PARSUK Newsletter
EDITORIAL
Maio 2009
Número 2
Portuguese Association of Researchers
and Students in the United Kingdom
EDITORIAL
Esta é a segunda edição da newsletter da PARSUK.
Para esta edição preparámos uma entrevista
exclusiva com Sofia Escobar, cantora portuguesa que
recentemente venceu o prémio para Melhor Actriz de
Teatro Musical nos Whatsonstage.com Theatregoers’
Choice Awards (página 2). Poderá ainda ficar a
conhecer mais alguns membros desta comunidade
(ver Percursos, página 5), bem como diversas
notícias de particular interesse para os estudantes e
investigadores portugueses no Reino Unido (páginas
7-10).
Após quase um ano à frente da direcção da PARSUK,
é com enorme orgulho que vejo que a associação
está cada vez mais sólida e em constante
crescimento (ver PARSUK – Um Ano Depois, na
página 4). Estamos ainda a dar os primeiros passos,
mas acredito que a dá-los na direcção certa.
Pequenos passos, como o convite para participação
no Forum PAPS, comprovam o reconhecimento da
nossa associação (notícia na pág. 7). Ao longo deste
ano temos também vindo a trabalhar na preparação
da página da internet da PARSUK (online brevemente
em www.parsuk.pt) que, entre outras coisas, irá
promover o contacto e a interacção entre os
membros desta associação.
Mas não queremos apenas olhar para o presente e
ver aquilo que hoje somos. É particularmente
importante nesta fase ter visão sobre o futuro desta
associação. Num futuro próximo, já no final de
Junho, teremos novas eleições para os orgãos
dirigentes da PARSUK e é neste momento nosso
grande desafio assegurar uma sucessão sólida na
direcção da PARSUK. Acreditamos que esta
associação é de todos nós e que cabe a cada um
construir o futuro da PARSUK.
Nesta edição
Editorial
1
Entrevista com Sofia Escobar
2
PARSUK - Um ano depois
4
Percursos
5
PARSUK no Forum PAPS
7
Por cá aconteceu
8
Notas breves
10
Gostaria pois de aproveitar este espaço para
convidar todos os membros interessados em dar
continuidade ao nosso trabalho a apresentar
listas e programas eleitorais para estas eleições.
Caso estejam interessados mas não consigam
reunir uma lista com nove candidatos, entrem em
contacto connosco de forma a podermos
estabelecer uma ponte entre os potenciais
interessados.
Como nota final gostaria de deixar uma
mensagem de parabéns a toda a equipa de
Londres que está a organizar o LUSO2009. O
LUSO2009 já é um sucesso e conta com a vossa
participação no dia 27 de Junho!
E assim me despeço com os
cumprimentos a todos e um até breve,
melhores
Raquel Oliveira
Presidente da PARSUK
PARSUK – Portuguese Association of Researchers and Students in the United Kingdom
EMAIL: [email protected]
1
ENTREVISTA
por João Rosa
Sofia Escobar
A PARSUK entrevistou aquela que foi considerada a melhor actriz de teatro musical em 2009, a
portuguesa Sofia Escobar. Sofia contou-nos como a sua vida mudou recentemente após o seu
sucesso nos musicais O Fantasma da Ópera, onde interpretou Christine e em West Side Story,
onde interpreta Maria e que se encontra em tournée internacional.
Apesar de ter um percurso profissional bastante
diferente da grande maioria dos membros da
PARSUK, a Sofia veio para o Reino Unido em busca
de melhores oportunidades para a sua carreira.
Como tomou a decisão de vir para Londres? Veio
“à aventura” ou tinha planos bem definidos?
Não vim propriamente “à aventura” porque vim
estudar, tinha feito provas e foi-me atribuído um
lugar no curso de canto na ‘Guildhall School of
Music and Drama’, por isso o meu plano era
investir na minha formação como cantora e actriz.
O rumo que a minha carreira tomou a partir daí
foi uma grande surpresa!
Como foi a adaptação a um país e a uma cultura
bastante diferentes da cultura portuguesa? Sentiu
algumas dificuldades por ser uma actriz
estrangeira?
Felizmente eu tenho muita facilidade em adaptar-me a locais e culturas diferentes, adoro viajar, e
fascina-me conhecer pessoas e ambientes
culturais
diferentes,
acho
que
é
muito
enriquecedor. Quanto às dificuldades que senti,
estas deveram-se não ao facto de ser uma actriz
estrangeira mas sim a questões pessoais, as
nossas bem portuguesas saudades! Senti e sinto
saudades de tudo e de todos!
Como surgiu a oportunidade de interpretar
Christine na peça “O Fantasma da Ópera”?
Na altura vi um anúncio no jornal que dizia que a
Cameron Mackintosh
estava à procura da
Christine, decidi tentar, mas nunca pensei que
fosse de facto conseguir o papel!
Veio depois o convite para ser Maria na peça
“West Side Story”, que lhe valeu o prémio de
‘Melhor Actriz de Teatro Musical’. Foi um sonho
tornado realidade?
Ter chegado até aqui e ter a oportunidade de
estar a trabalhar com pessoas incríveis com as
quais tenho aprendido imenso e estar em palco
todos os dias a representar personagens que
adoro foi sem dúvida um sonho muito antigo
tornado realidade. O reconhecimento do meu
trabalho através das nomeações e o prémio que
me foi atribuído foi algo que estava muito além
das minhas expectativas, especialmente numa
fase tão inicial da minha carreira – estou muito
feliz e cheia de força para continuar a trabalhar e
a aprender!
Já representou personagens femininas muito
diferentes. Revê-se nalgum dos papéis que
interpretou até agora?
Até agora houve sempre algumas características
comuns entre as minhas personagens e eu, por
exemplo: todas elas são românticas, pessoas que
acreditam no amor acima de tudo. No caso da
Christine partilho com ela o amor pela música e
no caso da Maria, a importância que ela dá à
igualdade e ao valor da família e amigos.
“O reconhecimento do meu trabalho através
das nomeações e o prémio que me foi
atribuído foi algo que estava muito além das
minhas expectativas, especialmente numa fase
táo inicial da minha carreira”
2
ENTREVISTA
Pensa que não teria conseguido alcançar este
sucesso em Portugal?
Eu só vim para Londres há cerca de 3 anos, antes
disso já há muito tinha decidido que o meu futuro
estava no mundo da arte e representação.
Cheguei a participar em alguns trabalhos em
Portugal e, quem sabe, talvez se tivesse ficado
tivesse, eventualmente, atingido o sucesso. Mas a
verdade é que conheço muitos grandes talentos
que são pouco aproveitados em Portugal, isso
entristece-me e espero um dia chegar a um
ponto na minha carreira em que possa ajudar
esses talentos sem que eles se vejam
pressionados a sair do nosso país para seguirem
os seus sonhos.
“Conheço bastantes portugueses a trabalhar
cá, músicos, cantores e actores, vêm como eu
em busca de formação e mais oportunidades.
Portugal está cheio de talentos em diversas
áreas”
A maior parte dos membros da PARSUK está
ligada à Ciência e Tecnologia. Há muitos
portugueses a trabalhar em áreas artísticas no
Reino Unido?
Conheço bastantes portugueses a trabalhar cá,
músicos, cantores e actores, vêm como eu em
busca de formação e mais oportunidades.
Portugal está cheio de talentos em diversas áreas.
por João Rosa
Quais são os seus próximos projectos? Para
quando o regresso aos palcos londrinos?
Neste momento estou com o ‘West Side Story’ até
ao final de Julho, entretanto já surgiram algumas
propostas mas é ainda cedo para dizer o que virá
a seguir. Estou muito entusiasmada por começar
a fazer audições para televisão e cinema, é uma
área que me fascina muitíssimo e estou muito
interessada em aprender mais sobre esse meio
que logicamente é bastante diferente dos palcos e
do teatro ao vivo.
E agora a pergunta com que todos nós na PARSUK
somos confrontados eventualmente - pensa
voltar a Portugal algum dia?
Adorava ter a oportunidade de trabalhar no nosso
país, sem dúvida que é algo que tenho mesmo
muita vontade de fazer: trabalhar com a minha
língua materna e para o nosso público! Recebo
diariamente mensagens de apoio e carinho vindas
de portugueses que me têm dado tanta força nos
dias mais difíceis, para todos o meu sincero
obrigada, espero poder pisar os nossos palcos de
novo um dia, esse seria mais um sonho tornado
realidade. 3
PARSUK - UM ANO DEPOIS
por João Rosa
Após o primeiro aniversário da PARSUK, chegou a altura de fazer um balanço e dar a conhecer a
comunidade diversificada que constitui esta associação.
A PARSUK completou no passado dia 20 de Março
o seu primeiro aniversário juntando, à data de
edição desta newsletter, um conjunto de 123
estudantes e investigadores portugueses a viver e
trabalhar no Reino Unido. Em 2005, segundo
dados disponibilizados pela Fundação para a
Ciência e Tecnologia, cerca de 30% das bolsas de
doutoramento atribuídas por esta instituição e em
execução no estrangeiro correspondiam a
universidades britânicas, num total de 312
estudantes (em comparação com 17% nos EUA,
13% em Espanha e 11% em França). Os estudantes
de doutoramento representam uma grande
fracção da comunidade científica portuguesa a
trabalhar no Reino Unido, mas esta inclui também
estudantes de licenciatura, jovens investigadores
em
início
de
carreira
e
investigadores/trabalhadores ligados a diversas
instituições e empresas britânicas. A PARSUK está
ainda aquém de conseguir integrar toda esta
vasta comunidade, mas o balanço após um ano
de existência é claramente positivo.
Os membros da PARSUK encontram-se a
trabalhar em diversas cidades do Reino Unido,
com maior concentração em Londres, Oxford e
Cambridge, onde se encontram as maiores
universidades deste país. Inglaterra é, sem
margem para dúvida, a preferência dos membros
desta
associação,
com
uma
pequena
representação na Escócia, que infelizmente ainda
não se estende à Irlanda do Norte e ao País de
Gales. A PARSUK tem também três Membros
Associados, dois dos quais se encontram em
Portugal e um nos EUA, que demonstraram
interesse em conhecer e participar nas
actividades desta associação.
Estamos ainda em processo de compilar as áreas
de investigação dos vários membros da PARSUK,
mas os dados que possuímos mostram que a
grande maioria trabalha em áreas ligadas às
Ciências Naturais (Biologia, Química, Bioquímica,
etc) e à Medicina, com uma fracção significativa a
trabalhar em Ciências Exactas (Física, Astrofísica,
Matemática, etc). Uma parte dos membros está
ligada às Ciências Sociais e Humanas (História,
Literatura, Sociologia, Política, etc) e a Áreas
Financeiras
(Economia,
Gestão,
Marketing,
Finanças, etc).
O número de inscritos a trabalhar em Engenharia
e Áreas Tecnológicas é ainda bastante reduzido,
apesar de muitos dos membros ligados às
áreas
cientifico-naturais
trabalharem
em
projectos com uma importante componente
tecnológica. As áreas artísticas representam uma
fracção muitíssimo pequena da associação, sendo
uma das áreas cuja presença PARSUK gostaria de
ver fortalecida.
A nova forma de registo online através da
webpage da PARSUK, a qual estará disponível
brevemente, possibilitará um melhor conhecimento das actividades científicas dos seus
membros. O crescimento da PARSUK depende
fortemente da divulgação da associação e das
suas actividades pelos seus membros, pelo que
contamos com a participação de todos para fazer
da PARSUK o órgão associativo e representativo
por
excelência
da
comunidade
científica
portuguesa no Reino Unido. 4
PERCURSOS
Pedro Martins, Londres
Vivo no Reino Unido desde 2000, quando comecei
o meu doutoramento em Economia na
Universidade de Warwick. O doutoramento foi
uma experiência muito estimulante, dado o
ambiente dinâmico e muito aberto a novas ideias
no departamento onde estive a trabalhar e na
universidade em geral. Escrevi a minha tese sobre
economia do trabalho, tomando a situação de
Portugal como um case study, e focando a minha
análise em questões relacionadas com salários,
educação e investimento estrangeiro. Seguiu-se
uma lectureship na Universidade de St Andrews
(2003-04), onde tive oportunidade de aprender
bastante a vários niveis, nomeadamente em
termos de boas práticas ao nível da docência.
Em 2004 mudei-me para Queen Mary,
Universidade de Londres, onde actualmente sou
“Reader in Applied Economics”. A universidade
proporciona-me óptimas condições em termos de
investigação, o que se tem reflectido em termos
de várias publicações, projectos, networks
internacionais e consultadorias (OCDE, Comissão
Europeia, INE, Watson Wyatt, etc). Tenho também
alargado a minha área de investigação, passando
a considerar outros países além de Portugal (em
particular o Brasil e o Reino Unido) e outros
temas. Aqui incluem-se questões relacionadas
com o comércio internacional e os seus efeitos no
mercado de trabalho, um tema importante numa
altura em que a globalização pode retroceder.
Em todo o caso, procuro manter as ligações a
Portugal, sendo actualmente investigador no
Instituto Superior Técnico (Centro de Estudos de
Gestão) e estando a colaborar com economistas
do Banco de Portugal e da Universidade Nova de
Lisboa.
Finalmente, escrevo com a regularidade possível
no
meu
blog,
onde
http://economiadaspessoas.blogspot.pt,
analiso os desenvolvimentos (?!) na economia de
Portugal. Mariana Pote, Oxford
Parti de Portugal com 16 anos para estudar em
Gales num colégio fantástico (Atlantic College)
que faz parte do movimento dos United World
Colleges. Aqui fiz amizades com pessoas de
inúmeros países com diferentes formas de pensar
e ver o mundo. Por consequência, a curiosidade
de saber mais sobre as diferentes culturas e
formas de viver que conheci levou-me a estudar
Antropologia, e fiz o bacharelato em UCL (BSc
Antropology).
Sempre interessada em arte e no mundo dos
objectos do dia-a-dia, enveredei pelo estudo do
que é conhecido nos meios antropológicos como
a ‘cultura material’ (que inclui o estudo de
objectos desde telemóveis, a moda, arquitectura,
natureza, arte contemporânea, etc.). Este
interesse trouxe-me para a Universidade de
Oxford onde estou de momento a completar um
mestrado em Cultura Material e Museus
Etnográficos (MSc Material Anthropology and
Museum Ethnography).
Tenho interesse em varias áreas profissionais,
mas gostava em particular de enveredar pelo
caminho de museus, jornalismo, comunicação e
administração da cultura. Tenho experiência de
trabalho em museus, sou estagiária numa
empresa que estuda hábitos de consumo e já
escrevi alguns artigos sobre arte e objectos para
revistas online. Tenho também um recente
interesse em desenvolver as minha competências
na área do design. Penso que o estudo da
interacção entre a vida social e o mundo material
pode e deve ser aplicado de um modo prático,
para melhor enquadrar os objectos criados que
nos rodeiam com referência as necessidades das
pessoas. Se as minhas habilidades/experiências
forem de alguma utilidade para projectos a serem
desenvolvidos, ou se tiver algum interesse em
saber mais sobre o estudo da cultura material,
por favor não hesite em contactar-me. [email protected]
5
PERCURSOS
Joana Câmara, Horsham
O meu nome é Joana Câmara, tenho 31 anos e
sou investigadora de pós-doutoramento na
empresa farmacêutica Novartis, em Inglaterra.
Não poderia começar com “Desde pequena que
queria ser...” porque nunca consegui escolher
uma só profissão. No entanto, desde os livros
sobre vulcões ou estrelas ao kit de experiências e
magia, tudo apontava numa direcção: Ciência.
O meu percurso iniciou-se assim na Faculdade de
Ciências (Universidade de Lisboa) com a
licenciatura em Biologia Microbiana e Genética.
Foi no estágio que se revelou o meu grande
interesse por investigação. Ingressei então no
Programa Gulbenkian de Doutoramento em
Biomedicina (PGDB) para um ano curricular em
que descobri a minha paixão: Neurociências.
Sempre pensei ficar em Portugal mas, após esse
ano, o meu destino seria a Universidade
Rockefeller, em Nova Iorque, que adorei.
Decorrido um ano, rumei à Universidade de
Cambridge,
Inglaterra,
onde
obtive
o
doutoramento
em
Neurociências
e
onde
subsequentemente fui Research Associate.
Sinto-me privilegiada por ter podido “viver ciência”
nestes pólos científicos dos Estados Unidos e
Inglaterra. Ainda em Cambridge fui uma das
organizadoras do Encontro de Estudantes e
Investigadores Portugueses no Reino Unido –
LUSO2007.
Enquanto até aqui todas as minhas decisões tinham
fluído naturalmente, nesta altura deparei-me com a
inadiável questão – o que quero ser quando for
grande? Decidi então conhecer um outro mundo – a
indústria farmacêutica. Entrei no programa pósdoutoral da Novartis que, em paralelo com a minha
investigação, me tem exposto ao enredo de uma
grande farmacêutica: patentes, alvos terapêuticos,
marketing.
Encontro-me, assim, há cerca de sete anos no
estrangeiro e a próxima questão já me assalta:
Portugal? Apesar das oportunidades que vão
surgindo cá fora, desejo muito voltar a Portugal e
contribuir com o meu percurso. Levarei comigo,
com saudade, um pouco de cada sítio e de cada
pessoa que conheci ao longo desta viagem. Contamos com a vossa participação na
secção “Percursos”.
Enviem-nos já os vossos textos!
6
A PARSUK esteve presente no X Forum PAPS
por Raquel Oliveira
O X Forum PAPS foi dedicado ao tema “Novos desafios para o Futuro”
O X Forum da Portuguese American Post-Graduate
Society (PAPS) teve lugar em Los Angeles no passado dia
18 de Abril. Este encontro reuniu cerca de 100
estudantes portugueses vindos dos mais diferentes
cantos dos Estados Unidos.
O encontro teve abertura com chave de ouro, com uma
entusiasmante apresentação pelo Professor António
Damásio que nos levou um pouco da história da
neurobiologia, finalizando com a divulgação do seu mais
recente trabalho sobre a biologia do cérebro na
percepção de emoções como a admiração e a compaixão.
“Não podemos entender onde estamos se não
soubermos de onde vimos”
António Damásio
Seguiu-se uma sessão dedicada os “Novos desafios do
futuro”. A mesa redonda, moderada por Vitor Gonçalves,
correspondente internacional em Washington para a RTP,
contou com a presença de Rui Grilo, Coordenador do
Plano Tecnológico – Portugal a Inovar, Torben Rankine
da Country Manager na Leadership Business Consultinge,
Paulo Tabuada, Professor na UCLA e Francisco Veloso da
Carnegie Mellon University.
As suas intervenções
trouxeram
diferentes
perspectivas
sobre
o
presente/futuro em diversas áreas, desde a academia à
indústria, passando pelas políticas adaptadas a uma
nova fase de conhecimento, tecnologia e inovação.
“Academic career in a nutshell: work, work,
work, network, network, network”
Paulo Tabuada
Seguiu-se um almoço onde não faltaram as delícias
gastronómicas bem portuguesas, incluindo deliciosos
bolinhos de bacalhau e saborosos pastéis de nata.
A sessão da tarde foi aberta pelo Professor José Pinto dos
Santos, Professor of Practice in Global Management INSEAD (Fontainebleau), que nos falou sobre os desafios
da globalização onde salientou a diferença entre a
globalização e a uniformização, realçando a importância
das
competências
individuais
numa
economia
globalizada.
A organização deste fórum foi
liderada pelo actual Presidente da
PAPS, João Cruz (na foto), que contou
com a colaboração da sua equipa:
Rossana Henriques, Sérgio Duarte,
Tiago Freire, Pedro Castelo Branco,
Luis Pedro Coelho, Sérgio Figueiredo,
Pedro Gardete, Anabela Maia, Inês de
Matos, Andreia Rosa e Margarida
Soares.
Joana Vasconcelos, artista plástica, presenteou-nos com
uma apresentação fabulosa da sua obra juntamente com
detalhes da sua concepção e significado. Foi um
momento particularmente delicioso onde se tornou
evidente o quanto a Arte, a Economia e a Ciência têm em
comum.
“A globalização é um processo de
interdependência das nações, uma união de
diferenças”
José Pinto dos Santos
A participação da PARSUK esteve reservada para o último
painel, moderado por Bárbara de Oliveira Pinto,
correspondente internacional em Los Angeles para a
RTP. Este painel contou com a presença de Tiago
Carvalho, criador do www.papaformigas.com (motor de
busca de cientistas portugueses), Rossana Henriques,
Vice-President da PAPS, Angela Simões da Comissão
executiva da PALCUS (Portuguese-American Leadership
Council of the United States) e Raquel Oliveira,
Presidente da PARSUK. Cada orador apresentou a história
e objectivos das organizações que representam. Seguiu-se um espaço de discussão dedicado ao tema
“Networking e a importância de redes sociais”.
O Forum PAPS terminou com um cocktail seguido de
jantar no Fowler Museum. António Murta, vicepresidente da Wipro Retail, foi o orador convidado para a
sessão de encerramento. Falou-nos do estado da
Economia em Portugal, salientando as vantagens e
desvantagens no estabelecimento de empresas em
Portugal, bem como as estratégias para expansão
internacional das mesmas.
“Não podemos “ter medo de ser” (José Gil),
temos de ultrapassar as barreiras que
construímos nas nossas mentes e tentar
alcançar o máximo possível”
António Murta
A presença da PARSUK neste Forum foi um passo inicial
para uma estreita colaboração entre a PARSUK e a PAPS.
Ficou claro que ambas as associações têm objectivos
comuns e que conjuntamente poderão estabelecer uma
rede forte de estudantes portugueses no estrangeiro. Fotografia de grupo dos participantes do X Forum PAPS
7
POR CÁ ACONTECEU…
LONDRES
“À mesa com Caetano Reis e Sousa” junta 50 associados da PARSUK
Realizou-se no passado dia 31 de Janeiro pelas 13h no
restaurante O FADO (em Knightsbridge, Londres) o
primeiro almoço de um ciclo de encontros intitulados
"À mesa com...".
O almoço teve a participação de cerca de 50 associados
da PARSUK e o orador convidado foi o Dr. Caetano Reis
e Sousa, investigador em imunologia do Cancer
Research UK, em Londres, que de maneira informal e
bem-humorada nos contou os enredos da sua carreira.
Nascido em Lisboa, a sua ligação às ilhas britânicas
começou durante o ensino secundário quando foi
estudar um ano para o World United College de Gales.
Foi esta a experiencia que depois motivou o seu
ingresso no Imperial College de Londres. O interesse
pela Imunologia surgiu em Oxford quando, insatisfeito
com a atenção obtida no primeiro laboratório onde
começou o doutoramento, decidiu mudar para o
laboratório do imunologista Jonathan Austyn, sob a
orientação do qual obteve o DPhil em 1992 com tese
sobre a fagocitose por células dendríticas.
Embora sem perspectivas imediatas de regressar a
Portugal, Caetano Reis e Sousa mantém contacto com a
ciência que se faz no nosso País. Na sua palestra,
defendeu que os portugueses, mesmo que na diáspora,
podem ter um papel activo na construção da
comunidade científica nacional, e citou como exemplos
as suas colaborações com grupos em Portugal ou a
presença em encontros, conferências ou exames de
doutoramento no nosso País.
Dias antes do nosso encontro, Caetano Reis e Sousa
recebeu o prestigiado prémio Liliane Bettencourt Life
Sciences de 250 mil euros da Fundação Bettencourt
Schüller, que tem como objectivo incentivar cientistas
excepcionais em Ciências da Vida com idade inferior a
45 anos a prosseguir o seu trabalho. De seguida rumou aos Estados Unidos da America onde
passou cinco anos e meio como post-doc fellow no
laboratório de Ron Germain no NIH onde estudou
vários aspectos da apresentação de antigénios e
activação de células T.
Em 1998, regressou a Londres para formar um grupo
de investigação no Imperial Cancer Research Fund
(actualmente chamado Cancer Research UK). O seu
grupo estuda a regulação inata da imunidade
adaptativa pelas células apresentadoras de antigénio e
os mecanismos que promovem a activação das células
dendríticas.
8
POR CÁ ACONTECEU…
OXFORD
OXFORD
Storytelling Science
Decorreu no Linacre College, em Oxford, no passado
mês de Março, o primeiro de uma série de seminários
sobre ciência, organizados por Catarina Amorim,
Visiting
Academic
in
Science
Journalism
na
Universidade de Oxford. A ‘Science Communication
Seminar Series – Storytelling Science,’ com um
seminário por mês e dois cientistas convidados por
seminário, terá a duração de cinco meses. O objectivo
é dar aos cientistas um palco a partir do qual possam
explicar no que consiste o seu trabalho, de forma
simples e acessível, pensada em concreto para uma
audiência sem formação em ciência, e usando para tal
as ferramentas do jornalismo científico.
O primeiro seminário contou com a apresentação
"Measuring stars and empires: an earthly glance at the
history of astronomy,” de Pedro Raposo, aluno de
doutoramento e Magellan Scholar em História da
Ciência na Universidade de Oxford e “LEGO building in
biology: a short story of X-rays, DNA and proteins,“ de
Paula Salgado, investigadora na Division of Molecular
Biosciences do Imperial College London.
O segundo seminário teve lugar no dia 29 de Abril e
consistiu na apresentação ‘Strings and branes: a
romance of many dimensions,’ da autoria de João G.
Rosa, aluno de doutoramento em Física de Partículas
na Universidade de Oxford, e ‘How do chromosomes
get divorced? Just get rid of the ring!’, da autoria de
Raquel Oliveira, investigadora em Bioquímica na
mesma universidade. Storytelling Science no Facebook.
[email protected]
Enviem-nos as vossas notícias com eventos
organizados por estudantes e investigadores
portugueses no Reino Unido
LONDRES
Peça de teatro sobre Aristides de Sousa
Mendes
Entre Janeiro e Fevereiro deste ano esteve em
representação em Londres, na Greenwich Playhouse,
uma peça sobre o famoso cônsul-geral português,
Aristides de Sousa Mendes.
Fonte: http://www.offwestend.com/index.php/plays/view/2509
Intitulada ‘Aristides – The Outcast Hero,’ a peça é da
autoria de Alice de Sousa e relata a forma como,
durante a década de 40, o cônsul português de
Bordéus, desobedecendo às instruções dadas pelo seu
governo, facultou cerca de 30.000 vistos a pessoas que
procuravam escapar às forças nazis.
A autora, que muito tem contribuído para a divulgação
de grandes obras da literatura portuguesa em palcos
ingleses, foi distinguida no mês de Março com um
prémio do jornal londrino “As Notícias.” 9
NOTAS BREVES
3º Encontro de Estudantes e Investigadores
Portugueses no Reino Unido
É com prazer que anunciamos o LUSO2009, a realizar
no dia 27 de Junho de 2009.
Após duas edições bem sucedidas do LUSO, em
Cambridge e em Oxford (LUSO2007 e LUSO2008,
respectivamente), cabe agora a vez a Londres de
receber a edição deste ano.
O LUSO2009 pretende consolidar o diálogo e a
interacção entre os estudantes e investigadores
portugueses residentes no Reino Unido. Acreditamos
que este encontro irá contribuir para o estabelecimento
de uma rede de contactos que será de benefício mútuo
para participantes e entidades que apoiam este
projecto.
Será também debatida a actual situação da
investigação e ensino superior, tanto em Portugal como
neste país bem como as perspectivas de carreira
existentes, nomeadamente no meio académico e
empresarial.
Durante o LUSO2009 será possível ouvir oradores de
reconhecido mérito ligados à investigação, ensino e
empreendedorismo
em
diferentes
áreas
do
conhecimento.
É nosso desejo que este encontro seja gerador de
forças para o futuro, juntando pessoas de diferentes
áreas mas que partilham uma raiz comum e a mesma
procura de sucesso, tanto a nível individual como
colectivo.
Esperamos poder contar com a vossa presença!
A Organização do LUSO2009
Mais informações e inscrições em
www.luso2009.pt.vu A PARSUK precisa de um logótipo!
Assembleia Geral da PARSUK
No dia 28 de Junho de 2009, o dia seguinte ao
LUSO2009, realizar-se-á também em Londres a
Assembleia Geral da PARSUK - Portuguese Association
of Researchers and Students in the United Kingdom.
A Assembleia Geral é um lugar privilegiado para o
debate do futuro da nossa associação pelo que
convidamos todos os membros a estarem presentes e a
trazerem as vossas perspectivas e ideias para a
PARSUK. Na ordem de trabalhos desta Assembleia Geral
anual estará também incluída a eleição dos órgãos
sociais da associação para o ano 2009-2010, pelo que
encorajamos todos a participarem nas eleições através
da elaboração de listas e programas eleitorais para a
Direcção, Mesa da Assembleia Geral e Conselho Fiscal
da PARSUK.
A convocatória oficial da AG e o regulamento eleitoral
em vigor serão divulgados em breve, com o local e a
hora da reunião.
Frederico Regateiro
(Presidente da Mesa da Assembleia Geral)
A PARSUK está a organizar um concurso para criar o
logótipo oficial da associação. Este concurso está
aberto a todos os membros, que devem enviar um
email para a PARSUK com as suas propostas até ao dia
21 de Junho de 2009. As propostas serão divulgadas
através da mailing list da PARSUK e durante o
LUSO2009 e a votação decorrerá durante este encontro
e na Assembleia Geral da PARSUK, nos dias 27 e 28 de
Junho de 2009.
O logótipo deverá incluir as expressões “PARSUK” ou
“PARSUK – Portuguese Association of Researchers and
Students in the United Kingdom” e poderá ser
acompanhado de um pequeno texto explicativo.
Deixamo-vos como mote aquelas que pensamos ser as
ideias-chave desta associação “união”, “comunidade” e
“inovação”, mas cada um será livre de dar asas à sua
imaginação.
Convidamos todos os membros a fazerem uso dos seus
dotes artísticos (ou a recorrerem a familiares/amigos,
se acharem mais produtivo!) e participarem neste
concurso. Ao vencedor será atribuido um prémio
simbólico mas o mais importante será a oportunidade
de ficar para a história desta associação! Contamos
com a vossa participação! 10
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