ST 19 NARRATIVAS E IDENTIDADES: HISTORIOGRAFIA E SUBJETIVIDADES NOS SÉCULOS XIX E XX. Me. Walkiria Oliveira Silva Doutoranda UnB Me. Juan David Figueroa Doutorando UnB Fundamentar e garantir as identidades individuais e coletivas mediante a ideia de continuidade diante das transformações temporais significativas é uma das funções que o conhecimento histórico assume na vida prática das sociedades. De acordo com Jörn Rüsen, o pensamento histórico, ao colocar em perspectiva as ações humanas transformadas em experiências históricas, fornece aos indivíduos a capacidade de dar sentido à orientação cultural da vida humana prática e permite à subjetividade humana ser promotora da identidade individual e coletiva. A narrativa histórica expressa a continuidade na interdependência entre o passado, o presente e a perspectiva do futuro e garante a manutenção das identidades. Durante os séculos XIX e XX, diferentes processos abalaram as formas tradicionais de identificação entre as pessoas. A emergência – e crise – dos estados-nação, o aparecimento de movimentos transnacionais como o dos trabalhadores, a descolonização de grande parte do mundo ou as mudanças no lugar que ocupavam as mulheres na sociedade do Antigo Regime são alguns deles. Perante tal panorama, os grupos e os indivíduos geraram respostas diversas recorrendo à escrita historiográfica como uma forma de encarar tais incertezas temporais. Por isso, pensar as continuidades e descontinuidades na forma de se compreender o passado significa também refletir sobre as formas de construção e apresentação das identidades. A partir disso, propomos como eixo temático deste simpósio as reflexões sobre os intercruzamentos entre narrativa histórica, subjetividade e identidade, durante os séculos 19 e 20. Palavras-chaves: Identidade, historiografia, subjetividade, narrativa histórica, orientação.