CONVÊNIOS CNPq/UFU & FAPEMIG/UFU Universidade Federal de Uberlândia Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação DIRETORIA DE PESQUISA COMISSÃO INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA 2008 – UFU 30 anos ASPECTOS FLUIDODINÂMICOS DE LEITO FLUIDIZADO CIRCULANTE T. J. P. de Oliveira1; C. H. Ataide2 1-Graduando em Engenharia Química FEQ/UFU 2-Docente Faculdade de Engenharia Química – Universidade Federal de Uberlândia Av. João Naves de Ávila, 2121 – Campus Santa Mônica – Bloco K CEP: 38400 902 – Uberlândia (MG) – Brasil Telefone: (0-xx-34) 3239 4249 ramal 211 – Fax: (0-xx-34) 3239 4189 Email: [email protected] Resumo – Um sistema de fluidização circulante é composto por um leito de fluidização rápida, um separador gás-sólido, um standpipe e um sistema de reciclo. As partículas se movem por esses componentes continuamente. Uma das mais importantes variáveis operacionais no projeto de uma unidade de fluidização é a determinação da velocidade mínima de fluidização umf que é a menor velocidade na qual todas as partículas estão suspensas pelo gás. O objetivo principal deste trabalho foi determinar experimentalmente a umf de algumas partículas como: esferas de vidro e FCC. O procedimento para determinar a umf consiste em obter o ponto em que a queda de pressão diminui com o aumento da velocidade superficial do gás de entrada. Os dados obtidos através da flutuação da pressão no leito foram processados e analisadas num microcomputador com o auxilio do software LabView versão 6.1. Esses dados permitiram analisar técnicas experimentais na determinação da umf de partículas de pequenos diâmetros. Palavras-Chave: partículas finas, fluidodinâmica, mínima fluidização, arraste, ciclone dipleg 1. INTRODUÇÃO A introdução de gás pela base em um leito contendo sólidos pode causar a fluidização das partículas e com o aumento gradual da velocidade de fluidização alguns regimes podem ser identificados no leito, são eles: leito fixo, fluidização borbulhante, fluidização slugging, fluidização turbulenta, fluidização rápida e transporte pneumático (Grace et al, 1997). Quando um fluido escoa através de um leito de partículas, a uma baixa vazão, o fluido apenas percola os espaços entre as partículas estacionadas, caracterizando o leito fixo de sólidos. A transição do leito fixo para o leito fluidizado é delineada pela velocidade de mínima fluidização umf, que é a menor velocidade na qual todas as partículas estão suspensas pelo gás (Kunni e Levenspiel, 1991). Essa velocidade pode ser determinada obtendo-se o ponto em que a queda de pressão no leito diminui com o aumento da velocidade superficial do gás de entrada, após um aumento continuo que ocorre enquanto o leito está fixo (Grace et al, 1997). Neste método a umf é determinada a partir de dados de desvio padrão de pressão no leito pela velocidade superficial do gás. Nesse sistema utiliza-se, freqüentemente, a fluidização rápida na base do leito que pode corresponder a fluidização turbulenta ou borbulhante. A velocidade do gás que fluidiza o leito varia de 3 a 16 m/s, o tamanho das partículas pode variar de 0,05 a 0,5 mm (Grace et al., 1997). Segundo Grace et al. (1997) um sistema de leito fluidizado circulante comparado com os leitos convencionais de fluidização lenta, apresenta as seguintes vantagens e desvantagens: Vantagens: aumenta o contato gás-sólido devido à falta de bolhas; reduz a dispersão axial do gás; reduz a área de seção transversal do leito, devido à alta velocidade superficial do gás; menor tendência de apresentar segregação ou aglomeração das partículas; altos fluxos de sólidos pelo leito. Desvantagens: necessita de um aumento na altura do leito; custo mais alto; faixa mais restrita de partículas (dureza e tamanho) que o leito é capaz de trabalhar; design mais complexo e dificuldade de operar o sistema de recirculação; aumenta o atrito entre as partículas. Os principais desafios fluidodinâmicos do sistema no presente trabalho são: projeto do separador gás-sólido, a determinação do fluxo de arraste no leito, definição das condições de operação que otimizem a eficiência do ciclone, ajuste das vazões de gás ao longo do leito e na válvula do tipo loop-seal. As principais aplicações industriais do leito fluidizado com ciclone dipleg como separador são em leitos fluidizados circulantes, entre eles: craqueamento catalítico do petróleo (FCC - fluid catalytic cracking), que converte o petróleo em gasolina ou óleo combustível; leitos fluidizados para combustão (CFBC - circulating fluidized bed combustion); incineração de resíduos sólidos; desidratação do ácido bórico; produção de cimento; oxidação do butano para anidrido maleico; epoxidação do etileno, GRACE et al. (1997). No presente trabalho foram estudadas três partículas finas Geldart (A e C): Duas esferas de vidro que se diferenciam pelos diâmetros médios e uma partícula do tipo FCC (FCC – fluid catalytic cracking). 2. METODOLOGIA O leito fluidizado disponível do laboratório foi construído com uma coluna de acrílico, para permitir a observação visual do fenômeno físico. Esta coluna possui 1650mm de altura, 100mm de diâmetro interno e 5mm de espessura. O plenum com 98mm de comprimento e 100mm de diâmetro interno foi acoplado ao leito por meio de flanges. A flange que está acoplada ao plenum, foi rebaixada 3mm para colocar o distribuidor de ar (placa de material sinterizado) foi recoberto por uma tela de nylon com abertura de 10 mesh para evitar a passagem de materiais, principalmente as partículas mais finas (do tipo C de Geldart). À base da coluna foi equipada com um sistema de flanges para permitir a troca do distribuidor de ar. O leito painel fluidizado possui seis pontos de amostragem de pressão, sendo cinco pontos instalados na coluna do leito, acima do distribuidor de ar e 1 instalado no plenum a 45mm abaixo do distribuidor de ar. Para a aquisição de dados on-line de pressão utilizaremos transdutores de pressão, um bloco conector, placa de aquisição de dados e 2 Software LABVIEW TM for Windows. O LABVIEW é uma linguagem de programação gráfica que usa ícones em vez de linhas de texto para criar as aplicações. Em contraste com a linguagem de programação texto, onde instruções determinam a execução do programa, o LABVIEW, emprega fluxo de dados para programação, onde este fluxo determina a execução do programa. No LABVIEW, constrói-se uma interface do usuário usando um jogo de ferramentas e objetos. Esta interface é conhecida como o frontal. Então se acrescenta código usando representações gráficas de funções para controlar os objetos do painel frontal. O diagrama de bloco contém estes códigos. Se corretamente organizado, o diagrama bloco se assemelha a um fluxograma. Um esquema da unidade piloto para o desenvolvimento do projeto e o tipo de ciclone a ser usado são mostrados na Figura 2.1. Figura 2.1 Esquema da unidade Experimental 2.1 As partículas utilizadas: Os sólidos utilizados nos experimentos foram partículas suporte para catalisador ou Fluid Catalytic Cracking (FCC) e esferas de vidro. As partículas de FCC são usadas no craqueamento catalítico do petróleo e foram adquiridas junto a Fabrica Carioca de Catalisadores SA. As esferas de vidro foram adquiridas com a empresa Zirtec SA. A Tabela 2.1 mostra as propriedades físicas desses sólidos utilizados. Tabela 2.1 Propriedades Físicas dos Sólidos Material Esferas de vidro Esferas de vidro FCC Faixa de dpi (µm) dp (µm) 7,8 − 60,8 32,43 53 − 105 26,5 −104,8 (g/cm3 ) Geldart Símbolo 2,50 A EV1 86,27 2,5 A EV2 59,46 2,32 ±0,03 A FCC ρs 3 Os diâmetros médios das partículas foram obtidos através do equipamento Mastersizer Microplus MAF 5001, adequado para partículas de tamanhos entre 0,1 e 550µm. Nas análises a velocidade de rotação usada foi de 2500 rpm, para que a amostra fosse bem homogeneizada. As medidas foram feitas em suspensão, utilizando-se água destilada e deionizada. O banho ultrassônico foi usado por um período de 30s, para evitar aglomeração das partículas. Foi utilizado o dispersante Calgon. As determinações das densidades aparentes do FCC foram feitas através da técnica de picnômetria. Foi utilizada água como fluido. 2.2. Influência do tamanho e da densidade das partículas Segundo Kunni e Levenspiel (1991) Geldart estudou o comportamento das partículas sólidas e as dividiu em quatro grupos com comportamentos bastante distintos. São eles; a) Grupo C - são partículas coesivas e bastante finas, geralmente a fluidização é difícil porque a força entre as partículas é maior que a exercida pelo gás. Uma forma de se processar essas partículas é usá-las em conjunto com partículas maiores, preferencialmente Geldart B. Exemplos desses sólidos são: pó facial e amido (Kunni e Levenspiel, 1991). As partículas do grupo C são de particular interesse para a área industrial, pois são usadas como catalisadores, na indústria cerâmica ou como pós-magnéticos. Alguns problemas podem acontecer durante a fluidização, como: formação de canais preferenciais e aglomeração das partículas ou a combinações dessas condições. Durante a fluidização desses sólidos na base há a presença de grandes aglomerados e a formação de canais preferenciais, no meio as aglomerações se tornam menores e no topo o tamanho das aglomerações diminui ainda mais e ocorre uma fase menos densa com presença inclusive de partículas não associadas. A passagem desses aglomerados repetidamente por um sistema circulante faz com que eles se tornem de tamanhos constantes, por isso a fluidização circulante se mostra eficiente para processar essas partículas (Li et al., 1999). b) Grupo A – partículas com pequenos diâmetros médios e/ou baixas densidades (<1,4 g/cm3). Esses sólidos fluidizam facilmente em baixas velocidades de gás e em altas velocidades de gás deve-se controlar a formação de bolhas. Quando esses sólidos são fluidizados, o leito se expande consideravelmente após a velocidade de mínima fluidização e antes que as bolhas apareçam. Em velocidades do gás maiores que a mínima velocidade de bolha, o leito é chamado de borbulhante e se comporta da seguinte forma: as bolhas são mais rápidas que o restante do gás, as bolhas se rompem ou se juntam continuamente e vazões altas de sólidos só ocorrem quando poucas bolhas estão presentes. Quando se acrescenta partícula mais fina (Geldart C) elas agem como lubrificantes e tornam a fluidização mais fácil (Kunni e Levenspiel, 1991). c) Grupo B – partículas com diâmetros médios entre 40 e 500 µm e densidades entre 1,4 e 4 g/cm3. Essas partículas fluidizam bem com vigorosa ação das bolhas e rápidos crescimentos das mesmas, que aparecem logo após a velocidade de mínima fluidização. Com altas velocidades de gás o leito apresenta: pequenas bolhas que crescem e se desfazem ao subir pelo leito, velocidade das bolhas maior que a do gás e altas vazões de sólidos (Kunni e Levenspiel, 1991). d) Grupo D – partículas grandes e densas apresentam fluidização difícil, com grande explosão de bolhas e formação de canais preferenciais. Nos leitos fluidizados com essas partículas as bolhas se unem se tornando grandes, as bolhas são mais lentas que o gás e a fase densa tem baixa porosidade. Um exemplo de sólido Geldart D é o café em forma de grãos a serem secos (Kunni e Levenspiel, 1991). 4 Figura 2.2 Classificação de Geldart C. A classificação de Geldart é dada em função da diferença de densidades entre o sólido e o fluido e do tamanho médio das partículas. A Figura 2.2 traz o diagrama que mostra essa classificação. A classificação foi feita em condições ambientes, mas algumas mudanças estão sendo propostas, um exemplo é a classificação de certas partículas como A ou C, propõe-se que exista uma região de transição entre essas duas classificações, na qual as partículas apresentam características referentes aos dois grupos (Kunni e Levenspiel, 1991). 2.3. As Medidas de Velocidades: As medidas de velocidade e temperatura do ar de fluidização para o leito foram realizados com o termoanemômetro da marca Velocicalc Plus e modelo 8384-M, as faixas de operação desse equipamento se encontram na Tabela 2.2. Tabela 2.2 Faixas de operação para o termoanemômetro. Faixa de Variáveis Precisão Operação Velocidade Temperatura 0 à 50 m/s -18 à 93°C ± 0,015 m/s ± 0,3 °C 2.4. O sistema de fluidização circulante Um sistema de fluidização circulante é composto por um leito de fluidização rápida, um separador gás-sólido, um standpipe e um sistema de reciclo. As partículas se movem por esses componentes continuamente, BASU e CHENG (2000). No termo leito fluidizado circulante, leito fluidizado significa que as partículas são suportadas pelo fluido e existe uma significante suspensão das mesmas, circulante denota que existe um sistema para separação dessas partículas e outro para o retorno delas ao leito. Nesse sistema se usa a fluidização rápida na base do leito. O ciclone dipleg é bastante utilizado por possuir um standpipe como tubo de descarga de sólidos (underflow). Esses ciclones devem ser bem dimensionados, já que se isso não ocorrer, a eficiência de coleta é prejudicada e há a conseqüente perda de material, GRACE et al. (1997). 5 Segundo GRACE et al. (1997) standpipe é um tubo por onde os sólidos escoam em fase densa ou diluída. Seu objetivo é transferir os sólidos de uma região de pressão mais baixa para uma de pressão mais alta. Essa transferência se torna possível pela ação da força da gravidade (os sólidos se acumulam na base) desde que haja um escoamento contracorrente de gás em relação aos sólidos, na base do standpipe. Portanto esse sistema permite que os sólidos vençam gradientes negativos de pressão. A Figura 2.3 mostra o esquema de um leito fluidizado circulante que possui como sistema de recirculação um ciclone e uma válvula do tipo loop seal Figura 2.3 Esquema de um leito fluidizado circulante. 2.5. Método do desvio padrão da pressão no leito Analisa os desvios padrão das medidas de queda de pressão no leito. Esse método não interrompe a operação de fluidização, sendo mais adequado às unidades industriais. O desvio padrão da pressão no leito é uma função linear em relação à velocidade superficial do gás e umf ocorre quando esse desvio é nulo, essa linearidade é válida para valores de u0 < 2,5umf, Puncochar et al (1984). 2.6. Método da queda de pressão no leito Analisa a queda de pressão no leito durante a desfluidização. Esse método é bastante utilizado, porém não é aplicável a uma unidade industrial sem a necessidade da interrupção do processo de fluidização. Nesse método convencional os valores de umf são determinados analisando-se a curva de queda de pressão relacionada à velocidade do gás de fluidização (u0). A intersecção da linha de leito fixo com a linha horizontal representa a velocidade de fluidização completa (ufc). Para partículas finas uma outra curva, entre as linhas de leito fixo e fluidização completa é observada e indica a velocidade de fluidização incipiente (uic), Richardson (1971). 3.DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 3.1. Caracterização fluidodinâmica das partículas 6 Os dois métodos experimentais (QP e DP), anteriormente citados, foram utilizados. Os resultados obtidos foram comparados a algumas correlações para previsão desse parâmetro: Ergun (1952), Wen e Yu (1966) e Grawel e Saxena (1980). As Figuras 3.1, 3.2, 3.3, mostram os resultados experimentais para as velocidades de mínima fluidização, utilizando-se o método da queda de pressão no leito e o método do desvio padrão da pressão no leito. Os resultados são apresentados para as partículas EV1, EV2, FCC, respectivamente. (a) (b) Figura 3.1: Caracterização da condição de mínima fluidização para EV1: (a) Método da queda de pressão no leito, (b) Método do desvio padrão da pressão no leito. (a) (b) Figura 3.2: Caracterização da condição de mínima fluidização para EV2: (a) Método da queda de pressão no leito, (b) Método do desvio padrão da pressão no leito. (a) (b) Figura 3.3: Caracterização da condição de mínima fluidização para FCC: (a) Método da queda de pressão no leito, (b) Método do desvio padrão da pressão no leito. 7 As velocidades incipientes e de fluidização completa também apresentam o mesmo comportamento em relação ao diâmetro médio dos materiais. Os dois métodos apresentam resultados bastante distintos entre si, sendo que o método da queda de pressão apresentou resultados superiores aos do método do desvio padrão. Os valores de velocidades de mínima fluidização obtidos nas figuras e os previstos pelas três correlações utilizadas são mostrados na Tabela 3.1. Tabela 3.1: Resultados e valores QP DP Materiais (m/s) (m/s) EV1 0,0197 0,0045 EV2 0,0162 0,0043 FCC 0,0176 0,0034 para as velocidades de mínima fluidização Ergun Wen e Grewal e Saxena (m/s) Yu (m/s) (m/s) 0,0008 0,0008 0,0010 0,0008 0,0007 0,0007 0,0026 0,0026 0,0030 3.2. Sistema de fluidização Circulante As partículas utilizadas foram caracterizadas determinando-se experimentalmente as quedas de pressão ao longo do leito em função da velocidade de fluidização. Os métodos experimentais utilizados na obtenção dos dados foram os métodos da queda de pressão no leito e o método do desvio padrão da pressão no leito. As Figuras 3.4, 3.5, 3.6 mostram os resultados obtidos experimentalmente para as velocidades de fluidização, utilizando os métodos citados anteriormente. Os resultados são apresentados para as partículas EV1, EV2 e FCC respectivamente. EV2 - Queda de Pressão em relação a velocidade de escoamento EV1- Queda de Pressão em relação a velocidade de escoamento 5 7 6 5 4 3 2 1 0 4 3 2 1 0 1 3 5 7 9 11 13 15 Perda Carga (in WC) 17 19 21 1 23 3 5 7 9 11 13 Perda Carga (in WC) Vmf (m/s) 15 17 19 21 23 Vmf (m/s) Figura 3.4 Queda de Pressão da partícula EV1. Figura 3.5 Queda de Pressão da Partícula EV2. FCC - Queda de Pressão em relação a velocidade de escoamento 5 4 3 2 1 0 1 3 5 7 9 11 13 Perda Carga (in WC) 15 17 19 21 23 Vmf (m/s) Figura 3.6 Queda de Pressão da Partícula FCC. 8 Os experimentos foram realizados em um período de tempo aproximadamente de 5 minutos onde foram obtidos os dados de queda de pressão e desvio padrão em função de uma determinada velocidade. Através das Figuras 3.4, 3.5, 3.6, podemos analisar através dos gráficos o comportamento das partículas de acordo com cada valor de velocidade analisada. Para a Esfera de Vidro EV1 observa-se que no experimento realizado que para o leito fluidizado circulante os dados que se aproximam de uma condição ideal, ou seja, condição em que a queda de pressão e o desvio padrão permanecem constantes, condição necessária para que se avalie um leito fluidizado circulante. Temos que para a EV1 a velocidade que mais se aproxima de uma condição ideal de circulação foi para v = 3,7 m/s, pois para essa velocidade foram verificadas pequenas variações na queda de pressão ao longo do leito, como pode ser verificado pela Figura 3.4. Enquanto que para a partícula EV2 apresentou um comportamento constante para varias medidas de velocidade, conseguindo em determinadas velocidades a condição ideal para circulação, onde a queda de pressão permaneceu constante em toda extensão do leito. Fato este que pode ser verificado através da Figura 3.5 em podemos verificar a pequena variação da queda de pressão. Já o comportamento do FCC verificou-se pontos em que a queda de pressão foi constante apenas para baixas velocidades de fluidização v = 2,6 m/s apresentando pontos em que a queda de pressão manteve-se constante. Pode ser verificado também na análise da Figura 3.6 que para valores de velocidades mais altas o FCC não apresenta um comportamento ideal, onde há uma grande oscilação na queda de pressão. 4. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente aos meus pais, Antônio Eni de Oliveira e Silvia Maria P. F. de Oliveira, pelo incentivo e dedicação com meus estudos; Agradeço aos meus amigos que sempre me apoiaram; Agradeço ao meu orientador, Carlos Henrique Ataíde, pelo apoio dado na construção desse trabalho; Agradeço a mestranda, Cássia Regina Cardoso, pela colaboração na construção desse trabalho; Agradeço ao Aluno de Iniciação Cientifica, Dorcínio Fiúza Gomes Neto, pela colaboração e auxilio na realização desse trabalho; Agradeço ao funcionário, Anísio, pela contribuição prestada na idealização de projetos para o desenvolvimento desse trabalho; Agradeço ao CNPq pelo incentivo e dedicação com o desenvolvimento de pesquisas. 5. REFERÊNCIAS BASU, P e CHENG, L., An Analysis of Loop Seal Operations in a Circulating Fluidezed Bed. Institution of Chemical Engineers, v. 78, p.991, 2000. CHOI, JH.; SUH, JM.; CHANG, IY; SHUN, DW.; YI, CK.; SON, JE. E KIM, SD., The Effect of Fine Particles on Elutriation of Coarse Particles in a Gas Fluidized Bed. 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João Naves de Ávila, 2121 – Campus Santa Mônica – Bloco K CEP: 38400 902 – Uberlândia (MG) – Brasil Telefone: (0-xx-34) 3239 4249 ramal 211 – Fax: (0-xx-34) 3239 4189 Email: [email protected] Abstract: A system of fluidization circulating is composed by a bed of fast fluidization, a separator of gas-solid, a standpipe and a recycle system. The particles are moved by these components continuously. One of the most important variables operational in the Project of one unity of fluidization is the determination of the minimum speed of the fluidization that is the least speed in which all the particles are lifted by the gas. The principal objective of this work is determined experimentally an umf of some particles like glass spheres and FCC. The proceeding to determine the umf consists in obtaining the point in which the fall of pressure reduces with the increase of the superficial speed of the gas in the entry. The data obtained through the fluctuation of the pressure in the bed were prosecuted and analyzed in a computed with the help of the software LabView version 6.1 experimental techniques allowed these data to analyze in the determination of umf of particles from the small diameters. Keywords: Fine particles, hydrodynamics, minimum fluidization, entrainment, cyclone dipleg 10