XII Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia 25 a 28 de setembro de 2012 Porto de Galinhas – PE ESTUDO DO EFEITO DAS SUBSTÂNCIAS HÚMICAS AQUÁTICAS SOBRE A TOXICIDADE DO METAL CROMO PARA A ESPÉCIE Ceriodaphnia dubia Bruna R Ferreira1; Andressa Butafava1; Claudia H Watanabe1; Camila A. Melo1; Lilian K de Oliveira1; Renata Fracácio1; André H. Rosa1 1 [email protected] (Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” -Campus Sorocaba) A classe dos metais potencialmente tóxicos destaca-se dentre os poluentes hídricos. Alguns desses são de necessidade vital aos organismos, mas a maioria quando ultrapassa certos níveis de concentração tornam-se extremamente tóxicos à biota. Dessa maneira, a busca por métodos eficazes para o tratamento de água que minimize tais efeitos, é necessária. Nesse contexto, a Substância Húmica Aquática, para a qual se conhece o efeito de adsorção de metais, se torna de extrema importância. Assim, esse estudo teve o objetivo de buscar resultados satisfatórios para o tratamento de águas contaminadas por cromo em concentração igual e cinco vezes maior do que a máxima permitida pela Resolução CONAMA 357/2005 pelo uso das Substâncias Húmicas Aquáticas no sentido de diminuição da ecotoxicidade do meio, utilizando-se, para isso de testes de toxicidade crônica e aguda com organismos neonatos – 0 a 24 horas de vida – da espécie Ceriodaphnia dubia. As concentrações de Cromo utilizadas foram de 0,005mg L -1 e 0,025mg L-1 e para substância húmica – concentração definida através de ensaios preliminares – de 20mg L-1, tendo essa sido extraída do Rio Itapanhaú (Sudeste brasileiro). Os testes realizados tiveram duração de 7 a 8 dias consecutivos em regime semiestático com trocas totais das soluções-teste a cada três dias. Foi observada toxicidade aguda (morte) para organismos em solução-teste de concentração de cromo igual a 0,025g L-1, tanto na ausência como na presença de Substância Húmica. Para os organismos em solução-teste de concentração de cromo de 0,005mg L-1, houve mortalidade dentro do aceito tanto na ausência como na presença de Substância Húmica, não demonstrando haver efeito tóxico agudo para essa concentração, já se tratando de efeito crônico, houve diferença no nascimento de filhotes com média de 4,2 filhotes por adulto na ausência de Substância Húmica e de 6 filhotes por adulto na presença desta. Esses números, estatisticamente não são suficientes para demonstrar a efetividade do efeito quelante da Substância Húmica sobre os metais, entretanto, pelos dados brutos pode-se concluir que na presença de SHA notou-se uma melhoria das condições crônicas indicando o seu potencial para quelar o referido metal. No entanto, serão necessários a realização de novos testes com maiores concentrações da Substância Humica bem como o uso de SHA extraídas de outros sistemas aquáticos. Palavras-chave: substâncias húmicas aquáticas, cromo, Ceriodaphnia dubia Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia (SBE) Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) 260