como é a administração da exploração para a obtenção de matérias primas. A preocupação como o cuidado do meio ambiente é (ou deveria ser) parte do dia a dia do remanufaturador. Resguardar o planeta do recebimento de resíduos como toner, carcaças de cartuchos e outros componentes, é o maior legado que, como comunidade produtiva, podemos oferecer ao resto da sociedade. E como atores na proteção do meio ambiente, somos conscientes que existem outras problemáticas globais que afetam a ecologia, como o desmatamento descontrolado, feito que se associa de forma direta à fabricação e consumo de papel. Existe nesse aspecto um grande desconhecimento sobre o verdadeiro impacto que seu uso produz e de quais são os tipos de papel que, por sua matéria prima e produção, agridem em maior escala o ecossistema. 28 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 Tipos de fibras usadas para a fabricação de papel O papel, parte tão importante não somente de nosso negócio de impressão mas de múltiplos usos cotidianos, é obtido a partir das fibras de celulose. De fato, podemos dizer que o papel é uma lâmina constituída por um emaranhado tridimensional de fibras de celulose e outras substâncias (cargas minerais, colas, amido, corantes, etc.) que permitem melhorar as propriedades do papel e torná-lo apto para o uso a que está destinado. As fibras de celulose são parte essencial dos tecidos vegetais, cuja função é a de dar resistência ao mesmo. A celulose para a fabricação de papel é obtida principalmente da madeira (55%), de outras fibras vegetais denominadas não madeireiras (9%) e de papel recuperado (16%). Meio Ambiente a. Fibras madeireiras Provém de diferentes espécies de árvores e são as fibras mais utilizadas pela indústria papeleira. A importância da madeira como matéria prima para a indústria papeleira vem do fato de conter ao redor de 50% de celulose. Em função do tamanho das fibras que proporcionam as diferentes espécies que se pode realizar uma nova classificação em: - Fibras curtas: provém de árvores de madeira dura, em-se que representem 60% das fibras utilizadas para a produção de papel. Essas fibras apresentam um grande potencial de desenvolvimento na substituição das fibras madeireiras. As espécies mais utilizadas são: - Algodão: as fibras têm um comprimento superior a 12mm e são utilizadas na fabricação de papeis finos de escritura. - Cânhamo: as fibras têm um comprimento superior a 5mm e vem de barbantes velhos e outros resíduos. Servem como como o eucalipto e algumas espécies frondosas (bétula, choupo, bordo ou faia), e seu comprimento está entre os 0,75mm e os 2mm, contendo um percentual de celulose mais elevado matéria prima para a produção de papel de cigarro - Fibras longas: provém de árvores de madeira macia, fundamentalmente coníferas como o abeto e o pinheiro, e seu comprimento fica entre 3 e 5mm, resultando em uma pasta de papel mais resistente. - Palha de cereais: essas fibras são utilizadas na produção de embalagens para ovos, potes e tubos de papel. b. Fibras não madeireiras Provém de diferentes espécies de arbustos. Nos países industrializados são utilizados para produzir papeis especiais, contudo, em outros países são a principal matéria prima para a fabricação de papel, assim, na China supõ- - Linho: as fibras tem um comprimento entre 6 e 60mm e são utilizadas para a fabricação do papel moeda c. Fibras recuperadas As fibras presentes no papel e na caixa velha podem voltar a ser utilizadas novamente na fabricação de papel e caixa. Através do processo de reciclagem é possível recuperar a maioria das fibras de celulose que contém o papel. Não obstante, esse processo não pode ser repetido indefinidamente já que as fibras recuperadas perdem resistência no procesGuia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 29 Meio Ambiente so, sendo necessário adicionar uma proporção de fibras virgens ao processo de reciclagem segundo a resistência do papel que se queira fabricar, seja procedentes de madeira ou de outras fibras vegetais. Impactos ambientais na obtenção de fibras vegetais O consumo de fibras vegetais, em particular da madeira, para fabricar pastas de papel é um dos custos mais destacados na hora de falar dos impactos ambientais gerados pela indústria papeleira. O principal motivo está no fato de que o consumo representa 19% da extração mundial de madeira, de onde supomos que 42% de toda a madeira extraída para usos industriais (todos exceto o combustível) se destina a fabricação de pastas virgens. Cada ano se perde no mundo 11 milhões de hectares de superfície florestal, o que equivale ao desaparecimento de um campo de futebol a cada 2 segundos. Entre as razões desse declive estão, além da produção de madeira para usos industriais e combustíveis, o desmatamento pela expansão dos pastos, cultivos e desenvolvimento urbano. Atualmente a maioria da madeira vem de plantações florestais de espécies de crescimento rápido, ainda que ainda continuem explorando os últimos bosques virgens boreais e tropicais que existem no planeta. As plantações florestais podem ser uma alternativa a extração de madeira dos bosques, sempre que administrado com critérios sustentáveis. Assim, qualquer nova plantação deveria estabelecer-se em terrenos realmente degradados, que não se podem regenerar naturalmente, nem se cultivem e nunca devem substituir bosques autóctones. ção são tomadas medidas concretas para evitar o impacto ambiental. Os critérios que determinam se um papel pode ser considerado ecológico estão baseados no impacto ambiental do ciclo de vida do produto, que contempla uma análise do uso e consumo dos recursos naturais e da energia, das emissões na atmosfera, água e solo, a eliminação dos resíduos e a produção de ruídos e odores durante a extração das matérias primas, da produção do material, da distribuição, o uso e seu destino final como resíduo. Quando podemos considerar que um papel é reciclado? Um papel é reciclado quando em sua fabricação empregamos como matérias primas fibras recuperadas de papel e/ou papelão já utilizados. Dentro dessa categoria também se incluem os papéis fabricados com recortes que não foram utilizados, gerados no processo (papel procedente do pré-consumo). Vantagens ambientais do uso de papel reciclado Fabricar papel requer um consumo importante de matéria primas, água e energia que se reduzem de forma bastante considerável se utilizarmos papel usado como matéria prima. A seguinte tabela pretende reforçar a idéia de economia de matérias primas, diminuição do lixo gerado e da ocupação de espaço no depósito de lixo que vem da fabricação de papel a partir de fibra reciclada, procedente de papel recuperado. Vantagens ambientais do papel reciclado Pouco a pouco estão sendo introduzidos sistemas de gestão florestal sustentáveis, que tentam reduzir esses problemas. Diversas empresas, organizações não governamentais e administrações em desenvolvimento certificados, como o FSC que garantem que a madeira que se compra provem de plantações administradas com critérios de sustentabilidade. Tipos de papel segundo características ambientais Existem várias definições para o papel segundo suas características ambientais, que em algumas ocasiões podem nos levar a confusão e a não saber qual é o papel que produz menor impacto no meio ambiente. Antes de comprar um tipo de papel ou outros, devemos ter em conta dois aspectos: a origem da matéria prima e o processo de produção. De acordo com essa lógica podemos encontrar no mercado: - Papel de fibra virgem - Papel ecológico - Papel reciclado - Papel sem cloro - Papel com baixo teor de cloro O que é o papel ecológico? Um papel é ecológico quando em seu processo de fabrica30 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 Fonte: Papelera Peninsular / Equipe Mandrágora Tep: tonelada equivalente de petróleo Qual é papel ECF e papel TCF? Existem papéis que são intencionalmente conhecidos como papéis ECF ou TCF que são as siglas em inglês de “livre de cloro Elemental” e “totalmente livre de cloro”. Nos papéis livres de cloro Elemental (ECF, Elementary Chlorine Free) para o branqueamento da pasta, não se utiliza cloro gasoso, mas sim dióxido de cloro. No branqueamento dos papéis denominados “totalmente livre de cloro”(TCF, Totally Chlorine Free) utilizam-se alternativas como o oxigênio ou o ozônio, eliminando-se por completo o uso do cloro. Meio Ambiente Recordemos que o cloro gasoso é um potente contaminador das águas que ao reagir com as moléculas da madeira geram substâncias como os organoclorados, que afetam o sistema imunológico dos mamíferos. Impactos ambientais da fabricação de pasta de papel O impacto sobre o meio ambiente na fabricação de pasta de papel depende de muitos fatores, como a matéria prima (tipo de madeira, papel, resíduos vegetais, etc.) o método de obtenção da pasta a partir de madeira (Kraft, sulfite, métodos mecânicos), o processo de branqueamento da pasta (cloro gasoso, dióxido de cloro, ozônio, soda cáustica, peróxido de hidrogênio, tratamentos enzimáticos), os sistemas de depuração que tenham instalados ou a localização das fábricas e as necessidades de transporte. Assim, as fábricas de pasta mecânica geram resinas ácidas altamente tóxicas que são difíceis de biodegradar e, portanto, necessitam um tratamento biológico bastante sofisticado. Contudo, essas fábricas aproveitam mais a madeira do que a pasta química e não tem problemas de emissão de substâncias de enxofre e os maus odores e a chuva ácida associada a estas. As fábricas que empregam cloro ou compostos clorados produzem resíduos e vertedores contaminados com substâncias organoclorados de elevada toxidade. Os principais impactos ambientais ligados a produção de pasta de papel são: o elevado consumo de água e ener- gia, a geração de resíduos (tanto tóxicos como inertes), o vertedor de águas residuais, as emissões contaminantes a atmosfera e o transporte. Atenção, não se deixe enganar Um papel ecológico pode não ser reciclado, se mesmo que seu processo de produção seja limpo, for utilizada pasta virgem como matéria prima. Um papel reciclado pode não ser ecológico se apesar da utilização de fibras recuperadas mantiver um processo produtivo contaminante. Não podemos nos esquecer que em algumas ocasiões os tratamentos das tintas compostas por vernizes, azeites, solventes, pigmentos, anilinas e outros compostos utilizados em grandes quantidades podem geram impactos negativos no meio ambiente O papel reciclado cumpre as mesmas especificações técnicas que os produtos fabricados com pasta química virgem, oferece as mesmas garantias sanitárias e de durabilidade; além de uma maior opacidade (aspecto importante para que se possa imprimir em gramaturas mais baixas sem que a tinta ultrapasse seus limites). Devemos lembrar que os certificados que indiquem “papel livre de cloro” ou “papel ecológico” não garantem que o papel não seja ECF. O que é uma certificação florestal? Como dissemos anteriormente, as fibras de madeira são as fibras mais utilizadas pela indústria papeleira. Apesar desse tipo de papel ser um dos mais prejudiciais ao ecossistema, Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 31 Meio Ambiente existe atualmente certificações emitidas por organismos que avaliam a produção de produtos florestais provenientes de bosques administrados de maneira responsável. Um dos certificados mais importantes é o que promove a Forest Stewardship Council (FSC), que é uma organização não governamental independente e sem fins lucrativos criado em 1993 para promover o manejo responsável dos bosques do mundo. A FSC presta serviços para o estabelecimento de padrões, a garantia de marcas registradas e a inclusão de empresas, organizações e comunidades interessadas no manejo florestal responsável. Os produtos que levam a etiqueta FSC contam com uma certificação independente para garantir aos consumidores que provem de bosques controlados para satisfazer as necessidades sociais, econômicas e ecológicas das gerações atuais e futuras. A certificação é um processo de avaliação a que se submete de forma voluntária uma Unidade de Gestão ou empresa florestal, realizado por uma terceira parte independente (entidade certificadora) que fiscaliza para que a gestão do bosque cumpra com os padrões acordados internacionalmente, os Princípios e Critérios da FSC. Como resultado desse processo, a empresa florestal obtém um certificado ou selo FSC, que pode ser usado em seus produtos para demonstrar que são procedentes de fontes sustentáveis. Existem dois tipos de certificação florestal: 1. Certificação de gestão florestal, é o que garante que o 32 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 bosque é administrado de acordo com os Princípios e Critérios da FSC 2. Certificação de cadeia de custódia, que avalia o percurso da matéria prima, desde a árvore até o produto final. O logotipo FSC garante ao consumidor que os produtos que compra são provenientes de florestas bem administradas, certificadas de acordo com os padrões do Forest Stewardship Council. A cadeia de custodia FSC A cadeia de custodia é o percurso das matérias primas, das matérias processados e dos produtos, desde a floresta até o consumidor final, incluindo todas as etapas do processo: coleta, transporte, transformação e distribuição. A certificação da cadeia de custodia implica a avaliação da linha de produção florestal, desde a árvore até o produto final, para verificar se a madeira utilizada procede de um bosque bem administrado. O que é o papel certificado FSC? O selo FSC garante ao consumidor que o papel foi produzido de maneira sustentável e que, com sua compra, contribui para a conservação do bosque. Por que é necessário estar coberto por um certificado de cadeia de custódia? Para garantir o rastreamento dos produtos desde o bosque até o consumidor final é preciso poder garantir que o papel FSC que você recebe seja exatamente o mesmo entregue aos seus clientes. Meio Ambiente A certificação da cadeia de custódia é uma verificação pública e independente que demonstra que a empresa conta com os procedimentos necessários para assegurar que o papel certificado não se mistura com o papel não certificado. Guia FSC passo a passo A seguir transcrevemos alguns conceitos do chamado “guia de boas práticas” para cumprir com os requisitos de certificação FSC sobre biodiversidade y Bosques com Alto Valor de Conservação em bosques administrados em pequena escala e de baixa intensidade. De que se trata esse guia? Esse guia foi feito para ajudar os responsáveis e donos de operações florestais de pequena escala e pouca intensidade a conservar ou melhorar o manejo da biodiversidade e de Altos Valores de Conservação (AVC) nos bosques e para ajudá-los a cumprir com os requisitos da certificação FSC quanto a conservação da biodiversidade e dos AVC através do processo de identificação, manejo e monitoração. O Guia explica algumas formas simples de proteger e integrar a biodiversidade florestal e os AVC na administração dos bosques natural produtivos. 1) O manejo responsável da biodiversidade 2) A identificação, manejo e monitoração dos Bosques com Alto Valor de Conservação; Ambas as partes estão estreitamente relacionadas entre si. O FSC e a biodiversidade Os requisitos do FSC para o manejo responsável da biodiversidade estão incluídos parcialmente no Princípio “Impacto ambiental”, que em resumo estabelecem que o manejo florestal: - Protege a espécies raras, ameaçadas e em perigo de extinção (de aves, plantas, répteis, etc.) - Protege as áreas onde essas espécies vivem, se alimentam e reproduzem - Controla a caça e a coleta inadequada de animais e plantas - Mantém as “funções naturais” do bosque. Por exemplo, garantir que continue tendo um equilíbrio de árvores de distintas idades, incluindo brotos, além de uma grama natural de espécies e tipos de vegetação. - Toma em conta os impactos da silvicultura para o bosque -Utiliza zonas de conservação e áreas de proteção onde for apropriado Outras referências sobre manejo da biodiversidade aparecem no Principio 9 da FSC (Manutenção de Bosques com Alto Valor de Conservação). Esse guia engloba duas partes importantes do manejo florestal Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 33 Meio Ambiente ¿Livro de papel ou eletrônico? Os livros eletrônicos são uma nova opção para quem gosta de leitura. Muitas das pessoas que os adquirem valorizam a comodidade em seu transporte por exemplo, outras apostam na versão digital porque acreditam que a redução do consumo de papel fará diminuir a pressão a que estão submetidas as florestas. Isso é verdade? Apesar de vivermos na era digital, a demanda mundial de papel segue crescendo. Apenas 10% da população mundial (Europa ocidental e Estados Unidos) consome mais de 50% do papel do mundo. Em muitos lugares do planeta, foram substituídos e continuam sendo substituídos bosques de grande valor por plantações de árvores de crescimento rápido (eucaliptos, acácias) para a indústria de papel. E em todo o mundo, 17% da fibra virgem utilizada pela indústria papeleira mundial vem de bosques primários, especialmente do Canadá, Finlândia, Rússia e Indonésia. Mas o papel tem a seu favor alguns aspectos. Se a madeira para fazermos o papel vem de bosques e plantações administrados corretamente ( com o certificado FSC), é um recurso renovável, um armazém de carbono e é reciclável, já que suas fibras de celulose são recicláveis várias vezes. O e-book: é uma solução? Lembremos que é outra ferramenta eletrônica que se soma a toda uma lista de organizadores, móveis, televisores, etc...que em um curto espaço de tempo serão lixos eletrônicos que terminarão em depósitos ou serão incinerados como emissores danosos para o meio ambiente e a saúde. Esses resíduos eletrônicos são exportados com freqüência ilegalmente, desde a Europa, Estados Unidos, Japão e outros países industrializados, a Ásia e África. Inclusive muitas das pessoas que desmontam esses resíduos são crianças que são expostas a um coquetel de substâncias químicas tóxicas. Portanto, somamos mais um problema. Enquanto as empresas eletrônicas advogam pela redução do consumo voraz de papel, a indústria papeleira divulga mensagens como “somente lendo mais de 33 e-books de 360 páginas cada um durante o ciclo de vida de um livro eletrônico essa opção pode ser preferível ao papel desde o ponto de vista da mitigação da mudança climática”, mais o aumento dos resíduos eletrônicos. É claro que não há soluções únicas, todos os setores implicados tem que incorporar critérios ecológicos e sociais em suas produções, bem como hábitos coerentes de consumo: - Do setor editorial e de artes gráficas: incorporar critérios ecológicos na produção de livros e revistas e, de maneira especial, e implantar políticas de comporá de papel responsáveis com o meio ambiente e a sociedade. - Das empresas fabricantes: devem desenhar produtos eletrônicos sem substâncias químicas perigosas, com uma vida útil mais ampla, que se possam reciclar com facilidade e segurança e que não sejam fonte de exposição e substâncias perigosas tanto para as pessoas como para o meio ambiente. É importante que como consumidores apoiemos as empresas que fabricam produtos que respeitam o meio ambiente. Bibliografía: www.greenpeace.org O FSC e os Bosques com Alto Valor de Conservação A manutenção dos “Bosques com Alto Valor de Conservação” é uma parte importante da certificação FSC. O FSC criou o conceito de Bosque com Alto Valor de Conservação como uma forma de identificar os bosques particularmente importantes, que são aqueles que tem importantes valores sociais ou ambientais. O conceito da BAVC fomenta o manejo responsável de bosques ou de partes de bosques que são de importância crítica ou que tem uma transcendência sobressalente, a nível local, nacional, regional ou inclusive mundial. 34 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 A biodiversidade: o que é? “Bio” significa “vida” e “diversidade” significa “variedade”. A definição mais simples de biodiversidade é “a variedade de toda a matéria viva”. Conservar a biodiversidade = conservar toda a variabilidade que se encontra na natureza. Há 3 interesses principais: 1. A diversidade de espécies: conservação de todas as espécies vivas (por exemplo, diferentes plantas, animais, insetos) e prevenção de que as espécies se extingam ou se convertam em espécies em perigo. 2. A diversidade dentro das espécies: conservação das diferentes populações, raças e subtipos de espécies individuais (por exemplo, a conservação de populações reprodutivas sãs em distintas áreas). 3. A diversidade dos ecossistemas: conservação de diferentes tipos de habitat ou ecossistemas: quer dizer a gama de áreas naturais onde vivem plantas e animais (por exemplo, conservação dos diferentes tipos de vegetação que são característicos da área). Como cumprir com os requisitos do manejo da BAVC e da biodiversidade O manejo responsável da biodiversidade e dos Bosques com Alto Valor de Conservação compartilham os mesmos três passos básicos: identificação, manejo e monitoração. 1º. Passo 1 – Identificar : Averigúe o que tem e onde se encontra! O 1º.passo envolve: a informação que necessita conhecer; como encontrar a informação; como presentear e utilizar a informação.Você deve ter certeza do que tem no bosque e onde se encontra, isso inclui determinar através da consulta se o bosque tem Altos Valores de Conservação. Recomendamos 5 ações chave que o ajudará a identificar a biodiversidade de seu bosque e a identificar se tem áreas correspondentes a Bosques com Alto Valor de Conservação. Ação 1: identificar qualquer animal ou planta que seja rara, esteja ameaçado ou em perigo Ação 2: identificar qualquer tipo de vegetação que seja especial ou incomum Ação 3: identificar as partes da área florestal o da área circundante que sejam importantes para prestar “serviços naturais” tais como a proteção de contas hidrográficas, erosão, fontes de água potável, a prevenção de desmoronamento ou deslizamento de terra, etc. Ação 4: identificar como está sendo utilizado o bos- Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 35 Meio Ambiente extensa é necessário “verificar o que está acontecendo”. O FSC espera que você realize diferentes tipos de monitoramento, incluindo a avaliação da condição do bosque, o rendimento dos produtos que você esta colhendo, suas atividades de manejo e seus impactos sociais e ambientais. Par um manejo responsável da biodiversidade e dos Bosques com Alto Valor de Conservação, seu monitoramento deverá ajudá-lo pelo menos a: - Avaliar o quão eficaz foi seu manejo para proteger os Bosques com Alto Valor de Conservação que você identificou - Ver se você está protegendo as espécies raras, ameaçadas ou em perigo que para as comunidades locais e se o bosque é cultural ou economicamente crítico para qualquer grupo de pessoas. em seus habitat Ação 5: identificar se seu bosque forma parte de uma área florestal muito extensa que seja importante a escala nacional ou mundial. Certificação FSC de manejo florestal A certificação de manejo florestal implica uma avaliação independente de como está sendo a administração do bosque. Existe mais de um programa de certificação florestal mas o FSC (Forest Stewardship Council) é reconhecido como o programa mais confiável. 2º. Passo – Manejo: elabore um plano de administração! O segundo passo envolve definir seus objetivos, identificar os obstáculos e ameaças e decidir que ações tomar, atuar! As operações, inclusive as menores, deveriam ter um plano de manejo simples. Se tratar de um bosque pequeno ou de uma administração a níveis de colheita muito baixa, o plano pode ser extremamente simples. Inclusive, em alguns casos, o plano pode consistir em uma descrição verbal quando, por exemplo, os administradores não tiverem a capacidade de utilizar documentos escritos. Quatro ações chave para manejar a biodiversidade e os AVC 1 1. Defina seus objetivos. Seja claro sobre o que deseja proteger ou conservar 2. Identifique os obstáculos ou ameaças principais para alcançar seus objetivos. Seja claro sobre as atividades que estão sendo praticadas atualmente no bosque e como essas atividades poderiam afetar seus objetivos 3. Decida que medidas terá que tomar. Decida quais são as mudanças que necessita fazer nas atividades atuais (é possível que não seja necessário fazer nenhuma mudança). 4. Aja! (e monitore) 3º. Passo 3 – Monitorar O que é o monitoramento? Em sua definição mais simples, o monitoramento significa “verificar para comprovar o que está acontecendo”. O monitoramento é obrigatório como parte de um bom manejo florestal. A razão principal do monitoramento é melhorar o manejo. Ainda nos bosques menores ou naqueles onde se esta colhendo pouco em uma área 36 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 O FSC tem o objetivo de promover e premiar o manejo florestal responsável. Para ser merecedor da certificação FSC e ter o direito de utilizar sua etiqueta, uma organização deve primeiro adaptar seu manejo e suas operações para que acatem todos os requisitos FSC aplicáveis. A certificação é voluntária. Às empresas florestais cujo manejo cumpra com os requisitos dos Principios e Critérios do FSC é dado um certificado. O certificado oferece a segurança de que se trata de um bosque administrado de maneira responsável. Um auditor ou uma equipe de auditores visitará o bosque, estudará os planos de manejo, os documentos de propriedade e os outros papéis e entrevistarão pessoas como trabalhadores e vizinhos com a finalidade de determinar se estão sendo cumpridos os 10 princípios. Aos 10 princípios, além de alguns textos adicionais e mais específicos que indiquem ao auditor exatamente o que deve buscar, conhecemos como “padrão”. Os padrões descrevem os requisitos que devem ser cumpridos para que uma operação florestal seja certificada. Os padrões variam ligeiramente de acordo com cada pais já que foram adaptados para que empreguem palavras e exijam práticas que sejam pertinentes para esse país ou região. Meio Ambiente Os 10 Principios do sistema de certificação FSC 1. Cumprimento das leis e dos princípios do FSC 2. Direitos e responsabilidade de posse e uso 3. Direitos dos povos indígenas 4. Relações comuns e direitos dos trabalhadores 5. Benefícios do bosque 6. Impacto ambiental 7. Plano de manejo 8. Monitoramento e avaliação 9. Manutenção do Bosque com Alto Valor de Conservação 10. Plantações Sobre o FSC O “Resouce Center” (Centro de Recusros) do site da FSC International inclui todos os padrões internacionais, as políticas e os guias FSC, bem como todos os padrões FSC nacionais autorizados www.fsc.org/resourcescenter.html O FSC, nacionalmente representado através de “Iniciativas Nacionais” está em mais de 50 países. Consulte a lista no site do Centro de Recursos FSC. Muitas dessas iniciativas Nacionais tem seus próprios web sites com informação localmente pertinente. As entidades de certificação FSC Atualmente existem mais de 12 organizações autorizadas pela FSC para realizar avaliações de certificação de manejo florestal e outorgar certificados FSC de manejo florestal. Para consultar uma lista de todas as entidades de certificação (EC) visite o site da ASI (Accreditation Services International): www.accreditation-services.com Bibliografia www.reciclapapel.org www.fsc.org Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 37 Atualidade Static Control vence o Tornado Na tarde de 16 de abril de 2011, 28 tornados devastaram 33 condados da Carolina do Norte, Estados Unidos, causando a morte de 24 pessoas e a destruição de milhares de casas e edifícios comerciais. A Static Control foi uma das vítimas, perdendo quatro de seus 16 edifícios, incluindo o edifício de distribuição da empresa, as oficinas corporativas centrais e o centro de tecnologia. Felizmente nenhum empregado da empresa ficou ferido e nenhum e não houve dano nos edifícios de fabricação. Quatro dias depois a Static Control restabeleceu o gerenciamento global de operações em Hong Kong, Europa, África do Sul, Dubai, Califórnia, Canadá e Carolina do Norte e retomou os envios de produtos de suas facilidades. O centro de tecnologia foi transferido e tudo voltou ao normal. “Felizmente ninguém ficou ferido”, comentou Ed Swartz, fundador, presidente e CEO, que elogiou os empregados que foram às plantas afetadas minutos depois do desastre para ajudar da maneira que pudessem. A surpreendente recuperação da empresa foi resultado da rápida ação, planificação 38 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 detalhada, o esforço dos empregados e muita sorte. Milagrosamente o computador central localizado nos escritórios centrais afetados pelo tornado não foi danificado. Como não houve danos no prédio da fabricação, foi possível continuar com a produção. A empresa dispõe de três outros edifícios destinados ao crescimento da manufatura e também alugou outro local perto para abrigar temporariamente algumas operações. O próprio Governador Bev Perdue ligou para Ed Swarts em sua casa imediatamente após o ocorrido para oferecer apoio e parabenizá-lo pela rapidez na resposta e no compromisso de reconstruir e preservar nossos postos de trabalho. “Mais além do enorme desastre ocorrido, pudemos ver o verdadeiro caráter de nossos associados”, afirmou Swartz. “Estou profundamente emocionado por sua fortaleza e compromisso, e sei que sairemos dessa experiência melhor e mais fortes do que nunca”. Instruções Por Mike Mike Josiah e equipe técnica de UniNet Instruções de Remanufatura do Cartucho de Toner HP CP1025 REMANUFATURANDO A SÉRIE DE CARTUCHOS DE TONER COLORIDOS DA HP LASERJET CP1025 Em janeiro de 2011, a Hewlett Packard lançou a série de impressoras laser coloridas laserjet CP1025. A série de impressoras laser HP CP1025 estão baseadas em um motor com capacidade de impressão de 17ppm em preto e 4ppm coloridas, com resolução de 600x600dpi. Os cartuchos vistos até o momento não utilizam uma embalagem tipo bolsa de ar na caixa, utilizam um papelão em volta do cartucho preso com fita adesiva. (Figura A) Esses cartuchos e as impressoras tem coisas das antigas impressoras laser coloridas HP como a Laserjet 4500. A impressora é do tipo carrossel com uma unidade de cilindro central. O cartucho de toner contém somente toner e os rolos de revelação. Não há cilindro ou reservatório de resíduo. Os cartuchos para essa impressora imprimem 1000 páginas coloridas e 1200 monocromáticas. Esses cartuchos contam também com número de parte em série e um número de parte do cartucho específico o que é confuso; os números de partes e informação são as seguintes: HP HP HP HP HP 126A 126A 126A 126A 126A Preto Cian Magenta Amarelo Unidade de cilindro CE314A1,200 páginas CE311A1,000 páginas CE313A1,000 páginas CE312A1,000 páginas CE314A14,000 páginas pretas / 7,000 coloridas *Preço em março de 2011, em dólares americanos 40 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 $49.99 cu* $55.99 cu* $55.99 cu* $55.99 cu* $79.99* Instruções Contudo contam com proteção no rolo de revelação (Figura B) Esses são cartuchos muito simples e fáceis de remanufaturar. Enquanto que os custos OEM são baixos, é tão simples e rápido de remanufaturar que vale a pena.. A única máquina lançada ao mercado até o momento é a CP1025W. Como mencionamos anteriormente, essa série de impressoras utiliza um sistema do tipo carrossel. Como mostra o desenho das partes básicas e uma lista descritiva. (Figure C) Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 41 Instruções A problemática do cartucho bem como as páginas de teste e limpeza e alguns problemas básicos serão abordados no final desse artigo. Insumos necessários 1. Toner para uso na HP CP1025 6. Haste com ponta de algodão 2. Chip de substituição para uso na HP CP1025 7. Álcool isopropílico 3. Rolo de revelação (opcional) 8. Talco lubrificante de cilindro 4. Lâmina dosadora (opcional) 9. Graxa condutiva 5. Fita adesiva (opcional) Ferramentas necessárias 1. Chave Philips 3. Pinça com ponta 2. Chave de fenda pequena 4. Jogo de chaves de joalheiro 01 1. Com o cabo de plástico branco para cima e a etiqueta virada para você, remova os dois parafusos do lado esquerdo e a tampa lateral de plástico branco do cartucho. (Figuras 1 & 2) 02 42 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 Instruções 03 2. No lado da engrenagem do cartucho, remova os dois parafusos da tampa lateral de plástico preta. Leve em conta a engrenagem guia carregada com a mola. A mola e a engrenagem guia vão ficar na tampa lateral quando essa for removida, não há necessidade de removê-las separadamente. Remova a tampa de plástico preta. (Figuras 3, 4 e 5) 04 05 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 43 Instruções 06 3. Remova as duas engrenagens pequenas (figura 6) 07 4. Remova o parafuso da tampa lateral interna de plástico branca (figura 7) 08 5. Remova a tampa lateral interna de plástico branca (figura 8) 44 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 Instruções 6. Remova o rolo de revelação. Limpe com um pano sem fiapos e coloque-o de lado. Não recomendamos que se use nenhum produto químico nesse rolo. (figura 9) 09 Remova os dois parafusos e a lâmina dosadora. (Figura 10) 10 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 45 Instruções 8. Limpe todo o toner residual da cavidade e o rolo de alimentação. (Figura 11) 11 12 9. Remova a tampa do lado do chip do cartucho. (figura 12) 10. Encha o reservatório com toner colorido apropriado para uso na HP CP1025 (Figura 13) 13 11. Se você estiver utilizando um selo, instale-o nesse momento. Certifique-se que a cola do selo saia pelo buraco da tampa. (Figura 14) 46 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 Instruções 14 15 12. Instale a tampa. Assegure-se que as barbatanas estejam na parte inferior e que a tampa seja ajustada sobre o selo. (Figuras 15 e 16) 16 17 13. Instale a lâmina dosadora e os dois parafusos. Ajuste o lado direito da lâmina. Ajuste o lado esquerdo da lâmina. 48 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 Instruções 18 NOTA: a lâmina dosadora deve ser calibrada para que o cartucho funcione adequadamente. Utilize galgas de calibração para 1,8mm de distância entre o plano inferior da borda de 90º. Da lâmina e da carcaça do cartucho, tal como se mostra nas fotos. Essa calibração ajusta a posição da lâmina em relação ao rolo revelador e não a sua altura. (Figuras 17 e 18). 19 14. Instale a arandela de esponja dentro do eixo do rolo de alimentação. (figura 19) Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 49 Instruções 15. Instale a tampa lateral branca ao lado da engrenagem do cartucho. Instale o parafuso como se mostra. (figura 20) 20 16. Instale o rolo de revelação do lado mais largo para a engrenagem (sem chip) do cartucho. (Figura 21) 21 22 17. Instale o lado oposto da tampa lateral e os dois parafusos. (Figura 22) 50 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 Instruções 18. Instale as duas engrenagens no eixo do rolo de revelação e o eixo do rolo de alimentação. (figura 23) 23 24 19. Instale a tampa lateral preta e os dois parafusos. Certifique-se que as engrenagens guias estejam encaixadas adequadamente e a mola da parte de trás da engrenagem guia esteja em seu lugar. (Figuras 24 e 25) 25 52 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 Instruções 20. Deslize a tampa do suporte do chip e substitua o chip. (Figura 26) 26 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 53 Instruções 21. Instale a tampa do rolo de revelação. (Figura 27) 27 Carta de efeitos repetitivos Cilindro OPC: Rolo guia ITB: Rolo de pressão inferior: Cinta do fusor superior: Rolo de transferência: PCR: Rolo revelador: 95 76 63 58 47 26 22 Imprimindo páginas de teste mm mm mm mm mm mm mm Imprimindo a página de limpeza 1. Aperte e segure o botão RESUMEN por 2-3 segundos 2. A página de configuração será impressa e a página do estado de insumos. Para imprimir esta página no Windows: 1. Com o botão direito do mouse clique em funções de impressoras e dê um clique no nome da impressora 2. Clique na opção funções do equipamento A página de limpeza para essas máquinas pode ser impressa somente a partir do menu da impressora. A HP recomenda que para melhores resultados se utilize folhas de transparência. Se você não tiver uma folha dessas, utilize papel de gramatura de copiadora com uma superfície suave. 3. Clique na função imprimir página de limpeza 4. A página começará a imprimir e irá parar 5. Não desligue a impressora até que a página de limpeza termine a impressão Sobre a Autor Mike Josiah é vice presidente da Summit Technologies, uma divisão da UniNet Imaging Inc., e distribuidor global de toner, cilindros OPC, lâminas de limpeza e outros insumos. Josiah está na empresa desde 1987. Ele e sua equipe de suporte técnico contribuem assiduamente com artigos e ensinam em seminários nos encontros da associação e exposições do comércio Mike Josiah pode ser localizado no telefone + 1-631-590-1040 x 217 ou no / e-mail: [email protected] Para mais informações visitem o site www.uninetimaging.com 54 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 Região 2 · Noticias A 1ª empresa no Brasil em certificação de mídias A Graham do Brasil nasceu de uma parceria com a Graham Magnetics LP, tradicional fabricante de midias magnéticas para back-up, sediada no estado do Texas desde 1966. Hoje nos EUA a Graham Magnetics é lider em processos de certificação de midias tornando-se referência de qualidade neste segmento de mercado, executando serviços e vendendo seus produtos para grandes empresas do mercado americano e exportando para vários paises onde a aceitação é boa. Vendo o potencial do mercado brasileiro de midias magnéticas para back-up, transferiu à Graham do Brasil, todo o conhecimento e tecnologia necessária para que se faça o mesmo trabalho que a Graham Magnetics realiza, assegurando-se da manutenção da qualidade dos produtos e serviços a serem oferecidos ao mercado brasileiro. como novas, livres de dados, erros e problemas, aptas ao uso com total segurança e garantia de 10 anos. Portanto, afirmamos que fitas “certificadas”, são diferentes de fitas usadas, remanufaturadas, reformadas, recuperadas, etc. É um produto reciclado que atende todas as normas de reciclagem verde. O que é certificação? É um processo de verificação e limpeza realizados em fitas magnéticas acondicionadas em cassetes ou cartuchos, onde as mesmas são testadas individualmente em toda a sua extensão e capacidade de gravação por software e drives especialmente preparados para esse fim, realizando uma completa limpeza dos dados e verificando sua estrutura física. Nas fitas dispostas de “servo track” e “chip “, casos típicos das LTO’s, AIT’s, 9940, 9840, 3590, 3592 e as T10000, as mesmas passam por um intenso e minuncioso trabalho de avaliação, respeitando as caracteristisca de cada uma. São submetidas a checagem e limpeza de dados em softwares e drives desenvolvidos e preparados pela Graham Magnetics LP, Texas, EUA, que usando todo seu “know-how” de fabricante de fitas magneticas desde 1.966, conseguiu ao longo dos anos executando esse trabalho de certificação acumular conhecimentos que assegura uma certificação completa das mesmas, deixando-as 100 % livre de erros e submetendo-as ao mesmo processo e padrões ao que é submetido uma fita nova (ANSI). Nessas fitas são preservados as trilhas de servo, sem prejuizo a reinicialização da mesma, e em alguns casos são reprogramados os chips através dos códigos internos (status/used info/fatal error), eliminando todo o histórico gravado nos chips deixando-as Resulatdos Utilizando mídias Graham Certificadas, o cliente adquire produto com qualidade equiparada aos pradrões dos fabricantes de fitas novas, além de ter uma redução significativa (70%) nos custos destes produtos e ainda contribui para a sustentabilidade do planeta. Segurança dos dados 56 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 A Graham oferece um programa completo para mídias com trilhas de servo (servo track). O Erradicador Data Tier 3 é um aparelho de uso exclusivo da Graham, e foi desenvolvido por seus engenheiros para possibilitar a limpeza completa dos dados nas midias “on site”. Isso dá a segurança de que foram removidos todos os dados das mídias em poucos minutos (em um drive normal levaria horas), preservando as trilhas de servo de modo que as mesmas possam ser reutilizadas. Este processo é indicado para fitas que contém dados importantes e/ou confidenciais que impeçam que as mesmas deixem o local do cliente. Além disso, você é capaz de auditar as fitas em qualquer momento durante o processo para garantir que os dados são completamente removidos. Eliminando custos e gerando receita para sua Empresa BRASIL Quando a vida útil da fita backup ou seu tempo de guarda chega ao fim, há várias decisões importantes a tomar: - O que fazer com elas ? - Qual a melhor forma de descarte sem agredir o meio ambiente ? - Qual a forma de descarte mais segura para o sigilo dos dados ? - Qual a forma de menor custo para a empresa ? Neste momento a decisão mais fácil e sem risco seria a destruição das fitas, mas isso gera uma sobrecarga nos custos e impactos negativos ao meio ambiente. A Graham do Brasil oferece um serviço de descarte ecologicamente correto, que pode atender todos esses questionamentos, dando um destino as mesmas utilizando um processo ecologicamente correto sem agredir o meio ambiente, assegurando a confidencialidade dos dados e ainda oferecendo a possibilidade de eliminação de custos e geração de Região 2 · Noticias receita para sua empresa. No modelo abaixo elencamos as etapas principais do processo de desmagnetização e descarte das fitas, tornandoas limpas de dados e prontas para serem recicladas. O procedimento de Certificação é Seguro e Ambientalmente Amigável, visto que as Mídias são feitas de material inflamável e perigosos para a Natureza. Para mais informação e-mail: [email protected] / www.grahamdobrasil.com.br Future Graphics conta agora com a Multilaser como mais um distribuidor autorizado no Brasil Sao Paulo, Brazil – Future Graphics, líder mundial no mercado alternativo de insumos para a remanufatura de cartuchos de toner anuncia a nomeação de mais um distribuidor de seus produtos no Brasil, a Multilaser. A Multilaser, empresa pioneira na indústria de remanufatura no Brasil, é também o maior distribuidor de produtos de escritório na América Latina. O centro de distribuição modelo agora conta com marcas de prestígio como a Kaleidochrome para toners coloridos (True CPT) e cilindros e toners MK IMaging. A Future Graphics está muito satisfeita com a TWU e a Multilaser como distribuidores de seus produtos, oferecendo o que há de melhor para os remanufaturadores brasileiros. Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 57 Região 2 · Noticias Repercussões de nosso Editorial Prezado, sai da reciclamais exatamente com suas palavras na minha boca, obviamente não tão propriamente ditas. A feira parecia-se muito mais com uma feira de compatíveis do que uma feira de reciclagem ou de remanufatura de cartuchos. Palavra que fico tentado a incluir o chinezinho na minha família, mas tenho resistido bravamente, não sei por quanto tempo vou conseguir, ontem ainda tive que dar nó em pingo d´água para pagar as contas. Tá difícil e a guerra de preços nas ruas insuportável. Atenciosamente Mauricio Schvartzaid Ecoquality Cartuchos Boa tarde, e como reverter esse quadro? Não temos lobby? A associação não tem força? A classe é totalmente individualista? O poder governamental, esse está pouco se importando? Os fornecedores de insumos.... Juntando forças, somente juntando forças é que vamos reverter esse quadro. Contem comigo. Abraços, Elza Boa tarde, concordo plenamente com vocês. Os compatíveis são uma espécie de câncer para o nosso setor e a cura está distante. Os produtos “ching-lings” estão por toda parte, me recuso a entrar nessa absurda guerra de preços, não irei fortalecer o mercado de compatíveis. Sem o apoio do governo, certamente perderemos essa guerra. Abraço, Fabiano Zutin - Impresso & Cia 58 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 Região 2 · Noticias Muito bem! E não se falou da qualidade superior dos nossos. A respeito da ABRECI, talvez maior divulgação ajudaria, não concorda?. Preciso me associar, como faço? pode me ajudar? Radamés. Guaratuba, PR Amigos, parabéns pela clara e objetiva visão da aflitiva situação que nós, recicladores pioneiros, estamos assistindo. É lamentável que nosso governo veja a "banda" passar sem tomar nenhuma atitude de defesa do trabalhador brasileiro. Nossos políticos só pensam em se locupletar do cargo que conseguiram e não tem olhos e atenção para nosso esforço em prol da sustentabilidade e economia.. Penso que devemos atuar como os cidadãos do Egito, Iêmen, Tunísia entre outros, que se mobilizaram via redes sociais ,e pressionam, através de manifestações públicas, o Governo para atitudes em defesa do trabalhador nacional. Em nosso caso principalmente em função do trabalho de ecológico que realizamos na recuperação e reciclagem de cartuchos, que, de outra forma, aumentaria fortemente os poluidores resíduos sólidos. Peço-lhe sua ajuda promocional no "Guia do Reciclador" para tentarmos mudar essa situação que está sendo "um negócio da China" só para os chineses. Um grande abraço. Lucio Santos - Jet Cell Prezados, queremos sim reciclar mais, e menos sujeira ao nosso planeta. Tanto que sim, agora apenas vendemos cartuchos originais para nossos clientes reciclarem nele. E de quebra lancei a mais de um ano o primeiro carro elétrico comercializável (transformação) do Brasil olhe em www.electro.net.br. Abraços. Maurício dos Santos Anjo - CECOTEIN Informática Em minha opinião, o que ocorre infelizmente não é apenas aquisição ou não de importados, mas também uma grande disputa de valores relativos à produção e comercialização de produtos aqui na américa latina. Estamos em um mercado bem diferente do europeu, onde se sabe que os equipamentos adquiridos estão com valores bem diferentes dos comercializados aqui. Lá busca-se alavancar vendas por venda de insumos por parte dos fabricantes; aqui os valores de seus equipamentos inviabiliza a compra de insumos originais, na maioria das vezes, por ultrapassar 20 a 30% o valor destes equipamentos. Há uma busca desenfreada por venda de produtos, nosso mercado está em uma crescente, somando a isso a estagnação de outros mercados. Não se viabiliza a venda de insumos originais, pelo contrário; a cada 4 ou 6 meses há a comercialização de novos modelos para que se haja novos equipamentos e se "drible" assim, os insumos compatíveis. É o capitalismo que preponder a. Obrigado, Eduardo Sidney - Mtech Copiadoras ( Fortaleza-Ce) Parabens pelo artigo e estamos dispostos a colaborar da melhor maneira possivel. Caros Vargas, Gerencia Comercial Técnica – BM do Brasil Parabens pelo artigo!! Marcos Varela, Dir. Financeiro Diamond Brasil 60 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 Notícias Internacinais A Memjet anuncia mais um parceiro: eletrônicos da coreana LG Eletronics A Memjet anuncia outra parceria asiática importante com o lançamento da impressora Machjet LG LPP6010N. Essa máquina, que parece ter o mesmo design das já lançadas pela Lenovo e outras, é fabricada na Coreia do Sul e será comercializada no início do mês. Enquanto o pessoal da Memjet e a LG não pode informar o preço do equipamento em questão, artigos oficiais da LG na Korean Herald dizem, “A impressão de uma página colorida na Machjet custa us$ 0,053 won, enquanto o custo em uma impressora laser colorida comum está em torno de us$ 0,193, e o preço do produto em torno de USD 722,08”. De acordo com o Korean Herald, Kwon Hee-won, vice presidente executivo da LG Eletronics, disse “a taxa de manutenção é em torno de 70% mais barata (se comparada a outra impressora), e é um equipamento ecologicamente correto pois utiliza um baixo nível de energia”. Ele acrescenta , “Acredito que esse equipamento seja um item que irá revolucionar o mercado proporcionando valores diferenciais de competitividade na indústria de impressão”. “LG Electronics anuncia o lançamento de impressoras base Lexmark Vizix na Coreia), menciona o que segue, talvez uma imagem profética: “A empresa já vendeu computadores, e, esporadicamente impressoras por muitos anos.Parece que a LG irá encarar com mais seriedade o mercado de impressoras, baseada na nota do final do anúncio: “Aparentemente a LG Eletronics encontrou um parceiro na Memjet para uma similar, embora não seja base laser, objetivo na sombra de sua arqui inimiga Samsung, número 2 no mundo de impressoras laser. A Memjet continua na trilha do mercado, mesclando novas parcerias da indústria juntamente com alguns nomes já conhecidos (ver quadro abaixo), como o caso aqui da coreana LG Eletronics. Das últimas experiências de sucesso em diversos mercados como o de telefonia celular e eletrodomésticos, nós acreditamos que o mundo (ou pelo menos a América do Norte) empurrado pela LG com a nova Machjet LPP 6010N terá novas possibilidades nos próximos meses ou anos, especialmente por conta da falta de parceiros americanos para a Memjet até agora. O lançamento ganhou grande repercussão na imprensa Coreana e Asiática (veja os links no final do artigo), com cobertura do Wall Street Journal Coreano em tempo real no blog (veja ilustração abaixo). The Wall Street Journal's Korea real-time blog picked up the LG-Memjet story Nossa Visão Uma busca nos arquivos da Observer juntamente com discussões da equipe da Lyra Research identifica pouca experiência da LG eletronics na indústria de impressão. Enquanto a LG era um fabricante por contrato de um lado, a empresa teve sua presença reduzida na indústria de imagem nos últimos anos, restringindo-se ao mercado de seu país de origem, a Coreia do Sul. Um artigo de janeiro de 2010 contudo (veja LINKS http://www.koreaherald.com/business/Detail.jsp?newsMLI d=20110621000781 http://blogs.wsj.com/korearealtime/2011/06/21/lg-rejoinsprinter-market-with-memjets-technology http://www.memjet.com/news-chatter/view/lg-launchesworlds-fastest-a4-color-desktop-printer-powered-by-memjet/ Para mais informações visite o site www.lyra.com Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 61 Notícias Internacinais A Epson ganha 3 prêmios de prestígio da Associação Internacional de Imprensa de Imagem Técnica (TIPA) A Epson confirmou sua posição de liderança na indústria profissional de imagem ao ganhar três prêmios TIPA 2011 de tecnologia em fotografia e imagem, pela alta qualidade das mesmas e a notável facilidade de uso. Os produtos reconhecidos pela TIPA foram a Epson Stylus Photo R300, nomeada como a “melhor impressora especializada em fotografias”, a Epson Stylus Pro 4900, que ganho o prêmio de “melhor impressora de grande formato”, e a Epson Foto Perfection V330, como o “melhor escâner fotográfico”. Kristin Saus-Opuszynski, diretor de negócios sênior ProPhoto da Epson Europa, disse: “Na Epson continuamos buscando novas soluções e maneiras de melhorar a gama de nossos produtos, com a finalidade de satisfazer as necessidades de mudança dos nossos clientes. O feito de ganhar três prêmios de prestígio da TIPA em 2011 é uma amostra desse compromisso e como resultado disso, o reconhecimento de nossas conquistas”. A TIPA é composta por 29 revistas provenientes de 14 países em todo o mundo, o que a converte em uma das maiores e mais influentes associações de impressão de fotografia e imagem a nível mundial. Cada ano os editores da TIPA votam os melhores produtos que foram introduzidos no mercado durante os 12 meses anteriores, tendo em conta a inovação, a tecnologia avançada, o desenho, a facilidade de uso e o preço em relação a performance de seus produtos. Informação sobre o produto A Epson Stylus Photo R3000 é uma impressora fotográfica A3 ideal para fotos médias, que se ajusta até o menor espaço do escritório devido a seu desenho compacto. A carga de alimentação de folhas se encontra na frente, o que facilita a inserção (evitado que o papel se danifique) e reduz a quantidade de espaço necessário atrás da impressora A impressora Epson Stylus Pro 4900 é uma impressora compacta de 43 centímetros (17 polegadas), que estabelece novos padrões na precisão da cor par ao mercado fotográfico. Destaca-se pela consistência da cor e sua exata combinação das cores, reproduzindo 98% de todas as cores PANTONE. A Epson Foto Perfeccion V330 é um escâner fotográfico A4, que oferece resultados de alta qualidade e baixo consumo. É ideal para escanear fotos e os usuários podem confiar em cada cor, cada sombra e detalhe, será captado fielmente graças a tecnologia dos escaners CCD (dispositivo de carga acoplado), com uma resolução ótica de 4800 dpi.(pontos por polegada). Sobre a Epson America, Inc. A Epson America Inc é um provedor líder de uma ampla variedade de impressoras, projetores 3LCD, escaners e impressoras para ponto de serviço, reconhecidos por sua qualidade superior, funcionalidade, inovação e eficiência energética. A Epson America Inc é a filial norte americana da Seiko Epson Corporation, que emprega mais de 70,000 pessoas em 106 países em todo o mundo. A Seiko Epson está comprometida com suas constantes contribuições ao meio ambiente global e forma parte pelo segundo ano consecutivo do índice mundial de sustentabilidade da Dow Jones, um indicador das melhores empresas segundo critérios econômicos, ambientais e sociais. Para obter mais informações sobre a Epson America, visite o site: www.latin.epson.com Expectativas positivas no mercado de impressão para esse ano, de acordó com a IDC A IDC América Latina, a principal empresa de inteligencia de mercado, serviços de consultoria e conferências para os mercados de Tecnologias de Informática e Telecomunicações, apresenta os resultados do seu estudo “IDC Latin America Quarterly Hardcopy Tracker 2H2010”. As expectativas de crescimento no mercado de impressão continuarão sendo boas para 2011 graças ao comportamento positivo da economia nos países mais importantes da America Latina, bem como as expectativas de crescimento do mercado de PCs. “De acordo com nossa análise, o mercado de injeção de tinta apresentará crescimento moderado de 8% em 2011, onde os equipamento multifuncionais liderarão esse crescimento. Com uma diferença de menos de USD 10,00 62 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 entre equipamentos de apenas uma função contra equipamentos multifuncionais, a migração para esses últimos aumentou depois da recuperação dos usuários finais depois da crise. Cabe comentar que o mercado de injeção de tinta está fortemente ligado ao comportamento de mercado de equipamentos de cômputo. Os equipamentos portáteis continuam crescendo de forma acelerada na região, isso terá um impacto positivo nos equipamentos de impressão com capacidades WiFi” explica Rosa Maria Peñalva, Program Manager, Imaging Solutions de IDC Latin America. Espera-se que em 2011 o mercado de injeção de tinta na América Latina alcance um total de vendas de 11,2 milhões de unidades, dentre as quais os equipamentos multifuncionais representarão mais de 74% dos embarques. Notícias Internacinais Por outro lado o mercado de Equipamentos laser IDC observa a crescente oferta de soluções que se constroem de acordo com as necessidades específicas dos clientes, bem como uma busca por mover o mercado de equipamentos laser para esquemas de outsourcing (terceirização) que facilitem a implementação e renovação de equipamentos dentro das empresas e do governo. O anterior permitirá aos diferentes níveis de empresas a economia de insumos, administração de documentos e sobre tudo a otimização de recursos. de uma só função será de 13.2% e dos equipamentos multifuncionais será de 17.4%, o que representa um total de 3 milhões de unidades com um valor de mercado de USD 1.7”, conclui Peñalva. Além disso, as estratégias de preço por parte de diferentes fabricantes no mercado de equipamentos laser são cada vez mais agressivas, sobre tudo no canal varejista o que incentiva a penetração de equipamentos laser no mercado. A partir daí espera-se que o mercado de equipamentos de entrada (low-end) continue demonstrando crescimentos positivos dentro dos segmentos de pequena e média empresa. Como na injeção de tinta, os equipamentos wireless mostram boa aceitação dada a tendência crescente de mobilidade, onde se espera que equipamentos com tecnologia laser com essas capacidades também apresentem crescimento durante o próximo ano. Sobre a IDC A IDC é o principal provedor mundial de inteligência de mercado, serviços de consultoria e eventos para as indústrias de tecnologia da Informação e de telecomunicações. A IDC assiste ao profissionais da tecnologia de informação, aos executivos das empresas e a comunidade de investidores a tomar decisões baseadas nos feitos relativos a compras tecnológicas e a estratégias comerciais. Mais de 900 analistas da IDC, localizados em 90 países, brindam sua experiência local, regional e mundial, fazendo seu aporte as oportunidades e tendências tecnológicas e industriais. Durante mais de 43 anos, a IDC promoveu perspectivas estratégicas para ajudar nossos clientes a alcançar seus objetivos comerciais chave. A IDC é uma subsidiária da IDG, empresa líder em tecnologia, pesquisa e eventos. Para mais informações sobre a IDC, visite nosso site www.idclatin.com “Em 2011, esperamos que o mercado de Equipamentos laser cresça 13.7% onde o crescimento de Equipamentos Para Mais informações contate: Letizia Raimundo [email protected] www.idclatin.com Uninet abre filial nas Filipinas Los Angeles, Angeles, CA – A UniNet tem orgulho de anunciar a abertura de mais uma central de distribuição nas Filipinas, para mais adiante ampliar suas capacidades e alcance do mercado na região Sudeste Asiática. O novo escritório de vendas está convenientemente localizado em Manila e terá a linha completa dos 15.000 produtos da UniNet. Conta com espaço de vendas e depósito para ampliar os recursos da UniNet em oferta de vendas locais, distribuição e serviços de apoio, e fazer frente a crescente demanda de soluções de produtos UniNet nas Filipinas e países vizinhos. A UniNet nomeou a Kam Woon como Diretor Nacional para administrar operações e vendas na nova central. “A expansão da UniNet nas Filipinas tem a intenção de reforçar nossas capacidades de 64 Guia do Reciclador - Ano 7 - Número 45 apoio a nossos produtos para os clientes Filipinos e possibilidades, reduzindo ao mesmo tempo os custos de logística e inventário. Estamos também muito orgulhosos em dar as boas vindas a uma equipe de vendas tão experiente à família UniNet, que apoiarão os remanufaturadores e darão serviço a crescente demanda de soluções UniNet na região”, disse Nestor Saporiti, CEO. A UniNet Filipinas está localizada na 120 E. Rodriguez Jr. Ave. Cor. Ortigas Ave. Brgy. Ugong, Pasig City, Filipinas 1604 Contate a UniNet Filipinas: Kam Woon Tel. Int.: +63 2 6202955 Fax Int.: +63 2 5843150 E-mail: [email protected] Para mais informações por favor contate a UniNet no telefone + 1 (424) 675-3300 ou visite o site www.uninetimaging.com