1.1 Metais e Ligas Metálicas Estrutura e Propriedades dos Metais 24-Out-10 Dulce Campos 1 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais A Ligação Metálica Os metais apresentam propriedades físicas macroscópicas que sugerem claramente um modelo especial para a ligação que une os seus átomos. E quais são essas propriedades? Elevada densidade. Bons condutores de corrente eléctrica e de calor. Elevados pontos de fusão e de ebulição. 24-Out-10 Dulce Campos 2 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais O MODELO DE LIGAÇÃO METÁLICA Quais as características deste tipo de modelo de ligação metálica que a torna especial? 24-Out-10 Dulce Campos 3 O MODELO DE LIGAÇÃO METÁLICA A sobreposição das nuvens electrónicas na rede metálica, permite que os electrões de um átomo se movam nas nuvens electrónicas dos átomos adjacentes. A transformação de cada átomo do metal num ião positivo (cerne do átomo), rodeado por um certo número de outros iões idênticos numa rede a três dimensões, onde os electrões mais periféricos se movem livremente de uma camada para outra. 24-Out-10 Dulce Campos 4 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais O MODELO DE LIGAÇÃO METÁLICA Uma força ligante que une os átomos entre si na rede metálica, resultado da interacção entre os electrões periféricos deslocalizados que se movimentam entre "iões". A não alteração da electroneutralidade do metal. 24-Out-10 Dulce Campos 5 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais O MODELO DE LIGAÇÃO METÁLICA Exemplo do que se passa no átomo de sódio, com um único electrão de valência, 24-Out-10 Dulce Campos 6 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais O MODELO DE LIGAÇÃO METÁLICA Generalizando para todos os metais: Electrões de valência encontram-se deslocalizados por todo o metal Não pertencem a nenhum núcleo em particular (assim sendo, na estrutura sólida dos metais, em posições mais rígidas, encontrar-se-ão partículas constituídas pelo que resta da "libertação" dos electrões de valência, consequentemente partículas com carga eléctrica positiva). A ligação química é assegurada pelas forças atractivas entre estas partículas e a totalidade dos electrões deslocalizados por todo o volume do metal. 24-Out-10 Dulce Campos 7 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais COMO É QUE O MODELO DE LIGAÇÃO METÁLICA EXPLICA AS PROPRIEDADES MACROSCÓPICAS DOS METAIS? 24-Out-10 Dulce Campos 8 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais PROPRIEDADES CARACTERÍSTICAS DOS METAIS COMO SUBSTÂNCIAS E MATERIAIS Os metais constituem são mais de 75% dos elementos da Tabela Periódica. Apresentam algumas propriedades que fazem que eles sejam únicos para algumas aplicações. O modelo da ligação metálica explica muitas dessas propriedades ditas metálicas 24-Out-10 Dulce Campos 9 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais PROPRIEDADES CARACTERÍSTICAS DOS METAIS A - 0 brilho e a cor Quando polidos, os metais apresentam-se brilhantes devido ao facto de reflectirem luz: – se o metal reflectir todas as "cores" do espectro electromagnético, a sua coloração será prateada; – se o metal não reflectir todas as cores do espectro electromagnético, reflectira a cor que ele não absorve, razão pela qual o ouro é amarelo e o cobre e avermelhado. Explicação – A presença de electrões livres permite aos metais a reflexão da Iuz, já que podem ser excitados por absorção de fotões eDulce voltar ao estado inicial emitindo10 24-Out-10 Campos fotões. 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais PROPRIEDADES CARACTERÍSTICAS DOS METAIS B - Bons condutores de electricidade e de calor Significa dizer que apresenta valores elevados para as condutividades eléctrica e térmica. Explicação – Boa condutividade eléctrica, porque os electrões deslocalizados têm uma grande mobilidade dentro da rede, comunicando o impulso eléctrico com rapidez. – Boa condutividade térmica, porque os electrões deslocalizados transmitem a energia de vibração de um ião positivo aos iões vizinhos. 24-Out-10 Dulce Campos 11 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais PROPRIEDADES CARACTERÍSTICAS DOS METAIS C - Densidade, dureza e ponto de fusão Nos metais, a densidade varia. O ferro, o zinco, o ouro e o chumbo podem, por exemplo, ser classificados como metais densos, enquanto que o magnésio, o alumínio e o titânio são considerados metais pouco densos (ρ inferior a 5g /cm 3). 24-Out-10 Dulce Campos Metal p / g cm-3 Alumínio 2,70 Cobre 8,96 Chumbo 11,36 Magnésio 1,74 Zinco 7,13 Ferro 7,86 Ouro 19,31 Titânio 4,54 13 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais PROPRIEDADES CARACTERÍSTICAS DOS METAIS C - Densidade, dureza e ponto de fusão A dureza de um metal é definida, como a "resistência do metal a uma deformação plástica", mas também pode estar relacionada com a resistência ao risco e à abrasão. Confere-lhe a capacidade de resistir, de forma permanente, a deformação (encurvar, partir ou mudar de forma), quando sujeito a uma carga (força). Quanto maior for a dureza do metal, maior será a sua resistência a deformação; esta propriedade pode ser avaliada através de muitas escalas, como a de Rockwell, a de Brinell e a de Mohs, entre outras. 24-Out-10 Dulce Campos 14 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais PROPRIEDADES CARACTERÍSTICAS DOS METAIS C - Densidade, dureza e ponto de fusão Explicação São geralmente densos e duros porque as partículas presentes nos metais estão fortemente "empacotadas" na rede cristalina. Têm elevados pontes de fusão e ebulição porque as forças de atracção entre as particulas são intensas. É necessário um valor elevado de energia térmica para superar as forças de atracção entre os cernes (iões positives) e os electrões deslocalizados. Estas forças fazem-se 24-Out-10 15 Dulcecristalina. Campos sentir em toda a rede 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais PROPRIEDADES CARACTERÍSTICAS DOS METAIS D – Ductilidade e maleabilidade A ductilidade de um metal é a propriedade que permite que ele seja estirado e se obtenham fios finíssimos. A ductilidade do ouro (estiramento/distensão), por exemplo, é tal que, com 30 g desse metal, pode obter-se cerca de 85 metros de arame ou fio!!! 24-Out-10 Dulce Campos 16 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais PROPRIEDADES CARACTERÍSTICAS DOS METAIS D – Ductilidade e maleabilidade A maleabilidade, permite moldar e deformar. O ouro é tão maleável que se consegue obter dele folhas finíssimas (filmes). Esses filmes são usados nos visores dos capacetes de astronautas, nos vidros nas cabinas dos aviões e nos veículos espaciais como protecção contra radiações infravermelhas. 24-Out-10 Dulce Campos 17 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais PROPRIEDADES CARACTERÍSTICAS DOS METAIS D – Ductilidade e maleabilidade Explicação São maleáveis e dúcteis porque: – a distorção não rompe a ligação metálica pois – sua natureza não direccional, o deslocamento de átomos não altera significativamente as forças de ligação. 24-Out-10 Dulce Campos 18 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais Rearranjo dos Cernes Atómicos Sujeitos a Uma Força As ligações entre os átomos de um metal, embora fortes, não estão dirigidas entre átomos específicos, uma força aplicada pode fazer deslocar as camadas de cernes atómicos umas em relação às outras no «mar» de electrões de valência, sem ruptura. Por isso é que os metais podem ser martelados de forma a adquirirem diferentes formas, assim como serem esticados em fios e varões (extrusão). 24-Out-10 Dulce Campos 19 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais PROPRIEDADES CARACTERÍSTICAS DOS METAIS Propriedades dos metais Explicação Densos e duros (na generalidade). As particulas presentes nos metais estão Fortemente "empacotadas" na rede cristalina. Elevados pontos de fusão e ebulição Forças atracção entre as partículas são intensas. É necessário elevados valores energia térmica para superar forças de atracção entre cernes e electrões deslocalizados. Boa condutividade térmica Electrões deslocalizados transmitem a energia de vibração dos iões positivos aos iões vizinhos Boa condutividade eléctrica Electrões deslocalizados têm grande mobilidade dentro da rede, comunicando o impulso eléctrico com rapidez Maleabilidade e ductilidade A ligação metálica não rompe dada a sua natureza não direccional Brilho Os electrões livres permitem aos metais a reflexão da luzDulce poisCampos são excitados por absorção de fotões20 24-Out-10 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais QUE DIFERENÇAS EXISTEM ENTRE SÓLIDOS METÁLICOS E OUTROS TIPOS DE SÓLIDOS? Sólidos iónicos Sólidos covalentes Sólidos moleculares 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais Sólidos cristalinos, redes cristalinas e células unitárias do cristal Os sólidos apresentam, para além das diferenças na condutividade eléctrica, uma gama variada de propriedades que os distingue uns dos outros: uns são duros, como o diamante; o naftaleno ou o gelo, são muito menos duros e podem ser esmagados com facilidade; o ferro ou o cloreto de sódio, têm elevados pontos de fusão, enquanto outros, como a cera, fundem a baixa temperatura. 24-Out-10 Dulce Campos 22 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais Sólidos cristalinos, redes cristalinas e células unitárias do cristal E de que depende esta variedade de propriedades? – do tipo de partículas que constituem o sólido – da magnitude das forças atractivas que mantêm o sólido unido. – As propriedades são determinadas pelo elevado grau de ordem no arranjo das partículas constituintes do sólido, sejam elas moléculas, átomos ou iões, o que Ihes confere o estatuto de cristal. 24-Out-10 Dulce Campos 23 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais Sólidos cristalinos, redes cristalinas e células unitárias do cristal As formas regulares e simétricas dos flocos de neve, por exemplo, são causadas pelo empacotamento altamente organizado das moléculas de água dentro do cristal de gelo 24-Out-10 Dulce Campos 24 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais Sólidos cristalinos, redes cristalinas e células unitárias do cristal E como se arranjam as partículas no interior do sólido cristalino? – As partículas nos cristais distribuem-se em padrões – Células Unitárias - que se repetem em todas as direcções do espaço. – O resultado destes padrões é o que se chama de rede cristalina. – O elevado grau de regularidade das redes cristalinas e o factor principal que distingue os sólidos dos líquidos. 24-Out-10 Dulce Campos 25 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais Sólidos cristalinos, redes cristalinas e células unitárias do cristal Que tipos de sólidos cristalinos existem e como são as suas redes? 24-Out-10 Dulce Campos 26 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais Cristais metálicos e não metálicos Cristais metálicos – Estruturas cristalinas onde átomos de um único elemento (substâncias elementares) se organizam de forma continua em diferentes tipos de empacotamento regular. 24-Out-10 Dulce Campos 27 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais Cristais metálicos e não metálicos Cristais não metálicos – Iónicos: NaCl – Covalentes: Diamante, – Moleculares : Gelo, Iodo 24-Out-10 Dulce Campos 28 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais CRISTAIS METÁLICOS Os cristais metálicos possuem redes variadas. Metais comuns coma cobre, prata, ouro, alumínio e chumbo formam cristais em que a célula unitária a um cubo de faces centradas: os pontos da rede são encontrados em cada um dos oito vértices e no centro de cada face. Notar que apenas uma porção de cada átomo fica contida na célula unitária; o resto fica localizado nas células adjacentes. 24-Out-10 Dulce Campos 29 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais Empacotamento Regular nos Cristais Metálicos • métodos físicos, tais como a difracção de raios X, revelam a forma de empacotamento regular dos átomos Cúbica Simples Ex: Mn 24-Out-10 Cúbica de Corpo Cúbica de Corpo Hexagonal de Centrado Centrado Empac. Perfeito Ba, V, Cr, Fe, Mo, W Be, Mg, Sc, Co, Zn, Cd Dulce Campos 30 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais CRISTAIS IÓNICOS Em 1913, determinou-se a estrutura cristalina do cloreto de sódio, por difracção de raios X. Verificou-se que no cristal não existiam moléculas individualizadas de cloreto de sódio do tipo NaCI. O cristal apresenta uma distribuição de iões numa rede cúbica em que cada ião CI- esta rodeado por seis iões Na+ e cada ião Na+ esta rodeado por seis iões CI-. 24-Out-10 Dulce Campos 31 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais CRISTAIS IÓNICOS A estrutura de um cristal depende da natureza dos iões que o constituem: – as configurações electrónicas nas camadas mais externas do anião e do catião determinam os respectivos raios iónicos e condicionam a aproximação permitida aos iões, fixando a distancia inter-iónica de equilíbrio no cristal. o cristal iónico evidencia uma grande estabilidade, resultante do efeito cumulativo das interacções entre os iões positivos e negativos ao longo de toda a rede cristalina. Verifica-se uma grande diminuição da energia potencial do sistema de iões quando são conduzidos desde o estado gasoso (isolados) até à posição fixa que ocupam na rede cristalina e que se designa por energia de 24-Out-10 rede cristalina. Dulce Campos 32 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais CRISTAIS IÓNICOS Energia de Rede Cristalina – U. – O que é? Energia de rede cristalina para um composto iónico genérico MX é a energia libertada quando 1 mol de catiões metálicos (M+) no estado gasoso reage com 1 mol de aniões (X-) no estado gasoso, para formar 1 mol do composto MX no estado sólido. Ex: Na+(g) + Cl-(g) → NaCl (s) ∆H = -587 KJ mol-1 24-Out-10 Dulce Campos 33 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais CRISTAIS IÓNICOS Energia de Rede Cristalina – U. Ou alternativamente A energia mínima necessária para separar os iões de 1 mol do sal no estado sólido para formar 1 mol de catiões e 1 mol de aniões no estado gasoso (U, energia de rede) + MX (s) → M+ (g) + X-(g) MX (s) → M+ (g) + X- (g) ΔH> 0 (absorção de energia) 24-Out-10 Dulce Campos 34 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais CRISTAIS IÓNICOS Energia de Rede Cristalina – U. Como se determina? 24-Out-10 Dulce Campos 35 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais CRISTAIS IÓNICOS Energias de rede para os halogenetos alcalinos (KJ mol-1). 24-Out-10 Dulce Campos 36 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais CRISTAIS IÓNICOS Energia de Rede Cristalina – U – diminui à medida que o ião X- ou o ião M+ aumentam de tamanho pois a atracção de dois iões de carga contrária é tanto menor quanto maior for a distância inter-iónica. – raios iónicos semelhantes, as forças de atracção aumentam com a carga dos iões: a energia de rede de CaO, 3607 kJ mol-1, é bastante superior à de NaCI, 766 kJ mol-1; 24-Out-10 Dulce Campos 37 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais CRISTAIS IÓNICOS Energia de Rede Cristalina – U – Maior balanço atractivo entre as forças electrostáticas presentes num sal reflecte-se, em regra, em maior resistência do cristal a ser riscado - maior dureza - e maior ponto de fusão. – Exemplos: O cloreto de sódio funde a 800 °C, ao passo que o ponto de fusão do óxido de cálcio (de maior energia de rede) é 2570 °C e o do iodeto de sódio (de menor energia de rede) é 650 °C. Paralelamente, a dureza de NaCI, na chamada escala de Mohs, é 2,5, ao passo que a de CaO é 4,5. 24-Out-10 Dulce Campos 38 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais CRISTAIS IÓNICOS Cristais Iónicos Vs Cristais Metálicos – os iões nos cristais iónicos, embora animados de incessantes movimentos vibracionais, não se deslocam livremente de uma posição para outra no cristal. – Por isso, os cristais iónicos são maus condutores eléctricos. – No entanto, quando fundidos ou em solução, os iões adquirem grande mobilidade e a condutibilidade eléctrica fica garantida. 24-Out-10 Dulce Campos 39 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais CRISTAIS IÓNICOS Cristais Iónicos Vs Cristais Metálicos Outra diferença em relação aos metais é a fraca resistência dos cristais iónicos à tracção. Explica-se pelo facto de deslizes na rede cristalina colocarem em oposição iões com a mesma carga. As forças repulsivas resultantes levam ao afastamento das camadas e à ruptura da rede. 24-Out-10 Dulce Campos 40 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais CRISTAIS COVALENTES As unidades constituintes são átomos que se ligam uns aos outros, compartilhando pares de electrões, por meio de ligações covalentes. Os cristais covalentes formam uma "molécula" única, gigante. Cada um dos átomos de carbono esta ligado a outros quatro átomos, situados no vértice de um tetraedro, em que o primeiro ocupa o centro. Deste arranjo, resulta uma rede cristalina rígida, tridimensional 24-Out-10 Dulce Campos 41 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais CRISTAIS COVALENTES Outro sólido covalente muito comum e a sílica, SiO2, constituinte do quartzo e do vidro. Cada átomo de silício, no centro de um tetraedro, liga-se por covalência a quatro átomos de oxigénio, situados no vértice desse tetraedro e cada átomo de oxigénio liga-se por covalência a dois átomos de silício de dois tetraedros adjacentes. 24-Out-10 Dulce Campos 42 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais CRISTAIS MOLECULARES As moléculas existem como unidades individualizadas, Tal não acontece com os outros tipos de sólidos que se comportavam como uma "molécula" única, gigante. As moléculas isoladas como as de amoníaco, água, metano e fluoreto de hidrogénio só existem no estado gasoso. Quando estas substâncias passam ao estado líquido e ao estado sólido, as moléculas interactuaram de modo a manterem-se ligadas umas as outras: Forças Intermoléculares 24-Out-10 Para além do enxofre, são exemplos deste tipo de cristais o iodo e o naftaleno. Dulce Campos 43 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais PROPRIEDADES VÁRIOS TIPOS DE SÓLIDOS 24-Out-10 Dulce Campos 44 24-Out-10 Dulce Campos 46 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais Ligas Metálicas É uma solução sólida que se obtêm por arrefecimento de uma mistura homogénea fundida de um metal com um ou mais elementos, metálicos ou não metálicos. Uma liga tem uma aparência exterior homogénea e os seus componentes não podem ser separados por processos físicos. As ligas representam uma "família" enorme de materiais produzidos com uma gama extensa de propriedades que encontram grande aplicação na sociedade tecnológica actual. 24-Out-10 Dulce Campos 47 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais Ligas Metálicas Quais os metais que constituem as principais ligas? – Incluem os metais situados no bloco d da Tabela Periódica. 24-Out-10 Dulce Campos 48 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais Ligas Metálicas Há ligas formadas somente por metais e outras formadas por metais e semi-metais (boro, silício, arsénio, antimónio) e por metais e não-metais (carbono, fósforo). Possuem algumas características que os metais "puros" não apresentam sendo por isso muito utilizadas. 24-Out-10 Dulce Campos 49 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais Ligas Metálicas 24-Out-10 Dulce Campos 50 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais Ligas Metálicas • Exemplos de Aços: Existe uma infinidade de possibilidades de composição, qualitativa e quantitativa, para uma liga. – Fe+C 4% -pouco interesse prático –mtº quebradiça. – Fe+C 0.1% - mtº dúctil – arames finos, clips agrafos. – Fe+C 1% - mais resistente – arames estruturas pneus automóveis 24-Out-10 Dulce Campos 51 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais Ligas Metálicas O que acontece quando se adicionam átomos maiores a uma rede metálica? – interrompem o arranjo regular dos átomos e dificultam os deslizamentos das camadas umas sobre as outras. Isto torna a liga menos maleável e dúctil que o metal puro. Metal 24-Out-10 Dulce Campos 52 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais Ligas Metálicas O que acontece quando se adicionam átomos menores a uma rede metálica? – No aço, por exemplo, os átomos dos nãometais como o carbono e azoto podem preencher os espaços entre os átomos de ferro. Isto também distorce a rede metálica e torna mais difíceis os movimentos das camadas umas sobre as outras. 24-Out-10 Dulce Campos 53 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais Ligas Metálicas E qual será a razão do aparecimento de diferentes propriedades nas ligas? 1º - Os constituintes da liga 2º - Como os constituintes se dispõem espacialmente Liga substitucional 24-Out-10 Dulce Campos Liga intersticial 54 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais Ligas Metálicas Ligas metálicas Composição Usos Amálgama Hg + Ag + Sn Obturações (antigamente] Bronze Cu +Sn Sinos, moedas, estátuas Latão Cu + Zn Tubos, radiadores, armas, cartuchos, torneiras Solda Pb + Sn Solda usada para alguns materiais Fe + C+ Cr+ Ni Talheres, utensílios de cozinha, peças de carro, brocas Aço inox 24-Out-10 Dulce Campos 55 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais Ligas Metálicas Ligas metálicas Composição Usos Aços Fe + C (0.2% - 2%) Construção civil, industria metalomecânica. Constantan Cu +Ni Termopares metálicos, resistências eléctricas Cuproníquel Cu + Ni Tubagens, moedas Nitinol Ni + Ti Medicina, óculos Ouro branco Au + Zn + Cu ou Au + Joalharia Ni + Pd 24-Out-10 Dulce Campos 56 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais Ligas Metálicas O que significa dizer “Prata de Lei” e “Ouro de Lei”? – "prata de lei", a mais valiosa, consiste numa liga contendo cerca de 92,5% de prata pura. Pratas menos valiosas contem um teor maior de outro metal ou de ligas diversas. – ' Designa-se por "ouro de lei" ou "ouro lei" o ouro de 19,25 K (quilates). 24-Out-10 Dulce Campos 59 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais Ligas Metálicas Qual o significado do Kilate? O quilate (K) é um sistema usado para estabelecer o grau de pureza em ouro de uma determinada peça. Considera-se que o ouro puro corresponde a 24 K (24 partes de ouro e 0 (zero) partes de outro metal). – ouro de 18 K - contém 18 partes de ouro e 6 partes de outro (s) metal (ais), o que faz 75% em ouro (a soma das partes de todos os metais tem de ser igual a 24). – Ouro de 12 K - contém 12 partes de ouro e 12 partes de outro (s) metal (ais), o que faz 50% em ouro. 24-Out-10 Dulce Campos 60 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais Ligas Metálicas Que ligas de ouro existem? 24-Out-10 Dulce Campos 61 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais Ligas Metálicas • Memória de Forma Nitinol - Ni-Ti; Cu-Zn-Al; Ag-Cd; Au-Cd; Cu-Al-Ni; Cu-Sn; 24-Out-10 ... Dulce Campos 62 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais Ligas Metálicas O que são ligas com memória de forma? São ligas metálicas que exibem duas propriedades únicas, a pseudo-elasticidade e o efeito da memoria de forma. – Foi Arne Olander, em 1938, o primeiro a observar estas propriedades invulgares; no entanto, só nos anos 60 e que se registaram maiores desenvolvimentos no campo das ligas com memoria de forma. Materiais quando submetidos a uma deformação espontaneamente recuperam a forma original através de aquecimento moderado. – Quando deformado ocorre mudança brusca da rede cristalina dos átomos (mudança de fase mantendo-se o mesmo estado físico de agregação: sólido). – Quando aquecido esta nova estrutura deixa de ser estável, e o material volta à forma original. 24-Out-10 Dulce Campos 63 1.1.3. Estrutura e propriedades dos metais APL 2 – Composição de uma liga metálica 24-Out-10 Dulce Campos 64