MINISTÉRIO DA ED UCAÇÃO
UN IVERS IDAD E FEDE RAL DA GRAND E D OURA DOS
FAC ULDA DE DE C IÊ NCIA S HUMA NAS
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS
SOCIAIS: METODOLOGIA DA ALTERNÂNCIA PARA PESSOAS DE
ASSENTAMENTOS RURAIS
DOURADOS/MS
MAIO/2007
2
Sumário
1. Identificação da proposta
04
1. 1 Da instituição proponente
04
1.2 Titulo do projeto
04
1.3 Meta objeto do convênio
04
1.4. Responsável pelo projeto na instituição de ensino
05
1.4.1 Coordenação
05
1.4.2 Equipe de elaboração
05
1.5. Identificação das entidades parceiras
06
1.6.Definição das responsabilidades e atribuições dos parceiros
07
1.7. Identificação do curso
08
PARTE I
1. Justificativa
08
1.1 Dos motivos para a solicitação do curso
08
1.2 Da caracterização da universidade federal da grande Dourados
11
1.2.1 Da Faculdade de Ciências Humanas
14
1.2.2 Trajetória da FHC em projetos com movimentos sociais
15
1.2.3 Do curso de Ciências Sociais
20
1.2.4 Do perfil desejado dos/as graduados/as em Ciências Sociais
20
2. Objetivos
21
2.1 Objetivos gerais
21
2.2 Objetivos específicos
21
3. Metas
22
4. A proposta teórica e metodológica
24
4.1 Pressupostos teóricos
24
4.2 Pressupostos metodológicos e procedimentos operacionais
29
4.3 Procedimentos metodológicos no tempo comunidade
30
4.3.1 O material didático
30
4.4. A estrutura curricular do curso de Ciências Sociais
30
4.4.1 As disciplinas oferecidas
32
4.4.2 As ementas das disciplinas
33
4.4.3 O processo de avaliação dos/as alunos/as
38
4.4.4 O estágio curricular
39
3
4.4.5 O trabalho de conclusão de curso
39
4.4.6 As atividades complementares
40
4.4.7 As disciplinas e carga horária nos TU, TC, PR e TR
41
4.4.8 O cronograma de execução
43
4.4.9 O público alvo e os critérios de seleção
44
5. Recursos humanos necessários e perspectivas/atribuições no projeto
45
5.1 Recursos humanos envolvidos com o curso
45
5.2 Descrição dos critérios de seleção
45
5.3 Descrição da equipe pedagógica: docentes responsáveis pelas disciplinas
46
6. Acompanhamento e avaliação do projeto
47
7. Impactos ou resultados esperados e benefícios potenciais
48
8. Bibliografia
49
9. Anexos
51
PARTE II
1.Orçamento do projeto
52
4
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Ninguém caminha sem aprender a caminhar, sem aprender a fazer o caminho
caminhando, refazendo e retocando o sonho pelo qual se pôs a caminhar.
(Paulo Freire)
1. IDENTIFICAÇÃO DA PROPOSTA
1. 1 DA INSTITUIÇÃO PROPONENTE
Nome: Universidade Federal da Grande Dourados
Faculdade de Ciências Humanas
Reitor: Prof. Dr. Damião Duque de Farias
RG 15.823.970 SSP/SP e
CIC 356.347.311-00
Endereço: Universidade Federal da Grande Dourados - UFGD
Rua João Rosa Góes, 1761 – Vila Progresso Dourados-MS
CEP 79.825-070 Fone: (67) 3411-3640/3630
Fax: (67) 3411-3637
1.2 TÍTULO DO PROJETO
Curso de Graduação em Ciências Sociais
1.3 META OBJETO DO CONVÊNIO
Possibilitar, por meio de processo seletivo e com edital específico, o acesso e a formação
em Ciências Sociais, de 60 candidatos/as oriundos/as de assentamentos rurais federais de Mato
Grosso do Sul que, ao término do curso de licenciatura, poderão atuar como educadores e
educadoras em espaços formais e informais de educação. Além desse aspecto, é importante salientar
a importância da convivência e a troca de experiências entre a população dos assentamentos de
Mato Grosso do Sul e a comunidade universitária da região da Grande Dourados1. Ao implantar
este curso, a UFGD espera proporcionar conhecimentos emancipadores que possam resultar no
empoderamento dos sujeitos sociais da reforma agrária.
1
Neste projeto compreende-se como grande Dourados, o espaço geográfico delimitado pelos municípios de: Dourados,
Glória de Dourados, Vicentina, Rio Brilhante, Fátima do Sul, Caarapó, Deodápolis, Douradina, Ivinhema, Jateí e Juti.
5
1.4 RESPONSÁVEL PELO PROJETO NA INSTITUICAO DE ENSINO
1.4.1 Coordenação
- Profª Drª Alzira Salete Menegat (FCH - UFGD) - (vide curriculum vitae em anexo)
Rua Alfredo Richard Kleim, 53, Parque Alvorada, CEP 79823 - 440
Dourados - Mato Grosso do Sul [email protected]
(67) 3411-3630 Fax 3411-3637
(67) 3426-0786
-Profª Drª Marisa de Fátima Lomba de Farias (FCH-UFGD) - (vide curriculum vitae em anexo)
Rua Mohamad Hassan Hajj, 64, Parque Alvorada, CEP 79 823 380
Dourados - Mato Grosso do Sul [email protected]
(67) 3411-3630 Fax 3411-3637
(67) 3426-0984
1.4.2 Equipe de Elaboração
- Prof. Dr. Adelson Soares Filho – Faculdade de Ciências Humanas - FCH/UFGD;
- Prof. Dr. André Luiz Faisting - Faculdade de Ciências Humanas - FCH/UFGD;
- Profa. Dra. Alzira Salete Menegat – Faculdade de Ciências Humanas – FCH /UFGD;
- Prof. Dr. Jorge Eremites de Oliveira – Faculdade de Ciências Humanas - FCH/UFGD;
- Profa. Dra. Marisa de Fátima Lomba de Farias – Faculdade de Ciências Humanas/UFGD;
- Cristina Andréia Veloso - Comissão Pastoral da Terra (CPT);
- Gildo Ribeiro do Nascimento - Setor de Educação/Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra-MST;
- José Roberto Rodrigues de Oliveira - Centro de Organização e Apoio aos Assentados de Mato
Grosso do Sul (COAAMS);
- Odete Maria Ferronato - Movimento de Mulheres Camponesas de Mato Grosso do Sul (MMC);
- Sueli Batista de Souza Melo – Federação dos Trabalhadores na Agricultura do MS (FETAGRI);
- Sueli Veiga Mello – Central Única dos Trabalhadores (CUT);
6
1.5 IDENTIFICAÇÃO DAS ENTIDADES PARCEIRAS
INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.
Rua Albino Torraca, 1541, Jardim Bará, Dourados – MS
CEP. 79825010
Fone/Fax 3421 – 0633
COAAMS – Centro de Organização e Apoio aos Assentados de Mato Grosso do Sul
Rua Joana Maria de Jesus, 223, Vila São Benedito, Campo Grande-MS
E-mail: [email protected]
Tel. (67) 3365-1854 CEP 79824-180
CPT – Comissão Pastoral da Terra
Rua Nicolau Fragélli, 71 Bairro Amambaí, Cep 79008-570, Campo Grande-MS
Tel. (67) 3029-7729 e-mail [email protected]
CUT – Central Única de Trabalhadores;
Avenida Noroeste, 575 Vila Planalto Campo Grande – MS
CEP 79009-760 Tel. (67) 3325-8378 FAX. 3325 – 9406/8378
FETAGRI/MS – Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Mato Grosso do Sul;
Rua Engenheiro Roberto Monge, 1217
Bairro Taquarussu Campo Grande – MS
CEP 79006-630 Tel. (67) 3384-1327 FAX. 3384 – 1175
IMAD – Instituto de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Rua Iguaçu, 1105, Jardim Itaipu, Dourados-MS
Telefone (67) 3423-0020 CEP 79824-180 [email protected]
MMC – Movimento de Mulheres Camponesas de Mato Grosso do Sul.
Rua Antonio João, 212, Nova Esperança, Rio Brilhante-MS
CEP. 79130-970, Fax (67) 3452-8268 Telefone: (67) 3452-9128
MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra-MST;
Av. Bandeirantes, 865 - piso superior, Centro, Campo Grande-MS
CEP: 79005-671
FAF – Federação de Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul (FAF/MS)
Rua Dr. Nicolau Frageli, 200, Bairro Amambaí - Campo Grande/MS.
CEP: 79008-570
7
1.6 DEFINIÇÃO DAS RESPONSABILIDADES E ATRIBUIÇÕES DOS PARCEIROS
a) Faculdade de Ciências Humanas/ Universidade Federal da Grande Dourados (FCH/UFGD)
a.1 - Elaborar, implementar e executar o projeto educacional, em um processo coletivo de
discussões envolvendo os grupos parceiros;
a.2 - Selecionar os/as candidatos/as, utilizando os meios e instrumentos estabelecidos pela
Instituição;
a.3 - Acompanhar o desempenho dos/as educandos/as, propondo alternativas diferenciadas quando
necessário;
a.4 - Organizar o quadro docente responsável pelas disciplinas, pelas atividades complementares e
pelo tempo comunidade, quando necessário;
a.5 - Aplicar os recursos de acordo com o previsto no Plano Orçamentário, contemplando a gestão
dos recursos e a prestação de contas;
a.6 - Estabelecer parcerias necessárias à execução do Projeto;
a.7 - Emitir os certificados aos educandos/as do curso;
a.8 - Avaliar o desenvolvimento do Projeto juntamente com os parceiros;
a.9 - Oferecer as infra-estruturas física e operacional necessárias para o desenvolvimento do curso.
b) Movimentos Sociais envolvidos:
b.1 - Mobilizar as pessoas interessadas em participar do processo seletivo nas áreas dos
assentamentos;
b.2 - Articular em conjunto com os demais parceiros a infra-estrutura necessária ao bom
funcionamento do curso;
b.3 - Acompanhar o trabalho dos/as educandos/as, assegurando a freqüência no curso e o
cumprimento das atividades não presenciais do tempo-comunidade;
b.4 - Verificar a aplicação dos recursos e execução do plano orçamentário do Projeto;
b.5 - Avaliar o desenvolvimento do Projeto juntamente com os parceiros.
c) Superintendência Regional do INCRA/ PRONERA:
c.1 - Divulgar, articular, implementar e acompanhar o Projeto no âmbito da Superintendência;
c.2 - Articular, em conjunto com os demais parceiros, a infra-estrutura necessária ao bom
funcionamento do curso;
c.3 - Garantir a viabilização e o repasse dos recursos necessários para a efetivação do curso;
c.4 - Avaliar o andamento do Projeto juntamente com os parceiros;
8
c.5 - Acompanhar a aplicação dos recursos de acordo com o plano orçamentário do Projeto;
c.6 - Emitir declaração que comprove que os/as candidatos/as ao curso são assentados/as ou filhos/as
de assentados de Projetos de reforma agrária.
1.7 Identificação do Curso
Curso de Ciências Sociais
Nível: Graduação
Habilitação: Licenciatura
Área de Conhecimento: Ciências Humanas
Funcionamento: Alternância dos estudos entre tempo-universidade e tempo-comunidade
Duração do curso: 04 (quatro) anos
Integralização do curso: 04 (quatro) anos
Número de vagas: 60 vagas
Carga horária total: 3.592
Regime de Matricula: Seriado Anual
Tipo de ingresso: Processo de seleção, com edital especial.
PARTE I
1. JUSTIFICATIVA
1.1 DOS MOTIVOS PARA A SOLICITAÇÃO DO CURSO
Nos dias atuais, os/as educadores/as político-sociais, são profissionais necessários/as para
compreender e intervir no mundo contemporâneo, atuando na análise das mudanças políticas,
econômicas, sociais e culturais verificadas nas sociedades modernas. Seus campos de trabalho mais
conhecidos estão nas universidades, ONGs, sindicatos, partidos políticos, institutos de pesquisa e de
planejamento, órgãos governamentais ligados aos poderes executivo, legislativo e judiciário, dentre
outros. No caso de Mato Grosso do Sul, o Curso de Ciências Sociais habilitará o alunado a atuar,
especialmente na educação, uma vez que é obrigatória a disciplina de Sociologia no Ensino Médio,
todavia, nessa unidade da federação, ainda é insuficiente o oferecimento desta habilitação, contanto
com poucos profissionais com essa formação.
9
O acesso à educação pública superior de qualidade, permite a emergência de um processo
de libertação e de empoderamento das mulheres e dos homens, na medida em que se este curso se
propõe a trabalhar em uma perspectiva coletiva e de respeito entre as pessoas, ampliando essas
relações para além da universidade. Os sujeitos sociais aprenderão conhecimentos para que possam
resignificar o sentido do poder, destacando formas positivas e aditivas. Isso significa que aumentar
o poder de uma pessoa aumenta o poder total disponível ou o poder de todas as pessoas, das
mulheres e dos homens, antes destituídos desse poder. (ROWLANDS, 1997, p. 218-223 apud
DEERE; LÉON, 2002, p. 53). Essa perspectiva poderá contribuir com mudanças na vida das
famílias assentadas. Atualmente os assentamentos criados em Mato Grosso do Sul, decorrentes de
medidas voltadas para políticas de reforma agrária, chegam a um total de 1452, conforme lista
apresentada no anexo 04. A implantação desses projetos representou o assentamento de 24.823
famílias de sem-terra e resultou no aproveitamento de 582.444,2816 hectares do território estadual
com pequenas propriedades que desenvolvem a agricultura familiar.
Em virtude do número de famílias instaladas nos assentamentos em Mato Grosso do Sul,
observa-se significativa presença de movimentos sociais que atuam na organização dessas famílias,
seja na fase de formação dos projetos, seja na situação definitiva, momento em que precisam
estruturar o novo lugar – as propriedades – para a produção e criação de espaços de inserção social,
no próprio assentamento e no seu entorno, nas cidades próximas.
O projeto, ora proposto, é um exemplo da organização das pessoas assentadas, uma vez
que é fruto do comprometimento da UFGD com as reivindicações dos movimentos sociais, voltada
a garantir condições para que pessoas provenientes dos espaços de reforma agrária tenham acesso à
universidade, e a partir disso, possam complementar seus conhecimentos para atuarem como
educadores/as político-sociais nos assentamentos de reforma agrária.
A compreensão da estrutura social global e brasileira e, em particular, da existente no
Estado de Mato Grosso do Sul, especialmente nos assentamentos de reforma agrária, é a meta a que
se propõe a efetivação deste Projeto, construindo conhecimentos que possibilitem autonomia dos
sujeitos que vivem do e no campo. Ampliando, por conseguinte, a compreensão do espaço rural por
parte destes sujeitos para que possam pensar os problemas inerentes aos espaços sociais num
contexto mundial e específico, notadamente aquele que diz respeito às comunidades assentadas em
Projetos de Reforma Agrária.
Além da presença expressiva de famílias assentadas e acampadas em Mato Grosso do Sul,
do ponto de vista da diversidade étnica e sociocultural, é um Estado com um contexto multicultural,
muitíssimo marcado pela migração, imigração e forte presença de povos indígenas. A região de
2
Dados fornecidos pelo INCRA, no ano de 2007.
10
Dourados, por exemplo, conta com uma expressiva população indígena, estimada em cerca de
12.500 pessoas apenas no município-pólo, distribuídas entre as etnias Guaranis ou Ñandeva,
Kaiowá e Terena, que vivem em duas reservas demarcadas pelo governo federal: a Reserva
Indígena de Dourados e a Reserva Indígena Panambizinho. Na região está a maior população de
índios falantes da língua guarani de todo o país, cuja situação territorial se apresenta como uma das
questões mais relevantes para as comunidades nativas e mais problemáticas para os governos.
Por estar inserida no cenário platino de fronteiras internacionais, a Grande Dourados
possui ainda uma posição geográfica estratégica para a consolidação do bloco de países sulamericanos que fazem parte do Mercosul. Além disso, possui uma expressiva biodiversidade,
caracterizada por ecossistemas constantemente afetados pela degradação ambiental causada pela
expansão das fronteiras econômicas. Essa situação ambiental também necessita de estudos que
possam balizar ações públicas e privadas com a finalidade de preservar o meio ambiente e melhorar
a qualidade de vida das pessoas.
Diante dessa realidade multidimensional complexa, aqui sucintamente apresentada, a
UFGD se apresenta como uma instituição dedicada à formação e capacitação contínua de
profissionais em diversas áreas, constituindo-se em um centro de referência na produção e difusão
de novos conhecimentos. Por isso essa nova Universidade brasileira possui um papel estratégico no
desenvolvimento regional, podendo contribuir decisivamente para o debate e a construção de
propostas econômicas, políticas e sociais, voltadas para o desenvolvimento econômico com
inclusão social e ambientalmente viável, em resposta a demandas e interesses da sociedade
brasileira, em especial da sul-mato-grossense.
Neste sentido, o Curso de Licenciatura em Ciências Sociais, aqui proposto para ser
oferecido na Metodologia da Alternância, poderá formar pessoas oriundas de assentamentos de
reforma agrária que estejam atuando como educadoras e como lideranças de movimentos sociais,
capacitando-as para estudar a vida social, a interação e a estrutura sociais, a constituição dos grupos
sociais, o desenvolvimento e o funcionamento das comunidades e das sociedades, especialmente, a
vida nos assentamentos.
Com o presente projeto serão formados/as profissionais da educação, que terão contato
com teorias e metodologias para a construção de conhecimentos críticos e interdisciplinares sobre
os fenômenos sociais, culturais, políticos e econômicos. Trata-se de um curso que habilitará as
pessoas para o exercício de algumas atividades: pesquisa, planejamento, assessoria técnicocientífica junto aos movimentos sociais. No entanto, apresenta ênfase e aprofundamento no
exercício da docência objetivando formar educadores/as político-sociais do campo.
Com a efetivação deste projeto, propõe-se criar condições de inserção, na universidade
pública, de pessoas assentadas, por vezes localizadas em assentamentos rurais distantes das cidades,
11
o que dificulta o acesso à universidade. Por isso, a proposta do curso é atender pessoas oriundas dos
assentamentos de reforma agrária, especialmente da região da “Grande Dourados” e das 11 MicroRegiões de Mato Grosso do Sul3, definidas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística).
1.2 DA CARACTERIZAÇÃO DA UFGD
A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) foi criada pela Lei Federal n°
11.153, de 29/07/2005, conforme publicação no Diário Oficial da União em 01/08/2005, e
implantada a partir de 02/01/2006, com sede na cidade de Dourados, Mato Grosso do Sul. Sua
criação traz no bojo o processo de separação do Campus de Dourados(CPDO) da Universidade
Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e, conseqüente, transformação em UFGD.
O processo ocorreu mediante amplas discussões com variados grupos sociais, com o
intuito de garantir o surgimento de uma nova universidade pública federal autônoma, crítica e
inserida nas lutas sociais. Cabe destacar que a UFGD se localiza em um espaço sócio-político de
discussões sociais profícuas acerca das territorialidades que se configuram diante da presença e
interferência dos movimentos sociais rurais, reconcebendo o sentido de território.
O antigo Campus de Dourados da UFMS teve sua origem em um conjunto de medidas
relativas ao ensino superior que foi editado pelo então governo do Estado de Mato Grosso, entre
fins de 1969 e princípios de 1970, quando foi criado o Centro Pedagógico de Dourados (CPDO).
Essa unidade universitária foi logo incorporada à recém-criada Universidade Estadual de Mato
Grosso (UEMT), instalada oficialmente em novembro de 1970, com sede em Campo Grande. Em
abril de 1971 tiveram início as aulas dos primeiros cursos inaugurados em Dourados, as
licenciaturas curtas em Letras e Estudos Sociais. A partir de 1973 passaram a funcionar
licenciaturas plenas em Letras e História e, em 1975, a licenciatura curta em Ciências Físicas e
Biológicas.
3
MRG01 Baixo Pantanal (Corumbá, Ladário e Porto Murtinho), MRG02 Aquidauana (Miranda, Aquidauana,
Anastácio e Dois Irmãos do Buriti), MRG03 Alto Taquari (Sonora, Pedro Gomes, Alcinópolis, Coxim, Rio Verde de
Mato Grosso, São Gabriel do Oeste, Camapuã e Figueirão), MRG04 Campo Grande (Rio Negro, Corguinho,
Bandeirantes, Rochedo, Jaraguari, Terenos, Campo Grande e Sidrolância), MRG05 Cassilândia (Costa Rica, Chapadão
do Sul e Cassilândia), MRG06 Paranaíba (Inocência, Paranaíba, Aparecida do Tabuado e Selvíria), MRG07 Três
Lagoas (Água Clara, Ribas do Rio Pardo, Três Lagoas, Brasilândia e Santa Rita do Pardo), MRG08 Nova Andradina
(Bataguassu, Anaurilândia, Nova Andradina, Bataiporã e Taquarussu), MRG09 Bodoquena (Bodoquena, Bonito,
Nioaque, Guia Lopes da Laguna, Jardim, Caracol e Bela Vista), MRG010 Dourados (Nova Alvorada do Sul, Rio
Brilhante, Maracaju, Itaporã, Douradina, Dourados, Fátima do Sul, Antônio João, Ponta Porã, Laguna Carapã, Caarapó,
Vicentina, Juti, Aral Moreira e Amambai), MRG011 Iguatemi (Angélica, Deodápolis, Ivinhema, Glória de Dourados,
Jateí, Novo Horizonte do Sul, Naviraí, Itaquiraí, Eldorado, Mundo Novo, Japorã, Iguatemi, Tacuru, Sete Quedas,
Paranhos e Coronel Sapucaia).
12
Desde a época de sua implantação o CPDO recebeu alunos(as) não apenas do municípiosede, mas também de outros municípios que fazem parte da “Grande Dourados”, espaço geográfico
assim denominado em estudos realizados por órgãos dos governos federal e estadual.
O Curso de Agronomia passou a funcionar em 1978. Com sua implantação tornou-se
necessário construir novas instalações, as quais foram edificadas em uma gleba de 90 hectares
situada na zona rural, a cerca de 12 km do centro da cidade de Dourados, para onde o curso foi
transferido em 1981. Nessa época os centros pedagógicos da UEMT passaram a ser denominados
Centros Universitários. Surgiu assim a sigla CEUD, pela qual o antigo CPD passou a ser designado
até recentemente. Neste sentido, convém lembrar ainda que, após a criação do Estado de Mato
Grosso do Sul, efetivada em 1979, a antiga UEMT foi federalizada e transformada na atual UFMS.
Por outro lado, desde janeiro de 2000, a UFMS alterou as denominações de suas unidades situadas
fora da capital do Estado, adotando a designação campus em lugar de centro universitário.
Ainda na década de 1970 teve início o processo de qualificação dos docentes do CEUD,
de modo que já na década seguinte a unidade passou a contar com vários mestres e alguns doutores,
formados principalmente em universidades do Centro-Sul do país, sobretudo em São Paulo. Nessa
mesma década prosseguiu a ampliação da oferta de cursos de graduação: Pedagogia (licenciatura
plena, a partir de 1979, como extensão do Centro Universitário de Corumbá; e a partir de 1982,
como realização do próprio CEUD); Geografia (licenciatura plena, em 1983 e bacharelado, em
1989); Matemática (licenciatura plena, em 1987); Ciências Contábeis (bacharelado, em 1986). O
Campus começou também, nessa época, a oferecer cursos de Especialização, dos quais o primeiro
foi o de Língua Portuguesa, ministrado entre 1984 e 1986.
Na década de 1990 o CEUD ampliou significativamente sua atuação na pós-graduação
lato sensu, com o oferecimento de vários cursos de Especialização nas áreas de Educação, Letras,
História e Ciências Contábeis. Tal desempenho foi possível graças ao crescente índice de
qualificação de seus docentes. Em 1998 essa unidade da UFMS alcançou, dentre os vários centros
do interior, o segundo melhor índice de qualificação docente, superado apenas pelo Centro de
Ciências Exatas e Tecnológicas (CCET), de Campo Grande. Na trajetória recente do CEUD, um
dos aspectos mais significativos foi a criação e o funcionamento de programas de pós-graduação
stricto sensu: Programa de Pós-Graduação em Agronomia, nível de Mestrado e Doutorado, na área
de concentração em “Produção Vegetal”, criado em 1994; Programa de Pós-Graduação em História,
nível de Mestrado, na área de concentração em “História, Região e Identidades”, criado em 1999;
Programa de Pós-Graduação em Zoologia, nível de Mestrado, na área de concentração em
“Entomologia e Conservação da Biodiversidade”, criado em 2000.
O antigo Campus de Dourados ainda contou com um Programa de Pós-Graduação em
Geografia, nível de Mestrado, na área de concentração em “Produção do Espaço Regional”, criado
13
em 2001, cuja sede foi transferida pela administração central da UFMS, para o Campus de
Aquidauana, o que aconteceu em 2005. Em setembro de 2006, foi aprovado por órgão nacional
competente, na UFGD, um novo Programa de Pós-Graduação em Geografia, em nível de Mestrado.
Outro aspecto igualmente significativo foi a ampliação da oferta de cursos de graduação, que
prosseguiu na década de 1990 com a implantação da licenciatura plena em Biologia (1991), do
bacharelado em Análise de Sistemas (1997) e, já no ano de 2000, com o início do funcionamento
dos cursos de Medicina, Direito e Administração, bem como do bacharelado em Letras, este último
com duas habilitações, Secretariado Bilíngüe e Tradutor/Intérprete.
Para fazer frente a essa ampliação das atividades, tornou-se necessário, nos últimos anos,
promover a ampliação de suas instalações. Na primeira metade da década de 1990, mediante um
convênio entre a UFMS e a recém-criada Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS),
com sede em Dourados, foi intensificada a utilização da gleba citada anteriormente. Dessa maneira
a UEMS construiu naquele local seu edifício-sede e outras instalações que passaram a ser usadas
pelas duas universidades. A própria UFMS, por seu turno, tomou a iniciativa de edificar ali um
novo bloco, de tal modo que, em 1999, nessa que foi provisoriamente chamada de Unidade II do
CEUD, já funcionavam, além de Agronomia, os cursos de Biologia (desde 1994), Matemática
(desde 1994), Análise de Sistemas (desde sua criação), Ciências Contábeis (desde 1997) e Letras (a
partir de 1999). Nessa unidade funcionam também os novos cursos já mencionados, isto é, os
bacharelados em Medicina, Direito, Administração e Letras. Desse modo, permanecem no antigo
prédio (Unidade 1) apenas os cursos de graduação e pós-graduação em História, Geografia,
Pedagogia e Ciências Sociais.
É importante assinalar também que em seus últimos anos de funcionamento, o CEUD se
destacou, entre seus congêneres da UFMS, tanto do interior como da capital, pelo volume de sua
produção científica. Seus docentes demonstram empenho em suas atividades de qualificação, no
desenvolvimento da iniciação científica, no oferecimento de vários cursos de Especialização, na
organização de inúmeros eventos científicos etc. Na década de 1990 o Campus retomou também a
tradição da publicação de periódicos científicos. São produzidos em Dourados os seguintes
periódicos: Revista de Geografia (desde 1994, em conjunto com a AGB/Dourados); Fronteiras:
Revista de História (desde 1997); Cerrados (na área de Agronomia, desde 1998).
Desse contexto acadêmico nasceu a UFGD. No âmbito de seu processo de instalação,
iniciado em junho de 2005, a convite do Ministério da Educação (MEC), ocorreu o envolvimento da
Universidade Federal de Goiás (UFG), na implantação da nova universidade, cuja designação
oficial se deu através do Decreto-Lei n° 5.643/2005, de 28/12/2005, pelo qual essa instituição
passou a ser tutora da UFGD.
14
A UFGD atende a mais de 3.000 alunos/as matriculados/as em 2006, e amplia sua vocação
original, qual seja a de atender, prioritariamente, estudantes residentes em municípios situados num
raio de cerca de 150 quilômetros de distância de sua cidade-pólo, e seu compromisso com o
desenvolvimento científico, econômico e sócio-ambiental da região.
1.2.1 DA FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS
O Departamento de Ciências Humanas (DCH), criado em 1989, nasceu da transformação e
do desmembramento, em vários departamentos, do antigo Departamento de Ciências (DCI) do
então Centro Universitário de Dourados (CEUD), da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
(UFMS).
Conforme o Projeto de Criação e Implantação da Universidade Federal da Grande
Dourados (UFGD), o DCH foi transformado em Faculdade de Ciências Humanas (FCH), e
atualmente conta com os cursos de graduação em Ciências Sociais (bacharelado), Geografia
(licenciatura e bacharelado) e História (licenciatura), além dos programas de pós-graduação em
História (nível de Mestrado, em funcionamento, e nível de Doutorado, em vias de criação) e
Geografia (nível de Mestrado). Além dessa demanda interna, que no ano de 2005 incluiu a oferta de
100 vagas em cursos de graduação (50 para o Curso de História e 50 para o de Geografia) e 15 para
o de pós-graduação stricto sensu (Curso de Mestrado em História), a FCH ainda colabora com
outros cursos da universidade, oferecendo disciplinas ligadas às áreas de Antropologia, Geografia,
História, Filosofia e Sociologia, ministradas nos cursos de graduação em Administração de
Empresas, Agronomia, Biologia, Ciências Contábeis, Direito, Letras e Pedagogia.
A criação do Curso de Bacharelado em Ciências Sociais concretizou-se em 2006, para o
qual foi realizado o primeiro vestibular para o segundo semestre letivo de 2006, neste curso
ingressaram 40 pessoas. No mesmo ano, devido à implantação do Curso, foram contratados/as, por
meio de concurso público, novos/as professores/as para atender os três eixos que compreendem o
Curso de Ciências Sociais: Antropologia, Sociologia e Ciências Políticas. Para o ano de 2007 estão
previstas novas contratações para atender a demanda existente.
Os/as docentes e discentes vinculados à Faculdade de Ciências Humanas (FCH) têm
produzido uma quantidade expressiva de monografias, artigos científicos, resenhas e livros. As duas
mais bem conceituadas revistas científicas da UFGD, assim avaliadas pelo Sistema de Classificação
de Periódicos, Anais e Revistas (QUALIS) para o triênio 2001-2003, são, respectivamente,
Fronteiras: Revista de História e Revista de Geografia.
15
1.2.2 TRAJETÓRIA DA FCH EM PROJETOS COM MOVIMENTOS SOCIAIS
A FCH conta, atualmente, com 32 professores/as e três técnicos/as de nível superior, que
atuam na área administrativa. Além disso, há previsão de contratação de novos professores/as.
Conta, ainda, com estrutura física e tecnológica que permite aos/as docentes desenvolverem
trabalhos no âmbito do ensino, da pesquisa e da extensão, conforme listado no anexo 05.
Grande parte do professorado da FCH está vinculada a grupos de pesquisa com cadastro
no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e com certificado da
instituição. Esses grupos têm logrado êxito na execução de projetos desenvolvidos com recursos
captados das agências de fomento à pesquisa no país, como o próprio CNPq, a Financiadora de
Estudos e Projetos (FINEP) e a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e
Tecnologia de Mato Grosso do Sul (FUNDECT), dentre outras. Alguns grupos, como o de
Arqueologia, Etnologia e História dos Povos Indígenas na Região Platina, têm prestado relevantes
serviços à Justiça Federal no que se refere à identificação de terras de ocupação tradicional indígena
em Mato Grosso do Sul, além de desenvolverem pesquisas em parcerias com Organizações NãoGovernamentais (ONG’s), instituições governamentais e empresas de consultoria científica nas
áreas de meio ambiente e patrimônio cultural.
É importante destacar os trabalhos realizados por um grupo de professores(as) da UFGD
que estuda as questões de reordenação do espaço advindas de políticas de reforma agrária. Este
grupo, denominado Sociedades e Culturas nas fronteiras de Mato Grosso do Sul, já constituído e
atuante, certificado junto ao CNPq, com área de atuação em assentamentos rurais, congrega
pesquisadores/as e colaboradores/as de três instituições de ensino superior de Dourados, e de
diferentes áreas do conhecimento, a saber: a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), a
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e a Universidade Para o Desenvolvimento
do Estado e da Região do Pantanal (UNIDERP) e tem como objetivo estudar as questões de
fronteira, mais especificamente os movimentos sociais e políticos nela presentes.
O grupo pretende aprofundar o diálogo com países vizinhos, ampliando as pesquisas na
América Latina, principalmente no que tange às lutas dos movimentos sociais, cujas discussões,
gradativamente, se articulam com os grupos campesinos dos países da fronteira, alicerçando uma
atuação em redes.
Ao se falar em redes, segundo Scherer-Warren (2006), é necessário entender que estas
ocorrem em dimensões articuladas: o tempo social, o espaço e o território e as formas de
sociabilidade. E são, portanto, tais dimensões que orientam as lutas dos movimentos sociais por
cidadania e por emancipação política. O tempo social facilita uma (re)estruturação do legado
histórico, referenciado por temporalidades dinâmicas – presente, passado e futuro – que se
16
manifestam em âmbitos culturais, históricos e políticos de lutas mais amplas e em experiências
concretas dos sujeitos sociais. Tais temporalidades se constituem em escalas locais, mas também
podem ocorrer em escalas regionais, nacionais e globais, considerando o espaço e o território.
Desse modo, as redes de movimentos sociais ocorrem em situações particulares e
localizadas, mas também em realidades globalizadas, podem ser duradouras ou não, dependendo,
dentre outros fatores, das formas de sociabilidade constituídas que envolvem os sujeitos e as
comunidades. As sociabilidades, geralmente, são alicerçadas em relações de reciprocidade, de
solidariedade e de dialogicidade.
Essas redes facilitam a construção de princípios mais amplos para a transformação das
relações sociais, objetivo que impulsiona as intervenções das pesquisas desenvolvidas por esse
grupo de professores(as), além daqueles mais imediatos, como o acesso à terra, ao trabalho, à
moradia, à educação, dentre outros.
Partindo dos estudos com assentamentos, eixo central do grupo, diversas pesquisas são
desenvolvidas, a saber:
- Projeto de pesquisa, intitulado “Retratos da vida nos assentamentos Taquaral e Sul
Bonito: as fotografias como instrumentos reveladores da (re)construção de novos lugares”, desde o
ano de 2005, fomentado pela FUNDECT, UEMS e pela Fundação Manoel de Barros, congregando
pesquisadores de três instituições de Dourados. Objetiva-se investigar como as famílias organizam
seus espaços sociais no interior dos assentamentos Taquaral, localizado no município de Corumbá e
o Sul Bonito, instalado no município de Itaquiraí, lugares diferenciados em aspectos edafoclimáticos, e à efetivação de infra-estrutura.
- Projeto de pesquisa, intitulado “Religiões, religiosidades e cultura política nos
movimentos e assentamentos rurais da porção meridional de Mato Grosso do Sul”, teve seu início
em 2006 e conta com fomento da FUNDECT e da UFGD. Com esse projeto, a equipe busca
compreender a relação existente entre as religiões e religiosidades com os movimentos sociais nos
assentamentos rurais do sul de Mato Grosso do Sul e suas possíveis contribuições na formação e
renovação de uma cultura política popular que se articula com representações do universo sagrado.
- Projeto de pesquisa, intitulado “Assentamentos rurais no sul de Mato Grosso do Sul:
estudos econômicos e sociais das mudanças no meio rural” é um projeto que vem sendo
desenvolvido desde 2005 com apoio do CNPq e da UEMS, passando a receber, a partir de 2006,
apoio da FUNDECT e da UFGD. Com este projeto o grupo está investigando as condições de vida
nos projetos de assentamento rurais instalados no sul de Mato Grosso do Sul, que estão sob a
responsabilidade da jurisdição do INCRA de Dourados e que foram implantados a partir do ano de
1986 até 1999, com o intuito de registrar um perfil das famílias e da vida nos assentamentos.
17
- Projeto de pesquisa, intitulado “Vida de mulheres em assentamentos de reforma agrária
no município de Itaquiraí-MS”, também é um projeto desenvolvido desde o ano de 2005 pela
equipe de pesquisadores/as de três instituições de Dourados, fomentado pela FUNDECT/UEMS e
UFGD, visa compreender a história de luta das famílias inseridas nos assentamentos do município
de Itaquiraí. Na pesquisa, a equipe tem procurado observar a atuação dos homens e das mulheres no
processo de trabalho no interior dos assentamentos e dos projetos individuais e coletivos,
registrando assim, um perfil das famílias e da vida das mulheres nos assentamentos estudados.
Este projeto corresponde aos objetivos das pesquisas em assentamentos voltadas a
compreender o modo de vida no espaço rural de Mato Grosso do Sul, e se articula também com
reflexões acerca das relações de gênero, o que resultou em um grupo de pesquisa “Gênero,
Identidade e Memória”, certificado no CNPq. Desse modo, professoras/es da FCH, se dedicam às
pesquisas de gênero o que levará ao surgimento de novos processos investigativos e ao
aprofundamento da reflexão teórico-metodológica acerca dessa temática.
Além dos projetos citados, relacionados diretamente a questão agrária, que estão sendo
desenvolvidos nos assentamentos do estado de Mato Grosso do Sul, existem outras pesquisas
voltadas às questões sociais, aos direitos humanos, às questões indígenas e ambientais que vem
sendo desenvolvidas pelos docentes da FCH.
Em suma, a trajetória da Faculdade de Ciências Humanas, dedicada ao ensino, à pesquisa
e à extensão, tanto nos níveis de graduação como de pós-graduação, com o compromisso histórico
de se dedicar às reflexões acerca das problemáticas sociais, políticas, econômicas e ético-culturais,
credencia a proposição da criação e da implantação do projeto de formação profissional de nível
superior para pessoas jovens e adultas de áreas de Reforma Agrária, nível de graduação, o Curso de
Licenciatura em Ciências Sociais, conforme a Metodologia da Alternância, na UFGD, com apoio do
PRONERA e do Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Desde a criação e o início de sua implantação, a UFGD se apresenta como uma instituição
inserida em um contexto regional com características econômicas, políticas, sociais e culturais que
se destaca nos cenários nacional e internacional.
A situação de Dourados como cidade-pólo nesse contexto regional sul-mato-grossense se
dá em função de vários fatores, dentre os quais se destaca:

Gerenciamento e disponibilização de serviços considerados essenciais para a
dinamização produtiva da região.

Alocação de instrumentos e serviços necessários à dinâmica regional, o que implica
na presença de profissionais especializados e qualificados.

Destino de jovens que migram das áreas polarizadas e de outras mais distantes para
realizar seus estudos em Dourados e, mais tarde, retornam ao mercado de trabalho
18
em seus locais de origem ou ainda, direcionam-se para outras cidades de Mato
Grosso do Sul ou de outros estados brasileiros.

Cidade de convergência de mão-de-obra especializada;
No âmbito da educação, por exemplo, há fortes tendências de crescimento da educação
pública e privada nos níveis fundamental, médio e superior. As redes de ensino existentes abrigam
um crescente número de profissionais da educação e solicitam processos contínuos de qualificação
e aperfeiçoamento. Esse fato aponta para a possibilidade de políticas de horizontalização, em nível
de graduação e verticalização, em nível de pós-graduação. Disso resulta uma melhoria na qualidade
e na diversificação do ensino e da pesquisa, bem como da necessidade de implementação de
políticas públicas voltadas à inclusão social no ensino superior.
No que se refere à economia, a região da Grande Dourados se destaca pela agroindústria,
como grande produtora de grãos, sobretudo soja, destinados à exportação. Conta, ainda, com a
existência de núcleos de pesquisa, como a EMBRAPA e a UFGD, considerados referências
nacionais na área de agronomia. Nota-se uma crescente diversificação e intensificação produtiva no
ramo agroindustrial, bem como a necessidade de ampliação dos núcleos de pesquisa e de formação
de profissionais voltados para a economia regional, de grande importância no que se refere à
geração de riquezas e à criação de empregos.
No estado de Mato Grosso do Sul existem, especialmente, a força dos movimentos sociais
que reivindicam a execução de políticas oficiais voltadas para a reforma agrária e para o
desenvolvimento das pequenas propriedades rurais, cuja produção é destinada majoritariamente
para o mercado interno.
Ao considerar a perspectiva de poder que os movimentos sociais apresentam, observamos
que se mostra como um elemento catalisador de entusiasmos e de ações positivas dos educandos/as
– representantes de grupos sociais não dominantes – criando um sentido criativo, coletivo e
facilitador de ações e relações, sem imposições, estar-se-á falando em poder para e com, sem que
para isso, algumas pessoas devam ser subjugadas ou desvalorizadas, como ocorre na categoria
poder sobre.
Para pensar nesse aspecto positivo do poder, deve se constituir um processo dialógico, as
pessoas devem participar com responsabilidade e compromisso político. Esse poder presume e
busca alcançar a igualdade entre homens e mulheres. Pressupõe também, acesso aos bens e ao poder
de ambos em prol de uma emancipação política.
O empoderamento como mecanismo de resistência e emancipação implica “a alteração
radical dos processos e das estruturas que reproduzem a posição subalterna” de determinadas
pessoas (YOUNG, 1993, p. 158 apud DEERE; LÉON, 2002, p. 52). Portanto, apresenta vários
sentidos, como por exemplo, a “[...] noção de pessoas obtendo poder sobre as próprias vidas e
19
definindo o próprio planejamento; é geralmente associado aos interesses dos desprovidos de poder,
e pressupõe-se que seja uma expressão de mudança desejada, sem especificação de o que esta
mudança implica.” (DEERE; LÉON, 2002, p. 53)
1.2.3 DO CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
A proposta pedagógica do curso é possibilitar ao futuro educador/a político-social
condições para atuar preferencialmente nas áreas de reforma agrária, de forma criativa e crítica,
fazendo frente às demandas e aos desafios da sociedade contemporânea. Para isso, faz-se mister
uma sólida formação profissional, relacionando a teoria e prática, com uma orientação teórica e
metodológica pluralista.
Trata-se da articulação entre a formação epistemológica e a profissionalizante, isto é, das
relações entre a teoria e a prática, entre ensino e pesquisa, que se colocam desde o primeiro
semestre. Buscando manter estreita relação com problemas e necessidades sociais, por meio de
atividades complementares e estágios, como a participação em seminários, laboratórios de pesquisa,
eventos científicos e outros. Essas atividades, por sua vez, compõem um processo ativo de
construção coletiva de situações de ensino e aprendizagem, que proporcionam fundamentação
teórico-prática às experiências vivenciadas pelo/a futuro/a educador/a político-social.
Os parâmetros curriculares contemplados neste projeto pedagógico estão em consonância
com os princípios norteadores das Diretrizes Curriculares do Curso de Ciências Sociais,
estabelecidas pelo MEC/SESU, após a promulgação da Lei n° 9.394/96A (Parecer MEC/CNE/CES
492/2001), quais sejam:

Domínio da bibliografia teórica e metodológica básica;

Autonomia intelectual;

Capacidade analítica;

Competência na articulação entre teoria, pesquisa e prática social;

Compromisso social;

Competência na utilização da informática.
1.2.4 DO PERFIL DESEJADO DOS/AS GRADUADOS/AS EM CIÊNCIAS SOCIAIS
O curso tem como objetivo fundamental oferecer uma boa formação ao alunado/cidadão/a,
construindo um perfil que corresponda às necessidades concretas do campo com suas
especificidades e diversidade sócio-culturais. Assim, poderão desempenhar sua profissão com
responsabilidade, solidariedade, espírito crítico e com coerência teórica, científica e metodológica,
20
na área de ensino como educadores político-sociais, além de existir a possibilidade de atuarem em
outros espaços educativos, públicos, privados, instituições diversas, movimentos sociais, dentre
outros. Entende-se que o perfil desejado corresponde ao estabelecido pelo Parecer do
MEC/CNE/CES 492/2001:

Pesquisador/a seja na área acadêmica ou não acadêmica, como educador/a político-social;

Profissional que atue tanto em docência, comprometido com as questões sociais e com
compreensão crítica da realidade, quanto em planejamento, como colaboradores em
organizações não governamentais, governamentais, partidos políticos, movimentos sociais e
atividades similares.
2. OBJETIVOS:
2.1 OBJETIVOS GERAIS

Formar licenciados/as em Ciências Sociais com uma sólida formação humanística, que
sejam capazes de atuar como profissionais críticos da realidade multidimensional da
sociedade brasileira, do processo educacional e nas organizações dos movimentos sociais,
habilitando-os/as a produzir conhecimentos que resultem em práticas de docência,
lideranças de movimentos sociais, pesquisas e planejamentos.

Fortalecer a educação e a possibilidade de ação qualificada nas áreas de Reforma Agrária
com conhecimentos teórico-metodológicos voltados às especificidades, às necessidades e ao
desenvolvimento sustentável do campo para conquista de melhorias na qualidade de vida.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Reafirmar o acesso à educação e à escolarização como um direito constitucional das pessoas
inseridas nos projetos de reforma agrária;

Contribuir para a formação de profissionais capazes de compreender o processo histórico da
produção do conhecimento científico e suas relações com os aspectos de ordem política,
cultural, social, ética e econômica, para assim intervir no espaço vivido, com uma
concepção de educação referenciada num paradigma do campo;

Possibilitar melhor e maior integração entre os movimentos sociais rurais e a universidade,
promovendo uma troca de experiências entre estes sujeitos sociais, buscando enriquecer
reciprocamente as diferentes práticas;
21

Garantir e fortalecer o princípio da Pedagogia da Alternância, possibilitando a articulação
das atividades tempo-universidade com as atividades tempo-comunidade, num processo de
ação-reflexão-ação do conhecimento;

Incentivar os/as alunos/as a atuarem nas realidades sociais, políticas, econômicas e culturais
que compõem os espaços sociais dos assentamentos;

Criar condições favoráveis aos profissionais para compreenderem e valorizarem as
diferentes linguagens manifestas na dinâmica das sociedades contemporâneas;

Favorecer aos docentes/pesquisadores/as conhecimentos para o trabalho junto às escolas, às
equipes multidisciplinares, aos órgãos públicos e às empresas privadas, além de
organizações governamentais e não governamentais, partidos políticos, sindicatos e
movimentos sociais, dentre outros;

Contribuir para a formação ética e o senso de compromisso social;

Estabelecer articulações entre teoria e prática nos grandes temas geradores que possam
mobilizar a comunidade ou grupo, como por exemplo, as questões ambientais, agrárias,
urbanas ou da globalização, entre outras;
3. METAS
ETAPA PREPARATÓRIA – 2º SEMESTRE/2007 E 1º SEMESTRE/2008
Nesta etapa serão organizadas as atividades iniciais do Curso, compreendendo as seguintes
fases:
Processo seletivo dos/as candidatos/as do curso (inscrição, realização e correção das
provas, entrevistas com as pessoas classificadas na prova escrita, divulgação dos resultados e
matrículas);
Preparação da infra-estrutura (locais para a realização das aulas e para os alojamentos);
Elaboração e definição dos materiais didáticos.
ANO I DO CURSO– 2º SEMESTRE/2008 e 1º SEMESTRE/2009
Os/as alunos/as deverão:
Identificar nas teorias clássicas e contemporâneas elementos que permitam construir um
conhecimento acerca da realidade histórico-social;
Compreender a estrutura da língua portuguesa e a normas que regem a construção do
conhecimento;
22
Apropriar-se de teorias filosóficas da educação que orientarão as reflexões futuras acerca
da educação brasileira e dos saberes pedagógicos necessários ao/à educador/a social.
A coordenação deverá providenciar a infra-estrutura para o desenvolvimento das aulas:
instalações físicas, material didático, palestras e mesas redondas para as atividades complementares,
bem como o acompanhamento dos/as alunos/as nos tempos universidade e comunidade.
ANO II DO CURSO – 2º SEMESTRE/2009 E 1º SEMESTRE/2010
Os/as alunos/as deverão:
Ter acesso aos conhecimentos teóricos e práticos básicos de informática, matemática e
estatística, que permitam relacioná-los com as outras disciplinas e com a realidade que vive;
Compreender, em linhas gerais, a história do Brasil e do povo brasileiro, especialmente os
aspectos ligados ao campo;
Analisar o comportamento humano na perspectiva histórico-cultural possibilitando uma
relação com os conhecimentos didático-pedagógicos para uma atuação crítica no contexto escolar e
em outros espaços sociais;
Utilizar os conhecimentos anteriormente adquiridos na disciplina de Língua Portuguesa,
associado aos conteúdos das outras disciplinas para a produção de textos científicos.
A coordenação deverá providenciar a infra-estrutura para o desenvolvimento das aulas:
instalações físicas, material didático, palestras e mesas redondas para as atividades complementares,
bem como o acompanhamento dos/as alunos/as nos tempos universidade e comunidade.
ANO III DO CURSO – 2º SEMESTRE/2010 E 1º SEMESTRE/2011
Os/as alunos/as deverão:
Compreender as teorias clássicas relacionando com as áreas específicas de atuação,
possibilitando a compreensão das novas disciplinas oferecidas;
Relacionar as teorias estudadas com as disciplinas pedagógicas que serão oferecidas nesta
etapa, sendo capazes de construir uma reflexão crítica acerca da educação brasileira, dos
procedimentos didáticos, da legislação educacional e da realidade brasileira;
Iniciar um processo de definição do tema a ser desenvolvido no trabalho de Elaboração
Própria.
A coordenação deverá providenciar a infra-estrutura para o desenvolvimento das aulas:
instalações físicas, material didático, palestras e mesas redondas para as atividades complementares,
bem como o acompanhamento dos/as alunos/as nos tempos universidade e comunidade.
23
ANO IV DO CURSO – 2º SEMESTRE/2011 E 1º SEMESTRE/2012
Os/as alunos/as deverão:
Definir o tema do Trabalho de Conclusão de Curso para a estruturação do projeto de
pesquisa;
Realizar os estágios direcionando as reflexões e ações à comunidade de origem, onde
deverão concretizar tal atividade;
Compreender a práxis pedagógica construindo uma relação dialética entre as
responsabilidades do educador social e o compromisso político com a comunidade de origem;
Analisar a sociedade brasileira e suas múltiplas características, com o intuito de uma
intervenção teoricamente qualificada.
Concluir o Trabalho de Elaboração Próprio em formato de artigo científico, cumprindo
todas as exigências da ABNT e apresentá-lo em seminários oferecidos na fase final do curso.
A coordenação deverá providenciar a infra-estrutura para o desenvolvimento das aulas:
instalações físicas, material didático, palestras e mesas redondas para as atividades complementares,
acompanhamento de estágio, acompanhamento dos/as alunos/as nos tempos universidade e
comunidade, organização de material para publicação, encerramento do curso e certificação dos/as
alunos/as.
4. A PROPOSTA TEÓRICA E METODOLÓGICA
4.1 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
As reflexões que envolvem a temática da educação do campo se constituíram em um
processo histórico de luta dos movimentos sociais com a intenção de construir uma proposta
pedagógica ancorada nas experiências construídas ao longo das lutas por terra e por cidadania. Esse
processo se intensificou com a realização de alguns Encontros, objetivando fomentar as discussões
e impulsionar a efetivação de ações concretas para que este tema fosse contemplado na agenda dos
governos municipais, estaduais e do governo federal. Dentre as ações, pode-se destacar a I
Conferência Nacional Por Uma Educação Básica do Campo, em 1998, iniciando-se uma seqüência
de outros encontros, debates e mobilizações, sendo que em 2002, realizou-se o Seminário Nacional
e se consolidaram, naquele mesmo ano, as “Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas
Escolas do Campo” (Parecer no 36/2001 e Resolução 1/2002 do Conselho Nacional de Educação).
Observa-se, ainda, que a educação do campo passa a compor, com mais intensidade, as
lutas de grande número de movimentos sociais e sindicais dos trabalhadores/as do campo. Surgem,
então, indicações da necessidade de constituir múltiplas possibilidades para o acesso à educação,
24
principalmente considerando-se as pessoas com desigualdades de condições – sociais, econômicas,
geográficas, dentre outras –, desde a educação infantil até o ensino superior.
Igualmente, reivindica-se uma escola pública do campo, com um paradigma contrahegemônico4, no qual prevaleçam concepções alicerçadas nos princípios da educação popular,
valorizando pressupostos teóricos e metodológicos que incentivem a formação de cidadãos/as
capazes de questionar a dominação, a falta de direitos, a desigualdade social, enfim, que entendam
as contradições dessa sociedade, por que elas existem e quais os mecanismos de manutenção das
relações de privilégio.
O Curso de licenciatura em Ciências Sociais está pautado nestes princípios e sob a
orientação da Pedagogia da Alternância, procura concretizar uma proposta pedagógica que favoreça
a inclusão das pessoas que vivem no campo no ensino superior, facilitando e criando alternativas
para minimizar as dificuldades de acesso e de permanência na universidade, principalmente por
considerar o tempo universidade e o tempo comunidade5, como dois momentos interligados e
complementares do conhecimento.
Com essa ótica, espera-se colaborar para a construção de uma identidade profissional
articulada às experiências anteriores, constituídas ao longo da trajetória pessoal e coletiva de luta
pela terra e por cidadania, ampliando o compromisso com a profissão e com a realidade complexa
dos assentamentos de reforma agrária.
Pretende-se, ainda, construir um diálogo defendido por Paulo Freire, quando tudo se troca,
tudo se partilha, ou seja, um diálogo entre pessoas que são capazes de ouvir a outra antes de falar,
um diálogo que é estruturado na troca de experiências qualitativamente diferentes, de aprendizagem
do humano, tudo se aprende e tudo se ensina, sem nenhum tipo de hierarquização do saber: você-eeu, nós-e-vocês6.
A educação é uma atividade que exige intencionalidade e recusa ao espontaneísmo da
ação, demandando um espírito desarmado e imaginação para a efetivação de uma subjetividade
emancipada – uma nova sociabilidade. E sobre esse princípio está pautada a proposta deste curso.
Com essa intenção, a UFGD estará abrindo-se, coletivamente, com diversos atores sociais,
para um processo de recriação do conhecimento, apoiado na reflexão da educação enquanto práxis
social que constrói uma realidade que se define enquanto se constrói. Por isso, a Pedagogia da
Alternância permite a efetivação de uma reflexão acerca da educação a partir da experiência de toda
a comunidade escolar e questiona a reprodução da cultura dominante.
4
Cf. Boaventura de Sousa Santos que, ao propor uma transição paradigmática parte do esgotamento dos paradigmas
clássicos (direito, política e ciência), permitindo assim a valorização de saberes e experiências alternativas.
5
Não está desconsiderado o tempo/espaço, mas refere-se ao tempo hora aula.
6
Cf. Erving Goffman um dos autores de importância para a escola de pensamento sociológico, conhecida como
interacionismo simbólico, discute as representações do eu na vida cotidiana a partir da interação face a face.
25
Portanto, o valor fundante das reflexões que permearão a execução desta proposta
pedagógica está pautado no compromisso com os sujeitos sociais, nas transformações sociais que
preconizam e no compromisso com a mudança buscando a melhoria de vida das pessoas que vivem
nos assentamentos de reforma agrária.
O fundamento teórico e filosófico deste projeto pedagógico poderá fomentar uma
dimensão crítica da práxis pedagógica, com orientações direcionadas à interdisciplinaridade, ao
respeito ao conhecimento prévio do alunado, ao diálogo como princípio, à relação teoria e prática, à
criatividade, à autonomia, ao espírito de iniciativa, à participação e à cidadania.
São princípios importantes e necessários e serão permeados pela reflexão constante, com o
objetivo de, junto aos sujeitos envolvidos, resignificar esses conceitos. Tendo em vista a realidade
concreta, pensar tais princípios voltados à valorização do humano (razão vital) e não da mercadoria
(razão instrumental).
São conceitos que devem orientar a vida coletiva na escola, princípios que possam
combater variadas formas de inferiorização, questionando a competitividade entre as pessoas, que é
responsável pela manutenção da desigualdade, de racismos, de preconceitos. Esses princípios
precisam ser interiorizados por educadores/as enquanto um conhecimento que orienta a própria
vida.
Diante de uma realidade tão complexa, a Pedagogia da Alternância permite considerar a
comunidade escolar, sem perder a dimensão da totalidade, pensar sua prática pedagógica e social,
primar pela dimensão coletiva, totalizadora, democrática, na busca efetiva de uma identidade social
e política da escola e dos sujeitos do campo que a fazem existir.
Nesse processo de formação que se efetivará na UFGD (aulas no Tempo Universidade) e
na comunidade de origem das pessoas dos assentamentos (acompanhamento no tempo
comunidade), levará a uma reflexão da vida “dentro e fora” da escola em suas contradições e
possibilidades, portanto, os sujeitos devem ser os atores, sua capacidade de descoberta das
contradições inerentes à realidade, deve ser reconhecida e ampliada.
Somente assim, será possível uma caminhada por “dentro da escola e da comunidade”,
considerando a necessidade de construção de um projeto com essência e não somente mudanças
inconsistentes que não resistam às dificuldades e às contradições da sociedade do capital.
Espera-se então, o compromisso da UFGD, dos movimentos sociais e da população dos
assentamentos para transformar as relações na comunidade e no contexto escolar, pois “contexto é o
mundo onde a vida vive sua história.” (BRANDÃO, 2004, p.23), onde as pessoas estão juntas,
vivem juntas, onde a cultura está sendo gestada.
26
Acredita-se na construção de uma escola do campo que permita interrogar as
possibilidades reais de construção de um universo cultural, acenando para a discussão e
transformações das relações sociais e históricas.
Para que isso seja possível, espera-se construir um projeto de educação alternativo, no qual
as discussões do cotidiano e do vivido dos grupos populares não sejam omitidos, mas sim, efetivar
uma proposta duradoura que reflita as necessidades do presente, valorize as experiências passadas e
lance novas propostas para o futuro.
Por outro lado, esta proposta pedagógica calcada no ensino, na pesquisa e na extensão, cria
possibilidades de ampliação da reflexão da realidade social, concebendo um conhecimento que
extrapolará a aparência, que criará laços, sentimentos de cooperação e disposição para mudar. Serão
essas pesquisas e estudos coletivos que darão sentido ao que se vive nas escolas do campo.
Parte-se do pressuposto básico de reflexão sobre o significado da práxis educativa como
um conhecimento que liberta as pessoas, estas deverão interagir com grupo e na construção do
conhecimento, cotidianamente e com esforço, acreditando que um outro mundo é possível.
Pretende-se constituir um processo pedagógico responsável pela ação refletida, pelo
envolvimento com compromisso, pela relação entre teoria e prática que possibilite enfatizar a
capacidade dos sujeitos sociais em transformar a sala de aula em um espaço de reflexão e de ruptura
das variadas formas de dominação, de exploração e de preconceitos, enfim, de desconstruir a falsa
dicotomia entre o que se passa nas escolas, nas academias e na sociedade.
Este curso se propõe, coletivamente, pensar na construção de uma educação para além do
7
capital , que qualifique as pessoas para a vida, que mesmo preparando para a atuação profissional,
não perca sua essência criativa e emancipatória, para que seja possível, extrapolar o espaço da
escola, levando para outros espaços sociais, pessoas conscientes e autônomas.
A UFGD demonstra, com este curso, um compromisso com as classes populares,
questionando as concepções que fortalecem princípios de manutenção da desigualdade, afirmando
ser a globalização capitalista a alternativa viável e indissolúvel para a sociedade.
Almeja-se então, um projeto educativo que leve ao questionamento da ideologia do
individualismo e da competitividade, que crie alternativas para a luta contra a alienação, edificando
uma educação capaz de explicar e entender, que se trata de um processo de “desalienação”, para
emergir capacidades de decifrar as ambigüidades do real, de questionar. Deve envolver alguns
pressupostos para a práxis dos/as futuros/as educadores/as sociais:

7
Consciência e responsabilidade;
Ver MESZÁROS, István. Para Além do Capital: rumo a uma teoria de transição. Campinas, SP: Editora da
UNICAMP, São Paulo: Boitempo, 2002.
27

Constante ocupação com o ato educativo;

Preparação teórica e metodológica, ampliação e atualização do conhecimento (exige
desejo, vontade, disposição do sistema);

Compromisso com a democracia e o trabalho coletivo, não solitário, mas solidário,
despindo-se do individualismo, do egoísmo, do medo de trocar experiência;

Entendimento crítico da realidade com a qual trabalha.
Saviani (1996) fala em cinco saberes, que não podem ser analisados separadamente, mas
estão dialeticamente relacionados, principalmente por estarem no eixo entre “sofia” (experiência de
vida) e “episteme” (conhecimentos sistemáticos):

Saber atitudinal: refere-se às atitudes, à personalidade do educador (disciplinacoerência-clareza-justiça-diálogo);

Saber crítico-contextual: trata-se da necessidade de entender o contexto social e
histórico;

Saberes específicos: são os conhecimentos correspondentes às disciplinas que
integram os currículos;

Saber pedagógico: são os conhecimentos pedagógicos que possibilitarão a construção
de uma proposta educativa coerente e crítica, dando uma conotação específica à
identidade do educador;

Saber didático-curricular: envolve os conhecimentos técnicos e metodológicos (o
saber-fazer).
Complementando, destaca-se as concepções de Paulo Freire, que afirmava a necessidade
de “Aprender a saber fazer, a saber criar. Através do estudo e do trabalho, coisas boas e idéias junto
com os outros. [...] Aprender a ser você mesmo ou você mesma sempre. [...] Aprendemos a vida
toda.” (BRANDÃO, 2001, p. 84).
4.2 PRESSUPOSTOS METODOLÓGICOS E PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS
O Curso de Licenciatura em Ciências Sociais, funcionará segundo a Metodologia da
Alternância (tempo universidade e tempo comunidade), oferecida da seguinte forma: tempo
universidade e tempo comunidade.
No tempo universidade, acontecerão as aulas presenciais, ministradas na UFGD, que tem
sua sede em Dourados, durante os meses de férias docentes (janeiro/fevereiro/julho), com a
28
obrigatoriedade de 75% de freqüência. Para isso, os/as alunos/as se deslocarão dos espaços onde
residem, para a sede da UFGD.
Já o tempo comunidade, que representa 20% da carga horária de cada disciplina, será
desenvolvido na comunidade de origem de cada aluno/a, destinado à realização de trabalhos
científicos, sob o acompanhamento de docentes envolvidos com o Projeto. Para o acompanhamento,
a coordenação e o corpo docente do curso, utilizará dos pontos de referência nas cidades-pólo:
Anastácio, Nova Alvorada do Sul, Assentamento Itamarati, Assentamento PANA, Itaquiraí e
Corumbá, que abrangem todas as regiões de Mato Grosso do Sul, onde vivem os alunos/as.
Na proposta tempo universidade as aulas serão presenciais e concentradas nos meses
acima referidos. São etapas de estudo de caráter intensivo, presencial do curso, ministradas na
UFGD durante os quais serão trabalhados os componentes curriculares de cada disciplina. Em cada
dia letivo, o/a aluno/a terá um máximo de 08 horas/aula. A duração dos períodos das aulas
presenciais, no tempo universidade encontra-se especificada nos itens Cronograma e Matriz
Curricular, que serão operacionalizadas de acordo com o planejamento apresentado pela pessoa que
ministrará a disciplina em consonância com a proposta metodológica do curso.
As atividades pedagógicas serão desenvolvidas mediante aulas que ocorrerão os períodos
matutino e vespertino e no período noturno acontecerão às atividades complementares, palestras,
mesas redondas, seminários, dentre outros. Para a concretização das atividades utilizar-se-á
materiais didáticos tais como: livros, textos organizados, filmes, laboratórios, conforme as opções
metodológicas do corpo docente.
4.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS NO TEMPO COMUNIDADE
O tempo comunidade compreenderá aulas não presenciais quando os/as acadêmicos/as
retornarem as suas comunidades e aplicarão os aprendizados construídos no tempo-universidade e
terão acompanhamento de professores/as. Estas pessoas se responsabilizarão por enviar materiais,
auxiliar nas atividades propostas, redirecionar planejamentos individuais. Cada movimento social
fará também o acompanhamento de seus integrantes. A comunicação poderá ser feita por carta,
telefone, fax, correio eletrônico ou visitas presenciais. As atividades a serem desenvolvidas no
tempo comunidade seguirão os requisitos das disciplinas, sob a orientação de cada professor/a
podendo ser:

Levantamentos de dados para posterior desenvolvimento de pesquisa e do TCC;

Leituras dirigidas;
29

Exercícios de aplicação de conceitos;

Registros das condições problemas para debate no tempo-universidade;

Atividades com a comunidade;
Enfim, as atividades deverão respeitar os princípios da educação libertadora por meio de
uma vivência coletiva, pautada no diálogo, na troca de experiência e de saberes, no respeito mútuo,
na discussão das dificuldades, nos estudos em grupo para a realização das atividades previstas.
Para tal, com o grupo, serão redigidas fichas para o registro de todas as atividades
realizadas, enfim, demonstrando o processo construído por meio das vivências e das experiências
efetivadas em cada período do tempo comunidade.
4.3.1 O MATERIAL DIDÁTICO
Serão utilizados materiais didáticos como:
a. Livros, dissertações, teses e periódicos diversos;
b. Material para exposição, como transparências, cartazes e equipamentos audiovisuais;
c. Recursos informacionais com utilização da internet.
4.4 A ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
A estrutura curricular proposta para a criação do Curso de Licenciatura em Ciências
Sociais, sob a Metodologia da Alternância, ao mesmo tempo em que garante a formação clássica,
geral, característica deste ramo do conhecimento e necessária à atuação consciente do/a futuro(a)
educador/a político-social, está articulada com as especificidades da realidade global, brasileira, sulmato-grossense e em especial, dos assentamentos rurais.
Seguindo as orientações das diretrizes curriculares propostas para o Curso em Ciências
Sociais, a estrutura curricular é organizada em disciplinas que compõem três eixos do
conhecimento, a saber: Sociologia, Antropologia e Ciência Política.
A dimensão epistemológica é relativa ao desenvolvimento do pensamento científico dos
profissionais da área, e será obtida através de disciplinas obrigatórias organizadas em três núcleos:

Núcleo de Formação Específica, constituído pelo conjunto de disciplinas que são
nucleares na formação dos/as futuros/as profissionais em Ciências Sociais.
30

Núcleo de Formação Complementar, constituído por um conjunto de disciplinas de
áreas afins, que subsidiam a formação integral do/a graduado/a em Ciências Sociais:
Economia, História, Filosofia, Psicologia, Letras, Estatística, Informática e Geografia.

Núcleo de prática pedagógica, constituído por um conjunto de disciplinas pedagógicas
e na modalidade de estágio. Este deverá ocorrer junto às escolas e às unidades
educacionais, com atividades de observação, participação e regência; e nas
comunidades rurais, com atividades de elaboração e execução de projetos comunitários,
envolvendo ensino, pesquisa e extensão.
As disciplinas que compõem os três núcleos visam à formação clássica, teórico-
metodológica e pedagógica, característica desse ramo do conhecimento e necessária à formação
integral dos/as educadores/as político-sociais, articuladas com disciplinas voltadas para o
conhecimento da realidade brasileira e sul-mato-grossense.
O curso terá duração de quatro anos. O currículo pleno do curso requer um total de 3.592
horas (três mil e quinhentas e noventa e duas horas), a serem cumpridas em no mínimo oito
semestres, para obtenção do diploma. Os/as alunos/as desistentes poderão ser substituídos/as por
outros/as até a segunda etapa do curso, considerando que a UFGD se comprometerá em repor o
conteúdo ministrado até então, por meio de atividades nos Tempos Comunidade e Universidade,
conforme cronograma a ser estabelecido pela equipe pedagógica.
31
4.4.1 AS DISCIPLINAS OFERECIDAS
1° Semestre
2° Semestre
3° Semestre
4° Semestre
5° Semestre
6° Semestre
7° Semestre
8° Semestre
Julho/2008
Janeiro/2009
Julho/2009
Janeiro/2010
Julho/2010
Janeiro/2011
Julho/2011
Janeiro/2012
Teoria
Antropológica
Clássica
68h
Teoria Política
Clássica
68h
Teoria
Antropológica
Contemporânea
68h
Teoria
Política
Contemporânea
68h
Informática
68h
Antropologia
Rural
68h
Sociologia
Rural I
68h
Psicologia
Social
68h
Psicologia da
Educação
68h
Introdução
à Sociologia
68h
Teoria
Sociológica
Clássica
68h
Metodologia
Científica
68h
Filosofia
68h
Língua
Portuguesa
102h
Filosofia e
História
da Educação
68h
Teoria
História do Brasil
Sociológica
102
Contemporânea
68h
Produção de texto
Didática I
102 h
68h
Introdução à
Matemática e à
Estatística
102h
Matemática
Financeira
68h
Sociologia Rural Geografia Agrária
II
68h
68h
Relações de
Gênero e Poder
68h
Sociologia da
Educação
68h
Estágio Curricular
(Atividade
Prática)
48h
Sociologia
da Comunicação
68h
Estrutura Social
Brasileira
68h
Pensamento
Políticas Públicas História da África
Social Brasileiro
e Direitos
102h
68h
Humanos
68h
Estrutura e
História Indígena
Trabalho de
Funcionamento da
102h
Elaboração
Educação
Própria
Nacional
102h
102h
Geografia do
Projeto de
Língua Brasileira
Brasil
Pesquisa
de Sinais 102 h
102h
LIBRAS
68h
Didática II
68h
Economia e
processos
Produtivos 68h
Teoria dos
Movimentos
Sociais
68h
Estágio Curricular Estágio Curricular Estágio Curricular
(Atividade
(Atividade
(Atividade
Prática)
Prática) (150
Prática) (100
(102 estágio
estágio
estágio
comunidade)
comunidade)
comunidade)
32
4.4.2 AS EMENTAS DAS DISCIPLINAS
TEORIA ANTROPOLÓGICA CLÁSSICA
Ementa: A constituição e o desenvolvimento da antropologia como campo científico. Categorias
analíticas básicas: cultura, sociedade, morfologia social, cosmologia, identidade, grupo étnico,
etnicidade. As vertentes do evolucionismo social. O método etnográfico.
Bibliografia:
BOAS, F. Antropologia cultural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004.
CARDOSO DE OLIVEIRA, R. O trabalho do antropólogo. 2. ed. São Paulo: Editora UNESP,
2000.
EVANS-PRITCHARD, E. Os Nuer: uma descrição do modo de subsistência e das instituições
políticas de um povo Nilota. São Paulo, Perspectiva, 1978.
MALINOWSKI, B. Argonautas do Pacífico ocidental: um relato do empreendimento e da aventura
dos nativos nos arquipélagos da Nova Guiné melanésia. 3. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1984.
RADCLIFFE-BROWN, A. Estrutura e função na sociedade primitiva. Petrópolis: Vozes, 1973.
RIBEIRO, D. O processo civilizatório: etapas da evolução sócio-cultural. 11. ed. São Paulo,
Companhia das Letras, São Paulo, 1998.
TEORIA POLÍTICA CLÁSSICA
Ementa: Pensamento Político na Antiguidade Clássica. O Pensamento político do século XVI ao
XVIII. Formação do Estado moderno. Estado de natureza, Estado e sociedade civil: individualismo,
contrato social, liberdade, igualdade, soberania popular e democracia constitucional.
Bibliografia:
COUTINHO, Carlos Nelson; NOGUEIRA, Marco Aurélio. Gramsci e a América Latina. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1988.
MONTESQUIEU, C. L. S. de. Do espírito das leis. In MONTESQUIEU. São Paulo, Abril Cultural,
1983.
PLATÃO. A República: Livro VII. Tradução de: Elza Moreira Marcelina. Brasília: Universidade de
Brasília; São Paulo: Ática, 1989.
ROUSSEAU, J.J. O contrato social. In ROUSSEAU. São Paulo, Abril Cultural, 1983.
WEFFORT, F. C. (Org.). Os Clássicos da Política – V. II – Burke, Kant, Hegel, Tocqueville, Stuart
Mill e Marx. São Paulo, Ática, 2001.
INTRODUÇÃO Á SOCIOLOGIA
Ementa: Origens sociais e intelectuais da Sociologia. A Sociologia e o mundo moderno: as duas
revoluções e a nova ordem social. A Sociologia como ciência da sociedade: objeto e método.
Introdução aos principais conceitos sociológicos numa abordagem clássica e contemporânea.
Bibliografia:
BOTTOMORE, T.B. Introdução à Sociologia. Tradução de Waltendir Dutra. Rio de Janeiro. Zahar,
3 ed., 1970
CASTRO, A .M.e DIAS, E. Sociologia: introdução ao pensamento sociológico. Rio de Janeiro:
Eldorado, 1976.
DICIONÁRIO DE CIÊNCIAS SOCIAIS. Rio de Janeiro: FGV/MEC, 1986.
DICIONÁRIO DO PENSAMENTO MARXISTA. Rio de Janeiro: Zahar, 1988.
FORACCHI, M. M. & MARTINS, J. S. Sociologia e sociedade: Rio de Janeiro: Livros
Téc./Científicos, 1983.
33
GIDDENS, A . Sociologia. Trad. Sandra Regina Netz. Porto Alegre: Artmed Ed., 2005.
HAWTHORN, G. Iluminismo e Desespero: uma história da Sociologia. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1982.
LINGUA PORTUGUESA
Ementa: Estudo de modelos sobre desenvolvimento da linguagem; relações entre linguagem oral e
linguagem escrita. Processo ortográfico. O papel social da linguagem. Análise das variáveis que
influenciam na aquisição e desenvolvimento da linguagem e suas relações com a pesquisa na área
escolar.
Bibliografia:
CUNHA, Celso e CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. Rio de
Janeiro, Nova Fronteira: 1985.
MATTEUS, Maria Helena Mira. Gramática da língua portuguesa. Coimbra.Almedina: 1983.
MATTOS E SILVA, Rosa Virgínia. Tradição Gramatical e Gramática Tradicional. São Paulo,
Contexto: 2002.
NEVES, Maria Helena de Moura. Que gramática estudar na escola? Norma e uso na Língua
Portuguesa. São Paulo, Contexto: 2003.
SILVA, Maria Cecília Pérez de Souza & KOCH, Engedore Grunfeld Villaça. Lingüística aplicada
ao português: morfologia. 11a. ed. São Paulo, Cortez: 2000.
FILOSOFIA
Ementa: O conhecimento enquanto especificidade humana e na cultura ocidental. A construção do
conhecimento e sua abordagem metafísica, científica e dialética. Conhecimento contemporâneo:
natureza e trabalho; poder e dominação; produção e organização da cultura e prática social.
Bibliografia:
BRANDÃO, G. R. Repensando a pesquisa participante. São Paulo: Brasiliense, 1984, pg. 17-33.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 6. ed. São
Paulo: Paz e Terra, 1996.
MONDIN, Batista. . Introdução à Filosofia. Problemas, sistemas, métodos, autores. 3. Ed. São
Paulo: Paulinas. 1983, 71-78.
SADER, Emir (org). Gramsci – Poder, Política e Partido. São Paulo: Expressão Popular, 2005.
CHAUÍ, Marilena. 2001. Convite a filosofia. 12 ed, São Paulo: Ática.
TEORIA ANTROPOLÓGICA CONTEMPORANEA
Ementa: A escola francesa e seus principais teóricos. O estruturalismo e os estudos sobre
parentesco e mito. A antropologia marxista. A antropologia hermenêutica e o pós-modernismo. Os
estudos culturais. A antropologia brasileira: surgimento, desenvolvimento, tendências e estudos
atuais.
Bibliografia:
CARVALHO, E. de A. Enigmas da cultura. São Paulo: Cortez, 2002.
LEACH, E. Sistemas políticos da alta Birmânia. São Paulo: Edusp, 1995.
LEACH, E. Repensando a antropologia. São Paulo: Perspectiva 1974.
LÉVI-STRAUSS, C. Antropologia estrutural. 4ª ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1991.
LÉVI-STRAUSS, C. As estruturas elementares do parentesco. Petrópolis: Vozes, 1982.
MAUSS, M. Sociologia e antropologia. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.
SAHLINS, M. D. Cultura e razão prática. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.
34
TEORIA POLÍTICA CONTEMPORANEA
Ementa: O Pensamento político do século XIX e início do XX. Sociedade e Estado no liberalismo
clássico: Estado liberal e Estado de Direito. A visão dialética e funcionalista da relação entre
sociedade civil e Estado. Sociedade e democracia de massas. Movimentos sociais no século XIX.
Bibliografia:
BOBBIO, Norberto. Ensaios escolhidos. São Paulo, C. H. Cardim Editora, s/d.
BOTTOMORE. T. B. As elites e a sociedade. Zahar: RJ, 1974.
ENGELS, F. & MARX, K. O Manifesto Comunista. Rio de Janeiro, Zahar, 1978.
FERNANDES, F. (Org.). Marx, Engels. 3. ed. São Paulo, Hucitec, 1999.
LÖWY, M. Ideologias e Ciência Social: elementos para uma análise marxista. 4. ed. São Paulo,
Cortez, 1985.
MACPHERSON, C. B. A democracia liberal. Rio de Janeiro, Zahar, 1978.
MARX, K. & ENGELS, F. A ideologia Alemã. 6. ed. São Paulo, Hucitec, 1987.
________. Contribuição à crítica da economia política. 2. ed. São Paulo, Martins Fontes, 1983.
MILL, J. S. Considerações sobre o governo representativo. São Paulo, s/e., s/d.
TEORIA SOCIOLÓGICA CLÁSSICA
Ementa: Principais precursores do pensamento sociológico. O processo de institucionalização da
Sociologia como disciplina científica. As principais abordagens e teorias sociológicas clássicas:
materialismo histórico, funcionalismo e sociologia compreensiva. Outras vertentes clássicas do
pensamento sociológico.
Bibliografia:
ARON, R. As etapas do pensamento sociológico. São Paulo, Martins Fontes/UnB, 1987.
DURKHEIM, E. As regras do método sociológico. São Paulo, Abril Cultural, 1973.
DURKHEIM, E. A Divisão Social do Trabalho. Campinas, Ed. Presença, 1984..
MARX, K. Contribuição à crítica da economia política. 2ª ed. São Paulo, Fontes, 1983.
MARX, K. A Ideologia Alemã. Trad. José C. Bruni e Marco A. Nogueira. São Paulo: Hucitec. 5
Ed., 1986.
MORAES FILHO, E. de. (Org.). Auguste Comte. Sociologia. 2ª ed. São Paulo, Ática, 1983.
WEBER, M. Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro, Zahar, 1979.
WEBER, M. Economia e Sociedade: Fundamentos da Sociologia Compreensiva: UnB, 1982.
METODOLOGIA CIENTÍFICA
Ementa: Introdução ao entendimento da ciência como forma de conhecimento: conhecimento
científico e conhecimento de senso comum. Ciência e ideologia. Objetividade, subjetividade e
neutralidade científica. A relação teoria-método-técnicas de pesquisa nas Ciências Sociais.
Trabalhos científicos: resumo, resenha crítica, artigo, sinopse e fichamento. A pesquisa
bibliográfica e as normas técnicas bibliográficas da ABNT.
Bibliografia:
BOUDON, Raymundo. 1989. Os métodos em Sociologia. São Paulo: Ática.
CHAUÍ, Marilena. 2001. Convite a filosofia. 12 ed, São Paulo: Ática.
CHAUÍ, Marilena. 2006. Simulacro e poder. São Paulo: Fundação Perseu Abramo.
DEMO, Pedro. 1983. Introdução à metodologia da Ciência. São Paulo: Atlas.
HAGUETTE, Tereza. M. F. 1987. Metodologias qualitativas na Sociologia. Petrópolis: Vozes.
MAZZOTTI, Alves Judith & GEWANDSZNAJDER, Fernando. 1998. O método nas ciências
naturais e sociais: pesquisa qualitativa e quantitativa. 2 ed. São Paulo: Pioneira.
MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). 1994. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 21
ed. Petrópolis: Vozes.
SANTOS, Boaventura de Sousa. 2006. Um discurso sobre as Ciências Sociais. 4 ed. São Paulo:
Cortez.
SEVERINO, Antônio Joaquim. 2002. Metodologia do trabalho científico. 22 ed. São Paulo: Cortez.
35
FILOSOFIA E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
Ementa: Educação. Educação formal e informal. História da educação brasileira. A Escola Nova. A
educação no período militar. A construção da escola pública contemporânea.
Bibliografia:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando. Introdução à
Filosofia. São Paulo: Moderna, 2003.
CHAUI, Marilena de Souza. O que é ideologia? Coleção primeiros passos, 1987.
______________ Convite à Filosofia. São Paulo: Atlas, 1995.
FREIRE, Paulo. Política e Educação São Paulo: Cortez, 2001.
______________ Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
______________ Educação como prática da liberdade. São Paulo: Cortez, 1975.
GARCIA MORENTE, Manuel. Fundamentos da Filosofia; lições preliminares. 8 ed. São Paulo:
Mestre Jou, 1980.
MARX, K. A ideologia alemã. São Paulo: Brasiliense, 1986.
MÉSZÁROS, István. A Educação para além do capital. São Paulo: Boitempo editorial, 2005.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez, 2000.
ANTROPOLOGIA RURAL
Ementa: Conceitos básicos e instrumental teórico e metodológico para o estudo das populações
rurais. Migrações. Cultura no contexto rural. Família, parentesco, relações de gênero e organização
doméstica das unidades no contexto rural. Redes de relações entre o espaço urbano e o rural. Tempo
e espaço social. Trabalho, lazer e movimentos sociais rurais.
Bibliografia:
CANDIDO, A. Os parceiros do Rio Bonito. São Paulo, Duas Cidades, 1982.
GALVÃO, E. Santos e visagens: um estudo da vida religiosa em Itá, Amazonas. São Paulo,
Companhia Editora Nacional, 1955.
MONTEIRO, D. T. Os errantes do Novo Século. São Paulo, Duas Cidades, 1974.
QUEIROZ, M. I. P. de. O campesinato brasileiro. São Paulo: Vozes/Edusp, 1973.
SILVA, C. J. da & SILVA, J. A. F. No ritmo das águas do Pantanal. São Paulo: NUPAUB/USP,
1995.
VELHO, O. Frentes de expansão e estrutura agrária. Rio de Janeiro, Zahar, 1972.
VELHO, O. Capitalismo autoritário e campesinato. São Paulo, Difel, 1976.
WAGLEY, C. Uma comunidade amazônica. São Paulo, Cia. Editora Nacional; Brasília, Instituto
Nacional do Livro, 1977.
WOLF, E. Sociedades camponesas. Rio de Janeiro, Zahar, 1976.
PSICOLOGIA SOCIAL
Ementa: Introdução ao estudo da Psicologia. Processo de socialização. Grupos sociais. Papéis
sociais. Comunicação e linguagem. Consciência e identidade. Os aspectos psicológicos como parte
da constituição do ser humano. As relações existentes entre mente e corpo. As funções mentais.
Bibliografia:
BERGER, P.L; LUCKMANN, T A Construção da Realidade: Tratado de sociologia do
conhecimento. Ed. Vozes. 21 ed. Petrópolis, 2002.
GOFFMAN, E Manicômios, Presídios e Conventos , SP: Perspectiva, 2001.
KRUGER, Helmuth; RAPPAPOR, Clara Regina. Introdução à Psicologia Social. Editoras EPU,
1986.
LANE, S. T. M. & SAWAIA, B.B (orgs). Novas Veredas da Psicologia Social. São Paulo:
Brasiliense, 1995.
RODRIGUES, A.; ASSMAR, E. M. L.; JABLONSKI, B. Psicologia Social. 23ªed. Rio de Janeiro:
Vozes, 1999.
36
TEORIA SOCIOLÓGICA CONTEMPORANEA
Ementa: Teoria crítica e a concepção de modernidade na Escola de Frankfurt. Teoria social e
modernidade no Brasil. Globalização e pós-modernidade.
Bibliografia:
ALTHUSSER, L. Aparelhos ideológicos de Estado. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1983.
BEGER, P. e LUCKMAN, T. A Construção Social da Realidade. Petrópolis: Vozes, 1966.
DOMINGUES, J.M. Teorias sociológicas no século XX. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
2001.
FERNANDES, F. Ensaios de Sociologia Geral e Aplicada. São Paulo: Pioneira, 1976. FREITAG,
B. A teoria crítica: ontem e hoje. São Paulo: Brasiliense, 1986.
GOFFMAN, I. A representação do eu na vida cotidiana. 5ª ed. Petrópolis, Vozes, 1992.
PRODUÇÃO DE TEXTOS
Ementa: Noções de organização e interpretação de estruturas textuais. A coerência e a coesão
textuais. Gêneros discursivos. Tipos de textos: narração, descrição e dissertação. A escrita
científica. Elaboração de resumos e de resenhas.
Bibliografia:
AZEREDO, J. C. Iniciação à sintaxe do português. 4 a. ed. Rio de Janeiro, J. Zahar: 1997.
BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. 28 o. ed. São Paulo: 1983
___________. Lições de Português pela Análise Sintática. 12o. ed. Rio de Janeiro, Padrão:
1983.*BORBA, Francisco da Silva. Teoria sintática. São Paulo, Ta. Queiroz – Editor: 1979.
CARONE, Flávia de Barros. Morfossintaxe. Ática. São Paulo: 1986.
DUCROT, Oswald. Dizer e não dizer: princípios de semântica lingüística. São Paulo, Cultrix:
1977.
MACAMBIRA, José Rebouças. A estrutura Morfo-Sintática do Português. 9a. ed. Pioneira: 2001.
MATTEUS, Maria Helena Mira. Gramática da língua portuguesa. Coimbra.Almedina: 1983.
MATTOS E SILVA, Rosa Virgínia. Tradição Gramatical e Gramática Tradicional. São Paulo,
Contexto: 2002.
NEVES, Maria Helena de Moura. Que gramática estudar na escola? Norma e uso na Língua
Portuguesa. São Paulo, Contexto: 2003.
INTRODUÇÃO A MATEMÁTICA E A ESTATÍSTICA
Ementa: Conjuntos numéricos. Equação. Inequações. Regra de três. Funções de primeiro e segundo
grau. Noções de geometria plana (áreas). Geometria espacial (volumes e áreas). Álgebra. Medidas
de tendência central (média, moda, mediana, variância, desvio-padrão).
Bibliografia:
DANTE, Luiz Roberto. Matemática - Volume Único. Editora Ática, 2008.
DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau. Fundamentos da Matemática Elementar- Geometria
Plana. Editora Atual, 1995.
IEZZI, Gelson; MURAKAMI, Carlos. Fundamentos da Matemática Elementar - Conjunto e
Funções. Editora Atual, 2004.
LIMA, Elon Lages; CARVALHO, Paulo Cezar Pinto; WAGNER, Eduardo; MORAGDO, Augusto
César. Coleção do Professor de Matemática - A Matemática do Ensino Médio, Volume 1. SBM,
2001.
SOCIOLOGIA RURAL I
Ementa: O rural e o urbano. Os estudos sobre campesinato. Capitalismo e agricultura. O dilema do
capitalismo no Brasil: escravidão nas terras livres e homens livres nas terras cativas. A legislação e
a posse da terra no Brasil: a lei de terras e a proletarização dos trabalhadores do campo.
Bibliografia:
37
CANDIDO, Antonio. Os parceiros do Rio Bonito. 8 ed. São Paulo: Duas Cidades, 1998.
MARTINS, José de Souza. O Cativeiro da terra. 7. ed. São Paulo: Hucitec, 1998.
MARTINS, José de Souza. Os camponeses e a política no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1983.
MEDEIROS, Leonilde Sérvolo de. ESTERCI, Neide. Assentamentos Rurais: uma visão
multidisciplina. São Paulo: UNESP, 1994.
SZMRECSÁNYI, Tamás & QUEDA, Oriowaldo (ORGS.) Vida rural e mudança social. 3 ed. São
Paulo: Companhia Editora Nacional, 1979.
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
Ementa: Psicologia e educação. Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem. Teorias da
Aprendizagem. Motivação. Adolescência e teorias da adolescência.
Bibliografia:
BERGER, P.L; LUCKMANN, T A Construção da Realidade: Tratado de sociologia do
conhecimento. Ed. Vozes. 21 ed. Petrópolis, 2002.
GOFFMAN, E Manicômios, Presídios e Conventos , SP: Perspectiva, 2001.
FREIRE, Paulo. Política e Educação São Paulo: Cortez, 2001.
______________ Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
______________ Educação como prática da liberdade. São Paulo: Cortez, 1975.
FREITAS, M.T.A. Vygotsky e Bakhtin. Psicologia e educação: um intertexto. São Paulo:Ática,
2000.
PATTO, M.H.S. (org) Introdução à psicologia escolar São Paulo: Casa do Psicólogo, 1997.
HISTÓRIA DO BRASIL
Ementa: O processo de colonização brasileiro: fase colonial e imperial. Sistemas e modos de
produção brasileiros: da colônia a república. A república e a constituição do domínio oligárquico. A
história de Mato Grosso do Sul.
Bibliografia:
CORRÊA, V. B. A história regional em questão. Revista Científica, Campo Grande, v.1, n.2, p.5156, 1994.
COSTA, Emilia Viotti da. Da monarquia a republica. Sao Paulo: BRASILIENSE, 1985. 361p.
FAORO, Raymundo, 1925-. Os donos do poder. Sao Paulo: GLOBO, 1997
IGLÉSIAS, F. A História no Brasil. In FERRI, M. G.; MOTOYAMA, S. (Coord.). História das
Ciências no Brasil. São Paulo : EPU/EDUSP, 1979.
MOTA, C. G. A historiografia brasileira nos últimos quarenta anos: tentativa de avaliação crítica.
Debate & Crítica, São Paulo, n.5, p.1-26, 1975.
PRADO Junior, Caio. Historia e desenvolvimento. Sao Paulo: BRASILIENSE, 1978. 92p.
DIDÁTICA I
Ementa: História da Didática. Tendências Pedagógicas. Formação e papel do/a educador.
Currículo. O projeto político pedagógico. Planejamento. Tipos de Planejamentos. Processo de
Avaliação.
Bibliografia:
PIMENTA, Selma Garrido; GHEDIN, Evando (Orgs.). Professor reflexivo no Brasil: gênese e
crítica de um conceito. 3 ed. São Paulo:Cortez, 2005.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1995.
OSORIO, Alda Maria Nascimento (Org.) Trabalho docente: os professores e sua formação. Campo
Grande, MS: Ed. UFMS, 2003.
38
SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. Campinas, SP: Autores Associados, 2008. (Edição
Comemorativa)
SOCIOLOGIA RURAL II
Ementa: O avanço das fronteiras brasileiras e a modernização da agricultura: frente de expansão e
frente pioneira. A intervenção do Estado e a organização dos trabalhadores do campo: estatuto do
trabalhador e a colonização. O projeto de Reforma Agrária e as políticas de assentamentos.
Bibliografia:
ALMEIDA, Rosemeire (Org.). A questão agrária em Mato Grosso do Sul. Campo Grande-MS:
UFMS, 2008.
MARTINS, José de Souza. Fronteira: a degradação do outro nos confins do humano. São Paulo:
Hucitec, 1997.
MEDEIROS, Leonilde Sérvolo de. ESTERCI, Neide (Orgs). Assentamentos Rurais: uma visão
multidisciplinar. São Paulo: UNESP, 1994.
SAYAD, Abdelmalek. A imigração e os paradoxos da alteridade. São Paulo: Edusp, 1998.
SILVA, Maria Aparecida Moraes. Errantes do fim do século. São Paulo: Fundação Editora da
UNESP, 1999.
SZMRECSÁNYI, Tamás & QUEDA, Oriowaldo (Orgs.) Vida rural e mudança social. 3 ed. São
Paulo: Companhia Editora Nacional, 1979.
TEDESCO, João Carlos (org.). Agricultura Familiar: realidade e perspectivas. Passo Fundo:
EDIUPF, 1999.
SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO
Ementa: A Sociologia da Educação no contexto educacional. Retrospectiva histórico-sociológica
da educação brasileira. A educação como processo social. A escola e a estrutura social. Educação,
trabalho e tecnologia. A relação da escola com outros processos educativos.
Bibliografia
APPLE, M. W. Educação e poder. Trad. Maria Cristina Ribeiro. Porto Alegre: Artes Médicas,
1989.
CARNOY, M; LEVIN, H. M. Escola e trabalho no estado capitalista. São Paulo: Cortez, 1987.
FRIGOTTO, Gaudêncio. A produtividade da escola improdutiva: um (re) exame das relações entre
educação e estrutura econômico-social-capitalista. 4. ed. São Paulo: Cortez, 1993.
_____. Educação e Crise do Capitalismo Real. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1996.
GÓES, Maria Cecília R.; SMOLKA, Ana Luiza B. (Orgs.) A significação social nos espaços
educacionais: interação social e subjetivação. Campinas, SP: Papirus, 1997.
MARTINS, José de Souza; FORACCHI, Marialice Mencarini. Sociologia e Sociedade: leituras de
introdução à Sociologia. Rio de Janeiro: LTC, 1977.
MEKSENAS, P. Sociologia da educação. Introdução ao estudo da escola no processo de
transformação social. São Paulo: Edições Loyola, 1992.
MELLO, Suely Amaral. Linguagem, consciência e alienação: o óbvio como obstáculo ao
desenvolvimento da consciência crítica. Marília, SP: UNESP-Marília Publicações, 2000.
SINGER, P. O capitalismo. Sua evolução, sua lógica e sua dinâmica. São Paulo: Moderna, 1987.
ESTRUTURA SOCIAL BRASILEIRA
Ementa: Estrutura de classes e estratificação social no Brasil. Classe média e mobilidade social no
Brasil. Classe, gênero e poder. Formas de apropriação do espaço urbano e rural: O processo de
urbanização e industrialização brasileiro.
Bibliografia
CASTELLS, Manuel. A questão urbana. Trad. Arlene Caetano. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
GOHN, Maria da Glória. Teoria dos Movimentos Sociais: paradigmas clássicos e contemporrâneos.
4 ed. São Paulo: Loyola, 2004.
39
GRZYBOWSKI, Cândido. Caminhos e descaminhos dos movimentos sociais no campo. Petrópolis:
Vozes, 1987.
GUERRA, Alexandre; POCHMANN, Marcio; AMORIM, Ricardo; SILVA, Ronnie (orgs.) Atlas da
nova estratificação social no Brasil, vol 1. São Paulo: Cortez, 2006.
MARTINS, José de Souza. A sociedade vista do abismo. Petrópolis: Vozes, 2002.
MEDEIROS, Marcelo. O que faz dos ricos, ricos? São Paulo: Hucitec, 2005.
DIDÁTICA II
Ementa: Formação e papel do(a) educador(a) social. Planejamento na e da comunidade. Tipos de
planejamentos comunitários. Processos qualitativos de avaliação grupal. Movimentos sociais e
processos educativos. A proposta de Educação do Campo.
Bibliografia:
PIMENTA, Selma Garrido; GHEDIN, Evando (Orgs.). Professor reflexivo no Brasil: gênese e
crítica de um conceito. 3 ed. São Paulo:Cortez, 2005.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1995.
OSORIO, Alda Maria Nascimento (Org.) Trabalho docente: os professores e sua formação. Campo
Grande, MS: Ed. UFMS, 2003.
SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. Campinas, SP: Autores Associados, 2008. (Edição
Comemorativa)
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Ementa: Juros simples e juros compostos. Taxa de juros. Rendas certas. Sistemas de amortização
(SAC, Tabela Prince, SAM, SACRE, Americano). Sistema de capitalização.
Bibliografia:
CARVALHO, Juracy. Análise econômica de investimentos. QualityMark, 2002.
CRESPO, Antônio Arnot. Matemática Comercial e Financeira Fácil. 13a. ed. São Paulo: Saraiva,
2001.
HAZZAN, Samuel; POMPEO, José Nicolau. Matemática financeira. 5. ed. São Paulo: Saraiva,
2004.
LAPPONI, Juan Carlos. Matemática financeira. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
LAPPONI, Juan Carlos. Modelagem financeira com Excel: para cursos de administração, finanças,
economia e MBAS. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
MATHIAS, W.; GOMES, J. Matemática financeira. São Paulo: Atlas, 2008.
PUCCINI, Abelardo de Lima. Matemática financeira: objetiva e aplicada. 7. ed. São Paulo:
Saraiva, 2006.
TEORIA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS
Ementa: Movimentos Sociais: paradigmas clássicos e contemporâneos. Movimentos Sociais:
identidade, cidadania e democratização. O cultural e o político nos movimentos sociais.
Bibliografia
CHARTIER, Roger. A História Cultural: entre práticas e representações. Lisboa: Difel; Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 1990.
GOHN, Maria da Glória. Teorias dos Movimentos Sociais: paradigmas clássicos e
contemporâneos. 3ª ed. São Paulo: Edições Loyola, 2002. 383 p.
GRZYBOWSKI, Candido. Caminhos e Descaminhos dos movimentos sociais no campo. Rio de
Janeiro/Petrópolis; FASE/ Vozes, 1991.
LE GOFF, Jacques. A História Nova. São Paulo, Martins Fontes, 1987.
SADER, E. Quando Novos Personagens Entram em Cena: experiências e lutas dos trabalhadores
da grande São Paulo. 2ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1991.
GEOGRAFIA DO BRASIL
40
Ementa: O conceito de espaço geográfico – a dinâmica espacial brasileira no modo de produção
capitalista – urbanização e industrialização no capitalismo contemporâneo. Território, relações
sociais e Meio Ambiente. O Brasil e a América Latina no contexto mundial. A geografia de Mato
Grosso do Sul. Técnica, informação e poder: do local ao global. Aspectos físicos do meio
ambiente. Desenvolvimento e meio ambiente. Impactos ambientais, agrícolas e urbanos. Formas de
poluição do solo. Lutas em defesa do meio ambiente local e global.
Bibliografia:
ANDRADE, Manoel C. de. Geografia Ciência da Sociedade - Uma introdução a analise do
pensamento geográfico. São Paulo: Atlas, 1987.
CASTRO, Iná Elias, MIRANDA, Mariana; EGLER, Cláudio. (Orgs.). Redescobrindo o Brasil 500
anos depois. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000.
CASTRO, Iná Elias et alli. (Org.) Brasil: questões atuais da reorganização do
território. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996.
CASTRO, Iná Elias, MIRANDA, Mariana; EGLER, Cláudio. (Orgs.). Redescobrindo o Brasil 500
anos depois. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000.
MOREIRA, Ruy. O que é Geografia. São Paulo: Brasiliense, 1981.
ROSS, Jurandyr L. Sanches (Org.). Geografia do Brasil. 2a ed, São Paulo: EDUSP/FDE, 1998.
SANTOS, Milton. Por uma geografia nova. São Paulo: Hucitec, 1980.
GEOGRAFIA AGRÁRIA
Ementa: A questão agrária no Brasil. Geografia das lutas no campo. Reforma Agrária e Agricultura
Camponesa. A monopolização do território pelo capital e a Territorialização da luta pela terra.
Bibliografia:
KAUTSKY, K. A questão agrária, São Paulo:Editorial, 1980.
MARTINS, J.S. Os camponeses e a Política no Brasil, São Paulo:Vozes, 1981.
Martins, Jose de Souza. Caminhada no chao da noite. Sao Paulo: HUCITEC, 1989. 147p. (Ciencias
sociais ; 24)
Oliveira, Ariovaldo Umbelino de. A geografia das lutas no campo. Sao Paulo: CONTEXTO, 1990.
101p. (Repensando a geografia)
Oliveira, Ariovaldo Umbelino de. Modo capitalista de producao e agricultura. Sao Paulo: ATICA,
1986. 88p. (Principios ; 68)
PENSAMENTO SOCIAL BRASILEIRO
Ementa: Formação da Sociologia no Brasil: instituições e interpretações da sociedade brasileira.
Algumas matrizes teóricas: Caio Prado, Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda. Florestan
Fernandes e a revolução burguesa no Brasil. Teorias da dependência e do desenvolvimento na
América Latina. Tendências atuais da Sociologia Brasileira.
Bibliografia:
BUARQUE DE HOLANDA, S. Raízes do Brasil. Rio de Janeiro: José Olimpio Ed., 1984.
CARDOSO, F.H. e FALETTO, E. Dependência e desenvolvimento na América Latina.
FERNANDES, F. A Revolução Burguesa no Brasil. Rio de Janeiro: Zahar Ed., 1976.
FREYRE, G. Casa Grande e Senzala. Rio de Janeiro: Record, 1992.
FREYRE, Gilberto. Sobrados e Mucambos. Rio de Janeiro: José Olympio, 1968.
FERNANDES, FLORESTAN. A Revolução Burguesa no Brasil. São Paulo: Globo, 2006.
IANNI, Octávio.(Org.) Raças e Classes Sociais no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 2004.
PRADO JR., Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Publifolha, 2000.
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO NACIONAL
Ementa: Educação: Conceito, objetivo e finalidades. Educação Brasileira através da história.
Sistema de Ensino. Ensino Fundamental e Ensino Médio. Educação Profissional. Organização
Administrativa e disciplinar da escola. Educação de pessoas Jovens e Adultas. Educação Especial.
41
Educação à distância. Educação escolar indígena. Educação do Campo. Financiamento da
Educação.
Bibliografia:
CURY, Carlos Roberto J.Legislação educacional brasileira.Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
CARVALHO, José Sérgio. (org.). Educação, cidadania e direitos humanos. Petrópolis: Vozes,
2004, p. 19 – 42.
MENESES, J. G. de C. ET all. Estrutura e funcionamento da educação básica. São Paulo: Pioneira,
2001
FREIRE, P. Política e educação: ensaios. São Paulo: Cortez, 1993.
OLIVEIRA, R. P. de; ADRIÃO, T. (Orgs). Organização do ensino no Brasil: níveis e modalidades
na Constituição Federal e a LDB. São Paulo: Xamã, 2002.
ECONOMIA E PROCESSO PRODUTIVO
Ementa: A visão neo-clássica do funcionamento da economia. Marxismo e Economia. A revolução
Keynesiana. Teorias do imperialismo e do subdesenvolvimento. A formação do capitalismo agroexportador brasileiro. A economia inflacionária.
Bibliografia
NANKIW, Gregory. Introdução à Economia. São Paulo: Pioneira, 2005.
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à Economia. São Paulo: Atlas, 2003.
MARX, K. Contribuição à crítica da economia política. 2ª ed. São Paulo, Fontes, 1983.
WEBER, M. Economia e Sociedade: Fundamentos da Sociologia Compreensiva: UnB, 1982.
HISTÓRIA INDÍGENA
Ementa: História indígena. História dos povos indígenas em Mato Grosso do Sul. Contribuições e
estratégias de pertencimento indígena nos diversos contextos históricos do território estadual.
Situação atual e perspectivas no contexto regional.
Bibliografia
GOMES, Mercio Pereira. Os índios e o Brasil. Petropolis: VOZES, 1991
GRUPIONI, L. D. B. (Org.). 1994. Índios no Brasil. Brasília, MEC.
SAHLINS, M. 1990. Ilhas de História. Trad. de B. Sette. Rio de Janeiro, Jorge Zahar.
OLIVEIRA, Jorge Eremites; PEREIRA, Levi Marques. Nande Ru Marangatu: laudo antropologico
e historico sobre uma terra kaiowa na fronteira do Brasil com o Paraguai, municipio de Antonio
Joao, Mato Grosso do Sul. Dourados, MS: Ed. UFGD, 2009
PEREIRA, Levi Marques. Os Terena de Buriti: formas organizacionais, territorializacao e
representacao da identidade etnica. Dourados, MS: Ed. UFGD, 2009. 168p. 978-85-61228-31-6.
RIBEIRO, Darcy, 1922-. Os índios e a civilização. Petropolis: VOZES, 1979
HISTÓRIA DA ÁFRICA
Ementa: África pré-colonial. Conquista e colonização européias da África. Movimentos de
independência. Formação dos Estados Nacionais. África e os afro-descendentes no Brasil.
Bibliografia
ALENCASTRO, Luiz Felipe. O tratado dos viventes. Sâo Paulo: Companhia das Letras, 2000.
GORENDER, Jacob. A escravidão reabilitada. São Paulo: Ática, 1991.
LOVEJOY, Paul. A escravidão na África, uma história de suas transformações. Rio de janeiro:
Civilização Brasileira, 2002.
MONTENEGRO, Antonio Torres. Abolição. São Paulo: Ática, 1988.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. O espetáculo das raças. Sâo Paulo: Companhia das Letras, 1993.
SILVA, Alberto da Costa. Um rio chamado Atlântico. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2003.
______. A enxada e a lança. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996.
TURRA, Cleusa. Racismo cordial. São Paulo: Ática, 1995.
42
ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISONADO NO ENSINO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
Ementa: Diversos saberes da docência na área das Ciências Sociais. Reflexão sobre temáticas e
variados espaços educativos. Práxis educativa: problematização, intervenção e produção do
conhecimento. Elaboração de Projetos para intervenção em comunidades.
Bibliografia
MENEGOLLA, Maximiliano; SANT’ANNA, Ilza M. Por que planejar? Como Planejar?
Currículo-Área-Aula. Petrópolis: Vozes, 2005.
PIMENTA, Selma Garrido. O Estágio na formação do professor. São Paulo: Cortez, 1997.
HIRANO, S. (Org.). Pesquisa Social, projeto e planejamento. São Paulo, T. A. Queiroz, 1979.
HAGUETTE, Tereza. M. F. 1987. Metodologias qualitativas na Sociologia. Petrópolis: Vozes.
SACRISTAN, Gimeno J. e GOMES PEREZ, A. Compreender e transformar o Ensino. Porto
Alegre: Artmed, 2000.
PROJETO DE PESQUISA
Ementa: As abordagens da pesquisa em Ciências Sociais. O conhecimento científico e a pesquisa.
Os métodos em Ciências Sociais. Teoria e pesquisa. O problema, as hipóteses e as variáveis
analíticas no objeto de pesquisa. Elaboração de um projeto de pesquisa. Seminário de discussão dos
projetos.
Bibliografia
DEMO, P. Introdução à metodologia da Ciência. São Paulo, Atlas, 1983.
HIRANO, S. (Org.). Pesquisa Social, projeto e planejamento. São Paulo, T. A. Queiroz, 1979.
HAGUETTE, Tereza. M. F. 1987. Metodologias qualitativas na Sociologia. Petrópolis: Vozes.
MAZZOTTI, Alves Judith & GEWANDSZNAJDER, Fernando. 1998. O método nas ciências
naturais e sociais: pesquisa qualitativa e quantitativa. 2 ed. São Paulo: Pioneira.
MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). 1994. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 21
ed. Petrópolis: Vozes.
SANTOS, Boaventura de Sousa. 2006. Um discurso sobre as Ciências Sociais. 4 ed. São Paulo:
Cortez.
SEVERINO, Antônio Joaquim. 2002. Metodologia do trabalho científico. 22 ed. São Paulo: Cortez.
THIOLLENT, M. Critica metodológica, investigação social e enquete operária. São Paulo, Polis,
1980.
RELAÇÃO DE GÊNERO E PODER
Ementa: Conceito de relações de gênero. Lutas Políticas das Mulheres e Teorias Feministas.
Mudanças culturais e históricas nos papéis sexuais. Estudos recentes no campo interdisciplinar das
relações de gênero. Gênero, sexualidade e identidade. Poder patriarcal. Teoria do Empoderamento.
Bibliografia:
FOUCAULT. M. História da Sexualidade. Rio de Janeiro: Graal, 1977.
SCHUMAHER, Schuma; Brazil, Érico Vital (orgs.). Dicionário Mulheres do Brasil de 1500 até a
Atualidade. 2. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001.
SAFFIOTI, Heleieth I. B. A Mulher na sociedade de Classes: mito e realidade. Petrópolis, RJ:
Vozes, 1976.
DUBY, GEORGES e PERROT, Michelle (orgs) História das Mulheres no Ocidente. VolI,II,III,IV
e V. Porto: Afrontamento, 1994.
______. Os excluídos da História. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1992.
_________. As mulheres e os silêncios da História. São Paulo: EDUSC, 2005.
PRIORE, Mary Del (org.) História das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 1997.
43
SOCIOLOGIA DA COMUNICAÇÃO
Ementa: A formação da sociedade de massa e de consumo. Abordagens sociológicas da cultura de
massa. A estrutura social e cultural. A lógica social do consumo. Mídia e o cotidiano. A formação
da opinião pública. O global, o nacional e o regional na comunicação.
Bibliografia:
BOSI, Ecléa. Cultura de massa e cultura popular. Petrópolis: Vozes, 1970.
CHAUI, Marilena. O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1981.
COELHO, Teixeira. O que é indústria cultural. São Paulo Brasiliense, 1981.
GUARESCHI, Pedrinho (Coord.). Comunicação e controle social. 3 ed. Petrópolis: Vozes, 2000.
MORAES, Denis. O planeta Mídia: tendências da comunicação na era global. Campo Grande:
Letra livre, 1988.
MORIN, Edgar. A cultura de massa no século XX. São Paulo: Forense, 1970.
PINTO, Virgílio Noya. Comunicação e cultura brasileira. São Paulo: Ática, 2000.
ORTIZ. Renato. Mundialização e cultura. São Paulo: Brasiliense, 1996.
POLÍTICAS PÚBLICAS E DIREITOS HUMANOS
Ementa: Definição de Políticas Públicas. Estado e Políticas Públicas. A assistência social no Brasil.
Políticas Públicas e assistência social. Políticas Públicas Sociais: elaboração, estrutura e sujeitos
sociais envolvidos. A eficácia das políticas públicas sociais.
Bibliografia:
CARNEIRO, R. Desenvolvimento em crise: a economia brasileira no último quarto do século XX.
São Paulo: Edunesp-Edunicamp, 2002.
CASTELLS, M. A sociedade em rede. A era da informação: economia, sociedade e cultura. v.1. São
Paulo: Paz e Terra, 1999.
HEIDEMANN, F. G.; SALM, J. F. Políticas Públicas e Desenvolvimento. Brasília: UnB, 2009.
LAURELL, A. C. (org.) Estado e políticas sociais no neoliberalismo. São Paulo: Cortez, 1997.
MARSHALL, T. H. Política Social. Rio de Janeiro: Zahar, 1967.
NOGUEIRA, M. A. Um Estado para a Sociedade Civil. São Paulo: Cortez, 2004.
PAES DE PAULA, A. P. Por uma nova gestão pública. Rio de Janeiro: FGV, 2005.
TRABALHO DE ELABORAÇÃO PRÓPRIA
Ementa: O trabalho científico e suas partes. Elaboração de um artigo científico. Seminário de
apresentação dos artigos.
Bibliografia:
MAZZOTTI, Alves Judith & GEWANDSZNAJDER, Fernando. 1998. O método nas ciências
naturais e sociais: pesquisa qualitativa e quantitativa. 2 ed. São Paulo: Pioneira.
MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). 1994. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 21
ed. Petrópolis: Vozes.
SANTOS, Boaventura de Sousa. 2006. Um discurso sobre as Ciências Sociais. 4 ed. São Paulo:
Cortez.
SEVERINO, Antônio Joaquim. 2002. Metodologia do trabalho científico. 22 ed. São Paulo: Cortez.
THIOLLENT, M. Critica metodológica, investigação social e enquete operária. São Paulo, Polis,
1980.
Bibliografia a ser complementada de acordo com a temática da pesquisa.
44
INFORMÁTICA
Ementa: Tópicos de hardware. Placas-mãe. Processadores. Impressoras. Monitores. Sistemas
operacionais. Tipos de linguagem de computadores. Lei de informática. Redes e segurança de redes.
Editores de texto. Planilha de texto. Armazenamento, gravação e transporte de dados
computacionais. Noções de internet. Correio eletrônico.
Bibliografia
CARLBERG, Conrad. Gerenciando dados com a Microsoft Excel: os melhores métodos para
acessar e analisar dados. São Paulo: Makron Books, 2005.
PATTERSON, David A.; HENNESSY, John L. Organização e Projeto de Computadores: A
Interface Hardware/Software. 3. ed. Rio de Janeiro : Editora Elsevier, 2005.
SEBESTA, Robert W. Conceitos de linguagens de programação. 5. ed. Porto Alegre : Bookman ,
2006.
LIBRAS – LINGUAGEM BRASILEIRA DE SINAIS
Ementa: Introdução ao estudo da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS); Discussão sobre aspectos
gerais relacionados à surdez; A inclusão de alunos surdos na Educação Básica; O papel do professor
intérprete; A produção textual do aluno surdo.
Bibliografia:
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988. Disponível em:
http://www.portal.mec.gov.br/seesp.
BRASIL. Coordenadoria Nacional para Integração de pessoas Portadoras de Deficiências.
Declaração de Salamanca e Linhas de ação sobre necessidades educacionais especiais. Brasília:
MEC, 1994.
BRASIL. Lei nº10.098, de 23 de março de 1994. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a
promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá
outras providências. Disponível em: http://www.portal.mec.gov.br/seesp.
BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Educação especial no Brasil . Brasília: SEESP, 1994.
(Série Institucional, 2).
BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Subsídios para organização e funcionamento de
serviços de educação especial. Brasília: MEC?SEESP, 1998. (Série Diretrizes: 1,2,6,7,8,9).
4.4.3 O PROCESSO DE AVALIAÇÃO DOS/AS ALUNOS/AS
A avaliação será uma ação fundamental para a operacionalização e êxito do curso, sendo
entendida como uma atividade política que terá como função básica subsidiar a tomada de decisões
no decorrer do seu funcionamento.
A avaliação da proposta curricular caberá ao colegiado de curso e será realizada de forma
continuada, com o objetivo de melhorar a proposta inicial e fazer adequações necessárias à
implementação das atividades programadas para o Curso de Licenciatura em Ciências Sociais.
Na relação ensino-aprendizagem, avaliar-se-á o processo epistêmico de construção do
conhecimento, concebendo a avaliação como um processo pedagógico de interação contínua entre
45
aluno/a/conhecimento/professor/a. O processo avaliativo será qualitativo, contínuo e composto de
vários instrumentos: atividades avaliativas formais e trabalhos escritos (resumos, resenhas, artigos,
produção de textos), seminários, debates, pesquisa e produção intelectual, estudo dirigido, resolução
de questões temáticas, desenvolvimento de projetos na comunidade, além da auto-avaliação
individual e grupal, enfatizando uma relação democrática entre professor/a/aluno/a.
Cada disciplina fará avaliação das atividades voltadas ao tempo universidade e também
encaminhamentos de avaliações para o tempo-comunidade, conduzida pelos/as professores/as junto
aos educandos/as, em sintonia com a coordenação pedagógica do curso para o acompanhamento
dos/as educandos/as.
O objetivo da avaliação é analisar a capacidade dos/as alunos/as de produzir conhecimento
e posicionar-se frente às teorias apresentadas e às situações concretas. Essa avaliação deverá ocorrer
em todos os momentos do curso: nas atividades realizadas nas disciplinas, oficinas, laboratórios,
estágios e atividades complementares, tendo como referência os objetivos gerais e específicos do
curso e os princípios curriculares.
Será obrigatória a realização de no mínimo duas avaliações, sendo que se a média destas
avaliações for inferior a sete, uma das notas poderá ser substituída pela Avaliação Substitutiva,
quando então, será considerada a maior nota obtida.
Havendo perda de alguma avaliação ou o desejo de substituir uma das notas em que o
aproveitamento tenha sido insuficiente, será necessário requerer a prova substitutiva.
Persistindo a Média Final inferior a 7,0 (sete), será realizado o Exame Final, sendo que
o/a aluno/a deverá alcançar a Média Geral de 7,0 (sete)
Os/as alunos/as que reprovarem em uma disciplina numa determinada etapa, deverão
cursá-la na etapa subseqüente, obedecendo os mesmos critérios das disciplinas ofertadas
regularmente.
4.4.4 PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR
A Prática como Componente Curricular, além de incorporar os elementos teóricos de cada
disciplina, deverão contribuir para o desenvolvimento de atividades relacionadas ao ensino de
Ciências Sociais, criando um espaço de reflexão e de novas práticas pedagógicas que poderão
contribuir para o aprimoramento do ensino da disciplina de sociologia, bem como para a realização
do estágio. A Prática como Componente Curricular será desenvolvida a partir das seguintes
atividades, dentre outras, conforme orientação de cada professor/a da disciplina:
46
- leitura de textos;
- atividades em campo;
- exibição e análise de vídeos (filmes e documentários);
- elaboração de relatórios, fichamentos, resenhas etc.;
- organização de seminários, ciclos de palestras e mesas redondas de debates.
4.4.5 O ESTÁGIO CURRICULAR
Com o estágio serão criadas as condições para realizar uma discussão crítica, podendo
representar momentos de reflexão a respeito do planejamento, da execução e da avaliação das
práticas desenvolvidas pelos/as educadores/as político-sociais em todas as fases da construção do
conhecimento, tanto nas unidades escolares como nas comunidades rurais. Para isso, no estágio será
assegurada uma articulação entre a teoria e a prática e à atividade política dos/as educadores/as
inseridos/as em assentamentos de reforma agrária, oportunizando a construção crítica do
conhecimento e a reflexão da realidade social.
Com o estágio buscar-se-á um permanente ato de reflexão sobre os impasses e soluções
da prática político-social dos/as educadores/as a partir da realidade específica em que ela ocorre,
provocar análises que contribuam para pensar a emergência de políticas públicas nas áreas da
reforma agrária, bem como a discussão crítica da educação do campo.
O estágio será desenvolvido em três etapas do curso, com início na sexta etapa e término
na oitava, sendo considerado como Atividade Prática, conforme Regulamento de Estágio
Supervisionado.
4.4.6 O TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Além das disciplinas de caráter geral, prático e teórico, acima descritas, está prevista a
efetivação de um Trabalho de Conclusão de Curso, que deve ser elaborado em formato de artigo
científico, cumprindo todas as exigências da ABNT, a ser apresentado em seminários oferecidos na
fase final do curso, ou seja, como um seminário de encerramento obrigatório para a integralização
do curso. Os artigos poderão ser disponibilizados em Revistas Eletrônicas além de uma possível
publicação impressa contemplando alguns artigos e relatos de experiências efetivadas.
47
4.4.7 AS ATIVIDADES COMPLEMENTARES
As atividades de formação complementar serão organizadas por meio de Simpósios,
Encontros, mesas redondas, oficinas, laboratórios e viagens de campo com o objetivo de discutir
temáticas voltadas às transformações sociais pelas quais vem passando as sociedades mundial,
brasileira e em especial, a sul-mato-grossense. Os temas que comporão esses encontros visam
ampliar os conhecimentos estudados nas disciplinas, proporcionando assim acesso a outras
discussões que aprofundem a visão crítica de sociedade. Algumas temáticas relacionadas para
serem executadas foram asseguradas:
- Movimentos sociais;
- Políticas Públicas e Desenvolvimento Rural;
- Direitos Humanos;
- Educação do Campo;
- Produção e Reprodução das Relações Sociais;
- Sociedade Sustentável;
- Questões de Gênero;
- A Reforma Agrária em Questão;
Além dos temas elencados outros poderão ser trabalhados ao longo do curso, dependendo
das discussões empreendidas em cada disciplina. Pretende-se, ainda, reforçar a integração e a
dinâmica universitária com o estímulo a participação em eventos científicos e seminários de
integração com grupos de pesquisa brasileiros e aqueles existentes na UFGD.
Realizar-se-á uma aula inaugural para marcar a abertura do curso, e ao final deste far-se-á
um Congresso de Encerramento, com atividades que contarão como horas complementares ao
curso.
48
4.4.8 AS DISCIPLINAS E CARGA HORÁRIA NOS TU, TC, PR E TH
CARGA HORÁRIA
A
n
o
I
2
0
0
8
1ª
E
T
A
P
A
2ª
E
T
A
P
A
Componente Curricular
TU
TC
PR
TH*
Teoria Antropológica Clássica
48
10
10
68
Teoria Política Clássica
48
10
10
68
Introdução à Sociologia
48
10
10
68
Filosofia
48
10
10
68
Língua Portuguesa
68
26
8
102
Teoria Antropológica Contemporânea
48
10
10
68
Teoria Política Contemporânea
48
10
10
68
Teoria Sociológica Clássica
48
10
10
68
Metodologia Científica
48
10
10
68
Filosofia e História da Educação
48
10
10
68
500
116
98
714
TU
TC
PR
TH
Informática
48
10
10
68
Psicologia Social
48
10
10
68
Teoria Sociológica Contemporânea
48
10
10
68
Produção de Texto
68
26
8
102
Introd. à Matemática e à Estatística
68
26
8
102
Antropologia Rural
48
10
10
68
Psicologia da Educação
48
12
8
68
História do Brasil
68
26
8
102
Didática I
48
10
10
68
Matemática Financeira
48
10
10
68
540
150
92
782
Total Anual
Componente Curricular
A
n
o
I
I
2
0
0
9
3ª
E
T
A
P
A
4ª
E
T
A
P
A
Total Anual
49
Componente Curricular
A
n
o
I
I
I
2
0
1
0
5ª
E
T
A
P
A
6ª
E
T
A
P
A
TU
TC
PR
CH
Sociologia Rural I
48
12
8
68
Sociologia da Educação
48
10
10
68
Estrutura Social Brasileira
48
10
10
68
Didática II
48
10
10
68
Economia e Processos Produtivos
48
10
10
68
Sociologia Rural II
48
12
8
68
Estágio Curricular (Atividade Prática)
0
0
150
150
Pensamento Social Brasileiro
48
10
10
68
Estrutura e Funcio. da Edu. Nacional
48
40
14
102
Geografia do Brasil
48
40
14
102
432
154
244
830
TU
TC
PR
TH
Geografia Agrária
48
10
10
68
Teoria dos Movimentos Sociais
48
12
8
68
Políticas Públicas e Direitos Humanos
48
10
10
68
Projeto de Pesquisa
48
30
24
102
História Indígena
48
30
24
102
150
150
Total Anual
Componente Curricular
A
n
o
I
V
7ª
E
T
A
P
A
2
0
1
1
Estágio Curricular (Atividade Prática)
8ª
E
T
A
P
A
Relações de Gênero e Poder
48
10
10
68
Sociologia da Comunicação
48
10
10
68
História da África
48
30
24
102
Trabalho de Elaboração Própria
48
30
24
102
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS
48
10
10
68
Estágio Curricular (Atividade Prática)
0
0
100
100
480
182
404
1066
200
0
0
200
Total Anual
Atividades Complementares
50
Total Geral
2152
602
838
3.592
*TU – Tempo Universidade; TC – Tempo Comunidade; PR – Prática; TH – Total de horas por disciplina.
4.4.9 O CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO:
ETAPAS
DESCRIÇÃO
DETALHAMENTO
Etapa Preparatória Tempo Universidade (Coordenação do Processo seletivo dos
2007.2sem.
Projeto)
candidatos ao curso,
matrícula (60h)
1ª Etapa
Tempo Universidade – 32 dias letivos 5 disciplinas (374h)
2008.1º semestre
Ativ. Compl (25h)
Tempo Comunidade - 66 horas
2ª Etapa
2008.2º semestre
3ª Etapa
2009.1º semestre
Tempo Universidade – 32 dias letivos.
Tempo Comunidade – 50 horas
Tempo Universidade – 32 dias letivos.
Tempo Comunidade – 82 horas
Tempo Universidade – 32 dias letivos.
4ª Etapa
2009.2º semestre
5ª Etapa
2010. 1º semestre
6ª Etapa
2010. 2º semestre
7ª Etapa
2011. 1º semestre
8ª Etapa
2011. 2º semestre
Tempo Comunidade – 68 horas
Tempo Universidade – 32 dias letivos.
Tempo Comunidade – 52 horas.
Tempo Universidade – 32 dias letivos.
Tempo Comunidade – 102 horas
Tempo Universidade – 32 dias letivos.
Tempo Comunidade – 318 horas
Tempo Universidade – 32 dias letivos.
5 disciplinas – (340h)
Ativ. Compl. (25h)
5 disciplinas – (408h)
Ativ. Compl. (25h)
5 disciplinas – (374h)
Ativ. Compl. (25h)
5 disciplinas – (340h)
Ativ. Compl. (25h)
5 disciplinas – (490h)
Ativ. Compl. (25h)
5 disciplinas – (558h)
Ativ. Compl. (25h)
5 disciplinas – (508h)
Ativ. Compl. (25h)
Tempo Comunidade – 268 horas
4.4.10 O PÚBLICO ALVO E OS CRITÉRIOS DE SELEÇÃO
Serão beneficiadas pessoas assentadas, ou filhos/as de assentados/as residentes em
assentamentos rurais federais decorrentes de políticas de reforma agrária, localizados em Mato
Grosso do Sul. Para melhor viabilizar o transporte do corpo discente, bem como o atendimento
pedagógico no tempo comunidade, definiu-se cinco regiões pólo do Estado, tendo como referência
as seguintes cidades: Corumbá, Campo Grande, Chapadão do Sul, Paranhos e Mundo Novo, das
quais sairão os grupos de alunos/as para as aulas na UFGD, em Dourados.
51
Os movimentos Sociais ficarão responsáveis pelo transporte dos/as acadêmicos/as do
interior das áreas, até às cidades das regiões pólo.
Os critérios de inscrição para seleção dos/as candidatos/as serão os seguintes:
a) Comprovação, no ato da inscrição ao processo seletivo, de que é assentado/a ou seu
dependente (comprovação através de documento emitido pelo INCRA);
b) Possuir formação concluída em ensino médio, comprovada através de documento
reconhecido pelo MEC.
O processo de seleção será conduzido por uma comissão de professores/as da UFGD e
será organizado em três etapas: produção de redação, prova objetiva (de conhecimentos de
Matemática, Língua Portuguesa, História e Geografia) e entrevista. Nas etapas da redação e da
entrevista o/a candidato/a deverá demonstrar:

Coerência, coesão e capacidade de expressar idéias;

Conhecimentos da realidade brasileira e das questões agrárias;

Capacidade de enfatizar a trajetória pessoal e os motivos da escolha do curso em
Ciências Sociais;

Expectativas quanto às contribuições do curso para a atuação profissional como
educadores/as político-sociais.
A primeira etapa (prova de redação) do processo de seleção será eliminatória, devendo o
candidato/a atingir, no mínimo, 20 pontos. A segunda etapa será constituída pela prova escrita, com
questões de conhecimentos gerais e será classificatória, formada por questões objetivas de
proposições múltiplas e cada questão valerá um ponto. Será eliminado do processo seletivo o
candidato que não obter pontuação. A prova de Conhecimentos Gerais versará sobre conhecimentos
dos conteúdos de Língua Portuguesa, Matemática, Geografia e História. A terceira etapa será
constituída da entrevista e será classificatória, com nota de 0 (zero) a 25 (vinte e cinco) pontos para
cada candidato. Será eliminado do processo seletivo o candidato que não realizar esta prova.
TOTAL DE PONTOS
Redação: 50 pontos
Conhecimentos Gerais: 25 pontos
Entrevista: 25 pontos
O candidato que não alcançar 20 (vinte) pontos na prova de redação será eliminado.
52
Este processo seletivo respeitará as especificidades da vida nos assentamentos e a
dinâmica da construção dos conhecimentos das pessoas que vivem nesses espaços sociais. Portanto,
trata-se de um processo seletivo diferenciado, tanto na composição da prova, quanto nos critérios de
avaliação.
5. RECURSOS HUMANOS NECESSÁRIOS E PERSPECTIVAS/ATRIBUIÇÕES NO
PROJETO:
5.1 RECURSOS HUMANOS ENVOLVIDOS COM O CURSO:
Para o desenvolvimento das atividades do curso será necessário:

02 coordenadoras (UFGD);

31 Professores/as;
5.2 DESCRICÃO DOS CRITÉRIOS DE SELEÇAO DOS RECURSOS HUMANOS QUE
IRÃO TRABALHAR NO CURSO
As disciplinas da matriz curricular serão ministradas por professores/as que deverão
corresponder a alguns critérios:

professor/a pós-graduado/a, ou que esteja cursando pós-graduação, com
experiência de trabalho ou pesquisa na área da disciplina e vivência de magistério
no Ensino Superior.

Professores/as provenientes do quadro permanente, aposentados/as ou alunos/as de
pós-graduação da Universidade Federal da Grande Dourados, da Universidade
Estadual de Mato Grosso do Sul, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul,
bem como de outras instituições de ensino superior, conforme lista do item 5.3.
5.3 DESCRICAO DA EQUIPE PEDAGÓGICA: DOCENTES RESPONSÁVEIS PELAS
DISCIPLINAS:
- 24 da UFGD (quadro efetivo);
- 04 da UFMS (Câmpus de Três Lagoas);
53
Disciplinas/Professores/as
1.Teoria Antropológica Clássica
2. Teoria Antropológica Contemporânea
3. Teoria Política Clássica
4. Teoria Política Contemporânea
5. Introdução a Sociologia
6. Teoria Sociológica Clássica
Prof. Dr. Rodrigo Luiz Simas de Aguiar (UFGD)
Prof. Dr. Jorge Eremites de Oliveira (UFGD)
Profa. Dra. Marisa de Fátima Lomba de Farias (UFGD)
Prof. Dr. Marcos Antônio da Silva (UFGD)
Prof. Dr. André Luiz Faisting (UFGD)
Profa. Dra. Marisa de Fátima Lomba de Farias (UFGD)
Prof. MSc. Valdeir Justino (UFGD)
7. Teoria Sociológica Contemporânea
8. Filosofia
9. Filosofia e História da Educação
10. Psicologia Social
11. Psicologia da Educação
Prof Dr. Walter Roberto Marschner (UFGD)
Prof Dr. Walter Roberto Marschner (UFGD)
Prof. MSc. Claúdio Freire de Souza (UFGD)
Profa Dra. Vanderleia Dal Castel Schlindwein (UFGD)
Profa. Dra. Verônica Aparecida Pereira (UFGD)
Profa. Dra. Vanderleia Dal Castel Schlindwein
12. Antropologia Rural
13. Sociologia Rural I
14. Sociologia Rural II
15. Sociologia da Educação
16. Sociologia da Comunicação
17. História do Brasil
18. História da África
19. História Indígena
20. Geografia do Brasil
21. Geografia Agrária
22. Estrutura Social Brasileira
Prof. Dr. Levi Marques Pereira (UFGD)
Profa. Dra. Rosemeire Aparecida de Almeida (UFMS)
Profa. Dra. Maria Celma Borges (UFMS)
Prof. Dr. André Luiz Faisting (UFGD)
Prof Dr. Claudio Reis (UFGD)
Profa Mestre Benícia Couto de Oliveira (UFGD)
Prof. Dr. Linderval Augusto Monteiro (UFGD)
Prof. Dr. Antonio Dari.... (UFGD)
Prof. Dr. Francisco José Avelino Junior (UFMS)
Prof. Dr. Francisco José Avelino Júnior (UFMS)
Prof. Dr. Walter Roberto Marschner (UFGD)
Profa. Dra. Alzira Salete Menegat (UFGD)
23. Pensamento Social Brasileiro
24. Teoria dos Movimentos Sociais
25. Língua Brasileira de Sinais (Libras)
Prof. Dr. Marcio Mucedula Aguiar (UFGD)
Prof. Dr. Alzira Salete Menegat (UFGD)
Profa Janete de Melo Nantes (UFGD)
Profa. Grazielly Vilhalva Silva do Nascimento (UFGD)
26. Políticas Públicas e Direitos Humanos
Prof. Dr. André Luiz Faisting (UFGD)
Prof. Dr. Guilermo Johnson (UFGD)
27. Relações de Gênero
28. Economia e Processos Produtivos
29. Introdução à Matemática e à Estatística
Profa. Dra. Marisa de Fátima Lomba de Farias (UFGD)
Prof. Dr. Carlos Eduardo Caldarelli (UFGD)
Prof. Dr. Edson Rodrigues Carvalho (UFGD)
Profa. Dra. Lilian Milena Ramos Carvalho (UFGD)
30. Matemática Financeira
31. Informática
32. Língua Portuguesa
Prof. MSc. Agenor Pereira de Azevedo (UFGD)
Profa. Dra. Carla Adriana Barvinski Zanchett (UFGD)
Profa. MSc. Juliane Ferreira Vieira (UFGD)
Profa. MSc. Áurea Rita de Ávila Lima Ferreira (UFGD)
33. Metodologia Científica
34. Produção de Textos
Profa. Dra. Alzira Salete Menegat (UFGD)
Profa. MSc Juliane Ferreira Vieira (UFGD)
Profa. MSc. Áurea Rita de Ávila Lima Ferreira (UFGD)
35. Didática I
36. Didática II
Profa. Dra. Marisa de Fátima Lomba de Farias (UFGD)
Profa Dra. Marisa de Fátima Lomba de Farias (UFGD)
37. Estru. e Func.da Educação Nacional
Profa. Dra. Elisangela Scaff (UFGD)
54
38. Estágio Curricular no Ensino de CS
39. Projeto de Pesquisa
40. Trabalho de Elaboração Própria
Prof. Dra. Alzira Salete Menegat (UFGD)
Prof. Dr. Walter Roberto Marschner (UFGD)
Prof. Dr. André Luiz Faisting (UFGD)
Profa Dra. Marisa de Fátima Lomba de Farias (UFGD)
Prof. Dr. João Carlos de Souza (UFGD)
Profa. Dra. Alzira Salete Menegat (UFGD)
Prof. MsC. Fabiano Coelho (UFGD)
DOCENTES RESPONSÁVEIS PARA PROFERIR PALESTRAS, MESAS REDONDAS,
SIMPÓSIOS:
Para as atividades desenvolvidas nos Congressos, Seminários, Simpósios, Aula Inaugural
e Congresso de Encerramento, poderão ser convidados/as profissionais de projeção nacional e
autoridades de reconhecido saber na área, dentre eles/as:
- 03 da UFRJ (Quadro efetivo);
- 05 da UNESP (Quadro efetivo e/ou profissionais aposentados/as);
- 02 da UNIARA (Quadro efetivo);
- 03 da UFMS (Quadro efetivo e/ou profissionais aposentados/as);
- 01 da UFSC (Quadro efetivo);
- 01 da UNICAMP (Quadro efetivo);
- 01 da USP (Quadro efetivo).
6. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO:
O projeto será avaliado periodicamente por uma equipe denominada coletivos de criação,
formada por todos os segmentos envolvidos no processo:

Coordenadoras;

Ministrantes de aulas;

Palestrantes;

Equipe pedagógica;

Acadêmicos/as;

Representantes dos movimentos sociais;

Representantes do INCRA.
Por meio deste grupo coletivo haverá uma gestão colegiada, que se reunirá ao final de cada
encontro. Após o primeiro semestre do curso, o coletivo avaliará a primeira fase para que seja
assegurado um bom andamento dos próximos períodos. Dentre os objetivos da avaliação destaca-se:
55

Descrever as dificuldades encontradas no período;

Debater acerca do contexto social e geográfico de origem do corpo discente;

Discutir e analisar a infra-estrutura para a efetivação do curso;

Conhecer a matriz curricular;

Reavaliar a proposta teórico-metodológica do curso;

Definir as responsabilidades de todos os envolvidos, bem como da comunidade dos
assentamentos;

Redirecionar o curso a partir desta reflexão, se o coletivo considerar necessário.
A partir da segunda etapa, o coletivo se reunirá ao final de cada uma delas para efetivar a
avaliação do processo e propor mudanças, se necessário. Serão assegurados os seguintes critérios:

Avaliar a relação entre conhecimento e ação;

Analisar a participação efetiva de todas as pessoas envolvidas;

Registrar os resultados parciais alcançados no processo;

Elaborar relatórios e redirecionar o curso, de acordo necessidades e com as sugestões
do grupo.
Tais relatórios servirão de referência para as futuras publicações, quando deverá ser
apresentado o curso em sua totalidade, demonstrando as dificuldades com as mudanças, resultados
esperados e obtidos.
7. IMPACTOS OU RESULTADOS ESPERADOS E BENEFÍCIOS POTENCIAIS PARA A
EDUCAÇÃO DO CAMPO E PARA AS ÁREAS DE REFORMA AGRÁRIA
Espera-se alcançar pressupostos teórico-metodológicos para uma análise crítica da
realidade brasileira, bem como compreender as suas interfaces globais, regionais e locais, sem
perder a dimensão global, de modo que ocorram impactos positivos na vida cotidiana dos
participantes do curso, tanto do corpo docente, do corpo discente, quanto dos demais integrantes da
equipe. Isto porque, propõe-se a construção de uma experiência coletiva, dialógica e democrática,
para além deste curso, constituindo-se novas redes de relações sociais e políticas que poderão
resultar em outras parcerias e/ou outros projetos para análise e para intervenção na sociedade.
Os/as educadores/as sociais deverão atuar nas suas comunidades dos assentamentos de
reforma agrária, com um olhar teoricamente qualificado, levando formas dinâmicas, críticas e
democráticas de atuação e de transformação da vida cotidiana, objetivando uma melhor qualidade
de vida dessas pessoas.
56
Almeja-se ainda, que projetos como este, sejam prioridade da UFGD, que estará
cumprindo sua função social, a de possibilitar a inclusão social e educacional de grupos
historicamente excluídos.
8. BIBLIOGRAFIA
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Complexidade: os sete saberes e outros ensaios. São Paulo: Cortez, 2002.
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DEBORD, Guy. A sociedade do espetáculo. Tradução Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro:
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57
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DEMO, Pedro. Desafios Modernos da Educação. 7. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.
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_____; NOGUEIRA, Adriano. Que fazer. Teoria e Prática em Educação Popular. Petrópolis,
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_____. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 6. ed. São Paulo: Paz e
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GARCIA, Regina Leite. (Org.) Método: pesquisa com o cotidiano. Rio de Janeiro, RJ: DP&A,
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PARAÍSO, Marlucy Alves. Currículos e Identidades: a produção de gênero, sexualidade e etnia na
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Currículo.
PELANDRÉ, Nicéia Lemos. Ensinar e Aprender com Paulo Freire: 40 horas, 40 anos depois.
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RODRIGUES, Neidson. Da Mistificação da Escola à Escola Necessária. 10. ed. São Paulo:
Cortez, 2001. (Questões da Nossa Época, v. 54)
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VEIGA, Ilma P. Escola, Currículo e Ensino na Escola Fundamental. Campinas, SP: Papirus,
1991.
_____. Repensando a didática. Campinas: Papirus, 1992.
9. ANEXO
Perfil do/a egresso
Perfil do Egresso do curso de Licenciatura em
Ciências Sociais/PRONERA
1800
1692
1600
Núcleo de Formação
Básica
Carga Horária
1400
1200
1000
800
Núcleo de Formação
Pedagógica
918
782
Núcleo de Formação
Complementar
600
400
200
200
0
Núcleo de Atividades
Complementares
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projeto político pedagógico do curso de licenciatura em ciências