XII Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia 25 a 28 de setembro de 2012 Porto de Galinhas – PE ADEQUAÇÃO À RESOLUÇÃO CONSEMA Nº 129/2006 EM UMA GALVÂNICA DE CROMO DURO DA CIDADE DE CAXIAS DO SUL, RS, BRASIL Vanessa Dalla Colletta1; Ana Cristina Atti dos Santos2 1 2 [email protected] (EcoCerta Análises Ambientais Ltda, Caxias do Sul, Rio Grande do Sul) [email protected] (EcoCerta Análises Ambientais Ltda, Caxias do Sul, Rio Grande do Sul) Em novembro de 2006 entrou em vigorno estado do Rio Grande do Sul a Resolução CONSEMA nº129/2006, que dispõe sobre a definição de Critérios e Padrões de Emissão para Toxicidade de Efluentes Líquidos lançados em águas superficiais do Estado do Rio Grande do Sul. Para tanto, os efluentes não devem ultrapassar os limites de toxicidade para diferentes níveis tróficos, citando: produtores (algas), consumidores primários (microcrustáceos), consumidores secundários (peixes) e decompositores (bactérias). Com base nesta Resolução, avaliou-se a eficiência no tratamento de efluente de uma galvânica de cromo duro de Caxias do Sul, RS, Brasil, em relação à toxicidade, utilizando algas, microcrustáceos e peixes como organismos-teste. O principal resíduo gerado pela galvânica é o cromo hexavelente que é extremamente tóxico aos organismos aquáticos e ao homem. A empresa realiza eletrodeposição de cromo duro em moldes, ferramentas, matrizes, peças técnicas, hastes de cilindros, entre outras. O processo consiste em aplicar corrente elétrica em uma solução de cromo hexavalente onde a peça está imersa. O tratamento do efluente gerado é realizado em um reator, onde são adicionados ácido sulfúrico para correção do pH, bissulfito de sódio para redução de cromo hexavalente a cromo trivalente, hidróxido de sódio/hidróxido de cálcio para precipitação do cromo trivalente e um agente floculante para facilitar a retirada do resíduo de cromo. No primeiro teste realizado com este efluente, o fator de toxicidade para algas foi maior que 16, sendo altamente tóxico; para o microcrustáceo Daphnia magna e para o peixe Daniorerio o fator de toxicidade foi igual a 2. A exigência na licença de operação da empresa era que o efluente apresentasse um fator de toxicidade igual a 1 para os três níveis tróficos, houve então uma alteração no tratamento do efluente, passando-se a utilizar o hidróxido de cálcio contendo carvão ativado. Realizou-se novo teste de toxicidade com os três níveis tróficos, obtendo-se assim um fator de toxicidade igual a 1 para algas, microcrustáceos e peixes, adequando a empresa à exigência da Resolução nº 129/2006. Palavras-chave: teste de toxicidade aquática, efluente de galvânica, três níveis tróficos Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia (SBE) Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) 160