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Director e Editor - ANTONIO ALVES
o ESTORIL,Praia Int~rna~i~nal
mar na magia azul do Estoril é o motivo de sempre, o tapete
pulquérrimo que os nossos olhos bordam com uma scisma dor,.... mente. Da baía embriagadora de Cascais, tôda a Costa do Sol
tem um recorte mágico de alfange maravilhoso onde os corpos
em posturas de mito e foli.as paganisadas, ensaiam a pantomima alegre
da vida.
Sentado na praia ou na vamnda tão europeia e internacional do
Tamariz, namoro a curva azul, as ondas vindo em brinquedos sensuais
de espuma para o beijo frio e pagão das praias dormentes, que são os
harens azuis das ondas. O sol marcha firme, feroz, escaldando, pintando
oiro em tudo, nas barracas de banho, nas carnes infantinas dos bébés
e das crianças, no triângulo pardo ou vermelho das velas, nas máscaras
queimadas e adolescentes das banhistas, que fazem a sua estação de
banhos e de beira-mar, nes~es corpos divinisados de quinze e dezoito
anos, cal'nações de rosa loira e lírio, na volúpia milenária do banho
ou em passeios, hirtos os troncos, tremendo sob os {(maillots» multi.colores os seios em luar e morango.
Por todo o recorte da praia os· corpos movem-se ou repousam em
posturas de instantes, como esculturas de carne viva que se transfigurassem num milagre. A carne moça esportiva esplende ao sol, sofre
essa cl:tl'Ícia intensa, compreende o sol, deixa que o seu afago crú lhe
caustique a pele, lhe dê a poalha corada e morena da pele, exposta á
luz agostiana e setembrina, em pleno meio dia fulgentíssimo. O mar é
fundo, extensivo, vai até ao infinito, até ao horizonte - o crepúsculo
azul-doirado dos oceanos ...
Sôbre o mar há rendas de oiro, todo êle agora é um tapete azul
de Al'l'az em enfeites e rendas trémulas, em rendas fulvas ele instantes,
lne t\gol'r. nascem e 10 0.0 lUOl'rew, que d.g'vra lllUl'l'em e tornam sempre
a nascer.
n mar é calmo, dormente, nêst.e Estoril internacional e procurado
por uma população europeia de (csud-express» e paquetes de luxo,
onde se sente, com tanta embriaguez, a magia atlântica do oceano, e
as ondas têm contornos de seios, curvas de ânfora, lembram irrealmente gestos de tocadoras de harpas que fôssem só azuis e vivessem
apenas na nossa imaginação moh·isca ...
O sol, êsse sol único da Costa portuguesa, queima embriagadoramente; a tarde avança e, em cabelo, deitado sob a sua carícia paradisíaca, indiferente à luz, deixo-me abandonar a tôdas as ideias nómadas; como um fakir, ponho os olhos no àlém e embarco no batel azul
do encantamento mais belo, e, eu próprio, levanto os remos em extase.
Cm momento hesito. A absorção dos sentidos faz-me perder o contõrno,
a lógica das coisas, a carreira igual da vida e vou scismando, adormecendo, enquanto o sol queima as faces e tatúa a pele de carícias
rubras." .
O
===
*
*
*
A um rumor maior acordo. Os olhos mal sofrem querendo abranger o ambiente europeu, a praia civilisada, mal toleram a lâmina
doirada do sol, refulgindo e ferindo como um ~lfange árabe. O mar
neste fim de tarde cada vez é mais calmo, sente-se que o sol quer descansar, vai a caminho do poente como um peregrino vagaroso. A meu
lado todas as coisas vivem no seu exp]endor de sempre, a curva grega
das ondas, o azul dormente da praia, a luz oftálmica e oirenta da tarde
apolínea. Passeando a retina pelo painel colorido da assistência cosmopolita e balnear, os olhos poisam no enlevo doirado dos corpos que
esculpem a sua indolência em posiçõés de capricho, em instantes
duma perfeição que não se repete.
No xadrez oftálmico e bizarro da praia os olhos namoram, fixam
a pantomima, o teatro paganíssimo dos corpos escravos, onde o sol
impera e manda como um déspota. Um grupo de raparigas há pouco
- supremo instante! - púberes, perfeitas, avança com os seus {(maillots» pai-a o mar dócil e eu sinto a água a esculpir de afago e tepidez
as ancas lÇ>iras, os troncos pulquérrimos, os seios androginos, as mãos
solteiras de joias.
De novo, agora que a tarde continua, todas essas nadadoras numa
teoria botticellina de corpos semi-desnudos, como num frizo pagão
avançam no mar, nadam, agridem as ondas, sentem-se possuídas de
ternura e afago, enquanto a tarde desce, violeta e oiro que feita uma
tinta apenas, se pintasse no creplísculo, como um cenário raríssimo.
O Estoril é hoje uma praia europeia, uma praia nascida para o
festim atlântico de tôdas as horas e a par de Biarritz, de S. Sebastian,
de Deauville, de Paris-plage, uma dádiva maravi1hosa que o destino
1
ANUNCIOS
Não se devolvem os originais
Preçoscon yenci onai s
embora não
s~am
Terminou os seus trabalhos na semana
passada n "Cursó de Férias.', tão auspeciosamente dirigido pela Faculdade de Letras de Lisboa, que ao Museu Conde de
Castro Guimarães levou os seus melhores
mestre~, onde fizeram prelecções que marcaram pela sua elevada cultura e superioridade intelectual.
Entendeu o Govêrno, e muito bem, que
devia oficialisar o Curso de Férias da
Faculdade de Letras de Lisboa, incluindo
no orçamento a verba necessá.ria para o
seu funcionamento de futuro, tudo indÍcando que se realize também já no próximo
inverno para estrangeiros.
O sr. Dr. João da Silva Correia, ao
afirmar a importâ8cia cultural dos Cursos
de tFérias e os seus beneficios para o turismo, manifestou a falta de apoio e de
visão das entidades oficiais de Cascais pelo
desinteresse que êste momentoso assunto
lhes mereceu êste ano, quando lá fora são
precisamente êsses organismos e outros de
natureza particular que mais contribuem
para a sua realização.
Nos agradecimentos que o ilustre catedratico endel'eçou a todos aqueles que, directa ou indirectamente, lhe prestaram colaboração, não se esqueceu do jornal c( O Estoril>J , pelo desinteressado e modesto apoio
que dedicou à realização do Curso de Férias,
o qual esteve em sério risco de não se efect uar, pelo despei to incontido de uns e a
ignorância crassa de outros, usando e abufi . 1a ,10" I' lU ' C!ue indevidll.mente OCllpam.
[uito e muito poderlamos dizer, mas
como é semp e oportunidade de ajustar contas, qualquer dia diremos de nossa justiça,
separando o ~rigo do joio, e não deixando
qüe certo escalracho daninho continue fazendo os seus estragos pernicioso~.
E às entidades oficiais e particulares do
Concelho de Cascais, a quem a indústria
do turísmo mais interessa, aconselhamos
que examinem cuidadosamente a importância dos «Cursos de Férias» para esta zona,
«porque o que uns não querem, outros
desejam». "
Margarete Elzer
Por intermédio do seu tradutor e
nosso colaborador, Eduardo Marrecas
Ferreira, sabemos que esta insigne e
erudita escritora alemã, a quem já nos
referimos no nosso número de 5 de
Maio, inclue num romance que tem em
preparação, um ou dois capítulos com
cenas passadas no Estoril.
Em deyido tempo voltaremos a fazer
referencia a esta ilustre amiga de Portugal, a quem apresentamos os nossos
agradecimentos.
--
~ [ l -~ --:"
publicados
Festa da Uva'
D~rante dois anos consecutivos realisou-se no Estoril a Festa da Uva, promovida
p.el.a. benemérita Sociedade Propaganda da
Costa do Sol, cujo produto revertia para
fins beneficentes, e á qual se associavam
al~uns
abastados lavradores, entre eles o
o
sr. Samuel dos Santos Jorge, que ofereciam os deliciosos frutos em grande quantidade e das melhores qualidades de sua
produção.
O ultimo ano que essa simpatica festa
S6- realisou, alem da alegria que muitas
senhoras e meninas da nossa primeira socienade espalhavam por toda a parte, ostentando trajos característicos e vendendo
as uvas em cestos de verga muito apropriados, no majestoso hall das Termas do
Estoril teve logar uma sessão solene para
comemorar o facto, fazendo-so representar
largamente o elemento oficial, o Governo
e o Corpo Diplomatico, com uma numer~sa
e selecta assistencia, que aplaudiram a Interessante conferencia do ilustre medico
sr. Dr. Raposo de Magalhães.
A importancia que então se ligava ao
emprego da uva como medicamento e alimento de primeira ordem, ligado ao pro·
blema economico do consumo do precioso
fruto, criaram a «Semana da Uva», durante a qual e do norte ao sul do paiz se
vendiam muitos milhares de escudos de uvas.
Grande foi a nossa decepção, porém, ao
verificarmos que o entusiasmo dos primeiros anos amorteceu depressa, não adivinhando os motivol!! porque se desistiu dessa
bela ideia, por tantos titulos generosa e
patriotica.
Porque não faz a Sociedade Propaganda
da Costa do Sol reviver aqui a Festa da
Uva, agora que estamos na melhor oportunidade para lhe dar realisação?
Pedro de P(Zoabad
Encontra·l5e hospedado no Palácio Hotel
o sr. Pedro de Penabad, director do jornal
u Suplemento», órgão da G. Prensa Hispana
Unida», que se publica em Madrid, tendo
presente um número que insere interessante propaganda do Estoril.
Jóvem e dotado de muita persistência
e vivacidade de espírito, o sr. Penabad
está organizando entre nós representações
do periódico que dirige, propondo-se visitar
o nosso País e publicar números especiais
de propaganda das principais zonas de turismo, a qual será secundada pelos periódicos espanhois associados da «Prensa Bispana Unida».
O sr. Pedro de Penabad escreveu expressamente para o «Estoril" uma crónica, que
publicaremos no próximo número, desejando
ao simpático visitante todas as facilidades
no desempenho da sua missão.
colocou a dois passos da capital, o que raramente acontece noutras capitais
europeias.
A concorrência espanhola este ano, calculando-se em milhares de veraneantes, juntamente com as colónias inglesa, francesa e alemã num mundaníssimo conjunto, atestam a internacionalização do Estoril, hoje um centro
de turismo emopeu, mercê de raras qualidades climatéricas, do seu clima
ideal . e paradisiaco e dos seus contantes melhoramentos e aperfeiçoamentos
urbanos.
Quem chega de outras paisagens e de outros centros balneares encontra
no Estoril, mais do que em nenhum outro centro mundano, o encanto maravilhoso, a magia atlântica da sua dormência, da sua quietude, do seu paraíso
extático e contemplativo. E agora que o oiro velho do horizonte cai nos braços serenos e gregos da tarde, em síncopes de bruma azul, apetece-nos
relembrar o conforto de saber que os nossos olhos, durante alguns meses de
sol, terão a mesma rima dos corpos com a tentação maravilhosa e auriluzente do mar, êsse mar atlântico do Estoril, sem rival em todo o mundo.
CORREIA DA COSTA
. -, .......,.
'( ' .
'-
Os artigos não assinados são da responsabilidade do director do jornal
Curso de Férias da Faculdade
de Letras
'. j
I'
<
_III
Pág.
2
.Liga
,
Os ruidos durante a noite.
dos Combatentes
da Grande Guerra
Delegação de Oeiras
A 19uns dos moradores dos Estoris, na-
•
Mantém esta Delegação, a exemplo dos anos
a terjores, dUBS colónias balneares, respectivamente nas praias da Cruz QIHbrada e Oeiras. No
actual ano lectivo I zeram exame do 2.° grau,
obtenda aprovação, 9 crianças da Escola n.o 1
que a mesma Delegação mantém há dois anos em
Algés para crianças, filhos dos seus associados,
tendo obtido passagem de classe 19 crianças tôdas
leccionadas pela profeesora Senhora D. Alice Silva
Tavares, esposa de um combatente. No período
de 1 de Julho de 1934 até JUllho último dispendeu
a direcção trRnFaeta a quantia de Edc 27.000~OO
com as vel bas a'l pensões, subsídios, E&cola, Colónias balneares, e Funerais. Faziam parte da
Comissão Administrativa da reftlrida Delegação
no me H!ionado pdríodo os Sors. Cllpitão Jaeinto
José :\I6reira, como presidente, António José Inácio Júnior, como tesonreiro, e Fernando Araújo
Alegria, como secretário.
CONSTANTINO
iI-- * *Jt
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',-..,/j.:>:.-/.
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Este número foi visado
pela Comissão de Censura
A ALFAIATARIA E~TORIL, qu P , como se
sab!', é Da~. L' VE DEZEMBRO, 45,2 .°, a fim
de dar comêço a obras projectadas para ampliação
dllb 8uas in6talaçõe~, resolveu fazer o abatimento
de 25 n/o nos preços marcados, em todos os fatos
vendidos durante o corrente mês, e qne sejam
pagoos à entrega drs mesmos.
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Dois explêndidos horários - Linha de
Cascais e de Cintra- foram agora publicados pela Secção de Propaganda da Companhia dos TelefoneI'. Agradecemos os
exemplares que nos foram enviados e que
denotam um sentido moderno de bO'm gôsto
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lado :direito, um estabelecimento moderllo e digno
de uma grande capital, com frutaria, manteigas,
queijos, ('onservas, carnes fumadas, etc, cuja falta
há muito se fazia sentir nesta privilegiada estância.
Embora sem quaisquer réclames, tem &ido
graode a afluência ao vistoso estabelecimento, te
cendo elogios ao seu prl'prietário sr. J osé Paulino
d' A Imeida, que lhe deu o título .imbólico de Frntaria .Galo d't' uro)J'
Com as nossas telicitações, 'l"ão os votrs para
que o decorativo emblema seja uma feliz mascote,
pondo de facto famosos e abundantes ovos.. d'ouro
estabelecimento mais moderno
Elegante
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A recolha do leite 1I0S divl'ISOS locais de produção, cout..rmfl tivemos ocasião de obsel V8r dur8nle
anos que nos dedicámos ao assunto, radic ram em
nós a certeza de que o Estado, pllr intermedio dOH
seus técuicos e das Câmaras Mnnicipais, p de
resolver com relativa facilidade o importante problema de abastecimento e pureza do leite, tanto
mil is que a experiência da empreza particula!" qne
acabamos de visitar, nos demonstra praticamente
8S possibilidades da sua execução.
Fel icitando. poie, os gerentes e proprietátios da
Alpina, Ltd.&, congrlltnlamo-ncs por ter sido uo
concelho de Cascais instalado o modelar estabelecimento, o que vem confirmar II justa fama de
zona mais progressiva de Portugal.
e higiénico no género, competindo
•
~-
~esunto.
d'Almeida, Dr. Simões dos Reis, Dr. Abreu Lopes,
eng l:)alvador Ricardo, Manoel A!v('s da Silva,
Carlos Afonsll, Dr Juiz Pavào Silva Leal, Dr
Oliveira Santos e espcsa.
Dr. Julio Hibeiro Dr. Carlos Pires, Alberto
Graça, Costa Pina, David Zagury, Anlónio Luiz
Simões, Carlos de Carvalho, Engenheiro Silva
Azevedo, Dr. Suaiva Lima, Dr . Juiz Simões dos
Reis, Dr. Arbués Moreira, Andróoio de Sonsa e
Melo, Dr, Francisco Autónio Correia, Moysés
Amzalac, Dr. Pedro Pita, António de Sousa Lára,
EUlténe Labat, profesRor Costa Lobo, Manoel
Avila Lima, Joa nim Cantarino, etc., etc.
Sociedade Revendedora de Carnes
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género qne existe no Paiz, cuja apresentação constitne uma arrojada iniciativa e manifestação de
progresso, igualando-se com o que de molhor existe
lá fóra.
Depo B de observarmos (' uidadofBmeote as modernas instalações e assistirmos aos trabalhos de
higienização e pasteurização de alguns milhares
de litros de leite, que jll. são distribnidos pela Linha
e por Lisboa, a no.sa admirllção pelo que vimos
iguala· se à nOBsa estranheza por não ter ainda o
Estado decretado a pBsteurizaçlio obrigatória do
leite, tanto maIs que difpõ ,~ de elementos bAstantes
para executar eesa medida de sanidade públiCA.
As r statísticlIs oficiais dizem-nos que II grande
percenlagem da mort. lidade infantil" I ompl iCIIções gádtriC8s nos Rdultos é dcvida à au~ência dll
higieDlzação e plHfZl do leite, torn üll dl-se, a
nOESO ver, urgente que se tompm medidas sôbrc o
cionais e estrangeiros, pedem-nos que chamemos e atenção das autoridades, a-fim-de
Encontram-se a passar o verão na Costa
não se permitirem ruidos de automóveis
do Sol, com suas Ex.m S Familias, os srs. :
depois da uma hora, não consentindo tamD. Margarida Lop~z, madame Sou~a LarA, mabém que certas pessoas, com a fobia da
dame J UdlCIl Fialho, madame Celeste de Oliveira,
rádio-telefonia, deixem os seus aparelhos
viuva de Tabewé, Dr. Ruy Gomes de Carvalho,
durante a noite à janela e completamente
ViuvR de C~jullo, Viuva de Medrano, Dr. Franabertos, impossibilitando a visinhança de
cisco Gião e esposa, Hicardo Segura e esposa,
Dr. Jorge M:acedo OliV l'ira Simõ 's, coronel Ferconciliar o sono.
nando Mota Marques, D. Baldemiro Fernandez e
O latir dos cãis, num meio turístico desta
esposa D. Juan Lniz Montero de OChôA, D. Maria
categoria, nada abona também a nOSS I)
Fernandes Braga do Couto, Dr. Raul Gomes da
tavor, pois sobretudo de madrugada acorda
Costa, mr. Phil ip e familia, D. Artimis ef'Sp08A,
coron!'1 Vdla8ant!', D. José Senan y Huiz de la
tôda a gente, nada justificando por ise0 a
Fuente, enl!;enhciro João CaJd€Íra de Bourbon,
falta de respeito para com a população quc
cc nd de VMle Ht:is, Vasro de Orey, Dr João
necessita de repousar, mas muito especialAmHal, EUlico Morais, D~ Eurico Lisboa, José
mente para com os nossos visitantes.
Lisboa, Joaquim Queiroz, Luiz Afonso Vilar,
conde :\1 arg \fid!', J JS j Luiz C Ilheir03, Henrique
A s três reclamações de que nos fazemos
l'abord" Monteiro, engenheiro Carvalho, ( j ene·
éco junto de quem de direito, pertencem ao • ral
Ferraz, Dr. Hsul do Carmo, Dr. Marçal
nÚmp.ro dos pequenos nadas , mas que só
Mendonça, Emidio d' . guiar, Fr:.trcisco Qui II tIIn a ,
servem para nos desprestigiaI' e prejudicar,
eng. Francisco Guedes, Dr . Guilherme BastQ Gonçalves e familia, mr. Charles King e esposR, [ris
fazendo parte da pior propaganda contra
l:)alman, D. Aurelio Ramirez e UMBlro, D. Pedro
nós.
Coelho de Portugal, Pllrdhl Monteiro, Dr .. Belarmo
Estamos, pois, certos de que o ex. sr.
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DINHEIRO
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IL
AGENTES EM PORTUGAL-A. L. Simões &
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SUB AGENTES EM TODA A PARTE
III
•
"
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o
Pág. 4
ESTORIL
5ab~·s~ qu~:
A instrução particular no concelho de Cascais
· .. O Maestro C?"Uz e Sousa tem
encontrado no Esto?'il bastantes amizades espanholas.
Teremos conce?'teza mais uma edicão do «Adeus Sevilha».
, Felicidades, C?'Uz e Sousa.
• .. Este ano a col6nia feminina
espanhola tem desenvolvido muito a
língua, confundindo-a já com a portuguesa.
Parra bens, portug'l.beses.
· . . Duas ?'aparigas inglesas teem
dado muito que faze?' a bastantes
vena?'eantes do Esto?'il. Agora aproveitam os músicos que lhes tocam algumas modinhl1s da sua predilecção.
Felicidades para os últimos.
· .. O sr. Jj1rancisco d' Orey vai
deixa/t a ?'ep?'esentaçõo do « La Saile»,
para 9'epresenta?' uma hipotética marca espanhola.
Cuidado com a nova marca . .•
· .. O nosso Capucho (Filho) está
tentado a leva?' no se'l.~ ba?'co todas
as mpa?·igas.
O' Capucho, você não sabe q'l.be
elas já não vão no bote? ..
Felicidades para elas.
· •. O ten09' Tomaz Alcaide, quando deixou o Est09'Íl, deixou também
uma Mira.
Cuidado, oh MÍ9'a! ...
o problema da instrução tem-nos merel.'ido sempre um eepecial cuidado, secundando todas as
campanhas em prol do seu desenvolvimento, e
nunoa regateando a justa solidariedade e incitamento aos rorganismos e entidades que dele se
ocupam com interesse.
Aos estabelecimentos de ensino particular, so·
bretudo nos ultimos anos, deve-se-lhes uma q' ota
parte importantissima na batalha que se vem de·
senvolvendo para a difnsão do ensino, e o Estado
tem-lhe concedido algumas reg~lias, que seria da
Graham's
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Adquire-se nos principais Hoteis,
Pensões, Restaurantes e na Mercearia de Francisco Alves - S.
João do Estoril-Telef. Estoril-34
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sr. Dr. Paulo Guedes, situado na Parede, oom
instalações modernas e dispondo de um nucleo de
professores compett>otissimos, que exercem as SUBS
fuoções com verdadeira devoção.
Os resultados surpreendentes qne todos os anos
se observam, colocam-no, sem duvida, entre 08
melhores no genero que existem no paiz, que bem
merece dos poderes publicos e sobretndo da pop~'
lação da linha de Cascais, pelos relevantes servIços que tem prestado á causa sagrada da instruçllo.
A exposição de trabalhos e a festa de 6m de
mais elementar justiça darem-lhe maior ampli.
tude, porque existem actualmente colégios á altura da sua nobre missão educativa e sem receio de
confronto com os melhores estahelecimentos 06ciais.
Sentimo-nos satisfeitos por se constatar que il.
Costa do Sol marca um logar de destaque no ensillo particular, aumentando de ano par1\ ano em
prestigio.
Pomos hoje em relêvo o "Colégio da Bafureira»,
o mais antigo da linha, sob a direcção intelij1;ente
dos seus directores, a Sr' D. Julia dos Reis e o
ano, que é sempre presenciada por nm publico
selecto e muito numeroso, dão uma pálida ideia
do grau de aperfeiçoamento a que elevam 01 alunos, ministrando· lhes ao mesmo tempo uma cuidada educação, elemento e faotor valioso que não
pode nem deve abstrair-se do problema da instruo
ção.
DediCAndo hoje algumas linbas ao modelar
.Colégio da Bafureira», cumprimos c( m o nosso
dever de solidariedade, pondo em relevo um dos
aspectos mais valiosos para o turismo e para a
população da linha de Caseais.
A.s mais lindas ' rosas de Portugal
"1
I
Limpesa das praias
tem arremessado
para as praias com grande quantidade de
limos, tornando por isso urgente a sua destrUIção antes que apodreçam.
Parece-nos mais eficaz e rápido carregarem barcos e irem lançá los para onde não
houvesse perigo de sere:n novamente atirados para a beira-mar..
Noticias pezssoais
Eneonlra-3e na sua qJJinta da Beira, a lJa38ar
umà parte do verão, com 3ua ex.m. família, o
sr. Fau,to Figueiredo.
- Vai melhor dos ,eus padecimentos, o sr. GI~i­
lherme Cardim, admini8trador-dtlegado da Esto·
ril Plage.
-Foi em digre18ao pelo norl,e do paiz e uma
parte da Galiza, acompanhado de 3ua espo3a e
filho, o n0880 estimado amigo e ilustre clinico sr .
dr. Jo.ê Correia 1. ibeiro
-E,tá em Calcais, com sua ex.'Aa esposa e filha, o ,r. Dr. Pranci,co Antonio Correia, ilustre
director geral do Ministerio dos Estrangeiros.
-Regrellou da, J edra, Salgadas, acompanhado de 8ua ex. ma e'pu8a efilh08, o sr. Armando
Vilal', da direcção do Ca,ino E8toril.
-Seguiu ha dia, em digrel8ão por E8panha, o
di,tinto advogado, 8r. Dr. Oliveira Santo" acompanhado de sua ex."" e'posa, a ilustre medica,
Ir.O Dr. a D. Laurinda Alambre.
-De regre"o do eltra1lgeiro, com sua ex m. espo.a, chegou ao E.toril, o II'. Armando Ferreira,
di,tinto elcritor e comiderado secretario geral da
Companhia do, Telefone•.
-NO
Parqu(Z Estoril
Está á ~enda na Tabacaria do Parque Estoril
e no Pavilhão-Foto-Estoril junto á Estação
do Caminho de Ferro.
Também se satisfazem quaisquer pedidos
na redacção do jornal .0 Estoril. - Largo
das Palmeiras --.Monte Estoril.
Conforme anunciámos foi no domingo
passado inaugurado o novo Hotel de Inglaterra, propriedade do sr_ José Travassos,
que ao seu modernismo e bom gôsto, muito
valorizado vela sua especial situação, soube
acrescentar a maior comodidade e con·
fôrto, numa decoração harmoniosa e artística, da conceituada Casa CINascimento», do
Porto.
Ao almôço que o seu proprietário ofereceu á imprensa e a alguns convidados,
assistiu o senhor presidente da Câmara e
Administrador do concelho, Tenente A ntónio Cardoso, os srs. Armando 'Vilar, como
delegado da Sociedade Propaganda da Costa
do Sol, António Maria Cardoso, da Comissão
de Turismo, José Paulino d'Almeida, representante da Associação Comercial, alguns
amiO'os, imprensa local e de Lisboa, sendo
o sr~ Travassos brindado pela sua iniciativa,
pondo em destaq'Je a sua vida de trabalho
honesto ê proficuo, e que dia a dia vem
sendo apreciado pelas suas iniciativas,
sobressaindo agora a inauguração do novo
estabelecimento, com o qual vem prestar um
valioso concurso ao turismo da zona, que o
público decerto apreciará.
(/. O Estoril», associando-se a todas as
manifestações de progrefso, renova ao
sr. José Travassos e sua família os desejos
d~ muitas prosperidades.
FABRICO ESPECIAL DE
BOLOS D'OVOS E BOLOS SECOS
f I V E Ó C L o C K -T E A
TEl\EF. E. 130
ESTORIL
PROGRAMA DE FESTAS
ti1ro de Caricaturas Araaldo ~essaao
Hotel de Inglaterra
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DOMINGOS AUGUSTO DA SILVA
o mar nos últimos dias
A todos estrangeiros e nacionais que
vão a Lisboa e desejem almoçar, tomar
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LISBOA
Te'. 2 7683
Moysés da Silva, fez ha dias uma
prelecção no Cinema Atlantico de
Cascais, cujo tema «A Caridade» lhe
serviu de pretexto para fazer um
apêlo à população, a-fim-de frequentar aquela casa de espectáculos ~tS
sextas feiras, porque uma parte importante da receita reverte a favor
das casas de caridade da Vila.
A exortação do ilustre paroco foi
bem recebida pelo plÍblico, que na
sexta feira seguinte encheu o cinema
por completo.
E' um gesto digno de ser imitado
por todas as emprezas de casas congéneres do concelho a favor dos organismos de beneficencia local.
RENDEZ-VOUS
c.a_
Informação útil
Um apêlo correspondido
b reverendo prior de Cascais~ sr.
PARA HOJE = Na Piscina
Grande Concurso de Maillols
No Casino estorll
Esta bela estância não é somente
conhecida pelo seu apreciável clima e
pela sua privilegiada situação, mas
também pela flóra admirável que ostenta,
engrinaldando as ruas, jardins, parques
e quintas, o que dá ao visitante uma
sensação de inefável prazer e encantamento.
Há poucos anos, relativamente, que
as flôres têm entre nós apaixonados
cultores, sendo notáveis as exposições
que se vêm fazendo periodicamente,
aumentando de ano para ano o número
de concorrentes amadores e profissionais.
Dentre as diversas espécies, merecem
especial relêvo e têm conquistado os
primeiros prémios as rosas cultivadas
na Quinta da Marinha, em Cascais, onde
êste ano se realizou uma exposlçao
natural nos seus viveiros e da qual
damos um interessante aspecto, para
se vêr bem a grandiosidade dessa profusão de flôres, das mais variadas côres e de esmerada cultura.
As sessenta mil roseiras que a Marinha tem nos seus campos, e que em
Abril e Maio último foram visitadas por
mais de uma vintena de milhar de pessoas, havendo dias em que ali afluiram
para cima de cem automóveis com
gente a contemplar o surpreendente
espectáculo.
Em 'números sucessivos iremos relatando a existência de outros aspectos
da floricultura da Costa do Sol, num
preito de justiça para os seus artísticos cultores e animadores.
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Dia 9, às 22 horas = ConceIto Sinfónico
pela Orquestra da Emissora Nacional,
sob a direcção do maestro PEDRO
DE FREITAS BRANCO.
Dia 12 = A Festa do «Cocktaih
» 17 = Estoril-Elegante
» 18 = Recital de Conchita Ulia
» 21 = Teatro na esplanada do Casino
» 26 = Uma noite em Tokio
O «Tom» continua organizando matinées para
as crianças com desusada afluência da pequenada, dos respectivos papãs e mamãs, que
também ajudam às festas com as suas gargalhadas, porque os programas têm sido ~laborados cuidadosamente, agradando mUIto.
Aproveitamos a oportunidade para felicitaI
Erico Braga pela organização da festa «Uma
noite em Portugal», levando ao Casino uma
enorme afluência que encheu completamente
as sua~ vas..tas salas e o sumptuoso Hail, dan sanão~se ammadaménte até oe maórugadã.
Terça feira, 17 de Setembro de 1935
= Às 21,30 =
Extraordinária festa organizada pelos cronistas
mundanos da «Costa do Sol»
• CARLOS DE VASCONCELOS E SA
e CARLOS DA MOTA MARQUES
constando de «Jar.tar à americana. , durante o
qual serã apresentada
«A moda através os tempos»
A evolução da moda feminina através os tempos, comentada em graciosos versos de um
ilustre poeta, recitados por: uma distinta actriz.
O traje feminino na GRECIA - A moda na
IDADE MÉDIA e na !{ENASCENÇA - A elegância feminina no SECULO XVlII - A moda
em 1830, em 1B9<> e em I9IO - A ELEGANCJ.\
MODERNA nos ,mais recentes modêlos apresentados pela casa BOBONE
A exibição de «A moda através os tempos» é
conduzida pelo ilustre actor ALEXANDRE
DE AZEVEDO, seguindo-se os aplaudidos
números de variedades estrangeiras METALI-ORIVE, excêntricos cómicos e NELL Y NAo
cal:cionista fina - Orquestra no Hall.
Resallam-se mazas no escritório da Casino
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Ano VI, nº141 - Câmara Municipal de Cascais