Jornal editado pelo Instituto Brasil Imperial Junho de 2014 Ano XVIII Número 221 www.brasilimperial.org.br CHEGA!!!!! 02 Palavra do Presidente O Brasil está em estado de guerra que o Governo insiste em não declarar. Estamos em clima de Copa do Mundo e deveríamos aqui e agora estar comentando a grande festa mundial do futebol que está acontecendo em nosso país desce o dia 12 deste mês e vai até o dia 13 de julho. Sobre a Copa do Mundo de 2014, poderíamos falar da alegria do povo torcendo e vibrando em cada jogo, independente de ser jogo do Brasil ou não. É claro que somos #PorUmBrasilMaisJusto, e um Brasil Mais Justo passa pela satisfação que o Estado proporciona à Nação, “Povo Alegre, Povo Feliz”. Acontece que a felicidade do nosso povo é momentânea, dura pouco, e logo voltamos para a realidade. A violência e a insegurança se aceleram num crescente vertiginoso em todas as cidades brasileiras, o que era só nas grandes metrópoles ultrapassou fronteiras e atingiu cada cidade por menor que seja. Jorge Pontes, delegado federal e exdiretor da Interpol no Brasil, fala sobre o flagelo do crime institucionalizado que vive o País. Segundo suas palavras que aqui expomos como uma verdadeira realidade, a sociedade brasileira vem assistindo nos últimos anos, talvez ainda sem entender bem suas reais dimensões, o surgimento e o fortalecimento de mais uma praga – quase – endêmica do nosso país; digo “quase”, pois alguns países africanos também a experimentam. Trata-se do que podemos denominar de “Crime Institucionalizado”. 03 Tal fenômeno, que adquiriu contornos marcantes, que o diferenciam conceitualmente do crime organizado convencional, merece urgente atenção não apenas das autoridades policiais, do ministério público e do judiciário, mas, sobretudo, da imprensa e da sociedade como um todo, pois seu fortalecimento e sedimentação tem a capacidade de minar de forma devastadora as melhores possibilidades do desenvolvimento nacional. Vale dizer, grosso modo, que o “Crime Institucionalizado” estaria para o crime organizado assim como a motocicleta está para o velocípede. Ao contrário do crime organizado, agora neste contexto rebaixado à delinquência juvenil, o “Crime Institucionalizado” não lança mão de atividades escancaradamente ilegais, como o tráfico de drogas, de armas, a prostituição, o jogo ilegal etc. Este novo e poderoso flagelo utiliza-se apenas da plataforma oficial, dos governos das três esferas, do estamento público, dos ministérios da república, da política partidária e das regras eleitorais para prospectar e desviar fortunas do erário público. Todo o seu faturamento tem origem nos contratos de serviços e obras, nas concorrências públicas, nos repasses para programas de governo, principalmente para ONGs e OSCIPs. Trata-se, desta feita, de atividade infinitamente mais lucrativa e segura do que qualquer negócio ilegal convencional colocado em prática por organizações tipo máfia. Em suma, enquanto o crime organizado viceja aproveitandose da letargia e da omissão de alguns homens públicos, o “Crime Institucionalizado” é fruto da própria ação estruturada e pensada de um grupo de homens e mulheres que comandam determinado setor, empresa ou unidade do poder público. Outra diferença marcante é que, enquanto o crime organizado coopta, ou, quando muito, infiltra um agente aqui e acolá, na polícia ou numa determinada repartição, o “Crime Institucionalizado” indica e nomeia, com a devida publicação em diários oficiais, dezenas de autoridades que servem aos seus propósitos tanto na empreitada criminosa propriamente dita, como na tomada de medidas garantidoras da impunidade do grupo e da salvaguarda do butim, nos três poderes da república. Mais um nuance importante é que o “Crime Institucionalizado”, com seus exércitos de nomeados em cargos e funções estratégicas, com vista a garantir alguns aspectos vitais da atividade, isto é, para institucionalizar a própria moenda criminosa, estaria, desgraçadamente, lançando mão da elaboração e promulgação de normas administrativas, e até de leis, que facilitem sua consecução. Eles têm a faca, o queijo e, é claro, a boca faminta, ao seu inteiro dispor. Na última década o “Crime Institucionalizado” 04 vitaminou-se tremendamente, aproveitando-se dos seguidos recordes de arrecadação tributária. Com o ingresso de dezenas de milhões de pessoas na classe média e o consequente aumento do consumo, os cofres públicos abarrotaram-se de dinheiro. São exatamente essas divisas, oriundas do alquebrado contribuinte brasileiro, que vêm alimentando o “Crime Institucionalizado”. Uma de suas consequências práticas mais nefastas é a existência de centenas de concorrências públicas viciadas pelas fraudes do “Crime Institucionalizado” – há quem diga, inclusive, ser difícil encontrar, nos dias de hoje, uma única licitação que não seja “arrumada”. Contudo, ainda mais desoladora é a possibilidade da existência de grandes e vultosos projetos sendo aprovados com o único e exclusivo intento de desviar verbas públicas. É de fato o pior dos mundos, onde a corrupção estaria no nascedouro das iniciativas. Não seria mais o caso do estádio de futebol superfaturado, mas o caso do estádio de futebol que nem deveria ter sido construído, isto é, a corrupção de raiz. Não é como dizem por aí, “o malfeito”, mas o que nem deveria ter sido feito. Esta situação tem saída, por mais difícil e desfavorável que possa parecer. E a solução passa necessariamente pela total e completa blindagem política de todos os órgãos que compõem a persecução criminal, sem prejuízos de outras medidas de proteção às instituições do estado brasileiro, mormente as agências controladoras, nas três esferas políticas. O quadro aponta para a necessidade da edificação de uma estrutura policial, altamente preparada e fortalecida, que faça frente a tais dragões, e com capacidade de investigar aqueles que nomearam seus próprios chefes. Reiteramos, estas são palavras de Jorge Pontes, delegado federal e exdiretor da Interpol do Brasil. O assunto é inesgotável, muito poderíamos falar sobre a violência e a insegurança por que passa o nosso povo, e da insatisfação de homens, mulheres, famílias, profissionais que querem fazer do Brasil um país melhor para viver, mais justo, e que viram que para poder realizar esta transformação não seria somente através da Educação e Conscientização Política, mas sim da articulação política, inserindo-se no cenário político não somente como um mero espectador, mas como um ator. Das mãos destes novos atores nasceu o RDP que uma vez instalado no congresso dará inicio à transformação dos Poderes Públicos de dentro para fora. A Nação pede e o RDP luta #PorUmBrasilMaisJusto. O RDP nasceu para mudar a história do Brasil e isso só você pode fazer acontecer, venha para o RDP você também. www.realdemocracia.org.br www.facebook.com/movimentoporumbrasilmaisjusto. 05 POSTURA, SENHORES! Dom João de Orleans e Bragança Publicado no Jornal Estado de S.Paulo em 16 de maio Passaram-se 50 anos do dia em que nos afundamos numa ditadura. Será que aqueles que lutaram por um Brasil livre apoiariam a podridão que vemos hoje ou se sentiriam traídos por muitos que estão no governo? Faltam estadistas e falta postura pública, para que os eleitos deixem de lado a luta partidária e olhem pelo País, governem para todos e não deixem o Estado se transformar em feudo e o governo, em cabide de empregos. É o que estamos vendo. Muitos se conformam e fecham os olhos, achando que os grandes avanços sociais dos últimos 20 anos permitem isso, um “rouba, mas faz” atualizado. Quem está na vida pública, porém, deve fazê-lo por ideal. Quem é eleito tem a obrigação de servir ao País, nunca se servir dele. Vemos, na maioria daqueles que se dedicam à política, uma postura absolutamente oposta àquilo de que o Brasil precisa. Não há idealismo nem ética em muitos de nossos homens e mulheres da vida pública, características que devem ter aqueles que, pelo voto ou por nomeação, chegaram a uma posição em que a total transparência e a dedicação ao País têm de ser a condição básica. Isso parece um sonho hoje. Quando o deputado André Vargas, ex-vice presidente da Câmara dos Deputados, tenta explicar como e por que usou um jato emprestado de um doleiro que está preso e ainda fala, sem vergonha, que estava fazendo contato no Ministério da Saúde para o laboratório do doleiro – e gravações da 06 Polícia Federal comprovam as suspeitas -, ele recebe aplausos de seu partido, o PT, em plenário, depois do discurso. Quando ele começa a incomodar, querem que renuncie. Não por causa dos indícios de tráfico de influência e corrupção. Queriam a renúncia para não atrapalhar o partido. Chegamos, assim, a mais um exemplo da decadência abismal na política, com a arrogância e a prepotência desses inimigos do Brasil. Vargas e tantos outros não sabem que um homem público não pode usar jatos emprestados, nem receber favores de empreiteiras (alguém acredita que empreiteiras dão dinheiro a campanhas políticas por patriotismo?), nem presentes, nem facilidade de nenhum tipo. O servidor público tem de ser honesto e parecer honesto. Um homem público tem de limpar, primeiro, os podres dentro de seu partido, assim terá moral e respeito para tentar melhorar o País. O ex-presidente Lula não poderia ter ido à casa de Paulo Maluf aliar-se a ele por minutos na televisão, uma vez que Maluf é procurado pela polícia em todo o mundo por peculato e evasão de divisas. Uma mancha na biografia de Lula, triste para nós, brasileiros. “Às favas com os escrúpulos” parece ser a palavrachave na política. Se os partidos soubessem que uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) deve ser sempre feita quando há indícios de fraude com o patrimônio público, não tentariam instalar outra CPI como pressão para que a oposição desista. O PT deveria ser o primeiro a querer uma CPI da Petrobrás e o PSDB, o primeiro a querer a CPI do Metrô. Ambos foram eleitos para isso. Essa seria a política correta. Mas os brasileiros assistem de boca aberta a governo e oposição brigando pela abertura de CPIs não para descobrir fraudes, e, sim, para derrubar o adversário. Se fosse por patriotismo e postura pública, os primeiros a querer limpar a casa deveriam ser os que têm um mandato para… limpar a casa. Não são patriotas, enganam quem os elegeu. O blocão liderado por Eduardo Cunha (PMDB) convocou, recentemente, dez ministros para deporem na Câmara. Que ninguém pense que foi pelo bem do Brasil ou pela moralidade nos ministérios. Não o fez antes porque não tinha nada para pedir em troca. Eles querem mais! Temos partidos “donos” de ministérios: o do Trabalho é do PDT, o dos Transportes é do PR, o de Minas e Energia é de José Sarney há décadas – e o gerente é Fernando Sarney, que tem processos e gravações com o pai de enojar os honestos. Ambos estão envolvidos com a Polícia Federal, o Ministério Público e o Judiciário. O Maranhão parece uma escola de especialistas em políticas de energia pública. A cúpula do governo parece autista. A maioria dos partidos políticos perdeu sua função. Deveriam existir para juntar ideias, programas de governo e políticas sociais com brasileiros idealistas. Mas se prostituíram. Vendem-se. Alguns são mesmo de “aluguel”. Muitos brasileiros estão anestesiados com a normalidade de 07 ler nos jornais fatos como o de que Paulo Roberto Costa, exdiretor da Petrobrás, que está preso, foi “indicação” de José Janene (PP). Quase todos os cargos nas estatais e autarquias são “indicações”. Não há democracia nem moralidade quando políticos que entram na política atrás de poder e dinheiro podem “indicar” pessoas para 20 mil cargos da administração pública (os chamados DAS). Esses cargos têm de ser preenchidos por técnicos concursados e político nenhum pode ter poder nessas nomeações. Essa é uma das causas da corrupção generalizada com “patrocinadores” e “padrinhos” nos diversos partidos da base de apoio. Por que existem 39 ministérios? É pura e simples moeda de troca com o que há de pior em caráter na vida pública. Vale tudo, e o que vemos é somente a ponta do iceberg. Se isso não mudar, o Brasil não vai mudar. Temos uma corja incrustada na política e na administração, dos pequenos aos altos cargos públicos no governo. Acreditei que o PT iria mudar isso. De malfeitos em malfeitos e de faxina em faxina, tudo continua igual. As velhas e corruptas oligarquias continuam presentes e o mais decepcionante é que o PT, que lutou e levantou a bandeira da mudança, hoje é parceiro delas. Chamam quadrilha de “aloprados”, roubo de “malfeito”, mensalão de “recursos não contabilizados”. Para eles, Sarney, Collor e Maluf têm reputação ilibada e idoneidade moral. Desrespeitam a Constituição, fragilizam a democracia e as instituições e desacreditam mais ainda a eles mesmos, a classe política. O CONTUNDENTE ARTIGO DE DOM JOÃOSINHO Bandeira de Mello A conclusão a que leva o texto não é que o problema seja exclusivamente moral, destes ou daqueles políticos. A raiz está na forma de governo adotada pelo golpe republicano de 1889 que, de inicio, instituiu uma ditadura militar e, a seguir, entregou o poder às oligarquias . Assim como antes da Revolução de 30 se ajustavam os grandes latifundiários de Minas e São Paulo na “política do café com leite” priorizando seus interesses particulares, agora se aglomeram, na periferia do PT,partido da Presidenta, o PMDB e uma série de agremiações sem tradição política, formadas em grande parte por pessoas que sempre apoiaram os governos, quaisquer que fossem, inclusive na época da ditadura . Este apoio, obviamente, não é por idealismo, mas para atender interesses subalternos. Assim como, na ficção, o Agente 007 tinha “licença para matar”, na realidade os agentes da corrupção têm “licença para roubar” . Loteia-se a maquina estatal e se finge que não vê que o que fazem entre escândalo e outro. Partido prega o um parlamentarismo O que ainda atrapalha um pouco a bandalheira, é que a ampliaPolicia suas ações regionais pelo administrativa Brasil Federal conseguiu certa autonomia e 08 seus funcionários, contrariados na revindicações salariais e de plano de carreira, não “morrem de amores” pelo Executivo . Quando pilhado um corrupto, aqueles que lhe deram condições de roubar alegam “não saber de nada”, e o abandonam à própria sorte . Daí as sucessivas “faxinas éticas”, tão inócuas como “enxugar gelo”. O mal maior não é a formação moral de nossos políticos, mas o sistema republicano presidencialista, que exige composições fisiológicas sob pena de ingovernabilidade. Hoje, depois do “Mensalão” e outros escândalos, está evidenciado que Collor não foi expulso do Palácio do Planalto por causa do esquema de falcatruas gerenciado por PC Farias, mas porque não tinha maioria parlamentar em razão de não ter loteado o governo . Muito mais grave foi o ocorrido quando era presidente Lula, e, a não ser como hipótese imrovável, logo descartada, ninguém cogitou de “impeachement” ou sequer de denúncia contra o Presidente no STF . Não se foi além de José Dirceu , e continuamos praticamente todas as semanas em ler, nos jornais, novas manchetes de corrupção. São obras superfaturadas da Copa, negociatas envolvendo a PETROBRÁS, etc . Não se faça injustiça de atribuir a roubalheira a, exclusivamente, este ou aquele partido, esta ou aquela coligação . Não se pode “satanizarr” o PT, certos ministros ou ex-ministros da base aliada, etc., pois apenas fizeram o que a república sempre fez, e o fizeram igualmente governos estaduais de oposição. Ou será que alguém desconhece quanto custa uma eleição ? Ou acha que as empresas que custeiam campanhas não apresentam a fatura depois, sendo o pagamento em obras sem licitação ou com licitação direcionada, geralmente com uma “gordura” de sobrepreço? O TCU detecta e combate na medida do possível, mas apenas a ponta do iceberg . Não se discute que para governar é preciso compor, mas esta composição não pode se dar priorizando interesses subalternos . O Parlamentarismo, em sua forma clássica, com o Chefe de Estado tendo poder de dissolver o Parlamento se este não chegar em um consenso para escolha do Primeiro-Ministro , é uma barreira ao “toma-láda-cá “. E o Parlamentarismo Monárquico mais eficaz ainda, pois o Chefe de Estado será o Rei, que, por não ser eleito, independe de barganhas. Assim, a questão, embora muito bem abordada por Dom Joãozinho (como costuma ser carinhosamente tratado ) não se esgota em “postura” . Vai além, deixando claro que “invertebrada” não é a chamada classe política, mas a forma de governo implantada no Brasil a partir da traição de Deodoro e Floriano, em aliança espúria com os excêntricos positivistas, com os exsenhores de escravos, e com alguns agitadores profissionais, do tipo de Angelo Agostini e Lopes Trovão . B.M. ________________________________ NR : o autor é advogado e jornalista, antigo militante da causa monárquica, Comendador de Ordens de mérito ou dinásticas do Brasil (OMJM/STM) Itália(ROSSML/ Real Casa de Savoia), Etiópia(IOL/ Imperial Casa de Selassié) e Ruanda ( ROGC/ Real Casa de Ndahindurwa) , sendo titular de nobreza por esta última 09 RETRATOS DO BRASIL Luís Severiano Soares Rodrigues Economista, pós-graduado em história, sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Niterói. Conselheiro Consultivo do Instituto Cultural Dona Isabel I, A Redentora, e membro do Instituto de Pesquisa Histórica e Arqueológica do Rio de Janeiro (IPHARJ). A realidade brasileira, exposta a cada dia no noticiário, pode ser comparada com uma série de retratos, digamos da realidade republicana, que formam a ideia de como o Brasil se vê e é visto. Se nos fixarmos nos últimos meses nos depararemos com um álbum chocante desses retratos, a começar pelo mega escândalo que se descortinou na Petrobrás, e que deixou os brasileiros chocados com a sucessão de erros, a meu ver intencionais, que levaram àquela empresa (a maior do Brasil) à um prejuízo altíssimo que por mais que se tente explicar, não conseguirão convencer ninguém de que não houve má fé na sua realização, e os desdobramentos que esta situação descortinou com a existência de uma quadrilha instalada dentro da empresa, chefiada por um ex-diretor (Paulo Roberto Costa) tem se mostrado categoricamente verossímil. Esse escândalo serve muito bem para colocar-se em questão a política de aparelhamento do Estado pelos petistas, a não ser que eles confirmem que é isto mesmo que eles queriam, botar os seus homens e aliados nos lugares chaves para facilitar a montagem de esquemas lucrativos para todos, com exceção do povo brasileiro é claro. Essa convicção se fortalece quando vemos os desdobramentos da situação acima com o envolvimento do exdiretor da Petrobrás com um doleiro paranaense (Alberto Youssef), este por sua vez tem relações íntimas com o então vice-presidente da Câmara dos Deputados (deputado petista André Vargas); este deputado ficou nacionalmente conhecido por pretender sacanear o, nacionalmente respeitado, presidente do Supremo Tribunal Federal ministro Joaquim Barbosa, numa cerimônia na Câmara. Além desse deputado outros deputados foram envolvidos em relacionamento com o dito doleiro, passando pelo então ministro Padilha, da saúde ou seria da má saúde nacional, com graves indícios de favorecimento a quadrilha Vargas-Youssef naquele ministério. Se pararmos para refletir chegaremos a conclusão que esse escândalo envolvendo o parlamento brasileiro, é uma recorrência, pois veio ocupar o lugar do escândalo do bicheiro Carlinhos Cachoeira, que envolvia um Senador (Demóstenes Torres) e vários deputados, entre eles Stepan Necerssian , ou seja, para cada escândalo que esfria, o parlamento tem outro quente para colocar no seu lugar. Isso serve para explicitarmos a atualidade do conselheiro Rui Barbosa quando este dizia que na Monarquia o parlamento era uma escola de estadistas, na republica se transformou em uma praça de negócios, e como a realidade nos mostra, negócios inconfessáveis. As CPI`s da Petrobrás que foram instaladas, por insistência da oposição, já estão devidamente controladas pelos governistas, e a afirmação mais realistas, até agora, sobre elas é que elas têm tudo para dar em nada. Ou seja, a pizzaria parlamentar federal continua funcionando a todo o vapor. 10 Outro retrato do Brasil que se fixou na retina foram as deprimentes cenas de saques na periferia de Recife, quando da greve da polícia militar local, quando alguns insuflaram o assalto à lojas dos mais variados tipos de comércio. Assim fica difícil acreditar no discurso do ex-governador Eduardo Campos, de que seu governo alcançou resultados expressivos e que isto o habilita a se candidatar à presidência da república, pois, após um governo exitoso isso acontecer, comprova que de êxito não teve nada, pois o povo está propenso a roubar à mínima situação de insegurança por parte das polícias. Além disso, o dito ex-governador não se manifestou convincentemente sobre o assunto. Dentro desse quadro de insegurança pública que vive o país, e em que os noticiários televisivos tem se especializado, notadamente em emissoras sensacionalista, que investem nesse setor em busca da audiência do povo temeroso. Temos que hoje o nosso povo, seja em que região for, está a mercê do crime, seja em função da corrupção policial ou da corrupção política, onde os bandidos mandam nos presídios e de lá comandam o crime nas favela ou nas coberturas das zonas sul, um exemplo dessa situação precária do sistema prisional, que não se explica, vem a ser a Cadeia Pública de Porto Alegre, que entram e saem governos estaduais ela só aumenta a deterioração, sem que as autoridades se responsabilizem pelo absurdo que se patenteia numa flagrante incompetência, da qual eles não se envergonham, e esse é um caso que pode ser comparado com igual resultado em muitas outras cidades do Brasil, com destaque para o já tristemente célebre presídio de Pedrinhas no Maranhão, este feudo do clã do coronel Sarney. Mas para fixarmos o retrato um caso verificado em Sergipe é exemplar, onde um taxista que foi alvo de um assalto, realizado por um jovem dos seus vinte anos em uma pick-up branca, registrou queixa e a polícia conseguiu localizar o dito veículo, onde se encontrou um jovem e haviam armas no veículo, apurouse que as armas eram da secretaria de segurança pública e que o jovem era enteado do secretário estadual de segurança pública, na mesma hora este foi posto em liberdade e responderá ao inquérito de apuração em liberdade. Nada se alterou naquela unidade da federação. Enquanto no sistema parlamentarista monárquico, isso já seria suficiente para a queda do governo estadual, seguido de eleições para formação de novo governo. Outro retrato que insiste é a precariedade da educação pública nos diversos níveis de governo, mas que comporta contrastes inexplicáveis, tais como palhoças que alguns governos municipais chamam de escolas, ou casebres caindo aos pedaços com goteiras e sem carteiras suficientes para os alunos igualmente chamadas de escolas, mas isso convive com outra realidade, notadamente nas periferias metropolitanas de grandes cidades, em que escolas tem seus equipamentos roubados, ou ainda depredados pelos próprios alunos. Aquelas que se salvam convivem com um grande nível de professores desmotivados e por isso sem compromisso, sobrando aos professores compromissados fazer milagres. Dai os resultados medíocres que a educação pública apresenta. Então fica um questionamento, sobre a legitimidade de reinvindicações salariais dos professores, pois, pelos resultados que apresentam não podem exigir melhores salários. Ao mesmo tempo, em que devemos chamar a atenção para o fato de que o sucesso da educação passa pela questão dos alunos terem fome de conhecimento, é isso que determina se uma sociedade terá um lugar de sucesso no mundo. Mas com a realidade das manifestações culturais que a mocidade tem exibido, não podemos esperar muito do futuro que nos espera, pois o baixíssimo nível das manifestações musicais como 11 o funk , que engloba também apologia ao crime e a pornografia, ao mesmo tempo em que as produções de entretenimento social consagradas como as novelas vêm insistindo em tentar tornar aceitáveis, aos olhos da sociedade, comportamentos desviantes da moral consagrada, que resguarda os valores perenes que regem a formação das famílias, e com isso perniciosamente contribuindo para o desgaste dos valores, que, sem os quais as sociedades se desintegram, devemos temer pelo futuro que nos espera. Devemos chamar a atenção também que um sintoma grave da desintegração social a que a realidade republicana chegou, é que boa parte da juventude, seja pobre ou rica, tem como bandeira de reinvindicação é poder fumar sua maconha em paz, numa época em que curiosamente se condena o ato de fumar. Nessa realidade, qualquer esforço para que a educação possa ter uma eficácia que alavanque o desenvolvimento econômico e social precisa passar por uma conscientização de que se estuda para se ter o conhecimento e que só o conhecimento trás desenvolvimento, e que o processo de se alcançar o conhecimento e difícil e árduo. E querer ser um país desenvolvido sem esforço e dedicação, é fazer parte do universo daqueles que querem um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, sem credenciais para tal. Por fim o último retrato, e este vexatório, foi vermos no jogo inicial da Copa do Mundo, a torcida brasileira mandando a Chefe do Estado, tomar naquele lugar, o que é uma vergonha para aqueles que mandaram, pois foi uma falta de educação para com os estrangeiros que viam aquele evento (a expressão certamente foi traduzida em 160 idiomas), bem como para a chefe do Estado que não merece o respeito de todos os cidadãos do seu país. Ao mesmo tempo em que cidadãos em passeata na avenida paulista, levavam cartazes exigindo a prisão do ex-presidente Lula. Daí conclui-se o que os monarquistas não se cansam de repetir – Que a república não tem salvação. Estes são apenas uns dos poucos retratos que formam o retrato maior do país, um velho álbum de retratos que teimamos em colecionar. São apenas mais alguns retratos em branco e preto, a maltratar os corações brasileiros. Anuncie aqui e colabore com a Gazeta Imperial 12 LULICES E DILMICES Gastão Reis Empresário e economista Lula deu uma longa entrevista à revista Carta Capital, de 4.6.2014, que merece comentários críticos para colocar as coisas em seus devidos lugares. Entra também na ordem do dia deste artigo a criação dos Conselhos Populares por decreto da “companheira” Dilma. Lulices e dilmices, como verá o leitor. A entrevista do ex-presidente, em linhas gerais, bate na tecla de que o Brasil começou em 2003 com a chegada dele e do PT ao poder. Seu desconhecimento da história do país, passada e recente, se revela em vários trechos de sua falação. Comecemos por duas pérolas impressas na capa da revista. A primeira afirma que “Sim, o governo não soube se comunicar”. Diante de uma mídia, interpõe a revista, “De pensamento único contra Dilma, Lula e o PT”, diz ele. Na verdade, a mídia tem justamente brigado contra aquela história do controle social da mídia, ideia queridinha do PT, essa sim, filhote da serpente do pensamento único. A luta é, de fato, contra o pensamento torto do PT, que vem de longa data. Bom lembrar que o PT foi contra o Plano Real e a Lei Responsabilidade Fiscal até se dar conta que eram iniciativas em prol do bem comum. E aí nadou de braçada nas benesses daí oriundas num processo de apropriação indébita do que havia sido feito pelo PSDB e por FHC. A segunda pérola, lulice da boa, é a seguinte: “O PT erra quando usa as mesmas práticas dos demais partidos. Não podemos permitir que meia dúzia de pessoas o deformem”. Certamente se esqueceu do exemplo dado por ele mesmo 13 no famoso aperto de mão a Paulo Maluf para eleger o desastrado Fernando Haddad prefeito da cidade de São Paulo. Ou sua famosa defesa de José Sarney que, afinal, não é um cidadão como qualquer outro. Ambos, obviamente, exemplos nefastos do que há de pior na política nacional. Quer dizer, quando se trata dos interesses do PT, ele é o primeiro a usar as mesmas práticas dos demais partidos. Como vemos, trata-se de um fervoroso praticante da máxima “Faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço”. Lula tem dificuldade de entender a lógica simples do “se A é maior que B e B é maior que C, logo A é maior que C”. Ele não resiste à pirueta final de afirmar que C, ele mesmo, é maior do que A, seja lá quem for, normalmente FHC. Não obstante, acerta na mosca quando combate o excesso de partidos (defesa da cláusula de barreira) e quando soube tirar proveito, sem jamais reconhecer, da herança bendita de FHC, coisa que a Dilma não soube fazer e explica seu insucesso. No vácuo de seus conhecimentos da história pátria, provavelmente devido à preguiça de ler (ficava com sono...), Lula afirmou: “Na Guerra dos Guararapes, quando pretos e índios quiseram participar, a elite disse “não, não vai entrar (ou vão, como diria a elite), porque depois de terminar essa guerra vão querer se voltar contra nós.” Alguém precisa explicar ao Lula que Henrique Dias foi o comandante negro do regimento negro, que demonstrou excepcional bravura em campo de batalha a ponto de ter sido recebido depois pelo rei Dom João IV, que, a pedido dele, perpetuou seu regimento de soldados negros. E que Filipe Camarão comandou uma tropa formada por índios. Nas duas batalhas dos Guararapes, portugueses, negros e índios conseguiram derrotar os invasores em situação da vasta inferioridade numérica em que havia de três a cinco holandeses para cada combatente de nossas forças. Por fim, o decreto da Dilma de criação dos Conselhos Populares, os famosos sovietes de Lênin, sob o disfarce de Política Nacional de Participação Social e respectivo Sistema. Além de contribuírem ainda mais para piorar a burocracia infernal do Patropi, já sabemos que estão fadados ao insucesso. A prova cabal foi o que ocorreu na extinta União Soviética e o que acontece na Venezuela de hoje, país paralisado pela inépcia governamental. Parece que a Dilma está mais perdida que cachorro em mudança. Mais uma dilmice... 14 ANIVERSÁRIOS JUNHO Alexsandro Penzo Bezerra Amilton Clemente Paula (a) André Luís Nunes Monteiro Angela Maria Mamedh de Souza Antonio Carlos Garcia Antônio Henrique Cunha Bueno Asafe Faria Bruno José Selvatice Abrahão Cássio Cotrim Cleber Barros de Lima Muniz Danyel Vogue Davi Marcel de Souza Pereira Fontes Davidson Halevy O. Marinho Bentes Douglas de Loredo Borges Eduardo Ximenes Fabrizio Vasconcelos Francisco Amaro Lemos Junior Francisco Joaquim de Sousa Neto Gutemberg Santana de Castro Hudson Araujo Humberto Cezar Maia Costa Jabes Tavares de Aguiar Jadeir Luciano Prudente Joao Carlos Lobo Batista João Francisco dos Santos João Paulo Oliveira de Souza Santos João Santana John Lennon José Da Silva Jorge Augusto Costa Meneghelli Josafá Afonso de Carvalho José Jorge Correia Conceição Lucas Diniz Leite Lucio Valera Luis Fernando Mendes Garcia 4 2 20 20 23 17 22 30 26 19 25 22 3 22 4 17 25 14 3 11 30 5 28 15 5 17 23 1 18 16 23 15 1 2 Criciúma - SC Itaperuna - RJ Curitiba - PR Ribeirão Claro - PR Sorocaba - SP São Paulo - SP Niterói - RJ Paraíba do Sul - RJ Guanambi - BA Río de Janeiro - RJ Indaiatuba - SP São Paulo - SP Brazlândia - DF Belo Horizonte - MG São Paulo - SP Santos - SP Moreilândia - PE Taguatinga - DF Rio de Janeiro - RJ Palmas - TO Salvador - BA BRASILIA - DF Itaperuna - RJ Belem - PA Aracajú Maceió - AL São Lourenço da Mata - PE Caruaru - PE Colatina - ES Ribeirão Pires - SP Recife - PE São Luis - MA Pindamonhangaba - SP Juiz de Fora - MG Marcio Cruz Bastos Nilton de Souza Moraes PauLo R Maciel Luz Paulo Roberto Botinelly Costa Rafael Morato Portilho Relryk Abreu Silva Ricardo José de Souza Robson Antonio Brancalhoni Roger Chiconeli Alves Sandro Carvalho de Novaes Fernandes Tiago Almeida de Oliveira Valdirene do Carmo Ambiel Valter Carvalho Jatoba Welton Alves dos Santos 10 2 11 2 12 12 6 21 6 15 20 28 16 23 Ribeirão Preto - SP Maricá - RJ Baependi - MG Iguaba Grande - RJ Sorocaba - SP Tremembé - SP Goiania - GO Santa Barbara D'Oeste - SP Osasco - SP João Pessoa - PB Luziânia - GO São Paulo - SP Rio de Janeiro - RJ Goiania - GO JULHO Adenauer Oliveira Adenilson Silva Adriane Kuchkarian Alessandro José Padin Ferreira Alexandre Maurano Alvaro Queiroz Andre Luiz Santa Rosa Soares Carlos Eduardo Ruiz Martins Celso Pereira Daniel Assis de Alcântara Davi Freitas Delmo Junior Cortez Lage Diego Zoccola Amori Domingos Antonio Monteiro Dorival Bueno Jr. Felipe Pires Ferreira Francisco Antônio Soares de Sousa Henrique Hamester Pause Ivanês Lopes 13 4 24 1 4 17 19 30 20 23 28 31 19 4 30 28 7 24 31 Montréal Canada - TO Bezerros - PE São Paulo - SP Praia Grande - SP São Paulo - SP Manaus - AM Niterói - RJ Bauru - SP Lorena - SP Itu - SP Quixadá - CE Rio de Laneiro - RJ Caçapava - SP Bom Jardim de Goiás - GO Balneário Camburíu SC Cajazeiras - PB São José dos Campos - SP Cruz Alta - RS Natal - RN 15 Jean Tamazato Jomar Assan Benck Kunnapp José Ventura Jounalist M.F. Machado Júlio Cesar dos Santos Oliveira Leonardo Luz Leorne Menescal Lucas Gabriel Ribeiro Wagne Luciano Dias Rosa Luiz dos Santos Niels J. Petersen 11 29 24 17 12 30 9 7 22 22 26 São José dos Campos - SP Juiz de Fora - MG Campina Grande - PB Niagara Falls-Canadá Brasília - DF Carapicuíba - SP Quixadá - CE Petrópolis - RJ São Vicente - SP São Paulo - SP Petropolis - RJ Pedro Paulo Ferreira Raimundo Nonato Renato Barbosa Riolando Fransolino Júnior Robson José Côgo Ronaldo Alves Baralle Sebastião de Souza Figueiredo Sérgio Henrique Duarte Sostenes Ferreira Castro Terry Marcos Dourado Txiliá Credidio Wanderly Nunes de Lima 31 12 26 4 3 31 23 12 12 19 13 1 Anuncie aqui e colabore com a Gazeta Imperial Lagoa Seca - PB Taubaté Saovador - BA Curitiba - PR Serra - ES Foz do Iguaçu - PR São Paulo - SP Belo Horizonte - MG São Jose de Ribamar - MA Jataí - GO Jaboatão dos Guararapes - PE Recife - PE 16 A estupidez da provocação, um recado General-de-exército Pedro Luiz de Araujo Braga Fundador do Instituto Brasil Imperial A quase impossibilidade de tirar o PT do poder seja por eleições livres, mas viciadas pela prática de estelionatos eleitorais e fraudes, seja por um golpe contra o país lançado pelas forças paramilitares a serviço de um projeto de poder comunista, o clima de uma guerra civil está cada vez mais se afirmando como única saída para livrar nosso país de ser transformado em uma Cuba Continental. A qualquer momento os efeitos sobre a caserna da overdose da covardia, da cumplicidade e da omissão que domina o comportamento apátrida de uma minoria de comandantes, militares – lacaios dos comunistas – poderá acabar, pela reação coletiva dos contrários, provocando uma intervenção militar muito mais grave do que a ocorrida em 1964, e colocando todos os corruptos genocidas diante de um Tribunal de Guerra para responderem diante da sociedade por todos os milhões de cidadãos assassinados por desgovernos traidores do país e mentores da Fraude da Abertura Democrática. Os desgovernos do PT demonstraram e continuam demonstrando, diariamente, sua incapacidade de ter a auto crítica necessária para perceber ou aceitar seus erros como indicativos da péssima administração pública que têm exercido durante os últimos 12 anos. Com o assistencialismo comprador de votos, e com a corrupção e o suborno de milhares de canalhas esclarecidos, os donos do poder acham que tudo está dominado e que não têm mais que dar satisfações a ninguém quando são criticados por suas atitudes, a não ser as costumeiras e deslavadas mentiras, leviandades, falsidades e hipocrisias que não enganam a mais ninguém. As ameaças e ações punitivas contra militares da ativa e da reserva que estão se posicionando contra a destruição das FFAA e contra a comunização do país e sua degeneração social e econômica pelo projeto de poder do PT, gestado nas reuniões do Foro de SP, estão perdendo o limite, no mínimo, do bom senso. Depois de semear durante os três últimos anos um inaceitável conflito de classes sociais, o desgoverno Dilma procura, insistentemente, demonstrar que não tem mais nada a perder, quando continua perseguindo sistematicamente as FFAA em ações diretas contra os que se colocam como críticos dos atos de um desgoverno que está jogando o país na ladeira de se transformar em uma Cuba Continental. Por outro lado a sociedade vem sendo tratada como idiota, imbecil e palhaça do Circo da Corrupção que se instaurou no país durante a Fraude da Abertura Democrática. As posturas da presidenta e seus lacaios significam interpretar que a calmaria da covardia e da omissão de alguns comandantes pode ser o qualificativo de toda a caserna. Até quando esses canalhas traidores do país acham que o genocídio de milhares de pessoas inocentes como resultado do bilionário roubo do dinheiro público, a transformação do poder público em um Covil de Bandidos e de porcos comunistas, e o país em um Paraíso de 17 Patifes, continuarão sendo aceitas por uma caserna, por enquanto defensora da disciplina militar em relação aos atos de desgovernos que estão destruindo o país? Uma minoria de comandantes militares, lacaios de levante comunista que está tomando conta do país, não será capaz de segurar uma revolta latente que já se instaurou nos ambientes dos quartéis, pois todos os militares e superiores imediatos estão sendo testemunhas do assassinato de milhares de civis todos os anos como consequência do roubo do dinheiro público. Todos esses também têm filhos e famílias que estão na fronteira de se tornarem lacaios de uma Cuba Continental. A qualquer momento as parcelas das FFAA não subservientes a bandidos, as polícias civis e militares, e a Polícia Federal, assumirão a consciência de que estão sendo feitas cúmplices do assassinato de milhares de cidadãos todos os anos pela obediência a um sistema de governo absolutamente corrompido e criminoso em todas as suas instâncias. O resultado será um conflito armado com as forças leais ao desgoverno petista e seus cúmplices que, ao contrário do que pensam, serão mortalmente derrotadas, pois as armas necessárias para combater os inimigos de nossa pátria aparecerão, e a revolta se fará presente em uma guerra civil de absoluta responsabilidade do PT, que plantou durante décadas as sementes de um conflito civil-militar armado no país. Que o submundo do PT continue tentado destruir as FFAA e chamando os comandantes militares de comandantes de merda. O preço a pagar por tanto atrevimento comunista se aproxima de ser pago. De qualquer forma, pela insistência de muitos, estamos ainda procurando acreditar que a traição militar ao país se situe apenas no círculo de comandantes militares omissos, covardes e cúmplices e não em um comportamento coletivo da caserna. – Em 07 de março de 2014 – Este é um alerta à Nação brasileira, assinado por homens cuja existência foi marcada por servir à Pátria, tendo como guia o seu juramento de por ela, se preciso for, dar a própria vida. São homens que representam o Exército das gerações passadas e são os responsáveis pelos fundamentos em que se alicerça o Exército do presente. Assinam, abaixo, os Oficiais Generais por ordem de antiguidade e demais militares e civis por ordem de adesão. Oficiais Generais 1 – Gen Ex Pedro Luiz de Araujo Braga 2 – Gen Ex Angelo Baratta Filho 3- Gen Ex Luiz Guilherme de Freitas Coutinho 4 – Gen Ex José Carlos Leite Filho 5 – Gen Ex Domingos Miguel Antônio Gazzineo 6 – Gen Ex José Luis Lopes da Silva 7 – Gen Ex Luiz De Góis Nogueira Filho 8 – Gen Ex Valdésio Guilherme de Figueiredo 9 – Gen Ex Gilberto Barbosa de Figueiredo 10 – Gen Ex Luiz Edmundo Maia de Carvalho 11 – Gen Ex Antônio Araújo de Medeiros 12 – Ten Brig Ar (Refm) Ivan Frota 13 – Gen Ex Domingos Carlos Campos Curado 14 – Gen Ex Ivan de Mendonça Bastos 15 – Gen Ex Rui Alves Catão 16 – Desembargador do Tribunal de Justiça/RJ Bernardo Moreira Garcez Neto 17 – Gen Ex Cláudio Barbosa de Figueiredo 18- Gen Ex Carlos Alberto Pinto Silva 19 – Gen Ex Luiz Cesário da Silveira Filho 20 – Gen Ex Maynard Marques de Santa Rosa 18 1- Gen Div Francisco Batista Torres de Melo 2 – Gen Div Amaury Sá Freire de Lima 3 – Gen Div Leone da Silveira Lee 4 – Gen Div Cássio Rodrigues da Cunha 5 – Gen Div Aloísio Rodrigues dos Santos 6 – Gen Div Robero Viana Maciel dos Santos 7 – Gen Div Marcio Rosendo de Melo 8 – Gen Div Luiz Carlos Minussi 9 – Gen Div Gilberto Rodrigues Pimentel 10 – Gen Div Ulisses Lisboa Perazzo Lannes 11 – Gen Div Luiz Wilson Marques Daudt 12 – Maj Brig Ar Edilberto Telles Shirotheau Corrêa 13 – Maj- Brig do Ar Cezar Ney Britto de Mello 14 – Maj Brig Ar Irineu Rodrigues Neto 15 – Maj Brig Ademir Siqueira Viana 16 – Ge n Div Clóvis Puper Bandeira 17 – Gen Div Roberto Schifer Bernadi 18- Gen Div Remy de Almeida Escalante 19 – Gen Div Sérgio Ruschell Berganaschi 20 – Gen Div Sérgio Pedro Coelho Lima 1- Gen Bda Rui Leal Campello – Detentor do Bastão da FEB 2 – Brig Ar Leci Oliveira Peres 3 – Gen Bda Dickens Ferraz 4 – Gen Bda Paulo Ricardo Naumann 5 – Gen Bda Gilberto Serra 6 – Gen Bda Aricildes de Moraes Motta 7 – Gen Bda Durval A. M. P. de Andrade Nery 8 – Gen Bda Carlos Augusto Fernandes dos Santos 9 – Gen Bda Miguel Monori Filho 10 – Gen Bda Iberê Mariano da Silva 11 – Gen Bda Eduardo Cunha da Cunha 12 – Gen Bda Tirteu Frota 13 – Gen Bda César Augusto Nicodemus de Souza 14 – Gen Bda Geraldo Luiz Nery da Silva 15 – Gen Bda Marco Antonio Felício da Silva 16 – Gen Bda Newton Mousinho de Albuquerque 17 – Gen Bda Paulo César Lima de Siqueira 18 – Gen Bda Marco Antonio Tilscher Saraiva 19 – Gen Bda Manoel Theóphilo Gaspar de Oliveira 20 – Gen Bda Hamilton Bonat 21 – Gen Bda Elieser Girão Monteiro 22 – Gen Bda Pedro Fernando Malta 23 – Gen Bda Mauro Patrício Barroso 24 – Gen Bda Marcos Miranda Guimarães 25 – Gen Bda Zamir Meis Veloso 26 – Gen Bda Valmir Fonseca Azevedo 27 – Gen Bda Marco Antônio Sávio Costa 28 – Brig.Ar Sérgio Luiz Millon 29 – Gen Bda Carlos Eduardo Jansen 30 – Gen Bda Mario Monteiro Muzzi 31 – Gen Bda Paulo Roberto Correa Assis 32- Gen Bda Iram Carvalho 33 – Brig Ar Danilo Paiva Alvares 34- Gen Bda Jos´e Alberto Leal 35 – Gen Bda José Luiz Gameiro Sarahyba 36 – Gen Brig Ar – Guido de Resende Souza 37 – Gen Bda Sady Guilherme Schmidt 38 – Contra- Alm Med Luiz Roberto Matias Dias Oficiais Superiores 1- Cel Jarbas Gonçalves Passarinho 2 – Cel Carlos de Souza Scheliga 3 – Cel Carlos Alberto Brilhante Ustra 4 – Cel Ronaldo Pêcego de Morais Coutinho 5 – Capitão-de-Mar-e-Guerra Joannis Cristino Roidis 6 – Cel Celso Seixas Marques Ferreira 7 – Cel Pedro Moezia de Lima 19 8 – Cel Cláudio Miguez 9 – Cel Yvo Salvany 10 – Cel Ernesto Caruso 11 – Cel Juvêncio Saldanha Lemos 12 – Cel Paulo Ricardo Paiva 13 – Cel Raul Borges 14 – Cel Rubens Del Nero 15 – Cel Ronaldo Pimenta Carvalho 16 – Cel Jarbas Guimarães Pontes 17 – Cel Miguel Netto Armando 18 – Cel Florimar Ferreira Coutinho 19 – Cel Av Julio Cesar de Oliveira Medeiros 20 – Cel.Av.Luís Mauro Ferreira Gomes 21 – Cel Carlos Rodolfo Bopp 22 – Cel Nilton Correa Lampert 23 – Cel Horacio de Godoy 24 – Cel Manuel Joaquim de Araujo Goes 25 – Cel Luiz Veríssimo de Castro 26 – Cel Sergio Marinho de Carvalho 27 – Cel Antenor dos Santos Oliveira 28 – Cel Josã de Mattos Medeiros 29 – Cel Mario Monteiro Campos 30 – Cel Armando Binari Wyatt 31 – Cel Antonio Osvaldo Silvano 32 – Cel Alédio P. Fernandes 33 – Cel Francisco Zacarias 34 – Cel Paulo Baciuk 35 – Cel Julio da Cunha Fournier 36 – Cel Arnaldo N. Fleury Curado 37 – Cel Walter de Campos 38 – Cel Silvério Mendes 39 – Cel Luiz Carvalho Silva 40 – Cel Reynaldo De Biasi Silva Rocha 41 – Cel Wadir Abbês 42 – Cel Flavio Bisch Fabres 43 – Cel Flavio Acauan Souto 44 – Cel Luiz Carlos Fortes Bustamante Sá 45 – Cel Plotino Ladeira da Matta 46 – Cel Jacob Cesar Ribas Filho 47 – Cel Murilo Silva de Souza 48 – Cel Gilson Fernandes 49 – Cel José Leopoldino e Silva 50 – Cel Pedro Carlos Pires de Camargo 51 – Cel Antonio Medina Filho 52 – Cel José Eymard Bonfim Borges 53– Cel Dirceu Wolmann Junior 54 – Cel Sérgio Lobo Rodrigues 55 – Cel Jones Amaral 56 – Cel Moacyr Mansur de Carvalho 57 – Cel Waine Canto 58 – Cel Moacyr Guimarães de Oliveira 59 – Cel Paulo Carvalho Espindola 60 – Cel Nelson Henrique Bonança de Almeida 61 – Cel Roberto Fonseca 62 – Cel Jose Antonio Barbosa 63 – Cel Jomar Mendonça 64 – Cel Carlos Sergio Maia Mondaini 65 – Cel Nilo Cardoso Daltro 66 – Cel Vicente Deo 67 – Cel Av Milton Mauro Mallet Aleixo 68 – Cel José Roberto Marques Frazão 69 – Cel Brigido Montarroyos Leite 70 – Cel Flavio Andre Teixeira 71 – Cel Jorge Luiz Kormann 72 – Cel Aluísio Madruga de Moura e Souza 73 – Cel Aer Edno Marcolino 20 74 – Cel Paulo Cesar Romero Castelo Branco 75 – Cel Carlos Leger Sherman Palmer 76 – Cel Gilberto Guedes Pereira 77 – Cel Carlos da Rocha Torres 78 – Cel Paulo Soares dos Santos 79 – Cel Mário Luiz de Oliveira 80 – Cel Wilson Musco 81 – Cel Luiz Fontoura de Oliveira Reis 82 – Cel Rubens Reinaldo Santana 83 – Cel Arthur Paulino Tapajoz de Souza 84 – Cel Josimar Gonçalves Bezerra 85 – Cel Affonso Correa de Araújo 86 – Cel Era Derli Stopato da Fonseca 87 – Cel Elmio David Dansa de Franco 88 – Cel Antonio Carlos Pinheiro 89 – Cel Av Silvio Brasil Gadelha 90 – Cel Av Sílvio Barreto Viana 91 – Cel Jorge Caetano Souza do Nascimento 92 – Cel Sérgio Augusto Machado Cambraia 93 – Cel Manoel Soriano Neto 94 – Cel Nelson Roque Vaz Musa 95 – Cel Rubens Vaz da Cunha 96 – Cel Mário Muzzi 97 – Cel Luiz Caramuru Xavier 98 – Cel Av Valdir Eliseu Soldatelli 99 – CMG (FN) Guilherme Gonzaga 100 – CMG Cesar Augusto Santos Azevedo 101 – Cel José Alberto Neves Tavares da Silva 102 – Cel Pedro Figueira Santos 103 – Cel Respício Antonio do Espírito Santos 104 – Cel Av Silvio da Gama Barreto Viana 105 – Cel Djair Braga Maranhoto 106 – Cel Airton Alcântara Gomes 107 – Cel Arcanjo Miguel Vanzan 108 – CMG Francisco Heráclio Maia do Carmo 109 – Cel Ary Vieira Costa 110 – Cel Ricardo Perera de Miranda 111 – CMG Edmundo Amaral Baptista 112 – Cel Nicolau Loureiro Neto 113 – Cel AV Sérgio Ivan Pereira 114 – CMG Geraldo da Fonseca 115 – Cel Nelsimar Moura Vandelli 116 – Cel Cesar Augusto de Jesus Magalhães 117 – Cel Rogério Oliveira da Cunha 118 – Cel José Augusto de Castro Neto 119 – Cel Benedito Luiz Longhi 120 – CMG Rogério Ferreira Esteves 121 – Cel Albérico da Conceição Andrade 122 – Cel Orlando Galvão Canário 123 – Cel AV José Alfredo de Tolosa Andrade 124 – Cel Pedro Arnóbio de Medeiros 125 – Cel Sérgio dos Santos Lima 126 – Cel Cezar Nunes de Araújo 127 – Cel Ivan Fontelles 128 – Cel Paulo Soares de Souza 129 – Cel Renato Brilhante Ustra 130 – Cel Ariel Rocha de Cunto 131 – Cel Rui Pinheiro Silva 132 – Cel Milton Moraes Sarmento 133 – Cel Paulo Sérgio da Silva Maia 134 – Cel Ney de Oliveira Waszak 21 A Resistência Monarquista Brasileira – Parte II Luís Severiano Soares Rodrigues Economista, pós-graduado em história, sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Niterói. Conselheiro Consultivo do Instituto Cultural Dona Isabel I, A Redentora, e membro do Instituto de Pesquisa Histórica e Arqueológica do Rio de Janeiro (IPHARJ). Muitas outras coisas poderiam ser faladas em relação aos equívocos desse trabalho de Mary del Priore, mas o que já foi falado é suficiente para contestá-lo. E a história da república é o suficiente, para termos a certeza que a república é um fracasso que se arrasta por 125 anos. Mas devemos resgatar a dignidade dos monarquistas que resistiram como puderam a esse estado de coisas, mesmo tendo sidos enquadrados numa categoria que nasceu com a república, os inimigos da república e eram punidos até por dar um pio. E podemos afirmar que a república nunca foi unanimemente aceita, como obras como a citada tentam fazer crer. Com a república os próprios republicanos sentem o amargo do seu remédio. Em 06 de julho de 1893, antes mesmo da deflagração da Revolta da Armada no Rio de Janeiro, o Alte. Wandenkolk, vindo de Buenos Aires a bordo do Júpiter, tenta auxiliar os revoltosos federalistas, lançando um manifesto aos 21 cidadãos de Rio Grande, onde ele enfatiza “é tempo de agir em socorro dos irmãos. É tempo de se bater este soldado sem escrúpulos, que fez da traição profissão de fé; que procura por todos os meios, desde a intriga e a calúnia até as armas, reduzir à escravidão sob o regime republicano uma nação que foi sempre mais livre e republicana mesmo sobre o regime monárquico”, os grifos são nossos, (Thompson págs. 30 e 31). Ao se revoltar a esquadra em setembro, Wandenkolk, será um dos primeiros presos pelo regime do Mal Floriano. Essas palavras são emblemáticas vindas de um republicano que conspirou sorrateiramente, confirmando inclusive que a quartelada de Deodoro só se concretizou com a dissimulação do Mal. Floriano que se fingiu leal ao Visconde de Ouro Preto e o traiu sem pestanejar. Isso, podemos confirmar, com o jovem Pedro Nava no seu Balão Cativo (2° volume de suas Memórias), “Perguntei, depois, se era nosso parente aquele da peanha, o do busto colorido feito santo de altar, peito constelado de ouro e veneras. Não era. Deus me livre! Esse tribufu é coisa do seu tio Júlio e do Major Líbano. É o tal. É o Floriano, o que ajudou o Deodoro a escaramuçar o nosso Imperador. Olhou com nojo o busto do Bonzo e tive medo, um instante, que ela o fosse demolir a golpes de muletas.” (Pg. 119). Em 1895, Joaquim Nabuco, no seu “O Dever dos Monarquistas”, nos lembra “Tenho por certo que a função benéfica da Monarquia no Brasil foi esta: (...) Independência, unidade política, sistema parlamentar, sentimento da liberdade, altivez do caráter brasileiro, inviolabilidade da imprensa, força das oposições, direito das minorias; tirocínio, aptidão, moralidade administrativa; vocação política desinteressada; crédito, reputação, prestígio exterior; brandura e suavidade de costumes públicos; igualdade civil das raças, extinção pacífica da escravidão; glória militar, renúncia do direito de conquista, arbitramento internacional; cultura literária e científica a mais forte da América Latina; (...)” (págs. 14/15), mais a frente falando dos percalços da guerra civil,” Temos seis anos de república; tínhamos uma tradição de humanidade a mais bela da América: de abolição sem guerra civil, de guerra exterior sem conquista, de revoluções sem vinganças, e hoje? Onde está Lorena? Onde estão os filhos de Trajano de Carvalho? Onde está o marechal Batovi? Onde está o barão de Serro Azul, com os seus companheiros de vagão? Onde está Saldanha da Gama?” (págs. 28/29) refere-se ele, aqui, aos muitos fuzilados sem julgamento, ou seja, assassinados pelo novo regime, que segundo Mary del Priore, era melhor do que remediar. Mesmo tendo destruído todas as tentativas iniciais de organização dos monarquistas, usando até do assassinato, passando pelo empastelamento de todos os jornais monarquistas, os mesmos não se resignaram como se poderia supor, tanto é que passado a sanha assassina da consolidação da república com as carnificinas das revoltas da Armada e Federalista e o genocídio de Canudos, algumas vozes não temiam em afirmar em 1902, como o Dr. Raphael Corrêa da Silva, na Revista da Faculdade de Direito de São Paulo: “o poder político atual gaba-se de estar fundado sobre o levante de 15 de novembro. Esse sim: foi um atentado ruidoso de lesa-majestade. Porque, se houve no século passado quem pôde encarnar todos os conceitos ou todas as qualidades de ordem moral e de ordem política, cujo complexo se traduz pela palavra MAJESTADE, foi o Senhor D. Pedro II, de imorredoura memória.” ”Que autoridade tem hoje o poder judiciário da república para falar em crimes de lesa-majestade?!” (pag.49). Outra prova da permanência da visão positiva da monarquia 22 perdurando século XX adentro retiramos da biografia do célebre poeta Emílio de Menezes: “A palestra momentaneamente interrompida continuou”. Versava sobre o sistema de governo. Emílio achava que, em tese, a república era o governo ideal; mas que, aplicada ao Brasil, dava resultados desastrosos. Os outros concordavam, citando os erros dos vários governos republicanos e contrapondo-lhes a retidão, a compostura, a honradez dos estadistas do Império (...). Argumento vai, argumento vem, e fala Emílio da instrução pública. _ Era outra coisa na monarquia; na monarquia se estudavam Humanidades; não se forjavam bacharéis elétricos como atualmente (...) estudava-se tudo muito mais! E não só no curso preparatório; no superior também. (...) (pag. 175) A divisão nas famílias foi uma constante, como nos diz o embaixador Pio Corrêa “Em política, meu pai fora, desde a primeira mocidade, ao tempo em que a república não estava ainda consolidada, um republicano convicto _ opinião em que divergia de minha mãe, também nascida ainda sob o Império, e que viveu e morreu fervente monarquista.” (pag.214). Para completar esse quadro da persistência dos monarquistas frente à situação republicana, retiramos essa pérola da Biografia de Otávio Mangabeira (alma e voz da república), que exerceu vários cargos legislativos e executivos tais como Ministro das Relações Exteriores e governador da Bahia. Onde cita uma descrição que o mesmo faz sobre o seu pai: “Era um homem de viva inteligência, que se revelava, sobretudo, no comentário a propósito, e, por via de regra, humorístico. Aliava a tal ou qual espírito boêmio _ a compenetração do seu dever de pai e mãe de família. Não frequentando a política, tinha, entretanto, muito acentuada, a preocupação da causa pública, e, fiel à Monarquia na pessoa de Pedro II, de quem conservava a efígie, como se fosse a de um santo, na sala de visitas, farpeava, sempre que podia, com um motejo, as atividades republicanas”. Numa obra de 1930, em “A Política Geral do Brasil”, de José Maria dos Santos, encontramos a síntese do grau de maturidade que a evolução do pensamento político, realista, alcançou, mas que a Revolução de 30 veio interromper, como o que de fato foi o prolongamento do pensamento autoritário inerente à concepção da república no Brasil e que teve mais um capítulo negro a partir do Estado Novo em 37. “A república de 15 de novembro, com os seus antecedentes de propaganda de ideias, subitamente rematada por uma rebelião militar vitoriosa, teve a estranha virtude de alterar por completo o senso político dos brasileiros. A corrente liberal, que fora a característica predominante da nossa evolução histórica desde as reinvindicações municipais da época colonial, e que, depois de atravessar atormentada e revolta o primeiro reinado e a Regência, enchera com o seu fluxo bem ordenado todo o período de Pedro II, estacou violentada e surpresa no acidente de 1889. O governo provisório, na sua feição de vontade pessoal predominante no meio de conselheiros irresponsáveis e submissos, deu-nos imediatamente uma nova e para nós desconhecida figura da liberdade – a liberdade republicana da Bolívia de Melgarejo ou do Equador de Garcia Moreno, liberdade simples e fácil, que se objetiva apenas nas frases de uma proclamação ou nos compassos de um hino, mas que só deixa de ser cômica quando se faz sinistra...” Além disso, “(...) dado o caráter de fulminante ocupação militar da grande surpresa de 15 de novembro, nenhum protesto eficaz ou simples discussão foi imediatamente possível”. (...) “Os brasileiros precisam afinal se convencer de que a marca 23 essencial do acontecimento de 15 de novembro, a alteração jurídica que no futuro lhe deu sentido real e significação prática, não foi a mudança da designação verbal de monarquia para república, nem a troca de um Imperador vitalício e hereditário por um presidente mais ou menos eleito para certo período. Foi, sim, a substituição de um regime de livre consulta, no qual o governo, dependente dos votos do parlamento, não podia entrar em conflito permanente com a opinião pública; por outro regime intransigente e autoritário, todo baseado na vontade exclusiva do chefe do Estado. É isso que no fundo e apesar de todos os disfarces mais ou menos teóricos, o que unicamente estabelece e consagra a constituição de 24 de fevereiro, não passando as suas excelsas declarações de direitos, de leves e fulgurantes roupagens, atiradas imprudentemente e sem muito jeito sobre um grosseiro arcabouço de ferro”. “Considerada a nossa revolução republicana sob esse aspecto, que é o seu aspecto verdadeiro e exato, nós nunca nos afastamos tanto da república, como no momento em que a proclamamos e constituímos. Este é o fato significativo e essencial, que devemos fixar bem e ter como base de todas as nossas cogitações, se realmente temos a vontade de encontrar remédio aos males atuais da nossa pátria.” Este significativo diagnóstico de um cientista político do final dos anos 20, mesmo voltando suas críticas para a Constituição de 1891, pode ser estendido para as seis Constituições seguintes inclusive a atual, que somada as suas antecessoras nos legaram essa democracia formal, que não dá aos cidadãos direitos de fato, apenas direitos cacófatos, ou seja, direitos de direito e não de fato. Infelizmente a “Revolução” de 30, interrompeu essa séria discussão que amadurecida nos levaria ao término da desgraça começada em 15/11/1889. Mas os pensadores políticos subsequentes continuaram a expressar opiniões que reforçam a nossa crença da Monarquia Constitucional Parlamentarista como a solução para os atrasos do nosso país. Em Sérgio Buarque de Holanda em Raízes do Brasil, livro de 1936, nos diz “O Estado entre nós, não precisa ser despótico – o despotismo condiz mal com a doçura do nosso gênio – mas necessita de pujança e compostura, de grandeza e solicitude, ao mesmo tempo, se quiser adquirir alguma força e também essa respeitabilidade que nossos pais ibéricos nos ensinaram a considerar a virtude suprema entre todas. Ele ainda pode conquistar por esse meio uma força verdadeiramente assombrosa em todos os departamentos da vida nacional. Mas é indispensável que as peças do seu mecanismo funcionem com certa harmonia e garbo. O Império Brasileiro realizou isso em grande parte. A auréola que ainda hoje o cinge, apesar de tudo, para os nossos contemporâneos, resulta quase exclusivamente do fato de ter encarnado um pouco esse ideal.” O interessante dessas palavras é que a república já se encaminhava para completar 50 anos, e esse grande pensador brasileiro nos revela que as vésperas desse fato a lembrança imperial persistia significativamente, e para termos a dimensão do que de fato é a república brasileira, é que depois dessas palavras o que se viu foi o despotismo se exacerbar com a instauração da ditadura do Estado Novo, de triste lembrança, em 37. Ou ainda Hindemburgo Pereira Diniz, no seu Monarquia Presidencial, livro que analisa a republica presidencialista, “Em 1889, antes da proclamação da república, nenhum brasileiro, com menos de 58 anos fora testemunha de um golpe militar. Como diria Afonso Arinos, ‘ O Brasil era um oásis de ordem, equilíbrio e relativa civilização em 24 comparação com o drama circundante da anarquia sulamericana’(...)”, acrescentaríamos que a partir daí se integrou bem na anarquia circundante e com louvor. Por essa altura os monarquistas já haviam se organizado no movimento Patrionovista, simplificação do nome Ação Imperial Patrionovista Brasileira, cujo principal ideólogo era o professor Arlindo Veiga dos Santos, que foi também membro fundador da Frente Negra Brasileira, estudioso laborioso deixou obra respeitável, entorno de 40 trabalhos publicados, e fiel súdito, até a sua morte, de D. Pedro III, de jure, Imperador do Brasil, merece todas as nossas homenagens. Mas a ação monarquista ficou um tanto quanto desprovida de possibilidade de ação, à medida que as crises internas da república degeneravam em conflitos resolvidos com rupturas que acabavam em soluções totalitárias, tal como no seu início. O moderno movimento monarquista, renovado pelo plebiscito de 1993, e atuante é a prova viva, de que a república tem oposição e que enquanto vivermos a nossa luta continuará. Bibliografia: BrHistória. Ano 1 n°4. Dossiê – Os Monarquistas. Duetto Editorial. São Paulo. Corrêa, Manoel Pio. O cavalo que Proclamou a República. Edit. Expressão e Cultura. Rio de Janeiro. 1999. Diniz, Hindenburgo Pereira. A Monarquia Presidencial. Nova Fronteira. Rio de Janeiro. 1984. Holanda, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. Livraria José Olympio. Rio de Janeiro. 1986. Janotti, Maria de Lourdes Mônaco. Os subversivos da República. Edit. Brasiliense. São Paulo. 1986. Malatian, Teresa. Império e Missão. Cia. Editora Nacional. São Paulo. 2001. Meneses, Raimundo. Emílio de Meneses – O último boêmio. Livraria Martins editora. São Paulo. S/d. Nabuco, Joaquim. O dever dos Monarchistas. Typ. Leuzinger. Rio de Janeiro. 1895. Nava, Pedro. Balão Cativo. Edit. Nova Fronteira. Rio de Janeiro. 1986. Oliva, prof. Menezes de. Minhas Recordações de Garoto. Edição do Autor. Rio de Janeiro. 1970. Oliveira, Yves de, Otávio Mangabeira – alma e voz da república. Edit. Saga. Rio de Janeiro. 1971. Priore, Mary del. O Castelo de Papel. Edit. Rocco Ltda. Rio de Janeiro. 2013. Rodrigues, Luís Severiano Soares. A Coerência de Joaquim Nabuco. In Gazeta Imperial, 04/2011. - D. Isabel I – Imperatriz do Brasil. In Gazeta Imperial, 05/2011. - Pobre Ruy. In Gazeta Imperial. In Gazeta Imperial, 06/2011. - D. Luiz – O Príncipe Perfeito. In Gazeta Imperial, 07/2011. - Mentiras, Golpes e república. In Gazeta Imperial, 09 e 10/2011. - Grandes Brasileiros – Barão de Itapitocay. In Gazeta Imperial, 12/2011. - Vida e Morte do Comandante Lorena. In Revista do Clube Naval n°358, Abr/Mai/Jun/2011. - A Outra Margem do Rio Branco. In Gazeta Imperial, 09/2012. - A Triste Aniversariante. In Gazeta Imperial, 11/2012. - Dia vinte e um. Vinte Anos. In Gazeta Imperial, 04/2013. - Deodoro Não Cumpriu a sua Palavra. In Gazeta Imperial, 09/2013. Santos, José Maria dos. A política Geral do Brasil. J. Magalhães editor. São Paulo. 1930. Silva, Raphael Corrêa da. Da Lesa-Majestade. In. Revista da Faculdade de Direito de São Paulo. 1902. 25 Dom Felipe VI, novo Rei da Espanha, é a prova de que a monarquia possui a fórmula de superação das crises, com um recomeço tranquilo, sem rupturas. As manifestações que ora vemos em poucas cidades espanholas, nada mais são do que os revanchistas que ainda querem manter abertas as chagas da guerra civil, e arvoram a bandeira da República comunista que Franco sepultou em 1939. Nessa hora que a democracia construída a partir de 1975, da qual o principal artífice foi o Rei D. Juan Carlos, precisa ser reforçada, essa minoria barulhenta deveria se envergonhar de querer trair aquele que transformou a Espanha num país digno, respeitado e importante, ao contrário da República infame que levou a Espanha à anarquia e à guerra civil da qual levantam a bandeira e da qual deveriam se envergonhar. A democracia espanhola, agora cada vez mais forte, só tem uma respostas aos cultuadores do passado. Viva o Rei. Luís Severiano Soares Rodrigues www.brasilimperial.org.br