O Funcionalismo William James O Funcionalismo A psicologia funcionalista surge nos Estados Unidos como a primeira sistematização de conhecimentos em Psicologia. É representada por autores como J. Dewey, (1859), J. Angel (1869-1949) e H. A. Carr (1873-1954). Os princípios funcionalistas se converteram em escolas no final do século XIX, e justamente em duas das mais novas universidades americanas: Chicago e Columbia. Necessidade de ser práticos Os psicólogos funcionalistas definem a psicologia como uma ciência biológica interessada em estudar os processos, operações e atos psíquicos (mentais) como formas de interação adaptativa. Partem do pressuposto da biologia evolutiva, segundo o qual os seres vivos sobrevivem se têm as características orgânicas e comportamentais adequadas a sua adaptação ao ambiente. Considerando a adaptação como a função última da consciência, então serão as funções e não os elementos mentais que devem ser alvo de investigação. A grande questão era responder: “o que fazem os homens”, “por que o fazem”. Objeto de estudo: consciência Método: Pragmatismo Finalidade O conhecimento psicológico deve se mostrar vital. Só que a utilidade buscada não diz respeito ao indivíduo, mas à sociedade como um todo. O meio social não é apenas regulador, mas também finalidade da adaptação. A adaptação psicológica visa ajustar a sociedade a si própria, através do manejo dos indivíduos, especialmente os desajustados. “O psicólogo entra nesse contexto como um engenheiro social da utilidade, buscando promover à moda UTILITARISTA, o maior bem possível. Transforma-se assim a utilidade individual em patrimônio social.” (Ferreira e Gutman, 2004, pág. 137) Willian James – Um nome ímpar no Funcionalismo William James nasceu em Nova York em 1842, e faleceu em 1910, em sua casa de campo na cidade americana de Chocoronua. Entre 1865 e 1866, aos 23 anos, acompanhou o naturalista Louis Agassiz na Expedição Thayer ao Brasil. Nos oito meses de estadia no país, passados principalmente no Rio de Janeiro e na Amazônia, James rascunhou um diário, e produziu desenhos de cenas da expedição, que expressam uma consciência crítica e um distanciamento moral da idéia colonialista que norteava o país. Depois seguiu para a Alemanha e estudou filosofia na Universidade de Berlim, entre 1867 e 1868. No ano seguinte, conseguiu a graduação em medicina em Harvard, tornando-se professor de fisiologia e anatomia a partir de 1873, e depois, de psicologia e filosofia, na mesma universidade. Como filósofo, foi responsável por aquela que é considerada a maior contribuição americana à filosofia: o pragmatismo. O Pragmatismo de James Para James o pragmatismo seria primeiramente um método, e em segundo lugar, uma teoria genética do que se entende por verdade. Em seu primeiro sentido significa a atitude de olhar além das primeiras coisas, dos princípios, das “categorias”, das supostas necessidades; e de se procurar pelas últimas coisas, frutos, consequências, fatos. O pragmatismo atuaria de forma a extrair de cada palavra o seu valor de compra prático, pô-la a trabalhar dentro da corrente da experiência. Desdobra-se como um programa para mais trabalho, e mais particularmente como uma indicação dos caminhos pelos quais as realidades existentes podem ser modificadas. As teorias tornam-se instrumentos.