8 Alternativo O Estado do Maranhão - São Luís, 21 de janeiro de 2014 - terça-feira “Sempre quis fazer um papel escrito pelo Manoel Carlos. Estou interessado pelos personagens como se fossem amigos, e debruçado sobre os capítulos como quem devora um livro bom" Gabriel Braga Nunes, ator, sobre a novela Em Família, na qual será um dos protagonistas Hoje é dia de... Adiado Autobiográfico A Warner Bros Pictures anunciou que o filme Batman vs. Superman está adiado para 6 de maio de 2016. Inicialmente, o longa de Zack Snyder estava previsto para julho de 2015. Segundo o estúdio, o atraso "permite que o diretor tenha tempo para realizar plenamente sua visão dada à complexa natureza visual da história".Com Amy Adams, Joaquin Phoenix e Henry Cavill no elenco principal, o longa é continuação de O homem de aço e traz Ben Affleck no papel de Batman. Chris Terrio se encarregará de revisar o roteiro da sequência. O vocalista do Blur, Damon Albarn, anunciou o lançamento do primeiro disco solo para o dia 28 de abril. Everyday Robots terá colaborações de Brian Eno, criador da Roxy Music, e do grupo Bat for Lashes. O britânico ainda divulgou a capa do álbum - onde aparece cabisbaixo, sentado em uma cadeira - e avisou que o primeiro single, que leva o nome do trabalho, ganhará um clipe hoje. As informações foram divulgadas nas redes sociais do cantor. Os Papeis da Professora – II Sálvio Dino D eu no que deu. É mais quem me liga, querendo saber se realmente João Francisco Lisboa era mesmo doutor, de diploma passado por uma Universidade alemã, e, porque os pesquisadores, biógrafos renomados do monstro-sagrado, não falam desses Papeis da emérita educadora Celina Parga? Alguém chegou a indagar: “será que esse autêntico “buraco bíblico” não será desvendado”? Outros mais, em tom meio de gozação: “As instituições literárias estão de braços cruzados, vendo a bandapassar”? Um outro, ainda mais exigente pergunta:“você mostrar todo o afirmado pelo Dr. Josué Montello, sobre a documentação assinada pelo presidente da Relação do Maranhão, Joaquim Vieira da Silva e Sousa? Reproduzo-a, de bom grado: “Li e reli a certidão; depois de examina-lhe o selo, a letra e o papel, e aqui a transcrevo fielmente, para a surpresa e espanto de outros olhos. O doutor Joaquim Vieira da Silva e Sousa, do Conselho de S. M. o imperador, Fidalgo e Cavaleiro de sua Imperial Casa, Comendador de Ordem de Cristo, e presidente da Relação do Maranhão, atendendo a que o comendador João Francisco Lisboa se acha habilitado para poder advogar, assim pelo diploma, a que me apresentou, de doutor em Direito pela Academia de Rostoch (Alemanha) como pelo exame a que se procedeu em 1842, e em virtude do qual se lhe passaram diversas provisões de Advogado nos termos da 2ª parte do paragrafo 5º do art. 7º do Regulamento das Relações do Império, de 03 de janeiro de 1833. E ordeno que se lhenão ponha obstáculo no exercício de suas letras, de que poderá livremente usar nos lugares onde competir, nos termos do referido Regulamento. Pagou, de direitos sessenta mil reais como se viu do conhecimento em forma que, apresentou: e servirá debaixo do juramento já prestado. Maranhão, 8 de junho de 1959. E eu Adriano Augusto Bruce Barradas, Secretário da Relação, o escrevi. É mais quem me liga, querendo saber se realmente João Francisco Lisboa era mesmo doutor, de diploma passado por uma Universidade alemã, e, porque os pesquisadores, biógrafos renomados do monstro-sagrado, não falam desses Papeis da emérita educadora Celina Parga? Logo abaixo, vem a assinatura do presidente”. Mais adiante, o mestre dos Tambores de São Luis, acrescenta: “Por que a professora Celina Nina nunca divulgou esse documento, que altera um ponto fundamental na biografia de João Francisco Lisboa, ao mesmo tempo que, abre campo novo Conto de Perraut no palco O ator, encenador e dramaturgo José Caldas apresenta hoje, às 19h30, no Teatro da Universidade Vale do Acaraú (Uva), a peça O Medo Azul. A montagem celebra os 40 anos de carreira do artista que escolheu São Luís para encerrar a temporada de apresentações. O Medo Azul está em cartaz há quase uma década e foi apresentada em países da Europa como Suíça, França e Bélgica e ainda Estados Unidos. No Brasil a montagem percorreu palcos de Teresina, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza, entre outras. José Caldas, brasileiro de Minas Gerais está radicado em Portugal há quase 40 anos. Em São Luís ele está sendo recebido por integrantes da companhia Santa Ignorância. “Reencontrei o César Boaes (da Santa Ignorância) no Festival de Teatro Lusófono, em Teresina e me encantei com a entrega dos atores na peça Pão com Ovo. Como gosto muito de São Luís, houve o convite para o encerramento da turnê aqui e logo aceitei”, diz José Caldas. O espetáculo do ator marca o início de um intercâmbio entre ele e a companhia. É que em setembro a peça Pão com Ovo, da Santa Ignorância, será leva a Portugal e apresentada em sete cidades patrícias. Lá eles participarão do Festival Internacional Cômico da Maia, que está em sua 15ª edição. O Medo Azul tem o apoio da Secretaria de Estado da Cultura de Portugal e tem coprodução do grupo Cassefaz, de Lisboa. José Caldas explica que se trata de um espetáculo que conduz o público a um universo de emoções presentes no famoso conto O Barba Azul, de Charles Perraut. A peça se dá a partir do para pesquisa de seus biógrafos? O que é que a teria levado a não divulgar o documento em seu poder? Dúvida sobre ele? Não, não podia tê-la, dada a inteireza moral do escritor, e, então, por que nada disse?” Já no seu famoso Diário do Entardecer, o mestre Montello, voltando a falar de tão importantíssimo assunto, sai com essa tirada; com sabor filosófico: “Volto a refletir sobre o silencio da profª Celina Nina, quanto ao título de Direito, conferi- conto O Barba Azul, de Charles Perraut, mas também incorpora intertextos dos irmãos Grimm e dos contos tradicionais O Barba Ruiva, da França; e O Colhereiro, de Portugal, transparecendo a universalidade do mito e dotando o espetáculo de densidade dramática. José Caldas explica que escolheu o texto por meio de critérios pessoais. “Sempre quis fazer um espetáculo solo e, além disto, esta história era contada por minha avó e me lembro de como os sentimentos como medo e outras emoções se misturavam em mim”, relata José Caldas. A poética da encenação explora as técnicas de José Caldas como contador de histórias, ou seja, como um só ator pode dar voz e imagem à multiplicidade de personagens e ao papel central de narrador? Representar, alternativamente, Barba Azul, sua esposa, sua irmã, seus irmãos, e conseguir tornar sensíveis os planos emotivos que se entrecruzam na história. “Cenário e a trilha sonora foram pensados de forma a possibilitar a aproximação com o teatro popular, capaz de chegar a todos”, diz o ator. Para tanto ele lança mão de mudanças no tom de voz e o gestual para caracterizar diferentes personagens. Carreira – Nascido no Brasil, José Caldas estudou teatro em Londres e Paris e radicou-se em Portugal em 1974. Nas décadas de 1970 e 1980, conduziu oficinas em terras lusas e dirigiu uma dezena de peças junto ao grupo Os Cômicos, de Lisboa; ao Centro Dramático de Évora; e ao Teatro Universitário do Porto. Ainda na década de 1980 visitou São Luís e aqui apresentou um de seus espetáculos. Ator José Caldas, mineiro radicado em Portugal, escolheu São Luís para encerrar a temporada de celebração de seus 40 anos de carreira; peça O Medo Azul será encenada hoje, às 19h30, no Teatro da Uva “Gosto muito de São Luís e me encanto com o bumba meu boi e sua teatralidade popular. A partir de minha relação com o boi passei a pesquisar outras manifestações populares de influência portuguesa em países da África”, comenta José Caldas que faz viagens recorrentes ao Brasil, mais pontualmente a São Luís. É criador da Companhia de Teatro Quinta Parede, com sede na cidade de Porto e já encenou mais de 20 peças, tendo sido premiado quatro vezes pela Associação Portuguesa de Críticos Teatrais e participado de importantes eventos internacionais. José Caldas também publicou livros, com destaque para 20 anos de teatro e miscigenação, 30 anos de teatro e jovem público e 40 anos de teatro, além de ter sido crítico de teatro de O Jornal, de Lisboa, e Diário de Notícias, da cidade do Porto. Foi ainda professor de importantes instituições de ensino como a Universidade de Évora e a Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo. Ficha Técnica • Encenação/Interpretação: José Caldas • Cenografia: Marta Silva • Música: Miguel Rimbaud Serviço • O quê Peça O Medo Azul, com José Caldas • Quando Hoje, às 19h30 • Onde Teatro da Uva (Centro) • Entrada franca do a João Lisboa por uma universidade alemã”. É bem possível que ela, exatamente arguta e inteligente, haja reconhecido que o mestre, para escrever o Jornal de Timon, prescindia perfeitamente de pomposo título de doutor em direito, assim como nisso Manchado de Assis só precisou de si próprio para escrever as Memórias Postuma de Brás Cubas. Também Chateaubriand prescindiu de qualquer título para construir toda a sua obra de romancista, historiador, poeta, parlamentar, diplomata, além de momorialista incomparável, e de jornalistae de pensador político. (...) O mestre maranhense faz bem em não apregoar seu título. Com o título de doutor em direito havia muita gente, no seu tempo. Com o título de mestre da prosa de língua portuguesa, por ter escrito o Jornal de Timon, só ele”. Concordamos inteiramente com essa lúcida linha pensamental montelliana... Só que, um Homem Notável, da linhagem de JFL., precisa, sim senhor,ter toda a majestosidade de sua vida e obra, conhecida, com riqueza de detalhes por todo mundo. Josué fala que nos papeis da professora Celina, “figura o começo de um romance na letra do grande escritor”! Outros historiadores falam Razões Jurídicas, ainda incógnitas do maior orador forense maranhense de todo os tempos. As novas gerações da Ribeira do Itapecurú estão, sim, a exigir essas joias, ainda ocultas no leito doutros rios, os rios dos territórios, ainda há serem descobertos, quem diria, em pleno século das conquistas espaciais... Conforto os jovens, em especial, itapecuruenses que estão no meu pé: o ilustre e ilustrado presidente da Academia Maranhense de letras, B. Buzar, também filho da bela Ribeira, não está de braços cruzados,a respeito de tão cobiçado filão literário. Divulga;’ao O ator José Caldas comemora 40 anos de carreira com o espetáculo O Medo Azul, hoje no Teatro da Uva